Capítulo Único
— “My morning sun is the drug that brings me near…”
null cantarolava enquanto finaliza o caminho já tão conhecido por seus pés. Ela retirou os fones de ouvido e jogou fora a bituca de cigarro que tragava quando se depara com o homem grande, de aparência imponente, mas extremamente simpático. Ele era um dos seguranças que ficava na guarita do Estúdio.
— Hola, Diego! – Cumprimentou o porteiro do dia em espanhol.
— Hola, null! – O homem olhou em seu relógio de pulso. – Está tarde.
— Dia agitado, sabe como é. – Ela colocou uma bala de goma mentolada na boca. – Ele ainda está aí?
— Ele não sai enquanto você não chega, niña!
null sorriu, agradecendo ao rapaz por abrir a porta de ferro, deixando-a passar. Ela percorreu o caminho até a última sala ocupada. Suga, mesmo sendo um reclamão que não gostava de sair de casa, quase sempre era o primeiro a chegar e o último a sair. null arrumou a bolsa no ombro, suspirou fundo e, sem bater, adentrou a sala.
Suga levantou os olhos do computador, uma expressão séria no rosto, pronto para pelejar com quem tinha entrado em seu estúdio sem autorização. Mas, assim que viu null, ele relaxou e acenou com a cabeça. Ele estava com fones de ouvido no pescoço, um moletom preto e uma feição cansada.
— Está tarde. – Comentou, mas ela não respondeu. Apenas tirou a bolsa do ombro e apoiou no suporte atrás da porta. – Vem aqui. – Ele deu um tapinha na própria coxa, indicando para null sentar-se em seu colo. Ela hesitou um pouco antes de obedecer, sentando-se em uma coxa dele. Ele passou um braço em volta de sua cintura para firmá-la, sua mão espalmada contra seu quadril. – Que cara é essa? – Novamente, ele não obtém resposta, apenas uma feição dura o encarando de volta. – Você está me ignorando?
— Você deveria parar de fazer besteira se não quiser que eu o ignore.
— O que eu fiz? – Questionou, tenso. Mas, no fundo, ele sabia muito bem o motivo da irritação de null.
— Não se faça de bobo. – E ela o conhecia bem o suficiente para saber que ele apenas estava se fazendo de bobo e sabia bem o motivo de sua ira. – Eu deixei um cara carregar minha bolsa e você surtou! – Ela tentou se levantar, mas ele a segurou no lugar.
– Calma. Senta. – Ordenou. O homem respirou pesadamente pelo nariz, tentando controlar suas emoções. – Você sabe que eu odeio quando outros caras tocam em você, mesmo que seja inocente.
— Ele nem me tocou! Estava tentando me ajudar a chegar no seu carro sem que eu deixasse cair as três pastas e dois livros que eu carregava. Já que você não se disponibilizou…
– Eu não podia sair do carro! Estávamos no meio do estacionamento aberto, tinham muitas pessoas sentadas lá.
Ah, é. As pessoas iriam ver um idol carregando a bolsa de uma acadêmica da Seoul National University e isso seria um escândalo mundial.
Sem ironias, seria mesmo.
null mordeu os lábios, tentando não criar uma cena sobre aquilo. Não era a primeira vez que Suga priorizava sua privacidade acima de tudo (inclusive, dela) e, no início, ela admirava aquilo. Mas agora, era um tanto quanto incômodo o fato de que seu namorado não saiu do carro para carregar seus livros.
Ao invés de falar que aquilo a incomodava, ela se limitou a baixar a cabeça e concordar.
— Eu sei, eu sei… só… me prometa uma coisa.
— O que? – Ele passou a mão pelo cabelo, parecendo frustrado.
— Chega de ciúmes infundados.
Suga ergueu uma sobrancelha, um sorriso brincando em seus lábios. Ele apertou a coxa dela lentamente, sorrindo de lado.
— E se eu não puder evitar? Pensar em você com outra pessoa me deixa louco.
— Não é problema meu. – A indelicadeza e rispidez de null o fez rir. – Então...?
Suga a conhecia bem. Durante os seis meses que estiveram juntos, ele havia se especializado em null e em seus trejeitos. Ele queria beijá-la desde que a mulher entrou na sala, mas sabia que ela estava irredutível, que não conseguiria sequer encostar em seus lábios enquanto não fizesse o que ela queria. Ele não costumava se comprometer nem ceder facilmente, mas era null.
null e seus olhos pequenos e ferozes. null e seus lábios desenhados. null e seus peitos voluptuosos.
— Tudo bem. – Sem ver outra saída, concordou, entre dentes. – Sem ciúmes infundados. Mas, se eu pegar você encorajando outros caras...
Ela interrompeu a reclamação dele, colidindo com os lábios contra os dele. Ele arfou, surpreso, mas a beijou de volta com fervor. A mão dele imediatamente buscou contato com sua pele e deslizou por baixo da blusa dela, tocando-a gentilmente.
— Não encoraje outros caras, null. – Ele murmurou contra os lábios dela, sentindo o gosto de cigarro e menta, tão característico dela.
— Eu gosto de flertar, lindo. Foi assim que você se apaixonou por mim, não foi? – Ela inclinou a cabeça, beijando seu pescoço gentilmente.
— Flertar é uma coisa, – Ele rosnou suavemente, seus dedos cravando em sua coxa. – mas você sabe exatamente o que está fazendo. A verdade é que você só está tentando me deixar louco de propósito.
Ela sorriu ao vê-lo inclinar a cabeça para o lado, dando a ela melhor acesso ao pescoço dele. Como era fácil o ter entregue a ela.
— Shhh… – Ela passou a língua pela linha de seu pescoço, sentindo o gosto do perfume forte e marcante dele. A respiração dele falhou, os braços a apertaram e, simples assim, ele esqueceu que existia um mundo lá fora.
— Mas, tudo bem, flerte o quanto quiser. Só não espere que eu fique calmo se for longe demais. – Sussurrou, roucamente.
— Eu estava pensando... Você já não trabalhou o suficiente hoje?
— Hmmm. – Ele desvia o olhar para o relógio, a expressão dele suaviza um pouco, um toque de vulnerabilidade em seus olhos. – É, acho que sim. Estou meio cansado. Vamos para minha casa? – Ela assentiu, dando um selinho rápido e saindo de seu colo.
Enquanto o veículo percorria as ruas movimentadas da cidade, a capital coreana começava a ganhar vida sob a luz da noite.. A paisagem noturna de Seul se estendia em frente aos seus olhos. As ruas se tornam um panorama de trânsito agitado, com veículos passando velozmente enquanto as luzes dos faróis se misturam numa mancha colorida refletida pelo vidro da janela. Há uma sensação constante de atividade, enquanto os veículos de todas as direções passam sem descansar um segundo.
Enquanto Suga dirigia até sua casa, ele mantém uma mão na coxa de sua namorada, que cantarola distraidamente alguma música antiga do que parecia ser dos anos 80. Ao analisar o perfil de null rapidamente, seu pensamento vai – novamente – para o cara andando ao lado dela enquanto carregava suas pastas e livros.
Suga sempre foi um homem ciumento, mas com null era diferente. Ele se recriminava e quase sempre falava para sua terapeuta sobre os ciúmes quase possessivo que tinha da mulher.
Ele sabia que era uma cara exigente, então em sua cabeça, a lógica era simples. Se ele, que sempre fora o mais rigoroso acerca de suas namoradas, havia escolhido e se apaixonado por null, quem era o louco que não iria cair por ela também?
— E se…– Ela o olhou, curiosa. – A gente determinar algumas regrinhas. Tipo, sem flertar com outros caras, a não ser que eu esteja presente e sem toques físicos.
— Amor, – Ela tocou em sua mão, que apertava sua coxa. Suga ainda sentia seu coração pular quando ela o chamava pelo apelido carinhoso. – eu flerto inocentemente. Você acha mesmo que eu sinto prazer com outras pessoas que não seja você?
— Eu confio em você, baby. Eu confio. – Ele responde, entrelaçando os dedos com os dela, levando a mão aos lábios. – Mas... as pessoas têm ideias. E eu não quero que ninguém confunda sua simpatia com algo mais. Quanto ao toque…
— Não se preocupe. Você é o único que me toca. – Assegurou.
— Ótimo. Eu gosto de ser o único que pode te tocar. E quanto ao flerte... inocente ou não, ainda me deixa com ciúmes.
— Bem, sendo totalmente honesta, eu também sinto ciúmes, especialmente quando você está no palco, aquelas garotas continuam tentando te tocar… ou naquelas festas que você sempre vai sem mim e volta cheio de histórias duvidosas. – Ela aproveitou para instigar e cutucá-lo acerca de uns dos motivos que já tinham se desentendido antes.
— Somos dois malucos enciumados. – Os dois riem levemente, olhando-se. – Bom, se você tem ciúme das fãs, então é justo que eu tenha ciúmes de todo cara que olha para você.
— Nós temos problemas de confiança? Devemos aumentar as sessões de terapia para duas vezes na semana? – Ela gargalhou, jogando a cabeça para trás, ao ouvir a sugestão dele.
— Talvez um pouco, sim. – Ele estacionou o carro na garagem e se virou para ela, com uma expressão pensativa. – Mas, isso é só porque nós dois nos importamos muito um com o outro.
Ele desabotoou o cinto de segurança da mulher e a puxou para mais perto. Ele a beijou lentamente. Sentindo que ele estava se empolgando com o beijo mais do que o previsto, null se afastou, dando-lhe alguns selinhos.
— Hmmm. Espere. Tenho uma surpresa. Fique na sala de estar por um tempo e eu volto em um segundo. Deixei comida no balcão!
