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Prólogo


“Se o sonho e a realidade às vezes se misturam, é assim mesmo que deve ser.”
– The Wonder Years.

— Mãe! – corre até a cozinha, onde sua mãe encontrava-se. – Eu fui aprovada! – finaliza ofegante.
— Sério? – Michelle, mãe da garota, aproxima-se dela apanhando a carta da Academy of Art University, que a filha segura, lendo em seguida.

“Prezada Senhorita Stuart,
Com imensurável prazer, informamos que você foi APROVADA para cursar Artes Cênicas na Academy of Art University em San Francisco, Califórnia.”

— Ai, meu Deus! Estou tão orgulhosa de você, filha! – a mãe abraça , com os olhos marejados. — Precisamos começar a arrumar os preparativos — Michelle a solta enxugando os olhos.
— Calma, mãe. Primeiro preciso ligar para a . – e tinham um sonho de estudar em San Francisco, de preferência numa conceituada universidade de arte. sempre quis cursar Artes Cênicas, já queria Fotografia.
— Alô? – diz ao atender o telefone.
! Eu fui aprovada! Por favor, diga que você também.
—Parabéns, ! Mas eu não fui...
— Mentira! Nós tínhamos que ir juntas – diz desapontada, já sentindo vontade de chorar.
—Tô brincando, boba, eu também fui! Não acredito que vamos para San Francisco, Stuart!!!
— Sua besta, quase me mata de susto! — põe a mão no peito aliviada. — Vai ser incrível! — grita mais uma vez. — Rodrigues, nós vamos para a Califórnia! – as duas amigas surtam juntas.
Parece que o sonho estava prestes a se tornar realidade. E com surpresas que elas mal esperavam.




Chapter 1


“Isso é apenas o começo.”
¬— Grease
— Vou ficar com tanta saudade de você, filha! – Michelle diz enquanto esmaga em um abraço.
— Eu também, mãe. Prometo ligar para amenizar a saudade.
— Bom mesmo – elas se soltam e é ouvido o chamado para o voo.
— Acho que tá na hora – a mãe, que até então se segurava, começa a chorar. a abraça mais uma vez. – Vá, filha, antes que perca seu voo – Michelle ri fraco e a mais nova a abraça uma última vez.
— Vamos, – fala para a amiga que estava ao lado e ainda se despedia de sua mãe, Juliana. – Tchau, tia Ju. – fala para a mãe da amiga e lhe dá um abraço.
— Juízo meninas, vamos morrer de saudades – Juliana, entre uma lágrima e outra, diz para as duas.
— Tchau, mãe. Tchau, tia Mi. – despede-se dando os últimos abraços e vai junto de para a sala de embarque.
As duas brasileiras mal podiam acreditar no que estava acontecendo. Elas estavam prestes a embarcar em um avião com destino a San Francisco, a cidade dos sonhos delas.
Iriam para lá um mês antes do início das aulas na universidade, para passar as férias e se habituar ao lugar. A família do pai de é Americana e seu tio, Richard, mora em San Francisco, então ficariam na casa dele até o início das aulas.

15 horas depois...

— Acorda, criatura! Nós vamos pousar! — grita para a amiga que estava adormecida ao seu lado, recebendo olhares de reprovação vindos de alguns passageiros.
— Onde eu tô? — pergunta ainda atordoada pelo sono.
— No avião, abestada! Pousando na cidade dos nossos sonhos! — estava excessivamente eufórica, e não é para menos, qualquer outro em seu lugar também estaria.
— Nossa, não precisa disso, querida. Já basta ter me acordado no meio de um sonho tão bom, agora fica gritando no meu ouvido. — vira para o outro lado, planejando cochilar mais um pouco e voltar para o seu incrível sonho com Ian Somerhalder, mas , obviamente, não deixa.
— Você não pode dormir agora, Stuart! — dada por vencida, desiste.
Finalmente o avião pousa e a ficha de ambas começa a cair. Elas estavam em San Francisco! Como haviam esperado por isso. Apressadamente elas pegam seus pertences e dispararam para fora do avião, indo em seguida atrás de suas malas. Assim que pegam tudo, consegue avistar seu tio esperando por elas.
— Tio! Quanto tempo! — ela diz ao se aproximarem dando um abraço em Richard.
— Senti saudades little . — ele retribui o abraço e cumprimenta em seguida.
Richard guia as garotas até seu carro que está no estacionamento e rumam para a casa dele.
— Você se lembra do , ? — Richard pergunta
— Lembro sim, tio. Mas faz muitos anos que não nos encontramos, por que? — costumava encontrar quando vinha visitar o tio. O garoto é filho do irmão de sua tia, esposa de Richard, não tem parentesco direto com , apesar de que ela o considera um primo. A última vez que se viram foi quando tinha 12 anos e , 13.
— Bom, ele veio para cá tem dois dias. Vai passar o verão na casa que os pais dele têm aqui. Fica bem de frente para a minha, vocês vão poder se reencontrar. Lembro que adoravam brincar juntos quando pequenos — responde Richard.
“Depois de 6 anos, como será que está?” se pega pensando. Ela estava animada para revê-lo, mas também meio receosa, faziam anos, não sabia o que esperar. Já não via a hora de chegar na casa de Richard para poder trocar de roupa e ir logo para a praia.
O resto do percurso foi rápido e logo chegaram. A casa de Richard é bem grande, mas não exagerada. As meninas o ajudam a descarregar o carro e logo entram.
, como você está adulta! — Clair, sua tia, recebe as garotas na sala de estar com abraços. — Oi, !
— Que saudade, tia! — responde a abraçando.
— Oi, Clair! — a abraça também.
— Vou levar vocês até o quarto. — Clair guia as meninas pela escada até o quarto que elas iriam dividir pelo tempo da estadia. Estavam mais do que animadas.
O quarto se encontrava no final do corredor, era uma suíte ampla, com duas camas de solteiro, uma escrivaninha e um guarda-roupas.
— Bom, vamos ajeitar as coisas rápido, porque ainda quero passar na praia aqui da frente. — fala para a amiga assim que Clair deixa o quarto.
— Calma aí, mulher. Por que você já quer ir à praia? Vamos arrumar nossas coisas e dormir — reclama se joga na cama. — Por favor — acrescenta
— Não mesmo, Stuart. Nós vamos à praia e ponto! — consegue ser bem autoritária e persuasiva quando quer. se dá por vencida, bufando.
— Okay, a gente vai. — revira os olhos, prendendo os cabelos castanhos em um coque.
As duas desfazem a mala rapidamente, guardando suas roupas e pertences nos armários e gavetas . Em mais ou menos uma hora acabaram e vestiram uma roupa mais leve.
— Anda logo, ! — diz impacientemente enquanto se olha mais uma vez no espelho e ajeita o cabelo preto com mechas coloridas em degrade de roxo e azul.
— Vamos — sai do banheiro e elas rumam para a praia.
Já era fim de tarde, logo o sol começava a descer e daqui a pouco iria se pôr. Então as amigas decidiram ficar por lá até o sol se esconder atrás do mar. , que não queria ir, agora era a mais empolgada.
— Caramba, que lugar lindo, !
— E você querendo ficar dormindo.
— Retiro o que disse, ainda bem que viemos — levanta os braços em forma de rendição e começa a correr pela praia com a brisa soprando seus longos cabelos para trás.
— O que você está fazendo, sua louca? — grita para a melhor amiga que se virá para ela.
— Estou sentindo a liberdade. — responde e se junta a ela, rindo. Elas param de frente para o mar, sentindo uma tranquilidade e felicidade imensa.
— ESTAMOS EM SAN FRANCISCO! — grita e começa a correr pela areia de novo, com os braços abertos e ri dela. Logo para, gargalhando também. Ela se vira para onde a amiga está, e sente a brisa com os olhos fechados. Quando torna a abri-los, percebe um garoto a observando.
***

adorava ver o pôr do sol na praia, não sabe explicar, mas sente uma sensação incrível. Quando era mais novo costumava fazer isso com sua falecida avó materna, era algo que a deixava extremamente feliz, logo tornou-se especial para também e sempre o fazia lembrar dela. Ele havia chegado em San Francisco com os quatro amigos há dois dias e ainda não tinha conseguido ver o pôr do sol que diziam ser tão lindo.
— Vocês vão? — perguntou aos amigos que estavam na sala. e jogavam vídeo game e se encontrava perto da porta para sair. nunca contara a ninguém o porquê de gostar tanto de assistir o sol se esconder, por isso seus amigos não entendiam sua obsessão em ir.
— Foi mal , mas preciso ir pra casa da minha tia, ainda não a vi desde que chegamos e ela disse que a sobrinha do meu tio veio também, tem muito tempo que não a encontro.
— Hm, ela é gata pelo menos? Se for, eu perdoo — brinca .
— Cara, cala a boca, ela é da família praticamente. — repreende e ergue os braços em sinal de rendição.
— Apresenta ela pra nós então, . — diz com um olhar pervertido.
— Talvez. — responde e sai.
— E vocês? Vem? — se vira para o restante.
, nós conseguimos chegar nessa fase hoje, dude! — fala.
— Não acredito que vocês vieram até a Califórnia pra jogar vídeo game — ele revira os olhos e sai.
anda tranquilamente até a praia. Quando chega, senta-se na areia e observa o sol descer. Ele ouve algumas risadas e vozes femininas e olha para o local de onde vem, encontrando uma menina parada rindo de outra que está correndo pela areia. A menina que corre é linda, não conseguiu reparar na outra, pois ela está de costas, mas já havia se encantado pela beleza da menina de cabelos castanhos e compridos que agora estava com os braços esticados, sentindo a brisa que jogava seus cabelos para trás. Ela tinha uma expressão serena e o pôr do sol ao fundo deixava a cena ainda mais bonita. Ao abrir os olhos, a garota percebe que a encara e seus olhares encontram-se, ela desvia rapidamente, corando. deixa um pequeno sorriso escapar e fica curioso para saber o nome da garota misteriosa.
***

— Aquele cara tá te encarando. — sussurra para a amiga.
— É, eu percebi — tenta não demonstrar seu interesse, mas na verdade havia achado o cara misterioso bem bonito.
— Ele é um gato — insiste a amiga. Ela sabe que ele faz o estilo de , mas sabe também que a amiga acabou de passar por um término traumático e a última coisa que quer é se envolver com alguém.
— A gente tem que voltar, meu tio tinha falado que o ia lá em casa — desconversa. Parte dela queria ir até lá e puxar papo com o desconhecido, mas seu lado mais ajuizado sabe que ela não deve, pois, com certeza, não vai acabar bem.
— Você já se refere à casa do seu tio como sua casa — , não insistindo mais no assunto do garoto, diz e ambas riem. — Enfim, vamos.
Elas andam para fora da praia, rumando até a casa de Richard. olha para trás em dado momento, a fim de dar uma última olhada no garoto, sendo surpreendida por seus olhares se encontrando, pela segunda vez no dia. Stuart sacode a cabeça e continua acompanhando a amiga.
***

? É você? — pergunta surpresa ao adentrar a casa de seu tio e se deparar com um garoto de cabelos coloridos, atualmente pintados de vermelho fogo.
! Caramba, como você mudou! — o garoto se aproxima para dar um abraço nela, que corresponde.
— Uau, você também, até pintou o cabelo.
— Gostou? Não ficou meio estranho?
— Não! Combinou muito com você, de verdade, eu gostei — sorri.
— E você seria quem? — vira-se para e pergunta de modo curioso.
— Nossa até esqueci de apresentar vocês dois! — se apressa a responder. — Essa é a , minha amiga que vai estudar em San Francisco também.
— Pode me chamar de se pronuncia pela primeira vez. — A propósito, adorei o seu cabelo.
— Obrigado, — o garoto dá um sorriso. — Vejo que você também gosta de tinta colorida — ele se refere a suas mechas.
— Ah sim, eu gosto, mas não tenho tanta coragem para pintar tudo.
— Acredite, eu também não tinha — o garoto admite e sorri. Ela estava encantada com o quanto ele era simpático. E bonito também, não fazia muito o estilo dela, pensava, mas havia simpatizado com ele.
— Bom, como estão as coisas, ? — fala e os dois parecem notar a presença dela novamente.
— Estão ótimas, eu montei uma banda com meus amigos. Não é nada demais, só fazemos alguns covers, mas torcemos muito para que dê em algo.
— Uau, isso é ótimo — diz, claramente feliz pelo seu quase primo
— Sim, estamos animados. Eles vieram para cá também, estão comigo na minha casa. Posso apresentar, se vocês quiserem — sugere.
— Claro! — as garotas respondem em uníssono.
***

