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Reféns



Última atualização: 15/10/2016

Capítulo 1


Às 11 horas da noite, duas belas garotas passeiam pelas ruas do subúrbio de Londres.
- Vem logo, , o banco já vai fechar. – corria e gritava que nem uma louca nas ruas escuras e vazias de Londres.
- O banco é 24h, idiota! – tentava acompanhar a amiga que estava a sua frente.
- Mas a minha conta vence hoje. – a menina parou e esperou a amiga chegar perto, assim que ela se aproximou, nem teve tempo de agradecer e foi puxada por .

+++


Há algumas quadras dali, dois corajosos rapazes conversavam amigavelmente.
- Mas que droga, Dougie, tá parecendo uma bicha! – Harry tentava empurrar o amigo para dentro do carro.
- Harry, meu amor... Não tem ninguém nas ruas, isso é perigoso. – Dougie estava com sono por ter sido acordado às 11 da noite, e com medo por sair tão tarde. – E quem é que vai ao banco às 11 da noite?
- Quem tem que pagar uma conta que vence daqui há 2 horas. – Harry conseguiu jogar o amigo dentro do carro, e logo deu a partida. – Não quero pagar juros! – disse por fim, ao ver a cara de emburrado do amigo.

’s version:

- Ufa! Chegamos a tempo! – olhei no relógio que marcava 11h20min.
- Okay! Anda logo, porque eu não to gostando nadinha disso. – falava calmamente, tentando recuperar o fôlego da corrida. Mas também, tínhamos corrido por seis quarteirões.
Entramos no banco, que estava vazio, fui até o último caixa eletrônico e comecei a fazer o meu pagamento.

Harry’s version:

- Dude! Isso tá muito sinistro! – Dougie olhava as ruas escuras e vazias pelo vidro do meu carro.
- Quer que eu chame a mamãe? – Eu apertava as bochechas de Dougie que logo me deu uma tapa, fazendo com que eu voltasse minha atenção para as ruas. - Já chegamos, vai ser rapidinho, aí depois eu prometo que te coloco na cama e conto uma historinha pra você dormir. – ria da cara de Dougie enquanto estacionava o carro.

’s version:

- ... Você sabe a minha senha? – perguntei logo depois que uma janelinha que dizia “senha incorreta” apareceu na tela do caixa eletrônico.
- Eu? Por que eu saberia a sua senha? Você não sabe? Eu corri por uns 6 quarteirões à toa?
Quando estava a poucos centímetros da minha garganta, foi interrompida por um barulho de carro. Graças a Deus. Ela estremeceu e ficou completamente imóvel ao ver dois homens vestindo grandes casacos pretos com capuzes nas cabeças entrando no banco, ela correu para trás de mim e eu ainda pensava na maldita senha que tinha esquecido.

Dougie’s version:

- Anda logo, porra! – empurrei Harry, que empacou na entrada do banco. – Vai logo fazer o que tem pra fazer, eu espero aqui, se chegar alguém eu saio correndo.
Eu tremia só de pensar na possibilidade de ter que enfrentar uma arma apontada em minha cabeça. Ao ver que Harry não se movimentava, reparei melhor no que ele tanto olhava, e me deparei com duas garotas a uns sete ou oito metros de distância da gente. As achei muito estranhas e pensava altas coisas delas “E se elas forem como as gostosas de ‘Táxi’? Por que garotas lindas estão em um banco às 11:30 da noite?”
- Toma! Leva tudo, mas não me machuque e nem me mate, por favor! – A menina que estava escondida jogou sua bolsa em nossa direção, fazendo com que eu saísse do meu transe.
- Harry! Você não disse que ia pagar contas? Por que não me disse que você ia assaltar um banco? – Fiquei confuso e alterado.
- Larga de ser idiota, Poynter – Harry me deu um pedala caprichado, gemi um “ai” e fiquei quieto. – Eu não vim assaltar nada, só vim pagar a droga da minha conta. Ela é quem tá achando que nós somos ladrões. – Harry falava, gesticulava, apontava... Ele estava estranho.

’s version:

- Nossa senhora da bicicletinha! Dai-me equilíbrio! , nós vamos morrer! – eu tremia atrás de e falava baixo para que só ela ouvisse.
- Que merda! – já estava nervosa – Não me lembro da minha senha. – e de novo a janelinha apareceu “senha incorreta” – Mais uma vez e trava.
- OI! Nós vamos ser mortas por dois maconheiros loucos e você tá preocupada com a senha? – não acreditava em meus ouvidos... Tá, vindo da isso não é novidade.
- Larga de ser exagerada – ela disse tranquila, como ela podia estar tranquila?
- Se você quer morrer, que morra sozinha! – peguei minha bolsa e joguei para os maconheiros loucos – Toma! Leva tudo, mas não me machuque e nem me mate, por favor. – Implorei.

Girls' version:

Ao ouvir os meninos discutirem e a palavra “assalto” aparecer algumas vezes em seu diálogo, voltou a ficar atrás de , que dessa vez se preocupou... Era a sua última tentativa de lembrar a senha do banco, ainda tinha dois caras falando de assalto em sua frente e uma louca que tremia como os pinguins do pólo norte atrás dela, e, para terminar, ela nem sabia se os pinguins do pólo norte tremiam.
- Ei! Fica calma! – um dos meninos se aproximava com a bolsa de – Não vamos roubar nada e muito menos te machucar. – ele estendeu a bolsa pra e deu um sorriso meigo, que fez se derreter. Ela saiu de trás de e pegou sua bolsa.
- Me desculpe, é porque vocês, vestidos assim, à essa hora em um banco, o que eu poderia pensar? – estava nervosa com aqueles olhos azuis a encarando.
- Eu pensei o mesmo de vocês. – o outro garoto se aproximou sem jeito, mantinha as mãos nos bolsos e olhava para o chão – Achei que eram ladras gostosas que nem em Táxi. – finalmente levantou a cabeça, o encarava.
não deu conta de segurar o riso (novidade!). - Ai! – gemeu de dor ao sentir o cotovelo de em seu estômago. – ! – estendeu a mão para os meninos gentilmente.

Boys’ version:

- Tá, tá. Mas vai lá resolver isso. - Dougie ainda achava as meninas suspeitas.
- Tô indo, tô indo... - Harry pegou a bolsa da menina no chão e foi em direção as duas - Ei! Fica calma, não vamos roubar nada e muito menos te machucar. – Harry estendeu a bolsa para a menina, deu seu melhor sorriso e ela saiu de trás da outra, ao vê-la de perto e por inteiro, ele não pôde deixar de pensar em coisas pervertidas.
- Me desculpe, é porque vocês, vestidos assim, à essa hora em um banco, o que eu poderia pensar? – Harry não parava de olhar a garota, praticamente a engolia com os olhos e quando seus pensamentos pervertidos estavam piorando foi interrompido por Dougie, que teve a coragem de se aproximar.
- Eu pensei o mesmo de vocês. – as mãos de Dougie suavam, então ele as colocou dentro do bolso – Achei que eram ladras gostosas que nem em Táxi! – seu rosto queimava de vergonha, ele não acreditou que tinha as chamado de gostosas na cara dura. “Idiota” ele se xingava, e levantou a cabeça devagar para ver a reação das meninas.
Agora sim ele estava vermelho, podia sentir. Aquela que deu a risada escandalosa o encantou. – !
- Seu refém... – Doug apertou a mão da garota – Dougie Poynter!
- Harry Judd! – Harry cumprimentou as meninas, ignorando o que Dougie acabara de falar.
- ! – Harry ficou (lê-se: voltou) a encarar , que corou e deu um sorriso mongol.
- Eu vos declaro marido e mulher! – fez o sinal da cruz – Agora pode beijar a noiva!

’s version:

Eu estava tão concentrada no sorriso de Harry e naqueles olhos azuis penetrantes que quando ouvi dizer tal coisa, não acreditei, fiquei vermelha, não sabia se era ódio dela ou se era felicidade e paixão (urra!). Só pensei em uma coisa naquela hora... E foi o que eu fiz.

Dougie’s version:

Eu ria daquela cena bizarra, parecia realmente um padre e pude perceber que Harry realmente ficou sem graça, pela primeira vez. Ao ver se mexer, pude jurar que ela ia beijar Harry, mas não foi isso que ela fez.
- Ai! Mas que merda, para de me bater. - reclamava, pois levava um soco no estômago. - Ficou nervosinha por quê? Gostou?
Cala a boca , quer levar outro soco? – partiu pra cima de , que em um impulso, correu pra trás de mim. Eu fiquei sem reação, mas quando senti a mão dela no meu ombro, estremeci e a protegi.
- Tá de TPM ou tá apaixonada? – não parava de zoar a amiga.
- Harry, dá pra fazer alguma coisa? – Eu reclamei, pois já estava cansado de levar tapas da meni... Da .
- Ahn? – Harry saiu dos seus sonhos, sim, ele com certeza estava sonhando com o casamento dele e da . – Ah... sim. – Foi até a garota de seus sonhos e a segurou. – Ei! Calma. – ela parou de me bater, ainda bem. – Tá tudo bem!
- É, tá tudo bem, até porque... – foi calada por minha mão que tampava a sua boca.
- Não vou te defender dessa vez não. – e tirei a mão de sua boca, que resmungou algo. – A tapa dela doi! – e fiz a minha melhor carinha de triste.
- Oooh! Tadinho. – apertou minhas bochechas. – O meu doi mais! – e ela sorriu me fazendo sorrir automaticamente também.

Everybody’s version:

Após um longo tempo de conversa, risos e tapas, eles já se conheciam muito bem, como se fossem velhos amigos. Harry jogava indiretas bem diretas para , e Dougie e aproveitavam a presença um do outro. Os meninos tinham uma banda de garagem “McFly”, faziam faculdade de música e moravam a uns três quarteirões da casa delas, que também estavam na faculdade, fazia psicologia - sempre quis entender a cabeça da amiga - e fazia artes cênicas, sonhava em ser famosa.
- Então o que vocês estão fazendo em um banco de madrugada? – Dougie perguntou enquanto Harry terminava de pagar a sua conta.
- AI MEU DEUS! – se levantou do chão, onde estava sentada. – A CONTA! – e saiu correndo pro caixa.
- Ela é tão esperta que esqueceu que a conta de luz vence amanhã, aí viemos correndo, para que ela não pagasse multa, juros ou que a luz fosse cortada. – falou.
- Então somos dois. – Harry se sentava ao lado de . – Mas a minha foi a conta de água. – sorriu.
- , você sabe a minha senha? – perguntava do caixa.
- Eu já disse que não, mas que raiva! – já estava impaciente com a burrice da amiga.
- Ferrou! - fazia de tudo para se lembrar da maldita senha, mas foi surpreendida por algo.
- MÃO NA CABEÇA, ISSO É UM ASSALTO! – dois homens armados entraram no banco.
- AAAAAAAAAAAH! – e Dougie gritaram juntos e se abraçaram. Harry ficou sem reação e colocou a mão na cabeça rapidamente.
- Mas que merda! Só me faltava essa! – resmungava e ia pra perto dos amigos. – Oh, seu ladrão! Já vou avisando que eu esqueci a senha. – e se sentou ao lado de Dougie.
- Vai lembrar! - o mais alto falava enquanto amarrava ela e Dougie. – Ah, se vai! – agora ele amarrava e Harry.
- Bem que eu queria, mas minha cabeça não tá funcionando direito. – falava normalmente, como se tivesse falando com qualquer um.
- E com uma bala no meio da cabeça... – ele posicionou a arma na cabeça de – Será que ela volta a funcionar?
Nessa mesma hora começou a chorar, ela apertava a mão de Harry, que tentava protegê-la, Dougie se estremeceu e uma sensação horrível passou por seu corpo e principalmente por seu coração ao ver a arma sendo apontada pra . engoliu seco e resolveu calar a boca, só voltou a respirar quando o homem se afastou e foi ajudar o outro a abrir o cofre.
- Você é louca? Quer morrer? – sussurrava para que os homens não a ouvissem e ainda chorava um pouco.
- Calma, , relaxa e goza que a vida é cor de rosa! – tentava acalmar a amiga. Ao sentir Dougie tremer e suar se virou para o garoto. – Tá tudo bem, Dougie, não vai acontecer nada. – sorriu decentemente. – Dessa vez eu te protejo. – e deu um beijinho na bochecha dele.
- É só você não falar mais nada. – ele sorriu se sentindo melhor.
- Ei! Eu tive uma ideia. - tirava sua bota. – Dougie, você dá conta de tacar naquele vidro? – apontou para o vidro que se encontrava na entrada dos caixas principais.
- Você é louca? – Dougie não acreditava. – Não vou fazer isso, não.
- Saquei! - Harry disse como se descobrisse a América. – Aí o alarme vai disparar!
- E uma bala na nossa cabeça também! – dizia com medo, mas já havia parado de chorar.
- Se você não tacar, eu taco. – e foi isso que fez, jogou com toda força a bota plataforma preta na janela de vidro. Um barulho enorme de vidro se partindo e uma sirene estridente faziam com que levassem as mãos nos ouvidos.
- FODEU! – o baixinho colocava o resto do dinheiro na mala.
- VOCÊ É LOUCA, QUER MORRER? – o maior gritava pra .
- Foi mal! Escorregou! – e sorriu com carinha de criança que fez arte.
- Idiota. – e deu uma bela tapa (lê-se: soco) na cara de , que gritou um “Ai!”, e começou a chorar (de novo).
- Bate em alguém do seu tamanho, idiota! – Harry gritou para o homem que na mesma hora virou e deu um soco em Harry, fazendo seu nariz sangrar.
- Mais alguém quer me enfrentar? – disse o homem olhando para e Dougie, que permaneciam quietos. – Bom mesmo!
- Larga eles aí! Vamos logo, a polícia já deve estar vindo! – o baixinho caminhava para a porta do banco.
Barulhos de sirene foram ouvidos e imediatamente o baixinho voltou.
- Estamos em Londres, meu bem; aqui a polícia é rápida.
- Vagabunda! – e chutou , bem nas cochas, fazendo com ela gemesse de dor – Olha o que você fez! – nem preciso falar que ele estava muito bravo, e deu mais um chute em seu estômago, fazendo com que ela cuspisse sangue e gritasse de dor.
- AQUI É A POLÍCIA! VOCÊS ESTÃO CERCADOS, COLOQUEM AS ARMAS NO CHÃO E SAIAM COM AS MÃOS PARA CIMA!
- Vem cá! – o homem levantou , colocou-a em sua frente como um escudo e levou a arma em sua cabeça.
Dougie não tinha reação, estava imóvel. Lágrimas percorreram seu rosto ao ver Harry sangrando e sendo acariciado por , que não parava de chorar. Ele não sabia o que fazer, só ficava lá, quieto e imóvel.
O homem caminhava com até a porta do banco com dificuldade, já que ela não andava direito, devido a dor nas pernas.
Eu tenho reféns, se vocês atirarem, eles morrem. Quero um helicóptero e 50 mil libras, só assim eu vou soltá-los, e nada de tiro antes, durante ou depois. – ele gritava para os policiais.
- Solte-os, vai ser melhor, abaixa a arma e vamos conversar direito. – um policial falava.
- Nada de negociações, isso ou a morte deles! – ele ria e posicionava a arma na cabeça da menina, que mesmo com a boca toda cortada, tinha um pequeno sorriso no rosto.
- Harry...! – chamava – Não me deixa! – as lágrimas voltaram a correr em seu rosto pálido.
- Jamais! Ainda temos que casar de verdade. – ele fez uma careta de dor ao tentar sorrir, e simplesmente selou seus lábios, em um beijo que passava segurança e que também parecia o último.
Quinze minutos depois, o barulho do helicóptero no teto do banco fez com que todos ficassem em silêncio.
- O dinheiro esta no helicóptero, agora solte os reféns! – o policial falava pelo mega fone.
- Vamos ver quem eu vou soltar! – o homem ria.
- Deixe-os ir, se precisar de reféns, eu fico. – tentava um acordo, não aguentava ver seus amigos naquela situação.
- Que lindo! Quer ser a heroína da noite. – agora ele fazia carinho em . - Sabia que as heroínas também morrem?
- Me larga, seu ogro. – tirou a mão dele com um tapa. – Solte-os logo! – exigiu.
- Hum! Não tem medo do perigo, não? – fez careta – Alfred, solte os outros. – ordenou para o baixinho.
- Eu não vou sem a ! – tentava puxar a amiga.
- Harry, leva ela, por favor. – implorava para Harry, sabia que sua amiga não estava bem e que ela não aguentaria mais aquela situação.
- Vem, ! – Harry não gostava da situação, mas ele e não estavam nada bem. Quando saíram do banco foram direto para a ambulância, que se encontrava ali para fazer curativos necessários.
- Vai logo! – o baixinho empurrava Dougie.
- Dougie, vai embora! – suplicava para o menino ir.
- Não sem você! – Dougie puxou a menina dos braços do ladrão e abraçou-a.
- Chega! Isso não é hora de discutir a relação, sai logo daqui antes que eu mate todo mundo. – o ladrão estava bem estressado.



