CAPÍTULOS: [CAPÍTULO ÚNICO]





17. Too Close






Capítulo Único


— Eu não acredito que você está fazendo isso comigo!
controlou-se para não estapear o amigo que gargalhava. O suposto amigo, já que ele estava se saindo uma verdadeira cobra.
— Olha só, você sabe que eu estou de dieta e vem colocar a porra de cinco cupcakes na minha frente? – ela perguntou, exaltando-se e fazendo o amigo torcer os lábios para não rir mais.
— Ah, , mas eu não tenho culpa. Você está sentada exatamente onde eu deixo os maravilhosos e deliciosos cupcakes, que só a Marta faz, expostos. Eu realmente não tenho culpa. – Ele sorria inocentemente, enquanto levava um dos bolinhos de chocolate à boca. — Hmm, esse é com recheio de Nutella. – disse, sabendo que a amiga já salivava de desejo. — Você ama Nutella, não é?
— Você é um cretino, ! – ela vociferou, tomando o cupcake do amigo para si. — Foda-se essa bosta de dieta! Se eu ficar cheia de celulites, vou arrancar seu pâncreas! – disse, com a boca cheia.
— Dona Amélia ficaria decepcionada ao saber que a filhinha que ela educou tão bem fala de boca cheia. – deu de ombros num típico ato infantil e voltou a comer/devorar o cupcake. — O que você faria com o meu pâncreas, sua maluca?
— Eles pagam muito bem no mercado negro – ela falou, naturalmente, como se dissesse que horas eram.
— Então quer dizer que seu trabalho já tá desandando, é? Por que pra estar assim querendo vender o fígado do melhor amigo deve estar na miséria.
— É o pâncreas, . – ela revirou os olhos, lambendo os dedos sujos de glacê azul. — E minha vida financeira vai muito bem, obrigada. Ótima, na verdade, seu palhaço! – sorriu docemente enquanto pegava outro cupcake, este com glacê rosa, até levar um tapa na mão. “Outch!”
— Só o primeiro é por conta da casa, os próximos você irá pagar.
— Ha ha! Até parece – sorriu debochada. — Vai logo resolver suas coisas que eu quero ir pra casa, vai.
Assim que o amigo passou pelas portas duplas que levavam a cozinha, se pôs a comer o delicioso cupcake, agora rosa.
Aqueles pequenos bolos eram a paixão de , ela podia comer os três a sua frente e pediria por mais. Não sabia exatamente por que adorava tanto os bolinhos, mas possuía uma verdadeira compulsão por eles.
Ela passou a olhar ao redor enquanto comia. Era sábado e havia certo movimento no café de , havia somente duas mesas vazias e uma delas fez a cabeça de borbulhar de lembranças.
A mesa ficava no fundo do estabelecimento, escondida no cantinho, era discreta e geralmente usada por casais que não conseguiam deter o encontro de seus lábios. e foram os primeiros a darem um beijo naquele local.
Eles tinham nove anos e nada para fazer até resolverem brincar de ninjas. era silencioso, afinal ser ninja era sua meta de vida, já era invisível. Os anos de balé que lhe deram graça e leveza nos movimentos associados a seu porte pequeno fazia dela imperceptível quando queria.
Ninguém percebeu quando os dois descerem do balcão atravessaram todo o local e esconderam-se de baixo da mesa dos beijos. Em algum momento, os lábios se esbarraram, mesmo para as crianças o espaço era pequeno. Não sabiam como fazer aquilo, não sabiam onde por as mãos, não sabiam se aquilo era certo, mas ambos, tomados pela ideia de repetir as cenas frequentemente vista na televisão, deixaram o momento acontecer.
— Por que você tá olhando para o nada com esse sorriso idiota pendurado na boca?
— Que susto, !
Toda a aura nostálgica dissolveu-se abruptamente, tinha uma mão no peito e outra na boca após dar um pulinho de susto. O amigo apenas balançou a cabeça em negativa, acostumado com a lerdeza de . Em alguns momentos, sentia certa inveja da facilidade que ela tinha de se desligar do mundo.
— Então, em que parte do seu mundinho você se perdeu?
— Na parte em que nós inauguramos a mesa do beijo.
riu alto. Aquela risada que adorava aquela que a contagiava de uma maneira sem igual. Podia estar no pior de seus dias, mas ela sempre a salvava. sempre a salvava.
Foram inúmeras as vezes que enquanto chorava, tentava distraí-la contando piadas, mas não sabia o quão horrível piadista era. Ela sempre ria, mas não pela piada, claro que não, ria, gargalhava, encantava-se pela gargalhada do melhor amigo. Tão pura, tão simples, tão dela e somente dela.
— Sempre que eu vejo um casal indo para lá eu me lembro. – ele sorriu, tinha o olhar direcionado a mesa e a mente voltada a dezesseis anos atrás, assim como a amiga há poucos minutos.
