FFOBS - Strip That Down, por Débora Albino

Finalizada em: 28/08/2018

Capítulo Único

You know I've been taking some time
And I've been keeping to myself (self)
I had my eyes up on the prize
Ain't watching anybody else
But your love, it hit me hard, girl
Yeah, you're bad for my health
I love the cards that I've been dealt
Do you feel the same as well?


Destino é uma palhaçada que inventaram para distrair a gente, não existe! Não tem como o um raio cair no mesmo lugar duas vezes. Respirei fundo passando a mão pela cabeça e me perguntando se eu estava louco. Faz um mês desde que fui à aquela maldita festa e tive o melhor sexo da minha vida com aquela mulher que não faço ideia de quem seja, mas cada parte do seu corpo está gravada e minha mente.
Suspirei alto voltando a prestar atenção no que meu empresário dizia, era algo como “vamos gravar seu clipe essa semana e soltá-lo para o público no fim do mês” e tudo bem para mim, não precisava agendar reuniões para falar sempre a mesma coisa. Revirei os olhos e Alena, minha produtora, me comunicou que já havia contratado o ballet para o clipe e me aconselhou a observar bem se alguma das dançarinas iriam comigo para a tour. Assenti antes de entrar em meu camarim e dar de cara com mexendo no celular.

- Essa semana quer dizer zero festas pra você, - ele riu sem me olhar - O que é uma pena, na verdade, pois vai ter aquela pool party e você seria bem feliz lá.
- Preciso dar uma parada com as festas, cara - me joguei no sofá - Minha tour está quase aí, estou tendo que lidar com esse divórcio que caiu na mídia agora e tudo parece estar bagunçado.
- Você não tem que falar do seu divórcio em toda entrevista - meu amigo disse e apenas assenti - Gosto de te levar em festas pois você acaba relaxando.
- , naquele baile de máscaras, você deu nossa garrafa de whisky para a aniversariante, não foi? - me sentei no sofá rapidamente, olhando intrigado para o homem que estava no sofá ao lado.
- Ah, não, ! De novo? Eu já disse que não conheço a garota! - ele revirou os olhos e colocou seu celular embaixo da almofada - é uma conhecida minha, que passou um tempo longe de Londres e quando voltou fez a festa e me convidou, mas não faço ideia de quem seja a amiga dela!
- Você estava mais preocupado em beber um whisky de oito mil libras do que qualquer outra coisa! - franzi o cenho e me deitei no sofá novamente - Você não tirou nenhuma foto lá?
- Você não vai desistir, não é? - pude ouvi-lo rir - Tirei, , mas ela não aparece em nenhuma já que você a arrastou pro fundo do lugar, esquece isso, foi só sexo!
- É…

Fechei os olhos e voltei àquela noite. Se não tivesse dado um show, eu poderia ao menos ter pego o telefone dela e meu grande amigo se recusa a pedir para , que provavelmente nem se lembraria de qual amiga dela estamos falando, já que poucos estavam sem álcool no corpo naquela noite. Não conhecia , na verdade ainda não conheço, apenas a cumprimentei e desejei felicidades quando cheguei à festa, me arrastou para lá, eu precisava relaxar e uni o útil ao agradável. Nunca imaginei que aconteceria isso. Era eu que sempre tinha as cartas nas mãos, mas naquela noite as coisas mudaram. Abri os olhos rapidamente quando senti meu celular vibrar em meu bolso, era minha ex-mulher, provavelmente querendo saber se essa semana eu buscaria meu filho.

- Se tivesse me falado que contratou a agência da , eu poderia ter te ajudado na escolha do ballet - chegou em meu camarim novamente, me assustando.
- Não sou eu que cuido dessa parte, cara - dei de ombros e bocejei - Eu estava cochilando, obrigado.
- É Alena, né? - ele perguntou, ignorando totalmente meu comentário sarcástico - Onde você foi almoçar?
- Naquele restaurante na esquina, não posso ir muito longe já que vou participar dos ensaios - passei a mão pelo rosto antes de me posicionar sentado no sofá.
- Eu ainda não acredito que você vai seguir coreografias agora, - pude ouvir meu amigo rir e então as coisas começaram a se associar na minha mente.
- Cara, você disse que Alena contratou a agência da ? - arqueei a sobrancelha a vi assentir - Se você não descobrir o nome daquela garota, eu vou te arrebentar.
- Você não vai desistir mesmo? - me olhou e balançou a cabeça negativamente - Quando chegar eu vejo isso.

Sorri em resposta. Eu queria um nome e teria um, mas ainda não teria um rosto.
Em pouco tempo estávamos no estúdio onde seria gravado meu videoclipe, entrar em uma carreira solo não estava tão difícil, mas era mais trabalho pra se fazer sozinho.
O ballet havia chegado, estavam se preparando em outra sala, enquanto eu gravava as tomadas sozinho. Usava uma jaqueta metálica, abusava dos closes que as câmeras me davam e aquilo precisava ficar bom.

- Meninas, pelo amor de Deus!! - ouvi uma voz entrando e pude ver - Sigam os passos que a deu.
- Elas estão nervosas, eu disse que chamar fã pra esse trabalho não era uma boa ideia - a mulher ao seu lado comentou e prosseguiu - A Charlie parece que vai desmaiar!
- Vamos tentar uma tomada com ela, ok? - pediu e respirou fundo, notando meu olhar curioso na conversa - , que prazer.
- Digo o mesmo - sorri e caminhei até elas, que estavam junto com a equipe - Encontrou o ?
- Na verdade não, ele mandou uma mensagem dizendo que foi buscar alguma coisa e depois passaria aqui - deu de ombros e mordeu o lábio inferior antes de direcionar sua amiga à mim - Essa é a , coreógrafa.
- Olá, é um prazer conhecê-la - disse e rapidamente voltei meu olhar à - Preciso te perguntar uma coisa.
- Conversamos após os ensaios, - ela parecia prender o riso e eu realmente não entendia o motivo.

You know, I used to be in 1D (now I'm out, free)
People want me for one thing (that's not me)
I'm not changing the way that I (used to be)
I just wanna have fun and (get rowdy)
One Coke and Bacardi (sippin' lightly)
When I walk inside the party (girls on me)
F1 type Ferrari (6 gear speed)
Girl, I love it when your body (grinds on me)
Baby (oh, yeah)


O ballet começou a ensaiar, fiquei parado atrás das câmeras, observando tentar controlar uma das meninas, suspeito ser a tal Charlie. , a coreógrafa, sorria amigavelmente para a dançarina e tentava acalmá-la. Passei a mão pela nuca, suspirando alto antes de ir até o frigobar no canto do estúdio e pegar um copo d’agua.
Alena me avisou que teríamos um happy hour depois da gravação, uma espécie de comemoração por tudo ter dado certo. O clipe seria finalizado em uns dias, já que as tomadas com o ballet seriam feitas hoje. Prendi o riso, suspeitava que teríamos que fazer outra com o ballet, visto que a Charlie não parava de chorar e não se concentrava.
Caminhei até ela e ofereci um abraço, a garota se jogou em meus braços rapidamente, me fazendo rir. Ouvi coisas como “eu te amo” e “obrigada”, tiramos algumas fotos juntos e pude notar que uma das outras garotas presentes sorria ao ver minha ação, a coreógrafa desviou os olhos dos meus quando parei para olhá-la.
Charlie acabou sendo levada embora por um pessoal da produção, começou a surtar dizendo que não teria tempo para ensinar a coreografia para uma das novatas, as outras meninas tentavam se posicionar, mas sempre ficava um buraco no meio daquele take. Até que se disponibilizou em gravar, era só um clipe, coisa rápida.

