Kim Namjoon nunca imaginara que uma madrugada seria capaz de mudar sua vida, assim como um olhar aparentemente tranquilo, embora intenso.

Eram quatro da manhã de um sábado quando o vira pela primeira vez. Tivera todas as sensações clichês descritas em livros, era, afinal, um romântico incurável. O estômago afundou, um frio tomara sua barriga, um arrepio correu coluna acima e o suor escorreu na palma da mão. Ah, e obviamente: o coração acelerado.

Precisou tomar algumas doses extras de qualquer coisa alcoólica para não ficar encarando aquele rapaz de longe, mas era difícil, ele era atraente demais. Os olhos amendoados, fortes, intensos e que, ao mesmo tempo, transmitiam tranquilidade. E escárnio.

Pôde notar, mesmo ao longe, que um meio sorriso irônico pintava os lábios finos e róseos. Ficara ainda mais encantado. Namjoon gostava de desafios, de novidades, de ironia. Em sua cabeça, estava sendo hipnotizado.

E não pretendia sair de tal hipnose.

Uma, duas, três doses a mais.

O rapaz se levantou, por volta das cinco. Lá fora, o céu começava a clarear, os tons arroxeados misturando ao leve azul, as nuvens clareando... E dentro daquela boate, o calor surgia. Seu corpo esquentava a cada passo, a cada detalhe das feições bonitas que era revelado.

Primeiro os cabelos descoloridos, lisos, bonitos, pareciam macios. Incomum.

Depois, os olhos caídos e bem desenhados, combinando perfeitamente com o formato de seu rosto. As roupas eram simples: calça jeans rasgada, camiseta de banda, jaqueta jeans mais surrada que sua calça.

No fim, o rapaz já estava parado em sua frente. Um sorriso bonito brincava em sua boca rosada, tão bonita e aparentemente tão doce. Namjoon quis prová-la.

— Min Yoongi.

A voz grave murmurou. Em seguida, deu de ombros e jogou um pedaço de papel sobre o colo se Namjoon.

— Mas eu não valho porra nenhuma. E se eu valesse, você não iria gostar.*

Completou. Simples, direto, calmo. Mais um sorriso, uma piscadela e saiu.

Naquele momento, Namjoon notou estar embriagado.

De cachaça e de Min Yoongi, que não valia nada.

*

Para Kim Namjoon, aquela madrugada não havia passado de um mísero sonho ou sacanagem de algum idiota. Não era possível alguém tão bonito lhe dar tanta condição assim, era? Ainda mais bêbado!

Entretanto, havia o pedaço de papel. Namjoon o guardara no bolso e o achara quando chegou em casa, lá pelas seis. Bêbado e sem tato, digitou uma mensagem simples, torcendo para que não fosse o número de nenhum de seus amigos.

“Garoto que não vale nada, bom dia.”

Ridículo, no mínimo.

Logo que acordara algumas horas depois, visualizou a própria mensagem e quis socar a si mesmo, mas sua dor de cabeça pela ressaca já o estava punindo o suficiente. E, por sorte, não recebera resposta alguma (naquele dia nem nos seguintes), o que o fez pensar que era mesmo uma pegadinha dos amigos. Aqueles vagabundos.

— Você ainda está encarando esse celular? — Jeongguk, seu meio-irmão, perguntou retoricamente. — Já se passou uma semana e você o viu de longe, hyung. Por que ainda acha que ele vai te responder?
— Cara, eu não sei. — Namjoon deu de ombros. — Você acha que isso pode ter sido uma sacanagem do Hoseok?
— Não seria a primeira nem a última vez que ele apronta. — o jovem deu de ombros, puxando um cigarro do próprio bolso, oferecendo outro ao irmão. — Mas esse cara sempre está na boate. Por que simplesmente não chega e pergunta se ele lembra de você?
— E o que vou dizer? — Namjoon pegou o isqueiro que Jeongguk o jogava. — “E aí, Min Yoongi, que não vale porra nenhuma. Eu estava bêbado, mas me lembro de você.” É isso?
— Hyung, se ele disse que não vale nada, você acha mesmo que vai ao menos se importar com a forma que você chegar? No seu lugar, eu o beijaria logo que o visse.