— Oras, então você lembra toda hora! – bateu a mão na bancada e abriu um sorriso vitorioso pondo o melhor tom de voz sensual que podia. — Viu? Mais uma prova de que eu estou sempre em seus pensamentos.
— Mas é claro que sim. É tipo piolho, não desgruda da cabeça. – ele falou a verdade protegida por uma brincadeira boba e muita ironia. forçou uma risada alta que atraiu a atenção de alguns fregueses nas mesas mais próximas.
— Te detesto! – ela disse, após parar subitamente a risada e passar a olhá-lo com, o que julgou ser, cara de bosta.
O homem apenas depositou um longo beijo no rosto da amiga e se virou para ir ao seu escritório. Estava a poucos passos de que o observava andar. Ela tinha um sorriso e mil pensamentos, eram tantos e todos relacionados à ele que mal percebeu quando uma frase escapou por sua boca.
— Pelo menos o beijo melhorou.
Frase essa que fez estancar por alguns segundos, centelhas de felicidade surgindo por seu corpo. Era o que precisava para firmar a tese que vinha elaborando durante todo aquele dia. Olhou por cima do ombro apenas para ver a morena em mais um de seus conflitos internos sobre comer ou não mais um cupcake. Perdida demais para reparar que ele havia ouvido muito bem sua frase inocente.
sempre fora do tipo que luta pelo que quer. Podia haver milhões de obstáculos, ele encontraria um modo de contorná-los. Era sua maior qualidade, por isso o deixava incrivelmente frustrado por não ser forte o suficiente a ponto derrubar o maior de seus empecilhos: o medo. Mas não qualquer tipo de medo, era aquele que sempre estava entre e . Escuro, imponente e robusto.
Mas aquela frase fazia a pequena rachadura feita há algum tempo aumentar de tamanho e era por isso que a felicidade corria pela pele de enquanto ia buscar as chaves do carro e meia dúzia de cupcakes para a garota. Durou até encontrá-la conversando alegremente com George. Era automática a sua mudança de humor, mesmo sabendo que amiga jamais voltaria para o traste que era o ex.
O dono do café se pôs ao lado da morena, cumprimentando educadamente George. Com a proximidade pode perceber que a conversa não era exatamente a mais alegre. parecia a ponto de sufocar, seus olhos mostravam o quanto queria correr para longe dali. Mas, claro, somente podia perceber aquilo.
Como um bom amigo deu qualquer desculpa para saírem dali e assim que entraram no carro suspirou alto, a expressão no rosto mostrando o quão chocada estava.
— Acredita que ele foi lá porque achou que precisava me dar satisfação só por eu ter visto ele e a Caren juntos? –ela soltou um tanto indignada.
— Caren? – perguntou ainda mais surpreso.
— Sim, sim. Ela foi sua primeira namorada, não foi? – ela esperou o amigo concordar para continuar. — Ele foi lá achando que eu tava abalada, só pode. Quando ele viu que eu estou pouco me fodendo mudou de assunto. Mas que assunto horrível! – revirou os olhos, ouvindo a risada de . — Eu só quero entender o que me fez querer namorar aquele ser.
— Comodidade.
— O quê? – perguntou um tanto surpresa pela súbita mudança e o tom áspero usado pelo amigo.
— É como você sempre age, . – olhou nos olhos da amiga assim que pararam num semáforo, aquele gesto apenas aumentou a pressão que sentiu no peito ao ouvir as verdades jogadas por . — Você escolhe o que te é cômodo, o que é conveniente. O que é mais fácil e não te assusta.
A garota se manteve calada durante todo o caminho até sua casa. O olhar vagando, poucos segundos no caminho, mais alguns encarando os cupcakes em seu colo e minutos fitando o belo amigo dirigindo.
Ela sabia que era verdade, sempre escolhera o mais fácil, em relação a tudo. Quando aparecia uma barreira a força de vontade caía a metade e se mais algo impedisse seu caminho ela simplesmente dava meia volta. Nunca fora insistente como . Sempre colocava os “e se”s na frente de tudo.
— Covarde, foi disso que você quis me chamar, certo? – perguntou, olhando a fachada de seu prédio. Sim, covarde o bastante a ponto de nao conseguir olhar para o melhor amigo.
— Depois que você terminou... – ele suspirou, passando as mãos nos cabelos. — Por que demorou duas semanas para ir me ver?
— Eu não queria que ninguém me visse mal! – ela respondeu, rapidamente. O rosto adquiriu um tom avermelhado quando a risada de se espalhou pelo carro, irônica e fria. Ela estava vermelha de raiva.
sabia que estava se contradizendo, mas ela sentia sim medo. Era covarde sim, mas não era a única naquele carro. Por isso se sentiu possessa de raiva, queria gritar verdades na cara de e, se fosse preciso, tortura-lo até fazê-lo entender!