Ele assistiu sorrindo a null sair do carro, quase correndo. Ele senta no chão da sala de estar, cruzando as pernas e tentando ser paciente. Pega o telefone em seu bolso e começa a navegar pelas redes sociais, ocasionalmente comendo um pouco da comida espalhada diante dele.
— Amor, vem! – A voz de null o desperta da letargia do feed do Instagram.
Ele se levanta e caminha em direção ao banheiro amplo. Seus olhos imediatamente disparam em direção a ela, que usava um robe de seda, amarrado frouxamente na cintura. Ele engoliu em seco, seus olhos percorrendo suas curvas.
— Eu planejei isso antes da sua crise de ciúmes, enquanto você estava ocupado ficando bravo e eu ocupada ignorando você. – O olhar de Suga percorreu o ambiente, a banheira cheia de espumas densas, as velas tremeluzentes e a bandeja com uma garrafa de uísque e dois copos ao lado. – Você tem trabalhado tanto ultimamente, então…
— Você... você fez tudo isso por mim? – Questionou, a voz rouca de emoção. – Mesmo quando eu estava sendo um idiota antes...
— E então? – null apertou os lábios, ansiosa pela reação do rapaz.
— Me desculpe, null. Eu fui um idiota. E você é incrível por fazer tudo isso por mim. – Ele estendeu a mão e gentilmente empurrou a porta do banheiro com o pé, puxando-a para seus braços. – Obrigada, amor. Obrigada por ainda me querer, mesmo quando estou com ciúmes e sendo possessivo além da conta.
null se esticou, ficando na ponta dos pés e passou os braços em volta do pescoço dele. Suga a envolveu com um braço, seu corpo se enrolando ao redor do seu de forma terna. Ele pressionou um beijo suave em sua testa, sua mão ainda traçando círculos lentos em sua pele.
— Venha aqui. Você pode descansar na banheira e depois jantar. – Ela propôs, puxando-o pela mão.
Ele assentiu ansiosamente, rapidamente se despindo e entrando na banheira. Ele se inclinou para trás com um suspiro satisfeito, esticando as pernas e sentindo um relaxamento que não tinha muito a ver com o ambiente e, sim, com null. O cheiro de morango impregna o ar e a visão de null em pé, olhando-o amorosamente, deixa tudo ainda mais inacreditável.
— Isto é o paraíso. – Ele sorriu, encarando-a com olhos cheios de gratidão e amor.
null senta em um banco do lado de fora da banheira, passando a mão pelo cabelo sedoso dele. Os olhos dele percorreram as feições dele. A plenitude dos seus lábios, a maneira como os cílios dele tremulam quando ele pisca. Ela passa a mão pelo cabelo dele, seu toque suave e reconfortante suavemente em seu couro cabeludo. Ela pressiona um beijo suave na testa de Suga, os lábios dela demorando um pouco mais do que o necessário. Ela não se cansava de senti-lo, de estar perto.
Suga fechou os olhos, sentindo todo o carinho que lhe estava sendo dado. Ele não era o maior fã de contato físico, mas clamava e estimava pelo toque atencioso e sempre carinhoso de null. À medida que a sensação de satisfação e felicidade se apoderava dele, um toque de preocupação e ansiedade começava a se insinuar em sua mente. A felicidade era um estado frágil, ele sabia, e parecia quase impossível apreciar o momento presente sem a sombra da dúvida pairando em sua mente.
– Posso perguntar uma coisa?
— Claro. O que é?
— Você terminaria comigo, se as coisas ficassem realmente difíceis? – Murmurou, olhando nos olhos dela. – Tipo, se eu me tornasse muito controlador, ou se a fama se tornasse demais, ou se... se eu te machucasse de alguma forma.
null prendeu a respiração, hesitando e tentando fugir dos olhos que procuravam os dela. Seu coração disparou em seu peito, sua mente acelerada com medos e inseguranças. Ela também buscava por aquela resposta, porém, ela ainda não havia encontrado.
— Provavelmente seria desesperadamente triste para mim, mas... Eu aceitaria. – Ela se levantou, tirando o roupão e entrando na banheira. – Você precisa saber que eu não dou a mínima para o mundo lá fora. Você não é o Suga para mim. Você é meu Yoongi, o cara que gaguejou quando foi perguntar meu nome há um ano. O cara que apareceu com flores no nosso primeiro encontro de verdade. O cara que já foi até meu chefe! – Eles riram juntos, encostando suas testas. – Eu amo você e isso é tudo que importa. Mesmo que você perca a cabeça algum dia e dê um soco nos meus amigos.
Aquela era a única certeza que null tinha acerca de toda aquela bagunça deles.
O amava, profundamente.
— Eu prometo, nunca vou socar seus amigos homens. A menos que eles mereçam, é claro! – Ele soltou uma risada, seu corpo tremendo de emoção e diversão. – Eu amo você, null. Amo tanto que sinto medo de te machucar, de me tornar alguém que você não suporta. Promete que não importa o que aconteça, não importa o quão difícil as coisas fiquem... você vai falar comigo.
null sorriu de lado e assentiu com a cabeça, mas não prometeu, porque havia muitas coisas a incomodando sobre eles. Mas, explanar seus incômodos, significava que ela iria perdê-lo, então ela ficou em silêncio.
Novamente.
Ele gesticulou para que ela se sentasse ao lado dele na banheira, a água morna e sua presença o fazendo se sentir incrivelmente relaxado. Ele envolveu um braço em volta da cintura dela, puxando-a para perto.
— Ótimo. Agora… – Ele sorriu maliciosamente, suas mãos deslizando pela cintura dela até chegar em seu quadril. – Vire-se. Eu quero lavar seu cabelo. – Diz, sua voz baixa e autoritária.
De olhos fechados, null aproveita a sensação dos dedos longos de Suga brincando com seu cabelo molhado. Ele derrama suavemente a água morna sobre seu cabelo, seus dedos massageando couro cabeludo.
— Você é tão linda. – Sussurrou, pressionando os lábios em sua bochecha.
Ele repetiu o processo com o condicionador, seu toque sempre gentil e amoroso. Quando terminou, ele a ajudou a ficar em pé sob a água morna. Depois que se envolveram em uma toalha quente, voltaram para o quarto dele. Eles trocaram carícias enquanto trocavam a toalha por um roupão e Suga cantarolava suavemente enquanto escovava os cabelos medianos de null.
O som suave que escapava de seus lábios, o calor dos corpos entrelaçados e os goles ocasionais de uísque compunham um ambiente tranquilo, funcionando quase como uma sessão terapêutica compartilhada.
Enquanto desembaraçava os nós do cabelo dela, Suga massageava seu couro cabeludo com as pontas dos dedos. Com o cabelo de null desembaraçado (de alguma forma, ele havia aprendido a lidar com os fios ondulados dela), ele deixou a escova de lado e pegou a loção hidratante, espalhando pelos ombros dela.
— Você é quem deveria ser mimado esta noite, amor. – Ela reclamou, com uma voz fininha.
— Meu bebê também merece ser mimado. – Murmura, fazendo um biquinho e utilizando uma voz afetada que só ela sabia da existência.
— Ah! – Ela arfa, virando seu corpo de frente para ele, pulando em seu colo. – Você fez a voz de bebê! Eu amo quando você faz a voz de bebê!
Suga revira os olhos, tentando conter seu sorriso. Era vergonhoso como null conseguia tudo o que queria dele.
Ela gargalhou, entrelaçando suas pernas em volta da cintura dele. Em um movimento rápido, Suga capturou os lábios dela. Sua mão agarrou seu cabelo com tanta força que ela gemeu contra sua boca, correspondendo ao beijo da mesma forma.
Ele escorregou a mão para sua bunda por debaixo do roupão. Ela gemeu contra seus lábios, seus braços a envolvendo firmemente enquanto ele aprofundava o beijo. Suas línguas deslizam uma contra a outra em uma dança lenta e sensual, que ambos já estavam familiarizados.
Ele a beijava apaixonadamente, seu toque se tornando mais urgente conforme ele senti o quadril dela se movimentando em cima dele. Ele suspirou, enterrando o rosto na curva do pescoço de null e leva a mão até sua boceta molhada e ele imediatamente inseriu os dois dedos dentro dela, sentindo o calor apertado envolvendo seus dedos.
— Porra... – Ela ofegou, sua respiração quente contra os lábios dele.
— Tão apertada... – Ele suspirou, começando a movimentar seus dedos para dentro e para fora dela.
Sentando-se na borda da cama, com ela em seu colo, a beijando apaixonadamente, seu toque se tornou mais urgente quando ele a sentiu gemendo baixinho contra os lábios dele. Encorajado, ele continuou a acariciar as curvas de null com uma mão, enquanto usava a outra para deixá-la ainda mais desnorteada.
Ele soltou um gemido baixo quando null envolveu seu pescoço com uma mão, apertando um pouco. Suga virou seus corpos, deitando-a na cama, sua língua em um ataque selvagem contra o corpo quente de null.
— Eu amo você, null. Não consigo parar de dizer isso. – Ele beijou e mordeu seu pescoço, fazendo-a arfar com a declaração e os beijos lânguidos e fortes em sua pele. – Sem brincadeiras hoje. – Ele se posiciona entre suas pernas, seus olhos escurecidos fixos nos olhos pequenos de null.
null enterrou o rosto em seu pescoço ao sentir seu pau entrando nela com força e precisão, seus dentes afundando a carne do ombro dele. Os braços dele a seguraram no lugar enquanto ele se enfiava nela mais e mais rápido. Os sons dos corpos molhados se encontrando preencheram o quarto, junto com seus gemidos e grunhidos.