— Caramba, cadê o que não volta? Eu tô com fome — Ash reclama desligando o vídeo game.
— Até eu já voltei — diz se jogando em um dos sofás. Logo é ouvido o barulho da porta da frente se abrindo.
— É só falar que aparece — brinca .
— Sentiram minha falta? — entra na sala. — Trouxe companhia, por favor sejam pessoas normais.
— Normal é meu sobrenome — dá uma piscadinha, o que faz revirar os olhos.
vira para trás e chama e para dentro. Assim que elas entram na sala, a primeira coisa que repara é que o garoto misterioso está bem ali, sentando em um dos sofás. Só podia ser o destino querendo brincar com a cara dela. deixa um sorrisinho escapar quando percebe para onde a amiga olha. O que ela mais queria é que esquecesse o babaca do seu ex-namorado. Percebendo que a amiga não vai se mexer, apressa-se a dizer algo, mas é mais rápido que ela.
— Essas são , minha prima, e , amiga dela. — elas dão um aceno a eles.
— Prazer, sou o — ele lança seu melhor sorriso.
— Sou o — o garoto sorri de maneira fofa.
— Ahn, oi, er, sou o — o garoto misterioso, que agora finalmente sabe o nome, se atrapalha com as palavras, ficando corado. acha uma graça o fato de ele estar tão envergonhado quanto ela.
— Vamos pedir uma pizza? — quebra o silêncio que estava começando a pairar.
— SIM! Por favor. — Ash, agradece mentalmente por alguém finalmente sugerir comer, e logo pega o telefone para fazer o pedido. — Que sabor vocês vão querer?
— Qualquer um. Literalmente qualquer um. — fala, se jogando no sofá, como se já fosse de casa, e isso arranca um sorriso discreto de .
— E você ? — o primo pergunta, a tirando do transe.
— Ahn... também como de tudo, eu acho... — a garota diz, evitando olhar para que ainda a encarava.
— Calabresa! Está decidido então. — Ash pega o telefone da pizzaria e deixa a sala para conseguir fazer o pedido sem o barulho de seus amigos atrapalhando.
— Então, , siga aí o exemplo da sua amiga e sinta-se em casa. — fala, rindo, se sentando no sofá oposto ao de .
ri junto e se senta ao lado da amiga. está junto com no outro sofá e está no outro lado de .

— Então quer dizer que vocês são brasileiras, hein? — pergunta para as duas, mas tem sua atenção voltada para o tal garoto misterioso a sua frente.
— Sim! — responde animada.
— Eu já fui pra lá... — comenta, e os dois começam uma conversa sobre o Brasil. Enquanto isso, percebendo o clima entre e , tenta puxar conversa com os dois, então surgem dois polos de conversa.
— Então, , você vai morar aqui agora né? — pergunta à prima.
— Sim, eu vou cursar Artes Cênicas e a Fotografia na Academy of Art University.
— Que legal, quando for estrear em um filme estarei na primeira fileira — dá uma piscadela.
— Ah, tem muito chão ainda, fala.
— Vamos contratar a para fazer os photoshoots da banda — comenta Ash voltando para a sala e já se intrometendo na nossa conversa, fazendo os outros rirem.
— Banda?! — exclama deixando sua conversa com de lado. — Ah, é mesmo, tinha até esquecido que vocês têm uma banda
— Temos — diz rindo.
— Mais ou menos, na verdade — corrige. — A gente só se junta pra tocar uns covers de vez em quando.
— Mesmo assim é muito legal! — afirma empolgada.
— Toquem algo pra gente, vai — pede .
— Sim! Por favor! — insiste Stuart, vendo que os meninos estão relutantes.
— Tá bom — dá-se por vencido e levanta para pegar um violão. Ele estava com vergonha, mas também com vontade de impressionar .
Os quatro amigos juntam-se de frente para as garotas e começam a tocar um cover de Teenage Dirtbag. Ambas estavam adorando o som deles. estava encantada com a voz de e não parava de encará-lo com um pequeno sorriso. Em dado momento, o mesmo levantou a cabeça, cruzando seu olhar com o da garota, algo que havia virado rotina nesse dia. Envergonhada pelo flagra, olha para outro lugar, voltando a prestar atenção na música. Quando a pequena apresentação é finalizada, as meninas aplaudem.
— Caramba, foi o máximo — Rodrigues diz com sinceridade.
— Realmente, vocês são bons — parabeniza.
— Obrigado, lindas — faz uma reverência, arrancando gargalhadas das meninas e fazendo seus amigos rolarem os olhos, mas rirem em seguida.
A companhia toca e vai pegar a comida.
— Aleluia, estava morrendo de fome! — diz assim que Ash aparece com as caixas.
— Quando é que você não está, cara? — zomba e todos riem.
— Até parece alguém que eu conheço — olha para a amiga.
— Quem? Eu? — finge indignação — Nada a ver.
— Se você continua igual a 6 anos atrás, posso afirmar que a está certa — entrega e lhe dá um tapa no braço de brincadeira.
— Parece que achou sou alma gêmea — brinca deixando e envergonhados e mais uma vez todos riem.
— Enfim, vamos comer? — pergunta.
— Com certeza — responde o pessoal.
***

Depois de muita pizza, conversa, risadas e mais música, estava tarde e e precisavam retornar à casa.
— Olha, galera, foi muito divertido hoje, mas precisamos voltar — anuncia .
— Realmente. Queremos acordar cedo amanhã para aproveitar o dia — acompanha a amiga que se levantou.
— Ah, que pena — Ash faz um biquinho.
— Por que não passam o dia conosco amanhã? — pergunta na esperança de que digam sim, pois ele havia adorado as garotas. E também queria uma desculpa para encontrar de novo.
— O que vocês pretendem fazer? — Stuart pergunta.
— Bom, ficamos sabendo de uma praia que tem aqui perto que dizem ser ótima, tem stand up e tal — responde.
— Hm, parece uma boa ideia — diz e as duas amigas concordam em passar o dia com eles.
— Ótimo, amanhã passamos lá para buscar vocês umas nove horas — fala e elas assentem. — Vamos, vou acompanhar vocês.
Todos se despedem e sai da casa junto de e .
— Obrigada, . Até amanhã — abraça o primo quando chegam e entra na casa.
— Tchau, despede-se dele com um rápido abraço e também entra.
— Até amanhã — o garoto diz antes de elas fecharem a porta e volta para a sua casa.
As garotas subiram para o quarto e prepararam-se para dormir. Enquanto estava deitada, pensava em como o dia tinha sido ótimo, mal havia chegado na cidade dos seus sonhos com sua melhor amiga e já estava amando. Reencontrou e conheceu os melhores amigos dele, que são muito legais por sinal, fora que a cidade é maravilhosa. No entanto, o que mais lhe encantara foi um certo garoto que ela havia encontrado mais cedo na praia e depois descobriu ser amigo de seu primo — ele tem algo que a deixa atordoada, de um jeito bom —. Ela estava ansiosa pelo dia seguinte para poder passar um pouco mais de tempo perto dele. Em meio a esse pensamento, seu recente coração partido a alerta sobre o perigo dessa aproximação deles e lá vem aquele maldito medo assombrar a menina mais uma vez.
Enquanto isso, em um quarto da casa à frente, estava pensando em como havia se identificado com e queria conhece-la melhor. Parece que esse mês em San Francisco renderá boas lembranças.




Chapter 2


“Não há nada melhor que um amigo. A menos que seja um amigo com chocolate.”
— Linda Grayson

No dia seguinte, o despertador do celular de toca. Nenhuma das duas garotas se move.
— Caramba, , desliga isso! — Stuart esbraveja, mas a amiga nem dá sinal de vida. — Meu, Deus, sempre eu tenho que ser a responsável. — , vendo que não iria acordar assim, levanta bufando e desliga o alarme, jogando uma almofada na menina ainda adormecida.
— Me deixa dormir! — rola para o outro lado da cama.
— Não! Nós vamos nos atrasar, criatura — diz uma última vez e vai para o banheiro fazer sua higiene matinal.

— Bom dia, meninas! — Clair cumprimenta e assim que elas descem as escadas. Elas vestiam roupas leves e biquíni.
— Bom dia, Tia Clair — as duas respondem em uníssono sentando a mesa para tomar café da manhã.
— Olá, dormiram bem? — Richard pergunta adentrando a cozinha.
— Sim, tio. — responde.
Eles conversam enquanto tomam café. Logo as meninas sobem de novo para escovarem os dentes e pegar suas coisas. Quando retornam, já está à espera delas, vestindo bermuda, regata e chinelos.
— Bom dia! — ele diz animado abraçando as brasileiras. — Vamos?
As garotas assentem.
— Tchau, gente. — os três se despedem do casal, indo em direção à saida.
— Divirtam-se! — Clair acena antes de fechar a porta.
— E aí, gatinhas? — fala do assento do motorista, abaixando os vidros das janelas. O garoto estava de regata e óculos escuros. Ao seu lado, no banco do passageiro, estava , também de regata e óculos de sol. No banco de trás estava , o avistou logo de cara e não pode deixar de reparar o quanto ele estava lindo. Ao contrário dos outros meninos, ele estava vestindo uma camiseta normal, também óculos escuros e cap com a aba para trás. Por um momento esqueceu que estava rodeada de outras pessoas e, por sorte, estava de óculos escuros, assim ninguém percebeu o olhar idiota que ela lançava para .
— Oi, gente. — cumprimenta todos, tirando de seu transe.
— Vamos logo! — apressa e eles logo entraram no carro.
, , e tiveram de espremer no banco de trás. se sentou ao lado de , seguida por e . segurava-se muito para não olhar para o garoto ao seu lado. Não podia negar que seu coração batia mais rápido. Não que ela nunca tivesse visto um cara bonito na vida. Seu ex-namorado era bem bonito, apesar de babaca, mas a beleza de a tirava do sério.
— Coloquem alguma música aí, vai! — disse.
— É pra já, querem o que? — pergunta .
— Tem Bon Jovi? — decide socializar.
— Você escuta Bon Jovi? — pergunta a ela surpreso.
— Sim, ué. Qual o problema? — ela cora.
— Nenhum, é só que não imaginei que você escutasse. Você tem cara de que escuta só boybands e tal... — diz divertido.
— Ei, eu também escuto boybands e tal, algo contra? — finge estar ofendida.
— Não, nada contra. — ergue as mãos em sinal de rendição fazendo todos no carro rirem.
Eles seguem o caminho até a praia cantando várias músicas e falando besteiras. Estavam se dando muito bem.

