UM
- Callum? - estava ansiosa. - Callum?
- Alô? - uma voz masculina, porém diferente atendeu. Não era meu irmão.
- Esse número não é do Callum? - apertei o telefone no meu ouvido, minhas mãos suavam.
- É sim, quem fala?
- Quero falar com ele. - proferi a frase rindo.
- Olha, ele não pode falar agora, é melhor ligar depois.
- Não, não, não, é urgente. - revirei os olhos.
- Espere aí… - O telefone foi abafado e logo escutei a voz grossa e séria que não escutava há um bom tempo.
- Fala, pirralha. - sorri com isso.
- Desde quando tem um assistente para atender suas ligações? - falei e como conhecia Callum, sabia que estava balançando a cabeça olhando para cima.
- Os tempos são outros agora. - sorri e acenei para um táxi que passava por ali. - Ao que devo a honra de uma ligação internacional da minha querida irmã?
- Céus, pare antes que vomite aqui. - entrei no táxi e pedi um momento ao taxista. - Calum, me passe seu endereço.
- Pra quê? - ele falou alto e sim, eu faria uma surpresa.
- Vou te mandar uma encomenda. - olhei para o taxista que era até paciente com a demora.
- Ufa! - tampei minha boca, soltando uma risada. Coloquei a ligação no viva voz. - Pensei que me faria uma visita.
- Larga de ser otário, Callum. - então ele passou seu endereço e coloquei o telefone bem próximo ao rosto do taxista. - Então tá bom, preciso resolver algumas coisinhas aqui, depois no falamos.
Ele se despediu e desliguei o telefone.
- Sabe onde é? - perguntei para o senhor motorista e ele disse que sim. - Ótimo.
Eu iria fazer uma visita de alguns meses para meu irmão e tenho certeza que seria uma surpresa e tanto. Talvez ele até goste.
Observei Callum desligar o telefone e se jogou ao lado de Jared.
- Quem era? - perguntei, soltando um arroto em seguida. Jared me tacou uma almofada.
- Minha irmã.
- Você tem irmã? - perguntei não me lembrando disso.
- Tenho, só essa. - olhei para Jared com cara de desentendido e ele me olhou do mesmo jeito. - Vocês que esqueceram, já comentei.
- E ela vai vir te visitar? - Jared perguntou mastigando uns salgadinhos.
- Nos visitar, né? - falei. Morávamos juntos a sete anos.
- Não, ela iria me mandar alguma coisa. - Callum estava desanimado, não sei por quê.
- O que foi contigo? - perguntei e ele levantou o olhar. Os olhos estavam vermelhos e vi que tinha bebido demais.
- Saudade. - ele disse e ficou olhando pro teto. Deu dó do cara. - Faz três anos que não vejo nem minha mãe, nem minha irmã, nem sei como estão.
- Relaxa, logo, logo você vai lá. - Levantei para pegar mais um cerveja. - É só querer.
Fui até a cozinha e quando sai vi que a casa estava daquele jeito. Era difícil achar um lugar na sala que não tinha lixo. Beberiquei minha cerveja e fingi que não tinha visto nada. A vida é muito curta pra ficar organizando a casa.
Não sei quanto tempo se passou, ficamos bebendo e assistindo ao jogo. O jogo estava no finalzinho e a gente tinha bebido não sei quantas. Era quase meia noite quando a campainha tocou. Nós três nos entreolhamos.
~*~
tocou a campainha e batia seus saltos no chão impaciente.
~*~
- Atende lá, Callum. - falei e joguei uma almofada nele.
- Atende lá, Jared. - Jogou a almofada no outro.
- Atende lá, . - Jogou a almofada em mim.
Levantei com toda a preguiça que meu corpo possuía e fui até a porta. Ao abrir, não tinha como ser uma visão melhor. Vestia uma calça jeans clara e uma regata preta, bem cavada nas laterais, possibilitando de ver seu sutiã. Usava salto e trazia consigo uma mala. Uma mala?
- Pois não? - me escorei na porta e olhei em seus olhos cor de mel, reparei em suas bochechas rosadas, por mais que sua pele tinha a cor do verão, um dourado que combinava com ela. Era quente, fazendo com que meu corpo ficasse quente, embora eu vestisse apenas uma bermuda de pano leve.
- Callum mora aqui? - sua voz era doce e sexy. Jogou os cabelos para o lado e me olhou de cima a baixo. Estreitou os olhos de um modo sensual e eu só pensei em foder aquela mulher.
- Quem é? - Callum apareceu e ela pulou no pescoço dele. Callum também a segurou no colo e a tirou do chão. Meus olhos foram até seu bumbum e Callum me olhou feio. Qual é, quem era ela?
- Como você mudou pirralha. - ele disse ao coloca-la no chão. - Céus, que saudade.
A abraçou novamente e eu achei melhor sair dali, antes que meu amigo me veja comendo com os olhos a irmã dele.
Sentei ao lado de Jared e peguei minha cerveja. Jared olhou pra mim e levantou uma sobrancelha, de um modo sacana.
- Aí, caras, essa aqui é . - ele disse e balançamos a cabeça.
- . - me levantei e fiz menção de pegar em sua mão, mas seu irmão me olhou feio. Apenas acenei. Callum era um pé no saco.
- Jared. - sorriu e se abaixou tirando seus saltos.
- Onde fica a cerveja? - andou até a mim e abaixou levemente sua mão. - Posso?
- Fica a vontade. - falei rindo da cara bobo que Callum ficou.
- Ah, pode deixar que vou ficar mesmo. - ela se sentou no sofá e se deitou de lado. Olhou para o chão e olhou para nós. - Vou logo avisando que faxina não é comigo.
- , onde você está ficando? - ele perguntou, se sentando ao lado dela.
- Acabei de chegar e pretendo ficar aqui. - não, não e não. Uma mulher aqui em casa, mandando e desmandando na gente, além de ser uma gostosa do caralho. Jared relaxou no sofá e ficou com um sorriso bobo. Lógico que ficou, ele não pensava direito, só sabia pensar com a cabeça de baixo. E tinha mais uma coisa: o quebraria nós dois no pau, se a gente pensasse ou tivesse alguma segunda intenção com ela. Sem falar que corria o risco da gente acabar com nossa sociedade da boate. Tínhamos uma boate e era um negócio que ia muito bem. Eu pensei longe? Talvez.
- Tem certeza?
- Claro, meu amor. - ela virou a cerveja e jogou no chão. Se levantou e pegou os saltos. - É assim que se faz?
- Aprende rápido ela. - Ela nem olhou pra trás, pediu ao irmão que a ajudasse com a mala e subiu a escada.
- Meio doida? - Jared falou me olhando, eu balancei a cabeça.
- Se fosse só doida. - Deitei no sofá e Jared ficou me olhando. - Você viu aquela bunda?
- Claro que eu vi. - ele foi até a cozinha e voltou. - Vi também Callum de olho em você, fica esperto.
- Nunca que eu pegaria a irmã de um de nós.
- Sei, .
- Falou o sacana que só pensa em mulher.
- Gostei dela, parece ser legal. - Jared subiu as escadas e lá no topo se virou. - E outra, irmã de amigo pra mim é homem.
- É… - ajeitei a almofada na minha cabeça, estava sozinho agora. - Eu queria que fosse assim pra mim também.
- Alô? - uma voz masculina, porém diferente atendeu. Não era meu irmão.
- Esse número não é do Callum? - apertei o telefone no meu ouvido, minhas mãos suavam.
- É sim, quem fala?
- Quero falar com ele. - proferi a frase rindo.
- Olha, ele não pode falar agora, é melhor ligar depois.
- Não, não, não, é urgente. - revirei os olhos.
- Espere aí… - O telefone foi abafado e logo escutei a voz grossa e séria que não escutava há um bom tempo.
- Fala, pirralha. - sorri com isso.
- Desde quando tem um assistente para atender suas ligações? - falei e como conhecia Callum, sabia que estava balançando a cabeça olhando para cima.
- Os tempos são outros agora. - sorri e acenei para um táxi que passava por ali. - Ao que devo a honra de uma ligação internacional da minha querida irmã?
- Céus, pare antes que vomite aqui. - entrei no táxi e pedi um momento ao taxista. - Calum, me passe seu endereço.
- Pra quê? - ele falou alto e sim, eu faria uma surpresa.
- Vou te mandar uma encomenda. - olhei para o taxista que era até paciente com a demora.
- Ufa! - tampei minha boca, soltando uma risada. Coloquei a ligação no viva voz. - Pensei que me faria uma visita.
- Larga de ser otário, Callum. - então ele passou seu endereço e coloquei o telefone bem próximo ao rosto do taxista. - Então tá bom, preciso resolver algumas coisinhas aqui, depois no falamos.
Ele se despediu e desliguei o telefone.
- Sabe onde é? - perguntei para o senhor motorista e ele disse que sim. - Ótimo.
Eu iria fazer uma visita de alguns meses para meu irmão e tenho certeza que seria uma surpresa e tanto. Talvez ele até goste.
Observei Callum desligar o telefone e se jogou ao lado de Jared.
- Quem era? - perguntei, soltando um arroto em seguida. Jared me tacou uma almofada.
- Minha irmã.
- Você tem irmã? - perguntei não me lembrando disso.
- Tenho, só essa. - olhei para Jared com cara de desentendido e ele me olhou do mesmo jeito. - Vocês que esqueceram, já comentei.
- E ela vai vir te visitar? - Jared perguntou mastigando uns salgadinhos.
- Nos visitar, né? - falei. Morávamos juntos a sete anos.
- Não, ela iria me mandar alguma coisa. - Callum estava desanimado, não sei por quê.
- O que foi contigo? - perguntei e ele levantou o olhar. Os olhos estavam vermelhos e vi que tinha bebido demais.
- Saudade. - ele disse e ficou olhando pro teto. Deu dó do cara. - Faz três anos que não vejo nem minha mãe, nem minha irmã, nem sei como estão.
- Relaxa, logo, logo você vai lá. - Levantei para pegar mais um cerveja. - É só querer.
Fui até a cozinha e quando sai vi que a casa estava daquele jeito. Era difícil achar um lugar na sala que não tinha lixo. Beberiquei minha cerveja e fingi que não tinha visto nada. A vida é muito curta pra ficar organizando a casa.
Não sei quanto tempo se passou, ficamos bebendo e assistindo ao jogo. O jogo estava no finalzinho e a gente tinha bebido não sei quantas. Era quase meia noite quando a campainha tocou. Nós três nos entreolhamos.
tocou a campainha e batia seus saltos no chão impaciente.
- Atende lá, Callum. - falei e joguei uma almofada nele.
- Atende lá, Jared. - Jogou a almofada no outro.
- Atende lá, . - Jogou a almofada em mim.
Levantei com toda a preguiça que meu corpo possuía e fui até a porta. Ao abrir, não tinha como ser uma visão melhor. Vestia uma calça jeans clara e uma regata preta, bem cavada nas laterais, possibilitando de ver seu sutiã. Usava salto e trazia consigo uma mala. Uma mala?
- Pois não? - me escorei na porta e olhei em seus olhos cor de mel, reparei em suas bochechas rosadas, por mais que sua pele tinha a cor do verão, um dourado que combinava com ela. Era quente, fazendo com que meu corpo ficasse quente, embora eu vestisse apenas uma bermuda de pano leve.
- Callum mora aqui? - sua voz era doce e sexy. Jogou os cabelos para o lado e me olhou de cima a baixo. Estreitou os olhos de um modo sensual e eu só pensei em foder aquela mulher.
- Quem é? - Callum apareceu e ela pulou no pescoço dele. Callum também a segurou no colo e a tirou do chão. Meus olhos foram até seu bumbum e Callum me olhou feio. Qual é, quem era ela?
- Como você mudou pirralha. - ele disse ao coloca-la no chão. - Céus, que saudade.
A abraçou novamente e eu achei melhor sair dali, antes que meu amigo me veja comendo com os olhos a irmã dele.
Sentei ao lado de Jared e peguei minha cerveja. Jared olhou pra mim e levantou uma sobrancelha, de um modo sacana.
- Aí, caras, essa aqui é . - ele disse e balançamos a cabeça.
- . - me levantei e fiz menção de pegar em sua mão, mas seu irmão me olhou feio. Apenas acenei. Callum era um pé no saco.
- Jared. - sorriu e se abaixou tirando seus saltos.
- Onde fica a cerveja? - andou até a mim e abaixou levemente sua mão. - Posso?
- Fica a vontade. - falei rindo da cara bobo que Callum ficou.
- Ah, pode deixar que vou ficar mesmo. - ela se sentou no sofá e se deitou de lado. Olhou para o chão e olhou para nós. - Vou logo avisando que faxina não é comigo.
- , onde você está ficando? - ele perguntou, se sentando ao lado dela.
- Acabei de chegar e pretendo ficar aqui. - não, não e não. Uma mulher aqui em casa, mandando e desmandando na gente, além de ser uma gostosa do caralho. Jared relaxou no sofá e ficou com um sorriso bobo. Lógico que ficou, ele não pensava direito, só sabia pensar com a cabeça de baixo. E tinha mais uma coisa: o quebraria nós dois no pau, se a gente pensasse ou tivesse alguma segunda intenção com ela. Sem falar que corria o risco da gente acabar com nossa sociedade da boate. Tínhamos uma boate e era um negócio que ia muito bem. Eu pensei longe? Talvez.
- Tem certeza?
- Claro, meu amor. - ela virou a cerveja e jogou no chão. Se levantou e pegou os saltos. - É assim que se faz?
- Aprende rápido ela. - Ela nem olhou pra trás, pediu ao irmão que a ajudasse com a mala e subiu a escada.
- Meio doida? - Jared falou me olhando, eu balancei a cabeça.
- Se fosse só doida. - Deitei no sofá e Jared ficou me olhando. - Você viu aquela bunda?
- Claro que eu vi. - ele foi até a cozinha e voltou. - Vi também Callum de olho em você, fica esperto.
- Nunca que eu pegaria a irmã de um de nós.
- Sei, .
- Falou o sacana que só pensa em mulher.
- Gostei dela, parece ser legal. - Jared subiu as escadas e lá no topo se virou. - E outra, irmã de amigo pra mim é homem.
- É… - ajeitei a almofada na minha cabeça, estava sozinho agora. - Eu queria que fosse assim pra mim também.
DOIS
Sai do banheiro e deixando os vidros todos embaçados. Olhei para minha mala, desanimada. Arrumaria depois de uma boa noite de sono.
Vesti um pijaminha e pensei em secar o cabelo, mas escutei minha barriga reclamar alto. Que fome!
Desci as escadas e reparei em alguns porta retratos nas paredes dos três que moravam aqui. Ao chegar na escada, a luz estava apagada, mas a TV estava ligada, iluminando um pouco a sala. Tinham ido dormir e deixaram a televisão ligada?
Fui até a cozinha e abri a geladeira. Ótimo, 70% da geladeira era cerveja. Amanhã eu iria ao mercado. Achei uma caixa de pizza com dois pedaços lá dentro. Meu estômago chegou a se revirar de alegria.
