Capítulo 1
- Vamos, não temos mais tempo a perder... - Disse o ceifador, estendendo a mão para mim.
Eu ainda estava em choque, não acreditava no que tinha acontecido.
Eu estava em pé ao lado de Sammy, que estava ajoelhado no chão, em prantos e com meu corpo sem vida em seus braços. Estendi a mão para tocá-lo, em vão, uma vez que minha mão o transpassou.
- Sammy! - A voz de Dean ecoou pelo galpão frio e denso.
Sam não conseguiu nem mesmo olhar para o irmão, que agora estava contemplando o Winchester menor chorar por sua amada falecida.
Por mim.
- Não, não! - Gritou Sam, em meio ao desespero que a dor lhe causara.
Dean caiu de joelhos ao lado de Sam, deixando algumas lágrimas caírem pelo seu rosto por ver seu irmão naquela situação.
- Você foi uma boa caçadora, . Um lugar melhor te espera. - Chamou-me novamente o ceifador.
Olhei para ele e pude sentir lágrimas involuntárias correndo pelas maçãs de meu rosto.
- Eu...
Virei-me para Samuel novamente, agora em prantos desesperados de minha parte por não poder mais tocá-lo; por não poder mais sentir o toque de suas mãos, os seus lábios contra os meus.
Ah, se eu pudesse, pelo menos uma última vez...
- Você tem duas opções. - Declarou o ceifador por nome de Ezekiel. - Vir comigo ou ficar presa naquele objeto e ser levada para onde ele for.
Ezekiel apontou para o colar pendurado em meu pescoço, que Sammy segurava por entre seus dedos, que meu amado me entregara no dia em que prometeu me proteger, sendo eu uma caçadora ou não.
- Perdoe-me, . - Sammy disse com dificuldade. A essa altura, Dean já se retirara na sala por não aguentar ver o irmão chorar com tanta dor daquela forma.
Estava ficando cada vez mais frio a cada interminável segundo que se arrastava.
- Não temos muito tempo. - Importunou-me Ezekiel.
- Perdoe-me por falhar com minha promessa. - Pediu Sam para a falecida. - Perdoe-me por te perder por aquele desgraçado de olhos amarelos. Eu não sei como, mas sinto que você pode me ouvir. - As palavras saíram em meio a soluços e prantos. - Eu nunca vou te esquecer... Se eu pudesse... - Sammy colou a testa na minha e eu, apesar de não habitar mais naquele corpo sem vida, podia sentir o toque apaixonado de Sam. - Se eu pudesse, pelo menos uma última vez, te ter viva em meus braços novamente...
Uma última vez.
Senti um toque frio e gelado em meu ombro. Uma mão que aparentava pálida e esguia. Virei-me para encontrar seu dono e me deparei com um senhor também pálido, segurava um cajado na mão livre e se vestia incrivelmente bem. Ele possuía um anel com uma pedra branca em seu dedo anelar que me fez reconhecê-lo.
A Morte em pessoa.
Ele retirou a mão de meu ombro e abriu um sorriso um tanto presunçoso.
- Deve estar se divertindo com o sofrimento de Sammy. - Cuspi as palavras com certo ódio. Ele olhou para mim e balançou a cabeça.
- De forma alguma, senhorita. Jamais me aproveitaria de uma ocasião como essa para inflamar meu ego. Ainda mais quando essa pessoa é um dos Winchester.
Ezekiel havia desaparecido e a Morte tomara seu lugar, só não havia entendido o motivo da "honra" de sua presença.
- Uma última vez, sim? - Disse ele de repente.
Arregalei os olhos e já havia entendido. Não obstante, sabia que tinha algo por trás.
- O que você quer? - Indaguei.
- Quero que trabalhe para mim. - Respondeu como se já estivesse na ponta da língua.
- E em troca?
Ele sorriu novamente.
- Darei a você mais um dia de vida. Darei a você a tão querida e desejada última vez.
Meu coração acelerou. Olhei para Sammy novamente, que já havia deitado meu corpo no chão e estava pronto para despedir-se.
- Você não tem muito tempo. - Avisou a Morte.
