Capítulo Único
Bebida quente e música ao vivo. Era onde sempre buscava consolo após nossas discussões. Podia apostar que seus olhos estavam fechados nesse momento, enquanto a pianista dedilhava as mais altas notas para o seleto público do hotel. Engolia de uma vez o líquido em seu copo, vodka definitivamente não era sua bebida preferida. Era apenas a mais ardente, a mais prática.
Repensava cada decisão tomada em sua vida, não só as no relacionamento, mas em todas. Alguma tinha que ser capaz de explicar como, ou porque, as coisas chegaram àquele ponto. Agora, apertando os olhos, não podia mais reprimir que rolassem as mais doloridas lágrimas por seu rosto.
De longe, eu observava sua dor. Enquanto seus sentimentos escorriam como a chuva, tinha sua mão marcada como um tapete branco manchado de sangue. Permanecer ali, à espreita, era doloroso. Mas era incapaz de perder de vista a maldição que havia sido minha culpa. Eu sabia que duraria. Duraria como um beijo tatuado, iria assombrá-la com todos os “e se 's” e o cheiro de fumaça sobreviveria a qualquer outro perfume do tempo, mesmo que o incêndio já tivesse sido apagado.
Respirando fundo, ela enxuga as lágrimas evitando que pingassem em sua camisa plissada. “É vintage!” pôde ouvir sua voz, enquanto recordava momentos agradáveis. Não fazia muito tempo que ela havia comprado.
Empurrando o copo, salta do balcão trazendo consigo seu sobretudo preto e o insistente som do bater de saltos contra o assoalho. Suas palavras ainda doíam. Por isso não podia ir atrás dela. Porque ela estava certa. Porque expira rapidamente a emoção de um caso. E eu senti sua falta quando expirou.
Eu senti sua falta no mesmo segundo em que procurei outro alguém. E mesmo sabendo que, após cruzar essa linha não tinha mais volta, voltei. Porque ela também havia me amaldiçoado. Por isso não podia deixar de ir atrás dela.
Acelerando passos para lhe alcançar, sabia que a mesma sentia minha presença por mais que hesitasse olhar para trás. Sabia que em todo momento pôde me sentir, mas permaneceu ali, porque também sabia que eu voltaria. Ao estar próximo o suficiente, já na porta do nosso quarto no hotel, abro a boca na intenção de pronunciar seu nome, mas não sai nada. Com a miséria de dignidade ainda restante, toco em seu braço, fazendo com que pare.
Ao meu toque ela se encolhe e afasta. Permanece parada encarando o nada. Tinha a melhor das armas brancas: seu silêncio.
— , por favor… - Pigarreio para disfarçar o embargo na voz.
Ainda assim, não diz nada. Eu não podia esquecer de seu choro, seus gritos, seus golpes. Ela clamava e dizia que já não me conhecia, que eu havia a perdido indo atrás de outra, porque na corrida entre duas garotas, sempre se perdia a certa.
— Você me conhece. - Tento mais uma vez agora referenciando a discussão. — Um cardigã velho não pode mudar o que existe entre nós. - Não consigo mais reprimir o choro, puxando-a para um abraço apertado. continuava de costas, mas agora com meu queixo apoiado em seu ombro, podia notar o retorno de suas lágrimas. Era como uma inevitável cena dramática. — Ela não significa nada para mim, eu não sei onde estava com a cabeça. Eu te juro que nunca foi minha intenção te causar essa dor e isso é o pior para mim.
— A única coisa que dói em você é que eu tenha descoberto. - Ela me dá mais um golpe enquanto continuo a apertando contra mim, na tentativa ilusória de desesperadamente agarrá-la e nos livrar daquela mágoa.
— Claro que não! - Tomo seus ombros, virando-a para mim. Encarando seus olhos perdidos, inundados em decepção, sou incapaz de continuar falando. estava certa, doía tanto que tivesse descoberto, porque tudo que eu gostaria de continuar a ser, era quem lhe dissesse o quanto ela era sua favorita.
Envolvendo seu delicado rosto em minhas mãos, não podia deixar de sentir gratidão por ainda tê-la ali. Acariciando suas bochechas com os polegares, encosto nossas testas, erguendo seu queixo no segundo seguinte que abaixa a cabeça, obrigando-a a me encarar.
Encarar seus olhos é sempre uma dádiva, não importa o que possa encontrar neles. Dificilmente ela encarava-me nos olhos. Desta vez, o fez. estava cansada. Eu também estava cansado. De todas as brigas, a luta contra nossos próprios sentimentos. Nós apenas estávamos ali, tínhamos um ao outro e sabíamos que estávamos fadados ao reencontro.