Coloquei a pizza no micro-ondas, ao me virar para a porta dei um grito.
- Meu Deus. - coloquei a mão no peito, sentindo meu coração bater tão forte, que até queimava.
- Calma. - Ele estava escorado na porta. - Acostume-se que essa casa é bem movimentada.
- Pensei que estavam todos dormindo. - o micro-ondas apitou e logo peguei o prato. me olhou sério e imaginei que queria um pedaço.
- Você quer? - dei uma mordida e fechei meus olhos, nunca fiquei tanto tempo assim sem comer. - Eu te dou.
- Não, obrigado, eu não como pizza de duas semanas. - ele disse e eu dei de ombros. Na situação que eu me encontrava, comeria até arroz duro.
- Podia ser de um mês, que eu comeria. - ele veio até a mim e pegou meu copo de suco.
- Acho que posso, né? - e bebeu.
- Não vou falar o que acho. - sorri falso, de propósito.
Ele devolveu o copo vazio e chegou até a geladeira, abriu-a. Observei enquanto ele rodeava a mão no elástico do short, parecendo pensar, todo descontraído. Pegou uma garrafa de cerveja enquanto eu levava mais um pedaço de pizza a boca, ainda o olhando. Ele negou, parecendo ter uma batalha dentro dele, logo devolveu a garrafa à geladeira. Coçou a nuca e meu olhar desceu por seu corpo. Ele não era nada feio. Suspirou e se virou de repente, me pegando encarando seu bumbum. Ele sorriu convencido e eu levantei uma sobrancelha o desafiando. Ele franziu o cenho, mexendo a cabeça. Não sei o que estaria passando em sua cabeça.
- Eu daria essa azeitona, em troca do seu pensamento. - cantarolei ao espetar a azeitona com o garfo e a olhar no alto.
- Logo a parte mais gostosa da pizza? - ele veio em minha direção.
- Não gosto, por isso estou te oferecendo. - falei como se fosse óbvio. Ele se apoiou no balcão e seus olhos estavam escuros, intensos.
- Eu estava pensando em coisas erradas, em como tenho que ficar longe do perigo. - eu fiquei séria o encarando. - E aí, essa azeitona vai rolar ainda?
Levei o garfo em sua direção com a intenção dele pegar, mas ele levou a boca até a azeitona, pegando-a rapidamente.
Cocei a cabeça, desconcertada. Eu já tinha percebido que ele era problema. E também me considerava um. Moraríamos juntos.
Ele se aproximou perto da janela e cuspiu o caroço por ali. Sacudi a cabeça, olhando pra ele.
- Quê? - ele disse rindo. - É orgânico.
- Tem um lixo do seu lado. - revirei os olhos. Coloquei o prato na pia e me virei para subir pro meu quarto.
- Vai lavar a louça não? - me perguntou como se não acreditasse no que eu fiz. - Aqui somos muito organizados, não gostamos de sujeira. - ele disse andando ao meu lado, tropeçando numa latinha no chão.
Eu ri quando ele riu de si mesmo.
- Então lava pra mim, senhor organizado. - eu falei e ao chegar ao pé da escada, minha correntinha de repente, caiu no chão. Passei a mão no pescoço, apenas para comprovar e ao não encontrar nada ali, suspirei. Me abaixei para pegar e quando me levantei, estava deitado no sofá, com uma expressão que eu ainda não sabia o que significava. Comecei a subir as escadas, quando escutei aquela voz que estava começando a ficar acostumada.
- Podemos fazer uma troca de favores. - ele disse com a voz mais grossa do que eu já havia escutado sair de sua boca.
- Amanhã eu lavo. - falei e segui em direção ao meu quarto. Sua voz ainda ecoava por minha mente. Senti algo estranho no meu estômago. Aquele cara cheira a problema. Transpira sensualidade. E está escrito em letras maiúsculas a palavra “CAFAJESTE” em sua testa.
Suspirei cansada. Precisava de uma longa noite de sono. Longa mesmo.
- , se você não descer em três… - Escutei Callum gritar e bati a porta com força ao sair do quarto.
- Pronto! O que custa esperar um pouco? - desci arrumando meu vestido azul que havia subido na correria. Saí de casa ainda abotoando os saltos e logo peguei um batom dentro da bolsa ao entrar no carro.
Callum estava emburrado e quando fui passar o batom olhando no espelho, ele disse:
- Demorou esse tempo todo e não conseguiu passar o batom ainda? - falou balançando a cabeça. Estava nervoso.
- Ah, qual é, Callum? - falei e ele balançava a cabeça negativamente. Paramos em um semáforo e ele me deu uma olhada de cima a baixo. Na sua boca surgiu um grande bico.
- Cadê a parte de baixo de sua roupa? - ele disse e eu tive que rir.
- Eu não sou mais criança, Callum. - bufei já cansada desse jeito ciumento dele. - Vá se preocupar com sua namorada, quando você tiver uma.
- Você tem ideia que vou passar a noite cuidando pra que nenhum babaca faça graça com você. - Ele acelerou o carro ao sair de outro semáforo.
- Eu sei me virar muito bem, até mais do que você imagina. - eu falei e ele freou em frente a uma grande boate. Um sorriso surgiu em meus lábios, deslumbrada.
Era um prédio de três andares, a fachada era enorme. Em tons de roxo e preto, as luzes em neon gritavam MADDOX CLUB. Desci do carro sorrindo para o lugar. Quem diria, meu irmão dono de um lugar desses. A fila na porta era enorme. Callum segurou em minha mão, como se eu fosse criança. Mas nem me importei. Passamos pelo enorme porta de vidro e meu irmão falou alguma coisa no ouvido do segurança que apenas assentiu.
O interior conseguia ser melhor que lá fora. Luzes vermelhas, azuis, verdes e roxas tomavam conta do lugar que estava abarrotado de pessoas. No teto havia grandes globos espelhados e outros que iluminavam o lugar. Me enganei ao achar que eram três andares. Era apenas um, porém ali embaixo, era espaçoso demais. Quis me soltar de sua mão, mas ele a segurou firme. Passei a mão na testa, vendo o trabalho que eu teria. Ele me olhou sério e então fomos em direção a uma escada do lado esquerdo. O segurança assim que nos viu, abriu a porta e logo Callum novamente falou alguma coisa no ouvido desse outro. Finalmente senti minha mão ser libertada e o olhei feio. Logo me afastei indo em direção a Jared que estava apoiado no corrimão que dava uma visão da boate inteira. Ele me olhou e logo me deu um abraço rápido.
- E aí, o que achou? - sorri.
- Incrível. - eu falei animada e logo vi que alguém não estava por ali. - Cadê ?
- Ah, esse aí deve estar ocupado com alguma puta que ele encontrou por aí. - meu irmão disse ao chegar do meu lado.
- Pare de queimar nosso amigo para a . - Jared disse me olhando e me lançou um olhar sugestivo. O que ele estava pensando? - está conversando com um investidor por telefone.
- Aquela parte lá é o quê? - perguntei curiosa, ignorando meu mais novo amigo.
- Área vip. - Callum disse e logo desceu para a pista e foi ao bar.
- Eu vou descer. - eu disse e Jared colocou a mão em meu ombro.
- Acho que seu irmão não vai gostar. - franziu os lábios, como se estivesse se desculpando.
- Foda-se. - eu falei rindo e passando pelo segurança. Ao chegar lá em baixo e olhar para cima, Jared ria, balançando a cabeça negativamente. Ele seria um bom amigo.
Sabia que não poderia ir para o bar por enquanto, pois meu irmão estava lá. Então comecei a dançar na pista e logo uma moça me cumprimentou. Sorri para ela e ficamos dançando juntas. Depois de um tempo ela se aproximou e disse alto para que eu escutasse:
- Vamos no bar. - e eu assenti, esperando que não tivesse certa pessoa sangue do meu sangue lá.
Chegamos e escutei ela pedindo um drink qualquer. Olhei nos painéis de bebida e apontei para um azul fluorescente que achei bonito. Não que eu fosse como uma criança, que fosse atraída por cores e coisinhas bonitas. Olhei para aquela área que pertenciam aos meninos e somente Jared continuava lá em cima.
- Prazer, Katherine. - ela sorriu e eu peguei sua mão que estava estendida.
- . - falei e pegamos nossas bebidas que tinha acabado de chegar.
- Você é de onde? - ela perguntou e eu a olhei estranho.
- Como sabe que não sou daqui?
- Seu sotaque, a cor da sua pele e seu jeito de menina de praia. - ela riu.
- Talvez porque eu seja da Califórnia. - falei e pisquei.
De repente chegou dois rapazes, os dois eram altos, porém, um era meio loiro, meio ruivo. O outro tinha cabelos negros da cor da noite. O de cabelos escuros tinha muitas tatuagens e uma parte de sua cabeça era raspada, deixando apenas o grande topete. Esse veio em minha direção, enquanto o outro já havia chegado em Katherine.
- E aí, gata, quer dançar? - ele perguntou e eu apenas assenti rindo enquanto ele já começava a se mexer de um jeito estranho.
“Céus, o que ele pensa que está fazendo”, eu pensei, enquanto só sabia rir. Ele tinha bafo de cigarro e estava cheirando muito a bebida. Mas estava tentando não me importar.
Dançamos um bom tempo, eu sempre ficava de olho para que não fosse pega, já que meu querido irmão queria me prender lá em cima. A música parou e eu estava muito apertada.
- Depois a gente se vê. - eu disse e sai rápido, antes que ele pedisse para dançar outra.
Entrei no banheiro e logo estava aliviada. Antes de sair, peguei minha bolsa e dei uma olhada em meu celular. Havia 17 chamadas não atendidas.
- Puta merda. - vi que eram todas de Callum. Logo retornei.
- Quero você aqui agora. - ele disse, sua voz estava tão séria e raivosa. Entortei a boca. Vou nada.
- Callum, acorda, para de querer ser o pai que eu não tive.
- Se você não aparecer, pode ter certeza que quando eu te encontrar, vai ser pior. - pronto, ele queria me bater?
Desliguei o telefone na sua cara. Fui até ele irritada. Contrariada, subi as escadas. Ao entrar, Callum veio rápido em minha direção. Levantou um braço, mas Jared o segurou.
- Tá ficando doido? - ele perguntou e meu irmão o empurrou.
- Não se mete. - Jared pareceu tão desnorteado quanto eu. Segurou novamente meu irmão, que novamente o empurrou. Então dessa vez ele chegou bem próximo a mim, apertou meu braço e me arrastou até um sofá que havia ali.
- O que você pensa que estava fazendo, sua vadiazinha? - ele disse e quando levantou o braço pra mim, apenas fechei meus olhos.
- O que você pensa que está fazendo? - abri meus olhos, ao escutar aquela voz que no momento estava grossa, mostrando o quanto estava irritado. estava segurando o braço de meu irmão no alto, lançando-lhe um olhar muito intenso.
- Não se mete. - Callum gritou e eu suspirei. Queria voltar para a Califórnia. - Eu já falei pra vocês dois não se meterem.
Então ele empurrou e logo recebeu um empurrão em troca. Pegou meu irmão pela gola da camisa gola polo, o apertando na parede.
- É melhor você ir esfriar a cabeça. - ele disse com o rosto próximo do outro. - E eu vou me meter sim, não vou deixar você cometer nenhuma loucura.
- Porque não é com você. - Callum gritou e me olhou com ira. - Ver sua irmã adulta e se transformando numa grande vadia.
Vi uma veia no pescoço de surgir. Seu rosto ficou vermelho. Assim como meus olhos também. Meu irmão pensava isso de mim? Então os dois amigos pegaram Callum, levando-o para fora. Sumiram de minha visão. O que tinha de errado com ele? Ele nunca foi assim comigo.
Ainda jogada no sofá, senti alguém se sentar ao meu lado. Jared respirou fundo e disse um “hey” baixinho.
O olhei e não gostei de ver pena em seu olhar. Senti meus olhos úmidos e logo lágrimas escorreram pelas minhas bochechas. Num gesto de carinho, Jared me puxou para um abraço e ficou dando tapinhas leve em minhas costas. E não sei por que, mas quando alguém me confortava, a tristeza sempre aumentava. E acho que Jared seria um grande amigo para mim.
TRÊS
A cena que vi confesso que me deixou um pouco confuso. Jared abraçava , enquanto a mesma chorava. Me surpreendi com a proximidade repentina deles e como um abraço poderia ser algo tão íntimo para mim. Porque você poderia sair por aí, pegando todo mundo, mas ninguém trocava abraços com tanta frequência e facilidade.
Fui até eles e me sentei ao lado. levantou seu olhar, os olhos começavam a ficar inchados.
- Falei pro Jamie levar ele pra casa. - me escorei no sofá, olhando para minhas coxas.
- Foi bom ter feito isso. - Jared disse e então me olhou como se dissesse “pega ela aqui”. E então a empurrou com todo cuidado em minha direção e eu todo desengonçado, não sabia o que fazer. Meus braços pareciam ter se desmembrado de mim e eu não tinha controle sobre eles.
- Eu vou ver dar uma sondada lá embaixo, pra ver se está tudo em ordem. - ele disse e eu assenti, vendo-o sumir pelas escadas.
Me senti envergonhado ao colocar um braço atrás de suas costas. E me senti o maior idiota do mundo ao colocar a outra mão em seus cabelos, fazendo um cafuné. Como consolar alguém?
Ela fungou e juro ter sentido seu coração batendo forte. Mas talvez era só o impulso de seu corpo pelos seus soluços. Abaixei levemente meu rosto e sua direção, sentindo seu perfume e o cheiro de seus cabelos. Admito que era muito bom.
Depois de um tempo, ela se mexeu e se afastou, passando a mão no rosto. Seus olhos tinham um pequeno borrão na parte de baixo. Seu olhar sério me deu a entender que estava cansada.
- Quer ir embora? - perguntei, mesmo imaginando que ela não queria ver o irmão tão cedo.
- Não. - sua voz saiu rouca e baixa, parecendo um miado de gato. Eu riria disso se fosse outra situação. - Eu não quero voltar para casa de vocês.
- Uma hora ou outra, temos que ir. - eu disse.
- Você pode ir. - ela se inclinou para frente, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. - Eu não vou.
Com os braços apoiados nos cotovelos, me encarou. Entortei a boca, pensando em algo.
- Vamos passar a noite fora e amanhã eu te levo pra casa. - ela se levantou e arrumou sua roupa. E eu juro que tentei não olhar. Mas os olhos são traiçoeiros. Engoli em seco, ao ver suas coxas, mais desnudas que o normal. Pegou a borda de seu vestido e desceu uns centímetros. Eu só pensava em como queria tirar aquele pedaço de roupa. Apoiei minha cabeça em minhas mãos. Meu coração estava um pouco agitado e outra parte do meu corpo queria se acender. Respirei fundo e me levantei.
- Vamos? - ela assentiu.