— Chagamos! — se pronuncia ao estacionar o carro.
— Caramba, aqui é lindo — ficou maravilhada ao deixar o veículo.
— É mesmo. — também apreciava a paisagem.
Os seis adentraram a praia e escolheram um lugar para estenderem as cangas. Ao contrário das praias brasileiras, ali não tinham pessoas alugando guarda-sóis e cadeiras.
— Ei, , cadê o stand up que você falou que tinha aqui, hein? ¬— pergunta desanimada ao passar os olhos pela praia e não encontrar.
— Então, né, talvez eu tenha confundido a praia... — diz em tom de desculpas.
— Poxa. — faz um biquinho.
— Relaxa, , tem muitas praias por aqui que tem stand up. — põe uma mão no ombro da garota. — A gente vai fazer, prometo que te levo.
— Promete de dedinho? — estende o mindinho direito para ele que ri com o ato.
— Prometo. — o garoto enlaça seu mindinho no dela.
— Promessas de dedinho não podem ser quebradas, .
— Não pretendo quebrá-la. — ele dá um piscadinha para , fazendo-a rir.
— Vou para o meu habitat, quem vem comigo? — diz já saindo em seguida, chamando a atenção dos outros.
— Habitat? — pergunta fazendo a menina se virar.
— Sim, ué. Sou uma sereia!— ela fala como se fosse óbvio, fazendo os outros rirem.
— Eu vou, sereia! — grita e a acompanha.
— Acho que vou buscar algumas coisas para bebermos. Vem comigo, ? — vira para o amigo que concorda e os dois saem em direção a um quiosque perto de onde eles estavam.
— Bom, vou tomar conta das coisas aqui então, né? — fala tirando sua blusa e seu shorts antes de sentar-se em uma das cangas. não pode deixar de olhar o corpo da menina, e gostou do que viu. não havia percebido, até porque, para ela, quem iria gostar do seu corpo?
— Vou ficar com você. — afasta os pensamentos impróprios que teimavam em vir a sua cabeça e tira a blusa que usava, acomodando-se ao lado da garota em seguida. tentou não olhar para o peito nu do garoto, o que foi muito difícil.
— Vocês sempre costumam vir para cá? San Francisco? — tenta puxar assunto, mesmo sendo péssima nisso. Ainda mais com .
— Quem sempre vem é o , por causa dos tios e tal. Essa é a primeira vez que eu e o restante viemos. — responde. — Tá animada por vir fazer faculdade aqui?
— Com certeza! Nem acredito que vou fazer o curso que sempre sonhei nessa cidade incrível! — a menina falava com tamanha sinceridade e animação que não teve como deixar de sorrir. Ele podia dizer que os olhos dela deviam estar brilhando por baixo dos óculos escuros.
— É, eu imagino. Você deve gostar bastante de atuar.
— Sim, eu amo, desde pequena. Sempre fiz teatro e participei de várias peças na época da escola. — confirma. — Mas, e você? O que é que mais gosta?
— Minha paixão é a música. E eu realmente acho que a banda pode se tornar algo muito maior. — ele diz sonhador.
— Eu acredito também. Vocês são muito talentosos. — sorri para .
— Obrigado, é muito bom ouvir isso. — ele retribui o sorriso.
— Voltamos, galera. — e reapareceram com umas bebidas típicas praianas nas mãos. Com frutinhas enfeitando e tudo mais. Deixaram tudo apoiado em cima de uma pequena mesa que haviam pegado.
— Que delícia. — diz ao experimentar a que pegou para si. Tinha abacaxi ao que parecia.
— Ainda bem que é bom, porque compramos sem nunca ter provado. Foi só por causa dos enfeites. — admite e todos riem.
— Aquilo ali é sua amiga no chão? — pergunta para ao ver caída e rindo muito da cara dela.

, seu ridículo, nem pra me ajudar? — diz brava com o garoto.
— Desculpa, mas é que seu caldo foi muito engraçado. — ele para de rir aos poucos. — Vem, deixa eu te ajudar.— estende a mão para a garota que hesita, mas acaba aceitando a ajuda.
— Obrigada. — ela agradece cínica, espremendo os olhos. — Acho que vou voltar, já deu de mar por agora. — se vira para ir até onde os amigos estão. a observa por um tempo antes de segui-la. Ele não imaginava que ia gostar tanto de vê-la de biquíni.
estava adorando ficar a sós com , ele era como ela, se entendiam muito bem. Mas, realmente quis voltar depois do ocorrido, havia engolido muita água.
— Menina, o que foi aquilo? — pergunta para a amiga assim que ela se aproxima.
— Um caldo, nunca viu ninguém levar um? — retruca pegando uma das bebidas que estavam na mesa.
— Nossa, um amor, como sempre. — rola os olhos fazendo os meninos rirem.
— Gente, vocês viram o caldo que a levou? — berra ao se aproximar, fazendo ficar puta.
— Já deu né, gente? Pra que tanto auê? — a garota fala.
— Porque foi muito engraçado, ué. — continua irritando-a e todos riem ainda mais. — Olha, frutinhas — ele se refere as bebidas e pega uma, desviando o foco da conversa: .
— Gay!— zomba do amigo.
— Igual a você né, meu bem? — retruca dando uma piscadinha.
— Com certeza... — dá um sorriso sedutor.
— Arrumem um quarto! — entra na brincadeira, fazendo todos rirem ainda mais.
Entre piadas e mais risadas, decide entrar na água e vai também. Ela adorava a companhia dele e ficava feliz em perceber que parecia ser recíproco.
— Cuidando com o tubarão, ! — gritou de modo sério.
— Ha-há, que engraçado.
— Não. Tô falando sério. Já tiveram vários ataques aqui. — o garoto continuou seriamente enquanto se aproximava.
— Ai, meu Deus. — começou a ficar amedrontada. — É sério isso?
— Não. — desatou a rir do desespero que ela começou a demonstrar, recebendo jatos de água em resposta de .
— Seu ridículo, eu acreditei! Não é legal brincar com isso, sabia? — Stuart cruza os braços, brava.
— Desculpa, vai? Não pude perder a chance.
— Vai ter volta, . — mostrou língua de modo infantil e mergulhou na água, sendo seguida por .

***

Após certo tempo na praia, os amigos decidiram almoçar. Já eram quase duas horas da tarde e estavam morrendo de fome, ainda mais depois de brincarem feito crianças no mar. Foram até um restaurante que ficava à beira daquela praia. e estavam cada vez mais próximos, e não paravam de implicar um com o outro, sempre discutindo por alguma besteira. A verdade é que achava a garota uma graça quando estava brava.
e estavam sempre fazendo piada de tudo e divertindo os outros.
E estava conhecendo melhor. Poderia ficar horas conversando com ela.
— Você come, hein? — zombou a garota que pegava mais peixe e batata frita para o seu prato.
— Não fala isso, dude. Vai que ela decide virar anoréxica. — diz.
— Posso garantir que se tem uma coisa que nunca serei, é anoréxica. — colocou uma batata na boca. — Fala sério, comida é vida.
— Essa daí come que nem um elefante e não engorda. Vai entender. — fala, rindo junto dos outros.

Logo, os seis acabaram de comer e a hora de pagar a conta foi uma briga.
— Deixem a gente pagar! — protestou.
— Nem pensar! — tirou a carteira da mão dela.
— Vamos pelo menos dividir? — sugere.
— Não. — dá um sorrisinho vitorioso. — Vocês são nossas convidadas, então a gente paga.
— Fora que estamos em quatro, nada mais justo do que nós pagarmos. — defende também.
— Céus, como vocês são teimosos. — fala.
— Acostume-se. — pisca.

Depois de, finalmente, pagarem a conta, ficaram um tempo ainda atoa na praia jogando conversa fora.
Ao fim da tarde, quando arrumavam as coisas para irem embora, um grupo com cerca de cinco jovens foi ao encontro deles, entregando folhetos de um lual.
— É daqui a três dias, sexta-feira, nessa mesma praia. Terá música, comida, bebidas e uma fogueira. Vai ser bem maneiro. — uma garota com aspecto surfista, assim como seus companheiros, falava.
— Vamos tentar vir sim, obrigada. — responde simpática e o grupo vai embora.
— Ok, nós temos que vir! — se anima.
— Concordo. — diz.
— Tá bom, gente, depois pensamos nisso. — se escora em , que estava ao seu lado. — Só sei que agora estou morta de cansaço.
— Eu também. — se levanta da canga que estava sentado.
Os seis acabam de organizar os apetrechos que levaram e vão para o carro.
— Querem assistir um filme lá em casa? — pergunta. Ele não queria sair de perto das meninas ainda.
— Ué, pode ser. — fala, fazendo o primo sorrir. — Só precisamos tomar um banho primeiro.
— Com certeza, você tá podre! — brinca ao lado de Stuart, recebendo um tapa da mesma.
— Cala a boca, podre é você!
— Tô brincando, ! — ele diz rindo, como os amigos, e tenta abraça-la.
— Sai, você realmente tá fedendo — a garota mente.
— Poxa... — se afasta com um biquinho, mas acaba rindo de novo.

— Chegamos — anuncia ao parar o carro na frenta da casa na qual as meninas estavam hospedadas.
— Valeu, gente, até daqui a pouco. — manda um beijo no ar, e finge pegar e guardá-lo no coração. — Idiota — ela ri.
— Tchau, meninos. — sai logo em seguida.
— Tchau! — respondem em uníssono.

— Oi, queridas, como foi? — Clair pergunta quando as garotas entram correndo para se arrumarem.
— Foi ótimo, tia! Depois a gente conta. — fala rápido.
— Por que a pressa?
— Vamos assistir filme com os meninos. — responde, já que havia disparado para o quarto.
— Hm, entendi... — Clair dá um sorrisinho. — Vocês estão bem grudados desde ontem.
— É, eles são bem legais — e gatos, acrescentou mentalmente, subindo logo para o quarto. Clair riu, sabia que iria sair mais do que amizade daí. Só esperava que não se machucassem quando o verão acabasse.


***


— Olá, senhoritas — abre a porta para as amigas. — Bem-vindas à nossa humilde residência.
— Corte as formalidades, meu caro, já somos de casa. — passa por ele e se joga no grande sofá.
— Às vezes ela me envergonha. — balança a cabeça em sinal de negação. ri e passa um dos braços pelos ombros da garota, rumando até a sala com ela.
— Que é isso, hein? — , que estava na cozinha, aparece com um balde de pipoca nas mãos. — Ofereço minha casa e já vira essa bagaceira? — ele aponta para Rodrigues esparramada no sofá.
— Você que disse para eu me sentir em casa. — a garota dá de ombros, cedendo espaço para o garoto sentar, e rouba pipocas dele.
— Cadê as princesas e que não descem? — pergunta para .
— Estou aqui! — anuncia aparecendo na sala. — Obrigado pelo “princesa”. — diz afetado.
, sua bicha, cadê você? — grita.
— É tanto amor... — ironiza.
— Ai, meu Deus, tô aqui! Pra que a gritaria? — desce as escadas com os cabelos molhados, vestindo uma camiseta branca e uma bermuda azul marinha. perde o ar por um instante.
— Agora entendi a demora. Queria se arrumar todo pra . — debocha.
— Cala a boca, . — revira os olhos.
— Pelo visto deu certo...— provoca . — Limpa a babinha aí, amiga. — fica violentamente vermelha e dá um tapa na amiga. Os garotos morrem de rir.
— Você é péssima! — Stuart manda o dedo do meio para ela e senta no sofá — E você que fica babando no ?
— Eu não!
— Ih, entregou! — joga lenha na fogueira.
— Normalmente eu causo esses efeitos. — dá de ombros e recebe uma almofadada de . — Agressiva!
— Sou mesmo!
— Adoro. — ele pisca e rola os olhos, segurando o riso.
— Então, né, gente, vamos assistir que filme? — pergunta, ainda um pouco envergonhada sobre a situação.
— Pois é... — senta ao seu lado, para piorar.
— Capitão América? — olha os filmes na Netflix.
— AMO! — dá um berro.
— Céus, pra quê essa euforia? — indaga.
— Porque ele é lindo!
— Lindo sou eu. — revira os olhos.
— Também... — diz baixinho para não ser ouvida, o que não dá certo.
— HÁ! Eu ouvi! — berra e todos morrem de rir. fica vermelho.
— Porra, vamos assistir ao filme? — cruza os braços emburrada.
— É mesmo, vamos parar de irritar o ser humaninho.— , ainda rindo, senta ao lado de e passa um braço pelos ombros dela.
— Okay, então vou fazer mais pipoca. — se dirige à cozinha.
— Vou ajudar.— se levanta.
— Hmmm... — puxa o coro com , e . Rodrigues manda o dedo do meio.