- - chamei-a quando a vi caminhar pelos corredores - Não vai conferir se a coreografia vai sair certa dessa vez?
- está lá, ela que fez tudo, estou aqui apenas por formalidades - deu de ombros - Vou pegar um café, aceita?
- Sim, obrigado.
- Você não veio até mim apenas para falar da coreografia, - ela sorriu de canto - O que quer saber?
- não comentou nada com você? - arqueei a sobrancelha quando paramos em frente a máquina de café.
- Talvez - deu de ombros, colocou um copo na máquina, apertando o botão em seguida e aguardando o café - Quero ouvir de você.
- Eu estou parecendo desesperado, certo? - perguntei e ela assentiu, rindo - Olha só, sou eu que sempre estou no poder, em qualquer lugar que eu chego, as garotas vem até mim e naquele dia na sua festa…
- Ela te ignorou, não foi? - me entregou o copo de café que havia acabado de sair e providenciou outro.
- Não - revirei os olhos - Ela me tratou como se eu fosse um cara comum.
- E você não é? - franziu o cenho e parecia sorrir em deboche.
- Sou! Por isso mesmo, estou acostumado com pessoas me procurando por algo que não sou, ela só me notou porque não tirei os olhos dela desde quando a vi entrar - dei um gole na bebida em mãos, me lembrando daquela noite - Mas em nenhum momento ela pareceu se importar e aquele toque…
- Ok, chegou na parte que eu realmente não preciso saber - a mulher pegou o café e sorriu antes de continuar - Ela disse o mesmo que você.
- Ela sabe que sou eu? - perguntei um tanto ansioso, estava próximo de reencontrar a responsável pelo melhor sexo da minha vida.
- Meio difícil não saber, você aparece em programas de TV e tem tatuagens muito legais…- ela sorriu - , relaxa…
- Gostaria de relaxar de outra forma, se é que me entende - sorri de canto e revirou os olhos - Quem é ela?
- Uma mulher muito poderosa que disse que se você quiser encontrá-la, vai ter que ser mais observador. - sorriu e começou a caminhar, voltando para o estúdio.
- Observador? - murmurei - Como vou observar se não tenho nem o nome dela?

As gravações foram encerradas e Angel agora se atribulava em reorganizar o contrato, aumentando as diárias das dançarinas. Elas teriam que gravar mais algumas tomadas amanhã, já que agora a iluminação não ajudava e o cansaço era nítido.
Fiquei martelando sobre o que disse e antes mesmo que eu pudesse fazer mais perguntas, já estava convidando-a para o happy hour.
e seu gosto peculiar pelo mistério. Eu poderia realmente continuar curtindo a solteirice, mas não, vamos ficar vidrados na garota da tequila.
O banheiro foi coberto pela fumaça, nem me toquei que fiquei tempo demais pensando e provavelmente já estava atrasado para o happy hour.

You know I love it when the music's loud
But c'mon, strip that down for me, baby
Now, there's a lot of people in the crowd
But only you can dance with me
So put your hands on my body
And swing that round for me, baby (swing it)
You know I love it when the music's loud
But c'mon, strip that down for me
(Yeah, yeah, yeah, yeah)


Estacionei a Ferrari atraindo todos os olhares na portaria, inclusive pude ver e na fila, provavelmente me esperando. Entreguei a chave para o manobrista e me juntei a eles, que estavam gargalhando e acenaram assim que me aproximei.
Trocamos breves palavras e adentramos no recinto, notei alguns olhares sobre mim, como era de praxe. A música alta me agradava e por algum motivo, eu sabia que a noite terminaria bem.

- Charlie não veio? - arqueei a sobrancelha e olhei - Você foi bem dura com ela.
- , sabe como é, você é compreensivo, mas existem artistas que não são e não posso deixar uma fã atrapalhar meu trabalho - deu de ombros enquanto nos ajeitamos na mesa reservada para toda a equipe.
- Você sabia que era fã e a trouxe? - eu estava de frente para , sentou-se ao lado, eu sabia das intenções dele para essa noite.
- Na verdade ela nunca deixou transparecer que era fanática, ela dizia que gostava de algumas músicas, igual a maioria da equipe - sorriu sem mostrar os dentes - Charlie começou o surto quando a van parou em frente ao estúdio, daí já era tarde.
- Por sorte você resolveu trazer a coreógrafa junto e ela salvou o dia? - brinquei e pude ver sorrir, assentindo.
- A coreógrafa está presente - ouvi uma voz ao meu lado e lá estava , que conheci pela manhã - Perdoem meu atraso, Angel me ligou querendo resolver umas coisas.
- Ela comentou mesmo que te ligaria, deu certo com a coreografia de amanhã? - perguntou e a amiga assentiu.
- O que vocês querem beber? - se manifestou e optei por uma cerveja, juntamente com que parecia estar evitando olhar para mim.
- Coca-Cola e Bacardi pra mim, por favor - fez seu pedido e o garçom se retirou - Angel não vai vir pra cá? Pelo que vi só falta ela.
- Ela vai chegar, provavelmente está com o marido e tentando convencê-lo a vir - dei de ombros, minha produtora tinha um marido muito babaca.
- Eu terminei as tomadas que eram da Charlie, mas vou acompanhar a gravação de amanhã - disse e pude ver que me olhou de canto.

As bebidas chegaram e começamos a conversar sobre assuntos aleatórios. Em pouco tempo, eu já bebia o bom e velho whisky. parecia animado demais ao lado de e ela não estava diferente. Sentia uma tensão por parte da mulher ao meu lado e tentava entender o motivo, mas tomava minha atenção toda vez que eu puxava algum assunto com a mulher que também se negava a me olhar diretamente. Achei engraçado na verdade, provavelmente era uma outra fã, mas ela se segurava bem evitando olhar para mim, talvez tentando manter seu emprego.
foi dançar com , deixando-me com .

