CAPÍTULOS: [Prólogo] [Epílogo]









Última atualização: 20/09/2017

PARTE I

Prólogo — 08/05/2011


— Eu não tenho escolha! — ele gritou.
— Claro que você tem! É só dizer não! — gritei de volta.
Ele tinha escolha, ele só precisava dizer não.
— Se você... — apertei os olhos, precisava continuar falando — Se você realmente me ama, vai dizer não.
O silêncio dele foi intenso e doloroso, fazendo as lágrimas pelo meu rosto se tornarem amargas.
— Você merece alguém melhor do que eu, — ele disse olhando para o chão. Sua voz soou dura, como se de repente ele tivesse ficado vazio.
— Zayn, por favor... — cheguei perto e ergui sua cabeça para que ele olhasse diretamente em meus olhos.
Havia dor em sua feição e ela me dizia o contrário de suas palavras. Ele piscou forte tentando parar as lágrimas e eu apenas o encarei. Zayn sempre fora muito bom em saber como eu me sentia e naquele momento ele me leu por inteira. A dor. O amor. A raiva. O medo. A súplica. Ele sabia exatamente o que dizer.
— Eu não te amo, — dessa vez sustentou meu olhar.
Eu sabia que era mentira, eu sabia que ele só queria que eu desistisse dele, e ainda assim, alguma coisa se quebrou dentro de mim. Minhas suspeitas eram de que havia sido meu coração.



She doesn't love you like I do She doesn't have my name However she tries to act like it She'll never be the same


08/05/2014

"Hoje, justo hoje, completam três anos desde que você me deixou. A impressão de que o tempo passou rápido é só isso, uma mera impressão, porque na verdade os dias passaram lentamente, me arrastando por uma dor que insistia em atormentar meu coração. Foram 1095 dias e em nenhum deles eu deixei de pensar em você antes de dormir, de tentar me convencer de que suas palavras naquele dia haviam sido mentira ou de me torturar por vê-lo com outra. Apesar de tudo isso, muita coisa mudou. Eu mudei.
Prometi a mim mesma que essa seria a ultima carta, eu mereço mais, não mereço, Zayn? Você mesmo quem me disse isso. É, eu não esqueci aquelas ultimas palavras, como esquecer?
Sabe, dentre as mudanças que ocorreram, as maiores foram depois do seu noivado. Aquilo foi como um botão pressionado na minha vida. Você tinha noivado e não era comigo. Todos os planos que um dia fizemos e todos os sonhos que um dia sonhamos, agora você está fazendo com ela, sonhando com ela.
Eu aceitei me mudar para o Brasil, recomecei a faculdade aqui, consegui um novo emprego e pra ser mais exata, encontrei o lugar a que realmente pertenço. Apesar da distância, a dor nunca me abandonou. Queria te dizer tanta coisa, queria que você soubesse de tudo o que aconteceu comigo depois que vim para cá. Foi quando cheguei aqui, que eu realmente voltei a viver. Talvez eu ainda estivesse com as feridas abertas — talvez algumas ainda estejam —, mas eu percebi que precisava seguir em frente. Era o que você estava fazendo.
Engraçado como a vida às vezes é cruel. Estava tudo tão bem, até que ontem você apareceu no meu apartamento. Pensei que era um bandido, pior, era o herói que eu nunca poderia ter. Tivemos a recaída. Sexo e sentimentos que tomaram conta de cada metro quadrado desse quarto. Mas agora acabou.
Hoje é a minha despedida, esse é o meu adeus definitivo.
O que aconteceu nesse quarto deve ficar aqui e só aqui. Não vai se repetir. Olhar você dormindo ao meu lado é algo que eu vinha desejando secretamente durante todo esse tempo, mas eu sei que, assim que seus olhos se abrirem, tudo vai voltar a ser como antes. Dor. Arrependimento. Tristeza. Raiva.
Você diz que simplesmente não pode dizer "não" as imposições que a carreira faz na sua vida. Não que eu acredite nisso. Por isso decidi: vou te deixar no passado de uma vez por todas. O que o futuro me reserva eu não sei, mas independente do que será, você não estará nele.
Entenda que isso não significa que o meu amor por você acabou. Pelo contrário, isso significa que estou te deixando livre, te perdoando, tirando todo o peso e culpa que eu sei que carrega por ter me magoado. Eu te amo tanto, que estou te deixando ir.
Só espero que você saiba que ela não te ama como eu.
Ninguém te ama como eu, e ninguém nunca vai.
Adeus, Zayn.“

- Parker.



But she's new and she's beautiful You've never been in a fight Yeah it's awfully perfect now But you just know deep inside She's not me

12/05/2011

Eu me levantei e as lágrimas já escorriam sem parar pelo meu rosto. A única coisa que passava pela minha mente era fugir. Eu precisava fugir para um lugar onde tudo aquilo era mentira.
! — minha mãe gritou assim que me viu sair correndo pela porta.
Entrei no carro e dei partida sem pensar exatamente aonde ir. À medida que acelerava o carro eu sentia as lágrimas escorrendo com mais intensidade. Não conseguia acreditar na notícia que havia passado na televisão, não podia ser verdade. Era muito cedo, era doloroso, era... era Zayn.
Ele e alguma garota nova. Em uma festa. Aos beijos.