Descemos as escadas e ela andava na frente, indo sentido a saída. Ela passou por um cara que ficou olhando-a, fazendo barulhos nojentos com a boca, com uma cara mais nojenta ainda. Quis socá-lo. O encarei tão puto, então ele levantou as mãos, em sinal de rendição. Mas não era só ele que babava por ela, enquanto andávamos para ir embora. Pensei em pedir pra ela me esperar ali enquanto eu ia até Jared avisar que estava indo com ela pra outro lugar. Mas não poderia deixá-la sozinha com esse monte de marmanjo comendo-a com os olhos.
- . - peguei em seu braço levemente e ela me olhou estranho. - Vamos avisar que estamos indo.
Ela pareceu não entender por causa da música alta, então repeti bem próximo ao seu ouvido. Não deixei de sentir seu perfume, observando sua pele desnuda no pescoço. Vi sua postura mudar e ela soltar todo seu ar, quando me afastei. Com os lábios pressionados um no outro, ela assentiu. Será que ela às vezes se sentia estranha em relação a mim, assim como eu tentava ignorar essa coisa estranha que eu sentia por ela?
Ela então começou a andar na frente e logo parou, se virando. Não escutei, mas li seus lábios dizendo “onde que é?”. Peguei em seus ombros e a virei, com uma mão em suas costas, a guiei. Fomos até o fundo da boate e do lado esquerdo, vi Jared sentado num pufe com uma mulher. Sabia que o encontraria ali.
- Aí cara, estamos indo. - gritei para que ele escutasse, ele logo fez um sinal de “beleza”. Olhou para com carinho e eu até entendia. Mas pra quê isso?
Depois de um tempo estávamos dentro do carro, senti que estava sendo observado. Sabia que era ela. Não a olhei e deixei, isso durou um bom tempo até que pela minha visão periférica, a vi apoiar a cabeça no vidro do carro. Então algo incrível para essa época do ano aqui aconteceu, pingos de chuva começaram a cair grossos e em grande quantidade. Logo a chuva ficou intensa. No semáforo, eu via os pingos no vidro, ficarem vermelhos, refletindo a luz que vinha do lado de fora do carro.
Quando entrei no estacionamento, procurei logo um vaga na área coberta, mas incrivelmente, não achei nenhuma.
- Foi mal, , mas vamos ter que nos molhar um pouco. - eu disse e logo estávamos correndo pela chuva. Porém torceu o pé e se apoiou em um carro. Pronto, ficaríamos encharcados. Torci para que não tivesse machucado. Mancando um pouco, chegamos à parte coberta do estacionamento e então logo estávamos dentro do hotel. Ao chegar na recepção, uma loira com um decote enorme nos atendeu.
- Boa noite, queríamos dois quartos. - não parou de me observar nenhum minuto e me senti desconfortável. O que ela estava fazendo? A olhei rapidamente antes de prestar atenção na loira do decote.
- Boa noite, me desculpe senhor, mas temos apenas um quarto disponível no momento, os outros estão todos reservados. - ela disse calmamente e eu olhei para a garota que estava ao meu lado, me olhando.
- Você se importa? - eu perguntei e ela apenas negou com a cabeça, finalmente desviando o olhar, andando não sei para onde. Olhei pra trás e a vi parada no meio do hall, observando o lugar.
- Quarto 305. - ela me entregou, olhando intensamente em meus olhos.
- Você sabe me dizer qual andar? - a ignorei e logo ela respondeu que era no 21º andar.
- Vem, pirralha. - eu falei e ela me olhou com cara de poucos amigos.
Entramos no elevador e ela parecia impaciente. Depois que destranquei a porta do quarto, vi que ela carregava seus saltos na mão.
- Hoje não parece seu dia de sorte. - eu disse rindo. Tirei minha camiseta encharcada e a torci na pia do banheiro.
- Não mesmo. - ela disse e logo estava com uma toalha em mãos. - Eu vou tomar banho.
- Eu ia primeiro. - eu disse vendo-a entrar no banheiro enquanto eu estendia minha camisa em um lugar qualquer ali. O banheiro era enorme, de um lado havia uma banheira e do outro uma ducha.
- Você mesmo disse que hoje não é meu dia de sorte, você podia me ajudar com pelo menos isso. - ela fez cara de criança e eu a olhei contrariado.
- Não se acostuma não. - falei e fechei a porta ao sair.
No quarto, olhei a chuva pela janela. Não cessava. Minha calça estava gelada e encharcada, me fazendo sentir frio. Tirei os tênis os jogando no canto e logo tirei minha calça, estendendo ela numa cadeira que tinha ali. Iria molhar o chão, mas não me importava. Apenas de cueca, me enrolei numa toalha e me joguei na cama. Liguei a TV e o melhor canal que achei, era um filme que passava. Parecia ser bom.
Depois de um longo tempo, escutei a porta do banheiro se abrindo. De lá saiu uma criatura de cabelos molhados, vestindo um roupão. A vi mancar pelo quarto enquanto sentava na cama ao meu lado.
Um cheiro de banho me rodeou e como aquilo era bom.
- Pensei que tinha derretido lá dentro. - eu disse e ela apenas deu de ombros. Quando se virou para me falar alguma coisa, seus olhos desceram até a toalha em minha cintura.
- O banheiro está desocupado. - ela disse simplesmente e ficou mexendo em algo, olhando para baixo.
Me levantei e a vi massageando o pé. Dei de ombros, depois eu veria se tinha alguma coisa de errado. Entrei no banheiro que estava cheio de vapor, os vidros embaçados. Até que a temperatura ali, naquele momento, era boa.
~*~
Ele estava de toalha. Apenas isso. Sei que nossas roupas estavam molhadas, mas ele poderia sei lá, se tampar. Apenas aquele pedacinho de pano cobrindo sua cintura.
Olhei para a TV e tinha um casal transando. Não acredito que ele estava assistindo filme pornô. Desliguei a TV e voltei a encarar meu pé que estava um pouco inchado. Tudo que eu precisava além de tudo, era um pé torcido.
- ! - gritou e gritei de volta “o quê?”. - Onde você arrumou um roupão?
- Na portinha debaixo da pia. - gritei e logo se fez silêncio. Quando ele saiu do banheiro, vestido idêntico a mim, entrei no banheiro para escovar os dentes. Ao enxaguar a boca, vi um pano preto dentro da pia. Ah não, isso era demais.
- Seu porco! - entrei no quarto e ele tinha ligado a TV novamente. - Tira aquela cueca da pia agora.
- Falou a porquinha que estendeu a calcinha no box do banheiro.
Ele me olhou divertido e relaxou na cama, com os braços atrás da cabeça. Revirei os olhos e ao deitar, vi outra cena de sexo.
- Você é um pervertido. - eu falei e ele riu alto.
- Ah, me deixa, deita e dorme. - ele disse por fim e eu vi que o controle estava em cima de seu peito. Peguei o controle e desliguei e TV.
- Agora sim. - sorri amarelo e ele pareceu emburrar.
- Devolve o controle. - ele reclamou e estendeu a mão para mim.
- Escuta, tem mais uma coisa. - ele já me olhava entediado. - Vamos dormir aqui na mesma cama, mas você esquece que eu existo.
- Tá bom. - ele falou revirando os olhos. - Me entrega o controle, vou mudar de canal.
Meu celular tocou e vi o nome de Callum na tela. Olhei para , desesperada. Eu não atenderia. Ele não estava entendendo até que tomou o celular da minha mão, encarando o visor.
- Fala, Callum. - ele disse sério e meu coração acelerou. - Eu estou com ela, ela não quer te ver hoje. - voltei a massagear meu pé, tentando me distrair. - Eu vou cuidar del… - parece que ele foi interrompido e se calou. - É claro que não vou fazer nada com ela. - me encarou de cima a baixo sério. - Ela é como se fosse um homem pra mim, cara. - ele disse e eu o olhei de boca aberta. Ele riu silencioso.
Peguei alguns travesseiros que estavam no guarda roupa e fiz um montinho, colocando meu pé para cima. - Tá bom, amanhã estaremos aí.
- Ele está mais normal? - perguntei quando colocou o celular na cama e ele me respondeu com o olhar. Sabia que não.
- E esse pé? - ele perguntou, pegando e massageando. Eu gritei de dor.
- Não mexa nele. - puxei minha perna, levantando ela em minha direção. travou o maxilar me lançando um olhar duro. O cenho estava franzido. Olhava em meus olhos. Rapidamente ele abaixou minha perna e puxou a barrinha do roupão, que havia subido e eu não tinha percebido. Se virou de costas e dava para escutar sua respiração. Será que deixei mostrar o que não devia? Fechei meus olhos, sentindo a vergonha me dominar.
- Boa noite, . - eu disse baixo, me embrulhando e me virando para o lado oposto ao que ele estava.
- Boa noite. - sua voz saiu grossa. Como naquela noite em que minha correntinha se arrebentou. Depois de alguns minutos, vi a luz sendo apagada e no breu do quarto, senti agitado. Respiração acelerada. E depois de muito tempo, ainda escutando o seu respirar, eu dormi.
Fui até eles e me sentei ao lado. levantou seu olhar, os olhos começavam a ficar inchados.
- Falei pro Jamie levar ele pra casa. - me escorei no sofá, olhando para minhas coxas.
- Foi bom ter feito isso. - Jared disse e então me olhou como se dissesse “pega ela aqui”. E então a empurrou com todo cuidado em minha direção e eu todo desengonçado, não sabia o que fazer. Meus braços pareciam ter se desmembrado de mim e eu não tinha controle sobre eles.
- Eu vou ver dar uma sondada lá embaixo, pra ver se está tudo em ordem. - ele disse e eu assenti, vendo-o sumir pelas escadas.
Me senti envergonhado ao colocar um braço atrás de suas costas. E me senti o maior idiota do mundo ao colocar a outra mão em seus cabelos, fazendo um cafuné. Como consolar alguém?
Ela fungou e juro ter sentido seu coração batendo forte. Mas talvez era só o impulso de seu corpo pelos seus soluços. Abaixei levemente meu rosto e sua direção, sentindo seu perfume e o cheiro de seus cabelos. Admito que era muito bom.
Depois de um tempo, ela se mexeu e se afastou, passando a mão no rosto. Seus olhos tinham um pequeno borrão na parte de baixo. Seu olhar sério me deu a entender que estava cansada.
- Quer ir embora? - perguntei, mesmo imaginando que ela não queria ver o irmão tão cedo.
- Não. - sua voz saiu rouca e baixa, parecendo um miado de gato. Eu riria disso se fosse outra situação. - Eu não quero voltar para casa de vocês.
- Uma hora ou outra, temos que ir. - eu disse.
- Você pode ir. - ela se inclinou para frente, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. - Eu não vou.
Com os braços apoiados nos cotovelos, me encarou. Entortei a boca, pensando em algo.
- Vamos passar a noite fora e amanhã eu te levo pra casa. - ela se levantou e arrumou sua roupa. E eu juro que tentei não olhar. Mas os olhos são traiçoeiros. Engoli em seco, ao ver suas coxas, mais desnudas que o normal. Pegou a borda de seu vestido e desceu uns centímetros. Eu só pensava em como queria tirar aquele pedaço de roupa. Apoiei minha cabeça em minhas mãos. Meu coração estava um pouco agitado e outra parte do meu corpo queria se acender. Respirei fundo e me levantei.
- Vamos? - ela assentiu.
Descemos as escadas e ela andava na frente, indo sentido a saída. Ela passou por um cara que ficou olhando-a, fazendo barulhos nojentos com a boca, com uma cara mais nojenta ainda. Quis socá-lo. O encarei tão puto, então ele levantou as mãos, em sinal de rendição. Mas não era só ele que babava por ela, enquanto andávamos para ir embora. Pensei em pedir pra ela me esperar ali enquanto eu ia até Jared avisar que estava indo com ela pra outro lugar. Mas não poderia deixá-la sozinha com esse monte de marmanjo comendo-a com os olhos.
- . - peguei em seu braço levemente e ela me olhou estranho. - Vamos avisar que estamos indo.
Ela pareceu não entender por causa da música alta, então repeti bem próximo ao seu ouvido. Não deixei de sentir seu perfume, observando sua pele desnuda no pescoço. Vi sua postura mudar e ela soltar todo seu ar, quando me afastei. Com os lábios pressionados um no outro, ela assentiu. Será que ela às vezes se sentia estranha em relação a mim, assim como eu tentava ignorar essa coisa estranha que eu sentia por ela?
Ela então começou a andar na frente e logo parou, se virando. Não escutei, mas li seus lábios dizendo “onde que é?”. Peguei em seus ombros e a virei, com uma mão em suas costas, a guiei. Fomos até o fundo da boate e do lado esquerdo, vi Jared sentado num pufe com uma mulher. Sabia que o encontraria ali.
- Aí cara, estamos indo. - gritei para que ele escutasse, ele logo fez um sinal de “beleza”. Olhou para com carinho e eu até entendia. Mas pra quê isso?
Depois de um tempo estávamos dentro do carro, senti que estava sendo observado. Sabia que era ela. Não a olhei e deixei, isso durou um bom tempo até que pela minha visão periférica, a vi apoiar a cabeça no vidro do carro. Então algo incrível para essa época do ano aqui aconteceu, pingos de chuva começaram a cair grossos e em grande quantidade. Logo a chuva ficou intensa. No semáforo, eu via os pingos no vidro, ficarem vermelhos, refletindo a luz que vinha do lado de fora do carro.
Quando entrei no estacionamento, procurei logo um vaga na área coberta, mas incrivelmente, não achei nenhuma.
- Foi mal, , mas vamos ter que nos molhar um pouco. - eu disse e logo estávamos correndo pela chuva. Porém torceu o pé e se apoiou em um carro. Pronto, ficaríamos encharcados. Torci para que não tivesse machucado. Mancando um pouco, chegamos à parte coberta do estacionamento e então logo estávamos dentro do hotel. Ao chegar na recepção, uma loira com um decote enorme nos atendeu.
- Boa noite, queríamos dois quartos. - não parou de me observar nenhum minuto e me senti desconfortável. O que ela estava fazendo? A olhei rapidamente antes de prestar atenção na loira do decote.
- Boa noite, me desculpe senhor, mas temos apenas um quarto disponível no momento, os outros estão todos reservados. - ela disse calmamente e eu olhei para a garota que estava ao meu lado, me olhando.
- Você se importa? - eu perguntei e ela apenas negou com a cabeça, finalmente desviando o olhar, andando não sei para onde. Olhei pra trás e a vi parada no meio do hall, observando o lugar.
- Quarto 305. - ela me entregou, olhando intensamente em meus olhos.
- Você sabe me dizer qual andar? - a ignorei e logo ela respondeu que era no 21º andar.
- Vem, pirralha. - eu falei e ela me olhou com cara de poucos amigos.
Entramos no elevador e ela parecia impaciente. Depois que destranquei a porta do quarto, vi que ela carregava seus saltos na mão.
- Hoje não parece seu dia de sorte. - eu disse rindo. Tirei minha camiseta encharcada e a torci na pia do banheiro.
- Não mesmo. - ela disse e logo estava com uma toalha em mãos. - Eu vou tomar banho.
- Eu ia primeiro. - eu disse vendo-a entrar no banheiro enquanto eu estendia minha camisa em um lugar qualquer ali. O banheiro era enorme, de um lado havia uma banheira e do outro uma ducha.