Com um rosnado alto, Suga segurou a cintura de null contra o colchão com uma mão e com a outra ele abriu suas pernas ainda mais e continuou investindo contra ela, fazendo-a gemer alto e ávida. Os próprios quadris de null se levantam para encontrar seu corpo descendente, criando um ritmo rápido e forte, que deixava ambos alucinados.
O som dos corpos chocando ecoou pelo quarto e se uniu ao grunhido alto de Suga. Sabendo que estava próximo de gozar, ele tirou o pau de dentro dela e gozou na barriga da mulher, caindo em cima dela, seu peito arfando com o esforço enquanto ele tentava recuperar o fôlego.
— Amor, eu não... eu não... – Com a respiração entrecortada, ele observa quando null desce a mão entre as próprias pernas. – Eu ainda não.
Ele olhou para baixo, notando a mão dela entre as pernas, um dedinho sinuoso querendo adentrar a si mesma. Ele pressionou beijos suaves em seu pescoço e ombro e com um sorriso suave, ele removeu a mão dela gentilmente e começou a esfregar seu dedo no clitóris sensível, fazendo círculos lentos e suaves. Ele a beijou lentamente, enfiando a língua em sua boca do jeito que sabia que ela gostava de ser beijada.
Suga sentia-se arrebatada de maneira colossal quando null sorria e gemia ao mesmo tempo, sem desencostar os lábios dos dele.
Seu toque gentil continuava a trabalhar na boceta pulsante de sua namorada quando ele a sentiu relaxar, gemendo deliciosamente enquanto abria suas pernas ainda mais para Suga. Ele beijou seu pescoço, seus dedos lentamente empurrando dentro dela enquanto seu polegar continuava a trabalhar em seu clítoris sensível.
— Amor… – Ela sussurrou, sua voz baixa e suave. null apertava os olhos da mesma forma que apertava as mãos contra seu ombro. – Mais...
Suga riu baixinho, atendendo ao pedido dela e adicionando um terceiro dedo. Ela arfou, cravando suas unhas nas costas do rapaz, enquanto rebolava sobre a mão dele.
— Assim?
Ele abriu mais as pernas dela, seus olhos fixos na expressão sôfrega da mulher deitada ao seu lado. Ele introduziu seus dedos para dentro e para fora dela, o polegar ainda fazendo movimento circulares em seu clitóris, sua outra mão segurando seu quadril para mantê-la parada enquanto ele a dedilhava implacavelmente.
null gemeu alto, movendo seus quadris intensamente. Ele enterrou o rosto contra o pescoço de null enquanto bombeava três dedos no fundo da intimidade da mulher. null não conseguia controlar seus próprios movimentos. Não demorou muito para que seu corpo convulsionasse enquanto ela sentia a força de seu gozo, sempre tão intenso.
Ele beijou o pescoço dela enquanto lentamente retirava seus dedos molhados de dentro dela e a levando aos lábios. Suga sorriu, lambendo os próprios dedos enquanto a encarava de maneira estimulante.
— Boa garota…
null quase pediu para que ele voltasse a dedá-la naquele mesmo instante.
— Você comeu? Eu posso fazer algo para você. – null questionou, atenciosa.
— Nah, eu não comi nada ainda. Eu estava esperando por você. – Suga colocou um braço sob os ombros dela enquanto caminhavam juntos para a cozinha. – O que vai fazer para mim?
— Sua geladeira está cheia? – Ele negou com a cabeça.
— Eu não tive tempo para fazer compras no mercado, nem de pedir para alguém fazer.
— Tem lámen.
Ela informou após uma breve busca nos armários embutidos na cozinha. Ele a observava atentamente, seus olhos grudados em seu corpo coberto apenas pela calcinha preta enquanto ela colocava um dos cigarros perdidos entre os lábios e foi até o fogão, acendendo-o. Ele sorriu ladino afetadamente vendo null se curvando sobre o fogão para acender o cigarro, protagonizando uma cena digna de um filme francês.
Suga costumava ter alguns cigarros espalhados pela casa e o hábito se intensificou depois que null passou a frequentar o lugar com assiduidade.
– Você falou com os meninos hoje?
— Sim, – Ele dá uma longa tragada em seu próprio cigarro antes de responder: – Nós tivemos um bate-papo em grupo mais cedo. Jin está me incomodando com a miniturnê, mas eu lido com ele mais tarde.
– A de seis meses? – null hesitou em perguntar. Estava tentando ignorar – até não poder mais – que ficaria sem ver seu namorado durante seis meses enquanto ele viajava pela Europa.
– Sim. Ele está todo desorganizado e está tentando me desorganizar também para não ser o único que não está preparado. Fora o fato de terem viajado para o litoral na semana passada.
— Tae me mandou um vídeo da última viagem deles. Pareceu divertido. – Suga sorriu, encostado no balcão e cruzando os braços sobre o peito.
— Ah, é? Foi aquele em que eles foram andar de jet ski? Jungkook caiu e quase quebrou o pescoço. — Ele riu, seus olhos enrugando ao sorrir.
– Esse mesmo.
Enquanto se lembrava do vídeo, a visão do sorriso encantador de Suga foi o que realmente iluminou o rosto de null, deixando-a mais entretida pela expressão dele do que pela lembrança do vídeo em si.
— Esses caras… Sempre se metendo em problemas. – Ele refletiu por um segundo, analisando a feição concentrada de null lendo a embalagem do produto em suas mãos. – Você deveria vir conosco da próxima vez.
— Sequer podemos ir ao cinema juntos. Imagina fazer uma viagem…
O gosto do cigarro que dominava suas bocas pareceu ter se tornado muito mais amargo do que antes.
— Eu sei, eu sei... Mas, um cara pode sonhar, não pode?
“Sonhar… Ele não está nem disposto a fazer acontecer de verdade. Ele sequer se esforça para mudar algo”, null pensou e sentiu vontade de bufar, mas tragou o cigarro novamente para esconder a vontade de responder de maneira torta. Qualquer assunto acerca do relacionamento peculiar deles sempre a deixava triste. Tentou se manter neutra e mudou de assunto:
— Você pode me dar o sal, por favor?
Ele se endireitou, pegando o saleiro, entregando a ela. Ele a observou enquanto ela cozinhava, seus olhos admirando suas curvas e pensando que poderia ser perigoso ficar tão próxima do fogão com os peitos expostos.
Ao perceber a rigidez no corpo de sua namorada, o suspiro de Suga escapou dos lábios dele, uma reação inconsciente ao sentir a tensão que a envolvia. Ele já tinha notado que null sempre ficava na defensiva quando falavam sobre planos futuros e, inevitavelmente, públicos.
— Às vezes, eu queria que pudéssemos esquecer todas as regras e sermos normais, sabe? – Frustrado, ele tentou provocá-la, fazendo pequenas provocações em uma tentativa de fazê-la falar, que não funcionou. – Como um casal normal que pode ir ao cinema e dar as mãos em público.
Mas, isso só gerou um grande desconforto em null, que largou os talheres dentro da panela e desligou o fogão, virando-se para ele.
— Posso perguntar uma coisa? Seja honesto. – Ele assentiu, sua expressão ficando séria e receosa ao notar o tom de voz impaciente de null. – Você tem vontade de me assumir algum dia? Eu sei que agora é complicado, mas... Você acha que algum dia seremos capazes de andar de mãos dadas nas ruas?
Um breve momento de alarme percorreu seu corpo enquanto seus pensamentos se desenrolavam rapidamente, ele tentou disfarçar o desconforto engolindo em seco.
— Eu espero que sim. – Ele se aproximou, apoiando as mãos na cintura dela e acariciando seu rosto. – Mas… agora, ainda é muito perigoso. Há muitas pessoas que me reconheceriam e fariam uma cena. Mas, algum dia, talvez. Algum dia, quando toda essa confusão acabar, eu prometo que vou te levar para um encontro de verdade. Por enquanto, temos que nos contentar com momentos roubados e encontros secretos. Vamos só… aproveitar esse tempo juntos. – Ele sentiu seu coração pesado a cada palavra que falava, mas empurrou os pensamentos de lado e se concentrou no presente, envolvendo seus braços em volta dela com força. – Vamos fazer algumas memórias, null. Só nós dois.
Memórias.
null não queria memórias, queria um futuro. E a cada dia que passava, ela sentia mais incertezas e dúvidas quanto a isso.
Ele sentia o silêncio se estendendo entre eles, pesado com todas as palavras não ditas. Com um suspiro frustrado, ele deu um passo para trás, soltando os braços da cintura dela. A irritação de Suga evoluiu ao ver null virar-lhe as costas, e ele andou até a mesa, sentando-se e assumindo uma expressão mal-humorada.
null não falava. Ela nunca falava nada. Toda vez que iniciavam o assunto, ela ignorava ou, então, virava de costas para ele. Isso o irritava. Ele também não estava satisfeito com aquela incerteza, mas não queria estragar o que tinham no presente pensando em um futuro que ele sequer ligava.
Ela ficou de costas para ele por vários minutos, fingindo que estava preparando a comida, mas na verdade, estava o ignorando. null estava irritada. Não era a resposta que esperava dele, pois essa era a resposta que recebia desde o primeiro dia juntos. Ela queria diferente, queria mais.
Ao constatar que null não daria o braço a torcer – de novo –, Suga pegou o telefone e começou a rolar a tela, com os olhos distantes. Depois de um momento, ele perdeu a paciência.
— Vou sair um pouco. – Informou com sua voz mais baixa dessa vez. Ele se levantou e, sem olhar para trás, caminhou decidido até a porta.
— Agora? Ei! – null se virou, mas a única visão que teve foi de Suga pegando sua jaqueta e saindo pela porta, batendo-a atrás de si. Um momento depois, ela escutou o som de seu carro ligando e saindo em disparada. – Idiota. – Murmurou, chutando o fogão, irritada.