"Você é um idiota, sabia? Pois fique sabendo! O segundo maior de todos os idiotas do mundo! Você é ridículo, canalha e não vale uma lágrima minha. E ainda assim, eu estou aqui, derramando milhares delas por você. Sabe por quê? Porque em primeiro lugar no ranking dos maiores idiotas do mundo estou eu. A maior de todas, Parker, a garota que mesmo após ser dispensada porque "era necessário", continua sofrendo, esperando que tudo seja mentira, esperando pela sua volta.
Eu te odeio!
Você não faz ideia de como está me machucando, de como esta fazendo mal ao meu coração ficar longe de você. E não bastasse, você aparece com outra quatro dias depois de dizer que era obrigado a ficar solteiro por conta da sua imagem. Eu me pergunto se você não vinha me traindo, saindo com essa loira já há algum tempo. Só o ensaio dessa possibilidade me machuca tanto que... Ah! Como eu te odeio!
Queria pegar essa raiva e colocar no lugar de todo o amor que sinto por você. Queria ter feito isso desde o dia em que você me deixou, quando disse aquelas palavras, as quais não consigo nem repetir sem sentir meu coração se desmoronar outra vez. Nesse momento, o que eu mais desejo, é nunca ter te amado, mas as coisas não são nada como a gente deseja. A vida é uma caixa de surpresas, da qual nunca sabemos se vamos ganhar um motivo para sorrir ou um motivo para chorar.
Deixa eu te contar aonde vim parar: O Velho Coreto. Isso te traz alguma lembrança? Porque, bom, traz muitas a mim. Nosso primeiro beijo, o pedido de namoro, ficar só matando o tempo e planejando o futuro. Foi lá que você me mostrou a música que havia escrito pra mim. Você se lembra desse lugar? Onde tudo isso aconteceu? Estou sentada bem no meio dele, vendo o dia ir embora, deixando lágrimas de dor caírem, no qual muitas de alegria ficaram.
Você se lembra da nossa primeira briga? Estávamos no caminho para cá e você ficou com ciúmes de alguma coisa boba. Eu ri do seu ciúme, você ficou irritado, mas logo percebeu que não valia a pena brigar por algo tão pequeno comparado ao sentimento que tínhamos um pelo outro.
Ah, Zayn, como posso desejar nunca ter te amado, se ter te amado foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida?
No meio de tanta a dor e de tantas dúvidas, meu amor é a única coisa da qual tenho certeza e à qual posso me agarrar.
Será que ela vai te amar assim? Será que você e essa garota nova vão ter brigas como as nossas? Nós não brigávamos muito, mas era sempre uma explosão de sentimentos, para depois corrermos um até o outro pedindo desculpas. Agora? Agora é tudo perfeitamente horrível.
Vi você agarrado à outra com meus próprios olhos, esses mesmos que estão encharcados por você. Dói saber que você está com ela, saber que ela não sou eu, saber que ela pode ser a exceção que eu não fui, e saber que, no fundo, você sabe disso. Tudo dói mais do que o esperado, e eu já esperava algo muito ruim."

- Parker.



Does she make you feel wanted like I did? Make you feel like you're the one thing that matters?

20/11/2009

— Eu já disse que gosto muito de você? — perguntei.
Gosta muito de mim? — ele enfatizou.
— Por quê? — sorri provocando-o — O que você acha?
— Eu acho — ele se aproximou colocando as mãos em minha cintura — que não é apenas gostar, sabe?
— Sei? — levei minha boca a milímetros da dele.
— Tá me enrolando, é? — ele apertou as mãos em meu corpo.
— Tô?
— Eu vou te mostrar!
— O quê?
As palavras mal saíram e a minha boca foi tomada pelos lábios de Zayn. Eram lábios macios e que guiavam os meus, como nenhum outro seria capaz. Nenhum beijo se comparava ao dele. Nenhum toque me incendiava tanto quanto suas mãos que caminhavam pelas minhas costas deixando uma trilha de arrepios. Nada no mundo me deixava tão feliz.
— E aí? — ele disse sem fôlego quando nos separamos.
— Acho que eu preciso de mais uns beijos pra saber — respondi.
Ele sorriu cúmplice e logo me tomou em seus braços novamente. A noite já havia caído e a neve começava a aparecer pela primeira vez naquele inverno. Nada foi planejado, mas foi tão impecável que parecia ter ser parte de um plano minuciosamente elaborado.
Zayn me deitou na cama sem cessar os beijos, e as nossas mãos exploravam um ao outro. Eu procurei sentir tudo o que podia: a pele quente e macia do pescoço, os ossos firmes dos ombros, o peitoral que subia e descia com a respiração pesada, os músculos levemente definidos do abdômen, as pernas que se entrelaçavam entre as minhas e os dedos que se movimentavam e exploravam meu corpo, despertando sensações que eu ainda não havia sentido.
— Você...
— Tenho! — interrompi já sabendo qual pergunta ele faria — Tenho, porque eu te amo!
— Eu também te amo, — ele disse olhando em meus olhos e, naquele momento, eu nuca tive tanta certeza de algo: eu queria ser dele e queria que ele fosse meu.

