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Odaxelagnia






Capítulo Único


Eu preciso vê-lo.

- Flashback On -

Eu não sei exatamente como chegamos nesse ponto, talvez pelo álcool em mim, pelo álcool nele… Só sei que após trocar meia dúzia de palavras estávamos ali, mais se mordendo do que se beijando.
- Morde mais forte - ele pediu, ou mandou talvez.
- Eu vou acabar te machucando.
- Eu quero que você me morda do jeito que eu te mordo.
Como resistir a essa boca com gosto de whisky me pedindo isso? Não é lá um grande sacrifício morder esses lábios. Ele quer forte? Tá bem.
Mordi seu lábio inferior com força e o puxei entre meus dentes.
- Essa foi muito gostosa.
E a partir desse momento as mordidas não pararam mais, os puxões de cabelo não pararam mais, a mão dele na minha cintura me apertou mais, e era isso que eu queria… mais.

- Flashback Off -

Os momentos que aconteceram naquele banheiro de bar ficaram em um loop eterno na minha cabeça o final de semana inteiro. Agora já é segunda-feira, dia de voltar a realidade e estou aqui pensando no tal do , vulgo cara do banheiro, enquanto dirijo até a faculdade. Novo semestre, novas matérias, preciso me focar nisso. Até porque agora teremos matérias de cálculo, o quê não me anima nem um pouco.
Agora, depois de responder mil perguntas pra minha melhor amiga sobre o tal cara do banheiro, precisei respirar fundo quando o professor de cálculo entrou em sala. Eu simplesmente congelei. Não era um velho gordo e barrigudo como eu esperava, era ninguém menos que o . E pela cara dele, acho que se lembra quem sou também.
Nós não havíamos trocado telefone nem nada do tipo, o nosso momento foi ótimo mas a ideia não era continuar nada, não ter contato após aquela noite. Mesmo que eu tenha pensado nele o final de semana inteiro, mas tê-lo na minha vida assim… meu professor de cálculo, eu realmente não queria. Ou será que queria? Não, não vou ficar pensando nisso. Ele provavelmente não quer nada comigo, só ficou surpreso de me encontrar aqui. E tenho certeza que estou rosa, vermelha, multicor com ele me olhando desse jeito. Vou apenas fingir que nada aconteceu e tentar suportar cálculo nesse semestre, é só um cara que fiquei, que descobri ser meu professor, certo. Mas mesmo assim não devia me abalar tanto.

Finalmente a aula encerrou. Cada vez que meu olhar encontrava o de eu estremecia. Espero que seja apenas o choque inicial e logo isso passe. Quando contei a ela não teve a reação que eu esperava, na verdade encheu de elogios sobre os olhos pequenos, cabelo lindo, corpo delicioso… Enfim, vamos parar por aqui. Já deu pra entender que ele é lindo. Sem falar que tem uma pegada maravilhosa… Tá eu não devia estar pensando nisso, ele é meu professor agora.
Meu celular vibrou no meu bolso interrompendo meus devaneios sobre
“Preciso falar com você, . Volte a minha sala agora.
Minha nossa, será que minha presença o incomodou tanto assim? Ele vai pedir que eu mude de turma?
Fui em direção a sala quase correndo sem conseguir explicar direito pra minha amiga, pois nem eu havia entendido.
estava recostado na mesa de um jeito sexy, ou talvez só eu achasse sexy simplesmente por ser ele ali. Ele sequer levantou a cabeça quando entrei, então me aproximei dele.
- Não esperava te encontrar aqui.
- E eu pensei que não havia te passado meu número.
- Não passou. Eu consegui no banco de dados da faculdade.
- Tão rápido?
- Sim.
O quê ele realmente queria ? Não consigo perguntar com ele me olhando dessa forma, como se me despisse com os olhos. E eu queria que ele fizesse isso realmente, aqui, agora. Droga. Não posso ficar pensando essas coisas.
- Você sabe que isso só torna tudo mais excitante…
- O- o quê? !
A cara que eu fiz deve ter sido hilária, porque ele simplesmente começou a rir. Ele tá me zoando? Ele me quer? Ele deve estar zoando mesmo.
- Não banque a inocente, . Eu sei que você não é.
- Eu não sei do que você está falando.
Na verdade eu sabia mas queria confirmar pra crer nisso.
- Esse é o endereço pra você descobrir o quê estou falando.
Peguei o papel da sua mão com o endereço de um condomínio.