- Você mesmo disse que hoje não é meu dia de sorte, você podia me ajudar com pelo menos isso. - ela fez cara de criança e eu a olhei contrariado.
- Não se acostuma não. - falei e fechei a porta ao sair.
No quarto, olhei a chuva pela janela. Não cessava. Minha calça estava gelada e encharcada, me fazendo sentir frio. Tirei os tênis os jogando no canto e logo tirei minha calça, estendendo ela numa cadeira que tinha ali. Iria molhar o chão, mas não me importava. Apenas de cueca, me enrolei numa toalha e me joguei na cama. Liguei a TV e o melhor canal que achei, era um filme que passava. Parecia ser bom.
Depois de um longo tempo, escutei a porta do banheiro se abrindo. De lá saiu uma criatura de cabelos molhados, vestindo um roupão. A vi mancar pelo quarto enquanto sentava na cama ao meu lado.
Um cheiro de banho me rodeou e como aquilo era bom.
- Pensei que tinha derretido lá dentro. - eu disse e ela apenas deu de ombros. Quando se virou para me falar alguma coisa, seus olhos desceram até a toalha em minha cintura.
- O banheiro está desocupado. - ela disse simplesmente e ficou mexendo em algo, olhando para baixo.
Me levantei e a vi massageando o pé. Dei de ombros, depois eu veria se tinha alguma coisa de errado. Entrei no banheiro que estava cheio de vapor, os vidros embaçados. Até que a temperatura ali, naquele momento, era boa.
Ele estava de toalha. Apenas isso. Sei que nossas roupas estavam molhadas, mas ele poderia sei lá, se tampar. Apenas aquele pedacinho de pano cobrindo sua cintura.
Olhei para a TV e tinha um casal transando. Não acredito que ele estava assistindo filme pornô. Desliguei a TV e voltei a encarar meu pé que estava um pouco inchado. Tudo que eu precisava além de tudo, era um pé torcido.
- ! - gritou e gritei de volta “o quê?”. - Onde você arrumou um roupão?
- Na portinha debaixo da pia. - gritei e logo se fez silêncio. Quando ele saiu do banheiro, vestido idêntico a mim, entrei no banheiro para escovar os dentes. Ao enxaguar a boca, vi um pano preto dentro da pia. Ah não, isso era demais.
- Seu porco! - entrei no quarto e ele tinha ligado a TV novamente. - Tira aquela cueca da pia agora.
- Falou a porquinha que estendeu a calcinha no box do banheiro.
Ele me olhou divertido e relaxou na cama, com os braços atrás da cabeça. Revirei os olhos e ao deitar, vi outra cena de sexo.
- Você é um pervertido. - eu falei e ele riu alto.
- Ah, me deixa, deita e dorme. - ele disse por fim e eu vi que o controle estava em cima de seu peito. Peguei o controle e desliguei e TV.
- Agora sim. - sorri amarelo e ele pareceu emburrar.
- Devolve o controle. - ele reclamou e estendeu a mão para mim.
- Escuta, tem mais uma coisa. - ele já me olhava entediado. - Vamos dormir aqui na mesma cama, mas você esquece que eu existo.
- Tá bom. - ele falou revirando os olhos. - Me entrega o controle, vou mudar de canal.
Meu celular tocou e vi o nome de Callum na tela. Olhei para , desesperada. Eu não atenderia. Ele não estava entendendo até que tomou o celular da minha mão, encarando o visor.
- Fala, Callum. - ele disse sério e meu coração acelerou. - Eu estou com ela, ela não quer te ver hoje. - voltei a massagear meu pé, tentando me distrair. - Eu vou cuidar del… - parece que ele foi interrompido e se calou. - É claro que não vou fazer nada com ela. - me encarou de cima a baixo sério. - Ela é como se fosse um homem pra mim, cara. - ele disse e eu o olhei de boca aberta. Ele riu silencioso.
Peguei alguns travesseiros que estavam no guarda roupa e fiz um montinho, colocando meu pé para cima. - Tá bom, amanhã estaremos aí.
- Ele está mais normal? - perguntei quando colocou o celular na cama e ele me respondeu com o olhar. Sabia que não.
- E esse pé? - ele perguntou, pegando e massageando. Eu gritei de dor.
- Não mexa nele. - puxei minha perna, levantando ela em minha direção. travou o maxilar me lançando um olhar duro. O cenho estava franzido. Olhava em meus olhos. Rapidamente ele abaixou minha perna e puxou a barrinha do roupão, que havia subido e eu não tinha percebido. Se virou de costas e dava para escutar sua respiração. Será que deixei mostrar o que não devia? Fechei meus olhos, sentindo a vergonha me dominar.
- Boa noite, . - eu disse baixo, me embrulhando e me virando para o lado oposto ao que ele estava.
- Boa noite. - sua voz saiu grossa. Como naquela noite em que minha correntinha se arrebentou. Depois de alguns minutos, vi a luz sendo apagada e no breu do quarto, senti agitado. Respiração acelerada. E depois de muito tempo, ainda escutando o seu respirar, eu dormi.
QUATRO
Vi Callum descer com uma mala, que parecia leve, pois ele a carregava tranquilamente enquanto conversava no celular. Tive um deja vu, por exatos 5 minutos atrás, Jared fazer a mesma coisa. Eles iriam viajar para resolver questão de investidores. Parece que não era fácil conseguir um bom investidor hoje em dia.
- Eu vou, mas espero voltar rápido, tá? - ele veio até a mim e me deu um beijo na testa. Enxuguei, revirando os olhos. Ele riu.
- Tá bom, pelo menos terei um descanso de todos vocês.
- Juízo. - Callum gritou da porta, de uma maneira séria. Logo estava só eu, com o apartamento todo para mim.
havia viajado fazia três dias, estavam pensando em abrir uma filial. Logo ficaria sozinha não sei por quantos dias.
Lembrei de quando dormimos no hotel e como não posso negar que ele se preocupou comigo, me ajudando. No dia seguinte quando chegamos aqui, Callum estava calmo e seus olhos demonstravam arrependimento. a todo momento ficou do meu lado, caso meu irmão surtasse novamente. Jared nem se fala, aquele cara era meu segundo irmão. Porém eu não via como um irmão… Não mesmo! Alguma coisa nele me provocava. Fazia uma pequena chama se acender aqui dentro. Ao mesmo tempo que eu queria tirar aquele cara do sério.
Mas nos dois dias seguintes daquela noite, não conversamos direito. Ele passava o dia inteiro na rua e a noite ia para a boate, voltando bem tarde. Eu também não fui para a boate. E então ele viajou.
Olhei a geladeira e vi que teria que fazer compras novamente. Não era algo que eu gostava, até porque a preguiça não permitia. Deitei no sofá e fiquei olhando o teto. Senti saudade de minha mãe. Apesar de ter saído de lá por estarmos brigando muito. Não que eu fosse inocente. Eu realmente errei. Mas ela era minha mãe.
Escutei alguns barulhos de foguetes e acordei assustada no sofá da sala. Olhei ao redor e estava tudo um pouco escuro. Era quase noite e eu não tinha saído para ir ao supermercado. Fui até a janela e olhei o movimento lá embaixo. Era um setor movimentado da cidade e eu gostava disso. De movimento. Só não gostava de estar no meio da multidão.
O telefone tocou e eu nem sabia que tinha telefone naquela casa. O encontrei ao lado de uma mesa com umas pastas. Logo atendi e fiquei calada, esperando alguém do outro lado falar. Eu tinha essa mania.
- Alô? - uma voz feminina falou. A voz era pegajosa.
- Pois não? - disse impaciente.
- É da casa do ? - ela pareceu estar confusa e eu sorri.
- É sim. - sorri para mim mesma. Eu não tinha mudado da Califórnia pra cá, pra ser uma pessoa melhor? - Ele está no banho, mas espere que eu vou chamá-lo.
Esperei um pouco e retornei a falar.
- Ele disse que depois retorna.
- Tudo bem, querida. - disse e a falsidade estava perceptível na sua voz.
Desliguei o telefone na sua cara.
Fui para o banho, pretendia deitar cedo. Não tinha nada pra fazer. Callum me disse para ir na Maddox somente amanhã. Não sei como ele me deixou ir lá sozinha. Eu poderia ir hoje, mas estava cansada e já previa a bronca dele, quando alguém o contasse que eu havia ido lá.
Fazia 1 hora que eu havia desembarcado e após passar na Maddox, ver se tudo estava certo por lá, fui pra casa. Callum havia me dito para cuidar de nesse tempo que ele não tivesse lá. Eu cuidaria. Pediu para ela ficar no meu campo de visão o tempo inteiro quando ela fosse para a boate. Eu ficaria.
Entrei no elevador, estava cansado demais. Meu corpo gritava por descanso. Iria dormir o dia inteiro.
Destranquei a porta e coloquei minha mala ali perto. Olhei em volta e vi peças de roupa de no chão. Santa organização.
Fui até a cozinha beber água e água era a única coisa que tinha ali. Andei até uma mesa que havia uns papéis, perto do telefone e olhei pela janela os carros lá fora.
De repente escutei uns passos quase silenciosos. Me virei e não acreditei no que estava vendo. andava apenas de calcinha, bagunçando os cabelos molhados. Fiquei vidrado em seus seios, a cintura, a curva das costas que descia até sua bunda que ficava em perfeito contraste com a calcinha salmão. Senti uma pontada no pé da barriga, meu amiguinho ali em baixo começou a dar sinais de que estava ali firme e forte.
- Belos peitos! - falei alto e vi uma desesperada, que correu até a cozinha e agarrou o primeiro pano que achou. Um pano de prato. - Acho que é uma tentativa muito falha.
- , seu infeliz, vira pra lá. - ele gritou e eu não obedeci, é claro. Eu ria, mas por dentro, eu estava em chamas. - Seu babaca.
Ela saiu correndo, tampando apenas os seios com o tecido que havia pegado. Eu ria alto até que ela sumiu de vista. Minha risada foi perdendo a graça, até que me vi sério e pensativo. Aquele corpo.
Subi as escadas, tranquilamente e ao passar pela porta de que estava aberta, vi um sapato de salto voar em minha direção. Senti logo seus tapas pelos meus braços, cabeça, peitoral.
- Ei, ei, ei. - falei segurando-a pelos braços. Ela estava com os olhos vermelhos de raiva. - Eu não tive culpa.
- Teve sim, chegou de mansinho, nem avisou. - ela disse e eu tive que rir.
- Eu não entrei no seu quarto e vi você nua. - eu falei e molhei meus lábios, lembrando-me de seu corpo. - Você que estava andando assim pela casa.
- Mas eu pensei que tivesse sozinha.
- , você está parecendo uma criança fazendo birra. -soltei seus braços e segui para meu quarto escutando a porta do quarto dela ser fechada com força.
Fui para o banheiro e tentava não pensar em . Não pensar no quanto ela era gostosa. No quanto queria aquilo tudo pra mim. Não pensar. Não pense, .
Coloquei o chuveiro para água fria e por meu corpo estar muito quente, aquilo foi um choque térmico tremendo. Ao sair no banheiro, joguei a toalha em cima da cama, me deitando nu. Não demorou muito para meus olhos ficarem pesados.
~*~
Eram 19:00hs e eu estava começando a ficar preocupada com . Ele não tinha saído do quarto o dia inteiro e como se fosse coisa de mãe, temi que o garoto tivesse morto lá. Subi as escadas calmamente. Abri a porta de seu quarto, sentindo aquele perfume que já era conhecido por mim. Confesso que senti falta daquilo por toda aquela semana. Nós tínhamos nos aproximado, então, ele ficou estranho e se afastou.
Como já era noite, o quarto estava escuro. Resolvi não ligar a luz. Andando as cegas, tropecei em alguma coisa e caindo com as mãos na cama. Bom, uma na cama e outra no que imaginei ser sua perna. Subi na cama, engatinhando e parando ao seu lado. Dei batidinhas em seu peito e percebi que era rígido. Apertei só para confirmar, aproveitando que ele estava dormindo. Então soltou um gemido e eu me assustei, afastando rápido. Ele resmungou alguma coisa desconexa.
Senti perto de meus pés um pano úmido e logo imaginei ser uma toalha. era tão desorganizado. Mas eu também era. Ele se mexeu e eu engatinhei até a cabeceira da cama, já que ele estava mais para o meio dela e ele pareceu se levantar um pouco e logo jogar o corpo para trás. O escutei soltar um barulho de insatisfação.
- Droga. - falou com a voz baixa, rouca. Suspirou e agora que eu havia acostumado com a escuridão, percebi que estava pouco vestido. Arregalei os olhos quando percebi que ele estava nada vestido. Levou suas mãos até seu membro e a sua respiração começou a ficar acelerada. Eu estava desconfortável e me senti culpada por estar ali. gemeu e eu senti minha calcinha ficar molhada. E eu tive vontade de me tocar.
Me encolhi mais ainda, tentando não movimentar a cama. Ele gemeu mais uma vez, seus suspiros eram fortes e com maior frequência agora. E como eu queria agora que ele me tocasse. Levei minhas mãos até minha parte íntima e me surpreendi ao ver o quanto eu estava molhada. Meus dedos deslizaram com facilidade por ali e eu mordi meus lábios, tentando não gemer. Mas foi inevitável.
- ? - ele disse, ficando sentado.
Minha respiração ficou falha por tanta vergonha que eu sentia. Mas eu sentia desejo também.
Fui até ele e peguei em seu rosto, grudando nossos lábios. O senti soltar seu ar pelo nariz e sentir a sua pele tão quente, contra a minha, me fez empurra-lo, deitando-o. Subi por cima, apertando seus braços, que eram fortes, firmes. Ao me sentar direito, senti seu membro ereto contra meu short.
- … - eu disse ao tirar minha blusa. O beijei novamente e sua língua invadia a minha, explorando todos os lugares que conseguia. E a minha brigava para encontrar a sua. Mordi seu lábio inferior, o puxando pra mim. Ele se virou, fazendo com que eu deitasse e ele ficasse por cima agora.
- … - ele disse, agora olhando pra mim. - Eu…
Ele parou de falar no momento em que peguei seu membro, fazendo um movimento de vai e vem. tirou meu short e eu fiquei apenas de calcinha. O puxei para mais um beijo, soltando seu membro e logo senti ele ser pressionado no tecido molhado que cobria minha intimidade. Gemi, afastando nossos lábios e ele se esfregou contra mim, fazendo uma pressão. Mordi seu ombro, cravei minhas unhas em suas costas e o escutei gemer em meu ouvido.
tirou minha calcinha e passou sua mão por ali, não segurei meu gemido que saiu alto. Como eu queria aquele homem.
- … Me fode… - gemi quando seu dedo me estimulou com mais intensidade. - Acaba comigo.
O escutei gemer novamente e então ele se sentou sobre suas pernas, olhando para minha intimidade, enquanto ele passava seu membro ereto por ali. Ele se esfregava em mim e eu agarrei os lençóis, puxando-os para mim. parou o que fazia e eu o encarei, a ponto de pular sem pescoço.