You let her head rest on your chest But when you close your eyes You'll be seeing my face again
You'll be dreaming on places we went And then you'll wake up to find That she's not me

23/06/2011

? — eu ouvi do outro lado da linha — Não desliga, , por favor!
— O que você quer? — disse forçando minha voz a parecer firme.
— Desculpa, me desculpa, eu não queria nada disso, mas não tive escolha. Me desculpa! — ele despejou e pude perceber, pelo modo arrastado e embaralhado com que as palavras saíram, que Zayn estava embriagado.
— Você tem noção do que eu pensei ao ver sua chamada à uma hora dessas? — vociferei — Pensei nas piores coisas, Zayn!
— Por favor, me perdoa.
— Já faz mais de um mês que você me deixou, de onde tirou que tem o direito de me ligar assim? De me perturbar no meio da madrugada?
— Me desculpa! — ele repetia sem parar e dessa vez percebi mais do que a embriaguez, percebi o choro.
— Não, Zayn! — gritei — Eu não te desculpo!
A raiva surgiu e conforme ia aumentando, as lágrimas iam rolando, como se meu esforço para mantê-las em meus olhos não fosse nada.
— Você me fez acreditar em nós e depois me trocou pela carreira. Você mentiu para mim. Mentiu! — enfatizei — Anos atrás nós tínhamos feito uma promessa, a única promessa que fizemos, e na primeira oportunidade o que você fez?
— Me perdoa!
— Pra quê? Você vai largar essa loira, ignorar o que a Modest! diz e voltar?
Nada. Ele não disse nada.
— Zayn! — gritei sentindo a raiva crescer com o silêncio do outro lado da linha.
— Eu não posso — ele praticamente sussurrou.
— Você é um idiota! — disse entre o choro.
— Eu sei.
— Um canalha! — eu tentava enxugar as lágrimas — Eu te odeio!
— Não diz isso, .
— Existe dentro de você um pedaço, por menor que seja, que esteja realmente arrependido e queira voltar para mim? — perguntei, mesmo que meu orgulho me dissesse para não fazer aquilo.
— Eu não posso, você sabe que...
— Que você não tem escolha? Você tem sim, e só de falar isso já está claro o que você escolheu.
— Não é assim, você também não sabe o que eu estou passando. Todo o estresse, toda a correria e no final, quando eu deito a cabeça no travesseiro, são dos lugares em que costumávamos ir que eu sinto falta e quando fecho os olhos é você quem eu vejo. É você quem eu a...
— Nem termina, Zayn! — Interrompi-o — E quer saber? Tomara que todos os dias você sonhe comigo, então acorde e tenha que encarar a garota ao seu lado se dando conta de que ela não sou eu. E tomara que isso doa muito, porque no momento é isso o que você está me fazendo sentir, dor.

Fim da chamada.



PARTE II

Said I wonder now Yeah I wonder how you've been Are you happy?
Is she still the one? Are u having fun? Is it for real?

21/08/2013

— Você nunca mais falou com ele desde o término? — Ava perguntou.
— Não — mentira —, e nem quero — mentira maior ainda.
— Não acredito que você passou por tudo isso.
— Nem eu!
— Ainda sente algo por ele? Ainda dói?
— Não, já faz muito tempo — outra mentira junta a tantas outras que eu contava quando o assunto era ele.
— E como você se sente sabendo que está a apenas um quarteirão de distância dele?
— Não sinto nada demais — dei de ombros.
— Por que você não vai vê-lo? Quem sabe ele não te reconhece.
— Você ouviu a história direito? Ele terminou comigo pela carreira, que sentido faria ir atrás dele num dia como hoje?
— Se você seguiu em frente mesmo não ligaria de ir até lá.
— Prefiro evitar situações chatas, vou parecer uma pessoa que só quer chamar atenção porque sou ex de um famoso — depositei a caneca com o logo da empresa na pia e segui para o meu escritório.
Bem, escritório não é a melhor descrição para o cubículo que eu dividia com mais cinco pessoas.
— Parker, reunião em dez minutos — Ben avisou.
— Estarei lá! — sentei-me em minha cadeira, sentindo o alívio de não estar mais com os saltos apoiados no chão. Pela janela eu podia ver uma multidão de gente, principalmente fãs, indo na direção do local em que ocorria a première do filme dele. Filme dele e da banda, onde todas as pessoas que tiveram alguma importância na vida dele estariam. Menos eu.
Eu me perguntava se ele estaria feliz, se divertindo, vivendo a vida que sempre sonhou. Se ela ainda estaria ao seu lado.
— Eu preciso te mostrar uma coisa! — Ava disse e colocou o notebook na minha frente. — Toma, coloca os fones.
Então eu ouvi o nome dele, antes mesmo de ver o vídeo que passava na tela. Ele. Ela. O anel. A repórter da tevê comentando o noivado. Por um momento, meu coração parou. O mundo parou.
— Com licença — tão rápido quanto eu me levantei, corri para o banheiro.
Assim que fechei a porta atrás de mim, meu coração voltou a pulsar com toda força. Eu me olhei no espelho, mas a imagem dos dois juntos e do anel tomou conta de minha mente. Aquilo era real? Ele estava realmente noivo?