— Pelo visto gostou da minha companhia, hein? — pergunta arqueando as sobrancelhas assim que chegam à cozinha.
— Não seja ridículo, , só estou sendo prestativa. — diz rolando os olhos, mas com um sorrisinho estampado no rosto.
— Então seja prestativa e pegue os copos no armário.
— Okay! — abriu o armário e separou copos para todos. — Ai, meu Deus! Eu quero esse — ela pega um copo preto fosco para si. — É tão... dark.
— Não! Esse é meu! — , emburrado, tenta tirar o copo da mão da garota, que o afasta.
— É só um copo, .
— Mas é o meu copo! — protesta.
— Deixa eu usar, vai. Vou cuidar bem dele! — sorri com os olhinhos brilhando.
— Argh, tá! — bufou. — Mas só hoje! — avisa e volta a fazer a pipoca.

— Vocês estão tão quietos — , que até então conversava com , se volta para e .
— Não é como se vocês tivessem dado espaço para nós na conversa. — Stuart retruca.
— Ain, desculpa. — diz afetado e colocando uma mão no peito.
— Cada dia te acho mais gay, cara. — zomba.
— Vou ter que concordar. — faz os outros rirem.
— Ah é? Vou te mostrar o gay, . — se aproxima da garota. fecha a cara com a cena.
— Eu passo. — o afasta, rindo.
— Ainda bem, não vai querer ter pesadelos, né, ? — faz piada, mas deixa escapar a irritação na sua voz.
— Calma aí, ! — ergue os braços. — Não vou roubá-la de você.
— E eu lá sou propriedade de alguém para ser roubada? — retruca.
— Boa, ! — ri e faz um hi-five com a garota.
e adentram a sala novamente.
— Dá pra alguém levantar a bunda daí e ajudar? — praticamente grita.
— Eu ajudo, estressadinha. — se levanta e os outros o acompanham.
Após colocarem tudo o que carregavam na mesa de centro, eles vão se acomodar para assistir ao filme. se joga em um pufe vermelho, algo que já queria fazer a muito tempo.
¬— Não, ! — repreende ao ver a cena. — Esse pufe é meu lugar!
— Tem seu nome aqui? — retruca, fazendo os amigos rirem.
— Não, mas a casa é minha. — ele abre os braços, indicando o espaço.
— Ai, , como você é infantil. Primeiro o copo, agora o pufe.
— Não sou infantil! — aproxima-se dela. — Sou apenas possessivo com o que é meu.
— Então senta no meu colo. — sugere Rodrigues, abrindo os braços para que ele sente.
— Não vou sentar no seu colo! — diz como se fosse óbvio.
— Fica sem pufe então. — ela dá de ombros, e volta a olhar para a televisão.
suspira derrotado e senta de uma vez no colo da garota, pegando a mesma de surpresa. sente um arrepio ao perceber seus corpos tão próximos.
— Nossa, garoto, não sabia que você era tão gordo! — zomba para disfarçar seu embaraço.
— Melhor pensar antes de oferecer para ele sentar no seu colo. — interfere.
— Vocês são péssimos! — finge estar ofendido, mas logo vira o rosto para . — Podemos inverter as posições, se quiser... — sorri com malicia.
— Seu pervertido! — a garota lhe dá um tapa, fazendo-o gargalhar.
— E aí, galera, podemos? — ergue o controle da TV, sentando-se ao lado de no grande sofá. acomoda-se ao lado dela, sendo seguido por . Pelo tamanho do sofá, havia espaço para eles, o que os deixava confortável. e também estavam confortáveis, ao modo deles, no pufe.
— Sim, ! — respondem em uníssono e a garota dá play no filme.
Stuart estava tão cansada devido ao agitado dia na praia que em 15 minutos de filme já estava pregando os olhos. Quando menos esperou, encostou sua cabeça no ombro de e cochilou. O mesmo deixou escapar um sorriso quando percebeu.
e estavam mega concentrados no filme, mal piscavam.
tentava assistir, mas com em seu colo era difícil se concentrar. E o garoto se encontrava do mesmo jeito.
. — sussurrou para a garota depois de certo tempo, fazendo a mesma acordar. — Não quer deitar no meu colo? Assim você vai ficar com dor no pescoço.
— Não, eu vou assistir ao filme. — ela diz convicta e tenta manter-se acordada, sem sucesso. — Quer saber? Acho que eu vou deitar mesmo. — apoia a cabeça nas pernas de . O mesmo solta uma risada baixa e instintivamente começa a mexer nos cabelos de Stuart, que rapidamente dorme de novo com o carinho.
— Minha perna tá doendo. — Rodrigues reclama baixinho.
— Quer trocar? Você senta no meu colo? — oferece, virando o rosto para a garota.
— Não vai ficar, sei lá, estranho? — diz meio apreensiva.
— Nada a ver, . Não sou um tarado. — ele faz a garota rir.
— Tá bom.
Rapidamente eles invertem as posições e fica sentada no colo do . Ninguém parece perceber. e ainda estão concentrados e dorme no colo de , que divide sua atenção entre o filme e ela.
Subitamente, , domado por uma onda de loucura, decide fazer o que sentia vontade desde que a garota chegou em sua casa. estava com a cabeça virada para a TV, então põe os dedos em seu queixo, fazendo a garota encará-lo com um olhar confuso. Ele sorri de lado e aproxima mais seus rostos. Como ela não se afasta, entende como um sinal verde, selando seus lábios. Sem delongas ele procura por passagem para sua língua, que é concebida por . A garota enlaça seus dedos nos cabelos dele, puxando de leve. desce a mão que estava no queixo da pelas costas da mesma, segurando-a firmemente e não dando espaço para se afastarem.
O beijo é rompido com alguns selinhos. Sem saber o que fazer, e com medo de alguém ter percebido, volta sua atenção para o filme novamente, que já estava no final. Mas, a verdade é que só conseguia pensar no beijo que lhe dera. O garoto queria repetir a ação, mas se conteve. Porém, estando no seu colo não ajudava.

***


— Tinha esquecido como esse filme era massa. — exclama quando o letreiro começa a rodar.
— Parece que só nós dois assistimos — aponta para os outros, rindo, e o amigo o acompanha.
— Ei, eu assisti também — se defende. — Acorda, bela adormecida. — fala para .
— O que foi? — ela levanta meio desnorteada.
— Ah, você só dormiu o filme inteiro. — diz.
— Opa. — ela ri junto dos outros.
e estão quietos e sem saber como agir direito. viu o que aconteceu, mas preferiu não causar mais constrangimentos. Assim que as garotas fossem embora, iria zoar o amigo.
— Acho que a gente devia ir, né, ? — toma iniciativa.
— Verdade, tô morta! Nem vi o lindo do Chris Evans.
— Lá vem de novo... — rola os olhos.
— Como se você não ficasse de olho na Scarlett Johansson! — retruca.
— Touché .— riu.
— Enfim, tchau, meninos. — diz.
— Vamos fazer algo amanhã? — pergunta. — Você prometeu me levar pra fazer stand up, , não se esqueça.
— A gente podia ficar na piscina da casa do seu tio, . — sugere.
— Verdade. Clair também tinha falado pra levar eles pra almoçarem lá. — lembrou-se. — A gente combina com ela e avisa vocês.
— Beleza. — eles concordam.
— E a gente pode ir depois de amanhã, refere-se ao stand up.
— Vou cobrar. — ela diz dando um abraço no garoto. Depois se despede dos outros. faz o mesmo, mas quando chega em , fica meio sem jeito.
— Até amanhã, . — ele dá um beijo na bochecha dela, fazendo-a corar violentamente.
— Tchau, . — lhe dá um abraço rápido e sai no encalço de , deixando um sorriso no rosto de .
— E essa cara de idiota? — pergunta assim que as garotas saem. se vira para ele confuso. — Não se finge de desentendido, dude, eu vi. — ri.
— Eu também. — acompanha o riso.
— Viram o que? — indaga, perdido.
— Oh, lerdo, eles se pegaram! — dá um leve tapa na testa do amigo.
— Sério? — se volta para .
— Sim. — ele coça a nuca.
— Como eu não vi? Eu tava do lado!
— Talvez porque você estava concentrado demais na , não sei... — Ahton faz cara de pensativo e recebe uma almofadada de .
Eles zoam um pouco mais e depois decidem dormir. Mas, antes, recebe uma mensagem. .
“Já falei com minha tia! Tá tudo certo pra vocês virem aqui”.
Ele sorri e responde um “okay”. estava adorando passar um tempo junto dela.

***


— Tia! Os meninos podem almoçar aqui amanhã? — pergunta ao entrar na casa.
— Claro, . Como foi hoje? — Clair adentra a sala, onde as garotas estavam.
— Foi ótimo, eles são tão legais! Parece que somos amigos a anos. — sorriu sincera.
—Que bom, . — a tia também sorri. — Tá tudo bem, ? Você tá quieta. — Clair se volta para Rodrigues.
— Sim, tia, tudo ótimo. Só estou cansada. — responde.
— Imagino, vou deixar vocês descansarem. Boa noite! — Clair sobe as escadas e entra em seu quarto. As meninas fazem o mesmo.
— Meu Deus, não creio que dormi o filme inteiro! Mas eu tava tã...
— Eu beijei o . — interrompe , fechando a porta.
— QUE? — Stuart grita.
— Eu beij...
— Não, eu entendi — interrompe. — Só tô surpresa. Uau, quanto tempo eu dormi?
— Hm... o filme todo. — Rodrigues diz o óbvio.
— Idiota! Mas, sério, como assim? Como foi isso? — senta na cama e espera a amiga contar a história.
suspira e começa a contar o que aconteceu mais cedo.
— Gente, adoro! Por isso vocês estavam tão estranhos...
— É, né, fiquei sem saber como agir.
— Como assim, produção? — se levanta. — Rodrigues sem saber como agir? Essa é nova.
— Cala a boca, besta. Tenho o direito de ficar com vergonha também. — defende-se. — Mas, tirando o foco da conversa sobre mim, eu vi você dormindo no colo do também...
— É. — ri sem graça. — é uma gracinha. — explode em gargalhadas com o adjetivo que a amiga escolheu.
— Eu sei que você acha ele um gato, querida, pode dizer. E sei também que ele é o seu estilo. — se joga na cama. — Então por que não aproveita o momento e esquece logo o Luigi? Você está na Califórnia!
— Eu não ligo mais pro Luigi, ! — ela quase grita, e a amiga olha para com as sobrancelhas arqueadas. — Tá, talvez só um pouquinho. E sobre “aproveitar o momento”, não quero pensar sobre isso. Deixa as coisas como estão.
deu de ombros e foi se ajeitar para dormir. pegou seu celular e mandou uma mensagem para , confirmando que eles poderiam ir pra lá. Sorriu quando ele respondeu no mesmo momento. Talvez estivesse certa e ela devesse aproveitar mais a vida.