Namjoon riu e tragou o cigarro. Seu irmão era uma piada. No entanto, estava realmente considerando aquela possibilidade. Talvez o cara só quisesse que ele se aproximasse, mas Namjoon era romântico demais para que o fizesse.

— Não sei se devo investir, Gukkie.
— Ninguém sabe se deve ou não fazer algo, hyung. Seja impulsivo pelo menos uma vez na vida. Pode lhe render uma boa foda.
— Você só pensa com a cabeça do pau, cara?
— Sim, é mais conveniente. Veja só seu estado pensando com o cérebro.

Namjoon riu mais uma vez, aquele garoto era mesmo uma figura.

— Você é mesmo um idiota.
— É por isso que nos damos bem, hyung. Quem fica melhor amigo do filho bastardo do próprio pai? Só você. Mas, sério. — Jeongguk riu e soltou a fumaça do cigarro. — Invista. O cara está a fim, não lembra como ele estava te olhando? Não custa nada, você pode achar só uma foda casual como pode achar o amor da sua vida, isso é tudo muito incerto. A incerteza pode ser excitante.

*

Com o coração a mil e as palavras do pequeno, não tão pequeno, Jeongguk ecoando em sua cabeça, Namjoon seguiu para a boate de sempre. Estava disposto a arriscar, provar dessa incerteza excitante que o irmão tanto falava. Por algum motivo que desconhecia, tinha certeza de que Yoongi que não valia nada estaria lá. Seu coração idiotamente romântico dizia enquanto batia forte e alto, em pura expectativa. Na pior das hipóteses, acabaria aquela noite na mão e com algumas boas doses de álcool, então desencanaria de vez.

Cumprimentou os amigos, o barman e algumas garotas que já tinham passado por sua cama. A boate ainda não estava cheia como costumava ficar, mas Min Yoongi já se encontrava lá, na mesma mesa de sempre e olhando-o da mesma forma também. O sorriso em seus lábios grossos foi automático ao fitar o loiro de cima a baixo. Porra, ele era tão lindo. Namjoon não sabia lidar com aquilo, mas seguiu diretamente para sua mesa, sentando à sua frente.

— Min Yoongi. — Namjoon murmurou sorrindo.
— Kim Namjoon. — o loiro respondeu bebericando um drink vermelho. — Pensei que não viria falar comigo. Sentiu medo por eu não valer nada?

Namjoon riu, sentindo as bochechas corarem levemente. Em pura ousadia, puxou o copo das mãos do loiro e deu um grande gole em seguida.

— Eu te mandei uma mensagem. — respondeu por fim. — Achei que você fosse só mais uma bobeira de uns amigos. Aliás, como sabe meu nome?
— Por acaso alguém não sabe seu nome? — Yoongi retrucou. — Eu vi sua mensagem de bêbado. Mas queria que me ligasse. Sou um homem à moda antiga.
— E que não vale nada. — Namjoon completou.
— Exatamente, não valho nada. — sorriu abertamente, deixando as gengivas e os dentes pequenininhos à mostra. — Mas você parece gostar disso. Por que não me ligou?
— Odeio falar no telefone. Mas por que estamos dando tantas voltas?
— Porque você ainda não me chamou para ir ao motel da esquina, Joonie.

Namjoon gargalhou outra vez, achando até mesmo fofo a forma que Yoongi falava. Não conseguia explicar como se sentia em relação àquele loiro, mas gostou do que ouviu. Muito. Mais do que deveria, até.

— Posso te pagar uma bebida antes? — Namjoon perguntou, sorrindo contido. Estava encantando, ao mesmo tempo que curioso.
— Temos um romântico entre nós? — Yoongi rebateu. — Pode me pagar até duas, se no fim da noite me pagar um boquete.
— Te pago até dois.

*

A porta do pequeno quarto fechou num baque alto. As bocas estavam juntas, as línguas entrelaçadas e os corpos colados ao máximo. No escuro, era impossível saber onde começava um e terminava outro. Os sons eram eróticos, os suspiros escapavam juntos e se transformavam em gemidos gradativamente.