Cause I'll be waiting here Another week, or month or year If you're lonely
God I wish I knew everything About the two of you Won't you tell me?


02/09/2012

— Oi — ele disse.
Foi tanto tempo sem ouvir aquela voz, mas eu ainda a conhecia tão perfeitamente.
— Oi — encarei-o.
— Não imaginei que você viesse — ele confessou.
— Eu não deveria.
— Senta — ele indicou a cadeira ao seu lado. — Quer beber algo? — perguntou enquanto eu me aconchegava no assento.
— Não. Estou bem.
— Como tem sido as coisas?
— Como assim?
— Sua vida, como vai?
— E por que o interesse agora?
, eu só estou tentando recuperar o tempo perdido. Sempre fomos, acima de tudo, amigos e podíamos continuar assim.
Eu ri.
— O que foi? — ele indagou.
— Nada — tudo! Toda a ideia de ser amigo, aquilo era tolice, mas quando ele entrou em contato comigo eu havia ficado tão feliz que nem pensei em recusar. Eu passei esse tempo todo só esperando ele me procurar. Dizer que havia se arrependido. Pedir para voltar. Semanas. Meses. Um ano de espera inútil.
— Então, soube que você desistiu da faculdade. Não gostou de Relações internacionais?
— Gostei, mas muita coisa aconteceu e eu não estava com cabeça para os estudos.
Ele olhou para suas mãos, sabia que as muitas coisas que haviam acontecido comigo na verdade se resumiam a ele.
— E a família?
— Todos bem e saudáveis. A sua?
— Também. Até alguns meses atrás a Safaa ainda insistia para que eu a levasse para te ver.
— Bom saber que agora ela não te perturba mais com isso.
— Não foi isso que eu quis dizer.
— Tudo bem — dei de ombros —, me conta mais sobre você e o espetacular mundo da fama.
— Não é tão espetacular assim. Muita mentira, muitos efeitos negativos.
— É, eu senti um deles — lembrei-o.
Silêncio, um torturante silêncio pelo que pareciam intermináveis segundos.
— Você me traiu com ela? — perguntei de repente.
— Não! — Zayn se assustou com a pergunta direta — De onde você tirou isso?
— Circunstâncias — expliquei — o término, você com ela dias depois, as mentiras.
— Eu nunca menti pra você — ele me olhou seriamente — uma vez e só porque foi necessário — ele se autocorrigiu.
— Quando?
— Não vamos entrar nesse assunto agora — ele disse.
— Você a ama?
— ele alertou.
— Mais do que me amou?
— Por favor...
— Me responde! — me exaltei — É o mínimo que você pode fazer depois de tudo. — Levantei-me e fiquei de costas.
Respirei fundo antes de voltar a encará-lo.
— Sim, eu a amo — ele respondeu e também se levantou, ficando mais perto de mim — Eu menti para você quando disse que não te amava, mas eu tinha que fazer aquilo. E não, eu não a amo mais do que te amo.
Eu tentava ser forte, demonstrar frieza, mas fui pega de surpresa quando ele conjugou o verbo amar no presente. Aquilo deveria ter sido um alívio, ele ainda me amava, contudo foi só mais peso para carregar. Ele ainda me amava e mesmo assim não era o suficiente para me escolher, para ficar comigo e para lutar contra tudo o que nos impedia. Eu não podia suportar aquilo.
— Eu nunca deixei de te amar, Zayn, e acho que isso nunca vai acontecer, mas nada disso é justo comigo.
Dei as costas para ele e saí de lá. Ao cruzar a porta eu praticamente pude ouvir o som do meu coração se quebrando ainda mais.

Does she have any humor? Does she laugh at your jokes? Can she look past the rumors? Does she know how it goes? Or is it none of my business?