— Tudo bem, . – ela soltou um longo suspiro, a fim de controlar-se. — Vou passar na sua casa a noite. Pede pizza, ok? Tchau!
Durante todo o restante da tarde, não conseguiu se concentrar no designer do site que teria que criar para garantir o aluguel e as contas do apartamento. Era impossível pensar em um site fofo quando ela estava possessa de raiva.
Por fim, decidiu deixar o trabalho para depois e ir esfriar a cabeça debaixo do chuveiro. A água escorreu por seu corpo, relaxando cada músculo tocado. A raiva que turvava seus pensamentos se foi dando espaço às lembranças de uma noite há dois meses.
Ela havia bebido aquele dia para esquecer dos problemas. Esquecer que namorava um cara que não amava que a mãe ainda achava que podia mandar e desmandar em sua vida e esquecer que era apaixonada pelo melhor amigo. Eles dançavam uma música qualquer. Não estavam bêbados apenas alegres. Tudo ocorria como numa outra noite de balada qualquer até se aproximar perigosamente dos lábios de .
— Me beija. – ele sussurrou.
Ele sabia que ela não faria, que iria dar um passo para trás e ir em busca de outra bebida. Quando viu nos olhos dela a vontade de fugir, sorriu sarcástico sussurrando um “Covarde” para, então, puxa-la pela cintura selando as bocas.
Não foi fofo, não foi romântico. Foi ardente. O desejo contido durante anos despejado de uma só vez.
Antes hesitante agora se jogava no beijo com fervor. Não podia conter o movimento das mãos, nem um nem outro podia. Era novo aquele toque desejoso. Novo, mas muito esperado.
Quando se afastou, ela sentiu-se vazia. Completamente vazia. Precisava dele perto daquela maneira, precisava do beijo dele mesmo tendo o beijado verdadeiramente apenas aquela vez. Precisava que fosse mais profundo, que ele dissesse que a amava por que era por ele que sentia infinitos e conturbados sentimentos.
Mas em vez de agarrá-lo pela camisa e beija-lo para mostrar o que queria, ela riu como uma bêbada faria dizendo entre as risadas:
— Cara, se George souber disso nós estamos mortos.
já estava em frente a porta do apartamento de quando finalmente conseguiu expurgar de seus pensamentos a cena do beijo.
— Pedi metade portuguesa, metade calabresa. – disse ao abrir a porta e dar passagem à amiga. — Tá na cozinha.
Ela arregalou os olhos e correu em direção a cozinha enquanto ouvia a risada de . Abriu a caixa e absorveu o delicioso perfume da pizza. Não demorou muito para os dois estarem devorando seus pedaços de pizza. A conversa fluiu como sempre, confortável e cheia de risadas. Como sempre ocorria, se sujava e rendia meia hora de gargalhadas.
tinha um sorriso, o olhar vagava pelo rosto da melhor amiga. Mal sabia que sua sina também tinha sido a dela. Ele também passara a tarde toda relembrando o momento na boate. O beijo que lhe rendeu noites em claro.
Ele não se lembrava de quando realmente se apaixonou por . Talvez... No primeiro olhar. A verdade era que não se lembrava de um momento em que não esteve apaixonado por sua menina de cabelos castanhos. Nenhum. Todas as lembranças dele referentes a ela eram repletas de admiração, de paixão, de amor. Desde que eram crianças.
— Então, quero te dizer que só tem dois cupcakes lá em casa e você já pode tratar de me dar outros. – disse, recolhendo os copos e a faca usada para cortar a pizza da mesa.
— E a dieta? – o amigo perguntou, apenas recebendo um olhar feio de .
— Não ouse! Eu estava há duas semanas sem e você me apareceu com aqueles. A culpa é sua! – ela falou exasperada, a voz mais fina que o normal.
— Tá bom, tá bom. Amanhã quando eu sair do café levo mais pra você.
balançou a cabeça em confirmação e girou no próprio eixo para dar as costas à . Mas no meio dessa trajetória ela se viu caindo no chão até ser aparada pelos braços do amigo.
Ele a abraçava de lado, suportando todo o peso da garota. A respiração ofegante do rapaz batia contra a orelha dela, deixando-a levemente tonta. Aquela aproximação em lugares fechados não era segura, ambos sabiam. Não podiam ficar tão perto.
— Você está bem? – ele sussurrou, quando já tinha firmado os dois em pé, mas sem se afastar um milímetro da amiga. confirmou com um aceno de cabeça, soltou aos poucos o aperto no braço do rapaz e tentou se afastar.
— Não... – ele sussurrou novamente, desta vez deixando os lábios esbarrarem sutilmente na bochecha dela. — Por favor. – pediu, mas sentiu-a forçar a saída mais uma vez.
a olhou contrariado, sentiu raiva dela uma segunda vez no dia. Ele entendia o medo, mas não havia mais razões para adiar o inevitável.