- Você é coreógrafa a quanto tempo? - perguntei enquanto ela virava o que eu suspeito ser seu quinto copo de cerveja.
- A mais tempo do que deveria - respondeu firme e fez sinal para o garçom - Aliás, parabéns pela música.
- Obrigado - terminei meu whisky e me ajeitei no canto do banco, eram aqueles bancos enormes em formato de ‘u’, da forma que me sentei, fiquei de frente para a pista de dança, tendo apenas a visão de sentada de lado, de frente pra mesa que havia no meio - Você trabalha para ?
- Somos sócias, na verdade - sorriu de canto - Ela ficou um tempo longe, cuidando da filial.
- comentou a respeito - me lembrei vagamente da conversa - E você gosta do que faz?
- Você gosta de cantar, ? - o modo como ela pronunciou meu sobrenome me fez franzir o cenho e sorrir em seguida - Podemos dizer que não me vejo fazendo outra coisa.
- Interessante - disse e pude vê-la fazer o pedido para o garçom que acabara de chegar, só não ouvi o que pediu, já que estava medindo seu corpo inteiro e que corpo!
- E um whisky pra ele - despertei rapidamente e pude vê-la segurar um riso.
- Você já conhecia meu trabalho? - coloquei meu pé direito sob meu joelho e estiquei um dos braços na beirada do banco.
- Um pouco, duas músicas, eu acho - deu de ombros - Você conhecia o meu?
- Sinto muito em dizer que não - torci o lábio - Mas pelo que ouvi da equipe, a coreografia é ótima.
- A gente faz o que pode - baixou a cabeça e pude vê-la me olhar de canto novamente.
- Interessante… - mordi o lábio inferior e fixei meu olhar nela novamente.
- O que é interessante? - perguntou e o garçom voltou com uma dose de whisky, que colocou em minha frente e uma dose de tequila pra ela.
- Você… - peguei o copo e continuei - Não olha diretamente pra mim, algum problema?
- Já ouvi isso antes...

Ela gargalhou antes de virar a dose de tequila de uma só vez e virou-se de frente pra mim. Quando seu olhar encontrou o meu, parecia que eu havia acumulado muito sangue no cérebro e ele desceu todo de uma vez pelo resto do corpo. Me arrepiei por completo ao notar que era ela. O tempo topo estava na minha frente. “Ser mais observador” era isso que quis dizer. Puta merda! Ela se aproximou lentamente, levou sua mão ao meu braço que estava apoiado na mesa enquanto eu estava estático feito um babaca sem acreditar que a mulher que me deu a melhor noite de sexo da minha vida estava na minha frente.

- Tatuagens legais, cara do whisky - disse e sorriu abertamente antes de se levantar e caminhar até a pista de dança.

Baby, oh, strip that down, girl
Love when you hit the ground, girl
(Yeah, yeah, yeah, yeah)
Oh, strip that down, girl
Love when you hit the ground


Em poucos segundos me levantei e fui até o mesmo local. Parecia um replay, mas dessa vez estávamos sem máscaras e eu ansiava por vê-la nua novamente. dançava e rebolava sensualmente, o vestido era justo e subia um pouco a cada movimento dela, quando seu olhar encontrou o meu, aquele sorriso safado brotou em seus lábios, me fazendo fechar os olhos e me concentrar para não fodê-la ali mesmo.
Me aproximei sem pressa, ela continuou dançando e me puxou pela gola da camisa, fazendo nossos corpos se unirem. Levei minhas mãos a sua cintura, apertando brevemente e senti seus braços ao redor do meu pescoço. Ela soltou um riso antes de ficar de costas para mim e roçar sua bunda em meu pênis, sem delicadeza. Aquilo não iria acabar bem se ela continuasse. Minha cabeça só projetava a imagem dela agora, como se somente nós dois estivéssemos ali dançando. Mordi seu lóbulo e ela suspirou. Voltou a ficar de frente pra mim, passou a língua pelos lábios e colou sua testa na minha.

- Bom jogo - comentei e ela se fez de desentendida - Mandar recado pela , eu jamais desconfiaria.
- Eu gosto de jogos, desculpe - deu de ombros e continuou dançando - É divertido.
- Eu gosto quando você desce até o chão pra mim - mordi seu lábio e soltei, pude vê-la se arrepiar.
- Só pra você? - passou as unhas por minha nuca e foi minha vez de sentir arrepios, assentindo em seguida.

desceu vagarosamente até o chão, sem tirar os olhos dos meus, como na primeira vez. Passou as mãos por meu tronco e subiu, colando nossos corpos novamente e roçando os lábios nos meus. Puxei-a iniciando um beijo. Aquele gosto tão familiar, aquele toque, meu corpo se eriçando por inteiro apenas por sentir aquele toque. Senti um leve carinho em minha nuca, pressionei meu corpo contra o dela e parecia que eu finalmente estava no lugar certo. Levei uma das mãos até seus cabelos e puxei, fazendo-a morder o lábio e me olhar.

- Minha casa. Sem máscaras, sem escuridão. Quero te ver choramingar enquanto acabo com você - sussurrei com meus lábios contra os dela.

Pude vê-la sorrir e quando senti sua mão apertar meu membro, soube que não poderia mais esperar tanto tempo para tê-la novamente.
Pedi o carro para o manobrista e segurava firme em sua cintura. Podia ver vários olhares masculinos direcionados a ela, massageava meu ego saber que estava com a mulher mais linda da noite. Pude vê-la franzir o cenho quando a Ferrari estacionou a nossa frente e abri a porta do passageiro para ela entrar.

- Não gosta de Ferraris? - perguntei enquanto colocava o cinto de segurança.
- Não ligo para carros, na verdade - deu de ombros e sorriu de canto - É muito bonito no caso, mas é só um carro.
- Era um sonho antigo, temos que realizar sonhos, não acha? - arqueei a sobrancelha e a vi assentir - Você tem um sonho?
- Gosto de pensar que tenho muitas vontades, costumo realizá-las todos os dias - mordeu o lábio marota e logo senti sua mão em minha perna e aquilo me arrepiou de imediato.
- Você tem todo esse texto pronto quando se encontra com outros caras? - respirei fundo sentindo sua mão subir vagarosamente por minha perna.
- Outros caras? - pude ouvir um riso - Você está investigando se tenho muitos encontros, ?
- Não - desci o olhar rapidamente e ela estava acariciando minha virilha, já estava calor como o inferno - Isso não tem relevância, tem?
- Nenhuma - parei no semáforo e olhei pra ela, que sorria marota e piscou pra mim quando sua mão chegou em meu pênis - Mas você acertou quando disse que demoraria uns dias para te tirar da mente.
- Podemos dizer que foi recíproco - engoli seco, tentando manter a postura e notei ela tirar o cinto de segurança com a mão livre.
- Eu tenho certeza que foi, - ela jogou os cabelos para o lado, desci o olhar e o decote que ela usava era estupidamente convidativo, despertei ao ouvir uma buzina logo atrás.
- Como pode ter tanta certeza? - voltei a olhar pra frente e pude sentir uma movimentação em minhas partes baixas.
- Você também teve muita certeza quando me disse a frase, não foi? - baixei meu olhar rapidamente e ela já havia aberto minha calça.
- , eu estou dirigindo - engoli seco mais uma vez, tentando não acelerar tudo o que podia e chegar logo em casa.
- Você vê algum problema nisso, ? - ela disse com a voz suave, como se fosse uma criança pedindo um doce, fechei os olhos rapidamente antes de apenas negar com a cabeça - Olhos abertos, mocinho, não queremos um acidente por aqui.
- Vamos ter um acidente de qualquer maneira - sorri de canto, furando um sinal vermelho, eu realmente deveria parar o carro e acabar com isso, mas ansiava por ter mais tempo com ela além do banco de trás.
- Será? - senti minha cueca descer um pouco, eu nem poderia mentir, meu membro ereto saltou pra fora e pude ouvi-la prender o riso - Posso não ir até o final, quem sabe.
- Você não pode fazer isso comigo, - minha voz saiu baixa, o toque macio da mulher em meu pênis me fez perder o pouco de sanidade que ainda me restava, eu queria muito poder fechar os olhos e aproveitar daquela sensação.
- Oh, eu posso sim e você sabe que eu posso - ela começou a movimentar sua mão, lentamente o vai e vem me deixava mais ansioso e desviar dos semáforos havia se tornado a melhor opção.
- Se fizer isso, posso me vingar - torci o lábio e quando olhei de canto, pude vê-la se abaixar, aquilo me fez respirar fundo.
- Vou aguardar ansiosamente - sussurrou antes de passar a língua pela glande, me fazendo arfar.