Encontrar a cama não foi tão difícil, assim como arrancar as roupas. E então o olhar de Namjoon caiu sobre o corpo grudado ao seu. Afastou-se devagar, encarando-o dos pés à cabeça. A iluminação era quase precária, mas as luzes da rua e da lua adentravam o quarto pela janela, possibilitando que um enxergasse o outro. Os lábios inchados e os olhos em chamas.

— Oh. — Namjoon deixou escapar. Yoongi estava ainda mais bonito, brilhava levemente pelo pouco suor que tomava sua pele branquinha, os cabelos loiros estavam bagunçados e despontavam para todos os lados, o peito subia e descia extremamente ofegante. Era a visão mais linda que o Kim já tivera.

No entanto, o loirinho conseguia ficar ainda mais incrível. Seus braços eram completamente cobertos por tatuagens coloridas que acabavam em seu peito, encontrando-se ali, no centro de seu corpo.

Namjoon não conseguiu manter a boca longe dali, beijando-o por inteiro, desenho por desenho. Sua língua deslizava de um desenho para outro, do braço ao peito, alternando entre ambos. Direito, peito, peito, esquerdo.

Yoongi apenas suspirava, desfrutando da ereção do outro tocando a sua, enquanto arrepios chicoteavam seu corpo inteiro.

— Namjoon... — sussurrou, forçando-se para cima para que tivesse ainda mais contato. — Oh...!
— Você é lindo. — Namjoon murmurou encantado, colando suas bocas novamente.

E naquela madrugada, Yoongi descobriu que podia não valer absolutamente nada, mas queria e precisava de Kim Namjoon ao seu lado, sem se importar.

No fundo, combinavam. Os corpos se encaixavam, os corações batiam juntos, se abrigavam bem um na boca do outro. Eram quase como um quebra-cabeça, apenas se encaixavam perfeitamente.

Num quartinho de um motel qualquer, conheceram um os segredos do outro. Os toques, os beijos, os gostos, os cheiros.

'Céus', Namjoon pensava e murmurava, sentindo o parceiro apertá-lo. Estar dentro de Yoongi era alucinante, e tê-lo dentro de si, minutos depois, fora ainda mais enlouquecedor. Gemidos, gritos e urros por horas a fio, madrugada adentro.

Havia sido o suficiente: a excitação da incerteza havia se transformado em certeza.

Namjoon era mesmo um romântico incurável, assim como Yoongi valia para caralho, valia mais do que tudo que conhecia e tinha. E, no fundo, o loirinho sabia disso, sentia-se valer demais, valioso demais.

— Eu acho que estamos fodidos. — Yoongi murmurou enquanto se enfiava no pescoço de Namjoon, beijando-o.
— Por quê?
— Porque eu quero te provar de novo, de novo, de novo, de novo...
— Isso não é um problema, hyung.

Yoongi apenas riu, não precisava dizer mais nada. Namjoon continuaria sendo um romântico de coração acelerado. Para ele, aquilo nunca seria uma foda casual como deveria ser.

E para Yoongi acabara não sendo também — e não tinha mais o que fazer para impedir. Kim já havia tomado conta de todo seu ser, e aquela noite servira apenas para provar o quão errado estava sobre tudo. Namjoon ia além de qualquer coisa, e ele valia muito.

Os pensamentos do loiro foram interrompidos pelos movimentos nada sutis de Namjoon esgueirando-se de seus braços. Não demorou muito para os lábios grossos tomarem seu corpo por inteiro mais uma vez, parando logo entre suas pernas. A língua o contornou por inteiro, atiçando-o e abocanhando-o em seguida.

Um gemido escapou fraco do fundo da garganta de Yoongi, fazendo-o arquear as costas. Estavam recomeçando, e ele nem ao menos lembrava quantas vezes já haviam feito aquilo. E não importava, a boca de Namjoon era deliciosa demais para ser questionada. Restava apenas aproveitar, e ele iria.

*

E o que era para ser apenas uma foda casual de uma noite, transformou-se numa foda não tão casual assim de três, cinco, vinte noites. Na verdade, perderam as contas quando se encontraram pela terceira vez na mesma semana após algumas ligações de Namjoon, ao invés de mensagens.