Capítulo 2


- AAAAAAAAH! – gritou quando ouviu um tiro sendo disparado de dentro do banco e começou a chorar desesperadamente. – Aquela maluca... – berrava e chorava. – ...ela não pode morrer!
- Calma, . – Harry a abraçava. – Eles estão bem! –falava mais para se convencer.
- O que você fez? – o baixinho gritava. – Eu não tenho nada a ver com isso. – e saiu correndo, entrando no helicóptero e indo embora.
Logo após o disparo, a polícia invadiu o lugar prendendo Pietro, que era procurado em três países, por sequestro, roubo e formação de quadrilha. Como planejado, o helicóptero também foi capturado e os dois ladrões estavam agora saindo do banco algemados. Entraram em um camburão e desapareceram aos olhos atentos de e Harry que esperavam os amigos saírem vivos de dentro do prédio.
- Harry!... se acontecer algo com ela... – abraçava Harry com força.
- Nada vai acontecer, . A é esperta. – Harry fazia carinho em seus cabelos.
- Oh, Meu Deus! – voltava a chorar ao ver uma maca saindo de dentro do banco com paramédicos e tudo mais ao lado. e Harry ficaram olhando o corpo sendo colocado na ambulância e indo embora rapidamente. correu para dentro do banco e ficou surpresa com o que viu.
- ! – ela gritou feliz por ver a amiga ali, ajoelhada em frente a uma poça de sangue chorando. – Ei, você está chorando? – assustou-se, nunca viu a amiga naquele estado e nem lembrava da última vez que a viu chorar.
- Ele... ele entrou na frente – chorava – Aquela bala era pra mim, , pra mim! – Ela abraçava a amiga forte e chorava em seu ombro.
- Ele está bem? – disse Harry preocupado.
- Não sei, Harry, não sei! – dava pra ver que estava desesperada e não se conformava com o que estava acontecendo.
Alguns minutos depois, Harry estacionou em frente ao hospital, ele estava abatido, com o nariz cheio de gazes e muito cansado, estava abraçado com , que estava fraca com olheiras de tanto chorar. Mesmo assim, ela estava linda aos olhos de Harry. Eles caminhavam para o hospital, mais pra frente se encontrava , que estava pior que os dois juntos; Seu rosto estava inchado, pálido e com hematomas, ela mancava de tanta dor, não quis ter os primeiros socorros, por isso brigou com , ela só queria saber se Dougie estava bem.
foi a primeira a chegar ao balcão, e ficou apertando aquela campainha que, se fosse em outra ocasião, ela estaria adorando.


’s version:

- Onde é o quarto do Dougie? – perguntei assim que a atendente tirou a campainha de meu alcance. – O menino que chegou há pouco. – explicava para a senhora gorda e... se ela falasse “Poodee” seria idêntica à Drª Lorca.
- Ah... ele chegou e foi direto pra UTI. – Pernas? Eu não sentia mais minhas pernas, me segurei no balcão. – É no 5ª andar, o médico irá explicar melhor. – a gordinha sorriu e voltou para onde estava.
Eu não sabia o que fazer, minha cabeça estava a 100 km/h e não conseguia organizar meus pensamentos; ‘E se o Dougie morrer?’... ‘E se ele me odiar?’... ‘E se ele perder a memória?’... ‘Aaaahhhh’... ‘E se os pinguins do polo norte não tremem?’... ‘E se o Dougie morrer?’... ‘S10R24’.
- Lembrei a senha do banco! - Gritei de uma vez assustando, Harry e , que provavelmente estavam ali há uns minutos me chamando.
- Senha! Senha! O que você quer com essa senha? Olha onde estamos, temos coisas piores pra nos preocuparmos! – estava irritada com a minha atitude (mas foi sem pensar).
- Calma, ! – Harry a abraçou mais forte. – Vem, vamos ver o Dougie! – e saiu puxando ela.
‘Burra! Burra! Burra! Como pôde falar isso? O Dougie esta lá na UTI em coma só por sua causa, e fica falando besteiras.’ Passei um tempo ali, parada, olhando o nada, reorganizando meus pensamentos.
Após estar tudo em ordem, me levantei e fui ao encontro de Dougie. Chegando lá, me deparei com a cena que já estava virando comum, Harry abraçando , só que dessa vez, ele que chorava na sala de espera. Passei pelos dois sem dizer nada e entrei no quarto.


’s version:

- não está nada bem, ela devia ter ido pra casa. – falava pra Harry enquanto caminhávamos para dentro do hospital.
-Ela está preocupada com o Dougie, só Deus sabe o que aconteceu dentro daquele banco.”– Harry tentava me consolar, mas acho que ele estava bem pior que eu.
Ao chegarmos na recepção vi uma paralizada, que fitava o nada e estava parecendo um zumbi. Harry foi pedir informações no balcão e depois foi me ajudar a ‘acordar’ , nós chacoalhamos, chacoalhamos e nada.
- Lembrei a senha do banco! – De repente gritou do nada, assustando a nós dois.
- Senha! Senha! O que você quer com essa senha, olha onde nós estamos, temos coisas piores pra nos preocuparmos! – Agora ela me irritou de vez, primeiro a menina despachou os primeiros socorros para ir pro hospital, chega aqui e fica pensando na senha do banco? Sendo que ela já ia pagar multa, pois já estava amanhecendo.
- Calma, ! – Harry me abraçou forte e eu resolvi parar de discutir, era doida, uma doida-cabeça-dura-zumbi.
Saí com o Harry para o quarto de Dougie. Ao chegar lá, fomos direto falar com o médico que, pra nossa sorte, havia acabado de sair do quarto.
- Como ele está, doutor? – Harry estava muito preocupado com o amigo, eles eram como irmãos.
- Bem... ele está em coma e corre riscos, já que a bala perfurou o pulmão e quase penetrou o coração, também perdeu muito sangue e tivemos que fazer uma transfusão.”
Harry começou a chorar, eu o guiei até um banco e o abracei forte. Vê-lo daquele jeito não me deixava nada feliz, preferi não falar nada, nessa hora senti falta de , ela não cala a boca e provavelmente falaria algo engraçado ou confortante. Foi então que eu a vi, ela me olhou e logo depois entrou no quarto de Dougie, nem sequer perguntou se podia.


and Dougie’s version:

- A senhora não pode entrar aqui. – Uma enfermeira, que estava dentro do quarto, se virou pra mim assim que entrei.
- É que o doutor está te chamando lá na sala dele. – dei o falso recado para a enfermeira loira e bonita que saiu do quarto dizendo ‘obrigada’. Fui até a porta e a tranquei, fechei a cortina tampando o grande vidro na parede que era provavelmente para que os parentes pudessem ver o paciente, já que é proibida a entrada na UTI.
Me virei para Dougie que estava deitado naquela ‘cama’ de hospital cheio de faixas e de tubos por toda a parte. Lágrimas escorriam pelo meu rosto.
- Seu idiota! – me sentei em um banquinho ao lado de sua cama. – Aquela bala era pra mim, por que você entrou no meio? – conversava com Dougie como se ele pudesse me responder.
“Entrei no meio porque eu... eu realmente gostei de você” – eu ‘falava’, mas não saía som, eu não escutava minha voz, estava escuro e frio. – “Que merda é essa?”– já estava ficando sufocado.
- Agora você está aí, deitado nessa cama de hospital, em coma por minha culpa. – As lágrimas teimavam em cair, eu estava muito mal, não porque estava toda machucada, mas sim porque eu era a verdadeira culpada por tudo! Por ele estar em coma, por Harry estar chorando lá fora, por ter brigado comigo... Por tudo.
“AAAAH, eu estou em coma, me tirem daqui, socorro!”– Tentei achar uma ‘saída’ de tudo aquilo, mas não achei nada.
- Desculpa, eu realmente não queria que isso acontecesse. Você me perdoa? – segurei na mão gelada de Dougie, imaginando a resposta.
”Não precisa se desculpar, você não fez nada além de tentar salvar a vida de todo mundo.” – agora eu estava mais calmo, aquele escurinho não me assustava mais, imaginava na minha frente e isso me confortava.
- Obrigada Dougie, eu sabia que você ia me desculpar. – sorri, como eu queria que ele realmente me respondesse – Você é um amor! – beijei a sua mão. – Acho melhor eu ir nessa, antes que a loira peituda volte. Pois é, é proibido entrar aqui, mas não se preocupe, eu virei aqui todos os dias. Sei que é errado, mas eu vou vir te ver e quero ver quem vai me impedir. – sorri e beijei o lugar em seu rosto que não tinha tubos. – Tchau! – e saí do quarto.
“Ei, não vai embora! Fica aqui comigo... AFF! Já foi. Pelo menos ela é louca e volta amanhã.’’ – fiquei feliz pelo que ela disse e fiquei por aí, vagando pelo escuro, tentando entender como funcionava.


’s version:

- Harry, fica calmo, o Dougie é forte. Ele vai sair dessa rapidinho! – sorria, abraçava, fazia de tudo para Harry parar de chorar e ficar calmo. –“Vem, vamos lá pra casa, nós precisamos de um banho e de comida. – me levantei decidida a levar Harry junto.
- Não, , eu vou ficar aqui com ele.
- Não perguntei, eu estou mandando você vir comigo. Harry, você não pode fazer mais nada! Vamos, chegou a minha hora de cuidar de você. – o puxei e saímos andando.
“Vou, só porque você vai cuidar de mim!” – ele sorriu fofo e meu-Deus-do-céu, que sorriso lindo! Retribui, mas sabia que não era à altura.
Eu fui dirigindo, já que Harry estava mal e não sabia onde era minha casa. Não demoraria pra chegar, pois não era tão longe.
Estacionei na garagem onde havia um fusca conversível e sua pintura era de zebra, mas não uma zebra preta e branca, e sim uma roxa e rosa fluorescente. Conversível porque o sonho da era ter uma Ferrari, então ela mandou arrancar o teto do “xuriço” (sim, esse é o nome do nosso fusca), e a cor era desse jeito porque eu queria rosa e , roxo, então pintamos assim para agradaras duas.
Entrei em casa acompanhada por Harry que não sabia o que falar da decoração, pois é... bem diferente. Eu e dividimos os cômodos para decorar, ela ficou com a cozinha, jardim e quarto de hóspedes; Eu com a sala, varanda e escritório, então ficou muito louco. A sala lembrava Hollywood, espalhei pôsteres de filmes e bandas pelas paredes, no chão tinha um tapete vermelho e estrelas no piso com o nome de famosos, incluindo o nosso.
-Senta aí, fique à vontade, vou pegar algo para comermos. – disse a Harry que murmurou um ‘Okay’ e fui para a cozinha que era como o polo norte, ou seria polo sul? Nem sabe, no chão tinha pegadas de bicho na neve, iglus, pinguins, ursos polares, focas... desenhados nas paredes brancas.
Peguei os ingredientes e fiz dois belos sanduíches.Peguei suco de maracujá e retornei à sala.
- Gostei da decoração. – Harry olhava o pôster das tartarugas ninjas.
- Obrigada! Espero que goste de sanduíche. – coloquei as coisas na mesa do centro.
- Gosto sim! – sorriu – Obrigado por tudo, . – ele me deu um selinho super fofo.
E assim ficamos a tarde toda: comendo, conversando, vendo filmes; Nada da aparecer, já estava ficando preocupada. Ela não é uma pessoa super normal, então tenho medo do que possa fazer.



Capítulo 3


’s version:

Saí do hospital e fui andando sem rumo, até perceber que eu estava em um parque, nem sabia qual. Subi em uma árvore, me ajeitei em um galho e ali fiquei. Como um menino que eu conheço há pouco tempo faz aquilo por mim?

FLASHBACK:
- Dougie, vai embora. – suplicava para o menino ir.
- Não sem você! – Dougie puxou a menina dos braços do ladrão e abraçou-a.
- Chega! Isso não é hora de discutir a relação, sai logo daqui antes que eu mate todo mundo. – o ladrão estava bem estressado.
- Dougie, sai logo daqui. – agora empurrava Dougie – Eu tô mandando. – ela alterou a voz.
- Você não manda em mim. – rebateu Dougie.
- Mas que inferno, vou levar os dois. – o ladrão pegou os dois pelo braço.
- Você não vai, não. – se soltou. – Vai me levar, só eu, entendeu ou quer que eu desenhe?
- AAAAH, cala a boca, você está me confundindo. – literalmente ele não sabia o que fazer.
- Vem calar! – tá, já sei, ela é louca.
Nisso, o ladrão apontou a arma pra e atirou, mas quem sangrava e caía no chão não era ela e sim Dougie.
END FLASHBACK

Me perdi em meus pensamentos e quando percebi já estava escuro. Desci da árvore e fui caminhando até em casa.
Abri a porta e não vi ninguém na sala, subi para meu quarto e fui tomar uma ducha quente.

Harry’s version:

- Acho que eu já vou, está tarde. – eu estava melhor, me deixava feliz.
- Nem vem, você está incapacitado para dirigir! – ainda estava com a cabeça em meu colo no sofá.
- Tenho que ir, . Preciso de um banho e uma cama fofa. – acariciava seus cabelos.
- Aqui tem tudo isso! – sorria doce. – Por favor, Harry, dorme aqui. A ainda não chegou e eu não quero ficar sozinha nessa casa. – agora ela fazia bico, e que biquinho fofo.
- Só porque eu estou com preguiça de ir embora. – não queria admitir para mim mesmo que aquela menina já tinha um poder sobre mim, coisa que nunca aconteceu.
- Ehee! – e como o normal, deu um de seus ataques.
Ela se levantou me deu um selinho rápido e subiu para arrumar o quarto de hóspedes.
- Quem decorou esse quarto mesmo? – perguntei quando cheguei ao quarto, realmente ele era muito... bizarro.

’s version:

Eu estava terminando de arrumar a cama.
O quarto de hóspedes sempre me deu medo, mas agora eu já estou acostumada. Ele é todo do ‘Bozo’, as paredes, a cama, o guarda-roupa, até no teto tinha um Bozo gigante.
sempre odiou o Bozo, então ela fez o quarto de hóspedes dele para que as visitas fossem embora logo.
-Isso é horripilante! – Harry ligava o abajur do Bozo.
- Essa é a idéia da , assim as visitas vão embora logo. – agora eu ria da cara de assustado do Harry enquanto colocava toalhas limpas no banheiro.
- Nossa! Acho melhor eu ir! – Harry brincava.
- Que isso, o senhor vai ficar e o Bozo é bem legal. Tem toalhas no banheiro e a cama está arrumada, tem comida na geladeira...– expliquei tudo para Harry.
- Ok! Obrigado mesmo. – Harry me deu um selinho demorado e quando ele partiu, me dirigi para meu quarto. Tomei uma ducha e me deitei na cama ainda preocupada com .

+++


Como sempre, era a última a acordar. Naquele dia foi diferente, após usar o toalete ela desceu e começou a fazer panquecas, estava com muita fome.
- Bom dia.
- Bom dia. – se virou e deu de cara com um gostos... Harry de boxers. – Harry?
- Oi! – ele sorriu tímido. – “A me pediu para dormir aqui, pois você não tinha chegado e ela estava com medo. – ele se explicava.
“- Aí... vocês transaram e ela ficou calminha. – estava com raiva. – Aquela bitch, a gente combinou de dar juntas.
- A gente não transou, . – Harry ria da garota.
- Acho bom mesmo! – agora ela virava as panquecas.
Um tempo depois ela e Harry comiam panquecas e conversavam animadamente.
- Panquecas!– deu seu piti e se sentou na mesa pegando a última panqueca.
- Bom dia pra você também! – disse dando um beijo na amiga e saindo.
- Onde é que você vai, mocinha? – brigava com Harry pela última torrada.
- Trabalhar. – sorriu e sumiu pela porta.
- Onde ela trabalha? – Harry perguntou com a boca cheia de torrada. Sim, ele venceu.
- Esse é o problema, ela não trabalha! – disse com cara de Sherlock Holmes.

and Dougie’s version:

Entrei no hospital e fui andando calmamente, observando tudo e todos, nisso descobriu que o zíper do médico estava aberto, que tinha um lugar onde o teto estava cheio de uma gosma azul, que parecia vários Bubbaloos Charada que foram mastigados e lançados no teto, que a enfermeira gorda usa fio dental de oncinha e outras coisas, mas finalmente encontrei o que procurava. Olhei para os lados e não vi ninguém, então entrei naquela sala que tinha uma placa na porta ‘somente funcionários’. Dirigi-me a um armário e fui abrindo um por um até achar o uniforme de médico. Estava pronta: sapatos, calça, blusa, jaleco, até o prendedor era branco. ‘Drª Surech’ repetia o meu novo nome para não ter que olhar no crachá. Saí tranquilamente e fui para o famoso 5° andar.
- Cadê o Dr. Le Blanck? – uma enfermeira perguntou assim que entrei no quarto de Dougie, sorte que não era a mesma de ontem.
- Ele está ocupado. Vim dar uma olhada no... – fingi ler o nome dele na ficha. – ...Sr. Poynter.
- Ok! Vou tomar um café. – ela saiu apressada, fui até a porta e tranquei-a.
- Oi! Fiquei bonita de médica? – me aproximei dele e dei uma voltinha. – Olha o que eu faço pra te ver.

‘Queria poder te ver, mas não consigo! – Eu imaginava vestida de médica.

- Foi difícil achar uma médica do meu manequim. – me sentei na cadeira ao lado da cama. – Aqui só tem médica gorda, aff Maria.

‘Mas por que você veio aqui? Melhor, por que você tá fazendo isso por mim?’

- Bem, eu vim aqui para contar novidades e bater um papo, mas acabei de lembrar que não tenho novidades, ah... acho que a e o Harry transaram, mas o Harry disse que não, não sei não, acho que eles levaram a sério o negócio do casamento e fizeram a lua de mel. – eu ria ao imaginar Harry levando no colo para o quarto e tropeçando, fazendo com que os dois caíssem no chão.

‘Harry safadão!’

- Mas e aí, dormiu bem? Porque eu nem dormi.
‘Bem, essa é uma pergunta retardada, porque se eu, o inconsciente (consciente) do Dougie, dormir agora... POFFT... morremos.’

- Passei a noite em claro pensando e passando produtos na cara, graças a Deus meu rosto não está mais inchado e nem roxo. – passava a mão no meu rosto contemplando a invenção da maquiagem.

‘Espero que você esteja bem. Mas mesmo toda inchada, roxa, rasgada, você é linda, charmosa... Tá Dougie, não vai pra luz, não vai pra luz. ’

- Sabe, Dougie, eu queria muito saber por que você fez aquilo, você mal sabe quem eu sou e salvou a minha vida...

‘Já te disse, eu fiz aquilo porque eu achei que fosse o certo e também mesmo passando pouco tempo com você eu já gostei do seu jeito maluco de ser... Eu acho que estou apaixonado, não sei... estou confuso!’

- Eu queria tanto poder salvar sua vida agora.– não me contive e uma única lágrima escorreu pelo meu rosto caindo sobre a testa de Dougie.

‘Ai, ei! Você ta chorando? Eu senti, eu senti, chora de novo, chora de novo... Não! Não chora, não quero sentir você chorar’

- Amanhã a Drª. Surech vem te ver de novo, tchau! – limpei a lágrima em Dougie com meus lábios, dando um beijinho suave em sua testa, e saí logo depois.

