Capítulo Único
Flashback – No lugar em que nenhum dos dois queria estar
olhou para o relógio em seu pulso, pela terceira vez dentro de um intervalo de quinze minutos, e revirou os olhos. Parecia que um minuto agora estava levando muito mais tempo do que os 60 segundos padrões. Tudo o que ele queria era uma tarde tranquila no conforto de seu lar, assistindo futebol e tomando uma gelada, mesmo que seu time já tivesse jogado no dia anterior. No entanto, seus amigos não respeitaram seu desejo e praticamente o empurraram para fora de seu próprio apartamento para ir a um “pagodinho de domingo” em um bairro desconhecido e em um bar que ele sequer havia ouvido falar.
O rapaz deu mais um gole em sua cerveja e suspirou pesadamente, sentindo-se ainda mais irritadiço ao ouvir o grupo ao vivo iniciar mais uma música desconhecida por seus ouvidos. Teria que aguardar mais algum tempo antes que pudesse ir embora sem muitos protestos. Posicionou o copo na mesa de plástico e sentiu uma mão tocar seu ombro. Virou rapidamente e se surpreendeu dar de cara com uma garota.
— Oi! — Ela mexia sem parar no pingente do colar que estava em seu pescoço, denunciando um certo grau de nervosismo. — As minhas amigas ali me desafiaram a te chamar pra dançar uma música. E elas sabem que nada me move mais do que um desafio, então... aqui estou. — ficou alguns segundos olhando para a jovem a sua frente, sem proferir nenhum som, apenas tentando absorver e entender o que estava acontecendo.
— E qual é o prêmio do desafio? — Quando todas as informações chegaram a seu cérebro, ele proferiu divertido.
— Elas vão pagar minhas comandas toda vez que me obrigarem a vir aqui.
— Queria que meus amigos tivessem me proposto esse desafio também. O único problema é que eu realmente não sei dançar pagode. — Ele confessou e ela riu.
— Nem eu! Mas a gente pode fingir e eu até pago uma cerveja pra você se me ajudar... — Sorriu sapeca e ele rapidamente se colocou em pé, estendendo a mão e convidando-a para dançar.
— Antes de começarmos a passar vergonha, posso ao menos saber seu nome?
— Quem disse que a gente vai passar vergonha? — Ela questionou séria, mas logo começou a rir já que o mico seria inevitável. — , prazer.
— Prazer, . Eu sou o . — Sorriu e antes que pudessem dizer mais alguma coisa, uma nova música teve início e eles começaram a cumprir o desafio.
Fim do flashaback.
Decorei a sua canção preferida
Tô te chamando até de vida
De vez em quando arrisco até cantar pra você
Mudei o corte de cabelo
Tô me olhando mais no espelho
Só pra te impressionar
Quando a playlist aleatória que havia criado para ele começou a tocar Sugar do Maroon 5, o homem não pode deixar de sorrir lembrando de todas as vezes em que a namorada chorou ao assistir o videoclipe da música. Em diversas oportunidades ela já havia deixado claro que o sonho de ter um super casamento havia ficado para trás, juntamente com outros sonhos de adolescência, mas não podia deixar de se emocionar com os casais surpresos do vídeo.
“Vida, tá tocando sua música preferida” foi a mensagem que ele digitou para ela, logo sendo complementada com um áudio dele cantando o refrão juntamente de Adam Levine. Claro que ele não chegava à ponta da unha do cantor, mas ele faria de tudo para fazer sorrir e saber que era muito amada. Estava ansioso para encontrá-la naquela noite, por isso se apressou para sair de casa.
Dentro do elevador espelhado, sorriu para si mesmo. Usava uma das camisetas que havia ganho da namorada e havia cortado o cabelo no dia anterior, repetindo o corte que ela tanto havia elogiado semanas atrás.
Sei que parece que quando fala eu não tô te escutando
Fica brava sim, mas é que eu tô babando
Viajando no seu jeito de falar
Não é por nada
Eu às vezes acho até que tô sonhando
Volta e meia eu tô me beliscando
Pra ter certeza que tudo é real
— Amor, você ao menos tá prestando atenção em mim? — questionou meio irritada. Ela contava sobre o progresso que um de seus pacientes estava tendo nas sessões de fisioterapia. Embora não devesse, ela havia se apegado muito à criança em questão e seus olhos brilhavam enquanto contava o avanço ocorrido nas sessões. Ela era apaixonada pela profissão que exercia e transmitia toda essa paixão em sua voz e em seu olhar, enquanto compartilhava as histórias.
