O Melhor Presente do Mundo

Última atualização: 25/12/2020

Capítulo Único

Jingle Bell Rock tocava ao fundo no café, a decoração em vermelho e verde preenchia o local e o cheiro de bolo de baunilha e chocolate quente se espalhava pelo ar. inspirou fundo, cantarolando junto com a voz de Bobby Helms enquanto observava a neve cair do lado de fora.
Era véspera de Natal e como esperado havia aquele sentimento mágico no ar, tudo estava perfeito: seu chocolate quente estava delicioso, o cupcake de chocolate decorado com o desenho de uma rena era provavelmente o melhor que ele havia comido na vida, a seleção de músicas escolhida pelo café era a melhor, e o especial de Natal do Mickey passava na televisão, mas é claro, havia aquela pequena promessa no fundo de sua mente o incomodando.
Tudo havia começado naquele dia mais cedo, quando ele, por inconveniência do destino, havia perdido a apresentação de Natal na escola de seu sobrinho.
Tudo bem, ele entendia que o garoto havia falado durante a semana toda sobre a apresentação e que estava muito ansioso para que fosse o ver, mas é claro que tudo deu errado.
O problema começou quando ele acordou naquela manhã, ou melhor, quando não acordou. Por alguma razão que ele ainda não entendia, o despertador não despertou e quando acordou, a apresentação já estava prestes a começar. Apesar disso, ele ainda se esforçou para ir. Vestiu as primeiras peças de roupa que encontrou, escondeu o cabelo despenteado com uma touca, enrolou um cachecol no pescoço e saiu de casa às pressas, talvez ele conseguisse chegar pelo menos a tempo de ver o final da apresentação. Mas seu carro não funcionou, foram bons 20 minutos tentando dar a partida, mas sem nenhum sucesso e quando o carro finalmente ligou, já era tarde demais.
Tudo o que ele encontrou quando chegou na escola foi decepção. Decepção nos olhos de seus pais que faziam aquela expressão típica de desaprovação. Decepção no olhar de sua irmã que o encarava com indignação, mas o que doía mais era ver a decepção nos olhos de seu sobrinho. Os olhos dele brilhavam por conta das lágrimas que começavam a se formar e seus lábios se curvavam como se ele estivesse tentando conter o choro.
— Oi, amigão! Como foi a apresentação? — perguntou, se abaixando para que seus olhos ficassem na mesma altura que os de seu sobrinho.
— Você não veio — o pequeno resmungou, sua voz falhando.
ficou em silêncio. O que ele responderia? Que dormiu demais? Mentiria que teve outro compromisso?
— Eu sinto muito — foi tudo o que ele conseguiu dizer.
— Você prometeu que iria vir — o garoto sussurrou, abraçado às pernas de sua mãe.
— Eu sei, mas…
Não havia nada a ser dito. fez uma promessa e não a cumpriu, seu sobrinho tinha total razão em ficar chateado com ele.
E foram pelo menos três horas até o garoto voltar a conversar com ele, e quando o fez, cometeu o erro de perguntar o que ele queria de Natal. Ele esperava que o garoto pedisse algo genérico: Uma bicicleta, uma bola de futebol, um skate, um patins… Mas, ele fora bem específico ao escolher o que segundo ele era “o melhor presente do mundo”, um boneco de ação de algum jogo novo que havia sido lançado, e então cometeu seu maior erro: Prometeu que o compraria.
terminou seu chocolate quente e seu cupcake e colocou dinheiro suficiente para pagar a conta sobre a mesa. Ele acenou para o garoto que estava no balcão e então seguiu até a árvore de Natal que estava exposta em um canto do café.
Em uma mesa ao lado da árvore estavam diversos cartões e uma caneca em formato de Papai Noel com canetas. Os clientes podiam escrever seus desejos no cartão e então colocá-los na árvore, esperando que Papai Noel pudesse realizá-los.
pegou um cartão e uma caneta e então escreveu seu desejo: “Eu desejo encontrar o melhor presente do mundo” colocando-o na árvore e saindo do café em seguida.
Aquele desejo precisava se realizar, ou outra promessa seria quebrada e ele tinha consciência de que jamais conseguiria a confiança de seu sobrinho se o decepcionasse outra vez.
***