31/12/2011

"Antes de tudo, feliz ano novo!
É, mais um ano que se inicia, uma nova etapa e todo aquele blá blá blá que as pessoas insistem em dizer. Para mim, significa um ano que se inicia sem você.
Alguns dias atrás, se não me engano, no dia seguinte ao Natal, eu estava me torturando com fotos suas. Eu faço isso às vezes. Nem sempre é de propósito, tem horas que fotos e notícias da sua banda aparecem na tela do meu computador, culpa das suas fãs que são praticamente as donas da internet. Foi numa dessas vezes sem intenção que eu vi que você e ela passaram o Natal juntos, não é? Tinham fotos de vocês juntos, da árvore enorme.
Lembra quando passamos o Natal juntos também? Não tínhamos uma árvore como aquela, ou muitos presentes para colocar ao seu pé, mas éramos felizes com a reunião familiar e a ceia que, embora simples, era muito boa!
2009. Sim, aquele foi um Natal inesquecível. Muitas risadas, brincadeira e, principalmente, muito amor.
Pergunto-me se hoje em dia é assim com você. Ela ri das suas piadas como eu ria? Ela é humorada como eu era? Vocês têm brincadeiras particulares? Ou aquele olhar em que se compreendem sem precisar de palavras, como nós tínhamos? Ou quem sabe nada disso seja da minha conta, não é?
Enfim, é isso. Eu sei que escrever essas cartas é bobeira, mas me fazem bem e me deixam com a sensação de que nós não nos afastamos totalmente. Talvez você realmente leia todas elas um dia, por hora vou me contentar em apenas escrevê-las, sem grandes intenções.
Lembre-se de que nós fomos verdadeiramente felizes uma vez. Você ainda parece ser. Eu nem isso."

- Parker.


Do you go to the movies? Do you make out in the park? Do you stay up for hours? And just talk and talk? Or is it none of my business?

15/03/2009

— Zayn, pelo amor de Deus, me dá sua mão! — supliquei.
Eu não era muito fã de surpresas, mas ele havia insistido em me vendar.
— Zayn!
— Aqui! — Ele tocou meus braços e pude relaxar um pouco. — Não vou deixar nada de ruim acontecer com você, .
— Olha lá, não faça promessas, sabe que concordamos nisso.
— O degrau! — ele alertou um pouco tarde demais.
Senti meu pé esbarrar na madeira e poucos segundos depois meu corpo entrou em queda livre.
— Te peguei! — ele anunciou ao mesmo tempo em que senti seus braços ficarem firmes ao meu redor — Viu, eu disse — orgulhou-se.
— Onde é que estamos? Deixa eu ver logo.
— Você é apressada mesmo, não é? — resmungou, mas logo tirou a venda dos meus olhos e o fôlego da minha respiração.
— É lindo! — eu disse com a voz fraca.
Eu mal respirava, estava surpreendida com o que via, era tão lindo. O pequeno coreto em que havíamos dado nosso primeiro beijo, eu estava bem no meio dele, vendo as dezenas de balões roxos pairando sob nossas cabeças. Havia também uma mesa de jantar posta com duas cadeiras. Na verdade, eram tantos detalhes que eles me fugiam aos olhos. Luzinhas estavam enroladas pelas grades do coreto e também havia mais luzes no teto. No lago ao lado, os pedalinhos estavam cheios de mais luzes e mais balões. Tudo em tons de roxo, minha cor preferida.
— Vamos jantar? — perguntou e me guiou até a mesa que estava no canto.
Ele levantou a tampa da bandeja e eu comecei a rir. Aquilo era literalmente perfeito.
— Pizza só de queijo — ele anunciou — O seu favorito, mademoiselle.
Eu me sentei e ele fez o mesmo, começamos a conversar enquanto ele me servia e pude perceber que ele não parava de sorrir. A noite passou quase despercebida aos nossos olhos. Continuamos a conversar sem dificuldade alguma, como se o assunto nunca fosse acabar. A pizza estava boa e a companhia era a melhor que eu poderia desejar. Depois de comermos, Zayn andou até o outro lado do coreto e ligou uma música lenta em um radinho de pilha. Eu só parei de rir quando ele voltou a se aproximar de mim e me chamou para dançar.
— É sério?
— Claro! — afirmou — Já temos que ir treinando para sua formatura.
— Zayn, eu acabei de entrar na faculdade, não vou me formar tão cedo.
— Melhor ainda, assim treinaremos até a perfeição — ele pegou minhas mãos me levou até o centro do coreto.
Nossos passos eram lentos e desajeitados, mas nada no mundo podia estragar a magia daquele momento.
— Vou te dizer uma coisa — Zayn anunciou e eu apenas assenti — Nós passamos por muita coisa, nos conhecemos desde pequenos e compartilhamos muitas experiências juntos.
— Sim — concordei.
— Não gostamos de promessas, porque sabemos que elas são fáceis de ser quebradas — constatou —, mas hoje, Parker, eu quero te prometer uma coisa e te pedir outra.
Paramos de nos mover e ficamos apenas nos encarando. Eu podia sentir o coração acelerado de Zayn contra meu peito, suas mãos estavam um pouco trêmulas, como se estivesse muito nervoso para o que estava prestes a fazer.
— Eu quero prometer que nunca vou te magoar. Nunca. Nunca. E nunca!
— Zayn... — disse, já sentindo meus olhos lacrimejarem.
— Espera, deixe-me terminar, — ele me olhou sério — eu prometo isso porque eu te amo. E porque eu te amo, eu quero pedir que você aceite ser a minha namorada.
O mundo inteiro podia achar que aquilo era meloso, talvez até infantil. Podia chegar alguém e dizer que ainda éramos crianças e não sabíamos o que estávamos fazendo. "Namoro? Bobeira!", as pessoas diriam.
Para mim, aquilo era impossível de ser descrito, a melhor sensação do mundo, a de que alguém realmente te ama e quer ficar do seu lado. O amor pode ser clichê, mas até a mais cética das pessoas rende-se a ele quando se sente amada. Isso é a lei da vida.
— É claro que eu aceito! — minha voz feliz em meio às lagrimas que insistiram rolar pelo meu rosto.
O sorriso que Zayn abriu foi tão grande que poderia ter rasgado seu rosto. Ele me pegou pela cintura, levantando-me no ar, como na cena final de um filme romântico. A mocinha finalmente fica com o mocinho.
— Agora já podemos ir ao cinema de mãos dadas e assistir todos os filmes em cartaz — ele brincou, me fazendo rir entre um beijo e outro.
Eu me sentia completa e, apesar da regra de não fazer promessa, eu fiz uma promessa silenciosa a mim mesma: eu amaria aquele homem para sempre.
— Eu te amo, Zayn Malik.