‘Até amanhã!’

’s version:

- , você quer ir comigo? – Harry terminava de colocar seu tênis.
- Não sei, Harry, acho que esse é um ‘momento família’. – terminava de guardar a louça do café da manhã.
Harry ia agora para sua casa que dividia com os amigos para poder contar a notícia, eu queria muito conhecê-los, mas acho que não é o melhor momento.
- Por favor, , eu não vou dar conta de contar uma coisa dessas sozinho. – ele abaixou a cabeça triste, não gosto de vê-lo assim.
- Okay! Pode contar comigo.– disse por fim arrancando um sorriso de Harry.
Entramos no carro de Harry e contei piadas para ele o caminho inteiro, para tentar animá-lo.
- Outra, essa é boa... Tinha dois passarinhos, um voou, e o outro? – contava animada entre os risos.
- Sei lá! Morreu!? – Harry chutou, mas bateu longe.
- Não, voou também! – comecei a rir que nem uma louca e Harry também, piadas idiotas são as melhores.
-Chegamos! – ele parou de rir e eu também, isso não ia ser legal, não mesmo.
Era uma casa praticamente do tamanho da nossa, porém um pouco maior, as janelas eram brancas e a casa azul claro. Harry estacionou na garagem e seguimos calados até a porta.
- Vai dar tudo certo! – sorri tentando confortá-lo.
- Espero! – Harry abriu a porta e entrou, mas do nada ele sumiu ‘AAAAAAH, cadê o Harry?’.
- Seu gay! Onde você estava que me abandonou? – Uffa! Foi só um garoto que o jogou no chão fazendo um mini montinho.
- Estava pegando uma gata, né? – o menino não saía de cima do pobre Harry.
- Sai, Danny, que droga! – Harry empurrou o menino e se levantou –“Vai chamar o Tom que eu preciso falar com vocês... ah... essa é a . – dei um tchauzinho e entrei na casa.
- Harry taradão.. .– depois de levar um pedala, Danny (é, eu aprendo nomes rápido) subiu as escadas.
Harry me pegou pela mão e sentamos no sofá, ele estava aparentemente super nervoso, segurei as mãos dele mais firmemente, tentando passar segurança. Um tempo depois os dois garotos (já falei que eles são muito bonitos? Pois eles são) se sentaram no sofá em nossa frente.
- Tá tudo bem, Harry? – Tom perguntou preocupado. – Cadê o Dougie? – alguém finalmente sentiu falta dele.
-É sobre isso que eu quero falar... – os olhos de Harry encheram de lágrimas. – ...o Dougie... – percebi que ele não daria conta de continuar.
- O que tem o Dougie? fala logo! – Danny já estava bravo com a demora.
- Ontem quando estávamos no banco, dois ladrões assaltaram e nos pegaram como reféns e o Dougie e a , minha amiga, ficaram como reféns até o final, pois nós fomos libertos antes, então... Dougie levou um tiro e está na UTI. – falei tudo de uma vez, joguei na cara, como fala , Harry não aguentou e começou a chorar, abracei-o, mas logo depois Tom e Danny se juntaram ao abraço.

’s version:

caminhava pelas ruas cantarolando, voltou a ser a velha , que mesmo que o mundo esteja explodindo ao seu lado ela continua alegre e feliz, mesmo que ela esteja chorando por dentro, ela está sorrindo. Essa sim é a que todos conhecem.
-Caminhando e cantando e seguindo a canção... – eu cantava animadamente, a música me fazia bem nessas horas – Aaaah... tive uma idéia. – corri para a loja de música mais perto e finalmente comprei um amplificador.
Cheguei em casa e estava tudo vazio, acho que virou moda agora deixar sozinha, mas eu pouco me importo, gosto de ficar sozinha às vezes.
Peguei minha guitarra amarela fluorescente (isso, cor de marca-texto) com caveirinhas roxas e levei-a para a varanda. A conectei em meu amplificador. A varanda era bem massa, era hippie, tinha aqueles penduricalhos, puffs coloridos, um tapete peludo e uns incensos. Voltei no meu quarto, peguei um caderno, uma caneta e coloquei ‘Smiff’ no meu pescoço. Ah, deixe-me apresentá-la. A Smiff é minha cobra albina, ela é grande (nem tão grande, média), é amarela com umas manchas brancas. Fui para a varanda, e comecei a dedilhar e a escrever algumas coisas. Duas horas depois, minha música estava pronta e eu tocava e cantava super feliz, até Smiff estava feliz em meu pescoço.
Já era noite quando eu parei de tocar, guardei tudo e fui para a cozinha ainda com Smiff, fiz um baita sanduba e fui para a sala com uma bandeja contendo: sanduíche, Red Bull, sorvete, carne crua (Smiff também come) e bolachas. Sentei no sofá, e enquanto eu e Smiff comíamos, assistíamos Senhor dos Anéis.



Capítulo 4


’s version:

Já era noite e estávamos voltando para casa. Eu, Harry, Danny e Tom passamos a tarde no hospital, e estávamos todos no carro de Harry.
- Não querem descer? – disse assim que Harry parou o carro na frente da minha casa. – Tem pizza!
- Opa! – Danny sorriu e os outros o encararam. – Que foi? To com fome!
Harry estacionou o carro e nós quatro descemos. Ao abrir a porta me dei com uma cena comum, pra mim, porque os garotos ficaram de boca aberta. Uma menina com uma cobra ‘enorme’ no pescoço vendo Senhor dos Anéis com uma boxer e a parte de cima de um biquíni, ‘eeeeh’ a ta de volta.
- , esses são Danny e Tom. – apresentei para a garota. – E essa é a – apresentei para os meninos.
- Ah... oi! Senta aí, As Duas Torres acabou de começar. – sorriu para os meninos.
- Isso é uma cobra? – Tom perguntou besta.
- Não! É um gatinho – sorriu sarcástica.
- Vou fazer a pizza, já volto. – saí para a cozinha.
- Eu te ajudo. – Harry seguiu.
- Quer de frango ou quatro queijos? – perguntei estendendo as duas pizzas congeladas.
- As duas! – Harry riu. – O Tom come muito.
- Okey! – coloquei as duas no forno e logo depois Harry me sentou no balcão e me beijou.

’s version:

- Que foi? To suja de sorvete? – perguntei para o guri que estava me encarando desde que chegou.
- Você não vai colocar uma roupa, não? – ele perguntou e levou um belo pedala do amigo.
- Oxe! Eu to na minha casa, fico como eu quero. – por isso que eu odeio visitas, é só elas chegarem que se acham no direito de exigir atenção e respeito, eu não arrumo casa, e nem nada quando alguém chega, não mudo meus gostos nem meus horários, não mudo nada por causa de uma visita, oh bicho chato.
- Vai seu trouxa, agora fica calado. – o amigo zoou com o outro, gostei dele.
- Tody... – fui interrompida.
- É Tom! – ele me corrigiu.
- Que seja. – nunca fui boa com nomes. – Segura o Smiff pra mim, eu vou ao banheiro – e coloquei o Smiff no colo de um Tody que ficou pálido e parado.
Fui ao banheiro e na volta senti um cheirinho de pizza, fui para cozinha, e Harry se agarravam no balcão. Entrei de fininho e desliguei o fogo, antes que a pizza queimasse, e como sou ótima, eu tinha que atrapalhar aquele momento love, peguei um copo de água gelada e derramei em cima dos dois.
- Pronto! Agora apaguei o fogo de vocês! – dei meu melhor sorriso inocente.
- Sua bitch, eu te mato! – nem estava tão molhada.

’s version:

- Olha só o que você fez! – eu estava toda encharcada.
- Fiz um favor, devia me agradecer! – se defendia.
- 1, 2, 3... – Harry começou a contar, ele também estava todo molhado.
- AAAAH... – saiu correndo.
Deixei Harry fazer o serviço sujo e fui para meu quarto trocar a blusa e secar os cabelos.
Quando voltei corria atrás de Harry com Smiff na mão.
- AAAAH... – Harry se escondeu atrás de Tom, que quando se aproximou saiu correndo também.
- Pique pega! – Danny comemorou e se juntou aos meninos. – não é de nada, só come marmelada! – Danny corria e recebia tapas dos amigos.
Não demorou muito para eles pararem de correr, guardou Smiff e depois que comemos as pizzas, os meninos foram embora. Sabe, eu adorei eles, são lindos e fofos, mas nenhum chega aos pés do Harry.
Depois de lavar a louça eu fui para meu quarto, já disse como é o meu quarto? Okey, eu vou falar, só não copiem meu quarto. Ele é branco com lilás e tem borboletinhas desenhadas de roxo na parede, tem um grande pufe branco no meio do quarto, minha cama fica debaixo da janela, no canto do meu quarto tem a ‘Juriscreia’ minha bateria rosa com glitter, ela é linda. Tomei um banho e fui dormir.

’s version:

Logo depois que os meninos foram embora eu subi para meu quarto, peguei as roupas que estavam jogadas na cama e entulhei no guarda roupa. Escovei os dentes e fui me deitar. Quando apaguei as luzes, meu quarto se ‘iluminou’ e porque meu quarto é todo roxo, não um roxo muito forte, mas também não um lilás como o da , é só roxo mas aí tem estrelas, borboletas, cerejas, caveirinhas e guitarras espalhadas pelas paredes e todas são desenhadas com tintas fosforescentes que brilham no escuro (que nem aquelas estrelinhas que você compra no 1,99). Ah... desculpa quando eu falei que era todo roxo, tem uma parede que é de zebrinha, mas não uma zebrinha preta e branca, mas sim uma roxa e lilás (tipo o Xuriço), e lá nessa parede no fundo do quarto que fica a ‘casinha’ de Smiff, que é na verdade um aquário gigante sem água (claro) com galhos secos que ele se enrola. E do lado dele fica a ‘Bucetina’ minha guitarra que agora tem o ‘Jason’, o amplificador (sim! Eu tenho mania de dar nome a tudo).
E foi pensando na música que eu fiz hoje que eu adormeci.
Como sempre fui a última a acordar, quando cheguei na cozinha fui até a geladeira para pegar um suco e vi um bilhete de .
- Fui para a faculdade, se cuida e não esquece que o almoço é seu hoje.
Faço o almoço sem problema, eu só não lavo a louça (eca! É muito nojento). Nem tomei café, já que eram 11h, então comecei a fazer o almoço.

’s version:

- Eba, a deve estar fazendo almoço – batia na porta ao sentir o cheiro da comida.
- Chegamos em boa hora – eu disse batendo na porta.
Bem... eu sou a e essa que está ao meu lado é a , nós somos amigas da e da , melhores amigas para dizer a verdade, mas faz seis meses que nós não nos vemos, desde que eu ganhei uma bolsa de estudos em Paris. Larguei as meninas e fui para Paris e onde os pais de moram, que por azar ela foi comigo, pois sua mãe não estava nada bem de saúde.
Hoje nós voltamos para nossa amada e querida Londres, já que meu curso de pintura acabou e porque a mãe da faleceu, mas ela já superou isso (eu acho).
- Mansão Foster para amigos imaginários, o que deseja? – atendeu a porta.
- ! – voou em seu pescoço e eu só ri.
- TIKINHA! – a chamou pelo apelido que ela odeia.
- Essa passa só porque to com saudades. – e voltou a abraçar , uffa, não vai ter porrada hoje.

’s version:

- O que você ta fazendo? - larguei a e fui para a cozinha, adorava a comida dela.
- Batata recheada – gritou, pois estava na sala abraçando .
- Eba! – esse é o meu prato favorito, as batatas da são uma delícia... Isso soou tão estranho, mas deixa pra lá, to com fome.
Após os abraços e beijos nós quatro sentamos à mesa e começamos a nos servir, já tinha chegado da faculdade, então ficamos lá comendo, contando as novidades e falando coisas sem lógica.
Me senti triste ao lembrar novamente da minha mãe e uma lágrima caiu pelo meu rosto.
- Larga de ser besta, já passou, já acabou, ela ta no céu e sua vida continua! – me disse e me deu um pelada, e eu sei, a é sensível e doce, mas eu gosto disso nela, ela não nos olha com dó ou pena como os outros, de um jeito estranho ela sobe meu astral e o de qualquer um que está perto dela.
- Tem espaço aí na casa? – perguntou.
Eu e dividíamos um apartamento aqui perto da casa das meninas, mas quando nós fomos para Paris alugamos o apartamento, e como está rendendo um bom dinheiro, resolvemos continuar alugando ele e morar aqui com as meninas, dividir as contas com elas é bem mais barato e divertido.
- Tem o quarto do Bozo! – riu, ela sabe que, eu mais do que qualquer um, tenho medo daquele quarto obscuro e sombrio.
- Por mim ta ótimo! – acha o Bozo lindo, como pode? Foi a mesma que pintou o quarto a pedido da .– Sempre quis ficar com o Bozo – ela é louca.
- Eu fico com o porão então, melhor que dormir com aquele palhaço das trevas – cara, chegou a me arrepiar ao falar o nome dele.
- Não temos porão, idiota! – , muito educada, respondeu.
- Tem sótão! – disse ao se lembrar – Lá é bem grande, dá pra fazer um quarto fofis!
- Beleza, me ajudam a arrumar? – perguntei depois que coloquei meu prato na pia.
- YEPH – as três responderam juntas.
Passamos a tarde toda arrumando o sótão, tava muito sujo e cheio de tralha, tive que comprar móveis novos, deu muito trabalho, mas ficou lindo.
É todo azul bebê e branco; como tem muita madeira, ficou em um belo tom rústico e elegante, mas muito confortável.
Quando terminamos, descemos para comer, nem comeu, tomou banho e saiu apressada.
Tomei um belo de um banho (no banheiro social que agora é meu, já que o sótão não tem banheiro) e fui dormir, estava um caco.

’s version:

Após tomar banho me joguei na cama e fiquei admirando aquele Bozo no teto.
O dia foi bem cansativo e amanhã tenho muita coisa para fazer. Então, dormi logo.

’s version:

zzzzzZZZZZzzzzz...zzzzzzZZZZZzzzzzz

and Dougie’ version:

Já disse que a segurança desse hospital é uma droga?
Pois bem, é uma droga. Entrei e fui direto para aquela sala, me troquei e agora estou caminhando para o quarto de Dougie, e olha que estou com a Bucetina que não é nada chamativa.
Acho que não é a segurança que é ruim, eu que sou foda!
Ah... adorei ter as meninas de volta, e o quarto da ficou foda também.
Entrei no quarto que estava vazio e tranquei as portas.
- Como meu paciente favorito está? – perguntei beijando a testa de Dougie.
‘Ei! Você veio, achei que não ia vir. Oh, você tem outro paciente?’
- Desculpe por não vir mais cedo, é porque minhas amigas chegaram de Paris, então tive que arrumar as coisas pra elas... Pois é, elas vão morar lá em casa, vai ser divertido...
‘Ta desculpada’
- Tenho um babado fortíssimo para te contar...
‘Conta!’
- ... eu peguei a e o Harry na cozinha se agarrando – sorri lembrando a cena. - Estavam dando um beijo desentupidor de pia – agora eu ria.
‘Caraca, o Harry não perde tempo, se eu não estivesse aqui...’
- Ah... conheci o Tody e o Dih
‘Não conheço nenhum Tody ou Dih’
- O Tody é meio estranho e o Dih é retardado
‘Ah... O Tom e o Danny, saquei, gostou deles?’
- Mas são legais, acho que eles vão se dar bem com as meninas, já temos três casais! – fiquei triste por um momento. - Você podia acordar, aí seriam quatro.
‘O que você quis dizer com isso?’
- Bem... eu fiz uma música pra você, espero que goste. – peguei a Bucetina e comecei a tocar.

I never should've waited so long to say
(Eu nunca devia ter esperado tanto tempo pra dizer)
What I've always know since the very first day
(O que eu sempre soube desde o primeiro dia)
Thought that you would stay forever with me
(Pensei que você ficaria pra sempre comigo)
But the time has come to leave
(Mas a hora do adeus chegou)
Before we turn off the lights
(Antes de desligarmos as luzes)
and close our eyes
(E fechar nossos olhos)
I'll tell you a secret
(Eu te contarei um segredo)
I've held all my life
(Que tenho guardado por toda minha vida)
Is you that I live for
(É por você eu vivo)
and for you I die
(E por você eu morro)
So I lay here with you
(Então eu fico aqui com você)
'til the final goodbye
(Até o último adeus)
Hod draw me close
(Me abraça, segura perto)
close to my lips
(Perto dos meus lábios)
Listen intently
(Escutando atenciosamente)
as I tell you this
(Quando eu te digo isso)
Outside the world
(Além do mundo)
wages its rewards
(Das recompensas por guerras)
I'll rest in peace
(Eu descansarei em paz)
as long as you know
(Todo o tempo que você tiver conhecimento)
Before we turn off the lights
(Antes de desligarmos as luzes)
and close our eyes
(E fechar nossos olhos)
I'll tell you a secret
(Eu te contarei um segredo)
I've held all my life
(Que tenho guardado por toda minha vida)
Is you that I live for
(É por você eu vivo)
and for you I die
(E por você eu morro)
So I lay here with you
(Então eu fico aqui com você)
'til the final goodbye
(Até o último adeus)
Promise our love will carry on
(Prometi que nosso amor continuaria)
until turn eternal we belong
(Até que você vire eterno, nós nos pertencemos)
Before we turn off the lights
(Antes de desligarmos as luzes)
And close our eyes
(E fechar nossos olhos)
I'll tell you a secret
(Eu te contarei um segredo)
I've held all my life
(Que tenho guardado por toda minha vida)
Is you that I live for
(É por você eu vivo)
and for you I die
(E por você eu morro)
So I lay here with you
(Então eu fico aqui com você)
'til the final goodbye
(Até o último adeus)
Is these broken lips
(Seus respeitosos lábios)
for the last time
(Pela última vez)
spell out the lyrics
(Soletram as palavras)
To love in the sky
(Para amar no firmamento)
Is that I live for
(É por você que eu vivo)
and for you I die
(E por você eu morro)
So I lay here with you
(Então eu fico aqui com você)
'til the final goodbye
(Até o último adeus)
Goodbye...
(Adeus...)