***


estava nervosa. Muito. Não sabia como encarar depois do dia anterior. E o estranho era que nunca se sentia assim em relação aos garotos.
Enquanto esperava os meninos chegarem, junto de na sala, não parava quieta. Stuart estava achando engraçado o comportamento da amiga que sempre se demonstrava tão confiante em relação a qualquer ficante.
— Aquieta o facho, criatura. — ri.
— Eu tô normal, ué. — retruca.
— Estou vendo... — continua rindo da amiga, até que a campainha toca. se assusta, mas disfarça.
— Abre lá, . — finge falso desinteresse.
— Folgada. — se dirige até a porta, abrindo-a.
— Oi! — os garotos dizem em uníssono, o que faz dar uma leve risada.
— Entrem. — Stuart cede passagem a eles, recebendo um beijo no rosto de cada um que depois seguem até a sala. espera eles se afastarem e dá um abraço em , que é pega de surpresa, mas retribui. Depois rumam para a sala, juntando-se aos outros.
hesita antes de se aproximar de e percebe as bochechas da garota corarem quando faz tal ato.
— Oi. — Rodrigues diz com uma timidez repentina, o que faz ter vontade de agarrá-la.
— Oi. — o garoto não deixa por isso e puxa para um abraço. Os outros, percebendo o clima tenso, preferem não comentar e deixá-los em seu momento.
— Tia! Os meninos estão aqui! — grita, tirando a atenção de e .
— Oi, queridos! Sou a Clair. — ela se apresenta quando chega à sala. — , vou preparar um estrogonofe pra vocês, quando estiver pronto eu chamo.
— Ok, tia. Vamos pra piscina, galera! — sai correndo para a área de lazer da casa, fazendo os outros rirem antes de acompanha-la.
Chegando lá, não dá tempo nem para a prima tirar a roupa que usava e já a joga na piscina.
— Seu filho da mãe! Esperava pelo menos eu ficar e biquíni! — ela grita.
— Mas aí não ia ter graça. — faz uma carinha inocente. Agilmente sai da piscina e corre atrás dele para jogá-lo também. a ajuda e os dois conseguem agarrar . Mas, ele se segura fortemente a e , levando os dois consigo para a piscina. Todos riem da cena, era incrível como o clima estava leve e agradável ali. Qualquer um que olhasse, imaginaria que eles eram amigos de longa data.
, e logo se juntam aos três e pulam na água, mas esses tiram a roupa antes.
— Vamos fazer briga de galo? — sugere?
— Espertinho... Isso é só pra você agarrar as pernas da , né? — zomba com uma cara maliciosa fazendo e corarem.
! — repreende jogando água nele.
— Ain, calma, agressiva. — finge afetar-se.
— Vem cá que eu te protejo. — abre os braços para ele arrancando gargalhadas dos amigos. — Mas, então, vamos. com a , com a e eu com o . — finaliza a frase com a voz mais fina.
— Eu fico por cima , você é pesado. — zomba.
— Nossa, ofendeu. — finge limpar uma lágrima.
— Cala a boca. — interfere jogando água nele. — Quem vai contra eu e a ?
— Quem disse que você vai começar? — pergunta indignado.
— Eu disse. — pisca. — E aí?
— Legal que eu nem fui consultada sobre tudo isso. — faz drama.
— Ah, , eu sei que você tá doida pra montar em mim. — fala, mas quando todos se entreolham e começam a rir, ele cora pelo duplo sentido que teve a frase. — NÃO! Eu quis dizer que você quer pra briga de galo, não pra outra coisa, você entendeu. — o garoto embaralha-se com as palavras.
— Relaxa, eu entendi. — recupera o ar. — Vai, vamos logo. Quero a e o contra a gente.
— Tô me sentindo excluído aqui. — fala.
— Para de drama, depois que a gente ganhar, vamos contra vocês. — diz convencida.
— Se você ganhar, né, querida? — arqueia as sobrancelhas, recebendo uma jorrada de água vinda de .
— Vem, . — Stuart chama e logo sobe nos ombros dele. Arrepia-se quando sente as mãos de em suas pernas, mas tenta ignorar a sensação.
Com já em cima de , eles começam a disputa, e finalmente consegue derrubar .
— EU FALEI! HÁ! — Stuart começa a comemorar e se joga em cima de , envolvendo o mesmo em um abraço. Quando se separam, ambos ficam atordoados. Como queria puxá-la para um beijo ali mesmo.
— Culpa sua, . — cruza os braços emburrada.
— Ah, eu não tenho culpa se a é mais forte que você. — retruca.
— Cala a boca. — joga água em .
— Ok, agora que já acabou o momento casais, podemos? — pergunta.
— Com certeza. — diz com convicção.
— Lembre-se só de abaixar a arma, . — zomba quando emerge com em seus ombros.
— Vai se foder. — manda o dedo do meio. Logo sobe e inicia-se outra disputa, dessa vez sendo vencida por e . O garoto era bem mais forte que Stuart, derrubou-a rapidinho.
— Que merda! — reclama.
— Bem feito. — exclama.
— Crianças, tá pronta a comida! Podem vir. — Clair chama.
— Crianças? — pergunta divertido enquanto se enxuga um pouco e senta-se na mesa da área de lazer.
— Desculpa, mas tô acostumada com você e a pequenos, é difícil não chamar assim. — Clair ri.
— Não tem problema, tia. — ri também e logo todos começam a comer.
— Meu Deus, isso tá maravilhoso! — coloca mais outra garfada na boca. Todos elogiam também.
— Obrigada, assim vão fazer eu ficar convencida. — Clair cora.
— Mas, pode ficar, tá muito bom mesmo! — comenta.
— Puxa saco. — ri.
Eles terminam de comer e depois ajudam a arrumar tudo. Quando acabam já está quase anoitecendo, almoçaram bem tarde hoje.
— Acho melhor irmos. — se pronuncia.
— Poxa. — faz um biquinho.
— Eu sei que você ama a gente, mas precisamos ir. — se joga em cima dela que estava em uma espreguiçadeira.
— Sai de cima, gordo! — a garota grita rindo e sai mandando um beijo.
e acompanham os garotos até a porta.
— Tchau, Clair. — eles dizem para a mulher que estava na sala.
— Tchau, queridos, apareçam mais vezes. — Ela dá um sorriso terno.
se volta para a garota. — Eu não me esqueci do nosso stand up, viu? Amanhã ainda está de pé?
— Com certeza. — Stuart sorri e abraça o garoto. — Vocês também vão? — pergunta aos outros.
— Vamos sim, mas prometemos não atrapalhar quando estiverem nos seus momentos ternurinha. — diz como uma criança, piscando excessivamente os olhos.
— Tchau, . — se despede rindo, abraçando e também.
— Tchau, . — abraça a garota por último.
— Até amanhã, . — retribui o abraço. O clima tenso entre eles havia se suavizado. O beijo não havia se repetido, por mais que talvez ambos quisessem, tal ato não aconteceu.
fecha a porta e sobe para tomar um banho, enquanto fica no quarto. Stuart ansiava por como seria o próximo dia ao lado de . Ela não queria admitir, mas estava adorando tudo isso. Era bom se sentir feliz de novo.


Até aqui betada por: Maria Eduarda Bittencourt


Chapter 3



“É incrível a clareza que vem com o ciúme psicótico.”
— O casamento do meu melhor amigo


, tem certeza que vocês vão ficar bem? ¬— Clair pergunta preocupada. Ela e o marido iriam para o casamento de um casal amigo deles em uma cidade próxima de San Francisco. Retornariam apenas no fim da noite.
— Querida, elas não têm mais 15 anos. — Richard ri.
— É verdade, tia. Fica tranquila que a gente sabe se cuidar. — acalma a mulher. — Daqui a pouco vou acordar a pra gente ir à praia com os garotos.
— Tá bom. — Clair assente e dá um beijo na testa da mais nova. — Qualquer coisa sabe que pode me ligar, né?
— Claro. — sorri. — Aproveitem lá.
— Tchau, little . — o tio se despede também e sai porta afora com a esposa.
Rodrigues, levanta esse traseiro rechonchudo daí e vai se arrumar! — Stuart grita entrando no quarto.
— Ai, minha cabeça! Não grita. — geme enrolada em uma coberta e com o nariz vermelho.
— Você tá bem? — põe a mão na testa da amiga. — Caralho, você tá com febre!
— Calma, , não é nada demais! Já já passa.— mantém a calma, mas espirra três vezes seguidas ao fim da frase.
— Você tá gripada, ! Não tem condições de irmos assim. Vou avisar o que não vamos. — Stuart já pega o telefone, mas impede.
— Opa, nada disso! Eu não tenho condições de ir. Você vai.
— Nada disso! Não vou deixar você sozinha. — sai do quarto com o celular a protestos da amiga. — , a gente não vai poder ir mais. A ficou gripada.
Ah, , sério? — o primo diz ao telefone e confirma. —Caramba, mas você queria tanto.
— Pois é. — diz tristonha. — Mas não vai dar.
Não, pera.— fica um silêncio na linha por alguns segundos. estava conversando com alguém lá. — Vai sim!
— Como assim, ?
— Você vai com o Luke e o resto, e eu cuido da . É um resfriado, ela só precisa descansar.— o garoto explica.
— Mas, , eu não posso deixá-la assim. — reluta.
, você não é mãe dela e a é adulta, você ficando ou não, não vai fazer ela se curar mais rápido. Vai lá curtir seu stand up.
— Mas e você, ?
— Relaxa, criatura, também existe stand up na Austrália. — ele ri.
— Ok... — se rende. — Obrigada, .
—Imagina, .
finaliza a ligação e suspira.
— É, você venceu, criatura. - volta para o quarto onde já estava dormindo de novo. — Deixa quieto... — da meia volta e desce para a sala pegando sua bolsa.
Alguns minutos depois a campainha toca, e se depara com na porta. Luke esperava por ela mais afastado.
, a voltou a dormir, quando ela acordar explica a situação, ok? — se volta para o primo. — Cuida dela direito, tá?
— Tá bom, mamãe. — rola os olhos, mas dá um beijo na bochecha da prima. — Tchau, aproveita seu dia. — ele entra na casa fechando a porta atrás de si.
— Vamos? — Luke pergunta assim que desce os degraus da varanda, indo até onde ele estava.
— Sim. — ela sorri e o cumprimenta com um abraço. — Ué, e o carro do ? — pergunta ao se aproximarem do veículo.
— Eu aluguei um carro, assim a gente pode ficar mais à vontade, vai que ele precisa do dele. E nos próximos dias não precisamos espremer seis pessoas em um carro. — ele explica.
assente.
— Sabe, você não precisava estar fazendo isso por mim. — a garota confessa antes de entrarem no carro.
, relaxa, eu realmente quero ir. — Luke sorri sincero. — E, bom, eu adoro sua companhia.
sente as bochechas corarem violentamente, e Luke acha graça.
— Também gosto da sua companhia, Luke. — ela diz baixo, ainda constrangida.
— Bom, vou precisar que você me ajude com o GPS. — o garoto muda de assunto para acabar com o constrangimento. — Não conheço aqui, e os manés ali atrás também não.
— Ok. — dá uma risada fraca e entra, acomodando-se no banco do passageiro. — Oi, meninos. — os cumprimenta.
— Oi, ! — acena animadamente para ela.
—Hello, baby. — faz charme, como sempre.
ri, e Luke rola os olhos.
— Sabe, vamos ignorar o fato de que parecemos dois casais viajando juntos. — comenta.
, as pessoas não vão necessariamente pensar que somos um casal. Essa ideia está fixa na sua cabeça, hein? — faz uma cara de pavor e se afasta do amigo ao máximo que o carro permite.
— Cala a boca, . — dá um pedala no amigo, e o casal da frente ri.
Eles seguem um percurso tranquilo de no máximo 20 minutos, cantando algumas músicas que tocavam em uma estação de rádio que acharam.