Um turbilhão de frustração dominou a mente de Suga enquanto ele dirigiu imprudentemente pelas ruas iluminadas do centro de Seul até uma loja de conveniência 24 horas, próxima de seu apartamento, onde comprou um maço de cigarros e uma garrafa de soju. Após sair da loja, ele acendeu um cigarro enquanto caminhava para seu carro, a chama iluminando brevemente seu rosto irritado.
Algum tempo passou e o cantor continuou dirigindo sem rumo pela cidade, alternando entre longos goles de soju e tragadas de cigarro. Ele sabia que era imprudente, a qualquer momento poderia ser visto e sua carreira poderia desabar. Mas, se isso acontecesse, então ele poderia, finalmente, andar pelas ruas de mãos dadas com sua namorada, sem precisar se preocupar com pessoas disfarçadas tentando tirar fotos suas para vender por algumas centenas de wons.
No estacionamento vazio, com motor foi desligado, a garrafa de soju vazia e o cigarro apagado, ele permaneceu sentado na completa escuridão, com seus pensamentos sendo dominados por imagens de null, até que o som repentino do celular vibrando no banco do passageiro rompeu sua névoa de embriaguez e letargo.
— Oi.
— Se você não voltar agora, eu vou para casa e você não vai me ver pelo resto da semana.
E desligou. A voz autoritária e inflexível de null quase o fez voltar a ficar sóbrio.
"Garota idiota", ele murmurou para si mesmo, passando a mão pelo cabelo em frustração.
Ele dirigiu de volta para seu complexo e, ao entrar pela porta, viu null sentada no sofá, com os braços cruzados sobre o peito, com uma expressão em seu rosto claramente sinalizando desaprovação. Caminhou até ela, com passos vacilantes.
— Você está brava. – Ele observou, jogando-se no sofá ao lado dela. – Bem, que pena. Estou bêbado. – Ela não respondeu, ainda olhando para frente e de braços cruzados. – Você não precisava me ligar. Eu teria voltado eventualmente. – Ele se inclina contra ela, apoiando a cabeça em seu ombro. – Sinto muito, ok? Eu só precisava de um ar fresco.
Ao vê-la se levantar e se encaminhar para o quarto, ele a observou null se afastando, sua expressão ficando cada vez mais sombria. Inspirou profundamente e se jogou de volta no sofá, ficando sentado ali durante alguns minutos antes de finalmente se levantar e segui-la para dentro do quarto.
— Amor, o que foi? – Ele se aproximou, envolvendo os braços em volta da cintura dela e apoiando o queixo no ombro dela. – Eu disse que sinto muito, ok?
— Você me deixou sozinha! Você saiu no meio da noite e me deixou sozinha na sua própria casa! – Emitiu, enfurecida.
— Porque eu tinha que ir, ok? Eu não podia ficar e lidar com suas merdas naquele momento. Eu precisava de um pouco de espaço, e eu sabia que você ficaria bem sozinha por algumas horas.
— Minhas merdas?! – Sua voz saia mais estridente do que o normal. Ele fechou os olhos, arrependendo-se com a escolha de suas próprias palavras. Irritada, ela empurrou os braços dele e se afastou. – Imbecil. Você que lide com suas próprias merdas, então. Eu vou embora.
— Espera! null!
Jogando um braço sob os olhos, ele gemeu de frustração enquanto assistia null procurar por sua bolsa, sair do quarto e bater à porta da frente momentos depois. Ironicamente, um dos atributos que ele mais admirava em null – sua personalidade –, também o irritava. A personalidade forte e cativante de null era capaz de despertar nele, ao mesmo tempo, admiração e frustração.
Em pouco tempo, ele se levantou, pegou as chaves e saiu pela porta, batendo-a atrás de si. Ao entrar no carro, ele a viu parada no meio-fio, falando ao telefone. Ele hesita, em conflito consigo mesmo, em dúvida se deveria ou não ir embora ou deixá-la ir.
— null. Vamos. – Ordena, com sua mandíbula cerrada, aproximando-se da garota.
— Estou pedindo um táxi. – Respondeu, rispidamente, sem desviar o olhar do aparelho.
— Entre no carro. – Suga era marrento, às vezes, inflexível e obstinado. Mas, null… Céus, null conseguia ser teimosa e birrenta em dobro. – Entre no carro, ou, eu juro por Deus, vou colocar você no meu ombro e carregá-la de volta.
— Me deixe em paz. – Suga agarrou seu braço, puxando-a para perto.
— Você não vai chamar um táxi, e você não vai andar sozinha para casa à noite. Agora entre na porra do carro antes que eu perca a paciência.
– Não! – Em um movimento rápido, ele se agachou, jogando o corpo dela sobre o próprio ombro. – Não! Seu idiota de merda! Me coloque no chão AGORA!
Ele ignorou a luta dela contra suas costas e a carregou para o carro. Com dificuldade, devido a movimentação constante de null, ele abriu a porta do passageiro e a jogou sentada no banco.
— Fique aí. – Ele ordenou, antes de fechar a porta e andar até o lado do motorista. Antes que ele se afastasse, ela saiu do carro, fazendo-o correr atrás dela.
— Você não precisava de um tempo sozinho? Fique sozinho, então! – Ela tentou ir mais longe, mas ele a alcançou e agarrou seu pulso, puxando-a de volta para o carro.
— Você está testando minha paciência agora. – Rosnou, puxando-a pela mão. – Entra nesse carro, antes que eu perca a paciência. Juro que não vou hesitar em carregar sua bunda de volta para dentro de casa e trancar a porta.
— Faça isso e eu juro que vou gritar a plenos pulmões!
— Grite. Ninguém vai ouvir você, e mesmo que ouvissem, provavelmente pensariam que você é uma idiota bêbada fazendo birra. – Ele se inclinou para perto, sussurrando baixo e perigoso: — Agora, entre no carro.
– Me deixa em paz!
A paciência de Suga se esgotou. Irritado, ele a atirou sobre o ombro, novamente, carregando-a de volta para o carro. Depois de jogá-la no banco de trás, ele se inclinou, prendeu-a no assento e olhou diretamente para ela, agarrando seus pulsos com força.
– Apenas cala a boca por um segundo e me escuta. Você não vai voltar para casa sozinha à noite. E eu estou cansado de discutir com você. Então, você tem duas opções. Ou você se acalma e se comporta, e eu te levo para casa. Ou eu vou te levar de volta para dentro e te amarrar na minha cama até você se acalmar. E você sabe que eu sou capaz disso.
– Eu posso ir para casa sozinha. – Resmungou.
– Não, você não pode. Não esta noite, não quando é tarde e você claramente não está pensando direito. Então, opção um: você se acalma e se comporta. Ou opção dois: você passa a noite amarrada na minha cama.
O silêncio entre eles era pesado, carregado de ressentimentos não ditos e palavras que pairavam no ar, prontas para explodir a qualquer instante. O ambiente parecia vibrar com a energia do confronto, suas respirações rápidas e pesadas se entrelaçando em um duelo silencioso.
— Opção um. Eu não quero passar mais nenhum minuto com você.
null escolheu a opção mais segura para ela. Mais um segundo e ela cuspiria na cara dele tudo que queria dizer desde que Suga saiu daquela cozinha a algumas horas atrás.
A expressão dele se tornou ainda mais marcada pelo maxilar travado, mas ele cedeu e soltou os pulsos dela. Suga dirigiu em silêncio, nenhum dos dois se atreveu a ligar o rádio ou trocar alguma palavra.
Novamente, silêncio.
Ele parou em frente ao prédio do apartamento dela, colocando o carro no estacionamento. Ele se virou para encará-la, sua expressão ilegível. Antes que ele pudesse abrir a boca para falar qualquer coisa, null saiu do carro, batendo a porta com força, sem nem olhar para trás. Ele a observou entrar no prédio, sua expressão inalterada. Esperou que ela saísse de sua visão, tendo a certeza de que ela entraria em casa e saiu, suas mãos segurando o volante com força.
"Droga", ele murmurou para si mesmo, sua voz quase inaudível. Voltou a sua casa e, com passos pesados, foi direto para o armário de bebidas e se servindo do resto do uísque que eles tinham saboreado na banheira algumas horas antes. Parecia ainda mais amargo.
Afundado na poltrona, seus olhos se perderam na escuridão da sala, onde as luzes dos prédios eternamente ativos de Seul dançavam como estrelas distantes. Em um murmuro irritado – e inconscientemente – apaixonado, ele grunhiu: "Mulher teimosa do caralho".
Ele ficou sentado lá por um longo tempo, perdido em seus pensamentos. Finalmente, ele colocou a bebida no chão e se levantou, determinado. Pegou seu celular, discando um número que sabia de cor. Na manhã seguinte, Suga acordou cedo. Sua mente passou a noite inteira focada na tarefa em questão. Ele tomou banho e se vestiu rapidamente, buscando pela bolsa de academia repleta de itens que ele e null não usavam com frequência, mas que ambos gostavam. Ele reúne vários itens (corda, uma venda, uma mordaça, um frasco de lubrificante e alguns brinquedos) na bolsa, os coloca no porta-malas de seu carro e vai em direção ao apartamento de null.
Se seus planos dessem certo, a mulher não conseguiria ir trabalhar naquele dia.
Ele estacionou o carro e saiu, puxando o capuz sobre a cabeça para esconder o rosto. Ao chegar no andar de null, ele buscou pela chave reserva presa nos vasinhos de samambaia. Ele se moveu silenciosamente pelo apartamento, deixando a bolsa no batente da porta.
Suga esperou na porta pacientemente, até ouvir o som do chuveiro desligando.
— Bom dia, amor.
