O destino é imutável

Fanfic finalizada

Prólogo

A noite estava fria, os ventos chacoalhavam as árvores, trovões soavam a todo instante, em anúncio da tempestade que despencaria, minhas visão era afetada pelas luzes vermelhas e azuis da ambulância; meu corpo parecia incapaz de se aquecer, meus pulmões puxavam o ar que parecia não existir, eu sentia a frieza das lágrimas caírem pela minha face enquanto despejava palavras silenciosas, segredadas ao grande amor da minha vida… o qual, naquele instante, estava sendo tirado de nossa casa, dentro de um saco preto, sem vida. , um gênio da música clássica, seus longos dedos tiravam os mais belos sons dos teclados, fossem de pianos, órgãos e até mesmo teclados…um musicista sem igual, atormentado por seus traumas do passado, dores que nem mesmo eu pude fazê-lo dividir, seus doces olhares, sua risada suave, seu toque gentil e o calor de seu corpo, eu não poderia mais sentir ou presenciar. Parte de mim se negava a acreditar que estava morto, aceitar sua morte era o mesmo que matar uma parte minha.
possuía meu coração, me apaixonei por sua simplicidade, mesmo trajando os mais finos ternos, ele tratava cada uma das pessoas que passava pelo seu caminho com um cuidado que jamais vi. Desejava ter feito mais por ele, ansiava por uma maneira de evitar que sua dor lhe esmagasse tanto ao ponto de escolher acabar com tudo, seu ato impulsivo para alívio de suas aflições o separou de mim para sempre. Deveria ter permanecido em casa naquele dia, dificilmente o deixava sozinho, mas justamente naquele dia tive de me ausentar, permitindo que seus pensamentos intrusivos o levassem até o suicídio.
Nenhum tratamento, psicólogos e medicamentos, bastaram para o auxiliar…me sentia esmagada, como se meu coração se comprimisse tanto ao ponto de sentir como se ele fosse explodir em um milhão de pedacinhos, se houvesse alguma maneira, qualquer uma! Eu faria qualquer coisa! Ele era o meu grande amor! Me sentia perdida, desnorteada, confusa, mas em plena agonia, meu corpo estava frio feito gelo, o vazio crescente enquanto o sentimento de impotência crescia como uma penitência, eu só gostaria que houvesse uma maneira, uma esperança, a luz no final do túnel…

— Eu quero o meu marido de volta, por favor! — Meus braços agarraram o antebraço de um paramédico que estava sentado me monitorando.

— Minha senhora, não há nada que possamos fazer. — Ele me respondeu segurando minhas mãos, em um ato instintivo, como se estivesse tentando me acalmar.

— Por favor, eu faço qualquer coisa! Só o tragam de volta para mim, eu estou implorando! — Implorei olhando para ele desesperada, o veículo com o corpo do meu marido estava partindo.

— Ela vai entrar em choque, coloque ela para dormir. — Uma das paramédicas entrou na ambulância, seus olhos alternando entre eu e o monitor.

, alguém o traga de volta. — Olhei para todos, exclamando uma oitava mais alta.

— De pressa, a pressão dela está caindo! — A paramédica voltou a gritar com o paramédico ao meu lado.

— Querido, volte para mim…estou perdida sem você. — Cai de encontro a maca, minha voz silenciando aos poucos.

— Alguém faça alguma coisa! Os batimentos dela estão caindo! — A paramédica exclamou se movendo no espaço apertado da ambulância.

, venha me buscar. — Sussurrei antes que tudo escurecesse.

