Capítulo 1
Uma semana. Esse era o tempo que e Harry não se falava. O casal decidiu manter o silencio e a distância após uma briga que tiveram por cada um viver em mundos distintos. Harry estava no auge da sua carreira desde que a sua banda decidira se separar. O garoto mais desejado da Inglaterra, e talvez de vários países, colhia os frutos de sua dedicação do primeiro álbum e agora, depois de passar por férias, começara a se organizar para anunciar seu segundo trabalho. O trabalho de divulgação seria minuciosamente pensando e apesar de ter algumas músicas prontas, queria trabalhar na composição de mais algumas para garantir que o seu melhor estaria naquele disco.
Por outro lado, era uma garota nada famosa, que por coincidência esbarrou com a celebridade em uma livraria no centro de Londres. Trabalhava como escritora na BBC de Londres. Formada em Ciência Política e cansada dos rumos que sua carreira estava tomando no seu país natal, a brasileira decidiu mudar para a cidade da Rainha para tentar algo diferente e isso lhe garantiu uma mesinha em um dos jornais mais visualizados.
- Como as democracias morrem? – leu Harry em voz alta atrás da menina que tomou um susto, desequilibrando o livro da sua mão – Desculpa – pediu depois de ver o qual assustada a garota ficou.
- Tudo bem – respondeu, mas ainda sem reparar quem de fato havia a tirado sua concentração. Quando virou para trás, reparou de quem era aquela voz. Por um momento sua garganta ficou seca e as palavras sumiram; ela abriu a boca várias vezes, mas nenhum som era emitido. Harry Styles estava em sua frente e para ela, esse seria o auge de morar em Londres.
- Tudo bem? – o garoto questionou, preocupado. Contendo a vontade de sorrir por conta da situação, Harry acenou em frente ao rosto da menina para chamar sua atenção.
- Meu deus – conseguiu, por fim, dizer – Esse é o auge da minha vida – brincou rindo enquanto suas bochechas revelavam um tom de vermelho por seu constrangimento.
- Se assustar por mim? – Harry perguntou, sem graça, mas claramente se aproveitando da situação constrangedora.
- Você sabe quem você é? – a garota indagou
- Sim, eu sei – respondeu em risadas – e você, quem é?
- Me chamo .
- Bonito nome – respondeu.
- A ponto de você escrever uma música com ele? – brincou e se sentiu idiota por isso – Desculpa, é que eu já escutei muito suas músicas e sempre tem um nome por lá e ai eu achei que po..
-Tudo bem – ele respondeu gargalhando – não se desculpe por isso.
- Tudo isso para dizer que você escreve bem – falou sem graça.
- Muito obrigada, – ele estendeu a mão para a garota – Muito prazer, eu sou o Harry. E então? Vai me responder? – ele questionou e a menina sem entender nada, levantou a sobrancelha como sinal de dúvida – Como as democracias morrem – relembrou.
Depois de explicar do que se tratava o livro para Harry, os dois ficaram conversando por horas no café que tinha dentro da livraria. O rapaz afirmou não entender nada sobre política e que adoraria ler alguns livros para que, pelo menos o mínimo, ele falasse com coerência. Desde esse encontro, a relação começou a ser mais constante e as conversas duravam até a madrugada. sabia o qual grande era ser amiga de alguém como Harry, já havia lido diversas entrevistas de pessoas que cultivavam uma amizade com o cantor e que afirmavam o quanto ele era uma pessoa incrível e gentil. Ela estava encantada, todos estavam certos.
Já Harry gostava de ter alguém como a brasileira no seu grupo de amigos. Ela era inteligente, divertida, tinha um bom senso de humor e apresentava ao garoto coisas novas sobre sua cultura e sobre as últimas notícias do mundo. Mas tinha uma rotina totalmente diferente de Harry e ele sabia que nem sempre ela estaria disponível para tomar um café e escutar sobre o último livro que ele lera para terem um debate. No entanto, gostava de tê-la por perto.
- Quer jantar comigo? – ele a convidou, depois de ouvir uma história que contava entusiasmada sobre algo que acontecera em seu trabalho. Ele estava encantado em ouvi-la a falar, em escutar sua risada, e como ela sempre parecia interessada e concentrada com tudo que ele compartilhava.