Terminei de cantar e lágrimas percorriam todo meu rosto. Essa música falava tanto de mim, como eu me sinto, como eu o quero de volta, como eu o amo.
- Espero que você jamais diga adeus para mim. – limpei as lágrimas em meu rosto e abracei Dougie, me esquecendo de fios e tudo, não queria qualquer distância entre meu corpo e o dele, eu precisava senti-lo, eu precisava dele.
- Nunca direi – Dougie sussurrou.
- Do... Do... Dougie?! – não acreditava naquilo, não era possível - Não diga nada. – saí correndo desesperadamente à procura do médico - DOUTOR, DOUTOR, O DOUGI... O DOUGIE FALOU. – gritava, corria, sorria, chorava... eu estava muito feliz.
- Você é medica, por que não cuida dele? – o médico me encarou como se eu fosse um E.T.
- Sou? – lembrei do disfarce. - Ah sim, eu sou. – sorri. - Mas eu não sou especializada em UTI, não entendo essas coisas. – disse já arrastando o médico comigo para o quarto de Dougie.
Chegamos lá e Dougie estava do mesmo jeito de antes, imóvel e branco. Minutos depois o médico parou de fazer os ‘exames’ nele.
- Tem certeza? Não houve nenhuma alteração em seu estado. – o médico anotou umas coisas.
- Claro, ele falou comigo. – eu sei no que eu ouvi e não estou ficando louca... ou estou?
- Não mudou nada, esse caso é complicado. – o médico tentava me confortar batendo em meu ombro - Tenho que ir, qualquer coisa me chame. – e saiu.
Fiquei ali, olhando para Dougie com cara de interrogação, não era possível, eu ouvi, eu ouvi...
Tranquei a porta e me sentei ao seu lado.
- Você falou comigo, não falou? Por favor, fala de novo. – suplicava por uma resposta.
‘Claro que eu falei... ei... eu falei... AAAAAAAAAA, EU FALEI, EU FALEI’
- Acho melhor eu ir, acho que estou ficando louca. – peguei a Bucetina e coloquei em minhas costas.
‘Ei... não vai, você não ta louca’
- Espero que tenha gostado da música. – beijei a testa de Dougie e saí daquele hospital, pensativa.
‘Gostar? Claro que eu não gostei, eu AMEI. Obrigado ... ih, já foi’



Capítulo 5


’s version:

Fui a primeira a acordar, desci logo depois de fazer a higiene matinal, peguei a minha tigela de cereais e fui comer no jardim, que é simplesmente perfeito, é em estilo japonês, tem um laguinho, uma pontezinha vermelha, fonte, aquelas mesinhas pequenas com almofadinhas, tudo japonês, simplesmente lindo. Me sentei na mesinha e comi meu cereal.
Deixei um bilhete na geladeira e saí de casa, tenho que arrumar minha vida aqui, começando pela faculdade que tranquei.
Após arrumar as coisas da faculdade já estava com muita fome, me dirigi para o shopping ali perto e comi no Mc’Donalds, depois de comer fui dar uma volta no shopping.

’s version:

Acordei com um sorriso no rosto, é impossível não sorrir para o Bozo, fiz minha higiene e desci para a cozinha. Vi a porta se fechando, mas não fiz questão de ver quem tinha saído.
Comi meu pão com Nescau (é uma delícia, você abre o pão e tasca Nescau dentro e depois é só aproveitar) e tomei coca-cola, sou bem saudável.
Lavei a louça, peguei a bolsa, escrevi um bilhete enorme na geladeira e saí de casa.
Parei para almoçar em um restaurante qualquer do centro, ainda faltava algumas escolas para eu deixar meu currículo, meu diploma não é grande, mas eu fiz artes plásticas na melhor faculdade de Paris.

’s version:

Acordei super atrasada para a faculdade, vesti qualquer coisa e desci correndo, melhor, rolando as escadas, já que tropecei e saí rolando escada abaixo.
- PQP! – berrei.
Me recompus e fui engolir o café da manhã, ao abrir a geladeira encontrei um bilhete e deixei meu recado em baixo e saí correndo para a faculdade.

’s version:

- , acorda! – alguém me sacudia. – , acorda! – e continuou.
- To acordada! – resmunguei baixo.
- , eu te amo! – acordei rapidamente e não acreditei no que via
- DOUGIE! Você acordou! – abracei-o apertado. – Você ta bem?
- Agora que estou com você – ele deu um sorriso perfeitamente perfeito que se eu fosse água, derretia – Te amo, te amo muito – ele se aproximou de mim e selou nossos lábios, mas nosso beijo foi ficando mais intenso cada vez mais, quando Dougie me deitou na cama... POW!
Acordei assustada com a cara no chão.
- MAS QUE MERDA! – levantei de mau humor, foi tão real, por que tinha que ser um sonho idiota? - - Aff! – ao chegar na cozinha arranquei o bilhete da geladeira.
‘Dei uma saidinha, volto tarde. Bjo...
‘Idem ...
‘Faz o almoço pra mim. S2
Virei cozinheira, ótimo, comi umas torradas com patê e fui ver Backyardigans na TV (tem como ver em outro lugar?), não prestei muita atenção, pois a noite passada não saía da minha cabeça... ‘Eu estava sonhando?’... ‘Ele gostou da música?’... ‘O que eu faço para o almoço?’... ‘Será que ele vai melhorar?’... ‘Eu já paguei a conta?’... ‘Por que a musiquinha dos Backyardigans é tão viciante?’
- A CONTA! – gritei. ‘Não acredito que esqueci de pagar aquela conta maldita!’... ‘Aaaaaaaaaaaaa’... ‘To ferrada’... ‘To fufu’... ‘Aaaaaaaaaaaaaaaa’. Saí correndo, peguei minha bolsa, entrei no Xuriço e saí em disparada para o banco.

’s version:

Cheguei em casa no final da tarde, tomei um banho rápido e vesti meu pijama das princesas. Fui para a sala onde as outras meninas se encontravam, combinamos de ver filmes hoje, sentei na poltrona ao lado de que é bem longe de porque ela estava com aquela cobra horrível.

’s version:

Acho que consegui um trabalho em uma escola, fui bem em todas as entrevistas.
- Foi plantar o milho, ? – gritou da sala, íamos ver filme hoje. Terminei de temperar a pipoca e fui para a sala com minha camisola de ceda do Bozo, sentei na poltrona, e logo chegou e se sentou ao meu lado.

's version:

Coloquei o filme no DVD, íamos ver a trilogia de Piratas do Caribe, por isso começamos cedo, me ajeitei no pufe com meu kimono, que como diz a , é um ‘roupão de japa’.

’s version:

Alimentava Smiff no meu pescoço enquanto comia brigadeiro, gritava com a e assustava . Como sempre estou bem à vontade com minha boxer de algodão (boxers são bem confortáveis e macias, são ótimas pra dormir) minha camisa dos Teletubbies que cobria as boxers.

Girls’ version:

As meninas viam o filme concentradas, já tinha comido metade do brigadeiro que não dividia com ninguém e as outras comiam pipoca concentradas no filme, até que alguém bate na porta.
- Mas que raiva, bem na parte que o Orlando Bloom vai tirar a camisa – reclamou e apertou o stop.
- NÃO TEM NINGUÉM EM CASA NÃO... APÓS O BIP DEIXE SEU RECADO – berrou.
- BIIIIP – terminou a brincadeira da menina.
- Que massa, vou comprar uma secretária eletrônica dessa lá pra casa – a voz atrás da porta disse, e logo perceberam que era o Dih... digo, o Danny.
- HARRY! – saiu correndo para abrir a porta.
- Harry? Quem é esse? – não entendeu.
- O esposo da ! – respondeu deixando o queixo de e caírem no chão
- Oi! – abriu a porta a tempo de ver Danny apanhar dos amigos.
- Oi... – Harry encarou aquela menina com o kimono bem acima do joelho e Tom e Danny acompanharam o amigo.
- Parem de babar, gente – chegou e os meninos desviaram o olhar para sem parar de babar.
- Você só anda ‘pelada’ em casa? – Danny perguntou – Vou mudar pra cá! – e sorriu malvado.
- Só se você ficar no quarto da tentava dar uma de cupido.
- O que tem eu? – chegou com seu pijama das princesas e Danny babou mais ainda.
- Quer um balde, Danny? – tirou Danny de seu transe após dar um selinho em Harry.
- Tem que ser tão grande como a beleza dela. – Danny romântico (cute) fez com que ficasse vermelha, roxa, bege...
- Então esse aqui serve – pegou uma caixinha do tamanho de um dadinho que estava em cima da mesinha do hall.
- Ei! Isso é minúsculo! – brigou dando um pedala em . – Prazer, eu sou a , mas pode me chamar de . – ela sorriu cumprimentando Danny e após os outros meninos.
- Esse é o Diego, mas pode chamá-lo de Dih – respondeu pelo garoto.
- É Daniel! E pode me chamar de Danny. – ele consertou e cumprimentou .
- O GENTE, DÁ PRA VIR LOGO? EU QUERO VER O TANQUINHO DO BLOOM! – gritou da sala.
- Vem, estamos vendo Piratas do Caribe – convidou e já foi puxando Harry.
- Danny... Oi!... – tentava despertar Danny de seus pensamentos. – Vem, vamos. – e saiu puxando o menino que saiu do seu transe.
- Bem, agora só falta você, Tody – saiu andando com Tom.
- É Tom, , T-O-M. – ele corrigiu e ria da garota – A cupidinha tem algo aí pra mim também?
- Claro! Olha eu aqui – disse com uma voz safada, Tom engoliu seco, era linda e super hot como as outras meninas, mas ele a considerava uma irmã. – Tody, essa é a , esse é o Tody! – apresentou ao chegar com ele na sala, dando uma piscadinha pra Tom que compreendeu o recado e ficou mais aliviado.
- É TOM! – todos gritaram, menos e , claro.
- Que seja! – deu de ombros e voltou ao seu lugar colocando Smiff em seu pescoço e voltando a comer seu brigadeiro.
- Senta logo aí! – pediu pra Tom sentar ao seu lado. – Quero ver o tanquinho do Bloom – os olhinhos dela brilhavam e o sorriso de Tom murchava.
Eles se arrumaram e viram os filmes. Quando os créditos do último filme subiram, e Harry ainda se agarravam, Danny e conversavam no outro canto da sala, e Tom lavavam a louça e foi dormir, já que não queria ser uma vela tripla.

Tom’s version:

- Por que você que lava a louça? – perguntei enquanto guardava o último prato.
- Porque a me ameaçou, então hoje é meu dia. – sorriu docemente e foi secar sua mão.
Depois que guardamos tudo seguimos para a varanda. E lá ficamos conversando por um bom tempo, e pude perceber que realmente estava gostando dela.
- ... eu sei que está cedo demais, nós acabamos de nos conhecer, mas eu estou gostando de você, é difícil de falar, porque nunca senti algo assim por uma menina, então eu queria saber se... – estava calada demais – ? Ta me ouvindo – [nota da irmã: O Adriano, tá me ouvindo?]
- Zzzzz – fez um barulho estranho então me virei pra ela.
Quando percebi, já tinha adormecido e roncava no meu colo. A peguei no colo e fui até o corredor, havia uma porta preta, uma branca com borboletas, uma que tinha o Bozo e uma no final do corredor que era azul, pela camisola super sexy dela, deve ser a do Bozo, entrei naquele quarto e a coloquei na cama, fiquei observando-a dormir, a camisola havia subido mostrando suas coxas, viajei bastante em pensamentos impuros até que resolvi cobri-la e logo depois saí.

Harry’s version:

Filme? Que filme? Eu nem sabia qual estava passando, eu só fiquei lá no cantinho do sofá beijando . Quando o tal filme acabou nós fomos para o jardim.
- Que lugar bonito – disse observando o lugar.
- Também acho – abracei pela cintura e logo depois puxei-a, deitamos na grama e ficamos observando o céu – Olha Harry, uma estrela cadente. Faz um pedido!
- Eu quero que a aceite namorar comigo! – falei ao olhar a estrela.
- Eu quero que meu ‘namorado’ seja muito famoso – disse logo depois frisando bem a palavra: namorado.
Fiquei tão feliz, acho que dei um sorriso maior do que o do Bozo da camisola da menina que o Tom ficou de 4, beijei docemente e ali ficamos aproveitando a presença um do outro até Danny me chamar para ir embora. Eu juro que mato ele depois.

Danny’s version:

- Você parece mais com essa – apontei a Branca de Neve na blusa de .
- Por quê? – ela olhou para a Branca de Neve.
- Porque ela ganhou o prêmio de princesa mais bonita! – sorri e ela ficou vermelha.
- Você é... – não deixei terminar, coloquei meu dedo em seu lábio, fazendo com que ela se calasse e ficasse mais vermelha que antes, quando estava a um centímetro de colar nossos lábios...
- Danny, vamos embora! – Tom, aquele viado me atrapalhou – Vai chamar o Harry! – e saiu da casa.
- Ta! Tchau – dei um beijo em sua bochecha e fui chamar o Harry.

’s version:

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! EU TO NAMORANDO! Sério mesmo, eu nem acredito nisso, eu que ia a festas, baladas em tudo, atrás de uma pessoa pra mim e nunca imaginei que ia achar logo em um banco. Então aí vai uma dica para todas as solteiras... Banco não tem só dinheiro, lá você pode achar seu príncipe encantado.
Depois que meu NAMORADO foi embora eu fui direto pro meu quarto, me joguei na cama e agora estou aqui escrevendo no meu diário, acho melhor eu ir dormir, não posso chegar atrasada na faculdade amanhã. Então... boa noite, querido diário.

’s version:

ZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ cof cof ZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzZZZZZZZZZZZZZ

’s version:

Eu sou a Branca de Neve, eu sou a Branca de Neve, eu sou a Branca de Neve...
Eu achei o Danny muito fofo, acho que ele é bem parecido comigo. Eu gostei de todos os meninos, menos do Tom, ele atrapalhou o nosso primeiro beijo, que tenho certeza que ia ser maravilhoso, sempre sonhei com um primeiro beijo perfeito. Sim, eu sou BV e acho que o primeiro beijo tem que ser com uma pessoa especial e realmente achei o Danny muito especial.
Fui para meu quarto e adormeci pensando no meu beijo com Danny.

’s version:

Como não queria fazer o papel de vela tripla resolvi subir para meu quarto. Peguei Smiff, que nessas horas é a melhor companhia que eu tenho, e sentei na janela, eu sei que meu quarto é no segundo andar, mas não tem como eu cair daqui a não ser que alguém empurre, me ajeitei com Smiff no pescoço e fiquei fazendo carinho nele e olhando as estrelas que naquela noite estavam bem bonitas.
Não sei quanto tempo fiquei ali pensando na minha vida e principalmente em Dougie, não sei exatamente o que estou sentindo por ele, às vezes acho que é só pena porque eu que fiz ele ficar daquele jeito, às vezes acho que é paixão, às vezes acho que é amizade, às vezes acho que é amor... Eu sinceramente não sei, é muito complicado de saber, já que eu nunca senti isso por ninguém, eu nunca amei ninguém e tenho muito medo de amar, já que vivo vendo minhas amigas sofrendo por amor, então prometi a mim mesma que jamais ia amar alguém. Então tenho muito medo desse sentimento que tenho pelo Dougie.
Após ver o carro dos meninos ir embora percebi que já era tarde, e resolvi ir dormir.

’s version:

Acordei e levei um baita de um susto, não por causa do Bozo e sim o porquê do Bozo estar aqui, não me lembro de ter vindo para meu quarto. Dei de ombros e fui tomar meu banho.
Ao chegar na cozinha não tinha ninguém, então fui arrumar minhas torradas com Nutella cantarolando a música do Bozo [n/a: não faço a mínima idéia de qual seja].
Quando estava terminando de passar a Nutella em minhas torradas, chegou super feliz na cozinha.

’s version:

Acordei feliz da vida, me arrumei e desci para tomar o café da manhã, ao chegar na cozinha vi que já tinha alguém de pé.
- Bom dia flor do dia – disse feliz e animada pra .
- Ih... O que aconteceu ontem? – me perguntou após terminar de passar a Nutella na torrada e se sentar na minha frente.
- Nada de mais – peguei minha barrinha de cereal .– Só aceitei o pedido de namoro do Harry – dei uma abocanhada nela.
- COMO? – engasgou com o refrigerante (esse tipo de comida que a come no café da manha é muito estranha).
- EU TO NAMORANDO! – gritei feliz e corri pra abraçar .
- AAAAAA! ELA TA NAMORANDO! – eu e ficamos pulando que nem pipoca, abraçadas.
- Okey, okey... menos, – arrumei meu cabelo. – Tenho que ir estudar! – peguei minha mochila.
- Me dá uma carona? – perguntou. – O diretor da High School Elsys me chamou, acho que vou ser contratada. – disse feliz.
- Simbora, então! – eu e saímos.

’s version:

Acordei com gritos na casa ‘Hoje eu mato alguém’, levantei e fui tomar um banho já que não daria conta de dormir de novo e porque já matei muita aula na faculdade.
Me arrumei, peguei meu fichário verde fluorescente com bolinhas amarelo-marca-texto, deixei um recadinho na geladeira e fui direto para a faculdade, lá eu comeria alguma coisa.

’s version:

Acordei com a buzina de um caminhão, vesti meu robe e saí correndo para abrir a porta.
- e ? – o motorista perguntou.
- Sim, eu sou a – respondi tentando arrumar meu cabelo.
- Sou da mudança – o cara disse.
Olha que ótimo, depois que eu compro tudo, que o cara chega, mas não faz mal, meus móveis já estavam na hora de serem trocados mesmo.
- Ah sim, pode colocar aqui dentro as roupas e os objetos, os móveis pode deixar aqui fora – dei passagem para os homens entrarem e fui colocar uma roupa descente.
Desci e os caras já tinham descarregado o caminhão todo, ou eu demorei demais ou eles são rápidos demais, fiquei com a segunda opção, até porque não tinha muita coisa.
- Obrigada! – paguei o cara e eles foram embora.
Fui para cozinha pegar algo para comer e vi o bilhete de .
‘RAH... SUA TROUXA... eu acordei mais cedo e agora é você que vai fazer o almoço, boa sorte... beijos,
Ri e fui para fora da casa para poder vender meus móveis velhos, que nem aqueles filmes. Me sentei em um banquinho e lá fiquei até vender todos eles.