Capítulo I

Não há um manual, um guia de instruções, algo que nos oriente a como prosseguir após a partida de alguém importante. Os dias eram estranhos, confusos, dolorosos, enevoados pela agonia da impotência…Eu sabia que estava sofrendo, havia tentado tudo ao meu alcance mas somente as pessoas que vivenciaram as dores poderiam saber; não havia nada que eu pudesse ter feito, realizado, mudado mas isso não significa que era mais fácil de aceitar; o espaço oco, sem vida, parecia criar um vórtice que me sugava cada vez mais. A apatia parecia fazer parte de mim, eu vivenciei o ódio da família , seus gritos inescrupulosos acusando que havia assassinado o amor da minha vida…como se eu pudesse! havia nascido em uma família abastada, unido ao seu talento, ele tinha uma fortuna em bens materiais, os quais eu botaria fogo se pudesse trazê-lo de volta.
Os dias se misturavam, a dor não era suportável mas era aconchegante saber que poderia sentir alguma coisa, fazia meses desde a última vez em que deixei meu quarto, a reunião para ler o testamento de meu marido fora a única ocasião e desde então as paredes de meu antigo apartamento me engoliam em seu aperto de concreto. Desde a partida de , eu não consegui voltar para a casa em que vivíamos. As memórias cravadas em cada partícula de cimento daquele lugar, eu o via em tudo, nas cortinas em que cansamos de nós esconder de sua mãe, unidos, as janelas em que eu me pendurava enquanto o observava tocar, nos sofás em que ficamos em silêncio, apreciando a companhia um do outro, na biblioteca em que passamos algumas noites perto da lareira, cercados de livros , trocando experiências literárias, recontando as histórias que havíamos lido um para o outro.
A imponência da casa era esmagadora sem a figura amável, gentil e bem humorada de meu esposo. Eu queria gritar, eu queria arrancar meu coração, a agonia me sufocava, mas ela era preferível do que a apatia. Não sentir nada era assustador, era como se estivesse viva ou morta não importasse, nada era interessante, nada era assustador, nada importava… e o perigo morava aí. Eu não suportava viver sem , mas também não queria morrer, havia sido consumida por sua ausência que hobbies, meu trabalho, tudo se perdera na densidade do luto.
Naquela tarde, observando o crepúsculo se sobrepor a claridade do dia, levando o astro rei para o seu descanso, observei as estrelas surgirem uma a uma, após o show de cores que anunciavam o fim de mais um dia. Não observava as estrelas desde a noite da morte de , naquele dia ele me pediu para ir à cidade, comprar alguns mantimentos e guloseimas para ficarmos acordados enquanto observarmos as estrelas, haviam anunciado uma chuva de meteoros fora de época, eu só não imaginava encontrá-lo deitado no deque, nas almofadas e em suas mãos a arma que ele utilizou para acabar com tudo.
A nossa casa ficava distante, rodeada por árvores e um belo jardim… os planos que fizemos, as promessas que foram quebradas com seu ato…eu me sentia desnorteada, a sua última imagem ainda me assombrava. Respirar era difícil, eu tinha que obrigar meus pulmões a inalarem o oxigênio e liberar o gás carbônico, abracei meus joelhos, afundando minhas unhas na carne de meus braços, eu precisava de estímulos constantes para me manter sã.

, eu queria ter feito mais por você, meu amor.

Sussurrei para o luar, como um último desejo, uma confissão, uma saudação e uma finalização, eu não sabia como viveria a partir de agora, viver e não apenas existir como atualmente agia. Tinha de quebrar esse círculo vicioso, dar um fim à inércia e começar, mesmo que fosse a passos de tartaruga, voltar a viver. Naquela noite, enquanto era tragada para o manto da inconsciência, pensei ter ouvido um adeus caloroso, amoroso e ao mesmo tempo doloroso, a voz grave e gentil chamando meu nome uma última vez.