Minhas mãos estavam trêmulas, era muito excitante dirigir enquanto aquela mulher me chupava com total delicadeza, talvez me provocando mais do que deveria. O mais difícil no momento era manter os olhos abertos, eu estava a poucos quarteirões de casa, maldita hora que escolhi o pub mais longe para fazer o happy hour.
Levei uma das mãos à cabeça de , pressionando para baixo, fazendo-a engolir todo meu membro, mordi meu lábio com força e ela voltou a fazer os movimentos de sucção, com pressa dessa vez. Pude sentir uma de suas mãos acariciar minhas bolas, gemi alto.
Entrei no condomínio, por sorte o porteiro estava entretido com a televisão e apenas acenou quando viu meu carro. Minha casa era a primeira na segunda quadra e pareceu uma eternidade chegar lá com aquela mulher me chupando deliciosamente. Eu não aguentaria muito tempo e ela parecia saber disso quando diminuiu os movimentos.
Quando o portão da garagem fechou, senti sua respiração muito próxima ao meu ouvido e fechei os olhos ao ouvi-la sussurrar.

- É agora que você vai se vingar de mim, ? - mordeu meu lóbulo e naquele momento eu perdi os sentidos.

Virei-me pra ela, que estava sorrindo. Medi cada traço de seu rosto e não pude deixar de sorrir também, que mulher era aquela? Eu havia ganhado na loteria.
Puxei-a para um beijo, gostava de senti-la cada vez mais perto. Ela aprofundou o ato e se movimentou, como se fosse sentar-se em meu colo.

You know that since the day I met you
Yeah, you swept me off my feet
You know that I don't need no money
When your love is beside me
Yeah, you opened up my heart
And then you threw away the key
Girl, now it's just you and me
And you don't care 'bout where I've been


Parei de beijá-la no mesmo momento e do jeito que eu já sabia que ela gostava, me transformei no homem do baile de máscaras.

- Desça do carro - disse sério e ela franziu o cenho - Você ouviu, desça.

torceu o lábio antes de descer, não me importei em fechar minha calça, apenas guardei meu membro que latejava no momento, iria ser mais difícil para mim do que para ela, com certeza.
Desci do veículo e pude vê-la aguardando do lado do passageiro, braços cruzados, olhar curioso e extremamente sexy. Caminhei até ela e colei nossos rostos, pude vê-la soltar os braços e colocá-los ao redor de meu pescoço, ela passou a língua pelos lábios e sorriu se aproximando e não demorou em me beijar.
Puxei-a pelos cabelos e ela voltou a sorrir, desci trilhando um caminho de beijos por seu queixo, pescoço e colo, mordiscando em certos momentos e ouvindo-a suspirar. Pude senti-la acariciar minha nuca e aproveitei para descer as alças de seu vestido. não perdeu tempo e foi subindo minha camisa, apalpando cada pedaço do meu tronco no meio do processo. Nos afastamos para tirar a peça ela me pegou pelos braços, colocando-me apoiado no capô do carro.
Começou a cantarolar minha música e dançar devagar, virando de costas pra mim e rebolando até o chão, rindo ao me ver morder o lábio. Virou-se de frente para mim, e começou a descer o zíper do vestido, bem devagar, aproveitando cada segundo, enquanto eu sentia minha cueca apertada demais. E ela estava certa, eu estava adorando vê-la tirar a roupa pra mim.
Ela não usava sutiã e naquele momento eu me controlei novamente, ela iria me matar.
se aproximou e fiquei pensando em levá-la para a sala, mas o capô do carro estava bem convidativo no momento.
Puxei-a pela cintura e passei a língua por seu lóbulo antes de morder e puxá-lo com delicadeza. Virei-a de costas para mim e desci as mãos por seu corpo, parando e apreciando seus seios maravilhosos enquanto ela deitava a cabeça em meu ombro e aproveitava a sensação. Continuei descendo uma das mãos parando naquele tecido de renda vermelha e quando senti a umidade em sua parte íntima, pressionei meu pênis contra sua bunda e pude vê-la morder o lábio inferior, reprimindo um gemido.
Massageei sua intimidade sob a calcinha, senti sua mão em meu pênis, apenas apertando-o e ela entreabriu os lábios. Tirei minha mão de sua vagina e afastei seu corpo do meu, ficou visivelmente surpresa, mas quando olhei para o carro atrás de mim, acredito que ela tenha entendido o que aconteceria, dado o enorme sorriso que ela me lançou.

- Você vai ficar bem quietinha, certo? - disse olhando-a nos olhos e ela assentiu.

Peguei-a pelo braço e a coloquei de quatro, apoiada no capô vermelho da Ferrari e por alguns segundos analisei aquela visão dos céus. Sua bunda empinada em minha direção, aquele tronco nu apoiado na lataria, o salto alto que usava e aquele olhar, eu não sei como fiquei tanto tempo sem conhecer essa mulher. Ela era fantástica.
Me aproximei e ela arqueou o corpo quando dei-lhe um tapa na bunda. Tirei meus sapatos, em seguida minha calça e pressionei meu pênis mais uma vez contra seu corpo, quando ela rebolou sob mim, fechei os olhos voltando a me concentrar na tal vingança, que era a melhor vingança da minha vida. Abaixei um pouco, distribuindo beijos por suas costas, descendo até sua calcinha e tirando-a com os dentes, sem pressa. Pude ouvi-la suspirar quando passei a língua devagar por sua intimidade, que naquele momento era a melhor visão que eu teria. Subi minhas mãos por suas pernas, parando em suas coxas e lambi mais uma vez sua intimidade de baixo para cima, dando beijos na região e apertando suas pernas. Ouvi-a reprimir um gemido e me limitei a sorrir, voltando a atenção à sua vagina. Penetrei-a com a língua, tirando logo em seguida e fazendo movimentos circulares, levei minha mão até o local e enquanto a penetrei com um dedo, pude vê-la erguer a cabeça e soltar um gemido alto. Parei o que fazia no mesmo instante e dei-lhe um tapa forte. mordeu o lábio inferior e me olhou sorrindo. Eu já estava a ponto de explodir.
Voltei a penetrá-la com meu dedo e a me deliciar com o gosto dela, eu poderia ficar horas ali, ela era perfeita de todas as maneiras. Suguei seu clitóris com delicadeza e foquei os movimentos circulares ali, devagar, vendo seu corpo começar a se contrair e ela não conseguir mais controlar gemidos. Agora era o momento.
Parei o que fazia e pude ouvi-la grunhir, me levantei e tirei minha boxer, sentia meu pênis latejar e tentava não pensar na sensação maravilhosa de foder aquela mulher com toda força que tinha.

