Reconciliation

Finalizada em: 22/09/2018

Capítulo Único

Fazia meses que o estava totalmente estranho comigo.
As coisas haviam mudado drasticamente: parecíamos dois estranhos depois de ele ter voltado de uns vácuos que me tinha dado. As coisas eram intensas antes: pela primeira vez eu tinha me entregado a alguém e tudo estava à flor da pele. Eu sentia desejo só de tocarem em seu nome, pensava nas mensagens que ele havia me enviado antes de tudo isso começar, sentia meu corpo pegar fogo só de imaginar as mensagens trocadas. Eu estava totalmente dispersa de meu trabalho desde o dia em que tudo começou a mudar por causa de nós, por causa das noites mal dormidas que eu estava tendo.
Muitos dos meus pensamentos eram do por quê exatamente aquilo tudo estava acontecendo. Estava parecendo uma adolescente apaixonada tentando lidar com a rejeição. De acordo com ele em uma das nossas brigas nenhum sentimento que ele tinha por mim havia mudado, mas não parecia quando ele não mediu esforços para me deixar novamente de graça trocando carinho sozinha.
Olhei novamente para o computador e para a planilha que tentava terminar de análisar pela milésima vez no dia. Estava aberta e inacabada. Me joguei para trás na cadeira, passei as mãos em meu rosto, respirando fundo, buscando paciência para continuar o que estava fazendo.
Mas sabia que não teria paz por enquanto que não resolvesse o que tanto estava me tirando do sério.
Olhei no relógio, que marcava exatamente 01:14 pm, levantei subitamente da minha cadeira, peguei minha bolsa e corri para a porta. Assim que passei pela minha secretária avisei que voltaria em algumas horas. Saí do prédio nas ruas movimentadas de NY, peguei o primeiro táxi que me apareceu e dei o destino da empresa do , seja lá o que estava acontecendo mudaria hoje. Dentro do prédio peguei o elevador principal direto para a cobertura, não deixando que a sua secretária avisasse que eu estava ali. Dei alguns toques na porta e ouvi o barulho da tranca. Empurrei-a e ali estava ele, com expressão confusa e irritada, provavelmente por não ter sido avisado que seria perturbado àquele horário, por trás de pilhas de papéis e um enorme computador.
Assim que direcionou o olhar a mim, sua expressão mudou e eu vi dúvida em seu semblante. Apoiei meus braços na sua grande mesa de mogno e observei o quão seu perfeccionismo dominava a sala com as canetas perfeitamente alinhadas. O vi observando rapidamente todo meu corpo e o decote discreto que agora havia ficado ainda mais visível por causa da posição em que eu estava. Aproveitei para observar o quão bonito era o contraste entre sua pele leitosa e o paletó azul marinho, a gravata meio desorganizada, provavelmente por já ter tentado folga-la diversas vezes, a barba por fazer e aqueles olhos escuros como um abismo me fitando.
Senti um arrepio percorrer minha espinha e agradeci a Deus por não estar perto o suficiente para ele não perceber os efeitos que causa em mim. Demorou alguns segundos até ele quebrar o silêncio entre nós:
- , o que devo a honra da sua visita em meu escritório?
Sua voz tinha um misto de surpresa e brincadeira.
Incrível como ele lida com isso como se não estivesse acontecido. Se desse, naquele momento eu teria revirado os olhos, mas mantive minha educação.
Dei um pequeno sorriso sarcástico e a resposta não foi diferente:
- Bom, já que por mensagem você adora me ignorar eu vim bater um papo pessoalmente, quem sabe assim você não me deixa falando só?
- Sempre tão bem humorada, sweet. Você sabe... As coisas andam bem complicadas para o meu lado e eu estou tão sobrecarregado e estressado que não queria ser grosseiro com você e acabar te magoando.
Ele apontou pra pilha de coisas em cima da mesa e se jogou na cadeira, demonstrando o cansaço.
- Tudo bem, não vim aqui discutir isso novamente. Vim tentar ajudar, você sabe... Acho que posso te deixar um pouco relaxado e te fazer voltar no pique pra todo esse trabalho.
Enquanto falava, dava a volta na sua mesa e sentava lentamente em seu colo. Vi a surpresa estampada em seus olhos. Dei um beijo em seu pescoço e senti imediatamente as suas mãos apertando lentamente minha cintura e seus ombros relaxarem. Dei uma leve mordida e passei os dentes levemente por seu pescoço, ouvindo-o arfar no meu ouvido.
- Não faz assim, sweet, eu não me responsabilizo por mim!
Rebolei lentamente em cima dele e ele fez pressão nos meus quadris me forçando para baixo. Eu já estava entregue a ele e, envolvida naquela nossa bolha, senti-o procurando pela minha boca e a tomando com um certo desespero.
O beijo foi rápido e cheio de provocações. Mordi seu lábio inferior enquanto rebolava com mais precisão nele, sentido-o duro debaixo de mim. Fiz pressão, ouvindo-o gemer em meu ouvido. Dei alguns beijos molhados por seu pescoço e puxei levemente o lóbulo.