Does she know about the bracelets? There were two of a kind Did you save, did you save it? Like I did mine? Or is it none of my business?

14/11/2013

"Hoje é o dia da minha mudança para o Brasil. Quem diria, não é?
Soube que você e os garotos da banda têm muitas fãs por lá e que elas são bem intensas. Mas eu, sinceramente, espero não ter que lidar com elas. Vou recomeçar a faculdade no Brasil e tentar conseguir um emprego em que eu me sinta melhor. Quem sabe até encontrar alguém que eu seja capaz de amar. Não como eu te amo, infelizmente isso eu sei que é impossível.
Bom, se você estiver curioso do por que dessa mudança, afinal, estou falando de outro continente, posso te contar:
Desde o seu noivado eu percebi que não podia mais continuar como estava, empacada, presa ao passado e a lembranças que insistiam em me assombrar. Se você estava vivendo sua vida como se nada tivesse acontecido, porque eu deveria resumir a minha a tudo que aconteceu?
Então decidi mudar. Mudar tudo!
Vai ser bom voltar a estudar, apesar de sempre passar pela minha mente que, quando eu me formar, terei que encontrar outra pessoa para dançar comigo. Tenho que pensar pelo lado positivo, não é? Pensar que ainda tem muito tempo para isso.
Falando em tempo, já faz algum em que não vejo notícias suas. Bloqueei qualquer coisa relacionada a você nas minhas buscas da internet. Não sei onde está. O que está fazendo. Se você está feliz. Nada.
Às vezes eu ainda choro antes de dormir, é um hábito difícil de largar. Nos dias que estou mal, eu deito a cabeça no travesseiro e as lágrimas surgem automaticamente. Não importa a hora em que vou dormir. Não importa onde estou dormindo. Se eu estou mal por algum motivo, sou inundada por lágrimas e lembranças. Espero que no Brasil eu supere isso. Mas um passo de cada vez, certo? Certo! Decidi começar com algo simples, com a pulseira.
Aliás, ela sabe da pulseira? Sabe que a única pulseira igual a sua é a minha? E que elas são especiais, não por causa do modelo ou da cor, mas pelo significado que carregam?
Enquanto eu usar a minha e você tiver a sua, saberemos que ainda amamos um ao outro’ foi o que você me disse no dia em que me deu a pulseira. ‘Metade roxa, metade preta. Metade eu, metade você’.
Você ainda usava a pulseira na última foto em que te vi. Ironicamente essa foto foi tirada no dia em que todo o mundo — inclusive eu — ficou sabendo do seu noivado. Talvez, a essa altura do campeonato, você já tenha jogado fora. Eu tirei a minha. No meu pulso esquerdo ficou só a marca que, gradualmente, está se apagando. Isso não significa que deixei de te amar, apenas que guardei esse amor dentro de uma pequena caixa de madeira, no fundo da minha mala.
Será que você e ela também tem algo tão especial assim? Quero dizer, além da aliança e do anel de noivado, é claro. Às vezes me pergunto se vocês compartilham de momentos tão bons como nós no passado. Pergunto-me se você a leva para fazer as mesmas coisas que me levava, se tem metas parecidas com as que tínhamos. É claro que eu me pergunto tudo isso, você me deixou com muitas dúvidas. Só que no final, eu acabo me contentando com um pensamento de ‘nada disso diz respeito a você, , não mais’.
É, não mais."

- Parker.



Would it make any difference if I got you alone? If I called would you listen? Would you hang up the phone?