- …- ela chamou com a voz baixa, eu sabia o que aquilo significava.
- Quietinha, - sussurrei e ela sorriu em seguida, me fazendo sorrir também.

Levantei uma de suas pernas e apoiei no capô do carro, aquela visão era mais maravilhosa do que a anterior. Posicionei meu pênis em sua entrada, apenas roçando meu membro em sua intimidade e podia vê-la empinar-se para mim, me deixando mais sedento por ela.

You know, I used to be in 1D (now I'm out, free) (free)
People want me for one thing (that's not me)
I'm not changing the way that I (used to be)
I just wanna have fun and (get rowdy)
One Coke and Bacardi (sippin' lightly)
When I walk inside the party (girls on me)
F1 type Ferrari (6 gear speed)
Girl, I love it when your body (grinds on me)
Baby (ooh)


Comecei a penetrá-la devagar, parando quando a cabeça de meu membro estava dentro dela. Puxei-a pelos cabelos mais uma vez na noite e ela me olhou, sorri em resposta e tirei meu membro. fechou os olhos e suspirou ao me sentir penetrá-la novamente, ainda bem devagar. Ela grunhiu mais uma vez e empinou a bunda em minha direção.
“Me fode de uma vez, .” Fechei os olhos ao ouvi-la dizer e senti sua bunda colar em meu membro, rebolando em seguida.
Os cabelos que eu ainda segurava, puxei com mais força e a penetrei de uma só vez, sem delicadeza alguma e pelo gemido que ela soltou, me pergunto se não a machuquei. A dúvida sumiu quando ela me olhou e sorriu novamente, me dando liberdade para estocá-la com força e seus gemidos se transformaram em belas melodias.
Ver seu corpo suado sob a lataria vermelha me fazia respirar fundo para não acabar com aquilo tão rápido. Sentir seu corpo contra o meu era uma sensação indescritível, como se nos completássemos instantaneamente.

- Rebola para mim, vai! - disse e ela me atendeu de imediato.

Rebolava contra meu membro, engolindo-o todo de uma vez com sua intimidade e aquilo me fazia revirar os olhos. Parei em um momento e puxei-a pelos braços, deixando-a em pé com o corpo ainda colado ao meu. Distribui beijos por seus ombros e pela nuca, ela virou-se para mim e me beijou ferozmente. Todo contato que tivemos até agora parecia único, era uma sensação nova a cada beijo, cada olhar ou sorriso. Enquanto nossas línguas se encaixavam perfeitamente, dei alguns passos fazendo-a sentar-se sobre o capô.
No mesmo instante ela me prendeu entre suas pernas e logo eu já estava preenchendo-a novamente. Dessa vez devagar, uni minha testa na dela e aproveitei o momento, senti-la por completo me deixava sem sanidade nenhuma. Talvez ela se sentisse da mesma maneira, pois senti um leve carinho em meu rosto e então abri os olhos, colando também nossos lábios.
Apertei um de seus seios com a mão e ela finalizou o beijo, jogando sua cabeça pra trás e gemendo um tanto mais alto. Com o ato, desci a outra mão e parei em seu clitóris, massageando devagar e vendo-a morder o lábio inferior. Eu realmente não aguentava mais, ela era minha prioridade no momento e eu estava me segurando até fazê-la chegar ao seu ápice. parece ter entendido, pois sua intimidade começou a se contrair contra meu membro e ela pediu por mais. Deitou-se inteiramente sob o capô e me deitei sobre ela, estocando cada vez mais rápido e forte, os gemidos eram altos e senti algumas mordidas em meu ombro enquanto eu me deliciava em brincar com seus seios e mordiscava seus mamilos. Uma de minhas mãos estava em sua cintura, apertei forte e rebolei com meu membro dentro dela, que gemeu alto e forte demais, senti suas unhas em minhas costas fazendo um belo trabalho e aproveitei desse movimento para massagear seu clitóris novamente, o que a fez choramingar um pouco. Senti sua intimidade se contrair com força e suspirou pouco tempo depois. Havia chegado lá.
Beijei-a rapidamente e parei os movimentos, me abaixando e distribuindo beijos em sua intimidade, não bastando, passei a língua por toda sua vagina, me deliciando com todo o gosto dela, que havia se derramado em mim. me afastou um pouco e sorriu quando olhou em meus olhos ao dizer: “Deixe-me terminar o que comecei.”
Me arrepiei no mesmo instante, ficando em pé enquanto ela se ajoelhava na minha frente e aquela com certeza era o primeiro lugar da lista de melhores imagens da minha vida.
Abocanhou meu membro e não enrolou muito para começar os movimentos de sucção. Massageava minhas bolas e chupava com tanta vontade que foi necessário me apoiar no carro para não cair devido às pernas que agora estavam bambeando.
Passou a língua pela glande, engolindo-o inteiro logo em seguida e descendo até minhas bolas mais uma vez sugando uma e depois a outra, me fazendo gemer alto. Ela me olhava sem pudor algum, parecia estar se deliciando mais em ver minhas reações do que qualquer outra coisa. Eu realmente encontrei a melhor mulher do mundo.
Levei uma mão até sua cabeça, fazendo-a engolir meu membro mais uma vez e segurei um tempo, pressionando-a, até ela fazer força para trás e tirá-lo da boca. então acelerou os movimentos, chupando-me rápido, uma de suas mãos estavam em minha coxa e ela cravava suas unhas na região. Gemi forte ao me derramar em sua boca.
Estava ofegante ao olhá-la, que por sua vez, engoliu tudo e sorriu pra mim, mais uma vez, se aproximando e me dando um selinho demorado.

You know I love it when the music's loud
But c'mon, strip that down for me, baby
Now there's a lot of people in the crowd
But only you can dance with me
So put your hands on my body
And swing that round for me, baby (yeah)
You know I love it when the music's loud
But c'mon, strip that down for me
(Yeah, yeah, yeah, yeah)


- Você quer entrar? - perguntei e logo em seguida rimos juntos.
- Posso riscar garagem da minha lista - deu de ombros e foi buscando suas roupas pelo chão - E transar de sandália também.
- Você tem uma lista? - perguntei enquanto tentava regular minha respiração.
- Não, mas se tivesse, já riscaria tais coisas - ela vestiu a calcinha e eu fiquei admirando-a.
- Podemos fazer uma lista juntos - me levantei e busquei as roupas também - Transar em cima de uma Ferrari já posso riscar.