Capítulo II

Na semana passada, recebi a visita de um médico e um advogado, ambos seguindo as instruções do testamento de , seu suicídio havia sido premeditado e mesmo morto meu marido estava cuidando de mim. O médico concluiu minha baixa estamina, ao estado anêmico fruto do luto, suas indicações fora que eu saísse do país por um tempo, procurasse novos interesses e explorasse outros ares o que uniu a tarefa que deixou-me; havia algo que somente eu poderia cumprir, ou assim diziam as palavras de .
Portanto, era por isso que agora estava em frente a escola de música e artes de Seul, uma escola renomada e com jovens talentosos, prodígios e estudantes dedicados. A mudança de ares realmente estava me fazendo algum bem, minha face recuperou o viço outra vez, as maçãs do rosto estavam outra vez rosadas, o apetite retornou, mesmo que minimamente, mas o que importava era que a comida estava voltando a ser apetitosa e não apenas algo obrigatório.
Enquanto divagava, me dirigia a passos decididos para a recepção, o advogado testamentário de havia entrado em contato com o dirigente do local, ao que parecia, meu marido havia criado um laço afetuoso com a escola, instituição que frequentou durante sua juventude, antes de nos encontramos pela primeira vez. queria patrocinar um programa para jovens talentosos, mas de baixa renda, um de seus colegas do instituto não conseguiu se manter no programa de música pela falta de recursos. Seria mais vantajoso abrir uma instituição para auxiliar aqueles que não possuíam capital para ingressar em grandes escolas, mas de certa maneira eu entendia o porquê preferia abrir um programa naquela instituição. Dentro da escola, sendo abonados pelo projeto do meu marido, os jovens teriam acesso aos melhores professores do país, se abrisse uma instituição, não era garantido ter bons professores.
O ambiente claro, em tons pastéis, me absorveu assim que o adentrei, quadros e algumas esculturas decoravam o local em um estilo minimalista, mas aconchegante. Meus olhos analisaram o local, admirando-o em silêncio, resolvi me aproximar de alguns quadros , nas placas douradas estava o nome de ex alunos e o ano de sua formação. Contive um suspiro de admiração, começava aos poucos a entender o porquê apreciava o local tendo nascido na Noruega e vivido sua infância viajando entre a Inglaterra, França e Itália.
Enquanto me aproximava de obra a obra, distraída, fascinada pelos detalhes, quando então o som de um piano reverberou por cada célula do meu corpo, o ar escapou dos meus pulmões, eu reconheceria aquela maneira de tocar mesmo morta, passei horas demais apenas observando meu marido tocar, seu toque sobre as teclas do piano eram único, não houve alguém que pudesse copiá-lo… instintivamente, tomada por meus impulsos, segui o som do piano, o coração retumbando em meus ouvidos enquanto perseguia a música, eu sabia que havia morrido, eu havia encontrado seu corpo já sem vida mas a fagulha esperançosa inundou minhas veias, como se me dissesse que, na origem daquele som, eu o encontraria…

Apenas, é claro, que ele não estava.
Ele jamais tocaria um piano.
Ele não sorriria mais, ele não veria mais nenhum nascer do sol, não diria meu nome, eu não o veria mais!


Capítulo III

Minha entrada súbita assustou a figura que dedilhava o piano, seus olhos monólitos, profundamente castanhos quase preto, me saudaram surpreendido. Eu queria ter evitado a expressão decepcionada em minha face, o homem naquele banco não tinha culpa pelo o que me ocorrera, me apoiei na parede tomando fôlego, a caminhada rápida atrás da origem da música me deixara ofegante unida a frustração e constatação que jamais ouviria meu marido tocar outra vez…eu estava um caos.

— Você está bem? — Sua voz exalava preocupação enquanto me observava atentamente, a figura masculina havia se deslocado do banco do piano até aonde eu estava.

— Não, mas estou tentando ficar. — Por alguma razão deixei a honestidade escapar por meus lábios, a viagem havia me feito algum bem, mas o processo de superação da morte era árduo e levaria algum tempo até que eu pudesse não chorar ao pensar em .

— O que eu posso fazer? — Ele me perguntou afobado, sua preocupação genuína me fez rir, o que me surpreendeu, eu não sabia como era rir já fazia meses.

— Toque para mim, o que você preferir, mas toque como se eu não estivesse aqui. — O respondi sinceramente, não houve apresentações, e por mais estranha que a situação aparecesse, ele não me fez perguntas.


O homem que eu o interrompi, voltou a se sentar, seu olhar alternou brevemente entre o piano era minha figura, como se para garantir que eu estava bem; antes de tocar por fim. Se eu fechasse os olhos, eu conseguiria visualizar dedilhando as teclas daquele piano, por alguma razão eu duvidava que fosse uma coincidência, eu não acreditava nessa tolice, o figura desconhecida prosseguiu a tocar a última música que eu o havia interrompido, seus dedos longos elegantemente pressionavam as teclas pretas e brancas de maneira fluída, era lindo de se ver e ouvir. Fechei os olhos apoiando minha cabeça contra a parede, era uma tortura permanecer ali, quando alguém que eu nem sabia o nome tocava exatamente igual a figura falecida do meu marido…Meu coração ardia como os canais lacrimais vazios de tanto despejar água nos últimos meses. Procurei tomar algumas golfadas de ar, com o oxigênio circulando pelos vasos sanguíneos, a razão fluiria melhor em meu cérebro afetado pelas emoções.

Capítulo IV

— Senhora , senhora ?