- Claro! – aceitou, sem hesitar, afinal eles já haviam saído para comer algumas vezes desde que se conheceram.
- Não, como se fosse um encontro. Um encontro de verdade – falou. A menina o encarou por alguns segundos, sem resposta para a proposta. Era obvio que um convite desses era irrecusável, mas ela não tinha noção que um dos cantores mais famosos do mundo se interessaria por ela e a convidaria para jantar. sabia que os dois viviam em realidades distintas e ela não era bem o padrão que o garoto costumava a namorar. Apesar de ser alta, não era nenhuma modelo com manequim 36 com a pele perfeita. Escrevia sobre política numa coluna de jornal e seus papos eram relacionados a isso ou séries bobas, como the office e friends.
- Um encontro? – questionou? – Eu e você? e Harry Styles?
- Sim, sim e sim – brincou– E então?
- Todo mundo vai ver a gente? – indagou. Ver sua cara nas manchetes como possível casinho de Harry não seria algo para entrar na sua lista de coisas para se preocupar.
- Eu espero que sim – o garoto sorriu- Por quê?
- É só... complicado.
- Certo. Podemos fazer na minha casa – sugeriu – é longe, não tem pessoas por perto e tem privacidade.
- Tudo bem. Eu janto com você, Styles – aceitou por fim.
sabia o quão complicado era. Ele também, afinal seus namoros não eram tão duradouros por conta do que se tornou sua vida. O mais longo que tivera perdurou por um ano. Já a menina não era uma pessoa com muitas experiencias quando o assunto era relacionamento. No Brasil namorou sério apenas com um cara, que a traiu depois de um tempo juntos. Depois disso tentou dá chance para outros, no entanto, todos foram decepcionantes. Ela sabia que pessoas como ela não namoravam pessoas como Harry. Gente famosa tem relacionamento com outras pessoas famosas porque no meio deles de alguma forma funcionava, pelo menos as vezes.
Havia muita tensão de ambos os lados quando o dia do jantar chegou. O garoto se esforçava para que tudo saísse bem, poderia não ser perfeito, mas teria que ser no mínimo agradável. Ele gostava de e tinha certeza disso, só não sabia o quanto a menina também compartilhava do mesmo sentimento. Talvez ela só o enxergasse como um amigo e precisava confirmar se era verdade.
- Uau! Sua casa é enorme – comentou assim que Harry abriu a porta – dá para morar 20 pessoas aqui e elas nem se cruzariam.
- Oi para você também – ele disse depositando um beijo na bochecha da garota. Aquele movimento trouxe arrepios em ambos – e larga de exagero, não seria possível 20 pessoas aqui porque não tem isso tudo de quarto – ele brincou.
- Bom, isso é verdade. Irei reduzir meu número para 10.
- Podemos fazer uma tour depois do jantar – propôs.
- E é obvio que aceitarei – a menina o encarou com um sorriso no rosto animada com a ideia. Ela percebeu que ele a olhava diferente desde que passou pela porta e ela gostava daquele olhar, como se fosse a coisa mais importante naquele momento. E de alguma forma, ela tinha certeza de que era.
- Você está linda – elogiou – muito mesmo
- Obrigada – respondeu envergonhada – e então, o que teremos para o jantar?
- Antes tenho uma surpresa – Harry sumiu do cômodo, deixando totalmente confusa e curiosa. Sabia que do cantor poderia esperar qualquer coisa especial, ela já o conhecia para saber o quão carinhoso ele era com as pessoas – Pode vir comigo – ele voltou eufórico
- Você estava correndo? – quis saber – Garoto o que você está fazendo?
- Só vem, – Harry segurou a mão quente da menina, guiando-a para o fundo da casa. O espaço tinha um enorme jardim atrás da residência, que dividia o lugar com uma piscina e cozinha externa – Eu plantei algumas já grandes e as outras foram plantadas desde a semente. Você pode vir aqui conversar com elas quando quiser, minha mãe diz que é importante para o crescimento – ele riu e não sabia ainda como reagir. Em uma de suas conversas, ela havia comentado o quanto amava girassol e por isso tinha uma tatuada em seu braço esquerdo. Amava o que elas significavam e ver aquele pequeno jardim de girassóis foi o suficiente para arrancar todas suas palavras.