— Bom, acho que chegamos. — Luke anuncia depois de descer do carro, acompanhado dos outros
— Se não erramos o endereço... — faz graça, olhando diretamente para a garota, já que foi ela quem os guiou pelo GPS.
— Não erramos! — ri e mostra língua pra ele.
— Confiamos em você. — Luke dá uma piscadela e passa o braço sobre os ombros da garota, adentrando à praia em seguida.
— Eba! Tem mesmo stand up! — bate palminhas animada quando avista uma barraca com pranchas.
— Parece uma criança. — aperta as bochechas de , fazendo-a rir.
Os amigos pegam um guarda-sol e algumas cadeiras para se acomodarem. Logo que arrumam tudo, , agora apenas com seu biquíni, se dirige até a barraca do stand up com Luke, que havia tirado a camisa. A garota estava começando a se acostumar com a tortura que era ver Luke parcialmente despido.
— Bom dia. — um cara de estilo surfista se aproxima deles. — Sou Shawn, como posso ajudar?
— Eu queria alugar uma prancha. — fala.
— Duas na verdade. — Luke se pronuncia.
— Você vai fazer também? — pergunta.
— Claro. — Luke sorri para a garota.
— Beleza. —Shawna pega as pranchas e os remos e deixa-os separados.
Antes mesmo que pense em entregar o seu dinheiro, Luke já está acertando a conta com o balconista.
— Ei! — protesta. — Você tem que parar com essa mania de pagar as coisas para mim, !
— Para de reclamar e curte, ok? — o garoto ignora o protesto de e pega sua prancha.
Girola os olhos e pega seu equipamento também, rumando em direção ao mar.
— É a primeira vez que vocês praticam stand up? — Shawn, que havia os acompanhado, pergunta.
— Não. — e Luke informam em uníssono.
— Ok, se precisarem de ajuda é só gritar. Vou estar por perto e temos outros ajudantes por lá também. — Shawn se afasta.
— Tente não se afogar. — Stuart fala para Luke enquanto eles adentram a água.
— Sou profissional, querida. — pisca, e ri alto.
Assim que Luke sobe na prancha e se equilibra razoavelmente, uma leve onda o faz cair.
— Profissional mesmo, hein? — tira sarro dele, que a olha com cara de tédio para a garota.
— Cala a boca, eu fui pego desprevenido.
— Uhum... — a garota finge acreditar e sai remando com sua prancha.
Luke, vendo que ela não iria cair, decide sacaneia-la, então nada com cuidado até parar atrás de Stuart, segurando sua prancha e sacudindo a mesma, o que faz desequilibrar-se e cair na água.
— Seu ridículo, assim não vale! Eu tava indo tão bem! — protesta.
— Você foi debochar de mim... — Luke dá de ombros e se vira para pegar sua prancha, mas pula nas costas do garoto fazendo o mesmo afundar na água.
— Sua louca, poderia ter me matado! — Luke coloca a mão no peito ao emergir.
—Ain, quanto drama. — se solta dele e volta para sua prancha.
Antes que ela possa subir, Luke a puxa pela cintura, fazendo a garota cair de novo.
— Olha, pode parar, ! — se recompõe e tira o cabelo da cara, percebendo o quão próximos eles estavam ao abrir os olhos.
— Juro que foi a última vez. — Luke ri fraco dando um passo em direção a .
— Acho bom. — ela continua a encará-lo.
— Tem uma alga no seu cabelo. — Luke se aproxima ainda mais e tira a folha do cabelo de .
—An, obrigada. — começa a se afastar para ir até sua prancha, começado a sentir-se atordoada com tanta proximidade.
Luke decide voltar para a sua também, mas não tira da cabeça em como queria ter beijado a garota ali mesmo.

***


— Não acredito que você deixou de ir à praia com os outros pra ficar aqui comigo. — fala quando eles estão prestes a dar início a um episódio de Friends, na sala da casa dos tios de e . Fazia uns dez minutos que ela havia acordado e se deparado com . Ficou bem surpresa por vê-lo ali, mas, não que quisesse admitir, feliz também
— Pois acredite, querida. Eu já fui àquela praia tantas vezes, nem tem mais graça. Quem queria mesmo ir era a . — dá play no seriado e se senta no sofá onde estava com uma coberta, mesmo num calor de 30 °C.
— É verdade... ela ama stand up. Não podia deixá-la perder. — ri ao pensar na animação da amiga, e acompanha.
— Você quer pipoca? — o garoto pergunta.
— Não, tô sem fome. — faz uma careta. — Por incrível que pareça.
— Caramba, você tá mal mesmo, hein? — ri junto dela.
— Obrigada. — se pronuncia depois de certo tempo.
— Pelo que? — pergunta.
— Por ter ficado aqui comigo. — ela sorri sincera.
— Com certeza foi muito melhor ter ficado. — retribui o sorriso.
Sem dizer mais nada, se alinha deitando a cabeça no ombro de , pegando o mesmo de surpresa. O garoto a envolve com os braços e eles continuam assistindo Friends assim, abraçados e com um pequeno sorriso nos lábios.

***


e Luke passam mais de quarenta minutos na água sem nem perceber, entre brincadeiras, risos e mais tombos. Um dos ajudantes da barraca teve que ir até lá chamá-los para avisar que o tempo deles havia se esgotado.
— Poxa, passou rápido. — faz um biquinho ao sair.
— Verdade... — Luke concorda. — Mas, foi divertido.
— Sim! Obrigada, Luke! — a garota sorri e abraça de lado, que é surpreendido pelo ato.
— Imagina, . — ele retribui o sorriso e o abraço.
Os dois devolvem a prancha e voltam para onde e estavam. Mas, não mais sozinhos. Agora três garotas estavam lá junto deles.
— Já tava achando que vocês nunca mais iriam voltar. — diz assim que o casal se aproxima.
— Ai, que exagero. — Luke rola os olhos.
— Eu sinto saudades e é assim que ele me trata. — coloca a mão no peito fazendo drama, e os outros riem, inclusive as meninas que agora ali estavam. repara que uma delas não para de encarar Luke e isso está incomodando-a profundamente
No stress, já voltamos. — ri. — Vejo que temos companhia.
— Ah sim. — parece se lembrar de que as garotas estavam ali. — Gente, essas são Karen, Samantha e Naomi. — ele aponta para as meninas, que acenam para o casal. Samantha era a que olhava Luke descaradamente, até ele próprio, que era muito desligado, havia percebido.
— E esses são a e o Luke. — continua as apresentações.
— Vocês são namorados? — Karen pergunta, sabendo que era o que a amiga estava doida para fazer.
— Não. — Luke responde pelos dois, o que deixa mais irritada. Era infantil? Sim, sabia que eles não eram nada mais do que amigos, mas por algum motivo ela não queria que Luke ficasse com a loira oxigenada chamada Samantha.
— Bom saber... — Samantha comenta, e Luke sorri de lado.
, irada com a cara de pau da menina, decide que não quer mais ficar ali observando a palhaçada, então sai de fininho dali, achando que não seria notada. E realmente não foi. Ao menos era o que ela pensava.
Enquanto andava sem rumo algum, sente alguém segurar seu braço.
— O que foi isso? Por que saiu dali? — Luke pergunta confuso ao alcançá-la.
— Talvez porque eu não sou obrigada a ver você flertando com a piranha loira? — responde sem pensar, ficando puta consigo mesma por estar agindo assim. Qual é, ela e Luke nem ao menos se beijaram, por que estava com tanta raiva?
— Você tá com ciúme? — Luke deixa um pequeno sorriso brotar em seu rosto.
— Não! — fica ainda mais possessa. — Só não gostei daquelas meninas.
— Sim, você está com ciúmes. Que bonitinha. — Luke aperta as bochechas coradas de , tanto pelo sol quanto pela vergonha.
— Cala a boca, , eu não tenho ciúme de você! — rola os olhos e se vira para sair andando, mas Luke a impede, puxando-a contra seu corpo.
— Você está tentando convencer a mim ou a si mesma? — ele diz com o rosto muito próximo ao da garota, fazendo-a ter dificuldade para respirar.
se aproxima ainda mais dele, chegando a fazer Luke pensar que ela o beijaria, mas ela apenas sussurra:
— Você verá meu ciúme apenas nos seus sonhos, querido. — e sai, deixando-o atordoado.
Luke sacode a cabeça e passa as mãos nos cabelos, frustrado, antes de seguir até onde os amigos estavam. Essa garota conseguia mexer com ele de um jeito que ninguém jamais conseguiria.
— Cadê as meninas? — pergunta assim que se aproxima de e .
Luke havia ficado para trás
— Já foram. — dá de ombros.
— Mas pegamos o número delas. — pisca. — E elas disseram que estarão no lual amanhã.
— Que maravilha. — finge entusiasmo e rola os olhos.
— Opa, parece que alguém tá com ciúme. — conclui no mesmo momento em que Luke chega.
— Quem tá com ciúme? — demonstra interesse.
— Ninguém. — Stuart fecha a cara.
— A . — responde no mesmo instante.
— Eu sabia! — Luke grita vitorioso, e apenas rola os olhos novamente.
— Relaxa, . O aí é todo seu. — ri, deixando a garota completamente vermelha.
— Ai, como vocês são chatos! Parem de dizer isso, eu só não fui com a cara daquelas meninas. — Stuart tenta convencê-los.
— Tá bom, tá bom. — levanta as mãos em sinal de rendição ainda rindo e finaliza o assunto.
— E então, vamos almoçar? — Luke quebra o silêncio que havia se instalado.
— Sim! - começa a pegar suas coisas. — Vamos lá pra casa. Meus tios não estão, mas eu garanto que cozinho bem. — dá um sorriso.
— Quero só ver... — Luke debocha.
— Vou calar sua boca, . Você nunca mais vai querer comer outra coisa.
Luke levanta as sobrancelhas sugestivo para .
— Sabe, isso não ficou com uma conotação muito legal... — põe a mão no queixo pensativo, e os garotos riem.
— Pervertido! — repreende e dá um leve tapa no braço dele.
— Agressiva. — faz drama.
— Tá bom, galera, vamos logo que eu tô com fome! — apressa os outros.
Os amigos terminam de apanhar seus pertences e rumam para o carro.
— Eita, pera aí! — para de repente.
— O que foi? — se vira para ele.
— Você disse que seus tios não estão em casa, né? — continua, e a garota confirma. — E nós deixamos e sozinhos?
— Nossa, é mesmo, hein? — olha para o lado como se assimilasse as informações. - Mas, ela tá doente.
com certeza se importaria muito com isso... — diz baixo fazendo os outros rirem.
— Meu Deus, até você, ? — ri. — Vamos logo. — entra no carro, sendo seguida pelos outros.

***


— Olá! — Stuart anuncia ao entrar na casa.
— Graças a Deus estão vestidos! — levanta as mãos para o céu ao ver e na cozinha. Apenas uma bancada dividia a sala de visitas e a sala de jantar da cozinha. Ao lado direito da sala de visitas, descendo quatro degraus, tinha-se a sala de TV, que podia ser fechada por uma porta de correr. — Não queria ter pesadelos para o resto da vida depois de ver o pelado.
— Você sabe que ia adorar a visão, baby. — sorri malicioso.
— Quanta gayzisse. — nega com a cabeça, rindo. — Como você tá, ?
— Ah, eu tô melhorando. Já consegui sair da cama sem a coberta. — se desencosta da bancada com seu chocolate quente.
— Que bom! Amanhã tem lual então! — faz uma dancinha de comemoração que leva todos a rirem.
— Eu ia pedir alguma coisa pra gente comer. Não sabíamos se vocês iam almoçar aqui. — explica.
— Não precisa, eu faço algo. — já começa a pegar as panelas.
— Ai, meu Deus, não ponha fogo na casa! — leva uma mão a testa.
— Não vou. — rola os olhos.
— Vou te ajudar. — Luke se pronuncia.
— Nós vamos pra piscina! — e gritam depois de se entreolharem e saem correndo, arrancando a camisa no caminho e pulando na piscina depois.
decide entrar na piscina também, e vai ficar deitada em uma das espreguiçadeiras.
— E aí, vai fazer o quê? — Luke se aproxima de que mexia nos ingredientes que havia separado.
¬ — Hmm, risoto de frango. — Stuart responde. — Uma das poucas coisas que eu sei cozinhar...
Luke ri.
— Se precisar de ajuda, fala.
— Pega o queijo pra mim, por favor? — a garota pede antes que Luke volte a se sentar. — E uma faca também? E uma colher grande?
— Caramba, eu me ofereci pra ajudar, não para ser escravizado. — Luke reclama, mas ri em seguida, fazendo o que a garota pediu.
— Obrigada, escravo. — diz e se volta para a comida novamente.
— Mais alguma ordem, senhorita? — Luke faz uma reverência exagerada e Stuart gargalha com o ato.
— Não, , só me faça companhia. — ela sorri.
— Com prazer. — Luke lhe retribui o sorriso, recostando-se na bancada.
continua cozinhando sem deixar que o pequeno sorriso suma da sua face.