— Por que demorou duas semanas para vir falar comigo depois que terminou? – repetiu a pergunta feita mais cedo.
suspirou irritada e se manteve calada até lavar a pouca louça. Mas não se virou para encarar o amigo ao repetir a mesma ladainha daquela tarde. — Eu já disse . Não queria que...
— Não minta para mim, não minta para si mesma. – ele a puxou pelo braço, olhando-a dentro dos olhos. — Por quê?
— Nós dois sabemos o que pode acontecer se ficarmos muito perto.
A troca de olhares foi intensa. Se houvesse um espectador, ele seria a prova dos pequenos raios e da tensão envolvente quase palpável no local.
Ambos estavam perdidos nos olhares, as lembranças de toda uma vida juntos passando rapidamente pela cabeça, os momentos que, como esse, podiam ter levado a algo. só precisava de mais uma resposta para que aquele muro medonho se quebrasse por completo. E aí só haveria os dois, mais nada.
— E parece errado? – perguntou, aproximando mais o rosto do dela.
— Não mais.
pôs fim a pouca distância existente ao unir carinhosamente as bocas. Ela escorregou as pontas dos dedos pelo rosto do rapaz até chegar ao pescoço assim podendo puxa-lo para mais perto dela.
O beijo não foi como aquele da balada sedento demais, desesperado. Foi calmo, não tinham pressa, pois sabiam que agora tinham um ao outro. Não dariam um passo para trás agora. Aquele era fim da linha. A linha de chegada.
— Eu esperei por tanto tempo. – sussurrou perdido nos olhos da amiga enquanto acariciava seu rosto. E sorriu mais uma vez ao retomar o beijo.
Aos poucos, pôs ela contra a mesa. Gradativamente, os beijos se tornavam mais intensos. Os corpos pediam por mais contato, as mãos descobriam lugares específicos que causavam arrepios e suspiros. O caminho do quarto ficou marcado pelas roupas jogadas com descuido, elas não tinham importância ou utilidade naquele momento. fez questão de jogar o amigo na cama para subir nele e distribuir beijos pelo pescoço, área que ela sempre soube ser seu ponto fraco.
Suas unhas seguiam uma rota tortuosa até a cueca do rapaz. Voltou os beijos para a boca assim que sua mão entrou em contato com o membro de . Ela sentiu uma lufada de ar sobre seu rosto quando começou a movimentar sua mão lentamente para cima e para baixo.
O movimento intensificava-se conforme os lábios da garota faziam o mesmo trajeto que as unhas há poucos segundos. As carícias cessaram apenas para que a última peça de roupa seguisse o mesmo caminho das outras. Mas não pôde dar continuação ao seu plano, a impediu com um movimento rápido, pondo-a entre ele e os lençóis. Na cabeça dele, as brincadeiras podiam ser deixadas para mais tarde, mas precisava dela agora. Precisava sentí-la como nunca antes. Como sempre desejara.
Juntou mais uma vez os lábios aos dela. Explorava o corpo dela com as mãos, tirando delicadamente suas roupas íntimas. Quando as bocas estavam separadas não tirava os olhos da amiga, estava atento a cada movimento sutil. Ele sabia que ela também não queria esperar.
Quando a angústia dos dois chegou ao final, quando estavam unidos da forma mais bela e quente, ambos sentiram-se completos. não sentia mais aquele vazio instalado no peito após o beijo na balada, no lugar vieram as pequenas explosões. Os arrepios vinham cada vez mais intensos causados a cada entrada mais forte do melhor amigo em seu corpo.
Sussurros e gemidos davam som ao quarto escuro, iluminando-o. Era o incentivo para ambos. Mais rápido mais forte. Com mais amor, com mais paixão. sentia as costas serem rasgada pelas unhas de . Não sentia dor, era apenas mais um estímulo para que ele desse tudo de si para ela. O melhor, o pior, tudo.
Com um movimento rápido a garota ficou por cima, tinha as mãos nos quadris delas e gemeu ao sentir rebolando no seu pau. As mãos dela se prostraram diante dos ombros largos dele assim dando apoio para ela subir e descer com mais intensidade.
Ela já sentia seu interior arder e se comprimir, também sabia que não estava muito longe de chegar ao seu ápice. Por isso, jogou contra os lençóis novamente, tirando seu membro por completo dela apenas para invadi-la sem avisos, fazendo-a gemer e suplicar por mais.
Não foi preciso de muito mais para que ambos chegassem a níveis de prazer intensos, sentindo-se fora de órbita, fora de si, num puro êxtase.
Isso fora apenas a gasolina para atiçar o fogo que permaneceu pelo resto da noite e o sorriso que brilhou no rosto de ambos no dia seguinte e no próximo e depois...