- Harry eu não sei o que dizer, é lindo – respondeu com dificuldade
- Você é especial, . Mais do que você pensa e eu queria demonstrar isso.
- Obrigada – disse a única coisa que conseguia.
- Jantar? – ele perguntou enquanto apontava para o caminho de volta. Ele estava orgulhoso de si mesmo. Sabia que era uma boa forma de iniciar a conquista da garota.
Aquele foi o primeiro jantar de alguns que o casal teve nos dias que passaram. sabia que Harry estava se esforçando para mostrar o quanto ela era importante para ele e o quanto a queria por perto. As vezes ele mandava mensagem apenas para dizer oi no meio do dia para falar que estava pensando nela ou que tinha lido uma notícia que o interessava. A forma como ele se importava deixava a menina encantada e por mais que ela estivesse evitando ter qualquer sentimento, sentia-se fracassada. Era impossível não cultivar algo pelo cantor.
- Eu gosto de você – Harry disse após terminar de contar sobre o seu dia. Estavam na casa da menina, jantando algo pedido por aplicativo pois, como morava só, raramente comprava muita quantidade de comida no mês e já era a última semana e dentro do seu armário havia biscoito e água.
- Eu também gosto de você, Harry
- Não , você não entendeu – Harry levantou de sua cadeira e passou as mãos no cabelo como sinal de impaciência e nervosismo – Eu gosto mesmo de você. Eu fico ansioso para te ver, para ouvir você me contar sobre seu dia, sentir seu cheiro e ouvir sua risada. Eu não consigo disfarçar mais – O menino voltou ao seu lugar e segurou a mão de , que ouvia tudo sem conseguir dizer nada. A intensidade de suas palavras era demais para ela. A garota tentava desvincular o Harry do famoso Harry Styles, mas falhava nessa missão. A sua foto nos portais de fofoca mostrava que talvez nunca conseguiria.
- Eu estou apaixonado por você. É isso – o garoto permaneceu calado após declarar seu sentimento por , esperando alguma resposta. Ele entendia os empecilhos e as coisas que a mídia começaria a falar, a perguntar. Ele podia aguentar, mas o silêncio da garota fazia ele pensar que ela não conseguiria e isso o apavorou, poderia até não tê-la em sua vida como imaginaria, mas não tê-la em nenhum sentido era pior.
- Eu acho que minha cabeça vai explodir – respondeu depois de um longo silêncio. Sua mente estava a mil. Ela sabia que havia algo a mais na amizade, mas nunca se permitiu de fato entender o que era, pois em sua cabeça tudo poderia não passar de uma grande ilusão. E vê-lo ali, esperando que ela respondesse o mesmo, tirou ela de qualquer eixo que tentava se colocar durante os últimos meses.
- E o que isso significa? – Harry quis saber. olhou para ele e respirou fundo, buscando ar e tentando acalmar as batidas do seu coração.
- Harry, você sabe o quanto isso seria difícil, certo? A gente saiu algumas vezes e eu já sou chamada de sua namorada. Se você lesse o que eu leio sobre mim porque jantamos, veria o quanto as pessoas podem ser más – desabafou.
- Sim, eu sei. Eu sei mais do que gostaria e infelizmente eu não posso ter controle. Eu tento ao máximo deixar minha vida em privado para proteger as pessoas ao meu lado. Mas isso também não significa que eu não posso me apaixonar por ninguém. Eu estou apaixonado por você, e isso eu também sei.
- Mas você é Harry Styles sabe?
- Que saco, ! – Harry disse impaciente – Você não consegue me ver além disso? Não conseguiu durante esse tempo que saímos?
- Não podemos ignorar isso. Eu não posso! – a garota imitiu o mesmo tom de voz de Styles – Eu preciso pensar no que eu consigo também
- Achei que fosses amigos de verdade e que você me enxergava mais do que um pop star – a voz de Harry carregava decepção – e por achar isso, me apaixonei por você.
- Eu te enxergo além disso, Harry
- Não, não enxerga não – ele levantou a voz e olhou para . Os olhos de ambos refletiam um mix de sentimentos que nem eles sequer sabiam quais eram – e talvez seja por isso que você não consegue ser sincera comigo e consigo.