Estávamos deitados na cama e eu já havia conhecido uma diferente. Ela não se importava em quem eu era ou o que havia feito, gostava de falar sobre planos e em como era feliz em sua profissão. Descobri no meio da conversa que quando ela me viu na TV e me reconheceu pelas tatuagens, riu muito, pois Angel já havia contratado a empresa para meu clipe e ela jamais imaginou que eu estaria na festa da amiga. Acabei perguntando sobre e , me confessou que eles se conheceram em um voo para Barcelona, acabaram conversando muito durante a viagem e se esbarraram várias vezes depois disso, mas ainda não se pegaram, o que estamos suspeitando estar demorando demais.
O olhar de era tão profundo, ela estava sentada agora, apenas de lingerie, me olhando e rindo enquanto eu conto em como tentei encontrá-la durante os dias que se passaram desde o nosso primeiro encontro.
Encostei na cabeceira, enquanto ela jogou as pernas por cima das minhas e se apoiou com os braços na cama, agora conversávamos sobre nossas famílias, eu me divertia muito em como a família dela era incomum, não ligavam para feriados e qualquer outra coisa, todo dia era dia de reunir a família e ela adorava casa cheia. Morava sozinha há anos, mas sempre que podia, estava na casa dos pais para fofocar com sua mãe, que era sua melhor amiga ao lado de . Quando contei sobre minha família extremamente tradicional, que em todos os feriados e datas comemorativas tínhamos que nos reunir e se possível, frequentar a igreja todo domingo, o que achou lindo. Era muito interessante a forma com que ela levava sua vida, sabia entrar e sair de qualquer assunto, sabia ouvir e a hora de falar. Era incrivelmente viciante estar com ela, me fazia ser o que só existe com os familiares, ser tratado dessa maneira era incrível, me sentia vivo.

Depois de um longo banho, estávamos na cozinha devorando uma barca de sushi, usava minha camisa de botões e estava aberta, eu estava de bermuda e a sincronia era perfeita. Estávamos ainda rindo muito, mas as risadas cessaram quando comecei a contar sobre meu divórcio e em como era difícil não ter meu filho comigo todos os dias. Havia me acostumado em acordar e ter aquela pequena pessoa me esperando, rindo para mim e agora as coisas eram mais complicadas, ficar com meu filho apenas nas folgas não era algo que me deixava muito bem, mas eu estava aprendendo a lidar com aquilo.
Meu casamento desandou um pouco antes do nascimento do pequeno, as discussões frequentes, a insegurança de ambos os lados, tudo estava destinado ao fracasso, mas depois que o bebê nasceu a esperança ainda estava presente e os dois tentaram manter o casamento vivo, o que nitidamente não deu certo. disse várias coisas, algo do tipo, quando não é para ser simplesmente não acontece e em como minha ex-mulher é incrível. Me deu inúmeros conselhos o que achei uma surpresa, levando em conta que outras mulheres evitavam tocar no assunto: meu casamento.

- O que acha de sairmos para jantar qualquer dia desses? - perguntei vendo-a sorrir em seguida.
- Está me convidando para um encontro? - arqueou a sobrancelha e assenti em resposta - Vai partir para formalidades à essa hora da madrugada?
- O que posso fazer? Você não é cansativa - dei de ombros e ela gargalhou - Ainda não tenho uma resposta.
- Veja bem, - se levantou e logo sentou-se em meu colo, colocando uma perna de cada lado do meu corpo - Onde você me levaria para jantar?
- Hum, essa é uma boa pergunta - coloquei minhas mãos em sua cintura - Não seria sushi, acabamos de comer.
- Realmente, mas eu adoro sushi - passou a língua pelos lábios e sorriu - Italiano?
- É uma boa pedida, mas pensei em algo árabe, o que acha? - pareceu pensar por alguns segundos - Nunca foi a um restaurante árabe?
- Não - deu de ombros e riu - Mas já comi alguma coisa, estava tentando me lembrar o que é.
- Isso é um sim? - desci minhas mãos por suas coxas e ela apenas assentiu - Podemos discutir os detalhes?
- Depois, , depois…

Beijou-me mais uma vez na noite e eu queria que as horas passassem mais devagar.

Baby, oh, strip that down, girl
Love when you hit the ground, girl
(Yeah, yeah, yeah, yeah) (strip that down)
Oh, strip that down, girl
Love when you hit the ground, girl
(Yeah, yeah, yeah, yeah)

Oh, strip that down, girl
Love when you hit the ground, girl
(Yeah, yeah, yeah, yeah)
Oh, strip that down, girl
Love when you hit the ground


Havia se passado poucos dias desde que passou a noite comigo. Dormir não se encaixaria na frase já que fizemos muitas coisas e dormir não foi uma delas. Estávamos conversando frequentemente por whatsapp e infelizmente não conseguimos nos encontrar mais vezes. No dia seguinte ao happy hour, ela apareceu nos estúdios como havia dito, mas seu trabalho foi rápido e o máximo que havia conseguido foi uma rapidinha no camarim. Ela era viciante. Conversávamos por horas e eu já estava contando os dias para encontrá-la novamente.

- Você vai sair com ela de novo? Achei que era só sexo - disse enquanto eu vestia minha camisa.
- Ela é demais, cara! Sério - me olhei no espelho e fechava os botões da peça - Faz quase um mês desde o dia do happy hour e eu realmente estou ansioso.
- Ouvi coisas sobre - começou e quando vi que não me manifestei, continuou - Tem caras por aí que fazem qualquer coisa pra sair com ela.
- E você acha que não sei disso? Ela é fantástica! - mordi meu lábio - Bem durona na maioria das vezes.
- , ouvi também que depois de alguns shots ela já fica apaixonada, então, veja bem se é isso que quer - deu de ombros quando me viu franzir o cenho.
- Irmão, eu posso soar estúpido agora, mas realmente seria uma honra se uma mulher daquela se apaixonasse por mim.

estava deslumbrante, usava uma calça escura, uma blusa branca simples, um blazer preto e seus inseparáveis salto alto. Conversamos bastante durante o caminho e ela parecia mais leve dessa vez. Não que não estivesse das outras, mas especialmente hoje ela parecia diferente. Ajeitou os cabelos antes de descermos no carro e me esperou do lado de fora do passageiro, eu não sabia muito bem como fazer, mas respirei fundo e peguei sua mão, entrelaçando nossos dedos em seguida e pude vê-la morder o lábio, reprimindo um sorriso.
Entramos no restaurante e a hostess nos direcionou à mesa que eu havia reservado, tirou o blazer, deixando-o nas costas da cadeira e não esperou meu cavalheirismo, sentou-se e ficou me olhando fazer careta por não me deixar agradá-la, rimos juntos.
Pedi uma garrafa de vinho e assim que abriu o cardápio, parecia mais perdida do que cego em tiroteio.