Sentindo nossas respirações se misturarem, roço nossos narizes lentamente, beijando cada uma de suas bochechas com cuidado, antes de beijar sua boca. Fechando os olhos, cede no mesmo instante, abraçando-me pela nuca. Tateando a maçaneta, abro e fecho a porta sem interromper o beijo, enquanto ela quem faz isso. Empurrando-me levemente pelos ombros, tinha a boca vermelha entreaberta e permaneceu estática entre os 4 segundos apenas para me encarar. Aguardei que voltasse a me beijar e assim o fez, em um tom mais apaixonado que nunca.
Afundando as mãos em sua cintura, só podia pensar em fazê-la minha. Eu deveria recompensá-la e mostrar que estava ali todo o afeto que eu sentia, que era direcionado apenas para uma pessoa, para a garota certa.
Deitando-a na cama, deixo que meu corpo repouse por cima do seu, desatando nossos lábios para beijar então seu maxilar e pescoço. Suas mãos passeavam pelas minhas costas, adentrando minha blusa enquanto enterrava suas unhas nos pedaços de pele que encontrava.
Começo a abrir os botões de sua camisa alternando o olhar da peça de roupa, para seus olhos ansiosos. Ela comprime os lábios e joga a cabeça para trás, oferecendo seu colo coberto por um sutiã de renda clássica. Correspondo ao seu anseio e a despido da roupa íntima, tomando seus seios com veneração.
Puxando-me pela nuca, ela faz com que eu retorne a beijá-la, agora puxando as peças que eu usava. Deslizando a mão por meu abdômen nu, sinto os músculos se contraírem involuntariamente a seu toque, beijando-a com mais voracidade em reação. Puxando o zíper de sua saia, pressiono meu membro ereto ainda coberto pela calça em sua calcinha úmida, ouvindo um agradável gemido em resposta.
Sorrindo involuntariamente com a reação, começo a acariciar o tecido fino, sendo surpreendido por outro ato dela no minuto seguinte.
— , apenas me faça a única de uma vez. - sussurrou segurando meu pulso, fazendo com que de pronto eu interrompesse as preliminares. — Eu preciso de você. – Continua a dizer, fazendo impulso para se levantar e me erguendo junto. Ajoelhada na cama, termina de me despir encarando-me nos olhos, na cena mais erótica que já tinha visto em toda minha vida.
Sentando-se sobre minhas pernas, toma meu pênis direcionando-o na entrada de sua vagina, enquanto unindo sua testa à minha, gemia baixo contra meu rosto. Foi impossível não revirar os olhos de prazer ao sentir-me engolido por seu interior ou ao ouvir seus sonoros e sôfregos gemidos. Na tentativa de auxiliá-la em seus movimentos coordenados, posiciono uma das mãos na base de sua coluna, enquanto a outra emaranhava na raiz de seus cabelos. Mordendo seus lábios a convite de um beijo, sinto que aos poucos o cuidado e delicadeza vão se esvaindo, à medida que o tesão se torna incontrolável às nossas células.
O quarto branco minimalista era preenchido pelos sons do sexo, nossos gemidos se misturavam, tal qual nossos corpos que se chocavam em cada vez mais força, a procura de maior contato. Cravando as unhas em meus ombros, ela beijava e lambia meu pescoço enquanto quicava em meu pênis. Apertando suas volumosas nádegas, era incapaz de manter minhas mãos em um só local do seu corpo, quando o mesmo por inteiro parecia tão convidativo.
Tocá-la, beijá-la, senti-la; por mais que fossem experiências reais e intensas, nunca pareciam o suficiente. Eu estava sempre precisando de mais. Saindo por completo de dentro dela, volto a deitá-la no travesseiro de fronha creme e me posiciono entre suas pernas. Acariciando sua bochecha com um polegar, acaricio seu clitóris com o outro, beijando-a enquanto voltava a introduzir meu membro nela.
Sentindo seu corpo arrepiar e tremer sobre minhas mãos, me faço atento a observar seu rosto em seu orgasmo. O cansaço e a satisfação notórios em sua expressão contorcida eram tão estimulantes para mim, que unindo nossos lábios mais uma vez, atinjo o ápice por igual.
Deixando que meu corpo caísse ao seu lado, puxo-a para mim em um abraço necessitado. Passando as mãos por seu cabelo, tiro os fios suados da testa, beijando repetidas vezes a região.
— Eu sabia que voltaria para mim. - diz em murmúrio correspondendo o abraço à altura, afundando o rosto em meu pescoço.