- Você não sabe se não estou sendo ou não – respondeu com indignação
- Então me fala algo além de “minha cabeça vai explodir” como você fez.
- Eu não consigo, porque eu não sei o que estou sentindo – a voz de ficou embargada e duas lagrimas correram pelo seu rosto. Harry a observava em silêncio, queria poder confortá-la, mas não conseguia sair do lugar.
- Bom, quando você se decidir e saber, você me procura. Até lá, melhor eu me afastar um pouco. Eu acabei de abrir meu coração para você e saber que você não me enxerga como alguém normal, doeu para caralho – Harry pegou seu casaco e começou a andar em direção a porta.
- Harry – chamou e o garoto se virou – Sinto muito
- Eu também – ele deu um sorriso triste e saiu pela porta.
Sete dias. Sete dias sem nenhuma mensagem ou ligação. Desde que se conheceram, esse estava sendo o maior tempo sem contato dos dois. Durante esses dias, Harry perdeu a conta das vezes que pegou seu celular, abriu no contato de e tentou digitar algo, mas sempre apagava. Ele sabia que era muita coisa para ser absorvida pela brasileira e por isso não apertava enviar nas mensagen. Ele também sabia que estava magoado e era visível aos amigos o quanto a discussão o abatera. Durante esse período ele apenas meditou, correu e compões algumas músicas com potencial para inclusão em seu novo álbum.
Da mesma forma que Harry, olhava toda hora suas notificações na esperança de um sinal de vida do garoto. A culpa por não conseguir entender seus sentimentos a fazia se sentir muito mais culpada. O trabalho a ajudava manter a mente longe do mundo da música e do mundo Styles, mas sempre que via sua foto em algum portal de fofoca, era retomada para a realidade. Gostava de Harry, tinha certeza disso. No entanto, por muito tempo tivera dúvidas se o gostar era apenas por ele ter sido seu ídolo teen na adolescência e ela não achava justo declarar um sentimento sem saber da sua verdade. E ela sabia que havia só uma forma de descobrir.
- Oi – disse quando Mitch abriu a porta. Depois de brigar com Harry, conversava algumas vezes com seu amigo para saber notícias de Styles. Eles haviam se conhecido em um jantar que acontecera na casa do cantor semanas atrás e por estarem bêbados, acabaram anotando o número de celular um do outro enquanto brincavam dizendo que essa seria a forma de falarem mal de Harry. O guitarrista abriu um sorriso ao ver a menina e lhe deu um breve abraço.
- Oi ! Você está bem?
- Sim – respondeu forçando um sorriso – Obrigada por me avisar. Eu juro que será rápido.
- Tudo bem. Mas se você não quiser esbarrar com ele, precisa ser breve porque Harry não deve demorar.
Enquanto caminhava para os fundos da casa, relembrava todos os momentos que tivera ali desde que conheceu Styles. No primeiro jantar juntos, o rapaz fez questão de mostrar todos os cômodos da casa para a menina. A cada espaço que conhecia, ela ficava abismada com o bom gosto e organização daquele lugar. Harry achava engraçada as reações de e sempre fazia um suspense em cada novo espaço que mostrava só para fazê-la rir, do jeito que ele gostava.
A outra ocasião que estivera ali foi no jantar com os amigos mais próximos do garoto, quando conheceu Mitch. A lembrança de todos bêbados cantando no karaokê fez dar uma pequena gargalhada. O álcool impossibilitou ela ir embora para sua casa naquele dia e Harry a convenceu a dormir com ele. Apesar de não ter rolado nada como ambos gostariam, acordar em sua própria cama depois daquela noite era uma tristeza. Tocou em seus lábios se recordando também do primeiro beijo do casal, que aconteceu também naquele dia.
- Vocês estão bem cuidadas hein? Pelo visto Styles dá a devida a atenção – falava com o jardim de girassóis que Harry mostrou a ela no primeiro encontro. Algumas estavam maiores e outras já ameaçavam brotar. Estar ali deu a uma leveza que não aparecia desde o dia briga. Estava se sentindo tão bem que não percebeu o tempo passar. Sentada ali conseguia colocar todos seus pensamentos e sentimentos em ordem. Anne tinha razão. Conversar com elas era importante para o crescimento e sentiu-se maior depois disso.