O shopping estava lotado, aparentemente metade da cidade havia deixado as compras de Natal para última hora e naquele momento estava quase sendo sufocado pelas pessoas na escada rolante.
Foram necessários alguns minutos caminhando pelas lojas — e tirando uma foto com o Papai Noel, afinal, ninguém é de ferro — para que ele finalmente percebesse quão difícil era encontrar aquele boneco. Ele havia visitado três lojas e em todas o estoque do tal “melhor presente do mundo” já estava esgotado.
já estava prestes a desistir quando decidiu parar para comprar um café, e foi tomando um latte, enquanto tentava desviar a atenção do boneco de neve que parecia estar o encarando, que ele viu, ao longe, o estandarte do boneco na vitrine de uma loja de brinquedos e teve certeza de que era ali que iria o encontrar.
A loja, como esperado, estava cheia, e precisou se espremer pelos corredores para conseguir encontrar o tal boneco, e quando o avistou, um suspiro de alivio escapou de seus lábios. Só havia mais um boneco na prateleira.
A caixa com o brinquedo estava no topo da prateleira, e graças à sua altura, não foi nenhuma dificuldade para pegá-lo, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma mão segurou a caixa do boneco.
— Ele é meu! — a pessoa que o segurava gritou.
Os olhos de seguiram das unhas pintadas com esmalte verde para a manga do casaco vermelho até chegar no rosto.
A garota o encarava com certo desespero.
— Eu peguei primeiro — retrucou ele, percebendo o desespero em sua própria voz.
— Eu vi primeiro, só não o peguei porque não alcançava, estava prestes a pedir para alguém pegar pra mim.
— Uma pena… — comentou ele com sarcasmo — Mas eu preciso muito desse boneco e não o encontrei em outra loja, então…
Ele ia se virar para ir embora quando ela gritou:
— “Então…”, nada! Eu vou levar esse brinquedo! — ela gritou, segurando a caixa com mais força.
Em circunstâncias normais, seria cavalheiro e deixaria ela ficar com o boneco, mas aquela era uma situação diferente, ele estava desesperado e precisava levar aquele presente para seu sobrinho, não importava o que precisaria fazer para isso.
— Eu sinto muito — pediu ele — Mas meu sobrinho quer esse brinquedo…
— Meu irmão mais novo quer esse brinquedo, então eu vou levá-lo!
E após falar isso, ela puxou a caixa e saiu correndo.
a encarou, atônito por alguns segundos para então reagir e correr atrás dela. Ele não a deixaria vencer tão fácil, ele cumpriria sua promessa, nem que para isso tivesse que lutar pelo brinquedo.
O par de tênis nos pés dele obviamente eram melhores para correr do que as botas que a garota usava, por isso não foi difícil alcançá-la. Quando ela olhou para trás e percebeu que ele estava chegando perto, entrou no corredor dos bichinhos de pelúcia, a seguiu, escorregando e precisando se segurar na prateleira para não cair, o que levou alguns gatinhos de pelúcia para o chão.
A garota olhou para trás e riu, entrando em outro corredor, que por sua vez estava ainda mais cheio, tentando se esconder no meio da multidão. teve que diminuir o ritmo, exclamando mais “com licenças” e “desculpas” do que podia contar. Ele precisou ficar na ponta dos pés para ver a garota se abaixando enquanto entrava no corredor das bonecas.
Foi necessário empurrar algumas pessoas e deixar uma criança chorando para que ele conseguisse se livrar daquela multidão e entrar no corredor para o qual a garota havia ido, e conseguiu somente a tempo de ver o vulto do casaco vermelho seguindo para a direita.
acelerou o passo e voltou a correr, esbarrando em algumas pessoas, derrubando algumas caixas das prateleiras e chutando um hipopótamo inflável para longe, mas sem perder ela de vista. Ele ia conseguir o brinquedo de novo, a qualquer custo.
Foi quando a garota virou uma segunda vez para a direita que percebeu o que ela estava tentando fazer: ela estava indo para o caixa, o que era óbvio! Assim que ela pagasse pelo brinquedo ele seria dela e ele não conseguiria mais pegá-lo.
Ele precisava impedi-la de chegar lá.
correu com todas as suas forças, seus tênis fazendo um barulho estridente e alto, ignorando qualquer bom senso ou orgulho, sem se importar com os olhares tortos que recebia, e quando chegou perto da garota estendeu seu braço, agarrando o capuz do casaco dela e a puxando para trás.
O que aconteceu em seguida foi rápido e confuso. A garota estava caindo, tentou segurá-la, seu tênis escorregou, a caixa voou pelo ar e no minuto seguinte lá estavam eles: os dois no chão, os braços dele em torno da garota, e a caixa, assim como o boneco, estavam em pedaços no chão.
***