Um chacoalhar suave me despertou do sono, enquanto respirava profundamente, acalmei meus nervos o que me levou a relaxar e acabar adormecendo enquanto ouvia o desconhecido tocar o piano. Abri as pálpebras lentamente, encontrando um rosto familiar, mas ao mesmo tempo desconhecido diante de mim. Ainda confusa, bocejei o olhando cuidadosamente.

— Seu advogado entrou em contato comigo, sou o responsável pela escola. Me chamo Hongdae Hwang Joseon, a senhora está bem?

Eu então pude assimilar o porquê a figura a minha frente era desconhecida e conhecida ao mesmo tempo; balancei a cabeça concordando aceitando a mão estendida na hora de me levantar. Olhei a minha volta, a sala estava vazia, o piano solitário que reverberou o mais lindo som, agora silencioso era uma imagem que me atemorizava, esse também era uma das razões que eu tive ao deixar a casa em que vivia com , havia pianos de mais.

— Podemos remarcar a reunião? — O respondi com outra pergunta, soltando sua mão assim que me coloquei de pé.

— Sim, para uma ocasião que a senhora achar melhor. — Ele me respondeu tranquilamente. — A senhora precisa que alguém a leve até o seu hotel? — Hongdae me indagou, seu semblante analisando o mesmo que eu, o piano solitário no meio da sala.

— Qual o nome do rapaz que estava tocando? — Outra vez o respondi com uma pergunta, desviando de sua pergunta.

— Ele é um dos nossos orgulhos, é o nosso melhor professor, atualmente tomou a iniciativa de participar de alguns concursos de música. — Hongdae contava com orgulho de seu j funcionário enquanto nos dirigia para a recepção.

— Ele toca exatamente como , seu profissional passou tempo demais assistindo ao meu marido ou foi um dos aprendizes dele. — O parei ao atingirmos as portas de vidro, estava séria, mesmo que eu houvesse adormecido sob o toque do piano de , isso não mudava o fator de ele tocar exatamente igual .

— Senhora , eu entendo suas ressalvas, mas o professor não está tentando copiar o seu marido. — Hongdae usou um tom suave enquanto tentava me persuadir.

— Eu quero que ele esteja presente em nosso próximo encontro senhor Hongdae, eu sei bem o que eu ouvi. — O avisei antes de abrir a porta, voltei meus olhos para fora e então olhei sobre os meus ombros uma última vez. — Tenha um bom dia, senhor Hongdae.

Não esperei para ouvir as desculpas de Hongdae, não havia ninguém como no mundo da música, seu dedilhar era único, um estilo impressionante e ao mesmo tempo suave, não era algo fácil de se imitar, por isso que meu falecido marido havia se destacado. Descobriria por mim mesma quem era e suas intenções no mundo da música clássica.

Capítulo V

Exatamente no mesmo horário do dia anterior, eu estava na recepção, olhos atentos e ouvidos afiados, a minha frente estavam Hongdae Hwang Joseon e , ao lado deles estava o que eu supunha ser a assistente de Hongdae. Posturas defensivas, mas faces amigáveis, com exceção a , os outros dois pareciam nervosos sob a fachada de profissionais. Os segui após as saudações e apresentações, enquanto nos movíamos pela instituição, Hongdae e sua assistente, procuraram manter o mais distante, tal comportamento me gerou mais dúvidas em cima das que eu já possuía. Se não houvesse nada a esconder, eles teriam agido daquela forma. Além do comportamento suspeito, a instituição era realmente muito bem preparada e com tudo que um aluno de artes ou músico precisasse. Meus olhos desviavam dos pianos solitários, me movia mais rápido quando passávamos pelas salas vazias, eu não sabia se era pelas dúvidas, ou o psicológico ainda abalado, mas não havia ingerido nada desde o dia anterior, a fraqueza me fez apoiar contra uma das paredes , me sentia tonta, a figura de me amparou passando rapidamente por Hongdae.

— Você não está bem, porque não procurou um atendimento médico? — Havia um tom protetor na voz dele que me deixou surpresa, a sinceridade era explícita em seus olhos monólitos.

— Eu tenho estado assim já faz algum tempo imitador. — O respondi num sussurro, fechei os olhos pois sentia o ambiente girar.

— Senhora , vamos levá-la ao hospital. — Hongdae se pronunciou após me colocar sentada num sofá da sala vazia de artes.