Quando despertou de seus pensamentos, percebera que havia passado tempo demais ali sentada e começou a ficar nervosa com a possibilidade de Harry já ter retornado. A casa estava totalmente em silencio e isso lhe deu uma esperança que estivesse sozinha. Enquanto caminhava, escutou um barulho e o nervosismo voltou a percorrer pelo seu corpo, enquanto pedia mentalmente ao universo para não esbarrar com o menino agora. Tentando fazer o máximo de silêncio possível, passou pela sala dando de cara com Harry, que estava no sofá.
- Oi – conseguiu dizer depois de respirar fundo para tentar se livrar do nervoso – Não vi você chegar
- Mitch disse que você estava no jardim e eu não quis atrapalhar - Harry tentava transparecer indiferença na frente da menina, mas sua vontade era dizer o quanto sentia sua falta.
- Ele já foi? – a brasileira tentou ser casual a fim de trazer maior conforto para o cômodo
- Sim, tinha umas coisas para fazer
- Entendi – respondeu sem encará-lo. Impaciente, procurou por sua bolsa no sofá para ir embora. – Bom, eu preciso ir também. Desculpa invadir sua casa assim
- Não precisa pedir desculpa, você é sempre bem-vinda – a frase de Styles fez o coração da menina apertar e a tristeza de antes voltou a sua mente. Seus olhares se encontraram e conseguia ver a decepção nos olhos do garoto e a culpa também retornou ao seu lugar. Enquanto passava por Harry em direção a porta, lembrou do motivo que a fez ir à casa do menino e quando chegou no fim da sala, virou-se para Styles, encontrando-o em pé encarando-a.
- Na verdade, eu queria te pedir desculpas por sábado. Você tinha razão, eu não estava sendo sincera e por muito tempo tentei entender esse sentimento melhor. Qual é sabe? Você era meu ídolo na adolescência, eu tinha um poster seu na minha parede. É uma situação bem doida. Mas também te odiei por achar que eu não te enxergava além disso. Isso é coisa da sua cabeça. Talvez no começo, mas agora não faz nenhum sentindo essa afirmação. E outra coisa... – a menina disparou a falar sem conseguir respirar direito no intervalo entre as frases. Vendo aquela reação, Harry escutava tudo com muita atenção, mas deixando escapar um sorriso. parecia desesperada para colocar tudo aquilo para fora e ele achou aquela cena de certa forma engraçada.
- – ele chamou tentando interromper a fluxo de palavras que saia da boca da brasileira – Quero te mostrar uma coisa
- De novo? – questionou se recordando do jardim
- Sim, de novo – ele respondeu pegando na mão da menina e a levando para seu quarto.
- A gente não vai transar, Styles – brincou e o menino deu uma gargalhada que ecoou pela casa.
- Fica quieta – Quando chegaram ao cômodo, o rapaz pegou seu violão e sentou-se em uma poltrona de frente para a brasileira, que observava tudo sem falar nada – Esses dias foram um saco, eu não consegui fazer nada direito. Toda notícia que eu via eu lembrava de você e abria sua conversa querendo te enviar para conversamos sobre. Eu terminei um livro essa semana e o Mitch não entendeu nada da minha análise, só você entenderia – sorriu e Harry sentiu seu coração enchendo de amor – Então fiz uma música para você e ela ficou tão boa, que vai entrar no álbum novo
- Você está me zoando?
