Última atualização: 25/06/2019

Prólogo

Antes
Aprendemos na escola que em 2025, após a guerra, todos os meios de comunicação, como celulares e computadores, foram destruídos, fazendo com que o mundo voltasse há pelo menos 100 anos atrás. Posso lhe dizer que é difícil imaginar um mundo com essas coisas, não tem necessidade agora em 2050, mas é bom saber o que se passava há alguns anos. É inimaginável pensar que, antes as pessoas não falavam umas com as outras, nem brincavam na rua até se machucar ou, até mesmo, conversavam com o vizinho perguntando como foi o dia dele. Enfim, acho que resta somente imaginar o presente agora e viver um dia de cada vez.
, mamãe tá chamando. — Suspiro olhando para o espelho, era complicado se arrumar no horário, quando tinha mais quatro irmãs para dividir o quarto, não que eu estivesse reclamando – longe de mim –mas seria bom ter somente um quarto, no qual poderia demorar o tempo que quisesse. Meu sonho. Termino de arrumar meu cabelo, pego meus livros e logo minha mochila. — !
— Estou indo, . — Fecho a porta do quarto e quase sou derrubada pela , minha irmã mais nova, giro meu corpo passando pelo meu pai. — Bom dia, papai.
Deixe-me explicar, meu nome é . Sou a segunda irmã mais velha, a primeira é a , a terceira é a , a quarta e, por último, a caçula chamada que tem 12 anos. Não sei o porquê de tanta menina e nenhum menino. Ainda acho que é um menino, mas ninguém acredita em mim. Enfim, meu pai conheceu minha mãe na Guerra, em 2025, e logo tiveram em 2031 e assim foi. Bom, meus pais nunca foram de falar sobre o que aconteceu na época da guerra e sinceramente tenho curiosidade, mas não estou afim de apanhar.
come seu cereal e pega algo para comer. — Olho para minha mãe, pego uma maçã e sorrio dando um beijo em sua bochecha e um abraço em meu pai.
— Bom trabalho.
Seguro a mão da , ajeito sua touca enquanto seguro meus livros, o colégio não era muito longe, na verdade, era há umas cinco quadras, no máximo, então sempre íamos a pé, mesmo que mamãe não gostasse. Como sempre, Val ia na frente junto com , ia no meu lado falando sobre como odiava os meninos, aquela fase que infelizmente passei e sei que não é nada legal.
, pensa nos seus estudos e deixa os meninos em paz. — Olho com cara feia para , ela sempre falava isso para e depois fazia tudo ao contrário, realmente não dava para entender. — O quê?
— Olha meninas vocês são novas pra pensar nisso, vocês ainda têm tempo, esperem, tudo vem ao seu tempo. — Sorrio vendo as meninas revirarem os olhos, finjo não ver e acabo balançando a cabeça e continuo o caminho até a escola.
Nosso colégio era muito renomado, todos frequentavam ali e, sim, todo mundo se conhecia. Dou um beijo na bochecha da ao deixá-la na porta de sua sala, viro meu corpo em direção das minhas irmãs, porém, sou barrada por um babaca.
— Olha quem chegou. — Fico olhando os olhos, justamente, da pessoa que mais odeio no mundo. , o maior babaca de todos.
— Já vai começar, ? Não tem mais o que fazer? — Cruzo os meus braços enquanto o mesmo se aproxima de mim.
— Sabe que meu divertimento do dia é você. — Arqueio a sobrancelha e bufo tentando passar por ele, porém o moreno aperta meu braço com uma certa força.
— Solta ela, . — Olho para meu braço e depois para . acaba soltando com tudo.
— Ah , a salvadora do dia. O moreno revira os olhos, em seguida me encara. Fixo meu olhar no seu. — Nos vemos por aí.
— Você está bem? — Apenas balanço a cabeça e continuo caminhando até a sala.
sempre me atormentava, desde criança, não sabia o motivo, mas sempre revidava do meu jeito. Passo pela porta e caminho até minha mesa, coloco os livros sobre a mesma até que ouço meu nome, olho de relance pra trás vendo e seus amigos.
— Ali sua namoradinha, . — Trevor aponta em minha direção, olho diretamente para o moreno, ele apenas dá um sorriso em minha direção, viro rapidamente para frente. Isso que me deixava muito confusa, não sabia qual era a de .