- Como espera que eu sirva de alguma coisa a você?
- Você arrancará, derrubará e destruirá. - Declarou, fazendo-me lhe fitar sem entender a que ponto queria chegar. - Já sei de sua resposta, vá e apronte-se para sua nova ocupação como espírito vingador. Seu amor pelo Winchester mais novo a condenará por uma eternidade.
E, como em um passe de mágica, uma energia centrífuga me direcionou o olhar a Sammy, que me dera um beijo na testa. Eu senti seus lábios contra minha pele. Era real.
Sammy estava pronto para dar as costas, quando eu agarrei a bainha de sua calça, fazendo-o levar um susto.
- Sammy... - Falei, e ele arregalou os olhos.
- ? - Perguntou sem acreditar, e logo lançou-se no chão novamente, onde eu estava e me abraçou. Senti suas lágrimas em meus ombros e o abracei de volta.
Uma última vez.
Sammy segurou meu rosto com ambas as mãos e em seus olhos havia o brilho que então havia desaparecido. Ele sorria alegremente e eu pude sentir suas mãos tremendo.
- Meu Sammy... - Falei, a voz voltando aos poucos e meu corpo ainda desfalecido.
Sam aproximou o rosto do meu e tocou os meus lábios com os dele. Um gesto simples, suave, porém quente como uma brasa viva e significativo como uma declaração.
Retribuí seu beijo, que logo deu vida e ânimo para meu corpo. Eu podia sentir seu toque cheio de amor em minha cintura, eu podia sentir os arrepios que seu beijo me causava.
Eu sentia o amor, o mais puro amor que nos sustentava em pé todos os dias. O mesmo amor que nos fazia persistir e não desistir.
Uma última vez, um último dia.
Meu amor por Sammy me condenaria, mas mais vale um dia ao lado de quem se ama.
Um espírito vingador eu me tornaria e, se Sammy descobrisse, teria dificuldade em acabar com tudo. Ele teria de me caçar.
Era inevitável.
Mas, apesar de tudo, nós estávamos conectados. E jamais nos separaríamos.
Meu coração está ligado ao seu.
Eu ainda estava em choque, não acreditava no que tinha acontecido.
Eu estava em pé ao lado de Sammy, que estava ajoelhado no chão, em prantos e com meu corpo sem vida em seus braços. Estendi a mão para tocá-lo, em vão, uma vez que minha mão o transpassou.
- Sammy! - A voz de Dean ecoou pelo galpão frio e denso.
Sam não conseguiu nem mesmo olhar para o irmão, que agora estava contemplando o Winchester menor chorar por sua amada falecida.
Por mim.
- Não, não! - Gritou Sam, em meio ao desespero que a dor lhe causara.
Dean caiu de joelhos ao lado de Sam, deixando algumas lágrimas caírem pelo seu rosto por ver seu irmão naquela situação.
- Você foi uma boa caçadora, . Um lugar melhor te espera. - Chamou-me novamente o ceifador.
Olhei para ele e pude sentir lágrimas involuntárias correndo pelas maçãs de meu rosto.
- Eu...
Virei-me para Samuel novamente, agora em prantos desesperados de minha parte por não poder mais tocá-lo; por não poder mais sentir o toque de suas mãos, os seus lábios contra os meus.
Ah, se eu pudesse, pelo menos uma última vez...
- Você tem duas opções. - Declarou o ceifador por nome de Ezekiel. - Vir comigo ou ficar presa naquele objeto e ser levada para onde ele for.
Ezekiel apontou para o colar pendurado em meu pescoço, que Sammy segurava por entre seus dedos, que meu amado me entregara no dia em que prometeu me proteger, sendo eu uma caçadora ou não.
- Perdoe-me, . - Sammy disse com dificuldade. A essa altura, Dean já se retirara na sala por não aguentar ver o irmão chorar com tanta dor daquela forma.
Estava ficando cada vez mais frio a cada interminável segundo que se arrastava.
- Não temos muito tempo. - Importunou-me Ezekiel.