...


— Oi, alguém em casa? Trouxe os cupcakes. – Segundos depois a garota se encontrava na frente dele com um sorriso gigante que aos poucos foi sumindo quando algo estalou em sua mente. – Ei, aconteceu algo?
— Sim. – ela suspirou tristonha. – É a razão de nós não podermos ficar juntos.
sentiu o estômago vazio, frio, sentiu uma leve tontura também. A noite de ontem não havia sido maravilhosa? Ele lembrava muito bem de ouvir, antes de cair no sono, que ela não deixaria aquilo acabar que não colocaria o medo novamente entre eles.
— Nem como amigos.
Mais um soco. balançou a cabeça, incrédulo. Deixou a caixa com cupcakes rosas ao seu lado no sofá quando se sentou. Não entendia, ele não entendia. Ele a cabeça entre as mãos quando sentou ao seu lado.
— Você pode me explicar?
— Na verdade, é bem simples. – virou-se com raiva na direção dela, pronto para despejar meia dúzia de xingamentos quando viu algo brilhar no olhar dela. Droga, como era tolo! – Eu vou ficar gorda, . Você me mima demais. Se você trouxer cupcakes ou todas aquelas guloseimas do café para mim todo dia, eu vou virar uma bolinha. Meu colesterol pode subir ou posso ter diabetes ou qualquer doença ligada a açúcar. Já falei das celulites?
— Eu te odeio. – foi à única coisa que escapou da boca de enquanto via a amiga, agora namorada, rolar de rir.
— Você devia ter visto a sua cara. Parecia um cachorrinho.
— Isso não é engraçado, , não é.
— Me desculpa? – perguntou, subindo no colo dele enquanto fazia cara de arrependida. – Por favor. – apenas assentiu, tomando a boca da melhor amiga namorada para si.
“Garoto, isso está me matando e tenho que deixá-lo saber.”
— Eu te amo.
“Querido, me diga, você não sente como se eu devesse fazer isso?”
— Eu te amo, .
“Porque nós dois sabemos o que pode acontecer se ficarmos muito perto.”.





Fim



Nota da autora: Heey, espero que tenham gostado. É a primeira vez que posto algo aqui então estou um pouco receosa.
Eu escolhi Too Close por se tratar de um amor entre melhores amigos, eu sei que é clichê e tals, mas eu simplesmente amo. E aí entrei nessa de cabeça.
Então, se tiverem gostado avisem e se não também, críticas construtivas são sempre bem-vindas. Obrigada pela atenção e até mais.​




comments powered by Disqus




Qualquer erro nessa fic são apenas meus, portanto, para avisos e reclamações somente no e-mail.



TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SITE FANFIC OBSESSION.