— Eu ficarei bem, tenho os remédios no quarto do hotel, o que eu preciso é de respostas. — O respondi seriamente mesmo sentindo tudo girar.

— Sobre o que a senhora está falando ? — me questionou confuso, encarei os olhos castanhos, ele não havia se submetido a uma cirurgia de pálpebra dupla, assim ele ainda possuía olhos pequenos e amendoados, monólitos.

— Senhor Hongdae, explique a situação para o rapaz e o porquê de eu o chamar de imitador… — Massageei minhas pálpebras respirando fundo, um pouco de oxigênio poderia esfacelar a tontura que sentia.

— Senhora , precisamos levá-la ao hospital. — Hongdae voltou a repetir.

— Precisamos de resp…

O mundo escureceu, como um apagão, minha boca mal conseguiu formular a última frase antes que desmaiasse. Não era só a dor que guardava para si, havia um segredo; essa era a razão por trás da tarefa que somente eu poderia solucionar…

O que estava pensando?

Epílogo

Aparelhos apitando numa frequentávamos ritmada, esse fora o meu despertador, ao meu redor o ambiente extremamente branco quase me cegou. Sentia meu corpo pesado, era como se tivesse passado um longo tempo daquela maneira, me sentei, sentindo uma vertigem ao ficar sentada, caí de volta ao encontro dos travesseiros. A viagem à Coréia do Sul se tornou uma resolução de mistérios, o quão desajustada estava minha vida para acabar daquela maneira?! Antes que eu pudesse ter qualquer resposta ou apertar o botão para chamar a enfermeira, a figura que me intrigava adentrou o quarto do hospital com um vaso de flores, amarilys, brancas meio rosáceas.

— O que eu posso fazer por você, ? — se aproximou calmamente, seu tom de voz era gentil.

— Me diga a verdade. — Pedi ouvindo minha voz soar rouca por ter acabado de despertar.

— Isso vai demorar. — me respondeu sem vacilar, seus olhos estavam fixos nos meus.

— Eu tenho tempo. — O respondi num tom de obviedade.

— Então vai ter que me prometer algo. — rebateu sem alterar o tom de voz.

— Por que eu tenho que negociar quando mereço saber a verdade? — O indaguei completamente confusa.

— Então terei que dizer adeus dessa maneira. — Ele simulou partir quando me rendi num tom resignado.

— Diga os seus termos. — O respondi me sentindo irritada pela primeira vez em muito tempo.

— Você precisará acompanhar o nascimento do programa de , antes que eu te conte toda a história. — se sentou na poltrona ia lado da cama hospitalar.

— Está negociando por causa do dinheiro? — Minha voz subiu uma oitava.

— Você não me permitiu terminar, , você precisa cuidar da sua saúde primeiro e depois falaremos do projeto de . — rebateu, sua indignação presente em seu tom de voz.

— Eu quero a verdade, .— Mantive meu olhar no dele enquanto pronunciava cada palavra.

— E você terá. — Ele me respondeu sem se alterar.

— A menos que eu cumpra esse trato ridículo.— Rolei os olhos diante a situação ridícula que que estava.

não ia gostar de vê-la dessa maneira. — mudou o foco de sua fala, eu senti como se uma lâmina tivesse atravessado meu peito.

— Não te contaram quem o encontrou na noite em que ele se suicidou. — Vi a incerteza banhar aqueles olhos monólitos. — Se coloque no meu lugar, , apenas por um momento, era o amor da minha vida, o ato daquela noite nunca me passou pela cabeça, ofereci tudo ao meu alcance a ele…E numa noite, antes da chuva de meteoros banhar os céus eu encontrei meu marido com um buraco na cabeça, ele se matou com um tiro na cabeça, você tem ideia do cenário que aquilo provoca…Eu tenho pesadelos com aquela noite, não me venha com esse acordo ridículo, eu preciso saber a verdade.

— Eu te contarei um dia. — Ele se levantou num salto, seus olhos desnorteados.

Observei ele correr agora fora do quarto, olhei em silêncio para a porta, esperando que retornasse…O que não ocorreu, durante todo o tempo em que estive no hospital, eu não vi nem a sombra de



Fim?!



Nota da autora: EIsso é apenas uma apresentação de como será a long aonde o arco central da história será em cima do segredo do PP. O que o falecido marido da PP e o misterioso músico tanto escondem?




Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.



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