***


— Porra, crianças, dá pra vocês pararem de jogar água aqui? — reclama com os três que estão na piscina. — Eu tô doente.
— Ai, desculpa, senhora dramática. — zomba e lhe manda o dedo do meio.
— Será que dá pra vocês ajudarem eu e o Luke a arrumar a mesa? — coloca os pratos que carregava em cima da mesa localizada na área exterior da casa.
— Vocês duas estão atacadas hoje, hein? — pergunta, rindo, enquanto sai da piscina com os outros e se secam.
— Pois é. — também ri.
— Se acostumem, isso acontece com frequência. — ajuda a distribuir os pratos.
— Minha nossa. — Luke coloca a mão na testa teatralmente e lhe dá um leve tapa no braço.
Eles acabam de organizar tudo e finalmente começam a comer.
— Caramba, como eu tava com fome! — fala de boca cheia.
— Nojento. — responde para ele, também de boca cheia, o que faz os outros rirem.
— Você se superou, hein, ? — diz. — Tá muito bom.
— Realmente. — os outros quatro concordam.
— Obrigada, gente. — joga o cabelo, arrancando risada dos amigos.
— Bora assistir um filme depois? — pergunta.
— Eu topo. Vocês podem ficar aqui. — responde.
— Só se a gente pedir pizza mais tarde... — sorri sapeca.
— Guloso, você mal acabou de almoçar e já tá pensando na janta. — acusa.
— Só presta assim, . — Luke defende o amigo.
— Gostei da ideia. — confirma. — Só vamos pra casa tomar banho antes, né, galera? — ele aponta para si mesmo querendo mostrar o estado que estava pós praia e piscina.
— É bom, né? — ri junto dos outros.
Eles terminam a refeição e arrumam toda a bagunça que fizeram.

***


Duas horas depois, todos estavam reunidos na sala de TV dos Stuart. Haviam dois sofás, mas também distribuíram quatro colchões de solteiro no chão da sala.
— Vamos assistir o quê? — pergunta com o controle da TV na mão. Eles estavam todos sentados nos colchões.
— Que tal Guardiões da Galáxia? Eu amo esse filme. — sugere.
— Você já assistiu esse filme três vezes, bem. — diz.
— Você sabe que eu assisto um filme repetidas vezes quando eu gosto. — Stuart retruca. — E você nunca assistiu.
— Verdade. Por mim pode ser. — concorda. — Vocês topam?
— Sim, esse filme é bom. — Luke assente com a cabeça.
— Concordo. — fala e Ahston o segue, fazendo um joinha com a mão.
— Bom, eu também nunca assisti, então vou por vocês. — coloca o filme.
— Vocês dois não são normais. — nega com a cabeça.
— Você que não é por já ter assistido tantas vezes. — retruca.
— Ei, vocês, calem a boca que já começou. — finaliza a mini discussão.
— Grosso. — as garotas reclamam em uníssono antes de começarem a prestar atenção no filme.

¬***


— Gente. — chama em meio ao silêncio que estava a sala, exceto pelo filme. — Eu tô com fome.
— Porra, , não dá pra esperar acabar o filme? — reclama, vidrada na TV.
— Pois é, , faltam só 40 minutos. — concorda com Rodrigues.
— Mas eu tô com fome. — cruza os braços e fecha a cara.
— Você sempre tá. — Luke implica e cutuca a barriga da garota, que estava ao seu lado, arrancando uma fraca risada da mesma.
— Se peguem logo! — grita, fazendo e Luke rolarem os olhos.
— Mas, sério gente — a garota continua. —, eu posso ir pedindo a pizza já. Até o filme acabar ela já chegou.
— Tá bom, ! — e respondem em uníssono, enquanto os outros três garotos apenas riem.
— Yuppy! — se levanta num pulo. — Vocês querem do quê?
— Pede calabresa, pepperoni e frango! — responde e os outros concordam com os sabores.
— Tudo bem. — se vira para sair da sala.
— Vou contigo. — Luke se levanta para seguir a garota
— Hummm. — os amigos fazem em coro e recebem um dedo do meio de .
— Duas pizzas grandes dá pra todo mundo né? — indaga .
— Melhor pegar três. Os caras comem feito animais. — Luke se aproxima de onde a garota está com o telefone na mão.
— Só os caras? — arqueia uma sobrancelha.
— Talvez eu também. — Luke sorri sapeca, o que faz rir.
Stuart disca o número da pizzaria e faz seu pedido sem muita demora.

—Pronto. — desliga o telefone. — Vamos?
— Uhum. — Luke murmura e estica seus braços para que o ajude a se levantar do banco que ele estava sentado em frente à bancada da cozinha.
— Preguiçoso. — Stuart nega com a cabeça e puxa o garoto.
levanta num pulo, ficando com seu corpo muito próximo do de . Seus olhares se cruzam, causando solavancos no coração de ambos.
Luke só conseguia pensar no quanto ele queria beijá-la. Ele leva uma mão até o rosto de , fazendo carinho em sua bochecha e aproxima-se um pouco mais.
— Luke? — chama com a respiração descompassada. — Nós vamos perder o final do filme.
— Tem razão. — Luke desvia a atenção da boca de Stuart e deposita um beijo em sua testa. — Vamos.
fica completamente atordoada pelo quase beijo. Ela sacode levemente a cabeça antes de segui-lo até a sala

***


— Eu disse que quando a gente acabasse o filme ia chegar! — se levanta num pulo quando escuta a campainha tocar enquanto o letreiro do filme subia.
— Vidente mesmo. — tira onda, rindo com os outros.
estira a língua para ele.
Todos se levantam para sentarem à mesa da sala de jantar enquanto Stuart pegava as pizzas.
— Eita, que belezinhas. — suspira olhando para as pizzas abertas em cima da mesa.
Sem delongas os seis se servem e atacam as pizzas.
— Vamos assistir mais um filme depois? — pergunta .
— Bora. — faz um joinha com a mão esquerda.
— Qual?
— Eca, Luke! — repreende o garoto por falar de boca cheia?
— Que é? — ele continua, recebendo em seu braço um tapa da garota.
— Universidade Monstro! — grita.
— Eba!! — Stuart comemora. — Eu amo animações.
— Por mim pode ser. — concorda.
— Vou acabar dormindo mesmo, então tanto faz. — dá de ombros, arrancando risadas da turma.

Eles acabam decidindo por assistir tal filme mesmo. Logo, arrumam a bagunça quando finalizam a janta e voltam para a sala.

***


— Meninas, voltamos! — Clair abre a porta de sua casa e adentra o local com Richard ao seu lado, crente de que as garotas ainda estavam acordadas, afinal, ainda eram onze e meia da noite.
Mas, a mulher não obtém resposta.
— Acho que elas ficaram muito bem aqui. — Richard constata, antes de que uma onda de preocupação tome sua esposa, com um ar risonho ao olhar para a sala de TV e se deparar com , , Luke e dividindo colchões no chão, e e cada um em um sofá, todos adormecidos. abraçava , enquanto Luke usava a barriga de como travesseiro, e essa estava com as mãos nos cabelos do garoto, provavelmente por ter adormecido fazendo cafuné nele.
— Melhor subirmos para dormir também, deixe eles aí. Parecem tão bem. — Clair observa a cena com um sorriso e apaga as luzes.
Richard concorda e eles sobem.

***


acorda no dia seguinte meio desorientada e sentindo algo em cima dela. Quando abre um pouco os olhos, encontra Luke abraçado a sua barriga. Sorri involuntariamente e começa a tatear o colchão, procurando por seu celular. Ao encontrar o mesmo, verifica que horas são e levanta num pulo, assustando .
— Gente! Acorda, já é meio-dia. Meu Deus, dormimos de mais!
— Ai, , só mais cinco minutinhos. — Luke resmunga e enterra a cabeça em um travesseiro.
Enquanto isso os outros acordam aos poucos.
— Nada disso, . Você já teve mais que cinco minutos. — taca uma almofada no garoto.
Vendo que não vai mais conseguir dormir, Luke se joga em e começa a atacar a mesma com cócegas.
— Para com isso! Eu vou morrer! — ela berrava tentando sair dos braços de Luke.
— Calem a porra da boca! — grita para eles e sai da sala em seguida.
— Isso que é bom humor matinal, hein? — ironiza.
— Você não viu nada. ¬ — rola os olhos, e os outros riem, enquanto a garota se levanta para ir até o banheiro.
— E ela vai pra onde, hein? — pergunta se referindo a .
— Provavelmente para o quarto dormir o resto do dia. — desaparece escada acima, e os meninos apenas riem.

— Bora explorar a cozinha pra ver o que a gente arranja pro café? — sugere.
— Você é sem educação mesmo, né? — lhe dá um pedala.
— Deixa de besteira, nós somos praticamente de casa já. — se levanta e vai em direção a cozinha.
e Luke seguem o mesmo, dando de ombros.
— Fazer o que, né? — suspira e acompanha os amigos.
Ao vasculhar os armários, os garotos encontram ingrediente para panquecas, então resolvem colocar a mão na massa.
Alguns minutos depois, retorna com ao seu lado.
— Opa, quem deu essa liberdade? — a primeira adentra a cozinha, rindo.
— Espero que isso fique gostoso, porque eu tô com fome. — senta à mesa.
— Não é só você, madame. — vira a cabeça para responde-la, e a garota estira a língua em resposta.
— Como vamos fazer hoje? — Stuart começa a preparar o café.
— A gente passa aqui pra pegar vocês às 19 horas. Estejam prontas! — responde.
— Pra gente conseguir sair às 19 horas, é melhor falar para a estar pronta às 18 horas. — zomba, recebendo um dedo do meio da amiga.
— Relaxem, não vou me atrasar. — rola os olhos em meio a risada do grupo.

Eles comem e riem mais um pouco, mas os garotos não ficam lá por muito mais tempo.
Assim que eles vão embora, e voltam para a sala, mas antes de organizarem tudo, decidem dormir mais um pouco. Afinal, a noite seria longa.

***


— E você disse que não ia se atrasar. — , impaciente, espera a amiga, escorada na porta do quarto e de braços cruzados.
— Calma, só preciso calçar meu sapato. — finaliza seu batom vinho e procura o par de sandálias que iria usar. Já haviam se passado 45 minutos do horário combinado com os garotos.
— Eles estão esperando há um tempão, ! Vamos! — vira as costas enquanto a amiga calça o segundo pé e vai em direção às escadas.
— Aleluia, hein? — desvia os olhos do jogo em seu celular quando escuta passos se aproximando da sala de visita onde estava com os outros.
— Pelo menos a espera valeu a pena. Vocês estão lindas. — diz, e as garotas agradecem.
— Mas, só pra esclarecer, eu já estava pronta. Essa daqui que se atrasou. — Stuart aponta para a amiga ao seu lado, que rola os olhos.
— Então vamos, galerinha. — apressa os amigos, e todos rumam para a porta.
— Você tá linda, . — Luke comenta enquanto vão em direção aos dois táxis que haviam chamado.
— Obrigada. — a garota cora.
Todos se acomodam e partem para a praia onde estava acontecendo o lual.

***


O local estava cheio. Haviam vários quiosques espalhados pela areia da praia, alguns servindo bebidas, outros servindo petiscos de variados tipos. Logo atrás haviam várias casas de praia. Também haviam montado uma boa pista de dança.
— Puta merda, eu amo essa música! — grita quando percebe que uma de suas músicas favoritas havia começado a tocar, Hula Hoop do Omi.
— Vamos dançar, ! A gente sabe até a coreografia! — anima-se também e sai correndo com a amiga para onde havia sido formada uma pista de dança.

Roller skaters, tanlines
(Patins, marquinhas de bronzeado)
Hot Sun with clear blue skies
(Sol quente com claro céu azul)
The waves are crashing by
(As ondas estão quebrando)
And when she passed me by
(E quando ela passa por mim)
And gave a winkand smile
(E dá uma piscada e sorri)
And I wason cloud nine, Lord.
(Eu fico nas nuvens, Senhor).


As amigas começam a dançar, atraindo vários olhares para elas, afinal, as outras nacionalidades que perdoem, mas não existe um rebolado melhor que o brasileiro.