’s version:

me deixou na porta do colégio, desci nervosa e me dirigi à secretaria, me sentei em uma daquelas cadeirinhas e fiquei esperando ser chamada.
- Srt. – a secretária me chamou – O Sr. Evans te aguarda - até que não demorou muito.
Entrei na sala dele e me sentei na cadeira em frente à sua mesa, o Sr. Evans era um baixinho, gordinho do cabelo branco, então a sua cadeira era o triplo do tamanho da minha, o que fazia aquela cena muito engraçada.
- Srt. , eu avaliei seu currículo... – ele ia falando e mexendo seus braços de um jeito estranho. – ...e o achei muito bom... – aaaaaaaa, fiquei tão feliz agora. – ...então você está contratada! – disse por fim.
- Obrigada Sr. Evans, muito obrigada! – aaaaa, meu primeiro emprego e em um dos melhores colégios de Londres, alguém me belisca! – Quando começo? – tinha que saber né.
- Deixe-me ver – ele olhou no relógio. – Daqui a 50 minutos. – e sorriu pra mim.
- Co... como? – ta de brincadeira, né? Como eu vou dar aula daqui a 50 minutos?
- O sinal bate daqui a 50 minutos, que é quando a senhorita começa. Já que o primeiro dia de aula a senhora só vai se apresentar mesmo, então não tem problema começar hoje – velhinho dos infernos.
- Okey – sorri, tenho que agradar o patrão, né? – Por onde eu começo? – perguntei.
- A senhora Montes irá te mostrar a escola, depois que as aulas acabarem passe aqui para acertarmos o restante das coisas. – ele estendeu a mão. – É bom te ter como professora. – apertei a mão dele e saí de sua sala.

’s version:

Deixei no tal colégio e me dirigi para a faculdade, estacionei o Xuriço em uma vaga qualquer e entrei como sempre arrancando olhares de todos com meu carro super discreto. Fui direto para minha sala e me sentei na primeira carteira, tirando a não falo com mais ninguém na faculdade mesmo sendo bem popular aqui por causa da (já que só ando com ela e já que ela é a ‘VIP’ da faculdade, também ganho fama), falando na faz um tempo que ela não dá as caras por aqui.
Meus pensamentos foram interrompidos pelo professor que acara de chegar na sala.
- Todos sentados, por favor. – ele pediu para a sala e todos obedeceram – Iremos ver hoje a mente dos psicopatas...
Tá, essa aula eu vou prestar bem atenção, quem sabe eu não entendo minhas amigas?
- Tem um teste que é usado para ver se a pessoa pensa como um psicopata ou tem probabilidades de ser um que é bem simples... – vou fazer esse teste com as meninas – ...no enterro de uma mulher suas duas filhas choravam, uma mais que a outra, nesse enterro a filha mais velha que era a que menos chorava encontrou um rapaz dizendo pra ela que era o homem de seus sonhos, e lá eles se conheceram, mas logo o rapaz foi embora. Duas semanas depois a irmã mais velha mata a mais nova. Por quê? – o professor terminou e ninguém soube responder. [n/a: tente fazer, esse teste é verdadeiro. O que você acha?]
- Por que a sua irmã teve um caso com ele? – falei o que eu achava.
- Parabéns! Srt. , a Srt. não é uma psicopata – uffa, ta vendo gente, eu sou um doce de pessoa – A resposta seria: porque se ela matasse a irmã, o tal homem iria no enterro dela, então ela o veria de novo – urra, que mulher má! – Quem responder corretamente tem probabilidades de ser um psicopata. – e o professor ia falando.

’s version:

Cheguei na faculdade e avistei o Xuriço no estacionamento, entrei causando muitos olhares, várias pessoas vieram até mim pra perguntar o motivo das faltas (ta vendo como esse povo me ama?), ser popular dá nisso.
Entrei na minha sala e o professor de música estava já estava lá, mesmo fazendo faculdade de artes cênicas, música faz parte, caso queira fazer musicais.
- Que milagre ver a senhora aqui! – o professor reclamou.
- Também senti saudades, professor! – mandei beijinho e ele fez careta.
- Continuando, esse semestre ao invés de termos um musical, teremos um festival de música! – essa hora o povo foi ao delírio, que nem quando o flamengo faz um gol e a galera vai a loucura – As bandas e pessoas que estiverem interessadas me procurem que eu darei a ficha de inscrição. – Deus é pai, esses musicais do professor são um pé no saco, finalmente algo que preste.
- Eu quero! – arranquei uma folhinha da mão do professor. – Espero que as meninas gostem da idéia!

’s version:

- Obrigada, senhora – disse à mulher que acabara de comprar o último móvel da venda.
Peguei o meu dinheiro e entrei, fui para a cozinha, já que o almoço sobrou pra mim hoje. Fiz uma comidinha simples (até porque não sou muito amiga do fogão, ele realmente não gosta de mim) e comecei a guardar meus objetos e roupas que estavam espalhados pela sala, depois guardei os da no quarto dela.
Já no meu quarto peguei meu baixo prata, que já estava com saudades e fiquei tocando até as meninas chegarem para podermos almoçar.
- QUERIDA, CHEGUEI! – ouvi o berro de , guardei meu baixo e desci. – O que fez pro almoço? – perguntou assim que cheguei.
- Soborô! (o que sobrou de ontem) – sorri.
- Só não vou reclamar porque estou com muita fome! – deixou a mochila no sofá e foi direto pra cozinha.
- Eu to morrendo de fome – foi atrás.
- Cadê a ? – perguntei indo atrás das meninas.
- Não sei, ela não estuda na mesma faculdade que a gente, lembra? – respondeu se servindo.
- Ta em um colégio lá, parece que ela arrumou um emprego. – disse de boca cheia.
- Que lindo, minha garotinha ta crescendo. – fez aquela carinha do gatinho do Shrek.
- Pois é! – me servi também, e sentei à mesa para comer.
Realmente estou muito feliz por ter minhas amigas comigo, elas me dão razão para continuar vivendo.

’s version:

A secretaria me mostrou a escola toda e me deixou na minha sala, já que por aqui são os alunos que mudam de sala, não os professores. Coloquei minha bolsa em cima da mesa e fiquei esperando os alunos do segundo ano.
O sinal bateu e a sala foi se enchendo devagar, após o segundo sinal a sala já estava lotada e fechei a porta.
- Bom dia, eu sou a nova professora de artes de vocês... – comecei me apresentando.
- Sério? Não sabia! – um adorável aluno me cortou e a sala toda começou a rir.
- Como essa é a última aula de vocês... – os ignorei.
- Agora conte algo que nós ainda não sabemos. – outra bênção me interrompeu e mais risos na sala.
- Hoje eu só vou me apresentar e conhecer um pouco de vocês. – continuei ignorando. – Meu nome é , tenho 23 anos e sou formada pela faculdade de Paris – me apresentei. – Agora você! – apontei a menina da primeira fila – E por assim vai até chegar nele – apontei o menino da última cadeira e da última fila.
- Beatriz, 17 anos. – a menina disse.
- Lucas, 17 anos. – o de trás falou logo em seguida.
E assim foi, quando o sinal bateu todos já tinham se apresentado e saído da sala também, é incrível como essa nova geração gosta de aprender.
Peguei minhas coisas e voltei de táxi pra casa.

’s version:

Eu e as meninas terminamos de almoçar, tirei a mesa e fui lavar a louça que dessa vez estava uma nojeira, só era gordura para tudo que era lado, duas panelas de pressão, uma frigideira lotada de gordura e coisas nojentas espalhadas.
- O ... como você dá conta de sujar isso tudo? – perguntei indignada.
- Ué, eu fritei o bife, fiz arroz na pressão, cozinhei as batatas na outra e esquentei o resto de ontem. – ela disse como se fosse fácil lavar isso.
- Não quero nem ver a cozinha no dia que você tiver que cozinhar de verdade – fui para a pia de bico.
- ... você vai pro céu! – disse dando um tapinha em meu ombro.
- Por quê? – não entendi o que ela quis dizer com isso.
- Porque você está lavando essa louça, ué! – se tem alguém que morre de nojo de louça, essa é a , se pra mim já estava sendo nojento imagina pra , ela já tinha vomitado tudo.
- Obrigada – sorri e fui lavar a louça.

’s version:

Saí da cozinha o mais rápido possível, aquela louça embrulhou meu estômago, eu não tenho nojo de bicho, de sangue, de gente morta... de nada, mas a louça suja... ECA...
Me joguei no sofá e liguei a TV, fiquei vendo Bob o Construtor com a enquanto lavava a louça.

’s version:

Cheguei em casa varada de fome, vi e vendo algum programa idiota e fui para a cozinha comer algo.
- Demorou, hein! E aí, conseguiu o emprego pelo menos? – perguntou após me ver entrar.
- Sim, já dei minha primeira aula hoje - arrumei meu prato e esquentei no microondas.
- E como foi? – havia terminado de guardar a louça e se sentou ao meu lado.
- Foi estranho, povinho sem cultura esse, viu – peguei meu prato e comecei a comer.
- Você acostuma. – disse simpática.
- Espero que sim. – sorri.
- O GALERINHA DO BARULHO, DÁ PRA VIR AQUI, EU QUERO FALAR ALGO IMPORTANTE! – berrou, aí vem merda!
Terminei de comer, lavei meu prato, meu copo e meus talheres e fui pra sala onde já se encontrava todo mundo.



Capítulo 6


’s version:

Eu ia contar para elas sobre o festival de música, espero que elas topem por bem, senão eu vou ter que fazer do jeito mais difícil.
- Antes da falar, , nossas roupas e nossos instrumentos chegaram hoje. – contou.
- AAAAAAAAA, MINHA GUITARRINHA! – levantou e quando ia correr para seu quarto eu a puxei de volta.
- Sossega esse rabo aí, tenho algo sério para falar com vocês! – disse com um tom mais sério.
- Fala logo mulher, ta me deixando preocupada – disse realmente preocupada.
- É o seguinte... – odeio rodeios, sempre vou direto ao ponto – ...o meu professor de música está organizando um festival de música, então eu inscrevi nossa banda. – sorri feliz.
- VOCÊ O QUE? – deu seu berro, não era bem dessa forma que eu esperava que elas reagissem.
- Nos inscrevi, ué! – disse novamente.
- Faz mais de seis meses que não tocamos mais nada! – fez seus cálculos.
- Nem temos músicas novas – reclamou.
- Dá pra parar de reclamar? Eu já inscrevi e nós vamos tocar nesse festival e ganhar de lavada! – me irritei – Começamos a ensaiar hoje, música não é o problema, é só escrever! – levantei e comecei a dar meu discurso-sermão. – Eu acredito que nós somos capazes. QUEM TA COMIGO? – gritei essa última parte.
- TO CONTIGO! – levantou e me apoiou, ela sempre é a primeira a apoiar minhas loucuras.
- ISSO AE! – berrou.
- Cherry Lips, o retorno! – foi a vez de .
- Retorno não, , continuação... con-ti-nu-a-çao – filosofei, Cherry Lips é o nome da nossa banda, é ela que vai ganhar esse festival.

’s version:

Eu realmente fiquei preocupada quando a ficou séria, ela é bem... feliz e quando fica séria, algo realmente ta pegando, mas fiquei feliz com a notícia, mesmo fazendo tempo que nós não tocamos juntas, Cherry Lips foi uma coisa maravilhosa na minha vida, foi através da banda do colegial que nos tornamos amigas.
- Então vamos começar agora! – falei para as meninas.
- Agora? Eu tenho que estudar e fazer meu diário e cronograma de aulas. – reclamou.
- Como se os capetas dos seus alunos se importassem se você vai dar aula ou não. – tirou sarro e nós começamos a rir.
- Acredite na , ela fala isso por experiência própria. – agora foi a vez de tirar com a amiga.
- Ow... eu prestava atenção nas aulas, ta! – tacou uma almofada na amiga.
- Vamos parar com isso e vamos ensaiar logo, antes que eu desista – encerrou a briga.
- Isso, podemos começar com as músicas velhas só pra desenferrujar! – sugeri.
- Enferrujada é a sua avó! – reclamou.
- Isso mesmo, eu e a treinávamos mesmo sem vocês! – ajudou , isso tudo só por causa de um comentariosinho idiota.
- Ok, ok, chega. Vamos ensaiar – novamente encerrou a briga, isso que dar ser a mais velha e a responsável.
Cada uma subiu para seu quarto e pegaram seus respectivos instrumentos, depois ajudamos a descer com a bateria. Depois que montamos todos os instrumentos na sala de bagunças, que ficava no fundo da casa, começamos a ensaiar na nossa nova sala de música.

’s version:

Estava sentindo tanta falta disso, tocar com minhas amigas me fazia esquecer dos problemas.
Tocamos todas as nossas músicas antigas e alguns covers de umas bandas aí.
- , por que você tem que tocar com esse bicho aí? – não é um ser normal, vai por mim.
- Isso não é um bicho, isso é... meu bicho, meu amigo e meu companheiro de todas as horas – ela fazia carinho na cobra.
- Não deixa de ser um bicho – falou do outro lado, ela tinha muito mais medo que eu daquela cobra, acho que porque convivi mais com o Smiff, já estou me acostumando com ele.

’s version:

Foi só dar uma pausa e as meninas começaram outra discussão, dessa vez sobre a presença daquele ser rastejante no pescoço da .
- Se a tem um bichinho eu também vou ter! – fez bico.
Isso não vai prestar, quer apostar quanto que a também vai querer um bicho?
- Eu também quero! – disse.
Não disse?! Essas minhas amigas são previsíveis, daqui a uma semana isso vai virar um zôo.
- Comprem ué, vocês não têm porque não querem! – deu de ombros.
- Então tchau pra vocês, eu vou comprar meu bichinho! – guardou seu baixo e saiu.
- Mas nós não terminamos de ensaiar! – reclamei.
- Depois ensaiamos mais, respondeu – , ME ESPERA, EU TAMBÉM VOU! – e saiu correndo atrás da outra.
- E você, aonde vai? – perguntei pra que guardava a guitarra discreta dela.
- Pro hospital! – tirou a cobra do pescoço. – Coloca o Smiff na casinha dele pra mim? – e jogou a cobra em cima de mim.
- Nã...
- Obrigada, também te amo – e saiu sem escutar a resposta.
Ahh, que ódio! Saí correndo com a cobra na mão e a joguei de qualquer jeito lá dentro do aquário, fui tomar um banho e preparar minha aula.

e ’ version:

- Acho que vou ficar com um cachorrinho! – comentou enquanto procurava um bichinho na loja.
- Então eu vou ficar com um gatinho! – também procurava o seu.
- Acho que gato e cachorro não se dão muito bem. – brincava com um cachorrinho.
- Que nada, tudo depende da criação e educação que os pais dão. – pegava um gato persa branco. – Vou ficar com esse, é igual o do Stuart Little – e o levou para o balcão do pet shop.
- Então vou levar esse beagle – depois de pagar e comprar as coisinhas todas, eu e a voltamos pra casa.

’s version:

Cheguei ao hospital, cumprimentei a balconista que já me conhecia e fui me trocar. Já andava mais tranqüilamente pelo hospital, já conhecia uns médicos e enfermeiros, mas não falava muito com eles para não correr o risco de falar algo e ser descoberta. Ao chegar no quinto andar, me arrependi de ter ido naquela hora.
- ? O que você faz aqui? – Harry perguntou após me ver.
- Você é médica?! Que legal – Danny saiu da janela onde estava observando o Dougie e se juntou a Harry.
- Er... O que vocês estão fazendo aqui? – perguntei para tentar mudar de assunto.
- Vendo o Dougie – Tom se aproximou também, pude perceber que todos estavam com uma carinha triste. – Todos os dias a gente vem vê-lo.
- Hum... que bom! Ele precisa da ajuda de todos. – respondi. – Já que estão aqui acho que ele não precisa de mim. – não queria sair sem falar com Dougie, mas se ficasse ia ser pior – Até outro dia... – dei meia volta, mas Harry me segurou pelo braço.
- Não respondeu minha pergunta, mocinha. O que você faz aqui vestida de médica, quando você faz faculdade de art... – tampei a boca de Harry.
- Por favor, não conte nada às meninas. – supliquei – Elas não sabem que eu venho aqui todo dia ou praticamente todo dia também.
- E por que nunca te vimos por aqui? – Danny perguntou.
- É porque eu fico lá dentro! – apontei para o quarto – Com tudo fechado. – sorri amarelo.
- Então foi você... – Tom disse indignado – Os enfermeiros falavam que ele estava fazendo exames com uma médica russa que estava fazendo um acompanhamento diário – ele abaixou a cabeça tristonho. – Tinha esperanças nessa médica.
- Ei, pode parar. Tudo bem que eu não sou quem sou, mas não perca as esperanças. Vocês podem não acreditar, mas ontem o Dougie falou comigo. – falei com uma voz firme – E tenho certeza que ele vai sair dessa logo
- Ok, eu acredito em você. – Danny deu uns tapinhas em meu ombro.
- Nós também. – Tom disse por ele e pelo Harry que afirmou com a cabeça. – Agora entra lá e veja como está nosso menino. – ele sorriu pra mim.
- Obrigada pessoal. – sorri também.
- Mas dessa vez não feche a cortina. – Harry ordenou.
E assim eu fiz, entrei lá como toda vez, tranquei a porta, mas não fechei a cortina. Olhei para os meninos que me acompanhavam pela janela e dei um sorriso um tanto forçado. Me sentei no banco ao lado da cama de Dougie logo depois que dei um beijinho em sua bochecha.
- Oi! Está melhor? Já dá conta de falar de novo? – já fui enchendo Dougie de perguntas e imaginava as respostas.
‘Estou melhor sim, não sei se dou conta de falar de novo, mas estou feliz por você ter voltado’
- Seus amigos estão aqui, não estou me sentindo muito à vontade por ter três doidos me vigiando, mas estou feliz em saber que eles vêm aqui todos os dias. Eles mal podem mais esperar pra você sair logo daí – segurei a mão de Dougie e fiquei fazendo carinho nela com meus dedos.
‘Sério? Eles me batem, me xingam, mas são como verdadeiros irmãos pra mim, não vivo sem eles’.
- Dougie... temos que conversar, não que eu queira discutir a relação, até porque não temos uma relação... affe, você entendeu. É porque a noite passada foi muito especial pra mim, e eu estou sentindo uma coisa muito estranha, e estou com medo... – minha voz falhava e sentia meus olhos se encherem de água.
‘Acho que temos uma relação sim! E não fique assim, não tem que ter medo de amar’.
- ...volta logo Dougie, eu preciso de você – apertei a mão de Dougie – Não me diga adeus.
‘Já disse pra você que jamais direi’ – apertei a mão de .
- Dougie? – senti ele apertar minha mão e me levantei rapidamente – Você está me escutando? – senti ele apertar ainda mais. – Aaaaaaaaaaa – pulei de felicidade.
[n/a: me desculpem pela rapidez dos fatos agora em diante, a fic já esta muito grande, então vou ser mais rápida e direta daqui pra frente]