07/05/2014

Subi as escadas com pressa, o calor do Rio de Janeiro estava me sufocando e eu só queria meu bom e velho ventilador. Tenho que admitir, eu sentia falta do clima londrino às vezes, só às vezes mesmo. No meio das escadas encontrei um vizinho que estava de saída e soltei um tímido "oi", já que meu português ainda era primitivo e carregado de sotaque.
Parada na porta de meu apartamento, eu lutava para achar o chaveiro dentro da bolsa, quando ouvi um barulho vindo de dentro. Um arrepio de medo percorreu todo meu corpo.
Eu tinha sido assaltada no Brasil, foi na rua e no meio do dia, algo que eu não esperava. Por isso, a primeira coisa que veio na minha cabeça foi um bandido dentro de casa. O que eu faria?
Respirei fundo e decidi ver se a porta estava aberta: girei a maçaneta e nem precisei de força para empurrá-la, a porta estava apenas encostada. Meu instinto foi pedir ajuda ao vizinho, mas me lembrei de que ele havia acabado de sair.
Meu coração já batia com força e, entre as opções entrar ou sair correndo pedindo ajuda na rua, eu escolhi a alternativa que parecia mais sensata: sair correndo na rua como uma louca que mal fala português.
Pouco antes de eu me virar para descer as escadas novamente, a porta se abriu por inteiro e eu o vi: parado, com uma regata simples demais para quem ele era, com o cabelo perfeito em um topete, com as tatuagens marcando a pele exposta, com a barba começando a nascer e com os olhos que sempre me diziam tudo o que sua boca não era capaz.
— Oi — assegurou.
— O que...? — eu não conseguia entender o que estava acontecendo ali.
Não conseguia processar a presença de Zayn em meu apartamento. No Brasil.
— Eu não quis te assustar.
— Você está... Você... Aqui? — pisquei com força para ter certeza de que era realmente ele e não minha cabeça me pregando uma peça.
— Pensei que você soubesse.
Zayn está aqui” minha cabeça repetia e quando processei essa informação por completo, fui tomada por uma onda de emoções. A confusão me deixou perdida. O que eu deveria sentir? O que eu não deveria sentir?
Soubesse? O quê? — disse com sarcasmo — Que depois de tanto tempo você ia aparecer do nada na minha frente, no Brasil, como se tivesse vindo só pra um chá?
— O seu bom e velho tom — ele captou — O One Direction está em turnê pela América do Sul — explicou em seguida.
— Isso ainda não diz muita coisa sobre você ter arrombado meu apartamento.
— Eu não arrombei. Você guarda a chave extra dentro do vaso de flores que está à esquerda da sua porta. O mesmo lugar de quando você morava na Inglaterra.
— Ótimo! Preciso eu pensar em um esconderijo melhor então — resmunguei.
— Não vai entrar? — ele perguntou.
Revirei os olhos e passei através da porta. Joguei a bolsa sobre a mesa como costumava fazer e percebi que o ventilador já estava ligado. Era isso que estava fazendo barulho então.
— Você está aqui há muito tempo?
— Cheguei faz uns minutos.
— Alguém te viu?
— O que você acha?
Pensei por um momento: se alguém o tivesse visto, teriam pelo menos dúzias de paparazzi e milhares de fãs ali.
— Então, Zayn, não é todo o dia que meu ex-namorado-astro-do-pop aparece no meu apartamento de surpresa. O que você está fazendo aqui? — sentei-me na poltrona roxa da sala e encarei-o.
— Queria ver se você estava bem.
— Existe uma coisa no mundo moderno, bem avançada, que se chama celular. — disse e ele riu.
— Eu disse que queria ver se você estava bem, e não falar com você pelo telefone.
Douché ! — disse enquanto o via sentar no sofá.
— Você sumiu — ele disse um pouco mais sério — Quero dizer, sumiu mesmo. Eu não sabia nem se você ainda estava viva. Então quando me disseram que você estava no Brasil eu tentei descobrir onde você morava e aqui estou eu.
— Hm — foi tudo o que disse.
, eu fico feliz em saber que você conseguiu recomeçar em um lugar novo. Mesmo que seja tão longe.
Olhei para o chão.
— Estava na hora, não é... — soltei.
— Quando você veio para cá? — ele tentou puxar assunto.
— Acho que os seus informantes já devem ter descoberto isso pra você. Assim como descobriram a cidade, rua, e número do apartamento em que eu moro.
Douché ! — ele me imitou.
Eu o encarei e ele retribuiu meu olhar. O silêncio pairou sobre nós e eu me senti incomodada. Ele não devia ter ido até ali, não devia mexer em algo que, apenas agora, eu estava me acostumando a deixar.
— De verdade, Zayn, o que você quer?
— Eu já disse, só queria te ver — ele passou a mão atrás da nuca e eu reparei em um detalhe importante: a pulseira.
Aquilo mudou o modo com que eu enxergava a situação. Fiquei surpresa por ele ainda usar a pulseira. Tudo bem, ele poderia ter colocado só para que eu a visse, mas ele ainda a tinha. Zayn guardou a pulseira durante todo esse tempo e só podia significar uma coisa: ele nunca deixou de me amar.
Todo meu barulho interno se aquietou.