- Você disse que já comeu alguma coisa árabe, o que era? - perguntei abrindo meu cardápio e ela sorriu.
- Kafta? - arqueou a sobrancelha e soltou uma gargalhada em seguida - Eu não sei mais, faz muito tempo!
- Certo - acompanhei o riso - Se interessou por algo?
- Roz Maroc, achei bem apetitoso! - continuou olhando o cardápio - Arroz com carne de cordeiro desfiada, grão-de-bico, uvas passas, amêndoas e especiarias, mas não quero as passas!
- Vai perder grande parte do gosto, sabe disso? - coloquei meu cardápio sob a mesa e sorri.
- Sei e não me importo - deu de ombros - Você vai comer o que?
- Acho que vou te acompanhar - Coloquei minha mão sob a dela e acariciei.

O garçom voltou com o vinho e fizemos nosso pedido, mexia compulsivamente nos anéis que usava, parecia ansiosa e nem o vinho estava relaxando-a naquele momento. Aquilo acabou me intrigando de uma maneira diferente e resolvi perguntar.

- Nervosa? - arqueei a sobrancelha e ela mordeu o lábio, desviando seu olhar do meu.
- , eu prometi a mim mesma que ia te falar umas coisas depois do jantar, mas estou ficando aflita! - passou uma das mãos pelos cabelos e me olhou - Você precisa entender as coisas do jeito certo, o que acontece é que eu nunca sei explicar.
- Ei, calma - franzi o cenho - Vamos por etapas.
- Isso, etapas - ela sorriu e deu um gole no vinho - Eu estava noiva!
- Certo - engoli seco - Você estava noiva quando nos conhecemos?
- Não - respondeu e respirei aliviado - Mas naquele dia…
- Naquele dia o que? - Peguei minha taça e virei toda a bebida de uma vez, certas coisas só acontecem comigo, então eu estava me preparando pra algo ruim.
- - fechou os olhos e respirou fundo antes de continuar - Namorei um cara chamado Mark por quase seis anos, estávamos noivos, mas as coisas desandaram e estamos separados há uns meses.
- Ok, estou entendendo - enchi minha taça de vinho novamente. Ela não poderia ter vindo jantar comigo para me dizer que voltou com o ex noivo, não é? Eu tenho muita sorte, realmente.
- No dia em que nos conhecemos, eu tive uma conversa com ele - ela fechou os olhos mais uma vez e balançou a cabeça negativamente - nem sabe disso, mas ele estava desesperado pra voltar e eu achei que também estava…
- … - comecei a me pronunciar, eu não sou obrigado a ouvir o desfecho disso, estava sentindo a mulher mais foda que já conheci tão distante mesmo com ela na minha frente.
- , eu conheci você naquele dia e nunca me senti tão viva! - Ela soltou de uma vez e eu arregalei os olhos - Quando você me arrastou pro quarto eu pensei “ah, ok, sexo.”
- Eu também pensei.. - disse sem tirar os olhos dela, que agora ria envergonhada.
- Não sei explicar o que aconteceu, eu só queria te agradecer por isso, de verdade. Talvez eu voltasse com Mark apenas por ser cômodo para mim, mas naquele dia você me mostrou que eu mereço muito mais - Foi a vez dela segurar minha mão e acariciar. Sentia meu coração batendo forte demais, ela realmente era incrível.
- Você não faz ideia de como me alivia ouvir isso - Coloquei minha mão sob a dela, que estava em cima da mesa, entrelacei nossos dedos e sorri abertamente.
- Ei, você pensou o que? Que eu iria me declarar? Acorda, garoto! - riu debochada e mostrou a língua pra mim - Esse é apenas nosso quarto encontro!
- Quarto? Não seria terceiro? - franzi o cenho e me lembrei da rapidinha no camarim - Ah é… Você está contando nossos encontros?
- Não, mas deveria? - Lá estava a instigante novamente, minha preferida.
- Acho que não, você vai acabar perdendo as contas… - sorri de canto e me levantei um pouco, inclinando para frente e ela entendeu o que eu faria, pois fez o mesmo movimento e colei nossos lábios.

She gon' strip it down for a thug, yeah (strip it down)
Word around town, she got the buzz, yeah (word)
Five shots in, she in love now (shots)
I promise, when we pull up, shut the club down (hey)
I took her from her man, don't nobody know (know)
If you brought the CL, better drive slow (slow)
She know how to make me feel with my eyes closed (skrrt skrrt)
Anything goes down with the Huncho (Huncho)


Nosso jantar chegou pouco tempo depois, aliás, nosso beijo foi interrompido pelo garçom pigarreando e não se controlou, riu muito na frente dele e aquilo me fez rir também. Eu era quem estava leve agora, o que disse mais cedo para realmente era o que eu pensava, eu estava sendo o cara mais sortudo do mundo por ter , acabei tirando-a de um cara e ninguém sabe. Pobre Mark.
Ficamos longas horas ali, secamos uma garrafa de vinho e recusou a sobremesa, o que para mim estava tudo bem, visto que comemos demais. Na hora de pagar a conta, bateu o pé e acabou por me convencer a dividir, ela argumentou várias vezes sobre como não gosta de ser bancada por homem e aquilo me fez sorrir, empoderada demais eu diria e gostava de deixar aquilo bem claro.
Convidei-a para darmos uma volta, ela pensou em aceitar, mas logo em seguida viu alguns fotógrafos mirando em nós e sugeriu que fossemos para o apartamento dela o que topei no mesmo instante.

- Sua tour começa quando? - perguntou enquanto abria outra garrafa de vinho.
- Semana que vem, você não vai fazer parte do ballet? - me encostei no batente da porta e fiquei olhando-a.
- Não posso - suspirou - Fechei com uma turma nova e preciso de três meses para os ensaios.
- Uma pena, poderíamos aproveitar os intervalos - me aproximei rindo e abracei-a por trás.
- , me poupe - revirou os olhos - Você vai ter bastante distração nessa tour e está tudo bem pra mim.

Não respondi. Nos conhecíamos a pouco mais de dois meses, mas pessoalmente como ela mesma já havia frisado, estávamos nos vendo pela quarta vez. Explicar como meu corpo reagia a ela, em como contei os dias para encontrá-la novamente e em como o tempo passava rápido demais ao lado dela poderia parecer desesperador. Distribui alguns beijos por seu pescoço e pude vê-la se arrepiar, mordi levemente seu ombro e peguei a taça que ela havia acabado de encher, me afastando em seguida.
me olhou indignada e se pôs a rir, pegando sua taça e me acompanhando em seguida.