’s version:

Terminei de fazer o planejamento das minhas aulas e espero que aqueles adolescentes sem cultura alguma aprendam alguma coisa de útil. Guardei meu material em meu quarto e me dirigi para o banheiro para poder eliminar líquidos que não me eram úteis.
- Aaaaaaaaaaaaaaaa! – berrei, e berrei alto mesmo, o susto foi tão grande que caí dentro do vaso – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, QUE NOJO! – já não estava mais com medo do cachorro que estava em minha frente, estava preocupada em sair dali, mas eu estava entalada no vaso.
- DÁ PRA PARAR DE RIR E ME AJUDAR AQUI? – já estava bastante estressada, e olha que é difícil eu ficar assim.
Depois de muito tempo as meninas se levantaram do chão e me ajudaram a sair, fui direto pra ducha e tomei um longo banho.

e ’ version:

- Já escolhi o nome do meu gatinho – sorria feliz entrando na casa.
- E qual é? – também estava super feliz com seu cachorrinho.
- Vai ser Floquinho de Neve – agora sentada no sofá fazia carinho no seu gatinho.
- Floquinho de Neve? Não é muito grande não? – sentou no puff e colocou o cachorro no chão.
- Não! É bunitinho, não é Floquinho? Ow... cadê o bebê da mamãe? Cadê? – eu brincava e abraçava e beija Floquinho da maneira mais doce que eu podia, eu sei que estava parecendo uma demente, mas não me importo, eu adoro meu gato, ele é muito cute.
- Aaaaaaaaaaaaaaaa! – escutei o grito da e eu subi correndo – AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, QUE NOJO! – largou o gato dela no sofá e logo estava atrás de mim.
Depois de largar o Floquinho de Neve no sofá, saí correndo atrás da ? Você ta bem?... – perguntei assim que cheguei.
- KKK... VOCÊ... VOCÊ... KKK – quando cheguei lá só vi as perninhas de chacoalhando e não agüentei, comecei a rir como nunca tinha rido antes, logo depois se juntou a mim com gargalhadas, eu ria tanto que cheguei a rolar no chão e teve que se sentar, provavelmente já estava sem ar como eu de tanto rir.
- DÁ PRA PARAR DE RIR E ME AJUDAR AQUI? – berrou de novo, me levantei rapidamente e ajudei a se levantar, tiramos do vaso e saímos do quarto dela rindo baixinho.

’s version:

Como sempre os médicos não viram mudança alguma no quadro de Dougie, mas eu sabia que ele me escutava como sabia que eu o amava e como sabia que já tinha pago a conta no banco, mas infelizmente naquele momento o médico desconfiou de mim, pois não sabia verificar o quadro dele... Então descobriu minha falsa identidade e me expulsou à força do hospital, já que eu me recusava a sair.
Depois de ter sido jogada na calçada, como aqueles bêbados do faroeste que eram expulsos dos cabarés, os meninos me socorreram e me acompanharam de volta pra casa.
Chegando lá, fui recebida de uma forma não muito agradável.
- AAAA, QUE DROGA É ESSA? – um gato nojento veio roçar em minha perna e sorte dele foi que a o pegou, porque se não ele ia levar uma bicuda – , VOCÊ SABE QUE EU ODEIO GATOS!- briguei com ela.
- Não grita comigo , e você sabe que eu odeio cobras... Então estamos quites agora! – ela me deu língua.
- Se me der língua de novo eu arranco ela com a faca – ameacei e ela ficou quietinha.
- Sem briga... – Danny falou e só então lembrei que estavam atrás de mim.
- Danny... er... oi... – ficou vermelha que nem um pimentão, então resolvi dar passagem para os meninos entrarem.
- Que gritaria é essa aqui? – chegou na sala, mas logo quando viu Harry se esqueceu de brigar comigo – Harry... oi! – eles se beijaram na minha frente, eca!
‘Au au au au’ um cachorrinho apareceu do nada e mordeu o calcanhar do Harry.
- AIIIIIIIIIII – ele deu um berro tão gay que não pude deixar de rir.

’s version:

- Spock! Cachorro mau! Cachorro mau! – peguei Spock no colo e ele continuou latindo pra Harry que parecia estar mesmo com muita dor, então dei Spock pra , que parecia uma louca rindo, e fui para a cozinha com Harry para poder fazer os primeiros socorros.
- Não precisa disso, ! – Harry não me deixava cuidar dele, odeio esse machismo.
- Harry, fica quietinho e me deixa terminar! – terminei o curativo, não foi um machucado enorme, até porque Spock ainda é filhote, então não tem uma mordida forte.
- Obrigado! – Harry agradeceu e me beijou em seguida.

’s version:

Bem... eu ainda tinha muita vergonha do Danny e a visão do nosso quase beijo não saía da minha cabeça, o que me deixava ainda mais vermelha.
- Pois é... eu comprei um gato e a um cachorro. – tentei começar um assunto, já que estávamos em silêncio ali na sala.
- Snoop... acho que nos estamos atrapalhando os casais aqui – falou me deixando mais vermelha ainda – Vem, vamos dar uma volta no quarteirão! – colocou a coleira no cachorro e saiu de casa.
- Er... onde está a ? – Tom perguntou, então só aí pude perceber a sua presença.
- Lá no quarto dela, pode subir! – sorri, então ele subiu me deixando sozinha com Danny.
- Eu adoro gatos – ele sorriu me fazendo sorrir junto – Também, eu sou um! – ele sorriu convencido e não pude fazer nada a não ser sorrir também.
- Danny, semana que vem vai ter um festival de música lá na faculdade da , nós vamos tocar... então... em nome das meninas eu estou convidando vocês. – sorri sem graça, estava pra desmaiar ali.
- Claro que vamos! Mas eu não sabia que vocês tinham uma banda.
- Cherry Lips é o nome dela, eu toco baixo, a e a guitarra, e a bateria! – sorri.
- Eu e os meninos também temos uma banda, é o McFly, eu e o Tom tocamos guitarra, o Harry bateria e o Dougie baixo!- percebi que Danny ficou triste ao lembrar do amigo, então eu o abracei com ternura.

’s version:

- ? Posso entrar? – escutei uma voz não muito estranha atrás da porta.
- Entra! – falei e quando olhei pra ver quem era pude perceber que era o Tom, então na hora eu me joguei no chão. Ta... doeu muito, mas não tive outra escolha, estava só de calcinha e sutiã (não era do Bozo, porque eu tinha usado ontem, era branquinho com bolinhas vermelhas) – Aiii, Tom... o que você ta fazendo aqui? – massageava minha cabeça.
- Me... me... desculpe, eu não vi nada, pode sair daí, to de costas e de olhos fechados – e ele acha que eu sou trouxa? É claro que ele viu, do contrário não tinha gaguejado e nem ficado vermelho, saé de trás da cama e me troquei rápido.
- Pode se virar! - falei depois que terminei de arrumar o cabelo – Então... o que faz aqui? – perguntei e me sentei na cama indicando para que ele se sentasse ao meu lado.
- Harry veio ver a namorada, então eu e Danny viemos junto. – ele se sentou ao meu lado e senti um calafrio percorrer meu corpo. – , a última vez que nós estávamos conversando você dormiu...
- Então foi você... – eu sabia que não tinha parado na minha cama sozinha.
- Hum? – ele fez cara de quem não entendeu, mas eu disse pra continuar – Ok! ... quer sair pra jantar comigo? – ele perguntou e eu levei um susto que me fez cair da cama.
- Mas que merda! Aii – minha cabeça doía, eu acho que tenho sérios problemas de equilíbrio, Tom me ajudou a levantar, então foi quando aceitei o convite.
Ficamos ali conversando por mais um pouco até um grito nos atrapalhar.

’s version:

- , desde aquele dia que Harry nos atrapalhou eu não te tiro da minha cabeça, e eu sei que ta cedo demais, mas você é a mulher da minha vida, a Rapunzel da minha torre, a Branca de Neve da minha maçã, a Cinderela do meu sapato...
- Não entendi essa última parte! – eu realmente fiquei feliz quando ele começou a falar, mas essa coisa de maçã e sapato eu não entendi.
- Você... é a princesa da minha vida! – ele se aproximou e me beijou, um beijo doce. Retribui, mesmo nunca tendo beijado antes eu sabia o que fazer com o Danny e a história que o primeiro beijo é ruim pra mim não funcionou, foi maravilhoso – ... você quer namorar comigo? – Danny perguntou depois que nos separamos.
- Eu quero! – sorri muito feliz e recebi outro beijo – AAAAAAAAAA! – gritei de felicidade, Danny levou um susto, mas depois começamos a rir que nem dois mongóis.



Capítulo 7


’s version:

Eu ia contar para elas sobre o festival de música, espero que elas topem por bem, senão eu vou ter que fazer do jeito mais difícil.
- Antes da falar, , nossas roupas e nossos instrumentos chegaram hoje. – contou.
- AAAAAAAAAH, MINHA GUITARRINHA! – levantou e quando ia correr para seu quarto eu a puxei de volta.
- Sossega esse rabo aí, tenho algo sério para falar com vocês! – disse com um tom mais sério.
- Fala logo mulher, ta me deixando preocupada – disse realmente preocupada.
- É o seguinte... – odeio rodeios, sempre vou direto ao ponto – ...o meu professor de música está organizando um festival de música, então eu inscrevi nossa banda. – sorri feliz.
- VOCÊ O QUE? – deu seu berro, não era bem dessa forma que eu esperava que elas reagissem.
- Nos inscrevi, ué! – disse novamente.
- Faz mais de seis meses que não tocamos mais nada! – fez seus cálculos.
- Nem temos músicas novas – reclamou.
- Dá pra parar de reclamar? Eu já inscrevi e nós vamos tocar nesse festival e ganhar de lavada! – me irritei - Começamos a ensaiar hoje, música não é o problema, é só escrever! – levantei e comecei a dar meu discurso-sermão. - Eu acredito que nós somos capazes. QUEM TA COMIGO? – gritei essa última parte.
- TO CONTIGO! – levantou e me apoiou, ela sempre é a primeira a apoiar minhas loucuras.
- ISSO AE! – berrou.
- Cherry Lips, o retorno! – foi a vez de .
- Retorno não, , continuação... con-ti-nu-a-çao – filosofei, Cherry Lips é o nome da nossa banda, é ela que vai ganhar esse festival.

’s version:

Eu realmente fiquei preocupada quando a ficou séria, ela é bem... feliz e quando fica séria, algo realmente ta pegando, mas fiquei feliz com a notícia, mesmo fazendo tempo que nós não tocamos juntas, Cherry Lips foi uma coisa maravilhosa na minha vida, foi através da banda do colegial que nos tornamos amigas.
- Então vamos começar agora! – falei para as meninas.
- Agora? Eu tenho que estudar e fazer meu diário e cronograma de aulas. – reclamou.
- Como se os capetas dos seus alunos se importassem se você vai dar aula ou não. – tirou sarro e nós começamos a rir.
- Acredite na , ela fala isso por experiência própria. – agora foi a vez de tirar com a amiga.
- Ow... eu prestava atenção nas aulas, ta! – tacou uma almofada na amiga.
- Vamos parar com isso e vamos ensaiar logo, antes que eu desista – encerrou a briga.
- Isso, podemos começar com as músicas velhas só pra desenferrujar! – sugeri.
- Enferrujada é a sua avó! – reclamou.
- Isso mesmo, eu e a treinávamos mesmo sem vocês! – ajudou , isso tudo só por causa de um comentariosinho idiota.
- Ok, ok, chega. Vamos ensaiar – novamente encerrou a briga, isso que dar ser a mais velha e a responsável.
Cada uma subiu para seu quarto e pegaram seus respectivos instrumentos, depois ajudamos a descer com a bateria. Depois que montamos todos os instrumentos na sala de bagunças, que ficava no fundo da casa, começamos a ensaiar na nossa nova sala de música.

’s version:

Estava sentindo tanta falta disso, tocar com minhas amigas me fazia esquecer dos problemas.
Tocamos todas as nossas músicas antigas e alguns covers de umas bandas aí.
- , por que você tem que tocar com esse bicho aí? – não é um ser normal, vai por mim.
- Isso não é um bicho, isso é... meu bicho, meu amigo e meu companheiro de todas as horas – ela fazia carinho na cobra.
- Não deixa de ser um bicho – falou do outro lado, ela tinha muito mais medo que eu daquela cobra, acho que porque convivi mais com o Smiff, já estou me acostumando com ele.

’s version:

Foi só dar uma pausa e as meninas começaram outra discussão, dessa vez sobre a presença daquele ser rastejante no pescoço da .
- Se a tem um bichinho eu também vou ter! – fez bico.
Isso não vai prestar, quer apostar quanto que a também vai querer um bicho?
- Eu também quero! – disse.
Não disse?! Essas minhas amigas são previsíveis, daqui a uma semana isso vai virar um zôo.
- Comprem ué, vocês não têm porque não querem! – deu de ombros.
- Então tchau pra vocês, eu vou comprar meu bichinho! – guardou seu baixo e saiu.
- Mas nós não terminamos de ensaiar! – reclamei.
- Depois ensaiamos mais, respondeu - , ME ESPERA, EU TAMBÉM VOU! – e saiu correndo atrás da outra.
- E você, aonde vai? – perguntei pra que guardava a guitarra discreta dela.
- Pro hospital! – tirou a cobra do pescoço. - Coloca o Smiff na casinha dele pra mim? – e jogou a cobra em cima de mim.
- Nã...
- Obrigada, também te amo – e saiu sem escutar a resposta.
Ahh, que ódio! Saí correndo com a cobra na mão e a joguei de qualquer jeito lá dentro do aquário, fui tomar um banho e preparar minha aula.

e ’ version:

- Acho que vou ficar com um cachorrinho! – comentou enquanto procurava um bichinho na loja.
- Então eu vou ficar com um gatinho! – também procurava o seu.
- Acho que gato e cachorro não se dão muito bem. – brincava com um cachorrinho.
- Que nada, tudo depende da criação e educação que os pais dão. – pegava um gato persa branco. - Vou ficar com esse, é igual o do Stuart Little – e o levou para o balcão do pet shop.
- Então vou levar esse beagle – depois de pagar e comprar as coisinhas todas, eu e a voltamos pra casa.

