Há poucas coisas na vida mais excitantes, pensou , do que um homem poderoso de joelhos.
Draco Malfoy ainda estava vestido formalmente, com todo aquele decoro e gravata, embora agora ligeiramente mais frouxa no pescoço. Já passava da meia-noite, mas a festa no salão comunal da Sonserina em comemoração à árdua vitória contra Grifinória no quadribol estava longe de terminar. Mesmo dos quartos era possível escutar os gritos entusiasmados e as risadas vindo do outro cômodo. Era uma noite de diversão para todos da Sonserina.
Para alguns, porém, um tipo de celebração um pouquinho mais privada.
decidiu que gostava da visão de Malfoy a olhando de baixo, através de cílios tão brancos quanto o próprio cabelo. Fazia com que se sentisse como uma mulher forte e capaz de qualquer coisa.
– Se pudessem vê-lo, agora...
Seus olhos estavam febris, mais escuros do que nunca – um cinza de premonição, de tempestade – a boca ligeiramente entreaberta, só um pouco, como se tivesse dificuldade em organizar os pensamentos. Havia algo em Malfoy, um desejo enterrado fundo e uma angustia mal incompreendida que fascinava – o desafio, o temperamento de Draco e seu histórico manchado, tudo isso só servia para deixa-la ainda mais tentada. Queria descobrir, queria afundar as mãos até os cotovelos naquela escuridão feito tinta e sentir o hálito dos segredos em sua nuca, provocando, convidando...
– Você não dirá nada. – Rosnou ele com seriedade, sem desviar o olhar do dela.
– Ou o que? – Riu, dando uma volta completa e lenta ao redor dele, tão devagar quanto a própria volta da Terra ao redor do sol. Nesse caso, claro, o sol era muito mais quente e a atração era irresistível – Vai correr para o papai?
O silêncio de Malfoy confirmou o que já sabia. Malfoy oscilava constantemente entre dominar e ser dominado; ao mesmo tempo em que tentava se impor e ter presença, nunca deixava de nadar na sombra de seu pai, ofuscado e pequeno.
parou atrás dele e se inclinou, chegando muito perto de seu ouvido.
– Não se preocupe – sussurrou ela – Isso é algo que ficará somente entre nós.
Ela notou quando Draco ficou tenso e sorriu ao terminar de dar a volta ao seu redor. Os olhos, já carregados, agora faiscavam. A chuva ameaçava cair, torrencial.
– Aqui – indicou, tocando com os dedos o próprio pescoço, onde podia sentir a pulsação enlouquecida – Você sabe.
Só houve uma pequena hesitação antes de Malfoy erguer o braço e levar a mão à sua garganta. O corpo inteiro de se acendeu quando ele o fez, a eletricidade percorreu todas as células e intensificou o fogo que já ardia em todo lugar. Quando ele a puxou para baixo e confrontou seus lábios com a boca, escutou um trovão. A dualidade de sua personalidade a estimulava, a força de sua vontade e o agir impulsivo alimentavam aquela curiosidade de saber, de descobrir, como seria...
passou os dedos no cabelo macio de Malfoy, sentindo os pontos exatos em que ele ainda não secara do banho, e os dobrou, deitando a cabeça dele para trás com certa violência. Ela se sentou em suas coxas, presas na calça de tergal verde-escura, e aproveitou a momentânea desorientação de Draco para beijar e morder seu pescoço, logo acima da gravata. Ele somente parou de puxar o vestido de para cima quando um choque de prazer o atingiu ao que massageava seu membro rijo com a mão direita, ainda por cima do tecido da calça.
A possibilidade de serem pegos só servia para atiçar o tesão de ambos, já que não era segredo nenhum que coisas proibidas eram suas favoritas.
– Puta merda – ele gemeu no primeiro contato íntimo entre os dois. estava tão quente e tão úmida que Malfoy poderia delirar ali mesmo se não começasse a pensar logo na professora Trelawney ou em poções sem graça. Qualquer coisa que o distraísse da sensação pulsante que o abraçava lá embaixo, tão convidativa e apertada – Merda.
tomou seus gemidos como incentivo e sentou ainda mais fundo da próxima vez, agarrada aos ombros de Draco Malfoy. Uma faca de dois gumes, que a arrancou um espasmo e um som preso do fundo da garganta.
Suas bocas se encontraram novamente com ferocidade, como se o sexo não fosse o bastante; como se eles precisassem devorar um ao outro.
Todo o ar de foi expulso de seus pulmões quando Malfoy a segurou pela cintura e a empurrou contra a parede mais próxima, a pressionando e tentando tocá-la o suficiente. Não havia nada lógico, racional ou inteligente no que estavam fazendo, não havia mais tentativas de manter o mais silencioso possível, de não chamar atenção... gemeu contra os lábios de Draco e entrelaçou as pernas ao redor de seu quadril, o puxando para mais perto.
não sabia dizer o que a atraia mais, se era a submissão ou a dominação, mas, quando sentiu o corpo de Malfoy tremer colado ao seu, decidiu que não importava. E que queria mais daquilo.

Nota da autora: Estou sendo arrastada de volta para a minha fase de obsessão pelo Draco Malfoy, graças ao Tik Tok, espero que tenham gostado de ler tanto quanto eu gostei de escrever! Se quiserem deixar um comentário, ficarei muito feliz, acreditem que isso inspira qualquer escritor a continuar <3

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