Yoongi parecia cada vez prestar mais e se importar ainda menos com as pessoas à sua volta — até mesmo aquele ex-namorado que vivia correndo atrás dele, e que foi o motivo dele se refugiar naquela boate que nem lhe parecia tão atrativa assim.

— Cara, você está tão apaixonado. — foi o que Jeongguk disse numa tarde qualquer, após voltar da aula e dar de cara com um Namjoon sorridente enquanto falava no telefone.
— Cala a boca, Gukkie. — Namjoon riu e voltou a atenção para o celular.
— Ei, Yoongi hyung que não vale porra nenhuma, eu ainda quero te conhecer! — Jeongguk gritou o mais alto que conseguiu, sabendo que o outro rapaz ouviria. Soltou uma gargalhada alta e correu do irmão mais velho que lhe jogava almofadas, sapatos e quaisquer outras coisas que encontrava espalhadas pela sala.
— Foi o meu irmão, Yoongi. Não dá ideia pra ele. — Namjoon explicou baixinho, tentando ignorar que as bochechas ainda estavam coradas e o motivo por trás daquilo. Sabia que o Min havia escutado a primeira fala de Jeongguk também, mas preferiu fingir que só falava do último grito explícito.
— Tudo bem. — Yoongi riu do outro lado. — Também gostaria de conhecê-lo... Se você não se importar, é claro.

Kim Namjoon não se importava.

*

O encontro não demorou a acontecer, apenas dois dias depois da ligação. Jeongguk ria da ansiedade do irmão e como ele limpava todos os cantos do pequeno apartamento em que viviam.

— Hyung, se acalme. — o garoto pediu, acabando de varrer a sala. — Já disse que está tudo certo, tudo limpo e eu logo vou começar a fazer o jantar.
— Estou calmo, agora vá logo para a cozinha. Deixa que eu termino aqui.

Namjoon, obviamente, não queria assumir o quão nervoso estava. Em toda sua vida, aquela era a primeira vez que levava alguém em casa. Não que tivesse tido muitos namorados ou namoradas, não teve. Porém, para ele, a aprovação do irmão mais novo era importante, mesmo que ele e Yoongi não tivessem nada formal — ainda.

Quando Yoongi chegou ao apartamento, a pequena mesa no centro da sala já estava posta com as comidas que o rapaz disse gostar. Jeongguk havia preparado tudo sozinho e o cheiro estava magnífico. O jovem era um bom cozinheiro de natureza, suas habilidades apenas melhoraram e aumentaram após passar mais tempo com um amigo que era cozinheiro profissional, Seokjin. E isso orgulhava Namjoon de uma forma indescritível, seu irmão era um bom garoto apesar da vida que levavam sozinhos e sempre estava se esforçando para que tudo desse certo.

— Isso tudo está magnífico, Jeongguk. — Yoongi elogiou com um sorriso pequeno, querendo mostrar que realmente estava confortável ali. — Você tem talento.
— Obrigado, hyung. — o garoto sorriu sentindo as bochechas corarem. — Fico feliz por ter gostado, eu estava bem apreensivo sobre isso.
— Nem precisava ter se preocupado tanto, eu realmente como qualquer coisa. — Yoongi riu. — Mas, nossa, isso está realmente gostoso! Já pode abrir um restaurante.

Namjoon abriu um grande sorriso ao notar como o irmão estava se dando bem com Yoongi, nem mesmo ele esperava algo do tipo, que fossem vários encontros: um jantar, uma conversa sem pé nem cabeça com seu irmão, comida caseira. Ali, conseguia ver o que tanto Jeongguk falava. Estar apaixonado talvez fosse aquilo, e ele estava. Totalmente apaixonado. Não havia mais o que fazer, não tinha como negar.

Perdido nos próprios pensamentos, Namjoon não se deu conta que abraçou os ombros de Yoongi e puxou-o para perto, já que estavam lado a lado, sentados em almofadas confortavelmente. E o loiro não pareceu se importar e deixou-se deitar no ombro do Kim, já estava habituado aos seus toques e era tudo tão confortável e natural que já não se importava mais.