’s version:

Cheguei ao hospital, cumprimentei a balconista que já me conhecia e fui me trocar. Já andava mais tranqüilamente pelo hospital, já conhecia uns médicos e enfermeiros, mas não falava muito com eles para não correr o risco de falar algo e ser descoberta. Ao chegar no quinto andar, me arrependi de ter ido naquela hora.
- ? O que você faz aqui? – Harry perguntou após me ver.
- Você é médica?! Que legal – Danny saiu da janela onde estava observando o Dougie e se juntou a Harry.
- Er... O que vocês estão fazendo aqui? – perguntei para tentar mudar de assunto.
- Vendo o Dougie – Tom se aproximou também, pude perceber que todos estavam com uma carinha triste. - Todos os dias a gente vem vê-lo.
- Hum... que bom! Ele precisa da ajuda de todos. – respondi. - Já que estão aqui acho que ele não precisa de mim. – não queria sair sem falar com Dougie, mas se ficasse ia ser pior - Até outro dia... – dei meia volta, mas Harry me segurou pelo braço.
- Não respondeu minha pergunta, mocinha. O que você faz aqui vestida de médica, quando você faz faculdade de art... – tampei a boca de Harry.
- Por favor, não conte nada às meninas. – supliquei - Elas não sabem que eu venho aqui todo dia ou praticamente todo dia também.
- E por que nunca te vimos por aqui? – Danny perguntou.
- É porque eu fico lá dentro! – apontei para o quarto - Com tudo fechado. – sorri amarelo.
- Então foi você... – Tom disse indignado - Os enfermeiros falavam que ele estava fazendo exames com uma médica russa que estava fazendo um acompanhamento diário – ele abaixou a cabeça tristonho. - Tinha esperanças nessa médica.
- Ei, pode parar. Tudo bem que eu não sou quem sou, mas não perca as esperanças. Vocês podem não acreditar, mas ontem o Dougie falou comigo. – falei com uma voz firme - E tenho certeza que ele vai sair dessa logo
- Ok, eu acredito em você. – Danny deu uns tapinhas em meu ombro.
- Nós também. – Tom disse por ele e pelo Harry que afirmou com a cabeça. - Agora entra lá e veja como está nosso menino. – ele sorriu pra mim.
- Obrigada pessoal. – sorri também.
- Mas dessa vez não feche a cortina. – Harry ordenou.
E assim eu fiz, entrei lá como toda vez, tranquei a porta, mas não fechei a cortina. Olhei para os meninos que me acompanhavam pela janela e dei um sorriso um tanto forçado. Me sentei no banco ao lado da cama de Dougie logo depois que dei um beijinho em sua bochecha.
- Oi! Está melhor? Já dá conta de falar de novo? – já fui enchendo Dougie de perguntas e imaginava as respostas.
‘Estou melhor sim, não sei se dou conta de falar de novo, mas estou feliz por você ter voltado’
- Seus amigos estão aqui, não estou me sentindo muito à vontade por ter três doidos me vigiando, mas estou feliz em saber que eles vêm aqui todos os dias. Eles mal podem mais esperar pra você sair logo daí – segurei a mão de Dougie e fiquei fazendo carinho nela com meus dedos.
‘Sério? Eles me batem, me xingam, mas são como verdadeiros irmãos pra mim, não vivo sem eles’.
- Dougie... temos que conversar, não que eu queira discutir a relação, até porque não temos uma relação... affe, você entendeu. É porque a noite passada foi muito especial pra mim, e eu estou sentindo uma coisa muito estranha, e estou com medo... – minha voz falhava e sentia meus olhos se encherem de água.
‘Acho que temos uma relação sim! E não fique assim, não tem que ter medo de amar’.
- ...volta logo Dougie, eu preciso de você – apertei a mão de Dougie - Não me diga adeus.
‘Já disse pra você que jamais direi’ – apertei a mão de .
- Dougie? – senti ele apertar minha mão e me levantei rapidamente - Você está me escutando? – senti ele apertar ainda mais. - Aaaaaaaaaaa – pulei de felicidade.
[n/a: me desculpem pela rapidez dos fatos agora em diante, a fic já esta muito grande, então vou ser mais rápida e direta daqui pra frente]

’s version:

Terminei de fazer o planejamento das minhas aulas e espero que aqueles adolescentes sem cultura alguma aprendam alguma coisa de útil. Guardei meu material em meu quarto e me dirigi para o banheiro para poder eliminar líquidos que não me eram úteis.
- Aaaaaaaaaaaaaaaa! – berrei, e berrei alto mesmo, o susto foi tão grande que caí dentro do vaso - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, QUE NOJO! – já não estava mais com medo do cachorro que estava em minha frente, estava preocupada em sair dali, mas eu estava entalada no vaso.
- DÁ PRA PARAR DE RIR E ME AJUDAR AQUI? – já estava bastante estressada, e olha que é difícil eu ficar assim.
Depois de muito tempo as meninas se levantaram do chão e me ajudaram a sair, fui direto pra ducha e tomei um longo banho.

e ’ version:

- Já escolhi o nome do meu gatinho – sorria feliz entrando na casa.
- E qual é? – também estava super feliz com seu cachorrinho.
- Vai ser Floquinho de Neve – agora sentada no sofá fazia carinho no seu gatinho.
- Floquinho de Neve? Não é muito grande não? – sentou no puff e colocou o cachorro no chão.
- Não! É bunitinho, não é Floquinho? Ow... cadê o bebê da mamãe? Cadê? – eu brincava e abraçava e beija Floquinho da maneira mais doce que eu podia, eu sei que estava parecendo uma demente, mas não me importo, eu adoro meu gato, ele é muito cute.
- Aaaaaaaaaaaaaaaa! – escutei o grito da e eu subi correndo - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, QUE NOJO! – largou o gato dela no sofá e logo estava atrás de mim.
Depois de largar o Floquinho de Neve no sofá, saí correndo atrás da - ? Você ta bem?... – perguntei assim que cheguei.
- KKK... VOCÊ... VOCÊ... KKK – quando cheguei lá só vi as perninhas de chacoalhando e não agüentei, comecei a rir como nunca tinha rido antes, logo depois se juntou a mim com gargalhadas, eu ria tanto que cheguei a rolar no chão e teve que se sentar, provavelmente já estava sem ar como eu de tanto rir.
- DÁ PRA PARAR DE RIR E ME AJUDAR AQUI? – berrou de novo, me levantei rapidamente e ajudei a se levantar, tiramos do vaso e saímos do quarto dela rindo baixinho.

’s version:

Como sempre os médicos não viram mudança alguma no quadro de Dougie, mas eu sabia que ele me escutava como sabia que eu o amava e como sabia que já tinha pago a conta no banco, mas infelizmente naquele momento o médico desconfiou de mim, pois não sabia verificar o quadro dele... Então descobriu minha falsa identidade e me expulsou à força do hospital, já que eu me recusava a sair.
Depois de ter sido jogada na calçada, como aqueles bêbados do faroeste que eram expulsos dos cabarés, os meninos me socorreram e me acompanharam de volta pra casa.
Chegando lá, fui recebida de uma forma não muito agradável.
- AAAA, QUE DROGA É ESSA? – um gato nojento veio roçar em minha perna e sorte dele foi que a o pegou, porque se não ele ia levar uma bicuda - , VOCÊ SABE QUE EU ODEIO GATOS!- briguei com ela.
- Não grita comigo , e você sabe que eu odeio cobras... Então estamos quites agora! – ela me deu língua.
- Se me der língua de novo eu arranco ela com a faca – ameacei e ela ficou quietinha.
- Sem briga... – Danny falou e só então lembrei que estavam atrás de mim.
- Danny... er... oi... – ficou vermelha que nem um pimentão, então resolvi dar passagem para os meninos entrarem.
- Que gritaria é essa aqui? – chegou na sala, mas logo quando viu Harry se esqueceu de brigar comigo - Harry... oi! – eles se beijaram na minha frente, eca!
‘Au au au au’ um cachorrinho apareceu do nada e mordeu o calcanhar do Harry.
- AIIIIIIIIIII – ele deu um berro tão gay que não pude deixar de rir.

’s version:

- Spock! Cachorro mau! Cachorro mau! – peguei Spock no colo e ele continuou latindo pra Harry que parecia estar mesmo com muita dor, então dei Spock pra , que parecia uma louca rindo, e fui para a cozinha com Harry para poder fazer os primeiros socorros.
- Não precisa disso, ! – Harry não me deixava cuidar dele, odeio esse machismo.
- Harry, fica quietinho e me deixa terminar! – terminei o curativo, não foi um machucado enorme, até porque Spock ainda é filhote, então não tem uma mordida forte.
- Obrigado! – Harry agradeceu e me beijou em seguida.

’s version:

Bem... eu ainda tinha muita vergonha do Danny e a visão do nosso quase beijo não saía da minha cabeça, o que me deixava ainda mais vermelha.
- Pois é... eu comprei um gato e a um cachorro. – tentei começar um assunto, já que estávamos em silêncio ali na sala.
- Snoop... acho que nos estamos atrapalhando os casais aqui – falou me deixando mais vermelha ainda - Vem, vamos dar uma volta no quarteirão! – colocou a coleira no cachorro e saiu de casa.
- Er... onde está a ? – Tom perguntou, então só aí pude perceber a sua presença.
- Lá no quarto dela, pode subir! – sorri, então ele subiu me deixando sozinha com Danny.
- Eu adoro gatos – ele sorriu me fazendo sorrir junto - Também, eu sou um! – ele sorriu convencido e não pude fazer nada a não ser sorrir também.
- Danny, semana que vem vai ter um festival de música lá na faculdade da , nós vamos tocar... então... em nome das meninas eu estou convidando vocês. – sorri sem graça, estava pra desmaiar ali.
- Claro que vamos! Mas eu não sabia que vocês tinham uma banda.
- Cherry Lips é o nome dela, eu toco baixo, a e a guitarra, e a bateria! – sorri.
- Eu e os meninos também temos uma banda, é o McFly, eu e o Tom tocamos guitarra, o Harry bateria e o Dougie baixo!- percebi que Danny ficou triste ao lembrar do amigo, então eu o abracei com ternura.

’s version:

- ? Posso entrar? – escutei uma voz não muito estranha atrás da porta.
- Entra! – falei e quando olhei pra ver quem era pude perceber que era o Tom, então na hora eu me joguei no chão. Ta... doeu muito, mas não tive outra escolha, estava só de calcinha e sutiã (não era do Bozo, porque eu tinha usado ontem, era branquinho com bolinhas vermelhas) - Aiii, Tom... o que você ta fazendo aqui? – massageava minha cabeça.
- Me... me... desculpe, eu não vi nada, pode sair daí, to de costas e de olhos fechados – e ele acha que eu sou trouxa? É claro que ele viu, do contrário não tinha gaguejado e nem ficado vermelho, saé de trás da cama e me troquei rápido.
- Pode se virar! - falei depois que terminei de arrumar o cabelo - Então... o que faz aqui? – perguntei e me sentei na cama indicando para que ele se sentasse ao meu lado.
- Harry veio ver a namorada, então eu e Danny viemos junto. – ele se sentou ao meu lado e senti um calafrio percorrer meu corpo. - , a última vez que nós estávamos conversando você dormiu...
- Então foi você... – eu sabia que não tinha parado na minha cama sozinha.
- Hum? – ele fez cara de quem não entendeu, mas eu disse pra continuar - Ok! ... quer sair pra jantar comigo? – ele perguntou e eu levei um susto que me fez cair da cama.
- Mas que merda! Aii – minha cabeça doía, eu acho que tenho sérios problemas de equilíbrio, Tom me ajudou a levantar, então foi quando aceitei o convite.
Ficamos ali conversando por mais um pouco até um grito nos atrapalhar.

’s version:

- , desde aquele dia que Harry nos atrapalhou eu não te tiro da minha cabeça, e eu sei que ta cedo demais, mas você é a mulher da minha vida, a Rapunzel da minha torre, a Branca de Neve da minha maçã, a Cinderela do meu sapato...
- Não entendi essa última parte! – eu realmente fiquei feliz quando ele começou a falar, mas essa coisa de maçã e sapato eu não entendi.
- Você... é a princesa da minha vida! – ele se aproximou e me beijou, um beijo doce. Retribui, mesmo nunca tendo beijado antes eu sabia o que fazer com o Danny e a história que o primeiro beijo é ruim pra mim não funcionou, foi maravilhoso - ... você quer namorar comigo? – Danny perguntou depois que nos separamos.
- Eu quero! – sorri muito feliz e recebi outro beijo - AAAAAAAAAA! –gritei de felicidade, Danny levou um susto, mas depois começamos a rir que nem dois mongóis.

:

A semana passou rápido, as meninas mal tinham tempo de comer, pois ensaiavam como doidas para o festival, umas tinham certeza que ganhariam, outras não estavam tão seguras, já tinham separado as músicas que iriam tocar, as roupas... Tudo estava pronto para amanhã.
e Harry, mesmo não se vendo muito essa semana, a cada dia estavam mais apaixonados.
e Danny não estavam muito atrás.
e Tom, mesmo após o lindo jantar romântico estavam na mesma, sem coragem alguma de contar para o outro o que sentiam.
E e Dougie, não se viram mais desde o dia que ela foi descoberta, já que foi proibida de entrar no hospital.
O dia amanheceu e o fuzuê na casa das meninas já começava.

Girls’ version:

- ACORDA, ACORDA, ACORDA! – andava no corredor dos quartos gritando e batendo panelas - HOJE É UM GRANDE DIA, TEMOS MUITAS COISAS PRA FAZER! – não demorou muito e todas já estavam de pé.
- Affe, já to até vendo, quando a ta nesse pique todo... – começou a falar.
- Não deixa ninguém em paz! – terminou e se sentou à mesa onde todas já estavam sentadas.
- Nem vem, eu só quero que tudo fique perfeito! – se defendia.
- Mas está tudo perfeito! – sorriu feliz.
- O que um namorado não faz na vida de uma pessoa, né? – comentou fazendo as outras rirem.
- Você não namora porque não quer, o Tom é caidinho por você – deu língua pra que se calou na hora.
- E você é caidinha por ele! – falou e recebeu um pão na cara - Eca...
- Ok, ok, vamos parar de brigar – deu um fim na confusão.
- Depois do café vamos ensaiar até o almoço, aí comemos, então depois vamos pro salão nos arrumar, depois voltamos pra comer, aí trocamos de roupas, arrumamos os últimos detalhes, comemos e depois vamos pra faculdade! – explicava o roteiro.
- Pra que tanta hora pra comer? – perguntou.
- Porque eu vou ficar com fome! – disse como se fosse óbvio.
- Ok, então... vamos ensaiar? – terminou seu pão com Nescau e já foi para a garagem.
- Simbora! – as três foram atrás.
- 1,2,3,4... – deu o sinal com as baquetas e elas começaram o ensaio com a música que escreveu e para terminar tocariam a música que escreveu.
- Pronto, acho que já ta bom! – guardou sua guitarra.
- Você já está com fome, né? – perguntou e balançou a cabeça positivamente - Sabia! – todas riram e foram almoçar.
O resto do dia passou bem rápido. As meninas já estavam prontas, cada uma do seu jeito, mas todas lindas.
estava com uma bata branca com um decote em V não muito grande e uma calça jeans com detalhes de strass, um salto alto e um lindo coque preso com pauzinhos japoneses no cabelo.
estava com uma saia rodada jeans escura e uma blusa mula manca (vermelha) coladinha do Bozo e uma Melissa de salto da mesma cor da blusa e seu cabelo estava solto com cachos nas pontas.
estava com um vestido rosa balonê acima do joelho e seu cabelo estava totalmente liso e com um lindo laço de cetim preso nele.
estava com uma calça skinny preta, uma blusa coladinha também preta com o desenho de uma caveirinha em prata, usava um All Star preto e prata e seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto.
Todas entravam deslumbrantes e confiantes, entraram no Xuriço com seus instrumentos (menos a bateria, que não cabia) e foram rumo à faculdade.
- Ok... tem umas 700 pessoas lá fora, então não se desesperem... – todas já estavam atrás do palco aguardando sua vez, e foi ver como estavam as coisas lá.
- AAAAAAAAAAAA, nós não vamos dar conta, eu vou errar tudo... – se desesperou e levou um pedala de .
- Eu disse pra não se desesperar, caramba! – reclamou da dor, mas preferiu não brigar - Nós somos as próximas! - O QUÊ? MAS JÁ? EU NEM TESTEI A BATERIA DELES! – vez da se desesperar e levar um pedala.
- QUAL A PARTE DE: ‘NÃO SE DESESPEREM’ VOCÊS NÃO ENTENDERAM? – já estava nervosa.
- Calma aí! Estamos todas nervosas! – sempre acabando com a briga - , você não vai errar; , você se dá bem em qualquer bateria e , aquieta o facho! – ia dando sermão em todas, que logo se acalmaram - Vai dar tudo certo, nós vamos tirar isso de letra...
- AGORA COM VOCÊS, CHERRY LIPS! – a mulher anunciou.
- AAAAAAAAAAAAA, nós não vamos dar conta, não vamos tirar isso de letra! – se desesperou e levou um pedala triplo.
- CALA A BOCA, – as três gritaram ao mesmo tempo.
- Vamos lá, mostrar pra esse povo o que é um show de verdade! – animou as três, então subiram no palco e foram aplaudidas - - Boa noite, Londres! – começou a falar.
- Nós somos as Cherry Lips! – falou da bateria.
- Na guitarra: e ! – apresentou as duas que deram tchau e receberam aplausos - Na bateria, ! – mais aplausos - E aqui no baixo, eu... ! – aplausos.
- Vamos começar com ‘Word Love’ – anunciou.
- Eu escrevi essa música para uma pessoa muito especial pra mim! – os olhos de brilhavam - Essa música é pra você, Danny – começaram a tocar e foi quando percebeu que Danny e Tom tinham acabado de chegar, ela sorriu boba e começou a cantar.

Just when I thought I'd never fall in love again
(Bem quando eu pensei que não poderia me apaixonar de novo)
You'd knock me off my feet
(Você me acertou em cheio)
Make my heart drop a beat, I ain't never had,
(Fez meu coração disparar, como eu nunca senti)
Make me feel it's spring again and the last romance seemed like a fling
(Me fez sentir a primavera de novo e o último romance pareceu algo casual)
I ain't never had, never had
(Eu nunca senti, eu nunca senti)


cantava olhando diretamente para Danny que se sentou na primeira fileira.

A love like this and understanding space and time
(Um amor como esse que compreende o tempo e o espaço)
I'm so glad you're mine, glad you're mine
(Estou tão contente que você é meu, contente que você é meu)
Sometimes the word love
(Às vezes a palavra 'Amor')
Just ain't good enough
(Não é boa o bastante)
To describe this I feel for you
(Para descrever isso que sinto por você)
Sometimes the word love
(Às vezes a palavra 'Amor')
Just ain't good enough
(Não é boa o bastante)
To describe this I feel for you
(Para descrever isso que sinto por você)


não entendeu o porquê de seu namorado não estar junto dos amigos, mas isso não atrapalhou para que ela desce um show na bateria.

Just when I thought I'd never get that chance again
(Bem quando eu achei que não teria aquela chance de novo)
You swept me from my feet
(Você me fez ficar apaixonado por você)
And kissed me, oh, so sweet, like I never had,
(E me beijou, oh, tão doce, como eu nunca fui beijada)
Like the way you treat me like a lady
(Como você me trata, como uma dama)
Even when I'm acting crazy, sure it's love enough, love enough
(Mesmo quando eu pareço uma louca, claro que o amor basta, o amor basta)
Thank you for understanding, space and time
(Obrigada por compreender tempo e espaço)
I'm so glad you're mine, glad you're mine
(Estou tão contente que você é meu, contente que você é meu)


continuava a cantar a música sozinha, e arrebentavam na guitarra e faziam uma linda 2° voz.

Sometimes the word love
(Às vezes a palavra 'Amor')
Just ain't good enough
(Não é boa o bastante)
To describe this I feel for you
(Para descrever isso que sinto por você)
Sometimes the word love
(Às vezes a palavra 'Amor')
Just ain't good enough
(Não é boa o bastante)
To describe this I feel for you
(Para descrever isso que sinto por você)


No refrão final, já tinha os olhos cheios de lágrimas e Danny chorava que nem um bezerro.
Just ain't good enough
(Não é bom o bastante)


A música acabou com as três cantando a última frase, e assim com o último som da guitarra, foram ouvidos vários assovios e aplausos. As quatro estavam super felizes, era realmente o que elas sempre sonharam, o começo de uma carreira, as quatro juntas.
- Obrigada! – agradeceu - Agora a nossa última música é muito especial pra mim, eu fiz ela para uma pessoa muito especial, uma pessoa que salvou minha vida e o mais importante, uma pessoa que eu amo! – as meninas puderam ver que os olhos de enchiam de lágrimas, mas não sabiam da história, por isso ficaram preocupadas, mas quando iam abraçar a amiga e perguntar o que houve, deu um sinal discreto e elas continuaram onde estavam - Essa música é sua Dougie... somente sua! – deu conta de segurar as lágrimas e foi quando a música começou.