- … - ele disse se levantando. - Eu não posso… - olhou todo meu corpo, então apoiou um de seus braços na parede, enquanto com a outra mão, começava a se masturbar. Ele abaixou a cabeça, mordendo seu braço que estava apoiado na parede.
- Por que não? - eu disse, com espasmos em meu baixo ventre, olhando o que ele fazia. - Eu te quero dentro de mim e você quer o mesmo. - eu disse levando minhas mãos em direção a minha intimidade. - Isso é pecado, .
Ele veio em minha direção e se deitou ao meu lado. Ele ainda se masturbava e eu fazia o mesmo em mim.
Depois de um tempo, meus dedos se moviam tão rápidos que eu arqueei minhas costas, soltando um barulho de satisfação. Sentindo meus dedos ficarem mais encharcados. então soltou um som como um rugido e vi quando ele gozou.
Sua respiração estava falha e ele estava de olhos fechados. Subi em seu colo e lhe dei outro beijo. Me sentei em cima de seu pau gozado, não me importava. Ele tentou afastar minha cintura, mas eu já tinha encostado nossas intimidades.
- Isso não se faz. - afastei nossos lábios e com as pernas bambas ainda, sai de seu quarto.
- Eu vou, mas espero voltar rápido, tá? - ele veio até a mim e me deu um beijo na testa. Enxuguei, revirando os olhos. Ele riu.
- Tá bom, pelo menos terei um descanso de todos vocês.
- Juízo. - Callum gritou da porta, de uma maneira séria. Logo estava só eu, com o apartamento todo para mim.
havia viajado fazia três dias, estavam pensando em abrir uma filial. Logo ficaria sozinha não sei por quantos dias.
Lembrei de quando dormimos no hotel e como não posso negar que ele se preocupou comigo, me ajudando. No dia seguinte quando chegamos aqui, Callum estava calmo e seus olhos demonstravam arrependimento. a todo momento ficou do meu lado, caso meu irmão surtasse novamente. Jared nem se fala, aquele cara era meu segundo irmão. Porém eu não via como um irmão… Não mesmo! Alguma coisa nele me provocava. Fazia uma pequena chama se acender aqui dentro. Ao mesmo tempo que eu queria tirar aquele cara do sério.
Mas nos dois dias seguintes daquela noite, não conversamos direito. Ele passava o dia inteiro na rua e a noite ia para a boate, voltando bem tarde. Eu também não fui para a boate. E então ele viajou.
Olhei a geladeira e vi que teria que fazer compras novamente. Não era algo que eu gostava, até porque a preguiça não permitia. Deitei no sofá e fiquei olhando o teto. Senti saudade de minha mãe. Apesar de ter saído de lá por estarmos brigando muito. Não que eu fosse inocente. Eu realmente errei. Mas ela era minha mãe.
Escutei alguns barulhos de foguetes e acordei assustada no sofá da sala. Olhei ao redor e estava tudo um pouco escuro. Era quase noite e eu não tinha saído para ir ao supermercado. Fui até a janela e olhei o movimento lá embaixo. Era um setor movimentado da cidade e eu gostava disso. De movimento. Só não gostava de estar no meio da multidão.
O telefone tocou e eu nem sabia que tinha telefone naquela casa. O encontrei ao lado de uma mesa com umas pastas. Logo atendi e fiquei calada, esperando alguém do outro lado falar. Eu tinha essa mania.
- Alô? - uma voz feminina falou. A voz era pegajosa.
- Pois não? - disse impaciente.
- É da casa do ? - ela pareceu estar confusa e eu sorri.
- É sim. - sorri para mim mesma. Eu não tinha mudado da Califórnia pra cá, pra ser uma pessoa melhor? - Ele está no banho, mas espere que eu vou chamá-lo.
Esperei um pouco e retornei a falar.
- Ele disse que depois retorna.
- Tudo bem, querida. - disse e a falsidade estava perceptível na sua voz.
Desliguei o telefone na sua cara.
Fui para o banho, pretendia deitar cedo. Não tinha nada pra fazer. Callum me disse para ir na Maddox somente amanhã. Não sei como ele me deixou ir lá sozinha. Eu poderia ir hoje, mas estava cansada e já previa a bronca dele, quando alguém o contasse que eu havia ido lá.
Fazia 1 hora que eu havia desembarcado e após passar na Maddox, ver se tudo estava certo por lá, fui pra casa. Callum havia me dito para cuidar de nesse tempo que ele não tivesse lá. Eu cuidaria. Pediu para ela ficar no meu campo de visão o tempo inteiro quando ela fosse para a boate. Eu ficaria.
Entrei no elevador, estava cansado demais. Meu corpo gritava por descanso. Iria dormir o dia inteiro.
Destranquei a porta e coloquei minha mala ali perto. Olhei em volta e vi peças de roupa de no chão. Santa organização.
Fui até a cozinha beber água e água era a única coisa que tinha ali. Andei até uma mesa que havia uns papéis, perto do telefone e olhei pela janela os carros lá fora.
De repente escutei uns passos quase silenciosos. Me virei e não acreditei no que estava vendo. andava apenas de calcinha, bagunçando os cabelos molhados. Fiquei vidrado em seus seios, a cintura, a curva das costas que descia até sua bunda que ficava em perfeito contraste com a calcinha salmão. Senti uma pontada no pé da barriga, meu amiguinho ali em baixo começou a dar sinais de que estava ali firme e forte.
- Belos peitos! - falei alto e vi uma desesperada, que correu até a cozinha e agarrou o primeiro pano que achou. Um pano de prato. - Acho que é uma tentativa muito falha.
- , seu infeliz, vira pra lá. - ele gritou e eu não obedeci, é claro. Eu ria, mas por dentro, eu estava em chamas. - Seu babaca.
Ela saiu correndo, tampando apenas os seios com o tecido que havia pegado. Eu ria alto até que ela sumiu de vista. Minha risada foi perdendo a graça, até que me vi sério e pensativo. Aquele corpo.
Subi as escadas, tranquilamente e ao passar pela porta de que estava aberta, vi um sapato de salto voar em minha direção. Senti logo seus tapas pelos meus braços, cabeça, peitoral.
- Ei, ei, ei. - falei segurando-a pelos braços. Ela estava com os olhos vermelhos de raiva. - Eu não tive culpa.
- Teve sim, chegou de mansinho, nem avisou. - ela disse e eu tive que rir.
- Eu não entrei no seu quarto e vi você nua. - eu falei e molhei meus lábios, lembrando-me de seu corpo. - Você que estava andando assim pela casa.
- Mas eu pensei que tivesse sozinha.
- , você está parecendo uma criança fazendo birra. -soltei seus braços e segui para meu quarto escutando a porta do quarto dela ser fechada com força.
Fui para o banheiro e tentava não pensar em . Não pensar no quanto ela era gostosa. No quanto queria aquilo tudo pra mim. Não pensar. Não pense, .
Coloquei o chuveiro para água fria e por meu corpo estar muito quente, aquilo foi um choque térmico tremendo. Ao sair no banheiro, joguei a toalha em cima da cama, me deitando nu. Não demorou muito para meus olhos ficarem pesados.
Eram 19:00hs e eu estava começando a ficar preocupada com . Ele não tinha saído do quarto o dia inteiro e como se fosse coisa de mãe, temi que o garoto tivesse morto lá. Subi as escadas calmamente. Abri a porta de seu quarto, sentindo aquele perfume que já era conhecido por mim. Confesso que senti falta daquilo por toda aquela semana. Nós tínhamos nos aproximado, então, ele ficou estranho e se afastou.
Como já era noite, o quarto estava escuro. Resolvi não ligar a luz. Andando as cegas, tropecei em alguma coisa e caindo com as mãos na cama. Bom, uma na cama e outra no que imaginei ser sua perna. Subi na cama, engatinhando e parando ao seu lado. Dei batidinhas em seu peito e percebi que era rígido. Apertei só para confirmar, aproveitando que ele estava dormindo. Então soltou um gemido e eu me assustei, afastando rápido. Ele resmungou alguma coisa desconexa.
Senti perto de meus pés um pano úmido e logo imaginei ser uma toalha. era tão desorganizado. Mas eu também era. Ele se mexeu e eu engatinhei até a cabeceira da cama, já que ele estava mais para o meio dela e ele pareceu se levantar um pouco e logo jogar o corpo para trás. O escutei soltar um barulho de insatisfação.
- Droga. - falou com a voz baixa, rouca. Suspirou e agora que eu havia acostumado com a escuridão, percebi que estava pouco vestido. Arregalei os olhos quando percebi que ele estava nada vestido. Levou suas mãos até seu membro e a sua respiração começou a ficar acelerada. Eu estava desconfortável e me senti culpada por estar ali. gemeu e eu senti minha calcinha ficar molhada. E eu tive vontade de me tocar.
Me encolhi mais ainda, tentando não movimentar a cama. Ele gemeu mais uma vez, seus suspiros eram fortes e com maior frequência agora. E como eu queria agora que ele me tocasse. Levei minhas mãos até minha parte íntima e me surpreendi ao ver o quanto eu estava molhada. Meus dedos deslizaram com facilidade por ali e eu mordi meus lábios, tentando não gemer. Mas foi inevitável.
- ? - ele disse, ficando sentado.
Minha respiração ficou falha por tanta vergonha que eu sentia. Mas eu sentia desejo também.
Fui até ele e peguei em seu rosto, grudando nossos lábios. O senti soltar seu ar pelo nariz e sentir a sua pele tão quente, contra a minha, me fez empurra-lo, deitando-o. Subi por cima, apertando seus braços, que eram fortes, firmes. Ao me sentar direito, senti seu membro ereto contra meu short.
- … - eu disse ao tirar minha blusa. O beijei novamente e sua língua invadia a minha, explorando todos os lugares que conseguia. E a minha brigava para encontrar a sua. Mordi seu lábio inferior, o puxando pra mim. Ele se virou, fazendo com que eu deitasse e ele ficasse por cima agora.
- … - ele disse, agora olhando pra mim. - Eu…
Ele parou de falar no momento em que peguei seu membro, fazendo um movimento de vai e vem. tirou meu short e eu fiquei apenas de calcinha. O puxei para mais um beijo, soltando seu membro e logo senti ele ser pressionado no tecido molhado que cobria minha intimidade. Gemi, afastando nossos lábios e ele se esfregou contra mim, fazendo uma pressão. Mordi seu ombro, cravei minhas unhas em suas costas e o escutei gemer em meu ouvido.
tirou minha calcinha e passou sua mão por ali, não segurei meu gemido que saiu alto. Como eu queria aquele homem.
- … Me fode… - gemi quando seu dedo me estimulou com mais intensidade. - Acaba comigo.
O escutei gemer novamente e então ele se sentou sobre suas pernas, olhando para minha intimidade, enquanto ele passava seu membro ereto por ali. Ele se esfregava em mim e eu agarrei os lençóis, puxando-os para mim. parou o que fazia e eu o encarei, a ponto de pular sem pescoço.
- … - ele disse se levantando. - Eu não posso… - olhou todo meu corpo, então apoiou um de seus braços na parede, enquanto com a outra mão, começava a se masturbar. Ele abaixou a cabeça, mordendo seu braço que estava apoiado na parede.
- Por que não? - eu disse, com espasmos em meu baixo ventre, olhando o que ele fazia. - Eu te quero dentro de mim e você quer o mesmo. - eu disse levando minhas mãos em direção a minha intimidade. - Isso é pecado, .
Ele veio em minha direção e se deitou ao meu lado. Ele ainda se masturbava e eu fazia o mesmo em mim.
Depois de um tempo, meus dedos se moviam tão rápidos que eu arqueei minhas costas, soltando um barulho de satisfação. Sentindo meus dedos ficarem mais encharcados. então soltou um som como um rugido e vi quando ele gozou.
Sua respiração estava falha e ele estava de olhos fechados. Subi em seu colo e lhe dei outro beijo. Me sentei em cima de seu pau gozado, não me importava. Ele tentou afastar minha cintura, mas eu já tinha encostado nossas intimidades.
- Isso não se faz. - afastei nossos lábios e com as pernas bambas ainda, sai de seu quarto.
CINCO
Desci as escadas e senti cheiro de café. Respirei fundo aquele cheiro tão bom. A casa estava incrivelmente arrumada. O cheiro de limpeza era algo que eu conseguia sentir também. Senti cheiro de torradas e segui até a cozinha. Chegando ali, estava muito bem arrumado em frente o fogão.
- Bom dia. - eu falei e me sentei num banco qualquer ali.
- Como vai? - ele disse formalmente e eu estranhei.
- Muito bem. - disse incerta.
- Quer torradas? - ele disse colocando um prato cheio delas na minha frente.
- Sim. - mordi em uma e estava boa.
- Café? - perguntou e eu assenti.
Se sentou e ficamos comendo por um tempo em silêncio. Senti que o clima ali não estava bom.
- Nós podíamos conversar. - ele assentiu e ficou me olhando como se esperasse que eu continuasse. - Sobre ontem.
Especifiquei e ele me olhou desentendido, como se eu estivesse falando em outra língua.
- O que tem ontem? - perguntou na maior cara lavada e eu fiquei com cara de boba.
- Ontem à noite. - falei devagar, confusa. Ele estava fingindo que não houve nada?
- Não temos nada para conversar sobre ontem à noite. - disse seco e sério, seus olhos me fitaram por um bom tempo. Seu olhar era duro. Mordi minha bochecha, concordei lentamente. Ele realmente iria fazer esse joguinho sujo. Sorri falso.
Ele então saiu, deixando seu copo e sua torrada ali no balcão. Suspirei e respirei fundo, então era isso.
Passei a tarde sozinha em casa e decidi que iria na Maddox hoje a noite. Coloquei um vestido com detalhes de renda preta num fundo branco na parte de cima e saia godê preta. Valorizava meu corpo e assim eu gostava mais. Depois de me arrumar e colocar um salto qualquer, saí do apartamento e desci até o hall. Fui até o porteiro.
- Olá. - chamei-o e logo ele se virou. - Sou irmã de Callum, caso ele ligue, avise que eu fui ao supermercado e que deixei meu celular carregando.
Ele concordou e eu logo procurei um táxi. Ao conseguir um, agradeci por ali não estar frio, como estava do lado de fora. Desliguei meu celular.
- Ela é irmã do senhor . - disse um dos seguranças ao outro que apenas assentiu de prontidão. Assim consegui entrar naquele lugar que gostei desde a primeira vez que vi.
O local estava lotado, a música era alta e as luzes que iluminavam ali, eram em tons de rosa e azul. Segui direto para o bar.
- Me dê o melhor. - falei e ele não escutou. Me debrucei sobre o balcão, fazendo com que meu decote ficasse bem a mostra. - Me dê o melhor.
Repeti e ele assentiu. Seus olhos eram verdes, seus cabelos eram pretos, o que dava um contraste muito bonito.
- Só isso? - perguntou e antes que eu pudesse responder, outra voz me interrompeu.
- É só isso pelo resto da noite. - disse e o barman concordou de imediato. O encarei e senti uma ponta - grande - de raiva.
- Vai me regular? - perguntei e ele continuava sério.