Ela parou na porta por um segundo, tentando ter certeza de que ele realmente estava ali e ela não estava consumida pelo sono, e, possivelmente, um sonho.
— O que faz aqui?
— Você vem comigo. E não, você não pode dizer não.
Ele agarrou os pulsos dela, puxando-a para a sala, ignorando os protestos obscenos de null, que gritava um palavrão a cada segundo. Ele a carregou para a sala de estar, ignorando suas lutas e protestos abafados.
— Ei! É assim que você cumprimenta sua namorada?! Babaca! – Ele a encarou, sua expressão inflexível.
— Você vai me ouvir e vai fazer o que eu digo, sem discutir ou revidar. Você entendeu? – Sua voz era calma, porém, autoritária. Ele a fitou, prendendo-a com um olhar intenso e sem piscar.
“Um puta babaca. Um puta babaca gostoso.”, ela pensou.
— O-ok. Primeiro, eu só quero… – null se levantou do sofá, se aproximou, passando o nariz no dele. – Eu senti sua falta, ontem à noite. Você sentiu minha falta?
Suga travou no lugar, descendo o olhar para a toalha branca cobrindo o corpo recém lavado e ainda úmido de null. Ele inalou seu cheiro bruscamente enquanto ela se aninhava contra ele. Sua garganta secou e ele sentiu seu corpo inteiro despertar quando null o fez sentar no sofá e subiu em seu colo, com as pernas dobradas ao lado de seu quadril. A toalha perigosamente frouxa no busto farto. Ele sentiu seu corpo ficando tenso, sentia seus músculos flexionando sob suas roupas e sentia ela.
— E se eu não senti? – Provocou, com uma expressão ilegível.
— Eu vou fazer você lembrar o porquê deveria ter sentido minha falta.
null o beijou, ferozmente. Suga envolveu seus braços ao redor de sua cintura e a beijou de volta, com a mesma paixão.
Havia sentido falta dela, sim. E muito. Quase desesperadamente.
Ela se esfregou contra ele, sentindo sua dureza crescer ainda mais através de seu jeans. Suga arfou entre o beijo desatinado dela, seu coração disparado em seu peito.
— Sai de cima de mim. – Murmura, enterrando seu rosto em seu pescoço e mordiscando sua pele. – Saia... de... cima…
– Amor, – Ela o interrompeu, puxando seu lábio inferior com os dentes. – não lute contra si mesmo. Há uma mulher gostosa, sentada em você, disposta a fazer o que você quiser.
null disse as palavras mágicas. As palavras que quase todo homem sonha em ouvir da pessoa que deseja. Suga se afastou, seus olhos escurecendo de desejo ao ver sua namorada o encarando de forma penetrante. Sabia que ela estava o manipulando e, honestamente, não ligava.
As manipulações de null sempre acabavam sendo uma deliciosa tortura.
— O que eu quiser? – Repete com a voz baixa e rouca. – Você faria qualquer coisa que eu quisesse?
null assistiu com atenção e vontade quando ele começou a abrir o cinto com uma mão levemente trêmula. Ela assentiu, mordendo os lábios. Suga pegou o queixo dela entre os dedos, forçando-a a olhar para ele enquanto ele terminava de desfazer o cinto e abaixar a calça.
— Você é um perigo, null. Gosta disso, não é?
– Aposto que você vai gostar mais.
A respiração de Suga ficou retida na garganta enquanto observava, com um olhar frenético, null se ajoelhar diante dele. Dane-se os planos, dane-se a vingança, a briga, dane-se tudo. null era a mulher mais gostosa que ele conhecia e estava ali, encarando seu pau como se fosse o doce mais delicioso do mundo. Ele estava tão duro que sentia o tecido da cueca boxer incomodá-lo.
– Olhe para mim. – Ela atendeu seu pedido, seus olhos fixos nos dele enquanto ele segurava seu cabelo com força. – Abra a boca. – Ele grunhiu ao vê-la com a boca aberta e a língua levemente para fora, esperando ansiosamente.
Querendo acabar com a angústia de ambos, Suga usou a outra mão para guiar seu pau até os lábios dela, que colocou seu membro em sua boca, fazendo-o gemer alto. O aperto em seu cabelo aumentou enquanto null o sugava com destreza, sua boca quente causando fraqueza em suas pernas, mesmo que ele estivesse sentado. O cantor jogou a cabeça para trás, um gemido baixo escapando de seus lábios enquanto ela o chupava.
— Você quer saber por que você me ama tanto?
— Por quê? – Ele estava muito envolvido na sensação para responder, mas ele assente com a cabeça de qualquer maneira, incitando-a a continuar.
null sorriu contra o pau dele, ao vê-lo tão imerso e distraído. Passou a mão pelos braços dele, colocando-os atrás das costas sem que ele percebesse. Ela posicionou os braços dele em duas algemas presas à estrutura de ferro do encosto e do assento do sofá.
– É porque estou sempre um passo à sua frente.
Suga abriu os olhos, sobressaltado ao ouvir o som de dois cliques, simultaneamente. Ao perceber o que estava acontecendo, ele tentou soltar os braços, mas eles estavam firmemente travados no lugar.
— Sua… – Ele a encarou, aborrecido, mas também excitado e admirado.
null se aproximou, pegou o rosto dele com uma mão, as unhas apertando-o tanto que logo resultou em uma marca vermelha em sua bochecha. O movimento o obrigava a encará-la de perto, seus lábios quase tocando.
— Não ouse me deixar sozinha em casa de novo.
Ele tentou falar, mas estava muito estonteado com a situação. Não entendia como em um minuto tinha null em suas mãos e agora ela o tinha em cativeiro. Sua própria mulher. Sua maravilhosa namorada.
— null, me solta.
— Espero que você não tenha planos para hoje. – null olhou para o relógio na parede e se afastou. – Estou atrasada. Seja um bom menino enquanto estou no trabalho.
Ele a fitou enquanto ela se levantava, ajeitando a toalha que envolvia seu corpo, e seguia para o quarto sem olhar para trás. Ele testou as algemas outra vez, constatando que os braços mal se moviam alguns centímetros.
– Mas, que porra, null?! Você vai me deixar aqui? O dia todo? – Gritou, a voz lotada de frustração.
Ele ouviu o som de saltos batendo no chão de madeira, seguido pela porta da frente abrindo e fechando. Respirou fundo, tentando se acalmar. Não conseguia acreditar que deixou null fazer isso com ele.
Suga passou as horas seguintes se contorcendo e puxando as algemas, que sequer se moviam do lugar, fazendo com que sua frustração crescesse a cada momento. Ele não conseguia esticar as pernas, o que o deixa desconfortável e inquieto. Se arrependeu de ter colocado o celular na bolsa e não no bolso.
Cada segundo no tique do relógio parecia uma eternidade. Conforme as horas passavam, entre sonecas agitadas e divagações, Suga pensou em todas as coisas que poderia estar fazendo se não estivesse preso neste sofá. Odiava estar preso e incomunicável durante o dia inteiro. Ele, com certeza, ouviria uma boa bronca de seus agentes.
Entretanto, toda vez que se remexia e sentia a algema apertar seu pulso, ele via o sorriso de null e sorria também, pensando que era fantástico o quão maluca e parecida com ele, null era. Era excitante e acolhedor que ela tivesse tido a mesma ideia que ele. Ele odiava a situação, mas amava a garota que o colocou nesta situação.
Já era noite quando ele ouviu a porta da frente abrir mais uma vez. Ajustando-se no sofá, seu coração disparou ao ouvir o eco dos saltos dela batendo no chão.
null passou pela porta da sala de estar com um sorriso tranquilo no rosto enquanto olhava para a cena diante dela. Suga ainda estava algemado ao seu sofá, seu cabelo bagunçado e seus olhos pareciam cansados.
– Como foi seu dia, amor? – Questionou, sentindo vontade de rir ao ver a expressão irritada de Suga. – Achei algumas coisas interessantes na minha porta.
O homem engoliu em seco, observando cautelosamente enquanto ela se aproximava. null estava com a bolsa pendurada no ombro. Ele conhecia aquela bolsa e sabia muito bem o que tinha dentro dela.
— Merda. – Sussurrou, se preparando para o que quer que esteja prestes a acontecer. Ele a observava, sentia seu rosto esquentando a cada instrumento que ela tirava da bolsa, olhando-os com curiosidade. – null…
— O que é isso? – Ele engoliu em seco enquanto ela segurava o objeto de aço, um brilho travesso em seus olhos.
— É uma barra de espaçamento. – Ele responde, rispidamente.
— Para espaçar o quê?
Ele hesitou por um momento antes de responder, seu rosto corando de embaraço. Ela ergueu uma sobrancelha, fitando-o curiosamente.
— Pernas. – null olhou para o objeto em suas mãos e sorriu. – Porra. – Ele sussurrou, tentando evitar o olhar dela ao perceber que ela provavelmente iria usar aquilo nele.
— E isso? – Ela retira outro objeto da bolsa.
Suga range os dentes enquanto ela segura a mordaça, com um olhar curioso e quase inocente: — É uma mordaça de bola. É para... calar alguém.
— Oh. Que divertido. – null disse, mas não estava sorrindo, ela o encarava.
Suga e null se encaravam, seus olhares carregavam uma mistura de emoções não expressadas. Suga sentia vontade de gritar, de afirmar que não era um jogo, que não havia vencedores. Mas ao mesmo tempo, ele conhecia a determinação de null, e sabia que ela não recuaria. E, se ela se mantivesse firme, ele também não poderia ceder.
A tensão entre o casal se intensificou, o ar ao redor deles ficou carregado de mágoas, irritações e (principalmente) desejo, criando uma densidade quase palpável. Depois de um momento, ele foi o primeiro a desviar o olhar, encarando os objetos espalhados na mesa de centro, buscando desesperadamente se desviar do conflito iminente.