— Pra ter quebrado daquela forma era porque era de má qualidade — a garota, que havia se apresentado como , murmurou.
— Meu sobrinho teria destruído isso em três dias — concordou ele.
Os dois estavam sentados em um banquinho branco no meio da “Vila do Polo Norte” onde a casinha do Papai Noel havia sido montada, eles tinham conversado com o bom velhinho e por fim ganharam pirulitos em formato de Papai Noel que pintavam a língua.
Após o incidente com o boneco, o gerente da loja havia aparecido e expulsado os dois. No fim, e tiveram que pagar pelo boneco, mas ficaram sem ele.
— Meu irmão vai me odiar para sempre — confessou ela, jogando a cabeça para trás com os olhos fechados — Eu prometi durante os últimos três meses que se ele se comportasse o Papai Noel traria esse brinquedo para ele, mas amanhã, quando ele acordar, não vai ter boneco algum debaixo da árvore, só aqueles livros educativos e aquela camiseta feia que meus pais acham que são um bom presente.
não pode evitar rir, mas logo seu sorriso se desfez.
— Eu perdi a apresentação na escola do meu sobrinho e prometi que daria qualquer coisa para ele como um pedido de desculpas, mas agora eu não vou conseguir cumprir minha promessa e ele vai me odiar.
— Estamos ferrados, aquele era o último brinquedo — disse .
Ela estava totalmente certa, ele não conseguiria outro brinquedo e seu sobrinho nunca mais confiaria nele. E como se para colaborar com aquele momento depressivo, “I’m dreaming of a White Christmas” de Frank Sinatra estava tocando.
— Eu sinto muito — ela sussurrou, após alguns segundos em silêncio — Se eu não tivesse pegado a caixa, pelo menos um de nós ainda estaria bem.
— E o outro ainda estaria ferrado — ele retrucou — Não seria justo.
Ela balançou a cabeça concordando, voltando a tirar o esmalte de suas unhas com os dentes.
— Além disso... — começou, olhando para ela — Foi divertido.
A garota sorriu.
— Você mandou o hipopótamo para longe — ela lembrou, gargalhando.
riu também, mas assim que olhou para ela, parou, hipnotizado pelo seu sorriso. Só naquele momento, com as luzes de Natal iluminando o seu rosto, ele percebeu o quanto ela era bonita.
— O que foi? — ela perguntou.
pigarreou, desviando a atenção para a rena de papelão parada ao seu lado.
— O Papai Noel disse que precisamos fazer uma boa ação para compensar o que fizemos de errado — disse ele, desviando de assunto.
— Alguma ideia?
deu de ombros.
—Talvez se fizermos algo bom o universo nos presenteie com dois bonecos.
Os olhos de se iluminaram com uma grande ideia. Ela segurou as mãos de entre as suas:
— Podíamos fazer alguns cartões de Natal e deixar no párabrisa dos carros e em algumas casas
— Essa ideia é maravilhosa! — ele concordou
— Precisamos de papel, canetas coloridas, glitter e também de chocolate quente, porque eu estou quase congelando…— começou a enumerar, segurando a mão de e o arrastando para uma papelaria.
***