- É apenas um pedido do seu irmão. - fechei a cara e lhe virei as costas, sumindo na multidão.
Após um tempo, fiquei dançando até que um rapaz se aproximou. Era mais novo, pele morena e tinha consigo um olhar intenso na cor de mel. Sem dizer uma palavra, começamos a dançar. Ele até que dançava bem.
Depois de um tempo descobri que seu nome era Marcel, morava em Buenos Aires, mas estava a passeio em Londres. Eu contei que era da Califórnia e que estava ali para ficar uns meses. Nossa conversa foi rápida e quando ele me beijou, não foi como o beijo dele. Aquele beijo não chegou nem perto do beijo do .
Me afastei, me desculpando. Confusa, fui até o banheiro. Céus, eu sentia um pequeno aperto em meu peito. Meu coração batia forte. Senti uma imensa vontade de chorar.
- Incrível. - eu falei animada e logo vi que alguém não estava por ali. - Cadê ?
- Ah, esse aí deve estar ocupado com alguma puta que ele encontrou por aí. - meu irmão disse ao chegar do meu lado.
- Pare de queimar nosso amigo para a . - Jared disse me olhando e me lançou um olhar sugestivo.
Eu sabia que ele não prestava. Lembro de seu semblante da primeira vez que o vi, escorado naquele portal, relaxado, um olhar sacana.
- Podemos fazer uma troca de favores. - ele disse com a voz mais grossa do que eu já havia escutado sair de sua boca.
- Amanhã eu lavo. - falei e segui em direção ao meu quarto. Sua voz ainda ecoava por minha mente. Senti algo estranho no meu estômago. Aquele cara cheira a problema. Transpira sensualidade. E está escrito em letras maiúsculas a palavra “CAFAJESTE” em sua testa.
Engoli em seco. Eu estava apaixonada. E isso não era nada bom.
- Bom dia. - eu falei e me sentei num banco qualquer ali.
- Como vai? - ele disse formalmente e eu estranhei.
- Muito bem. - disse incerta.
- Quer torradas? - ele disse colocando um prato cheio delas na minha frente.
- Sim. - mordi em uma e estava boa.
- Café? - perguntou e eu assenti.
Se sentou e ficamos comendo por um tempo em silêncio. Senti que o clima ali não estava bom.
- Nós podíamos conversar. - ele assentiu e ficou me olhando como se esperasse que eu continuasse. - Sobre ontem.
Especifiquei e ele me olhou desentendido, como se eu estivesse falando em outra língua.
- O que tem ontem? - perguntou na maior cara lavada e eu fiquei com cara de boba.
- Ontem à noite. - falei devagar, confusa. Ele estava fingindo que não houve nada?
- Não temos nada para conversar sobre ontem à noite. - disse seco e sério, seus olhos me fitaram por um bom tempo. Seu olhar era duro. Mordi minha bochecha, concordei lentamente. Ele realmente iria fazer esse joguinho sujo. Sorri falso.
Ele então saiu, deixando seu copo e sua torrada ali no balcão. Suspirei e respirei fundo, então era isso.
Passei a tarde sozinha em casa e decidi que iria na Maddox hoje a noite. Coloquei um vestido com detalhes de renda preta num fundo branco na parte de cima e saia godê preta. Valorizava meu corpo e assim eu gostava mais. Depois de me arrumar e colocar um salto qualquer, saí do apartamento e desci até o hall. Fui até o porteiro.
- Olá. - chamei-o e logo ele se virou. - Sou irmã de Callum, caso ele ligue, avise que eu fui ao supermercado e que deixei meu celular carregando.
Ele concordou e eu logo procurei um táxi. Ao conseguir um, agradeci por ali não estar frio, como estava do lado de fora. Desliguei meu celular.
- Ela é irmã do senhor . - disse um dos seguranças ao outro que apenas assentiu de prontidão. Assim consegui entrar naquele lugar que gostei desde a primeira vez que vi.
O local estava lotado, a música era alta e as luzes que iluminavam ali, eram em tons de rosa e azul. Segui direto para o bar.
- Me dê o melhor. - falei e ele não escutou. Me debrucei sobre o balcão, fazendo com que meu decote ficasse bem a mostra. - Me dê o melhor.
Repeti e ele assentiu. Seus olhos eram verdes, seus cabelos eram pretos, o que dava um contraste muito bonito.
- Só isso? - perguntou e antes que eu pudesse responder, outra voz me interrompeu.
- É só isso pelo resto da noite. - disse e o barman concordou de imediato. O encarei e senti uma ponta - grande - de raiva.
- Vai me regular? - perguntei e ele continuava sério.
- É apenas um pedido do seu irmão. - fechei a cara e lhe virei as costas, sumindo na multidão.
Após um tempo, fiquei dançando até que um rapaz se aproximou. Era mais novo, pele morena e tinha consigo um olhar intenso na cor de mel. Sem dizer uma palavra, começamos a dançar. Ele até que dançava bem.
Depois de um tempo descobri que seu nome era Marcel, morava em Buenos Aires, mas estava a passeio em Londres. Eu contei que era da Califórnia e que estava ali para ficar uns meses. Nossa conversa foi rápida e quando ele me beijou, não foi como o beijo dele. Aquele beijo não chegou nem perto do beijo do .
Me afastei, me desculpando. Confusa, fui até o banheiro. Céus, eu sentia um pequeno aperto em meu peito. Meu coração batia forte. Senti uma imensa vontade de chorar.
- Incrível. - eu falei animada e logo vi que alguém não estava por ali. - Cadê ?
- Ah, esse aí deve estar ocupado com alguma puta que ele encontrou por aí. - meu irmão disse ao chegar do meu lado.
- Pare de queimar nosso amigo para a . - Jared disse me olhando e me lançou um olhar sugestivo.
Eu sabia que ele não prestava. Lembro de seu semblante da primeira vez que o vi, escorado naquele portal, relaxado, um olhar sacana.
- Podemos fazer uma troca de favores. - ele disse com a voz mais grossa do que eu já havia escutado sair de sua boca.
- Amanhã eu lavo. - falei e segui em direção ao meu quarto. Sua voz ainda ecoava por minha mente. Senti algo estranho no meu estômago. Aquele cara cheira a problema. Transpira sensualidade. E está escrito em letras maiúsculas a palavra “CAFAJESTE” em sua testa.
Engoli em seco. Eu estava apaixonada. E isso não era nada bom.
SEIS
Cheguei em casa encharcada. Tomei chuva da Maddox até aqui. Meus sapatos que já não estavam em meus pés a um bom tempo, pingavam por onde eu passava. Destranquei a porta do apartamento e passei em frente um espelho. Quando me vi, não me reconheci. Minha maquiagem havia borrado e boa parte de minhas bochechas e olhos, eram apenas um grande borrado preto. Meus cabelos estavam deixando cair gotas da chuva. Olhei no relógio que havia na parede que ia para cozinha e marcavam 4:30hs. O tempo tinha passado voando e eu nem percebi. Minhas pernas latejavam.
Por onde fui passando, fui acendendo as luzes. Até que vi sentado no sofá. Ele me encarava enquanto meu coração batia forte, acelerado, não se por susto ou apenas vê-lo. Não disse nada, apenas subi para o quarto que por esses dias, era meu.
Vesti um moletom e sai do banheiro. estava sentado em minha cama me olhando.
- Virou assombração agora? - perguntei.
Continuou sério, calado. Passei por ele e já em outro momento, me puxou, jogando-me na cama. Apertou meu rosto, me olhando sério. Então me beijou. Seus dentes morderam meus lábios, em seguida os sugaram. Desceu pelo meu pescoço, dando chupões que eu tinha certeza que estariam ali amanhã. Uma de suas mãos o apoiava enquanto a outra apertava forte minha cintura. Voltou aos meus lábios e pressionou sua ereção em minha parte íntima. Agarrei seus braços, arranhando-os.
Logo eu estava sem moletom, apenas de calcinha. E sentou sobre suas pernas enquanto me observava. Passou seu dedo pela lateral de minha calcinha e aquilo fez com que eu arqueasse as costas, em excitação. Seu dedo invadiu aquela peça de roupa e agarrei os lençóis, os puxando em minha direção. Ele se abaixou em direção ao meu quadril e quando senti sua língua deslizar pelo meu clitóris, não contive um gemido. Minha respiração estava acelerada e céus, como ele sabia muito bem o que estava fazendo!
Sua boca me beijava naquela parte e sugava algumas vezes, vezes essas que me levavam a loucura. Apertou minha bunda com força, fazendo com que eu sentisse dor e ao mesmo tempo, prazer.
se pôs de pé e tirou sua roupa, ficando totalmente nu. Sua ereção era notável. Ficou de joelhos na cama e pela minha cintura, me levou mais para cima, perto da cabeceira. Abriu minhas pernas e se pôs ali, me dando um longo beijo. Seu membro que estava posicionado em minha entrada, começou a me penetrar lentamente. Agarrei em seu quadril e o puxei de uma vez contra mim. Gememos junto e logo ele se movia rápido.
- Você… - ele continuou e eu me engasguei naquele prazer.
- Eu? - ele perguntou, olhando em meus olhos. E olhando assim, tão perto, eu tentava gravar cada detalhe de seu rosto. Suas pintas, os cílios, as íris. - Me fode, . - eu disse por fim jogando minha cabeça para trás. Suas estocadas agora eram mais profundas e logo chegamos ao clímax.
Deitou do meu lado ofegante. Me deitei de lado, apenas para observá-lo. Me olhou de esguelha e tive que lidar com um coração que batia forte em meu peito.
- Olha, … - ele começou e olhou pro teto. Levou as mãos até seus cabelos, puxando-os de leve. - Isso não devia ter acontecido.
Aquilo foi um soco na boca do estômago. Minha boca ficou seca. Porque ele encarava isso como um erro?
- E por que aconteceu? - me sentei, apoiando-me em meus braços, encarando-o.
- Porque eu não consegui evitar. - ele falou pensativo. Olhava em meus olhos, por fim abaixou o olhar por meu corpo descoberto.
- E por que teria que evitar? - meu coração precisava saber. Eu realmente estava apaixonada por aquele cara e poderia até ser precipitado, mas era uma coisa que eu não conseguia impedir.
- Porque isso não é certo, não daria certo. - ele se levantou e andou até a janela, ficando de costas pra mim. - Seria um grande problema com seu irmão.
- Então o problema é Callum? - perguntei sem acreditar.
- Pode me achar o cara mais bundão que existe, mas eu não vou bater de frente com seu irmão. - ele se virou e seu olhar era melancólico. - Temos uma sociedade, temos uma amizade e eu não vou acabar com isso assim.
Engoli em seco quando meus olhos se encheram de lágrimas. Balancei a cabeça, tentando entender o fato de que para ele, a sociedade era mais importante. Lógico que eu não queria que ele largasse tudo pra gente tentar ficar juntos, mas talvez nós dois daríamos certo. Mas ele não quis nem tentar. Sequer tentar.
- Você pode sair?! - ele concordou e pegou suas roupas que estavam jogadas no chão.
Então estava só eu naquele quarto, pensando em mil coisas. Não é no silêncio que escutamos nosso coração?
Não é fácil para mim ter que fazer isso. Eu me preocupo com e vi muita decepção em seu olhar. Eu não queria me afastar, ser o babaca que estou sendo, mas seria melhor assim. Esquecer era a solução.
Por onde fui passando, fui acendendo as luzes. Até que vi sentado no sofá. Ele me encarava enquanto meu coração batia forte, acelerado, não se por susto ou apenas vê-lo. Não disse nada, apenas subi para o quarto que por esses dias, era meu.
Vesti um moletom e sai do banheiro. estava sentado em minha cama me olhando.
- Virou assombração agora? - perguntei.
Continuou sério, calado. Passei por ele e já em outro momento, me puxou, jogando-me na cama. Apertou meu rosto, me olhando sério. Então me beijou. Seus dentes morderam meus lábios, em seguida os sugaram. Desceu pelo meu pescoço, dando chupões que eu tinha certeza que estariam ali amanhã. Uma de suas mãos o apoiava enquanto a outra apertava forte minha cintura. Voltou aos meus lábios e pressionou sua ereção em minha parte íntima. Agarrei seus braços, arranhando-os.
Logo eu estava sem moletom, apenas de calcinha. E sentou sobre suas pernas enquanto me observava. Passou seu dedo pela lateral de minha calcinha e aquilo fez com que eu arqueasse as costas, em excitação. Seu dedo invadiu aquela peça de roupa e agarrei os lençóis, os puxando em minha direção. Ele se abaixou em direção ao meu quadril e quando senti sua língua deslizar pelo meu clitóris, não contive um gemido. Minha respiração estava acelerada e céus, como ele sabia muito bem o que estava fazendo!
Sua boca me beijava naquela parte e sugava algumas vezes, vezes essas que me levavam a loucura. Apertou minha bunda com força, fazendo com que eu sentisse dor e ao mesmo tempo, prazer.
se pôs de pé e tirou sua roupa, ficando totalmente nu. Sua ereção era notável. Ficou de joelhos na cama e pela minha cintura, me levou mais para cima, perto da cabeceira. Abriu minhas pernas e se pôs ali, me dando um longo beijo. Seu membro que estava posicionado em minha entrada, começou a me penetrar lentamente. Agarrei em seu quadril e o puxei de uma vez contra mim. Gememos junto e logo ele se movia rápido.
- Você… - ele continuou e eu me engasguei naquele prazer.
- Eu? - ele perguntou, olhando em meus olhos. E olhando assim, tão perto, eu tentava gravar cada detalhe de seu rosto. Suas pintas, os cílios, as íris. - Me fode, . - eu disse por fim jogando minha cabeça para trás. Suas estocadas agora eram mais profundas e logo chegamos ao clímax.
Deitou do meu lado ofegante. Me deitei de lado, apenas para observá-lo. Me olhou de esguelha e tive que lidar com um coração que batia forte em meu peito.
- Olha, … - ele começou e olhou pro teto. Levou as mãos até seus cabelos, puxando-os de leve. - Isso não devia ter acontecido.
Aquilo foi um soco na boca do estômago. Minha boca ficou seca. Porque ele encarava isso como um erro?
- E por que aconteceu? - me sentei, apoiando-me em meus braços, encarando-o.
- Porque eu não consegui evitar. - ele falou pensativo. Olhava em meus olhos, por fim abaixou o olhar por meu corpo descoberto.
- E por que teria que evitar? - meu coração precisava saber. Eu realmente estava apaixonada por aquele cara e poderia até ser precipitado, mas era uma coisa que eu não conseguia impedir.
- Porque isso não é certo, não daria certo. - ele se levantou e andou até a janela, ficando de costas pra mim. - Seria um grande problema com seu irmão.
- Então o problema é Callum? - perguntei sem acreditar.
- Pode me achar o cara mais bundão que existe, mas eu não vou bater de frente com seu irmão. - ele se virou e seu olhar era melancólico. - Temos uma sociedade, temos uma amizade e eu não vou acabar com isso assim.