- Você precisa de ajuda, meu bem?
Olhei bem para seus olhos e sorri provocativa, tirando sua gravata lentamente e jogando por cima dos ombros. Abria os botões de sua camisa lentamente, vendo quase que uma aflição estampada em seus olhos para que eu fosse um pouco mais rápido.
Eu adorava saber que estava no controle. Faria ele sofrer mais um pouco, até ele começar a desabotoar o resto com mais rapidez. Mais uma vez me aproximei de seu ouvido:
- Está com pressa, anjo?
Ri sarcasticamente e desci da cadeira. Ajoelhei-me na sua frente e o acariciei por cima do tecido: estava totalmente duro, observava suas reações e era totalmente excitante ver seu rosto tomado por prazer. Os olhos foram fechados por alguns instantes, mas ele logo os mirou em mim, pegou algo por cima da mesa. Rapidamente notei ser a gravata.
Ele a colocou em volta do meu pescoço e abaixou a sua boxer junto com a calça. Seu membro pingava pré-gozo e eu não me contive ao me tocar observando aquela cena: seus olhos brilhavam de pura luxúria. Assim que ele viu o que eu estava fazendo não conteve o gemido, tomando a liberdade de masturbá-lo lentamente. Ele revirou os olhos necessitado, guiou-me até seu membro e começou a guiar lentamente minha boca por todo seu membro.
- Aah, !
Estava totalmente molhada, e aquela voz rouca me deixava totalmente fora de mim, necessitada dele. Observava suas reações e não contive um gemido, as vibrações em seu pau o fez franzir o cenho, fechando os olhos e soltando um gemido baixo. Sentia o seu gosto salgado na minha boca, ele aumentou a velocidade nos meus movimentos e revirou os olhos. Ele era bem dotado e não cabia totalmente em minha boca, o sentia em minha garganta e as vezes acabava engasgando, o que deixava ele ainda mais louco.
Eu não duraria muito com tudo aquilo que estava acontecendo, revirei os olhos ao sentir meus dedos fazerem um ótimo trabalho no meu ponto de prazer e sabia que ele também não estava tão longe do seu orgasmo. O sentia ainda mais duro na minha boca, chupei com um pouco mais de intensidade, o tirei da boca, lambendo toda sua base, respirei fundo e o abocanhei, forçando-o em minha garganta.
Ele ofegou e soltou um gemido alto: aquilo foi o ponto alto para ele. Senti todo o seu líquido descendo por minha garganta. Ele olhou pra mim, um pouco atordoado pelo recente orgasmo, e observou que eu havia parado meus movimentos. Pegou-me no colo e me deitou em cima da sua mesa, empurrando diversas pilhas de papéis pelo chão. Tirou meu blazer e abriu alguns botões da minha blusa com urgência, e, observando que eu estava com uma langerie preta rendada, ele grunhiu:
- Você faz isso pra me enlouquecer não é, garota? Você já tinha esse intuito? De vir aqui e me deixar nesta situação?
Ele não esperou respostas ao afastar meu sutiã e abocanhar um de meus seios. Revirei os olhos e aproveitei a sensação enquanto sentia seus dedos subindo minha saia e afastando minha calcinha enquanto trabalhava em meu clitóris.
Gemi alto e puxei o máximo de ar. Todo meu corpo estava pegando fogo. Ele penetrou dois dedos e agora estava sugando meu clitóris. Eu estava totalmente fora de mim, senti-o ir lentamente só para me provocar e eu acabar implorando por mais. Ele não suportava saber que eu tinha o controle na maioria das vezes. Revirei os olhos mais uma vez.
- Por favor, , mais rápido!
Ele deu um risinho sarcástico e aumentou a intensidade. As pernas estavam bambas com tantas sensações naquele momento. Senti um nó se formando em meu ventre, gemi alto quando ele deu uma leve mordiscada em meu clitóris e senti o orgasmo vir com força, me desmanchando em sua boca.
A respiração estava totalmente ofegante enquanto tentava me recuperar do acontecido. Ele procurou pelos meus lábios e trocamos um beijo cheio de vontade, sorrindo entre o beijo, mas acabámos nos assustando com o telefone ao nosso lado. Ele pegou meio desajeitado e com raiva no semblante.
- O que houve? - Assim que desligou ele começou a ajeitar a roupa. - Porra, eu tenho uma reunião agora e os investidores já estão esperando. Cacete, não pense que acabamos aqui, baby. Te pego às seis em sua casa, vamos ao Boucherie Park e logo em seguida, vamos terminar o que começámos aqui.
Dei o meu maior sorriso sarcástico e, após estar totalmente arrumada, dei um pulinho da mesa e senti que ele me observou até a porta. Saí sala a fora, totalmente satisfeita e resolvida.




Fim



Nota da autora: Hey! Obrigada por ler minha primeira shortfic! Espero que tenha gostado.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no mariffobs@gmail.com.


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