Trinta minutos mais tarde, os dois corriam pelo parque, cantarolando Jingle Bells e espalhando os cartões pelos carros estacionados ali perto. avaliava o cartão feito por ela, tentando decifrar se o desenho dela era uma rena ou um tronco de árvore com chantilly e cereja, apesar de seus desenhos também estarem longe de serem bons, mas o que valia era a intenção, certo?
Jingle bells. Jingle bells... — podia ouvir cantarolar — Jingle all the waaaaay!
Ele levou um susto quando a última nota se tornou esganiçada e ao se virar, tudo o que viu foi correndo. A princípio ele não entendeu direito, mas então, percebeu a razão para ela estar fugindo: Um cachorro havia agarrado seu cachecol e a arrastava para longe.
! — ela gritou desesperada, tentando se desvencilhar do cachecol.
não conseguiu conter o riso e ainda gargalhando correu atrás dela. Ela podia estar desesperada, mas era impossível não achar aquela cena hilária.
E pela segunda vez naquele dia, se viu correndo atrás dela, guiando-se somente pelo casaco vermelho e pelos gritos desesperados que chamavam seu nome, mas correr na neve era mil vezes mais difícil do que correr por uma loja, e dessa vez seus tênis não estavam o ajudando tanto.
Foi necessário correr por dois quarteirões para, quando já estava quase sem fôlego, ela finalmente conseguir se desvencilhar do cachecol e se soltar.
— Era meu cachecol favorito — ela choramingou, vendo o cachorro levar embora o cachecol branco.
— Você está bem? — perguntou, tentando normalizar sua respiração, sem conseguir esconder o riso em seus lábios.
Ela se virou, o encarando com indignação.
— Você estava rindo de mim?
— Rindo? — ele se fez de desentendido — Eu estive correndo o tempo todo pra te ajudar.
— Você estava rindo sim! — exclamou, fingindo estar com raiva.
Eles se encararam por alguns segundos e então não aguentou e caiu na gargalhada.
— Tudo bem, eu admito que estava rindo— ele confessou em meio ao riso — Mas o cachorro estava… — ele voltou a rir, se curvando e segurando sua barriga como se não aguentasse mais — Ele estava te puxando e…
Ela semicerrou os olhos, se esforçando para parecer brava.
— Vamos ver quem vai rir agora, — antes que ele entendesse sobre o quê ela estava falando, a garota arrancou o gorro de sua cabeça e saiu correndo.
estava prestes a correr atrás dela de novo — mesmo que suas pernas implorassem por algum descanso — quando por acaso olhou para a vitrine à sua direita.
E lá estava: Uma prateleira com dois bonecos, exatamente aqueles que eles estavam procurando.
Ele chamou , mas ela já estava longe.
Ele considerou ir atrás dela, mas não podia correr o risco de virar as costas e outra pessoa comprar os bonecos, por isso, entrou na loja e esperou que ela se desse conta de que ele não estava correndo atrás dela e conseguisse o encontrar lá.
***