- Perdoe-me por falhar com minha promessa. - Pediu Sam para a falecida. - Perdoe-me por te perder por aquele desgraçado de olhos amarelos. Eu não sei como, mas sinto que você pode me ouvir. - As palavras saíram em meio a soluços e prantos. - Eu nunca vou te esquecer... Se eu pudesse... - Sammy colou a testa na minha e eu, apesar de não habitar mais naquele corpo sem vida, podia sentir o toque apaixonado de Sam. - Se eu pudesse, pelo menos uma última vez, te ter viva em meus braços novamente...
Uma última vez.
Senti um toque frio e gelado em meu ombro. Uma mão que aparentava pálida e esguia. Virei-me para encontrar seu dono e me deparei com um senhor também pálido, segurava um cajado na mão livre e se vestia incrivelmente bem. Ele possuía um anel com uma pedra branca em seu dedo anelar que me fez reconhecê-lo.
A Morte em pessoa.
Ele retirou a mão de meu ombro e abriu um sorriso um tanto presunçoso.
- Deve estar se divertindo com o sofrimento de Sammy. - Cuspi as palavras com certo ódio. Ele olhou para mim e balançou a cabeça.
- De forma alguma, senhorita. Jamais me aproveitaria de uma ocasião como essa para inflamar meu ego. Ainda mais quando essa pessoa é um dos Winchester.
Ezekiel havia desaparecido e a Morte tomara seu lugar, só não havia entendido o motivo da "honra" de sua presença.
- Uma última vez, sim? - Disse ele de repente.
Arregalei os olhos e já havia entendido. Não obstante, sabia que tinha algo por trás.
- O que você quer? - Indaguei.
- Quero que trabalhe para mim. - Respondeu como se já estivesse na ponta da língua.
- E em troca?
Ele sorriu novamente.
- Darei a você mais um dia de vida. Darei a você a tão querida e desejada última vez.
Meu coração acelerou. Olhei para Sammy novamente, que já havia deitado meu corpo no chão e estava pronto para despedir-se.
- Você não tem muito tempo. - Avisou a Morte.
- Como espera que eu sirva de alguma coisa a você?
- Você arrancará, derrubará e destruirá. - Declarou, fazendo-me lhe fitar sem entender a que ponto queria chegar. - Já sei de sua resposta, vá e apronte-se para sua nova ocupação como espírito vingador. Seu amor pelo Winchester mais novo a condenará por uma eternidade.
E, como em um passe de mágica, uma energia centrífuga me direcionou o olhar a Sammy, que me dera um beijo na testa. Eu senti seus lábios contra minha pele. Era real.
Sammy estava pronto para dar as costas, quando eu agarrei a bainha de sua calça, fazendo-o levar um susto.
- Sammy... - Falei, e ele arregalou os olhos.
- ? - Perguntou sem acreditar, e logo lançou-se no chão novamente, onde eu estava e me abraçou. Senti suas lágrimas em meus ombros e o abracei de volta.
Uma última vez.
Sammy segurou meu rosto com ambas as mãos e em seus olhos havia o brilho que então havia desaparecido. Ele sorria alegremente e eu pude sentir suas mãos tremendo.
- Meu Sammy... - Falei, a voz voltando aos poucos e meu corpo ainda desfalecido.
Sam aproximou o rosto do meu e tocou os meus lábios com os dele. Um gesto simples, suave, porém quente como uma brasa viva e significativo como uma declaração.
Retribuí seu beijo, que logo deu vida e ânimo para meu corpo. Eu podia sentir seu toque cheio de amor em minha cintura, eu podia sentir os arrepios que seu beijo me causava.
Eu sentia o amor, o mais puro amor que nos sustentava em pé todos os dias. O mesmo amor que nos fazia persistir e não desistir.
Uma última vez, um último dia.
Meu amor por Sammy me condenaria, mas mais vale um dia ao lado de quem se ama.
Um espírito vingador eu me tornaria e, se Sammy descobrisse, teria dificuldade em acabar com tudo. Ele teria de me caçar.
Era inevitável.
Mas, apesar de tudo, nós estávamos conectados. E jamais nos separaríamos.
Meu coração está ligado ao seu.