– Então, o que vai ser? Barra espaçadora? Mordaça de bola? Ambas?
— Está nervoso?
— Não estou nervoso, eu só estou... preparado para qualquer coisa merda que você esteja planejando. Não importa o que você faça comigo, eu… – Suga cerrou os olhos para o objeto que ela está segurando, seus olhos se arregalando quando ele percebe o que é. – Nem fodendo, null. Isso é um chicote, e dói. Tipo, dói muito. E eu não gosto desse tipo de dor. – Ela virou o chicote nas mãos, examinando as cerdas de couro com uma expressão pensativa. – Eu juro por Deus, eu vou... eu vou...
null levanta o olhar, fitando-o com diversão e deboche.
— Você vai o quê? Você está algemado e indefeso, esqueceu? – Ele rosnou em frustração, puxando as algemas que prendiam seus pulsos ao encosto do sofá.
— Eu odeio você. – Murmurou, baixo, batendo a cabeça contra o encosto do sofá. – Está se divertindo com minha aflição, amor? – A lançou um olhar furioso, sua mandíbula cerrada firmemente.
— Você não estaria?
Ele a encarou sem falar nada. Seu silêncio era a resposta. Depois de um momento de reflexão, ele admite de má vontade:
— Tudo bem, sim. Se fosse o contrário, eu provavelmente estaria fazendo a mesma coisa.
— Oh, finalmente, algo que eu conheço!
As sobrancelhas de Suga se arquearam quando null puxa um frasco de lubrificante da bolsa. Sua respiração falhou quando ela, lentamente, começou a se despir, seus olhos fixos no corpo cheio de curvas, suspirando à medida em que ela revelava mais e mais pele.
— O que está fazendo? – Ele assistiu como um garotinho virgem quando null alcançou as costas e retirou o sutiã, vestindo apenas uma calcinha preta e minúscula.
— É uma pena que você não consiga se mexer. – A mulher depositou uma gota do lubrificante no mamilo. – Poderíamos nos divertir com isso.
— Porra, null… – Murmurou, suas mãos se fechando em punhos ao lado do corpo. – Se eu pudesse me mexer, eu... eu... – Os olhos fixos na gota de lubrificante descendo pelo mamilo aceso de null e escorrendo pelo seio farto. A mente de Suga parecia expandir com as possibilidades.
— Sim, mas você não pode.
— Não, eu não posso. – Observou, impotente, enquanto ela lentamente massageia o lubrificante em sua pele, seus dedos gentilmente massageando seus próprios peitos. – Deus, isso parece tão bom…Você… – Apesar de sua profissão exigir que ele tivesse destreza com palavras, Suga se sentia incapaz de encontrar palavras para descrever como ela parecia naquele momento. Os cabelos se soltaram do coque, os peitos brilhavam com o lubrificante e aquele maldito olhar. – Você parece a porra de brinquedo sexual.
null solta a embalagem do lubrificante no chão e tira da bolsa uma pequena caixa. Ela desembrulha o brinquedo, um sorriso travesso brincando em seus lábios. Suga arregala os olhos ao vê-la com o plug de silicone em mãos.
— Não, não, não! – Ele se desespera com a possibilidade de vê-la utilizando o plug e não poder participar da ação.
— É uma pena que você não possa me ajudar.
— Por favor, amor. – Ele se esforçou contra suas amarras, desesperado para tocá-la e, de alguma forma, sentir sua pele. Naquele momento, com o pau tão duro que quase atravessava o tecido de sua cueca, tudo o que ele podia fazer era implorar. – Por favor, por favor... null, me deixe tocar em você. Por favor.
— Vou deixar você comer minha buceta como quiser. Não vou tirar suas algemas, mas vou sentar na sua cara. – Suga suspirou aliviado, quase gozando só de ouvir sua promessa suja e vê-la abaixando a calcinha. – Mas…
null subiu no sofá, empurrando a cabeça dele contra o encosto do sofá e apoiando um joelho ao lado de sua cabeça. Ele arfou, ansioso e desesperado, pois sentia o calor de sua pele contra o rosto dele. Suga sentiu uma onda de alívio e excitação. Ele, finalmente, iria enterrar o rosto na boceta da mulher. Mas, então, ela parou e se afastou alguns centímetros.
— Mas... o quê?
— Peça desculpas.
Ele hesitou.
Suas intenções - e condições - quando chegou ao apartamento de null naquela manhã eram diferentes das atuais. No início, ele queria fazê-la reconhecer que estava errada, fazer com que ela baixasse a guarda e pedisse desculpas. Queria obrigá-la a admitir que estava agindo com infantilidade. Mas, agora, seu orgulho guerreava contra seu desejo. Seu orgulho poderia até ganhar aquela batalha, mas a visão dela acima dele, sua boceta nua tão perto de seu rosto era tortura demais para suportar.
— Sinto muito... Me desculpe por ter sido um idiota antes. – Suas palavras saíram num sussurro, quase como se hesitasse em falar em volume alto. Mesmo assim, a intensidade do que dizia era clara, reverberando pelas paredes da sala em um eco baixinho e sutil.
— Diga que não vai me deixar sozinha de novo.
— Eu prometo! – Suspirou, desesperado. – Eu prometo que não vou te deixar sozinha de novo. Por favor…
— Diga que eu estava certa.
Ele engoliu em seco, rolando os olhos com frustração e excitação. Ele era orgulhoso para quase tudo na vida, mas com null… null, naquele momento, não era mais seu objeto de irritação e soberba, null, agora era uma necessidade.
— Você estava certa... Você estava certa e eu estava errado. Sinto muito, amor. Agora, por favor, por favor, me deixe chupar você.
Novamente, null se aproximou, usando o cabelo dele para guiá-lo para o centro de sua boceta, já ansiosa e pulsante.
— Diga que você me ama.
Lágrimas de prazer brotam nos olhos de Suga quando ele, enfim, sente o gosto dela em sua boca.
— Ah, eu amo você... eu amo tanto você. – Com as mãos amarradas atrás das costas e o rosto enterrado entre as coxas dela, ele beija a vulva dela com adoração. – Eu te amo tanto. Você é tão gostosa…
O rapaz a lambia e chupava com satisfação, ele a sentia ficando mais molhada, seus quadris rebolando contra seu rosto, demonstrando que ela estava tão sedenta quanto ele. Seus pedidos de desculpas entusiasmados se tornullm arrastados e abafados quando ela começa a se esfregar mais forte em seu rosto, suas mãos agarrando seu cabelo para mantê-lo no lugar.
Suga mal conseguia falar, suas palavras saiam quebradas e distorcidas enquanto ele enterrava o rosto nela. Era assombroso, ele sentia que ia gozar sem nenhum toque dela. Ele queria estar vendo a cena do lado de fora. null, em pé no sofá, com uma perna estendida sobre o ombro dele, empunhando seu rosto como se ele fosse apenas um brinquedinho sexual, puxando-o e o movimentando com destreza, a seu bel-prazer enquanto o forçava a pedir desculpas.
Tinha certeza de que aquela estava sendo a imagem mais magnífica e erótica que ele veria.
null rebolava em seu rosto, sentindo a cabeça girar com tanto prazer, com o nariz dele enterrado em sua boceta enquanto ele a penetrava com a língua. Sentindo seu clímax se aproximando, null se esfregou nele cada vez mais forte, sua respiração falhando conforme a pressão aumentava. O modo como, mesmo com a boca ocupada, ele ainda murmurava palavras, abafadas e desesperadas, a levaram ao limite.
Com um grito, ela explodiu, seu corpo inteiro estremeceu enquanto ela jorrava na boca dele, a garganta dele trabalhando para acompanhar sua boceta transbordando, engolindo tudo o que ela soltava como se fosse o mais delicioso uísque.
Mas, era melhor, o gosto de null era melhor do que qualquer uísque caro.
null voltou ao chão, tentava regularizar sua respiração ofegante. Ele a olhou, os olhos desfocados e vidrados enquanto tentava recuperar o ar, seu peito se elevando com cada respiração. Suas mãos estavam doloridas, seu pulso e sua mandíbula também apresentava uma dor intensa por ter permanecido em uma posição desconfortável e restritiva antes.
– Agora que você se desculpou, eu vou me divertir um pouco com você. – Seu coração disparou quando null ficou de joelhos em sua frente, sua mão apoiada nos joelhos dele. Ela sorriu ao notar seus olhos desesperados e esperançosos. – Tenho permissão? - Ele mordeu o lábio fortemente, seus olhos se fechando brevemente antes de se fixarem nos dela mais uma vez. - Me dê permissão.
Suga levantou a cabeça para assistir enquanto ela abaixava sua boxer lentamente. Estava tão à flor da pele que até o tecido suave do moletom que ele ainda vestia contra seu peito o arrepiou.
– Permissão para quê? Qualquer coisa... qualquer coisa que você quiser. - Suga se engasgou e arfou ao vê-la pegar a barra de ferro.
— Você me consente?
Ele hesitou brevemente, mas assentiu de maneira clara. Ela prendeu lentamente a barra nos tornozelos dele. Ele sibilou ao sentir o metal frio contra sua pele, seu corpo tenso enquanto null lentamente abria suas pernas. Seus quadris se levantaram do sofá, seu abdômen ficou tenso.
— Amor… – Ele advertiu quando sentiu chegar no seu limite.
— Respire, babe. – Ele atendeu a sua demanda, estremecendo, seu corpo relaxou um pouco e ele soltou um gemido baixo enquanto null pressionou beijos suaves na parte interna de suas coxas, seu toque gentil e calmante. – Olhe para mim.