— Mas é claro que estou, vida. É que você fala de um jeito que... eu simplesmente não consigo me controlar e fico com essa cara de bobo, mas eu escutei tudo e estou muito feliz que o pequeno esteja melhorando. — Ele sorriu. — Na próxima você pode até me beliscar para eu ter certeza de que estar contigo é realidade e não uma criação da minha mente.
O amor faz isso com a gente
Acertou, olha minha cara de contente
Eu mudei, melhorei, 'tá na cara
O amor faz isso com a gente
Acertou, olha minha cara de contente
Entrou no meu coração e se trancou
— Você é um bobo, amor. Mas eu te amo taaaanto! — Ela sussurrou a última parte, já que eles estavam em um restaurante.
— Eu te amo muito, muito, muito! Sou encantado por você desde o dia em que nos conhecemos naquele pagodinho. — O homem sussurrou de volta, soltando uma risadinha no final. — E por isso eu queria te fazer um convite. — mordeu o lábio inferior enquanto lhe olhava um lançar curioso. — Sei que o que vale é a intensidade do sentimento e não o tempo, mas a gente se ama muito e está junto há mais de um ano, então... queria saber se você gostaria que fossemos morar juntos. — O desconforto em seu peito se fez presente e aumentou ainda mais seu nervosismo. Ele não queria estragar o que tinham apressando as coisas, mas não via a hora de poder dividir mais de sua vida com ela.
— Você tá falando sério? — As famosas borboletas dançavam em seu estômago, mas ela quis ter certeza de que aquilo era real antes de dar sua resposta.
— É claro que sim, vida.
— E é claro que eu quero morar com você! — disse sorrindo e sem se importar com a etiqueta social, levantou-se da cadeira onde estava sentada, deu a volta na mesa e parou ao lado de , depositando um beijo carinhoso nos lábios do namorado.
— O que você acha de contarmos a novidade aos nossos amigos no pagodinho domingo? — Ele questionou.
— Nada mais perfeito do que fazer isso e comemorar no lugar que nos uniu pela força do ódio. — Ambos riram, lembrando do primeiro não-encontro deles. fez sinal para o garçom se aproximar e solicitou uma espumante para que pudessem brindar aquela nova e feliz fase de suas vidas.
olhou para o relógio em seu pulso, pela terceira vez dentro de um intervalo de quinze minutos, e revirou os olhos. Parecia que um minuto agora estava levando muito mais tempo do que os 60 segundos padrões. Tudo o que ele queria era uma tarde tranquila no conforto de seu lar, assistindo futebol e tomando uma gelada, mesmo que seu time já tivesse jogado no dia anterior. No entanto, seus amigos não respeitaram seu desejo e praticamente o empurraram para fora de seu próprio apartamento para ir a um “pagodinho de domingo” em um bairro desconhecido e em um bar que ele sequer havia ouvido falar.
O rapaz deu mais um gole em sua cerveja e suspirou pesadamente, sentindo-se ainda mais irritadiço ao ouvir o grupo ao vivo iniciar mais uma música desconhecida por seus ouvidos. Teria que aguardar mais algum tempo antes que pudesse ir embora sem muitos protestos. Posicionou o copo na mesa de plástico e sentiu uma mão tocar seu ombro. Virou rapidamente e se surpreendeu dar de cara com uma garota.
— Oi! — Ela mexia sem parar no pingente do colar que estava em seu pescoço, denunciando um certo grau de nervosismo. — As minhas amigas ali me desafiaram a te chamar pra dançar uma música. E elas sabem que nada me move mais do que um desafio, então... aqui estou. — ficou alguns segundos olhando para a jovem a sua frente, sem proferir nenhum som, apenas tentando absorver e entender o que estava acontecendo.
— E qual é o prêmio do desafio? — Quando todas as informações chegaram a seu cérebro, ele proferiu divertido.
— Elas vão pagar minhas comandas toda vez que me obrigarem a vir aqui.
— Queria que meus amigos tivessem me proposto esse desafio também. O único problema é que eu realmente não sei dançar pagode. — Ele confessou e ela riu.
— Nem eu! Mas a gente pode fingir e eu até pago uma cerveja pra você se me ajudar... — Sorriu sapeca e ele rapidamente se colocou em pé, estendendo a mão e convidando-a para dançar.
— Antes de começarmos a passar vergonha, posso ao menos saber seu nome?
— Quem disse que a gente vai passar vergonha? — Ela questionou séria, mas logo começou a rir já que o mico seria inevitável. — , prazer.
— Prazer, . Eu sou o . — Sorriu e antes que pudessem dizer mais alguma coisa, uma nova música teve início e eles começaram a cumprir o desafio.
Fim do flashaback.