The way you move your hips and lick your lips
(A maneira como você move os quadris e lambe os lábios)
The way you dip
(A maneira como você mergulha)
You got me upso high
(Você me faz levantar tão alto)
And girl you got that body
(E, garota, você tem aquele corpo)
With them curves like a Bugatti
(Com as curvas como as de um Bugatti
I Just wanna drive, oh
(Eu só quero dirigi-la, oh)


Ao refrão elas fazem a coreografia igual à do clipe e algumas pessoas em volta começam a se juntar para dançarem iguais a elas.
Luke, , e observam tudo de queixo caído. Não esperavam que as meninas dançassem tão bem.

And, girl, you know
(E, garota, você sabe)

Round and round your Love winds me up
(Rodando e rodando o seu amor me provoca)
Like a hula, hula hoop
(Como um bambo, bambolê)
Hula, hula hoop, oh.
(Bambo, bambolê, oh)
Round and round yourlovewinds me up
(Rodando e rodando o seu amor me provoca)
Like a hula, hula hoop
(Como um bambo, bambolê)
Hula, hula hoop, oh.
(Bambo, bambolê, oh).

não conseguia desviar os olhos de , enquanto Luke estava enciumando com tanta atenção masculina que estava chamando para si. Mas, ele se esquece um pouco de seu ciúme bobo quando Stuart olha diretamente em sua direção, como se dançasse somente para ele.
— Limpa a babinha aí, amigo. — zomba de Luke.
— Vai se fuder, . — Luke manda o dedo do meio.
— Ah, pode deixar que eu vou, e vou levar uma gata dessa festa junto. — pisca e sai em direção a um grupo de meninas que estavam lançando alguns olhares aos garotos. Eram aas garotas do dia anterior na praia.
Luke ri com a atitude do amigo, negando com a cabeça. Quando volta seu olhar para percebe que a música que ela antes estava dançando havia acabado, e a garota não estava mais na pista. Ele corre seus olhos pelo local e a encontra conversando com um cara. Sem pestanejar, ele vai atrás dela.
, você sumiu. — Luke coloca uma mão na cintura da garota ao se aproximar, parando ao lado dela.
— Oi, Luke! — diz animada. — Esse é o Chad. — aponta para o cara que até então conversava.
— E aí? — Chad cumprimenta Luke, que apenas assente com a cabeça.
, os meninos devem tá procurando a gente, acho que devíamos voltar. — Luke mente para tirá-la dali.
— Ah, ok. Tchau, Chad. — sorri simpática.
— Até mais, . — Chad sai, e instantaneamente Luke rola os olhos.
— Tá, eu sei que ninguém tá procurando a gente e isso foi só ciúme seu. — se vira para Luke com os braços cruzados e um sorriso vitorioso.
— Ciúme? Nada a ver, . — Luke coça a nuca nervoso. — Mas, realmente não tem ninguém procurando a gente. — sorri sapeca.
— Sabia. — ri. — Então por que mentiu?
— Porque eu queria te roubar pra mim. — Luke sorri e vê as bochechas de corarem.
Sem dizer mais nada, ele passa um braço pelos ombros da garota e ruma com ela para um lugar mais calmo.

, e engataram uma conversa com um grupo de pessoas. Eram quatro meninas e dois caras, todos muito legais por sinal.
Enquanto e já seguravam copos com qualquer bebida forte que fosse e conversavam animadamente com duas das garotas que claramente estavam dando mole para eles, segurava uma cerveja na mão, a única que havia pegado na noite, não estava afim de beber e a única coisa que queria era encontrar uma certa pessoa naquela festa. . Mas, ela havia sumido desde a hora em que saíra da pista onde estava com Stuart e não tinha certeza se ela queria ser encontrada.
Vendo que ele estava começando a ficar alheio na conversa do pessoal, decidiu deixar seus dilemas para trás e ir encontrar a garota.
— Ei, cara, vou lá no bar pegar outra bebida, tá? Depois eu volto. — mente para , o único que tinha ficado ali, já que havia sumido com uma garota, Naomi.
— Ok, dude. — responde sorrindo, voltando a dar atenção a menina que estava com ele em seguida.
se afasta do grupo e corre os olhos rapidamente pelas pessoas no local, não obtendo sucesso em achar . Então, dando de ombros, ele decide realmente pegar outra bebida e tentar se divertir um pouco. É nesse momento que ele bate os olhos nela, percebendo um pequeno detalhe. Rodrigues estava acompanhada. Muito bem acompanhada, na verdade.

***


havia começado a conversar com um carinha perto do bar, para onde ela havia se dirigido após dançar com a , e pedido alguns shotsde tequila. Ele era loiro, forte e bronzeado, típico surfista californiano.
— É muito bom que você tenha vindo parar em San Francisco. — o surfista, chamado Drew, sorri de lado para .
— Concordo com você. — retribui o sorriso, e consequentemente a distância entre eles diminui.
Drew coloca uma mão na nuca de e com a outra na cintura dela a puxa para mais perto, tocando nos lábios da garota com os seus. abre passagem para a língua de Drew e enlaça os braços ao redor do pescoço dele.
Depois de certo tempo, cortam o beijo com selinhos, bem a tempo de se aproximar:
— Será que eu posso falar com você? — ele diz diretamente para , ignorando a presença de Drew ali.
— Ahn, eu estou acompanhada, . — responde meio constrangida pela situação e olha de soslaio para Drew.
— Tudo bem, , vou deixar vocês conversarem. — o loiro sai, e sente seu sangue ferver ao ouvir o apelido de sair pela boca daquele cara.
— O que foi, ? — pergunta impaciente.
O que foi, ? — ele repete a pergunta. — Você acabou de beijar outro cara.
— Ah, pera aí, não me diga que está com ciúme. — arqueia as sobrancelhas para ele. — Em nenhum momento falamos sobre “exclusividade” aqui.
— Sim eu estou, porque pensei que estivéssemos criando algo entre a gente, mas aí você vai lá e fica com outro cara! Caramba, eu até fiquei cuidando de você ontem.
— Calma, pra quê isso, ? — estava indignada de frente para o garoto, sem entender o surto dele. — Realmente estamos criando algo legal, mas nós ficámos uma vez. E eu não pedi pra você cuidar de mim, você ficou porque quis. Achou o que? Que agora já estávamos casados, com três filhos e um cachorro?
— Pelo amor de Deus, , lógico que não. — rola os olhos.
— Foi uma metáfora, idiota. — resmunga.
ignora o insulto e continua:
— Eu só achei que talvez nós pudéssemos ter algo e... — antes que ele termine, o interrompe.
— Ter algo? Daqui três semanas você vai embora, e aí o que? Vamos manter uma relação por Skype? Não tem como termos algo, ! — ela abre os braços dramaticamente.
— Deixa eu terminar. — tenta manter a calma. — Eu pensei que nós pudéssemos continuar ficando até o fim das férias. Mas, sem outras pessoas no meio. Eu realmente gostei de você, .
— Bom, você se enganou sobre isso. — mantém sua fachada fria, ignorando a declaração de , o que o deixa realmente magoado.
— E pelo visto também me enganei sobre você. — faz sinal de negação com a cabeça e sai dali não querendo mais fazer papel de trouxa, deixando no meio da lotada praia. A garota tenta ignorar a estranha sensação que crescia em seu peito por ter magoado .
Após alguns minutos o surfista volta e cai em seus braços de novo. Ironicamente, ela nunca havia se sentido em tamanha solidão.

***


Luke levou para longe da festa e dos carinhas que pretendiam dar em cima dela. Os dois estavam andando a beira do mar, lado a lado, enquanto conversavam sobre os mais diversos assuntos. Acabaram por descobrir que tinham muitas coisas em comum, como o seriado preferido, ambos eram apaixonados por How I Met Your Mother e acabaram por combinar de assistirem juntos alguns dos melhores episódios. era fã de McFly, e Luke tinha certa afeição pela banda. O garoto gostava dos rocks das antigas, e ela também aprendeu a gostar por ter crescido escutando esse tipo de música. Foi fácil travarem uma conversa interminável e podiam continuar desse jeito até o amanhecer.
— Meu pai sempre costumava ficar irritado quando eu dizia que o Jon Bon Jovi era um gato. Também puderas, ele é mais velho que meu pai. — contava enquanto Luke ria.
— Não acredito, . Como você tem atração por ele? Ele é velho.
— Pois, é um velho bem gato. — ri e Luke nega com a cabeça.
— Qual foi o melhor dia da sua vida? — Luke perguntou de repente. Eles estavam fazendo perguntas aleatórias um para o outro.
— Sem dúvidas foi o dia em que eu conheci o McFly. — os olhos de brilham ao se lembrar, o que faz Luke sorrir. — Foi realmente incrível e eles foram uns amores comigo. Tinha sido o meu primeiro show deles e eu tinha conseguido juntar grana para o Meet&Greet. Quando chegou a minha vez eu tremia e não acreditava que aquilo estava realmente acontecendo. Tenho a foto que tirei com eles guardada até hoje.
— Deve ter sido inesquecível. — Luke comenta.
— E foi. — suspira com a lembrança. — E, você?Qual foi o melhor dia da sua vida?
Luke nunca havia recebido essa pergunta e agora que pensava para responde-la, percebera que não havia um dia que houvesse marcado tanto sua história. Nunca teve nada de tão emocionante acontecendo em sua vida, e isso era frustrante.
— Sabe que eu não sei? — Luke para de caminhar por um instante. — Acho que preciso trabalhar nisso. Tenho dias memoráveis, mas nenhum que eu diga: esse é o melhor.
para junto dele e ri.
— Não é possível que você não tenha um dia da sua vida que você gostaria de poder reviver.
— Talvez o dia quando nós criamos a banda. Foi realmente bom começar a fazer o que eu gostava com os meus melhores amigos. — Luke responde pensativo.
, que estava de frente para ele, sorri com sua resposta.
— Talvez eu possa anexar esse dia a minha lista de dias memoráveis. — Luke diminui a distância dos dois e coloca uma mexa do cabelo de atrás de sua orelha, deixando a garota estática, tanto pela distância de suas bocas, quanto pelas palavras de .
Sem saber o que fazer, não diz nada e apenas encara os lindos olhos azuis do rapaz. Como ela não se afasta, Luke toma isso como um incentivo e envolve a cintura da garota, trazendo-a para mais perto de si.
Mas antes que suas bocas pudessem finalmente se encontrar:
! Luke! Galera! — surge do além, atrapalhando qualquer coisa que o casal estava prestes a fazer. — Dude, você não sabe o que aconteceu. — ele passa um braço pelos ombros de , que rola os olhos ao perceber que o amigo está bem bêbado.
— O que houve, ? — Luke pergunta sem interesse, mais preocupado em voltar para o clima que estava criando com Stuart.
— Escuta essa também, . — aponta para a garota, atraindo a atenção da mesma. — e tiveram uma mega treta lá perto do bar.
— O que? Por que? — Luke se solta de , virando o corpo para ele.
— Puta que pariu, ficaram uma vez e já tão tendo DR? — bufa e vai atrás da amiga, não esperando por explicações, largando um Luke confuso e um bêbado para trás.
— Sabe, , você está me devendo várias agora por ter atrapalhado o meu momento com a . — Luke lança um olhar mortífero para o amigo.
— Desculpa... — faz uma carinha inocente. — Eu precisava contar isso pra alguém e não achei o .
— Tá. Agora me conta o que houve e vamos atrás dos caras. — Luke ri do amigo e os dois saem para encontrar e o outro sumido.



Continua...



Nota da autora: (01/10/2017) Queria me desculpar pelo meu sumiço. Sério, mil desculpas! Ano passado foi conturbado pra mim devido ao vestibular. Mas, eu passei!!!!! Porém, depois tive um mega bloqueio de inspiração e não conseguia escrever NADA, nenhuma das minhas histórias.
Enfim, finalmente esse capítulo saiu!!! Tenho um carinho especial por ele, então espero que gostem.
Prometo não demorar com a próxima att, não desistam de mim!!!!!
Não se esqueça de deixar um comentário para fazer essa autora feliz.
Beijos ❤

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