Engoli em seco quando meus olhos se encheram de lágrimas. Balancei a cabeça, tentando entender o fato de que para ele, a sociedade era mais importante. Lógico que eu não queria que ele largasse tudo pra gente tentar ficar juntos, mas talvez nós dois daríamos certo. Mas ele não quis nem tentar. Sequer tentar.
- Você pode sair?! - ele concordou e pegou suas roupas que estavam jogadas no chão.
Então estava só eu naquele quarto, pensando em mil coisas. Não é no silêncio que escutamos nosso coração?
Não é fácil para mim ter que fazer isso. Eu me preocupo com e vi muita decepção em seu olhar. Eu não queria me afastar, ser o babaca que estou sendo, mas seria melhor assim. Esquecer era a solução.
SETE
No dia seguinte
Callum havia chegado a pouco. Jared chegou em seguida. Coincidência. A casa estava movimentada agora e as vozes deles rindo e comentando algo ocupava todo o andar de baixo. falava algo com eles e eu viajava. Eu comecei a pensar em alugar um pequeno apartamento para mim. Acho que era melhor.
- ? - eu não suportaria conviver com uma pessoa na qual eu havia criado um sentimento, sem falar que transamos e isso mexeu comigo. Depois de muito tempo, eu estava nutrindo certos sentimentos que eu queria esquecer. - ?
- Oi?! - falei quando Callum se agachou na minha frente, estalando os dedos.
- Onde é que você estava? - eu olhei para todos e estavam me encarando, esperando resposta.
- Eu… - comecei e me levantei arrumando minha roupa. - Estava pensando em alugar um apartamento só pra mim.
- Lógico que não! - ele disse de imediato e Jared se sentou ao meu lado.
- Qual é, odiou morar com a gente tanto assim?
Jared perguntou e eu mordi meus lábios, negando. Eu adorei. Com aqueles caras por perto, eu só sabia rir.
- Eu amei. - falei sorrindo fraco. - Mas eu acho que será melhor.
- Mas você já procurou um lugar? - meu irmão perguntou e percebi que me encarava. Jared então seguiu meu olhar e por fim, balançou a cabeça negativamente. Se levantou esbarrou em e foi até a cozinha. o seguiu.
- Eu vou procurar. - eu disse e meu irmão se sentou ao meu lado, me dando um abraço.
Ficamos assim por um tempo e os dois que tinham saído, retornou a sala. Jared chamou meu irmão para falar algo e percebendo que ficaria somente eu e ele, resolvi beber um pouco de água.
- Eu não queria que o clima entre a gente ficasse tão estranho assim. - ele disse da porta da cozinha. - Não queria que saísse.
- Fique tranquilo, isso não é por você. - bebi um gole do líquido transparente. - Preciso de espaço e privacidade.
- Se o motivo for esse mesmo. - ele falou e concordou. - Ainda somos amigos né? - Claro. - sorri amarelo assim como ele.
Bati meu dedo no balcão e logo o homem que estava me atendendo colocou mais uma dose de vodka e em dois goles, o copo estava vazio. Sentia meu corpo leve, tudo estava tranquilo e calmo. A música alta parecia estar mais lenta também, mas eu sei que era por causa da bebida. Bati novamente meu dedo no balcão indicando que eu queria mais.
- Mais? - o barman disse com uma sobrancelha erguida.
- Mais! - eu falei e fingi que limpava o canto de minha boca com a ponta de meu dedo. - Muito mais.
O cara me deu duas doses de uma vez e em pouco tempo os copos estavam vazios novamente.
Minhas pálpebras estavam caídas. Minha maquiagem borrada, talvez. Não me importava. Mas por que tudo isso? Eu não sei, eu só queria.
- A gata está sozinha?
- Você tá vendo mais alguém aqui? - virei os olhos e o ignorei.
Chamei o rapaz das bebidas de novo e de novo e por fim, pedi um drink forte qualquer. E me arrependi de ter bebido muito. Eu queria sair daquela situação, sair de meu próprio corpo. Um homem alto se aproximou e passou a mão no meu rosto, o empurrei e ele riu, mas se afastou. Minha cabeça girava e levei minhas mãos aos meus cabelos, tentando fazer parar tudo aquilo que rodava. Minhas pálpebras estavam se fechando constantemente e eu andava sem direção, esbarrando muito nas pessoas. Uns reclamavam, outros nem sentiam. Me virei de costas e ao olhar para longe, em umas das poltronas, vi ele. Com o mesmo charme da primeira vez. repousava sua mão na cintura de uma moça loira, com roupas curtas. Ele entortou a boca num sorriso sem graça. Levantou o copo que segurava com a outra mão, me cumprimentado. Não tinha muita certeza de como me sentir quanto a isso. Levantei minhas sobrancelhas e apertei meus lábios, o cumprimentado de volta. Me virei novamente sugando o interior de minhas bochechas, tentando segurar algum sentimento que eu tentava entender o que era. Meu coração batia dolorosamente e eu imaginava o que podia ser. E me negava a aceitar isso.
OITO
No outro dia, saí tão cedo de casa que ninguém havia acordado ainda. Iria andar pelas redondezas para procurar um apartamento. Procurei anúncios em jornais também e até que achei alguns.
Era por volta das três horas da tarde, quando achei um lugar perfeito. Era bem ali perto e só fiquei sabendo, pois o taxista havia comentado quando estava me levando para casa. Dei uma olhada no lugar e era muito bom, todo mobiliado. Logo fechei contrato com o dono do apê. Falei que iria depositar o dinheiro na conta dele ainda hoje e ele aceitou. Era um senhor muito gentil.
Quando comecei a descer as escadas, reparei que os três estavam jogados no sofá assistindo alguma coisa qualquer. Cheguei até o ultimo degrau e coloquei a mala pesada no chão.
- Você já está de mudança? - Jared perguntou e eu assenti.
- Eu vou com você, porque de lá eu faço o depósito. - Callum se levantou e pegou a carteira que estava na mesinha da sala.
- Pra onde você vai se mudar? - perguntou e meu irmão que o respondeu. Não quis olhar em seu rosto em momento algum.
- É aqui pertinho, depois vamos nos reunir lá. - Ah ta.
- Vamos? - então eu fui.
Escutei um barulho de malas batendo no chão. Olhei para o rumo da escada e lá estava ela. Olhou para os outros, menos pra mim.
- Você já está de mudança? - Jared perguntou primeiro como sempre e ela concordou. Seu pé batia no chão num sinal de ansiedade.
- Eu vou com você, porque de lá eu faço o depósito. - Callum falou e eu o encarei desacreditado. Tinha tanto ciúme da irmã e a deixaria morar sozinha?
- Pra onde você vai se mudar? - perguntei sem ver e nem nessa hora ela fez questão de me olhar.
- É aqui pertinho, depois vamos nos reunir lá. - Callum que respondeu e eu apenas queria escutar a voz dela. Queria seus olhos em mim. Eu a queria.
- Vamos? - mas não podia. Ela saiu e eu senti um vazio dentro de mim.
- Que cara é essa? - Jared perguntou do sofá.
- Sei lá, um vazio aqui. - coloquei a mão no peito.
- Deve ser fome. - ele disse rindo e eu balancei a cabeça. Eu sabia o que era.
- Ela se mudou mesmo. - falei pensativo, imaginando onde será que era seu apartamento.
- Você sabe muito bem o por que. - estava sério agora e eu sabia que lá vinha sermão.
- A última coisa que eu queria é vê-la magoada. Eu não consegui resistir, foi mais forte que eu. - desabafei enquanto eu andava de um lado para o outro. - Aconteceu e eu acabei gostando dela mais do que devia.
Escutei a porta se fechar e vi Callum me encarando com o cenho franzido. Suspirei porque estava tudo uma merda. Ele devia ter escutado tudo.
- Eu… esqueci… minhas chaves. - pegou suas chaves ainda me encarando. Confesso que senti um frio por dentro de mim. Como eu não o vi chegar?
Concordei o encarando também e vi que ele não estava normal. Callum veio em minha direção e Jared se levantou. Callum parou.
- Eu tenho uma conversa com você quando eu chegar. - falou apontando o dedo no ar e eu juro que não sabia como ele não tinha vindo para cima de mim.
Saiu tão rápido quanto chegou.
- Você ta fodido. - Jared disse e foi para o seu quarto.
Era por volta das três horas da tarde, quando achei um lugar perfeito. Era bem ali perto e só fiquei sabendo, pois o taxista havia comentado quando estava me levando para casa. Dei uma olhada no lugar e era muito bom, todo mobiliado. Logo fechei contrato com o dono do apê. Falei que iria depositar o dinheiro na conta dele ainda hoje e ele aceitou. Era um senhor muito gentil.
Quando comecei a descer as escadas, reparei que os três estavam jogados no sofá assistindo alguma coisa qualquer. Cheguei até o ultimo degrau e coloquei a mala pesada no chão.
- Você já está de mudança? - Jared perguntou e eu assenti.
- Eu vou com você, porque de lá eu faço o depósito. - Callum se levantou e pegou a carteira que estava na mesinha da sala.
- Pra onde você vai se mudar? - perguntou e meu irmão que o respondeu. Não quis olhar em seu rosto em momento algum.
- É aqui pertinho, depois vamos nos reunir lá. - Ah ta.
- Vamos? - então eu fui.
Escutei um barulho de malas batendo no chão. Olhei para o rumo da escada e lá estava ela. Olhou para os outros, menos pra mim.
- Você já está de mudança? - Jared perguntou primeiro como sempre e ela concordou. Seu pé batia no chão num sinal de ansiedade.
- Eu vou com você, porque de lá eu faço o depósito. - Callum falou e eu o encarei desacreditado. Tinha tanto ciúme da irmã e a deixaria morar sozinha?
- Pra onde você vai se mudar? - perguntei sem ver e nem nessa hora ela fez questão de me olhar.
- É aqui pertinho, depois vamos nos reunir lá. - Callum que respondeu e eu apenas queria escutar a voz dela. Queria seus olhos em mim. Eu a queria.
- Vamos? - mas não podia. Ela saiu e eu senti um vazio dentro de mim.
- Que cara é essa? - Jared perguntou do sofá.
- Sei lá, um vazio aqui. - coloquei a mão no peito.
- Deve ser fome. - ele disse rindo e eu balancei a cabeça. Eu sabia o que era.
- Ela se mudou mesmo. - falei pensativo, imaginando onde será que era seu apartamento.
- Você sabe muito bem o por que. - estava sério agora e eu sabia que lá vinha sermão.
- A última coisa que eu queria é vê-la magoada. Eu não consegui resistir, foi mais forte que eu. - desabafei enquanto eu andava de um lado para o outro. - Aconteceu e eu acabei gostando dela mais do que devia.
Escutei a porta se fechar e vi Callum me encarando com o cenho franzido. Suspirei porque estava tudo uma merda. Ele devia ter escutado tudo.
- Eu… esqueci… minhas chaves. - pegou suas chaves ainda me encarando. Confesso que senti um frio por dentro de mim. Como eu não o vi chegar?
Concordei o encarando também e vi que ele não estava normal. Callum veio em minha direção e Jared se levantou. Callum parou.
- Eu tenho uma conversa com você quando eu chegar. - falou apontando o dedo no ar e eu juro que não sabia como ele não tinha vindo para cima de mim.
Saiu tão rápido quanto chegou.
- Você ta fodido. - Jared disse e foi para o seu quarto.
NOVE
Não sei quanto tempo se passou, mas fiquei o tempo inteiro sentado naquele sofá esperando Callum. Abriu a porta e a fechou mais devagar que o normal. Então parou na minha frente.
- O que você fez com a ? - o que eu fiz com ela?
- Não fiz nada com ela. - respondi simplesmente.
- VOCÊ TRANSOU COM ELA? - gritou dando uns passos até a mim e eu me levantei ficando cara a cara com ele.
- Eu transei. - respondi e eu não vi quando seu punho me acertou.
Ele veio pra cima novamente e eu soltei uma direita. Callum sempre foi metido a brigão, mas era ruim de briga. O empurrei.
- Você acha que eu não tentei evitar? - falei e ele veio novamente. O empurrei de novo. - Você acha que eu queria isso que está acontecendo agora? - o empurrei mais uma vez. - Eu tentei evitar e até me afastar eu afastei. - o empurrei mais uma vez até que ele bateu suas costas na parede. Apontei meu dedo em sua cara enquanto eu enxergava o ódio em seu olhar. - Eu nunca quis magoa-la e não vou fazer isso jamais.
- Você comeu minha irmã, seu porra! - ele falou alto.
- Eu não comi sua irmã. - ele me olhou confuso. - Dormimos juntos sim, mas não foi algo insignificante. Aquilo importou muito pra mim e eu ainda me importo com ela.
Ainda com raiva se desviou de meu corpo e subiu as escadas.
Amanheceu e me apressei em vestir calça e camisa, coloquei meu tênis e desci quase correndo. Não queria ter que encarar Callum nessa manhã. Se eu estava fugindo? Sim. Fui até cozinha e assim que o vi de costas, diminui o passo.
Ele se virou e me encarou a todo o momento. Peguei uma garrafa d’água e carreguei uma maçã.
- Isso é muito difícil pra mim, eu tentei entender. - ele falou enquanto girava o copo em suas mãos. - Para mim, a tinha congelado no tempo e ainda era aquela menina, a irmã mais nova.
Escutava tudo prestando atenção. Ele parecia calmo.
- Se for pra ser, será - eu estava surpreso. Ele estava dando “permissão” para eu ficar com ? - Eu lavo minhas mãos.
Deu dois soquinhos no balcão e saiu. Eu não sabia o que fazer agora.
Eu estava na boate a noite e eu ficava a todo momento olhando quem chegava lá de cima. Chegou uma moça muito bonita e meus olhos a acompanharam de imediato. Sua saia que era curta me permitia ver o que eu quisesse.
Depois de muito esperar ela chegar, eu desisti e já ia descendo quando a vi. Estava linda como sempre. Porém estava acompanhada. Eu não pensei duas vezes em descer.
Chegando mais perto, ela sorria enquanto o cara falava alguma coisa em seu ouvido. Era para eu estar ali. Era para ela estar sorrindo pra mim.
- ! - eu disse empolgado e ela fechou seu sorriso, seus olhos eram tão intensos em mim. - Eu estava te esperando.
- . - ela disse e eu me apoiei nos ombros daquele cara ali que eu até agora tinha ignorado. - Ei amigo, uma moça me disse que queria te conhecer melhor.
- Eu estou bem. - ele disse e passou um braço pela cintura de . Travei meu maxilar tentando me controlar.
- , eu preciso conversar com você em particular. - ela me olhava séria, seu olhar continha uma grande mágoa.
- Tem que ser agora? - ela perguntou impaciente.
- É importante. - eu falei como se realmente tivesse alguma coisa muito séria acontecendo. Mas isso era mesmo importante.
- Seja rápido. - falou e lançou um olhar para aquele cara, que eu entendi que seria pra ele esperar.
- Vamos na minha sala. - eu disse e ela arqueou uma sobrancelha. Pareceu preocupada.
Ela foi na frente e quando ela foi subir as escadas, olhei descaradamente suas coxas.