...


08/05/2014

— Podem a deixar entrar — ele anunciou.
— É, pelo menos não tem como eu invadir o seu quarto — brinquei e adentrei o local.
Avaliei toda a extensão do lugar, aquele quarto de hotel era enorme e com certeza jogava meu apartamento amado no chão.
— Fico feliz que tenha vindo, mesmo sendo tão tarde. Você sabe, o show... — admitiu.
— Eu imaginei — dei de ombros — Imaginei também que o pessoal que cuida da sua imagem não vai gostar muito de saber que estou aqui.
— Eu já sou bem grandinho agora.
— Da mesma forma que já é noivo — apontei para o anel em seu dedo — o brilho da sua aliança não deixa esse fato me escapar.
— Garanto que essa pulseira também não deixa escapar o fato de que eu ainda te amo.
— E de que adianta? Não é comigo que você vai casar.
— Onde está a sua pulseira? — ele quis saber.
Levantei o pulso, mas não havia nada ali. Não mais.
— E isso significa que...
— Não — respondi rápido demais, sabendo que ele ia perguntar se eu não o amava mais —, isso nunca vai acontecer.
— Então por que você a tirou? — chegou perto de mim e pude perceber que ele parecia chateado — Era a única coisa que ainda nos mantinha ligados. Você sabe que significa muito. É quase como quebrar uma promessa.
— Você quebrou bem mais do que isso, Zayn, você quebrou meu coração! — afirmei.
Ele realmente estava chateado por eu ter tirado a pulseira? Ele não tinha o direito de se sentir chateado, a única pessoa que tinha esse direito ali era eu.
— Você fez meu coração ficar em milhões de pedaços e, agora que eu comecei a juntá-los, você decide reaparecer. E eu tenho certeza de que não foi para me ajudar a repor os pedaços que faltam.
— Eu já pedi desculpa inúmeras vezes, você sempre recusa — ele deu duros passos em minha direção.
— Talvez seja porque desculpas não bastam. Talvez porque eu estava esperando o dia em que você me procuraria e, ao invés de pedir desculpas, pediria para voltar. E, talvez, eu tenha arrancado àquela maldita pulseira no dia em que percebi que isso nunca ia acontecer!
O mundo parou por um momento, enquanto nossos olhos estavam fixos um no outro, a distância entre nossos corpos era mínima e eu podia sentir o desejo emanando do corpo de Zayn. Ambos estávamos com sentimentos à flor da pele e a respiração pesada. Foi então que, em um piscar de olhos, tudo o que tentávamos enterrar no lugar mais fundo e escuro de nosso consciente explodiu. A nossa conexão ainda estava ali, ainda podíamos nos entender sem precisar de palavras para isso e foi assim que percebemos o que estava prestes a acontecer.
Zayn e eu nos redemos um ao outro pela última vez.
Em poucos minutos já estávamos deitados na cama, tirando as roupas um do outro, nos entregando a um desejo que se acumulou como camadas ao passar dos anos. Os beijos pareciam os mesmos e ao mesmo tempo carregavam tantos novos significados: saudade, angústia, culpa, medo e, acima de tudo, Amor com A maiúsculo, porque mesmo depois de ter sido sufocado, foi também amadurecido.
O que sentimos naquela noite foi indescritível. Mas com sabor de despedida.







Epílogo


Eu olhei para Zayn, deitado ao meu lado, sem roupa e respirando levemente em um sono profundo. Ele era realmente lindo e eu sabia que ainda o amava, sempre soubera disso, era a única coisa da qual tinha certeza absoluta em minha vida. E por isso eu sabia o que tinha que fazer. Era o certo.
Desvencilhei-me de seu corpo com cuidado para não acordá-lo e fui até minha bolsa. Peguei todas as cartas que havia escrito para ele, e com um bloco de folhas e uma caneta que sempre carregava na bolsa, eu escrevi a última.
Deixei as cartas onde antes estava deitada, a que havia acabado de escrever eu coloquei aberta e com a minha pulseira em cima.
Vesti-me e saí do quarto sem olhar para trás.

Aquele foi o fim. Não do amor, porque esse jamais acabará, mas da minha prisão interna. Libertei Zayn e me libertei. Ambos poderíamos agora trilhar seus caminhos em paz. Ele estava com ela, ela não era eu e nunca seria, contudo não havia mais mágoas ou ressentimentos. Não havia mais motivos para prender-nos a algo que apenas nos fazia mal. Ambos fizemos escolhas e era hora de encará-las de cabeça erguida.
O passado era só isso: passado.


She's not me. And she'll never be.





Fim!



Nota da autora: Sem nota.



Nota da Beta: Mulher, que história mais triste, deu para sentir as emoções dela, os sentimentos , enfim deu para vivenciar o quanto ela sofria. Muito triste esse final, mas já o esperava! Parabéns pela fanfic, Nataly*!
*Tenho que frisar seu nome, porque é muito raro hahaha!




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