Repensava cada decisão tomada em sua vida, não só as no relacionamento, mas em todas. Alguma tinha que ser capaz de explicar como, ou porque, as coisas chegaram àquele ponto. Agora, apertando os olhos, não podia mais reprimir que rolassem as mais doloridas lágrimas por seu rosto.
De longe, eu observava sua dor. Enquanto seus sentimentos escorriam como a chuva, tinha sua mão marcada como um tapete branco manchado de sangue. Permanecer ali, à espreita, era doloroso. Mas era incapaz de perder de vista a maldição que havia sido minha culpa. Eu sabia que duraria. Duraria como um beijo tatuado, iria assombrá-la com todos os “e se 's” e o cheiro de fumaça sobreviveria a qualquer outro perfume do tempo, mesmo que o incêndio já tivesse sido apagado.
Respirando fundo, ela enxuga as lágrimas evitando que pingassem em sua camisa plissada. “É vintage!” pôde ouvir sua voz, enquanto recordava momentos agradáveis. Não fazia muito tempo que ela havia comprado.
Empurrando o copo, salta do balcão trazendo consigo seu sobretudo preto e o insistente som do bater de saltos contra o assoalho. Suas palavras ainda doíam. Por isso não podia ir atrás dela. Porque ela estava certa. Porque expira rapidamente a emoção de um caso. E eu senti sua falta quando expirou.
Eu senti sua falta no mesmo segundo em que procurei outro alguém. E mesmo sabendo que, após cruzar essa linha não tinha mais volta, voltei. Porque ela também havia me amaldiçoado. Por isso não podia deixar de ir atrás dela.
Acelerando passos para lhe alcançar, sabia que a mesma sentia minha presença por mais que hesitasse olhar para trás. Sabia que em todo momento pôde me sentir, mas permaneceu ali, porque também sabia que eu voltaria. Ao estar próximo o suficiente, já na porta do nosso quarto no hotel, abro a boca na intenção de pronunciar seu nome, mas não sai nada. Com a miséria de dignidade ainda restante, toco em seu braço, fazendo com que pare.
Ao meu toque ela se encolhe e afasta. Permanece parada encarando o nada. Tinha a melhor das armas brancas: seu silêncio.
— , por favor… - Pigarreio para disfarçar o embargo na voz.
Ainda assim, não diz nada. Eu não podia esquecer de seu choro, seus gritos, seus golpes. Ela clamava e dizia que já não me conhecia, que eu havia a perdido indo atrás de outra, porque na corrida entre duas garotas, sempre se perdia a certa.
— Você me conhece. - Tento mais uma vez agora referenciando a discussão. — Um cardigã velho não pode mudar o que existe entre nós. - Não consigo mais reprimir o choro, puxando-a para um abraço apertado. continuava de costas, mas agora com meu queixo apoiado em seu ombro, podia notar o retorno de suas lágrimas. Era como uma inevitável cena dramática. — Ela não significa nada para mim, eu não sei onde estava com a cabeça. Eu te juro que nunca foi minha intenção te causar essa dor e isso é o pior para mim.
— A única coisa que dói em você é que eu tenha descoberto. - Ela me dá mais um golpe enquanto continuo a apertando contra mim, na tentativa ilusória de desesperadamente agarrá-la e nos livrar daquela mágoa.
— Claro que não! - Tomo seus ombros, virando-a para mim. Encarando seus olhos perdidos, inundados em decepção, sou incapaz de continuar falando. estava certa, doía tanto que tivesse descoberto, porque tudo que eu gostaria de continuar a ser, era quem lhe dissesse o quanto ela era sua favorita.
Envolvendo seu delicado rosto em minhas mãos, não podia deixar de sentir gratidão por ainda tê-la ali. Acariciando suas bochechas com os polegares, encosto nossas testas, erguendo seu queixo no segundo seguinte que abaixa a cabeça, obrigando-a a me encarar.
Encarar seus olhos é sempre uma dádiva, não importa o que possa encontrar neles. Dificilmente ela encarava-me nos olhos. Desta vez, o fez. estava cansada. Eu também estava cansado. De todas as brigas, a luta contra nossos próprios sentimentos. Nós apenas estávamos ali, tínhamos um ao outro e sabíamos que estávamos fadados ao reencontro.
Sentindo nossas respirações se misturarem, roço nossos narizes lentamente, beijando cada uma de suas bochechas com cuidado, antes de beijar sua boca. Fechando os olhos, cede no mesmo instante, abraçando-me pela nuca. Tateando a maçaneta, abro e fecho a porta sem interromper o beijo, enquanto ela quem faz isso. Empurrando-me levemente pelos ombros, tinha a boca vermelha entreaberta e permaneceu estática entre os 4 segundos apenas para me encarar. Aguardei que voltasse a me beijar e assim o fez, em um tom mais apaixonado que nunca.