- Não, estou falando muito sério. Ela já foi até gravada
- Quer me matar do coração? – brincou
- Não, quero você bem viva aqui do meu lado – Styles disse antes de começar a tocar, sem dar tempo para menina reagir a sua frase
Sunflower
My eyes Want you more than a melody Let me inside Wish I could get to know you
Sunflowers Sometimes Keep it sweet in your memory I was just tongue-tied
And I don't wanna make you feel bad But I've been trying hard not to talk to you Sunflower
I couldn't want you any more Kiss in the kitchen like it's a dance floor I couldn't want you any more tonight
Wondering headshake Tired eyes are the death of me Mouth full of toothpaste Before I got to know you
I've got your face Hung up high in the gallery Out of this shade, sunflower
Your flowers just died Plant new seeds in the melody Let me inside, I wanna get to know you I don't wanna make you feel bad But I've been trying hard not to act a fool My sunflower, sunflower, sunflower
I couldn't want you any more Kiss in the kitchen like it's a dance floor I couldn't want you any more tonight (tonight, tonight) I couldn't want you any more Kids in the kitchen listen to dancehall I couldn't want you any more tonight
Sunflower
My eyes Want you more than a melody Let me inside Wish I could get to know you
Sunflowers just died Keep it sweet in your memory I'm still tongue-tied Sunflower, sunflower
- Como você consegue colocar boca cheia de pasta de dente em uma música sem deixá-la feia? – brincou enxugando algumas lagrimas que desceram durante a cantoria de Harry
- Talvez seja um dom – ele deu nos ombros e riu – Você gostou? – quis saber. não disse nada, apenas caminhou em direção do rapaz, tirou o violão de suas mãos e sentou-se em seu colo. Enquanto ambos se encaravam, ela se certificava do quanto o sentimento por Harry era verdadeiro e grande. Sem ainda responder à pergunta, ela encostou seus lábios na boca do cantor e sem cortesia, ele a beijou de volta. Sentindo a intensidade do beijar aumentar, ele colocou as pernas de em volta da sua cintura e levantou-se, caminhando em direção a cama. Depois que colocou a menina deitada, Harry rompeu o beijo a fim de saber a opinião da brasileira, mas ela começou a beijá-lo novamente, agora se livrando da camiseta do rapaz.
- Você disse que não íamos transar – relembrou enquanto assistia sua blusa ir parar no chão
- Isso é o poder que sua música tem. As pessoas ficam com vontade de transar com você depois de escutá-las, acredite em mim – ela brincou puxando-o para mais um beijo, mas ele rompeu logo em seguida – o que foi?
- Quero saber sua opinião sobre a gente. Podemos fazer esse sexo agora e quando acabar, tudo voltar à estaca 0. Eu não quero isso, . Eu terminei um relacionamento faz um tempo e entrar em outro sem saber se vai ser recíproco é exaustivo.
encarou Harry por mais alguns segundos antes de soltar a respiração que estava prendendo desde então. Sentou-se na cama, saindo de baixo de Harry. O garoto estava ansioso e qualquer movimento da menina, procurava algum sinal que poderia entender e tomá-lo como uma possível resposta.
- Você precisa parar de fazer isso comigo – o garoto quebrou o silêncio – Você precisa me dá respostas mais rápidas, não consigo desvendar seus gestos e é torturante – ele riu nervoso enquanto observava a menina esboçar um sorriso também.
- Tudo bem, Harry – disse por fim, avançado novamente sobre o menino, enquanto depositava um beijo na ponto do nariz de Styles – você me convenceu – mudou o local do seu beijo, indo agora para o queixo do garoto, que a cada movimento sentia seus pelos arrepiarem – Digamos que vamos avançar nesse relacionamento, você pode me mostrar uma prévia do que está por vir? – perguntou num tom que beirava o desafio. O menino riu com aquela provocação, mas tinha entendido exatamente o que dissera. Sem responder a perguntar, puxou-a novamente para que a menina ficasse por debaixo de si e começou a beijá-la, sem nenhuma hesitação ou tranquilidade. Já havia passado da hora de provar o gosto de por completo.
Harry tirou a blusa da menina em um só movimento, jogando-a em qualquer lugar do quarto. Os jeans que ambos usavam não estava sendo um grande aliado naquele momento, então o cantor foi o primeiro a tentar se livrar deles. Com ajuda de , sua peça e a dela agora estavam no chão. Harry retomou os beijos na menina, descendo agora para outras partes de seu corpo. A pele de era macia e com um aroma que viciava o menino.
Em um movimento rápido, Harry sentou em seu colo e beijou seu pescoço, descendo para o colo, enquanto sentia a menina agarrar seus cabelos. A brasileira começou a provocá-lo em todas as oportunidades que tinha, arranhando suas costas, mordendo sua orelha e a rebolando em cima dele, tendo como resposta pequenos gemidos do garoto. Harry aproveitava aquele momento para sentir cada pedaço da pele da menina, passando suas mãos em todos as partes do corpo dela, que se arrepiava em cada toque. Conhece-la daquela forma, totalmente entregue e livre só fez o sentimento do cantor aumentar. Ele tinha em seus braços e naquele momento era o que bastava.