Suga a encarou, seus olhos implorando e desesperados. null de joelhos em sua frente, com o rosto corado e o cabelo desgrenhado, era uma visão de outro mundo. Suga podia sentir seu calor, sua respiração suave contra sua pele e era o suficiente para deixá-lo louco. Ele lambeu os lábios, fitando-a intensamente.
null parecia tão doce e gentil, com aquele olhar amável pairando sobre ele, mas ele sabia que ela era a única no controle naquele momento, e tinha a capacidade de ser doce ou severa por vontade própria. E ali, naquele momento, ela havia escolhido ser carinhosa com ele.
null abriu as pernas dele um pouco mais, não o suficiente para machucá-lo, mas o suficiente para deixá-lo exposto a ela. Antes que ele comentasse algo, ela pegou seu pau em suas mãos e colocou direto em sua boca, murmurando enquanto o olhava de baixo:
— Fique quieto. Estou começando a me divertir.
Os olhos de Suga reviraram para trás quando ele sentiu a boca quente e úmida o envolvendo, suas mãos acariciando suavemente sua carne sensível. Ele mordeu o lábio para não gritar, seus dedos agarrando as amarras em seus pulsos enquanto ele tentava ficar parado.
Seus quadris se moveram contra a boca dela, suas coxas ficando tensionadas enquanto ele puxava o tornozelo inconsciente contra a espaçadora. Ela o chupava forte, repetidamente. Os estalos que a boca de null reproduzia contra seu pau o deixavam prestes a gritar em desespero.
– Babe, eu não vou demorar. – Informa. null o olhou, sua boca cheia dele, seus olhos escuros e intensos. – Estou tão perto...por favor...posso...
— Segure.
Seu rosto se contorceu enquanto ele tentava aguentar as investidas poderosas de null. Seus quadris se moviam contra a mão dela, suas coxas tremiam. null esticou a mão em direção a ele, colocando o dedo indicador nos lábios dele, fazendo-o envolver o dedo dela com os lábios, sugando-o lentamente. Seus olhos reviravam enquanto ele tentava se concentrar em qualquer coisa, exceto na vontade irresistível de gozar.
Ele estava completamente perdido na sensação, seu mundo inteiro se agora era se resumia apenas a sensação do dedo dela em sua boca e sua boca em seu pau.
— Posso?
Ele balançou a cabeça freneticamente, seus olhos revirados para trás em sua cabeça enquanto sentia a língua dela deslizar por todo o seu comprimento, de suas bolas até sua entrada. Massageando a região perianal dele e utilizando o dedo lubrificado, ela inseriu o dedo em sua entrada e voltou sua atenção ao pau dele, chupando-o fervorosamente enquanto seu dedo o penetrava lentamente. A sucção de null era intensa, sua língua girava em torno do membro dele e ela não tinha muito problema com refluxo, ainda bem.
Suga estava quase inconsciente. Ele não sabia mais onde estava, nem tinha controle sobre seu corpo, que tremia e gemia tão alto que já estava envergonhado pelos vizinhos de null, porque ele mesmo não se importava. Ele perdeu o controle de vez quando sentiu a língua letal de null chegando até seu ânus. Seu corpo inteiro se contraiu e, em segundos, ele teve um orgasmo enorme e incontrolável, disparando jato após jato de esperma grosso e quente em null.
Ele jogou seu corpo contra o sofá, seu peito arfando enquanto ele tentava recuperar o fôlego. Sua mente parecia estar em branco, seu corpo exausto do orgasmo intenso. Estava tão suado que parecia que tinha corrido uma maratona inteira.
— Amor. – Ele chama, enquanto ela desamarra a barra dos tornozelos dele e se aproxima. Ele a fita desnorteado, seus olhos ainda desfocados pela intensidade de seu orgasmo. – Me beija... por favor…
Ela sorriu e se inclinou sobre ele, sentando-se em suas pernas. Ela limpou uma gota que ainda repousava no canto de sua boca, passando levemente nos lábios dele e o beijou, gentil e amorosamente.
— Seja um bom garoto de agora em diante.
null esticou o corpo, pegando uma chave na mesinha ao lado do sofá e, finalmente, libertou os pulsos de seu namorado. Imediatamente, ele envolveu a cintura dela com as mãos, seus dedos cravando suas costas enquanto ele a puxava para perto e disparava beijos suaves no rosto cansado e satisfeito de null.
— Eu prometo... Eu serei bom. Para você, eu serei qualquer coisa. – Ele se aninha contra o pescoço dela.
— Deixe-me ver. – Ela tocou em seus pulsos, acariciando gentilmente. – Dói?
— Não, amor. – Ele virou os pulsos, mostrando a ela as marcas moderadamente vermelhas das algemas. — Eu até gosto...
— Ei? – Suga levantou a cabeça, olhando-a curioso. – Desculpa. Eu também fui difícil ontem à noite, eu sei.
Os braços dele a envolveram com força, e ele afundou o rosto no pescoço dela, com a voz abafada pela pele suada. Mesmo assim, null foi capaz de ouvi-lo claramente:
— Sinto muito, amor, eu…. — Ele parou, envergonhado demais para terminar a própria frase. No fundo, Suga sabia que a briga anterior não tinha se tratado apenas do fato de ele ter saído no meio da noite. Ele estava preocupado que, talvez, ele estivesse se tornando demais para ela lidar. – Você ainda está bem comigo? Com a gente?
— Me diz você. Foi você quem saiu de casa ontem. – Ele desviou o olhar, seus ombros caindo em desânimo. – Você se cansou? De mim? De nós?
— Não, null. Não. – Enquanto abraçava-a, ele delicadamente acariciou a bochecha de null, notou que ela o fitava quase como se estivesse tentando analisar mais do que estava na superfície, encontrar algo além do que era visível. – Eu só… não estou cansado de você. Estou cansado de ter medo. Fico constantemente com medo de perder você. Eu só… – Suga respirou fundo, enterrando o rosto no pescoço dela novamente, seus braços a envolvendo firmemente. – Estou feliz que estamos bem.
“Estamos?”, ela pensou.
Eles permaneceram naquela posição. A abraçou com força, inalando seu aroma, permitindo-se sentir a sensação reconfortante de segurança de tê-la em seus braços.
— Eu amo você, null.
— Eu amo você, Yoongi. – Ela sussurrou, sua voz abafada contra os lábios dele.
Depois de um momento, null se desvencilhou do abraço, e com olhos avaliadores, estudou o rosto bonito de seu namorado. Um leve sorriso se formou em seus lábios enquanto ela passava a mão por entre os cabelos dele, alisando-os e empurrando-os para trás. Suga mantinha os olhos fechados claramente arrebatado pelo carinho suave e gentil de null.
O amor não deveria ser complicado. O amor deveria bastar.
— Estamos uma bagunça. – Suga declarou, sorrindo fracamente.
A frase atingiu null em um lugar dolorido e angustiante. Sabia que ele se referia a aparência deles, ambos completamente desgrenhados e suados. Mas, Suga, de olhos fechados, não viu os olhos de null enchendo-se de lágrimas ao constatar o que, até então, não estava óbvio para ela.
— É, estamos. Um puta de um caos.
Na manhã seguinte, Suga despertou com o toque estridente e insistente de seu celular. Era a terceira vez que tocava e null já tinha ameaçado jogar o aparelho pela janela se ele não atendesse logo. Ele não queria levantar-se. Seu corpo doía, sua cabeça doía, mas toda vez que ele sentia um incômodo nos pulsos, ele sorria.
Sentou-se na beirada da cama, passando a mão pelos cabelos enquanto tentava não acordar null novamente. O som do telefone tocando novamente irritou a garota, e com impaciência, ela apoderou-se do travesseiro de baixo de sua cabeça e o arremessou nele, fazendo-o rir baixinho enquanto se levantava e saía do quarto.
— Alô? Ah, Jin. É claro que é você. – Caminhou até a cozinha pequena e maximalista de null e começou a preparar um café enquanto escutava as lamúrias ansiosas de seu amigo.
Alguns minutos depois que conseguiu se desfazer da ligação de Jin, ele se serviu de uma xícara de café, tentando acordar completamente. Enquanto isso, permaneceu sentado à mesa da cozinha, mergulhado em pensamentos, a mente ainda turva do sono que ameaçava embaralhar suas ideias.
Suga olhou novamente para seus pulsos, observando as marcas avermelhadas e irritadas deixadas pelas algemas. Uma risada suave escapou de seus lábios enquanto notou como a pele ficava ainda mais vermelha com o passar dos minutos. A ideia de null tê-lo marcado, de tê-lo colocado em seu lugar, era uma sensação bastante satisfatória. Além disso, ele não conseguiu evitar sentir orgulho e uma profunda admiração por null ser forte o suficiente para lidar com ele e suas manias.
— Bom dia. – A dona e proprietária de seus pensamentos adentrou a cozinha, acenando com a cabeça, com a voz ainda sonolenta.
— Fiz café. – Ele sorri fracamente, gesticulando para a cafeteira. – Vem aqui...
null caminhou até ele e recebeu um abraço apertado de volta, assim como um beijo no ombro. Em seguida, ele esfregou o rosto no cabelo dela, inalando profundamente seu cheiro. Ela sorriu docemente com o carinho, claramente apreciando o gesto amoroso.
— Por que não desligou o celular e voltou a dormir?
— Perdi o sono. E suas marcas em meus pulsos estão coçando.
— Oh.
Suga sentiu que seu coração poderia explodir de amor e carinho ao ver as maçãs do rosto de null avermelhando-se.
— E você está corando por quê? Não gostou de me marcar como seu? – Ele beijou e mordiscou o pescoço dela, suas mãos deslizavam suavemente sobre a camisa que ela estava vestindo, que, na verdade, era dele.