Afundando as mãos em sua cintura, só podia pensar em fazê-la minha. Eu deveria recompensá-la e mostrar que estava ali todo o afeto que eu sentia, que era direcionado apenas para uma pessoa, para a garota certa.
Deitando-a na cama, deixo que meu corpo repouse por cima do seu, desatando nossos lábios para beijar então seu maxilar e pescoço. Suas mãos passeavam pelas minhas costas, adentrando minha blusa enquanto enterrava suas unhas nos pedaços de pele que encontrava.
Começo a abrir os botões de sua camisa alternando o olhar da peça de roupa, para seus olhos ansiosos. Ela comprime os lábios e joga a cabeça para trás, oferecendo seu colo coberto por um sutiã de renda clássica. Correspondo ao seu anseio e a despido da roupa íntima, tomando seus seios com veneração.
Puxando-me pela nuca, ela faz com que eu retorne a beijá-la, agora puxando as peças que eu usava. Deslizando a mão por meu abdômen nu, sinto os músculos se contraírem involuntariamente a seu toque, beijando-a com mais voracidade em reação. Puxando o zíper de sua saia, pressiono meu membro ereto ainda coberto pela calça em sua calcinha úmida, ouvindo um agradável gemido em resposta.
Sorrindo involuntariamente com a reação, começo a acariciar o tecido fino, sendo surpreendido por outro ato dela no minuto seguinte.
— , apenas me faça a única de uma vez. - sussurrou segurando meu pulso, fazendo com que de pronto eu interrompesse as preliminares. — Eu preciso de você. – Continua a dizer, fazendo impulso para se levantar e me erguendo junto. Ajoelhada na cama, termina de me despir encarando-me nos olhos, na cena mais erótica que já tinha visto em toda minha vida.
Sentando-se sobre minhas pernas, toma meu pênis direcionando-o na entrada de sua vagina, enquanto unindo sua testa à minha, gemia baixo contra meu rosto. Foi impossível não revirar os olhos de prazer ao sentir-me engolido por seu interior ou ao ouvir seus sonoros e sôfregos gemidos. Na tentativa de auxiliá-la em seus movimentos coordenados, posiciono uma das mãos na base de sua coluna, enquanto a outra emaranhava na raiz de seus cabelos. Mordendo seus lábios a convite de um beijo, sinto que aos poucos o cuidado e delicadeza vão se esvaindo, à medida que o tesão se torna incontrolável às nossas células.
O quarto branco minimalista era preenchido pelos sons do sexo, nossos gemidos se misturavam, tal qual nossos corpos que se chocavam em cada vez mais força, a procura de maior contato. Cravando as unhas em meus ombros, ela beijava e lambia meu pescoço enquanto quicava em meu pênis. Apertando suas volumosas nádegas, era incapaz de manter minhas mãos em um só local do seu corpo, quando o mesmo por inteiro parecia tão convidativo.
Tocá-la, beijá-la, senti-la; por mais que fossem experiências reais e intensas, nunca pareciam o suficiente. Eu estava sempre precisando de mais. Saindo por completo de dentro dela, volto a deitá-la no travesseiro de fronha creme e me posiciono entre suas pernas. Acariciando sua bochecha com um polegar, acaricio seu clitóris com o outro, beijando-a enquanto voltava a introduzir meu membro nela.
Sentindo seu corpo arrepiar e tremer sobre minhas mãos, me faço atento a observar seu rosto em seu orgasmo. O cansaço e a satisfação notórios em sua expressão contorcida eram tão estimulantes para mim, que unindo nossos lábios mais uma vez, atinjo o ápice por igual.
Deixando que meu corpo caísse ao seu lado, puxo-a para mim em um abraço necessitado. Passando as mãos por seu cabelo, tiro os fios suados da testa, beijando repetidas vezes a região.
— Eu sabia que voltaria para mim. - diz em murmúrio correspondendo o abraço à altura, afundando o rosto em meu pescoço.
FIM
Nota da autora: Sem nota.
Nota da beta: MULHER, O QUE FOI ESSA HISTÓRIA? Meu Deus, eu amei tanto!!!! Disse mais sobre na parte dos comentários a baixo, então, você, leitor, deveria fazer o mesmo e comentar!!! <3
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Nota da beta: MULHER, O QUE FOI ESSA HISTÓRIA? Meu Deus, eu amei tanto!!!! Disse mais sobre na parte dos comentários a baixo, então, você, leitor, deveria fazer o mesmo e comentar!!! <3
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