Yoongi não lembrava mais que não valia porra alguma, assim como não se lembrava de seus fantasmas, ex-namorados e nem se importava com aquela demonstração de afeto em frente a Jeongguk, que apenas sorria. Estava se sentindo bem e acolhido como nunca antes. Sentia-se em casa. Namjoon lhe passava aquela sensação gostosa de comodidade e carinho. Era como a cama do seu muquifo, só que mais aquecida. Gostava de chegar do trabalho, podre de cansado, e jogar-se na cama e dormir envolto de cobertores. E gostava de estar com Namjoon. Gostava de sentir seu cheiro, ouvir sua voz, sentir seu gosto, tê-lo em seus braços, dentro de si, gostava de vê-lo. Namjoon era a pessoa mais confortável que tinha em sua vida, e de brinde, viera seu irmão.

Yoongi simplesmente não tinha mais do que reclamar. Estava feliz. Verdadeiramente feliz em todos os seus vinte e poucos anos de vida.

A noite foi agradável e Jeongguk não se demorou por ali, dizendo que tinha um encontro e só queria conhecer seu hyung. Yoongi achou graça e deu de ombros, concordando que fora bom para ele também, além de provar boas comidas, tivera ótimas companhias.

— O que acha de passar a noite aqui? — Namjoon perguntou baixinho contra a orelha de Yoongi. Estavam em pé, de frente para a janela, enquanto olhavam o céu de poucas estrelas e aproveitavam a brisa fresca adentrando o local.
— Eu não pretendia ir embora hoje, Namjoon. — Yoongi respondeu sorrindo de olhos fechados, apenas aproveitando os toques sutis de Namjoon em sua cintura e a brisa geladinha acariciando seu rosto. — Gostei daqui.
— Hmm... — Namjoon beijou logo embaixo da orelha do loirinho, arrepiando-o por inteiro. — Isso é bom. Muito bom. Vou poder finalmente te mostrar meu quarto.
— Meus únicos interesses no seu quarto são a sua cama e você pelado em cima de mim.

E entre risadas, seguiram em direção ao quarto aos beijos enquanto tiravam suas roupas ao mesmo tempo. Não demoraram em encontrar a cama e suspirarem um contra a boca do outro, já sem nenhuma peça de roupa atrapalhando.

— O que nós temos, Yoongi? — Namjoon sussurrou contra a boca rosinha, mordiscando-a devagar.
— O que você quer que tenhamos? — Yoongi devolveu a pergunta, enlaçando suas pernas na cintura delgada. — Só não se esqueça... Eu não valho porra nenhuma...
— Quero que sejamos namorados. — Namjoon respondeu baixinho, descendo uma das mãos para entre as pernas de Yoongi, tateando até sua entrada e massageando-a de leve. — Não é como se eu valesse muita coisa, também...
— Oh... — Yoongi gemeu baixinho e moveu o quadril, permitindo que dois dedos de Namjoon o penetrassem. — Então nós podemos ser namorados, Joonie.

Namjoon sorriu com a fala do menor e se calou de uma vez, feliz por ter conseguido dizer o que tanto queria. Sabia que aquilo já era um namoro, eram exclusivos um do outro. No entanto, precisava de uma confirmação direta. Com todas as palavras.

— Eu amo você, namorado que não vale porra nenhuma. — Namjoon sussurrou entre gemidos, algum tempo depois, se empurrando contra Yoongi com vontade.
— Eu também amo você. — Yoongi respondeu sorrindo, puxando o namorado contra si.

Naquela noite, permitiram que seus corações guiassem o momento e fizeram amor como nunca antes. Movimentos lentos, fundos, certeiros. Estavam aceitando o fato de pertencerem um ao outro. As bocas se esbarrando, os peitos colados, os gemidos preenchendo o quarto de forma manhosa. Tudo em sincronia. Tão eles, tão verdadeiro.

Amor em sua forma pura e sincera.

Apenas amor.

E não importava se Yoongi não valia porra nenhuma.

Nota da autora: Espero que tenham gostado!

*Trecho de "Um segundo", do ModestiaParte (tive que usar essa frase porque essa música foi que me deu esse plot-não-muito-plot e foi minha trilha sonora enquanto escrevia).



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