— Gostei. Mas, também fiquei com medo de machucar você. – Confessou.
— Não me machucou, amor. Apenas deixou claro quem é que manda aqui. – Ele sorriu contra o pescoço dela, suas mãos apertando seu traseiro por cima da camisa. – Eu ainda não acredito que você me algemou no seu sofá. – Brincou, fazendo-a rir e cobrir o rosto.
– Você mereceu!
— Eu sei que sim. – Ele riu suavemente. – Bom, você lidou comigo perfeitamente... me prendendo no sofá, colocando marcas em mim e me deixando ao dispor de uma barra de ferro.
— Você deve pensar que eu sou a maior maluca.
— Não... eu acho que você é perfeita. Você é forte, confiante e não tem medo de me colocar no meu lugar quando eu preciso. – Ela entrelaçou os braços em volta do pescoço dele, encostando seus lábios, beijando-o ternamente, agraciada pela ideia de que eles compartilhavam o mesmo sentimento. – Parece que você foi feita sob medida para mim, null.
— Parece que fui mesmo. – Eles trocaram carícias por alguns minutos até null se lembrar do porquê que havia acordado cedo em pleno sábado. – Quem era no telefone?
— Jin.
— Ah, a viagem. – Ele assente, analisando o rosto de null se tornar apreensivo. – Precisamos conversar sobre isso?
— Acho que sim, amor. – Estala os lábios, nenhum pouco ansioso pelo diálogo.
Os dois atravessaram a sala e chegaram à varanda, apreciando a vista agradável do prédio. Enquanto se aconchegavam no sofá, eles observaram a paisagem calma do subúrbio de Seul. Mesmo sendo muito diferente e não tão impressionante quanto a vista da cidade inteira que Suga possuía na cobertura, era agradável e reconfortante. Era um cenário simples e bonito, aconchegante e íntimo, semelhante à segurança do abraço caloroso e terno que Suga e null compartilhavam.
O dia mal começara e o céu já estava pesado e cinzento, carregando nuvens escuras, como um manto sombrio prestes a se rasgar, indicando que a chuva estava a caminho, embora o clima não estivesse frio. Ao contrário, o ar estava quente e úmido, quase sufocante.
Ainda assim, null apreciava aquele momento. Havia algo de especial em observar as luzes começando a brilhar, tímidas, ofuscadas pelas nuvens escuras. Ela gostava de assistir o sol competindo com a densa camada de nuvens. O contraste entre a escuridão dos céus e as luzes solares nas janelas a fascinava, enchendo seu coração de uma melancolia doce e serena.
— Então...? – Ela iniciou, receosa com o rumo que as coisas tomariam a partir daquela conversa inicial. – Como vai ser? – null acomodou-se ao seu lado, apoiando as duas pernas entre as dele enquanto Suga acariciava suas costas por baixo da camiseta, sentindo a maciez da pele sem a barreira do tecido. O gesto íntimo causou arrepios em todo o corpo da garota, que se aconchegou mais nos braços dele. – Cartas pelo correio ou e-mails encaminhados pelo seu agente?
Suspirando, ele massageou as têmporas com a mão esquerda, notando que a conversa começava com a resistência habitual de null. De algum modo, ela sempre assumia a posição defensiva, mesmo que parecesse calma e racional.
— Eu sei, eu sei. Pode ser difícil. Mas, faremos dar certo, ok? Faremos videochamadas todos os dias, eu prometo. E talvez... – Ele hesita por um momento, então continua. – Talvez... talvez você possa vir me visitar na estrada por um tempo. Tipo, uma semana ou algo assim. Meu empresário pode arranjar um jato particular para você. Vou garantir que você tenha acesso VIP a tudo que quiser.
Empresário. Jato particular. Acesso Vip. Visitas programadas.
Aquela era a vida de Suga, o artista internacional. E null, por mais que tentasse, não conseguia se livrar da sensação de ser apenas um fragmento pequeno da grandiosa vida de Min Yoongi.
Ele mordeu os lábios, fitando-a temeroso, ainda aguardando sua resposta. Não era grande coisa, seria apenas uma viagem como qualquer outra que ele já tinha feito desde que havia debutado a alguns anos atrás, mas null parecia não saber lidar com isso.
Ele não a culpava, afinal, ele frequentemente limitava a vida deles aos muros de suas casas e aos ambientes onde se sentia seguro. Sentia a obrigação de protegê-la do mundo maldoso da mídia coreana, do conglomerado malicioso para quem ele trabalhava e, infelizmente, precisava protegê-la das pessoas que mais o amavam: seus fãs. Sabia que as escolhas que tinha feito para proteger a carreira e a reputação podiam parecer egoístas, mas tudo o que desejava era mantê-la protegida do olhar do mundo que a julgou sem piedade.
Um raio de sol, ousado e tímido, conseguiu se infiltrar entre as nuvens cinzentas, tingindo o céu com um delicado tom amarelado ao mesmo tempo que iluminava os rostos de null e Yoongi.
— E depois? – Questionou. Ele a olhou, em dúvida. – E depois dos seis meses?
— Voltamos a nossa rotina de sempre, amor.
null desviou o olhar, assentindo com a cabeça. Ela concordou com a viagem e brincou dizendo que só iria se fosse de jato particular. Suga riu e a abraçou, aliviado. Por um momento, ele pensou que null negaria tudo, negaria ele e iria embora dali. Mas ela não o fez e ele se sentiu grato.
O futuro não era uma prioridade para Suga. Tudo o que precisava estava diante de si; desejava viver um dia de cada vez, aproveitava ao máximo a boa fase da vida. Trabalhava arduamente o dia inteiro, todos os dias e não via problema em aproveitar os resultados do seu próprio esforço, mesmo que isso significasse ser um pouco inconsequente às vezes.
Sorrindo com os olhos, null assistia com carinho e atenção ao tagarelar animado de seu namorado, empolgado sobre possíveis planos para a viagem deles. A alegria de vê-lo entusiasmado a deixava feliz, especialmente após toda a tensão de dias atrás.
Ela não queria estragar tudo pontuando os pormenores da situação. Sabia que a viagem seria um inferno e eles sequer conseguiriam sair do quarto de hotel. O máximo que conseguiriam seria ir a algum ponto turístico durante a madrugada, usando chapéus e máscaras.
Ela se sentia em conflito consigo mesma, não tinha certeza se deveria lutar para cultivar esperança e confiança no futuro ou se permitia-se ser inundada pelos sentimentos incômodos e ambíguos que surgiam sempre que pensava no que poderia vir a seguir. Era complicado lidar com a incerteza que pairava sobre eles desde os primeiros dias juntos.
null sabia que, se pensasse muito no assunto, lágrimas angustiadas fugiriam de seus olhos.
Por um instante, quando se deparou com a ideia de terminar seu relacionamento, sentiu uma onda de medo e aflição passar por ela. A ideia de terminar seu relacionamento com Suga era dolorosa, mesmo que naquele momento, não fizesse o menor sentido. Entretanto, às vezes, parecia inevitável.
Já pairando sobre seus trinta anos de idade, null tinha aprendido que, às vezes, desistir não é covardia. Que abrir mão do que você mais ama podia ser também uma libertação.
Enquanto observava o céu cinzento da manhã daquele sábado, o soar da voz dele servia como uma música de fundo aos pensamentos de null. Ela tentou acompanhar as falas entusiasmadas de Suga sobre criar memórias e boas lembranças.
Já totalmente inundada com ondas de ansiedade e aflição, null reconheceu que aceitar ir visitá-lo em outro país fora uma boa ideia.
Ela queria ter aquela lembrança. Lembranças do amor mais forte que ela já sentiu e que duvidava que um dia amaria tanto uma pessoa quanto amava o homem ao seu lado. Mas, eram apenas lembranças.
null queria um futuro e, para um cara que tinha um mundo inteiro aos seus pés no presente, o futuro não importava.
Apesar de notar a expressão pensativa de null, ele tinha consciência de que ela provavelmente não revelaria o que a perturbava. Era sempre assim: null guardava seus sentimentos em silêncio, deixando Suga mergulhado em incertezas e, por vezes, inseguranças. Mas, ele acreditava que null só precisava de mais tempo para se ajustar ao mundo dele e ele ao dela.
Sob a fina garoa que caía suavemente, eles compartilharam olhares intensos e trocaram toques deliciados. Sem necessidade de verbalizar, ambos fizeram um acordo implícito: Não iram expor o que os atormentava. As preocupações pairavam no ar, mas o silêncio parecia ser a escolha mais segura. Naquele instante, o medo de arriscar o que já tinham era muito maior do que qualquer desejo de colocar sentimentos em palavras.
Decidiram, sem trocar uma só palavra, que iriam permitir que os caminhos se revelassem naturalmente, que o destino os guiasse, que iriam deixar os caminhos se desdobrarem para depois os percorrerem. No entanto, o tempo não seria benevolente. Ao contrário, traria ainda mais obstáculos.
Enquanto desfrutavam da beleza do nascer do sol e do conforto de suas peles em contato, eles não tinham consciência de que, talvez, aquele seria o último momento como um casal.
Talvez aquele instante estivesse marcando o fim de uma etapa em suas vidas.
Talvez fosse o último suspiro de algo que, em breve, deixaria de existir.
Talvez.
Fim...
Também é a primeira +18 que escrevi, tô quase pra me enterrar de vergonha, mas espero que tenham gostado e relevem aí qualquer erro hahahhha como eu disse, é minha primeira vez
E assim, talvez, essa história tenha uma continuação que já tá sendo escrita...
Talvez.
Até a próxima,
Beijossss