Não sei como reagir. Meu professor de cálculo está me convidando pra casa dele. Isso é um clichê tão excitante, professor - aluna. E nós realmente temos “assuntos inacabados”, mas eu não deveria fazer isso.
- Te vejo às dezenove horas, .
- Eu não disse que vou.
- Eu sei que vai. Você quer isso tanto quanto eu.
Dizendo isso, ele saiu da sala me deixando com cara de boba.
Que convencido esse cara. Quem disse que eu queria? Eu não disse. Tudo bem que eu quero, mas ele não sabe disso, ou sabe? Deixei transparecer tanto assim? Ele é só um safado egocêntrico que faz isso com as alunas. Eu não vou pra lugar nenhum.

xxx


Eram 19:10 e aqui estava eu, decidindo tocar a campainha ou me virar e ir pra casa.
É melhor resolver isso logo, eu quero isso com a droga desse convencido. Qual é, isso não vai dar em nada, é só desejo mútuo e vai ser resolvido agora.
Toquei a maldita campainha. E a porta não demorou ser aberta.
- Não me deixe esperando, .
- Além de tudo, é mandão. - Resmunguei baixo.
- O que disse?
- Nada.
- Ótimo.
- Vamos resolver isso de uma vez.
- Não fale assim, . Não é um negócio inacabado, não é algo pra ser ruim.

Ele falava isso ao ponto que se aproximava de mim. Me envolvia pela cintura e chegava ao meu ouvido, sua respiração quente arrepiando meu pescoço.
- Eu quero que seja bom pra você, … Muito bom.

Ouvi- lo sussurrando isso ao meu ouvido me fez querer ainda mais. Todo o clima quente daquela noite voltou e eu o queria mais que nunca.
Não encontrando resistência da minha parte, começou descer seus lábios lentamente e torturante por meu pescoço, depositando beijos suaves por ali, que causavam pequenos choques pelo meu corpo. Me recostei no sofá involuntariamente sendo guiada por ele.
- Você quer isso? - Ele perguntou com um sorriso safado, já sabendo que eu estava envolvida demais pra voltar atrás. Apenas acenei com a cabeça confirmando.
Foi o suficiente pra que ele descesse a mão para minha coxa, erguendo minha saia devagar enquanto começava mordiscar minha orelha. Sua mão agora escorregava para o meio das minhas pernas e começava me acariciar ali, tentei em vão conter um gemido. Eu já me contorcia na sua mão sem conseguir me controlar e gemendo cada vez mais, até que fui calada pela boca de , sua língua acariciando a minha, suas mordidas fortes no meu lábio, meus gemidos se misturando a sua respiração acelerada… Quando sua boca se afastou de mim, por um momento eu mesma arranquei fora minha blusa e ele rapidamente fez o mesmo com a sua e com meu sutiã, já descendo sua boca para o meus seios distribuindo beijos, chupões e, claro, mordidas. Os movimentos de seus dedos se tornaram mais intensos e torturantes, seus lábios envolviam meu mamilo e eu não sabia se pedia pra ele parar ou continuar, não dava mais pra ter pensamentos racionais enquanto ele me masturbava dessa forma. Tudo que eu sei é que meu
corpo está entregue a ele nesse momento.
- Eu disse que seria bom, .
O assisti se levantar e tirar suas calças enquanto a ansiedade aumentava o prazer em mim. Ele se voltava a mim agora baixando minha calcinha enquanto me olhava nos olhos analisando minha reação.
E então ele se deitou sobre mim e me penetrou. Doeu, o tipo de dor que é ofuscado pelo prazer mais forte e ficava cada vez mais forte enquanto ele se movia dentro de mim, tudo que eu conseguia fazer era gemer lascivamente em sua boca ao mesmo tempo que tentava corresponder ao seus beijos. Mas eu não conseguia, enquanto ele aumentava suas investidas contra meu corpo, mais rápidas, mais fortes, mais gostosas, cada vez mais… Os gemidos que escapavam da sua boca não eram desesperados como os meus, mas soavam tão excitantes pra mim que me faziam gemer mais enquanto ele me chamava de gostosa e mordia meu pescoço. E eu retribuía, quanto mais forte eu mordia e arranhava, mais forte ele entrava em mim. Ele não parava. Não parecia nem próximo de parar. Pelo contrário, continuava a me dar mais…

Depois de um tempo ele exclamou meu nome enquanto eu mordia forte seu ombro, numa mistura de alívio, prazer e tortura. Eu ofegava e minhas pernas tremiam. Ele tinha dito que seria bom, não tinha?


Continua...



Nota da autora (10/02/16): Sem nota




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