- Minha sala é mais ao fundo. - falei e ela seguiu para o fundo, na última sala que havia ali. Ela parou e eu destranquei a porta sentindo seu olhar sobre mim. A encarei e como eu a queria pra mim!
- Então, o que é? - ela disse entrando no local e eu rapidamente tranquei aquela porta. Ela observou meu ato e franziu o cenho.
Colei meus lábios nos seus tão rápido e brusco. Sua boca, no entanto, não beijava a minha. Eu parei e a encarei. Estava muito séria.
- , eu… - coloquei minhas mãos no ar tentando explicar alguma coisa. Mas o que eu falaria? Que seu irmão tinha descoberto que dormimos juntos e que estava tudo bem a gente começar a se conhecer melhor?
- Eu realmente achei que tinha algo importante para me dizer. - foi em direção a porta e eu segurei em seu braço.
- É importante. - engoli em seco e desci minha mão de encontro a sua. - Vamos tentar.
Ela mordeu suas bochechas e eu realmente não sabia o que estava fazendo.
- Vamos tentar, eu e você. - eu falei e ela olhou para baixo. Pressionou os lábios e quando retornou o olhar para mim, seus olhos estavam úmidos.
- Eu não acho que você não daria conta. - ela falou simplesmente e eu me senti ofendido.
- Eu não dar conta? - falei incrédulo.
- Não falo de sexo. - ela molhou os lábios e eu quis beijá-los. - Isso você sabe fazer muito bem.
Riu sem humor. Ela não era aquela garota de quando chegou. Ela estava se tornando uma pessoa amarga. E isso eu acho que era culpa minha.
- Eu falo do que vem depois que a gente transar e pensar que estamos bem. - ela segurou os cabelos no topo da cabeça, procurando as palavras. Eu escutava atento tudo aquilo. - Eu falo que você não daria conta quando as coisas ficarem sérias.
- Eu quero te conhecer. - eu disse tão rápido. - Eu realmente não sei como é ter algo sério, pois eu nunca tive, mas eu quero tentar.
Ela concordou e olhou pro nada, pensativa. Eu confesso que estava quase desistindo. Eu também olhei pra esse nada e era claro que ela não iria querer mais nada.
Sabia que a resposta que eu queria não viria e me virei de costas, perdido. Me surpreendi quando suas mãos me viraram e sua boca grudou na minha. Seus lábios se moviam delicadamente mesmo que parecesse um beijo desesperado. Eu retribui da mesma forma. Então dessa vez ela que começou as coisas, me empurrou até o sofá no canto da sala e se sentou em meu colo. Abriu o cós de minha calça e tirou sua calcinha numa habilidade que eu não conhecia.
Colou nossas intimidades e ela começou a se esfregar em mim, o que me deixou louco. A deitei naquele sofá e a beijei. Dei muitas mordidas por onde meus lábios passavam. A virei de costas e ela se abaixou. E eu a fodi a noite inteira.
- O que você fez com a ? - o que eu fiz com ela?
- Não fiz nada com ela. - respondi simplesmente.
- VOCÊ TRANSOU COM ELA? - gritou dando uns passos até a mim e eu me levantei ficando cara a cara com ele.
- Eu transei. - respondi e eu não vi quando seu punho me acertou.
Ele veio pra cima novamente e eu soltei uma direita. Callum sempre foi metido a brigão, mas era ruim de briga. O empurrei.
- Você acha que eu não tentei evitar? - falei e ele veio novamente. O empurrei de novo. - Você acha que eu queria isso que está acontecendo agora? - o empurrei mais uma vez. - Eu tentei evitar e até me afastar eu afastei. - o empurrei mais uma vez até que ele bateu suas costas na parede. Apontei meu dedo em sua cara enquanto eu enxergava o ódio em seu olhar. - Eu nunca quis magoa-la e não vou fazer isso jamais.
- Você comeu minha irmã, seu porra! - ele falou alto.
- Eu não comi sua irmã. - ele me olhou confuso. - Dormimos juntos sim, mas não foi algo insignificante. Aquilo importou muito pra mim e eu ainda me importo com ela.
Ainda com raiva se desviou de meu corpo e subiu as escadas.
Amanheceu e me apressei em vestir calça e camisa, coloquei meu tênis e desci quase correndo. Não queria ter que encarar Callum nessa manhã. Se eu estava fugindo? Sim. Fui até cozinha e assim que o vi de costas, diminui o passo.
Ele se virou e me encarou a todo o momento. Peguei uma garrafa d’água e carreguei uma maçã.
- Isso é muito difícil pra mim, eu tentei entender. - ele falou enquanto girava o copo em suas mãos. - Para mim, a tinha congelado no tempo e ainda era aquela menina, a irmã mais nova.
Escutava tudo prestando atenção. Ele parecia calmo.
- Se for pra ser, será - eu estava surpreso. Ele estava dando “permissão” para eu ficar com ? - Eu lavo minhas mãos.
Deu dois soquinhos no balcão e saiu. Eu não sabia o que fazer agora.
Eu estava na boate a noite e eu ficava a todo momento olhando quem chegava lá de cima. Chegou uma moça muito bonita e meus olhos a acompanharam de imediato. Sua saia que era curta me permitia ver o que eu quisesse.
Depois de muito esperar ela chegar, eu desisti e já ia descendo quando a vi. Estava linda como sempre. Porém estava acompanhada. Eu não pensei duas vezes em descer.
Chegando mais perto, ela sorria enquanto o cara falava alguma coisa em seu ouvido. Era para eu estar ali. Era para ela estar sorrindo pra mim.
- ! - eu disse empolgado e ela fechou seu sorriso, seus olhos eram tão intensos em mim. - Eu estava te esperando.
- . - ela disse e eu me apoiei nos ombros daquele cara ali que eu até agora tinha ignorado. - Ei amigo, uma moça me disse que queria te conhecer melhor.
- Eu estou bem. - ele disse e passou um braço pela cintura de . Travei meu maxilar tentando me controlar.
- , eu preciso conversar com você em particular. - ela me olhava séria, seu olhar continha uma grande mágoa.
- Tem que ser agora? - ela perguntou impaciente.
- É importante. - eu falei como se realmente tivesse alguma coisa muito séria acontecendo. Mas isso era mesmo importante.
- Seja rápido. - falou e lançou um olhar para aquele cara, que eu entendi que seria pra ele esperar.
- Vamos na minha sala. - eu disse e ela arqueou uma sobrancelha. Pareceu preocupada.
Ela foi na frente e quando ela foi subir as escadas, olhei descaradamente suas coxas.
- Minha sala é mais ao fundo. - falei e ela seguiu para o fundo, na última sala que havia ali. Ela parou e eu destranquei a porta sentindo seu olhar sobre mim. A encarei e como eu a queria pra mim!
- Então, o que é? - ela disse entrando no local e eu rapidamente tranquei aquela porta. Ela observou meu ato e franziu o cenho.
Colei meus lábios nos seus tão rápido e brusco. Sua boca, no entanto, não beijava a minha. Eu parei e a encarei. Estava muito séria.
- , eu… - coloquei minhas mãos no ar tentando explicar alguma coisa. Mas o que eu falaria? Que seu irmão tinha descoberto que dormimos juntos e que estava tudo bem a gente começar a se conhecer melhor?
- Eu realmente achei que tinha algo importante para me dizer. - foi em direção a porta e eu segurei em seu braço.
- É importante. - engoli em seco e desci minha mão de encontro a sua. - Vamos tentar.
Ela mordeu suas bochechas e eu realmente não sabia o que estava fazendo.
- Vamos tentar, eu e você. - eu falei e ela olhou para baixo. Pressionou os lábios e quando retornou o olhar para mim, seus olhos estavam úmidos.
- Eu não acho que você não daria conta. - ela falou simplesmente e eu me senti ofendido.
- Eu não dar conta? - falei incrédulo.
- Não falo de sexo. - ela molhou os lábios e eu quis beijá-los. - Isso você sabe fazer muito bem.
Riu sem humor. Ela não era aquela garota de quando chegou. Ela estava se tornando uma pessoa amarga. E isso eu acho que era culpa minha.
- Eu falo do que vem depois que a gente transar e pensar que estamos bem. - ela segurou os cabelos no topo da cabeça, procurando as palavras. Eu escutava atento tudo aquilo. - Eu falo que você não daria conta quando as coisas ficarem sérias.
- Eu quero te conhecer. - eu disse tão rápido. - Eu realmente não sei como é ter algo sério, pois eu nunca tive, mas eu quero tentar.
Ela concordou e olhou pro nada, pensativa. Eu confesso que estava quase desistindo. Eu também olhei pra esse nada e era claro que ela não iria querer mais nada.
Sabia que a resposta que eu queria não viria e me virei de costas, perdido. Me surpreendi quando suas mãos me viraram e sua boca grudou na minha. Seus lábios se moviam delicadamente mesmo que parecesse um beijo desesperado. Eu retribui da mesma forma. Então dessa vez ela que começou as coisas, me empurrou até o sofá no canto da sala e se sentou em meu colo. Abriu o cós de minha calça e tirou sua calcinha numa habilidade que eu não conhecia.
Colou nossas intimidades e ela começou a se esfregar em mim, o que me deixou louco. A deitei naquele sofá e a beijei. Dei muitas mordidas por onde meus lábios passavam. A virei de costas e ela se abaixou. E eu a fodi a noite inteira.
DEZ
Acordei e me lembrei da noite anterior. Abri meus olhos e vi que não estava ali. Fui até a sala e estava do mesmo jeito que deixei. Na cozinha, não tinha nada. Retornei ao quarto e não tinha nem um bilhete, peguei meu celular e não tinha nenhuma mensagem. Era isso.
Era 4 horas da tarde quando a campainha tocou. Olhei pelo olho da porta e era ele. Abri.
- Oi. - entrou e me deu um beijo. - Acordou agora?
- Não, acordei cedo. - mas cedo na verdade era a hora que ele tinha saído. - Tudo bem?
- Tudo sim. - ele riu sem jeito e mostrou uma sacola. - Não sei se você gosta, mas trouxe comida japonesa.
- Eu gosto. - falei sem jeito. Era assim que estávamos, sem jeito um com o outro.
- E o que você fez durante o dia? - ele perguntou.
- Procurei emprego em algum site. - eu falava devagar e incerta. Eu estava incomodada.
- Emprego? Legal. - ele falou e começou a tirar as coisas da sacola e colocar na mesa da cozinha. - Muito legal aqui também.
- Eu também gostei. - falei observando todo o lugar que era pequeno mas me aconchegava. - Você tem que ir para a Maddox hoje?
- Tenho sim, um investidor vai estar por lá hoje, dando uma olhada pra saber como é o movimento. - ele falou e comeu um sushi.
- Ah sim. - respondi e ele me ofereceu o que comia. - Estamos bem?
- Claro. - ele disse e sorriu. Não deixei de fazer o mesmo. - Vai na Maddox hoje?
- Eu vou. - eu sorri.
Estacionou seu carro as nove, sendo que marcamos as oito. Mas estava tudo bem.
- Desculpa o atraso. - disse assim que abriu a porta para mim pelo lado de dentro. Eu concordei e soltei um sorriso.
Quando chegamos, a Maddox estava lotada. Entramos e Callum veio em nossa direção. Fiquei nervosa, mas ele me abraçou e cumprimentou mais formal do que o normal.
- Você anda cuidando dela direitinho, né? - meu irmão perguntou e assentiu e me olhou.
- Eu estou dando o meu melhor. - sorriu sem graça e fiz o mesmo. Sabíamos que essa nossa tentativa estava sendo falha.
- Eu vou até o bar. - falei e eles assentiram.
Chegando lá pedi um drink de fruta e ele me entregou uma batida de morango. Era tão suave que eu nem sentia o álcool. Assim era fácil de me embebedar.
- Cuidado para não beber demais. - falou em meu ouvido e segurava uma cerveja em suas mãos. Pisquei pra ele. Ele disse que tinha que ir resolver algo, mas que nos encontraríamos mais tarde ali.
- Está saindo com ? - Kelvin, o barman falou e eu assenti. Eu já tinha falado com ele outras vezes que tinha vindo aqui.
- Estou. - suspirei e virei a bebida que estava e meu copo. Pedi mais.
- Eu não sou de me intrometer, mas cuidado. - ele falou cuidadoso. O olhei confusa.
- Com o quê?
- Cuidado para não se magoar. - ele falou e senti pesar em sua voz.
- Eu sigo o mesmo. - Jared chegou e se sentou ali perto.
- Eu não acho que…
- Ele te magoaria? - Jared perguntou me interrompendo e eu olhei dentro de seus olhos. - Ninguém espera esse tipo de coisa.
- Tudo bem. - abaixei a cabeça. Será que eu devia me preocupar? - Eu vou tomar cuidado.
- E isso aqui? - Jared tomou a bebida de minha mão, tomando quase tudo. - É horrível.
Ele bebeu o resto e me entregou o copo vazio e eu ri.
- Se é ruim por que bebeu tudo? - perguntei risonha.
- Para confirmar se não tinha veneno. - ele falou rindo. - Traz mais dois desse aqui, Kelvin.
Ele pediu ao barman e eu não contive uma risada.
- Cuidado com isso. - Callum chegou e apontou para meu copo.
- Ah Jared já tomou e comprovou que é bom.
- Se é assim, quero um pra mim. - ele fez seu pedido e me lembrei de algo.
- E o investidor que olharia aqui hoje? - perguntei e Jared olhou para Callum que também o encarou.
- O investidor veio hoje depois do almoço. - Callum respondeu meio desconfiado. E eu estava toda desconfiada. havia mentido pra mim.
- . - bati na porta duas vezes e tentei abri-la, mas estava trancada. John que era o segurança daquele andar, me falou que ele estava em sua sala sim. - .
Chamei novamente e depois de uns minutos ele abriu a porta. Cabelo meio bagunçado e roupa amassada. A porta se abriu um pouco mais e de lá saiu uma morena alta.
O encarei, mas na verdade eu não estava tão surpresa assim.
- Não é nada disso que você está pensando. - ele disse passando a mão pelos cabelos.
- Por que você não tenta uma frase menos clichê?
- Não aconteceu nada aqui. - ele falou pressionando os lábios.
- Boa tentativa. - falei e meus olhos se encheram de lágrimas.
- … - ele me puxou para dentro da sala e me deu um abraço. O empurrei, ele segurou em meus braços. - Não gaste suas preciosas lágrimas comigo.
Eu respirei fundo e me sentei.
- Eu não valho nada.
- Eu sabia que não estava dando certo. - falei e ele sorriu triste pra mim.
- Eu queria que desse, mas me perdoe. - ele segurou minha mão. - Eu estou melhor sozinho.
Balancei a cabeça e me levantei, abri a porta e o olhei uma última vez para .
Dias depois recebi um envelope vermelho de veludo. Dentro havia um cartão preto e nele estava escrito em letras douradas: Eu ouvi dizer que o amor é um risco que vale a pena correr.
Fim ou quase isso
Nota da autora: Muito confuso, eu sei. Mas nem todas as coisas nessa vida tem lógica.
Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.