- Acho que você não vai querer falar sobre isso, mas o assunto está fresco na minha mente - sentei-me no sofá e continuei - Você disse que seu relacionamento começou a desandar, o que houve?
- Bom, é meio difícil resumir cinco anos e alguns meses de relacionamento, mas… - deu de ombros antes de sentar ao meu lado - Mark e eu nos conhecemos na faculdade, aquele clichê, nos relacionamos e tudo seguiu perfeitamente bem.
- Desculpa, não tenho clichês de faculdade - torci o lábio e ela fez uma careta - Sucesso mundial toma muito meu tempo.
- Cala boca! - ela riu do meu tom irônico e continuou - Até o terceiro ano de relacionamento tudo foi bem legal, a gente não tinha muito tempo pra se ver, eu trabalhava muito e ele sendo CEO de uma multinacional, viajava muito também, mas quando nos encontrávamos era ótimo - já estava com as pernas sob as minhas, eu prestava atenção na história e procurava uma falha.
- Certo, vocês eram o casal perfeito! - revirei os olhos - O cara é CEO, você uma coreógrafa incrível, consigo imaginar filhos incríveis e todo clichê de família perfeita.
- Eu pensava isso também, até que ele se fixou na cidade e começamos a nos encontrar sempre - ela fechou os olhos por alguns segundos - Eu já não era mais tão perfeita e suficiente.
- Não consigo achar isso possível - disse e ela me olhou de canto, rindo fraco - Desculpa, você é incrível, o que posso fazer?
- , você me conhece há menos de três meses, está me vendo na melhor versão - me olhou diretamente nos olhos - Mark não gostava mais do meu jeito todo decidido e se eu fizesse algo diferente na cama, queria saber com quem tinha aprendido, dando a entender que eu o traía.
- Você faz mais coisas além do que fez comigo? - olhei-a curioso e recebi um tapa no ombro - Desculpa, eu estou tentando me concentrar e não deixar tudo isso tenso.
- Não é mais tenso pra mim - balançou sua taça de vinho e bebericou - Quando eu me vi, me enxerguei de verdade, vi que era mulher demais para o Mark, que é apenas um idiota que não aguenta uma mulher de verdade ao lado dele.
- Oi, instigante, estava sentindo sua falta - disse brincalhão me referindo à oscilação na fala dela, contando a história de seu relacionamento, parecia uma menina frágil, mas contando como acordou para a vida, ela era a mulher que conheci há meses atrás.
- Você é um idiota - revirou os olhos e riu novamente - A instigante estava com medo de não ser o bastante pra qualquer outro cara, decidiu voltar com Mark, já que ele ecoava em minha mente dizendo que se não ficasse com ele, ninguém iria me querer e na noite em que havia decidido voltar, conheci um tal de e me vi tão incrível!
- Nunca me apresente o Mark, só se você quiser vê-lo sangrando - franzi o cenho, colocando minha taça sob a mesinha de centro - Você nitidamente não precisa que te digam nada, mas eu me sinto muito honrado de ter uma mulher como você ao meu lado, e não precisa ficar lembrando que nos conhecemos a pouco tempo, na minha opinião isso não faz diferença, se parar para ver a conexão que tivemos desde o primeiro olhar. Quando você entrou naquela festa, quando eu pus os olhos em você, te quis imediatamente - me olhou serenamente, abobada talvez, mas seus olhos tinham um brilho fora do normal - Eu estou me fodendo se você tem surtos, grita, é empoderada demais ou decide inovar na cama quando quer, só estou aqui pedindo, faça isso comigo.

You know I love it when the music's loud
But c'mon, strip that down for me, baby
Now there's a lot of people in the crowd
But only you can dance with me
So put your hands on my body
And swing that round for me, baby
You know I love it when the music's loud
But c'mon, strip that down for me
(Yeah, yeah, yeah, yeah)


Ouvi o barulho do vidro se estilhaçando no chão, quando terminei de falar, apenas soltou a taça que tinha em mãos e sentou-se em meu colo. Acariciou meu rosto por alguns segundos, seu olhar dizia o que ela não precisava abrir a boca para falar. Desci minhas mãos por sua cintura e ficava abismado e como nos encaixávamos, o toque, a pele macia dela contra a minha, seu olhar conectado ao meu. Sentia um calor por dentro e sabia que não era apenas tesão.
me beijou e diferente das outras vezes, havia uma calmaria no ar, ela depositava naquele beijo talvez toda a confiança que tinha e eu queria que ela soubesse que era recíproco. Eu a desejava, toda hora, queria me perder no corpo dela a todo momento, ouvi-la gargalhar era uma melodia.
Senti suas mãos descerem por meus ombros e abrir minha camisa rapidamente, jogando-a em qualquer canto. Ela rebolou vagarosamente sob meu colo, me fazendo morder seu lábio inferior em resposta. Desceu os lábios por meu pescoço enquanto eu tentava sem sucesso tirar sua roupa, vestidos realmente eram mais fáceis.
Ouvi um riso e ela mordeu meu lóbulo e rebolou lentamente mais uma vez, me fazendo apertar sua cintura com certa força, não era preciso dizer que eu estava excitado e querendo acabar com ela aqui mesmo. Subi um pouco a mão e toquei sua barriga por baixo da blusa, se contraiu um pouco e arranhou minha nuca em resposta.
Voltou a me beijar e o tesão já era maior que qualquer coisa, minha mão já estava em seu seio e apertei sem delicadeza quando ela roçou nossas intimidades mais uma vez.
Mordeu meu lábio inferior e puxou, soltando-o rapidamente, me olhou sorrindo e saiu de meu colo, me deixando confuso. Eu não precisava de uma cama e acredito que ela não se importava com isso também. Caminhou até a cômoda que havia no canto da sala, ligou o rádio e como eu gostava, a música alta tomou conta do ambiente.
deu alguns passos pra trás, sem tirar seus olhos dos meus, passou a língua pelos lábios e sorriu marota. Começou a cantarolar novamente e seu corpo lentamente começava a se movimentar.
Cada curva dela se encaixava em mim, eu tinha certeza disso. Ela abriu sua calça e ficou de costas, abaixando devagar e tirando suas sandálias. Começou a descer a calça e eu simplesmente não conseguia tirar os olhos dela.
Virou-se de frente pra mim e parou de tirar a peça, voltando sua atenção à blusa branca e levantando-a devagar, sorri e olhei-a nos olhos.

- Vamos lá, minha garota, tira tudo pra mim!

Aquela teoria que às vezes encontramos pessoas e nos sentimos em casa era a coisa mais estúpida que eu já havia escutado na vida. Até o dia em que me perdi no corpo dela. Minha casa.

Yeah, yeah, yeah, yeah, c'mon, strip that down for me
(Yeah, yeah, yeah, yeah) (ayy)
Don't say nothing, girl, strip that down for me (strip it down)
(Yeah, yeah, yeah, yeah)
All I want, girl, if you strip that down for me (strip it down)
(Yeah, yeah, yeah, yeah)
You're the one, girl, c'mon, strip that down for me
(Yeah, yeah, yeah, yeah)


Fim



Nota da autora: Hey! Esse reencontro foi incrível, não acharam? Tô começando a me apaixonar por esse casal <3
Parte 3 está chegando.....
Deixem um comentário e me façam feliz!!!!!
Entre no grupo do facebook e leia outras histórias além de ficar por dentro da continuação.
Espero vocês lá!

Lígiaaaaa! Obrigada por betar essa song, obrigada por ser a melhor beta EVER! <3





Ah, pare que eu fico com vergonha, Dé, hihi.
Jesus, apaga a luz. Eu só queria uns pegas de leve com esse homem, mas depois da gente ler uma coisa dessas, fica querendo é praticar o kama sutra inteiro, Deus é mais. Como se respira, Débora?
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


comments powered by Disqus