— Onde você se meteu? — ela perguntou, assim que ele chegou na praça.
Ela estava sentada em um dos bancos de madeira, um pequeno e estranho boneco de neve estava ao seu lado.
— Ninguém mandou você sair correndo feito uma louca — ele reclamou — Além disso, eu estava resolvendo nossos problemas — ele mostrou a sacola que acomodava duas caixas de presente.
— O que é isso? — ela perguntou despreocupada.
— Os bonecos que queríamos.
E assim que ele conclui a frase, os olhos dela brilharam.
— Você só pode estar brincando — ela disse pausadamente.
balançou a cabeça em negação.
— Eu não acredito que você conseguiu, isso é incrível! — exclamou animada— Você acabou de salvar meu Natal! Você é tipo meu herói — gritou, se jogando sobre ele para abraçá-lo.
congelou quase que instantaneamente e na mesma hora ela se afastou, percebendo que sua reação fora um pouco exagerada.
— Eu… Eu quero dizer — ela falou, colocando o cabelo atrás da orelha — Obrigada, quanto eu te devo?
— Não deve nada — ele respondeu.
— Qual é, você já teve que pagar metade daquele boneco que quebramos, não posso deixar você pagar sozinho esses dois — ela reclamou.
— Considere esse meu presente de Natal para você — ele estendeu um dos embrulhos para ela.
sorriu.
— Obrigada! De verdade. Eu não sei o que faria sem esse boneco. Mas agora preciso te dar um presente como forma de agradecimento.
— Não é preciso, essa tarde com você já foi divertida o suficiente para servir como pagamento.
estava sendo sincero. Agora, olhando para cada coisa que eles fizeram juntos naquela tarde, desde a disputa pelos bonecos, a conversa com o Papai Noel, depois a confecção e entrega dos cartões e por fim o cachorro a arrastando pelo cachecol… Poderia ter parecido um pesadelo na hora, mas olhando bem, eles haviam se divertido muito.
— Me deixe te pagar um chocolate quente pelo menos — ela pediu, apertando mais o casaco em torno de seu corpo.
Só então percebeu que a neve estava voltando a cair e estava ficando cada vez mais frio.
— Tudo bem. — ele concordou sorrindo.
Ela sorriu de volta, enganchando seu braço no dele e o guiando para longe dali.
— Vou te levar ao meu café favorito, você vai adorar.
***

Não foi exatamente uma surpresa quando ela o levou para o café favorito de onde ele estivera tomando chocolate quente mais cedo.
— Eu adoro esse lugar — ele confessou, enquanto eles sentavam em uma das mesas perto da janela.
Ela sentou ao lado dele e o encarou com confusão.
— Já esteve aqui antes?
— Eu venho aqui o tempo todo, estive aqui hoje no início da tarde antes de ir para o shopping — ele explicou, mexendo na decoração da pequena árvore de Natal sobre a mesa.
— Eu também venho aqui o tempo todo — ela disse sorrindo — Como nunca nos encontramos antes?
deu os ombros.
— Talvez o universo quisesse que nos conhecêssemos brigando por causa de um brinquedo.
Eles fizeram seus pedidos, e enquanto aguardavam seus pedidos serem trazidos ela suspirou, como se estivesse decepcionada com alguma coisa.
— O que foi? — ele indagou.
Ela sorriu e balançou a cabeça.
— Não é nada — ela disse — Venha aqui! — e assim ela levantou e segurou a mão dele, o puxando para a árvore no lado oposto do café.
— Você já fez seu pedido? — ela perguntou.
— Já, hoje antes de sair em busca do brinquedo — ele afirmou — E você?
— Ainda não — ela confessou — Eu não tinha nada para pedir antes, mas agora tenho — disse, pegando o cartão e a caneta.
— O que vai pedir?
— Eu não devia contar, é meio que contra as regras, não é? Mas, acho que você merece saber — ela sussurrou, como se estivesse tentando esconder do Papai Noel de pelúcia sentado no outro lado da árvore — Eu quero ter mais dias como esse — ela confessou, mas ele a ouviu completar baixinho. — Mais dias com você.
Ela desviou o olhar e sorriu, acariciando os cabelos dela, aproximando seus rostos, o suficiente para depositar um beijo em sua bochecha.
Ela imediatamente o encarou com surpresa.
— Eu também quero mais dias com você.
E assim ele a beijou novamente, dessa vez um beijo profundo e apaixonado.
Ele sorriu e ela sorriu de volta, e então percebeu que aquela árvore de fato funcionava.
“Eu desejo encontrar o melhor presente do mundo.”
De fato, ele havia conseguido o melhor presente do mundo naquele dia. Mas não era o brinquedo do seu sobrinho.




Fim.



Nota da autora: Sem nota.

Nota da Scripter:
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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