I never should've waited so long to say
(Eu nunca devia ter esperado tanto tempo pra dizer)
What I've always know since the very first day
(O que eu sempre soube desde o primeiro dia)
Thought that you would stay forever with me
(Pensei que você ficaria pra sempre comigo)
But the time has come to leave
(Mas a hora do adeus chegou)


cantava sozinha, sua voz era tão bonita quanto a música, ela cantava com emoção, o que era percebido pelo público que se calou e prestou atenção na letra.

Before we turn off the lights
(Antes de desligarmos as luzes)
and close our eyes
(E fechar nossos olhos)
I'll tell you a secret
(Eu te contarei um segredo)
I've held all my life
(Que tenho guardado por toda minha vida)
Is you that I live for
(É por você eu vivo)
and for you I die
(E por você eu morro)
So I lay here with you
(Então eu fico aqui com você)
'til the final goodbye
(Até o último adeus)


somente cantava deixando sozinha na guitarra, o que deu conta de fazer perfeitamente bem.

Hod draw me close
(Me abraça, segura perto)
close to my lips
(Perto dos meus lábios)
Listen intently
(Escutando atenciosamente)
as I tell you this
(Quando eu te digo isso)
Outside the world
(Além do mundo)
wages its rewards
(Das recompensas por guerras)
I'll rest in peace
(Eu descansarei em paz)
as long as you know
(Todo o tempo que você tiver conhecimento)
Before we turn off the lights
(Antes de desligarmos as luzes)
and close our eyes
(E fechar nossos olhos)
I'll tell you a secret
(Eu te contarei um segredo)
I've held all my life
(Que tenho guardado por toda minha vida)
Is you that I live for
(É por você eu vivo)
and for you I die
(E por você eu morro)
So I lay here with you
(Então eu fico aqui com você)
'til the final goodbye
(Até o último adeus)


Algumas pessoas do enorme auditório também choravam em silêncio como que é a mais sensível das quatro. lembrava de tudo que acontecera no banco, de todas as conversas que teve com Dougie e a cada lembrança chorava mais.
Promise our love will carry on
(Prometi que nosso amor continuaria)
until turn eternal we belong
(Até que você vire eterno, nós nos pertencemos)
Before we turn off the lights
(Antes de desligarmos as luzes)
and close our eyes
(E fechar nossos olhos)
I'll tell you a secret
(Eu te contarei um segredo)
I've held all my life
(Que tenho guardado por toda minha vida)
Is you that I live for
(É por você eu vivo)
and for you I die
(E por você eu morro)
So I lay here with you
(Então eu fico aqui com você)
'til the final goodbye
(Até o último adeus)


ficou feliz quando viu Harry chegar, seu sorriso ia de orelha a orelha, mas quase caiu da cadeira quando o viu, não acreditou em seus olhos, Harry deu a volta e subiu no palco com ele.

Is these broken lips
(Seus respeitosos lábios)
for the last time
(Pela última vez)
spell out the lyrics
(Soletram as palavras)
to love in the sky
(Para amar no firmamento)
Is that I live for
(É por você que eu vivo)
and for you i die
(E por você eu morro)
So I lay here with you
(Então eu fico aqui com você)
'til the final goodbye
(Até o último adeus)


cantava de olhos fechados e não percebeu que tinha mais de quatro pessoas no palco, e acharam estranho, mas deixaram acontecer, entregou seu microfone pra ele.

Goodbye...
(Adeus...)


Foi quando percebeu que tinha mais pessoas ali, pois não foi ela e nem as meninas que cantaram essa última palavra, quando ela se virou, não acreditou no que viu, não podia acreditar que ele estava ali, que Dougie estava ali, cantando a última parte da música, as lágrimas caiam de seu rosto descontroladamente.
- Eu já disse pra você, que nunca iria dizer adeus! – Dougie estava ali sentado em uma cadeira de rodas, mas isso não impedia de estar feliz.
correu até ele e o abraçou, abraçou com ternura e cuidado e foi retribuída com um beijo apaixonado.
Nesse momento não tinha uma pessoa ali naquele local que não chorava, todo mundo chorava, até as pessoas mais secas. Foi aí que Harry beijou , que Danny correu e beijou e que e Tom perderam o medo e também se beijaram.
Típico de cenas muito lindas e românticas que cada casal se beija, e isso aconteceu no auditório inteiro.

3 anos depois:


- ANDA LOGOOOOOOO! VAMOS CHEGAR DEPOIS DA NOIVA! – berrava.
- Calma amor, falta 15 minutos – Dougie deu um selinho carinhoso.
- Mas daqui até a igreja são 20 minutos! – Danny pegava a chave do carro.
- Desde quando o Danny sabe fazer contas? – , como sempre, adorava tirar o amigo.
- Não fala assim do meu príncipe! – defendia o namorado.
- Ok, ok, vamos embora, é a 27° vez que o Harry me liga. – Dougie desligou o celular e saiu com os outros três da casa que dividiam.

’s version:

Ai meu Jesus amado, nem acredito que vou casar, eu to tão feliz, mas to com tanto medo, acho que já fiz um buraco no chão de tanto andar de lá pra cá.
Mas cadê aquelas três? Só to esperando elas pro meu...
- VILMAAAA, CHEGUEI! – ouvi berrar e bater na porta da sala da igreja onde eu já estava fazia uma hora.
- Entra...
- Wow... você ta linda, amor! – me abraçou feliz.
- Nem acredito que minha menina já cresceu! – fingia chorar. - Mas eu tenho que lembrar que criamos filhos com amor e carinho, mas eles não nos pertencem, eles pertencem ao mundo! – e ela fingia muito bem.
- Cala a boca, ! – briguei com ela e nós rimos.
- Cadê a ? – perguntou.
- Não ta com vocês não? – perguntei preocupada, é sempre pontual.
- Deixa eu ver. – olhou dentro da bolsa - Não ta comigo não! – ela sorriu, mas depois levou um pedala e ficou quieta.
- MEU PENTEADO, CARAMBA! – ok, nem tão quieta assim.
- Está na hora. – a mulher que está organizando tudo avisou.
- Ok, vamos ter que entrar sem a ? – perguntou e eu dei de ombros, não podia esperar mais.

~*’s version:

Eu e fomos pra fila dos padrinhos que era composta só por nós mesmo, eu e Danny, e Dougie e e Tom que sumiram e não vão entrar mais.
- Você está linda! – Danny comentou pela milésima vez, mas eu não me canso de ouvir.
- Você também! – sorri e ele me deu um selinho.
Eu estava com um vestido longo de cetim rosa claro com muitos brilhos como a sandália, e o cabelo todo enroladinho, e Danny estava com um terno normal e sapatos sociais pretos e a camisa branca e os cachinhos do cabelo dele perfeitamente arrumados.
Fomos os primeiros a entrar e acredite, eu nunca tinha visto uma igreja tão linda, estava toda decotara com tulipas rosas e brancas, a coisa mais linda do mundo. Entramos e ficamos ao lado de Harry, já que éramos padrinhos dele.

’s version:

- Já disse que você ta uma gata? – Dougie me perguntou com carinha de tarado.
- Não! – fiz um bico e uma carinha bem triste.
- Você ta uma gata! – e ele riu do meu bico e me deu um selinho.
- Nós somos o casal mais estranho daqui. – reparei no povo que estava ali, o que era muita gente, umas 1200 pessoas, já que a Cherry Lips ficou super famosa e o McFly também, então Harry e tinha muitas pessoas pra chamar.
- Mas somos os mais felizes! – Dougie e eu rimos e entramos.
Eu estava com um vestido de seda roxo acima do joelho, uma bota de salto fino e de couro, também roxa, e o cabelo em um rabo de cavalo alto, já Dougie estava com um terno preto, mas o estava paletó aberto, deixando bem amostra sua camiseta preta, e com All Star branco.
Entramos e fomos para o lado da noiva, já que éramos padrinhos de .

Harry’s version:

Eu nem vi nada, só percebi que o casamento tinha começado quando Danny cutucou meu ombro e me perguntou se eu estava bem, e claro que estou bem, eu to casando! AAAAAAAAAAAAAAAAA, eu to casando, que dia eu ia me imaginar nessa situação? Nunca!
Quando a marcha nupcial começou a tocar e toda aquela multidão se levantou, meu coração disparou, eu quase caí pra trás quando vi a , a minha andando pelos corredores. Ela estava deslumbrante, simplesmente perfeita, seu vestido tomara que caia branco, suas sandálias brancas e altas, seu cabelo perfeitamente preso na sua coroa prata... Que coisa gay! O que eu to falando? De sapatos? Affe, que se dane, é a minha e é só nela que eu reparo essas coisas, só os sapatos dela que eu acho bonitos, só os fios de cabelo dela que são perfumados... é só ela.

’s version:

Meu coração batia tão rápido que não conseguia acompanhar o ritmo, Harry estava lindo, eu estava linda, assim como minhas amigas, assim como a igreja, mas nada me importava, eu só queria ter o Harry pra mim, oficialmente para todo sempre. Cheguei ao altar, olhei bem para Harry e o padre começou a missa da qual não escutei uma palavra, estava ocupada olhando e admirando Harry, o que provavelmente fazia o mesmo.

’s version:

Que coisa mais chata! Eu odeio esses padres que ficam aí, três horas falando sobre o amor e blablabla, todo mundo já sabe disso, no meu casamento o padre só vai falar: ‘tudo pronto, já podem ir pra lua de mel!’. Olha só que coisa prática.
Olhei de canto de olho para Dougie e percebi que ele estava pior que eu, parecia estar no mundo da lua, acho que ele vai adorar a idéia de ir logo pra lua de mel.

’s version:

Oh... tava tudo tão lindinho, o padre é muito bom, falava coisas lindas e profundas, vou chamá-lo pra fazer o meu casamento.
Mas eu não parava de reparar na felicidade explícita de e do Harry, esses dois foram feitos um para o outro, assim como os dois esquisitos, que não estão prestando atenção em nada, como eu o e o Danny e como os dois sumidos... ei, cadê a ? Eu já to preocupada, acho que aconteceu alguma coisa.

’s version:

- As alianças! – até que enfim já ta aí, mal posso esperar pra ir pra festa, já to com fome.
- Er... elas estão com o Tom! – Harry falou sem graça.
- Como assim? Cadê ele? – ia ter um treco ali.
- Toma! – tirei meus anéis de madeira dos dedos e dei pro Harry que fez uma cara não muito legal. - Melhor que nada! – dei de ombros e concordou.
Eles trocaram os meus anéis fazendo aqueles votos chatos, isso vai ser outra coisa que não vai ter no meu casamento.
- Eu quero meu anel de volta! - – reclamei fazendo com que toda a igreja risse. - Não é piada, to falando sério!.
- Ok , depois eu te devolvo! – já estava com vergonha.
- Se há alguém aqui que é contra esse casamento, que fale agora ou cale-se para sempre! Isso é outra coisa que não vai ter no meu, porque sempre que falam isso, alguém grita...
- EU! – as portas da igreja se abriram e só vi flashs e mais flashs dos repórteres.

’s version:

- , COMO VOCÊ CASA SEM MIM? – entrei na igreja ofegante.
- Onde você tava? – perguntou e pude ver que todos da igreja olhavam para mim e para os noivos, para mim e para os noivos. - E que merda de vestido é esse? – como sempre, é a primeira a falar as coisas.
- Um vestido de noiva, ué! – dei de ombros.
- A noiva aqui sou eu! – entrou na conversa.
- DÁ PRA PARAR COM ISSO? TA TENDO UM CASAMENTO AQUI, E EU QUERO CASAR! – acho que Harry não gostou muito do papo não.
- EU TAMBÉM VOU CASAR! – finalmente Tom chegou, dei a mão pra ele e comecei a entrar na igreja.
- TAM TAM TAMTAM... TAM TAM TAMTAM... – já que ninguém tocou a marcha nupcial, a louca da começou a cantar, mas eu até gostei.
O casamento começou de novo tudo do começo, pois eu também queria casar direito e tudo ocorreu bem, recuperou seus anéis, eu e Tom trocamos os nossos.
- Se há alguém aqui que é contra esses casamentos que fale agora ou cale-se para sempre! – o padre repetiu.
- EUUUUU!
- Mas que inferno, quem é o infeliz agora? – o padre reclamou e depois tapou a boca em reprovação ao que falou.
- Padre, padre... olha o respeito! Que palavreado chulo e impróprio para um padre, peça perdão dos seus pecados depois – tirou até com a cara do padre, quem agüenta essa guria?
- Eu... também quero casar!

’s version:

Quando Danny disse que também queria casar eu, eu... não vi mais nada.

’s version:

KKKKK, adorei tirar com o padre, mas o que eu mais gostei foi ver a despencando no chão quando o Danny falou que queria casar. Eu sei que fui a única a rir, nem Dougie me acompanhou desta vez. Depois de recuperar o fôlego, fui ajudar Danny.
- Calma ai pessoal, ninguém vai embora, estamos só com probleminhas técnicos! – falei pro povo da igreja.
- Problemas técnicos? – reclamou.
- Eu sempre quis falar isso. – dei de ombros e nós duas rimos.
Depois de 20 minutos, a Cinderela acordou e demos continuidade ao casamento, que foi uma droga, pois teve que começar tudo de novo pela terceira vez. Todos os seis trocaram novamente as alianças (desta vez foi Danny e que pegaram meus anéis) e os votos.
- Se há alguém aqui que é... – o padre parou e olhou bem pra mim e pro Dougie - não vão querer casar também, não? – perguntou, eu olhei pra Dougie e Dougie olhou pra mim, sorrimos de lado.
- Não! – Dougie respondeu por nós dois.
- Ok, então... se há alguém aqui que é contra esses casamentos, que fale agora ou cale-se para sempre! – o padre repetiu pela milésima vez.
- NÓS! – eu e Dougie gritamos juntos, arrancando risadas de todos e um olhar de ódio do padre.
- Me dá meu anel! – arranquei os anéis de e Danny que fizeram cara de choro, mas eu não to nem aí.
E novamente, o casamento começou tudo de novo, até que todo mundo fez os votos e trocaram anéis (menos Danny e ).
- Se há alguém aqui que é contra... – o padre começou.
- EU NOS DECLARO, MARIDO E MULHER! – berrei antes dele terminar.
- Ok, ok... podem beijar suas noivas! – o padre já estava de saco cheio e terminou logo com isso.

No hotel, beira da praia:

- Esse foi o casamento mais estranho que eu já vi na minha vida! – comentava enquanto via as coisas da prateleira.
- Mas pode ter certeza que vai ficar pra história. McFly casado com Cherry Lips! – Dougie abraçava enquanto pagava as coisas que tinha comprado.
- Essa loja do hotel só tem coisa cara!- reclamava.
- É um hotel de 6 estrelas, , você queria o que? – SCRIPT>document.write(Amanda) pagava as coisas dela também.
- E tem outra... nós somos ricos! – Danny deu de ombros.
- É... somos ricos! – Tom dava um selinho em .
- MÃO NA CABEÇA, ISSO É UM ASSALTO! – dois homens armados entraram na loja.
- AAAAAAAAAAAA – , , , Tom e Danny gritaram juntos e se abraçaram. Harry e Dougie colocaram a mão na cabeça rapidamente.
- Mas que merda! De novo não! – resmungava e ia pra perto dos amigos já pensando em um plano melhor que o primeiro.






Fim..



Nota da autora: AH!!!! Eu terminei, nem acredito, to desde o começo desse ano fazendo essa fic, e me apeguei muito a ela, e realmente a considero a melhor que eu já fiz.
Foi a primeira que todos dos personagens são principais, eu sei que a Poynter, no começo, apareceu muito, mas é porque eu sou Poynter, então não resisti, mas acho que depois eu dei uma balanceada.
Cara... eu vou chorar, eu amo demais essa fic e espero que todas vocês gostem.
Eu tenho que agradecer antes de qualquer coisa, à minha irmã, que desde o começo ficou pegando no pé: ‘já terminou a fic, Rebeca?’ ‘Anda logo, Rebeca!’ ‘Eu quero ler, Rebeca!’... ela é um saco, eu sei, mas amo muito ela e sei que ela é a minha maior fã.
Agradeço também aos meus professores porque se não fosse as aulas super chatas deles, eu não escreveria nada, já que só tenho tempo de escrever nas aulas deles, mas principalmente a minha professora de espanhol que deu visto na minha fic (sério mesmo, quem quiser depois ver, eu mostro) achando que era um relatório de um livro em espanhol.
Agradeço a minha beta também que teve paciência em me aturar.
E principalmente a vocês, que leram minha fic e minha nota, amoll demais vocês também, não se esqueçam de comentar, leio todos os comentários e respondo todos também.
Já vou indo porque minha nota já esta grande demais. Mil beijos e obrigada novamente!
Xau!! Bjos na bunda.

Nota da Irmã Caracas irmã, vc e d +, ta muito boa, e vc sabe que se tivesse ruim eu te falaria. Enfim... pessoas que leram a fic e a n/a, não acreditem quando ela diz que eu sou um saco, ela só me dá trabalho, me pondo pra corrigir as fics dela, não pensem que é um trabalho fácil não, ela escreve quase tudo errado e abreviado, eu tenho mais trabalho que ela, parece que ela faz de propósito. Enfim²... obrigada a vc que leu isso.
Dúvidas, perguntas, comentários, xingamentos, então comentem e façam 2 pessoas felizes (ou tristes). Última coisa, não xingem nossa mãe. OBRIGADA!!!!!!!! IRMÃ, VC É FERA!!!!!!!!!!!!!!!

Fic terminada dia: 10/10/2009
Numero da patente: 87660435781




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Para saber quando essa linda fic vai atualizar, acompanhe aqui.



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