Me sento esperando a professora entrar, sabia que não parava de me encarar e isso era estressante. Sinceramente, uma hora ele apenas tentava me humilhar e em outra ele era gentil. Meninos...tão complicados.
— Turma, hoje vamos aprender sobre a guerra fria e…
Meus olhos levantaram ao ver um homem alto, geralmente era o diretor que entrava na nossa sala, porém dessa vez era alguém que mal conhecíamos, o óculos escondia muito bem seus olhos, então não saberia definir o que ele estava planejando.
— Vai acontecer um “treino” de incêndio, espero que não entrem em pânico todos devem parar na quadra do colégio.
Então esse homem saiu do nada, apenas dando essa notícia sem ouvir o que tínhamos para falar e a professora apenas ouviu em silêncio. Isso estava errado, em tudo. Primeiramente, ele não tinha liberdade de entrar assim ou tinha?
— Vamos crianças…
Levanto-me passando as mãos lentamente sobre meu vestido, saio atrás da garota mais inteligente da sala, com as mãos para trás, porém, no mesmo instante, me para, olho para os lados para ver se alguém havia notado, quando tudo está limpo. Encaro o moreno.
— O que aconteceu? Vai me insultar?
— N-Não. — Ele parecia nervoso, sua mão foi de encontro com a minha, mas na mesma hora algo ou alguém faz um grande barulho me fazendo pular. — Vamos.
Ele pega a minha mão e me puxa para fora da sala. Caminhamos até a quadra em silêncio, o que para mim já era muito constrangedor. Ao ver Val de longe, caminho até ela e minhas irmãs. Seguro a mão da e de enquanto me agacho.
— Todos estão aqui? Sentem falta de alguém?
Olho para os lados parecia que todos estavam ali, no entanto o que me chamava mais atenção era alguns homens ao lado do diretor, do estilo do que entrou na sala de aula, com óculos escuros. Levanto-me encarando todos os alunos que estavam próximos das minhas irmãs, Val parecia fazer o mesmo, porém há muito mais tempo que eu.
— Ótimo, peguem suas coisas hoje não terá aula e desde já me desculpem… — Os homens que estavam do lado do diretor apenas seguraram os seus braços, os professores nos levaram diretamente para nossas salas, já que muitos alunos começaram a gritar.
Pego minhas coisas e jogo tudo em minha mochila, pego meus livros e logo vou para a porta, antes de vir me ver saio correndo até a sala da . Ao ver que ela tinha saído, minha dedução era que ela já estava com Val. Corro até a entrada da escola, vendo minhas irmãs. O que estava acontecendo? Era o que todos queriam saber, isso não era normal.
— Vamos atrás da mamãe e do papai, eles vão saber nos explicar tudo. — Val começou a andar rápido, as meninas e eu caminhávamos ao seu lado. Ao olhar para as casas, vimos pessoas correndo pegando malas ou apenas correndo de um lado para o outro, chegava a ser assustador.
— Não abra a porta. — Disse a nova vizinha, ao ver subir as escadas, afim de abrir a porta.
Olho para a senhora e logo jogo meus livros pelo chão. Corro até e a puxo para longe no mesmo instante, nesse mesmo segundo um som de bomba soou de dentro de casa.
— PAPAI! MAMÃE! — corre para chegar até as escadas, mas a segura, enquanto eu estava no chão com .
A bomba explodiu destruindo toda nossa casa, muitos pedaços de concreto caíram sobre minha blusa, minha visão estava embaçada, mais conseguir ver uns homens levando , , e .
— NÃO… — Disse antes de levar um chute no rosto e, após isso, não sabia mais o que esperar. Estava inconsciente, mas sabia que tinha que ir atrás das minhas irmãs. Que não poderia deixar elas sozinhas, era isso que eu sabia antes de desmaiar completamente.




Continua...



Nota da autora: Espero que vcs gostem e que se divirtem e chorem comigo nesse novo universo.





Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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