Tô te chamando até de vida
De vez em quando arrisco até cantar pra você
Mudei o corte de cabelo
Tô me olhando mais no espelho
Só pra te impressionar
Quando a playlist aleatória que havia criado para ele começou a tocar Sugar do Maroon 5, o homem não pode deixar de sorrir lembrando de todas as vezes em que a namorada chorou ao assistir o videoclipe da música. Em diversas oportunidades ela já havia deixado claro que o sonho de ter um super casamento havia ficado para trás, juntamente com outros sonhos de adolescência, mas não podia deixar de se emocionar com os casais surpresos do vídeo.
“Vida, tá tocando sua música preferida” foi a mensagem que ele digitou para ela, logo sendo complementada com um áudio dele cantando o refrão juntamente de Adam Levine. Claro que ele não chegava à ponta da unha do cantor, mas ele faria de tudo para fazer sorrir e saber que era muito amada. Estava ansioso para encontrá-la naquela noite, por isso se apressou para sair de casa.
Dentro do elevador espelhado, sorriu para si mesmo. Usava uma das camisetas que havia ganho da namorada e havia cortado o cabelo no dia anterior, repetindo o corte que ela tanto havia elogiado semanas atrás.
Fica brava sim, mas é que eu tô babando
Viajando no seu jeito de falar
Não é por nada
Eu às vezes acho até que tô sonhando
Volta e meia eu tô me beliscando
Pra ter certeza que tudo é real
— Amor, você ao menos tá prestando atenção em mim? — questionou meio irritada. Ela contava sobre o progresso que um de seus pacientes estava tendo nas sessões de fisioterapia. Embora não devesse, ela havia se apegado muito à criança em questão e seus olhos brilhavam enquanto contava o avanço ocorrido nas sessões. Ela era apaixonada pela profissão que exercia e transmitia toda essa paixão em sua voz e em seu olhar, enquanto compartilhava as histórias.
— Mas é claro que estou, vida. É que você fala de um jeito que... eu simplesmente não consigo me controlar e fico com essa cara de bobo, mas eu escutei tudo e estou muito feliz que o pequeno esteja melhorando. — Ele sorriu. — Na próxima você pode até me beliscar para eu ter certeza de que estar contigo é realidade e não uma criação da minha mente.
Acertou, olha minha cara de contente
Eu mudei, melhorei, 'tá na cara
O amor faz isso com a gente
Acertou, olha minha cara de contente
Entrou no meu coração e se trancou
— Você é um bobo, amor. Mas eu te amo taaaanto! — Ela sussurrou a última parte, já que eles estavam em um restaurante.
— Eu te amo muito, muito, muito! Sou encantado por você desde o dia em que nos conhecemos naquele pagodinho. — O homem sussurrou de volta, soltando uma risadinha no final. — E por isso eu queria te fazer um convite. — mordeu o lábio inferior enquanto lhe olhava um lançar curioso. — Sei que o que vale é a intensidade do sentimento e não o tempo, mas a gente se ama muito e está junto há mais de um ano, então... queria saber se você gostaria que fossemos morar juntos. — O desconforto em seu peito se fez presente e aumentou ainda mais seu nervosismo. Ele não queria estragar o que tinham apressando as coisas, mas não via a hora de poder dividir mais de sua vida com ela.
— Você tá falando sério? — As famosas borboletas dançavam em seu estômago, mas ela quis ter certeza de que aquilo era real antes de dar sua resposta.
— É claro que sim, vida.
— E é claro que eu quero morar com você! — disse sorrindo e sem se importar com a etiqueta social, levantou-se da cadeira onde estava sentada, deu a volta na mesa e parou ao lado de , depositando um beijo carinhoso nos lábios do namorado.
— O que você acha de contarmos a novidade aos nossos amigos no pagodinho domingo? — Ele questionou.
— Nada mais perfeito do que fazer isso e comemorar no lugar que nos uniu pela força do ódio. — Ambos riram, lembrando do primeiro não-encontro deles. fez sinal para o garçom se aproximar e solicitou uma espumante para que pudessem brindar aquela nova e feliz fase de suas vidas.
Fim
Nota da autora: Eu amo casais que se conhecem de maneiras estranhas ou divertidas, espero que vocês também! Ficou bem curtinha, mas eu não podia deixar de participar de mais um especial desse site que tanto amo!
May, sua linda, obrigada por toda a ajuda!
Até a próxima :)
Outras Fanfics:
● 02. Can’t Keep My Hands Off You
● 02. My Best Habit
● 03. Daylight
● 10. Superstar
● 11. Doin Dirt
● 12. He Wasn’t There
● 14. Easier Said
● Around Here
● Nossa Bagunça
● Taça do Amor
● Turma de 2003
● Turma de 2003: Após o Reencontro
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
May, sua linda, obrigada por toda a ajuda!
Até a próxima :)
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● Turma de 2003: Após o Reencontro