- Eu deixo você me conhecer melhor, Harry Styles – disse, rompendo o beijo com o menino, em referência a letra que ouvira mais cedo
- E eu não poderia querê-la mais por isso, meu girassol– respondeu.
Por outro lado, era uma garota nada famosa, que por coincidência esbarrou com a celebridade em uma livraria no centro de Londres. Trabalhava como escritora na BBC de Londres. Formada em Ciência Política e cansada dos rumos que sua carreira estava tomando no seu país natal, a brasileira decidiu mudar para a cidade da Rainha para tentar algo diferente e isso lhe garantiu uma mesinha em um dos jornais mais visualizados.
- Como as democracias morrem? – leu Harry em voz alta atrás da menina que tomou um susto, desequilibrando o livro da sua mão – Desculpa – pediu depois de ver o qual assustada a garota ficou.
- Tudo bem – respondeu, mas ainda sem reparar quem de fato havia a tirado sua concentração. Quando virou para trás, reparou de quem era aquela voz. Por um momento sua garganta ficou seca e as palavras sumiram; ela abriu a boca várias vezes, mas nenhum som era emitido. Harry Styles estava em sua frente e para ela, esse seria o auge de morar em Londres.
- Tudo bem? – o garoto questionou, preocupado. Contendo a vontade de sorrir por conta da situação, Harry acenou em frente ao rosto da menina para chamar sua atenção.
- Meu deus – conseguiu, por fim, dizer – Esse é o auge da minha vida – brincou rindo enquanto suas bochechas revelavam um tom de vermelho por seu constrangimento.
- Se assustar por mim? – Harry perguntou, sem graça, mas claramente se aproveitando da situação constrangedora.
- Você sabe quem você é? – a garota indagou
- Sim, eu sei – respondeu em risadas – e você, quem é?
- Me chamo .
- Bonito nome – respondeu.
- A ponto de você escrever uma música com ele? – brincou e se sentiu idiota por isso – Desculpa, é que eu já escutei muito suas músicas e sempre tem um nome por lá e ai eu achei que po..
-Tudo bem – ele respondeu gargalhando – não se desculpe por isso.
- Tudo isso para dizer que você escreve bem – falou sem graça.
- Muito obrigada, – ele estendeu a mão para a garota – Muito prazer, eu sou o Harry. E então? Vai me responder? – ele questionou e a menina sem entender nada, levantou a sobrancelha como sinal de dúvida – Como as democracias morrem – relembrou.
Depois de explicar do que se tratava o livro para Harry, os dois ficaram conversando por horas no café que tinha dentro da livraria. O rapaz afirmou não entender nada sobre política e que adoraria ler alguns livros para que, pelo menos o mínimo, ele falasse com coerência. Desde esse encontro, a relação começou a ser mais constante e as conversas duravam até a madrugada. sabia o qual grande era ser amiga de alguém como Harry, já havia lido diversas entrevistas de pessoas que cultivavam uma amizade com o cantor e que afirmavam o quanto ele era uma pessoa incrível e gentil. Ela estava encantada, todos estavam certos.
Já Harry gostava de ter alguém como a brasileira no seu grupo de amigos. Ela era inteligente, divertida, tinha um bom senso de humor e apresentava ao garoto coisas novas sobre sua cultura e sobre as últimas notícias do mundo. Mas tinha uma rotina totalmente diferente de Harry e ele sabia que nem sempre ela estaria disponível para tomar um café e escutar sobre o último livro que ele lera para terem um debate. No entanto, gostava de tê-la por perto.
- Quer jantar comigo? – ele a convidou, depois de ouvir uma história que contava entusiasmada sobre algo que acontecera em seu trabalho. Ele estava encantado em ouvi-la a falar, em escutar sua risada, e como ela sempre parecia interessada e concentrada com tudo que ele compartilhava.
- Claro! – aceitou, sem hesitar, afinal eles já haviam saído para comer algumas vezes desde que se conheceram.
- Não, como se fosse um encontro. Um encontro de verdade – falou. A menina o encarou por alguns segundos, sem resposta para a proposta. Era obvio que um convite desses era irrecusável, mas ela não tinha noção que um dos cantores mais famosos do mundo se interessaria por ela e a convidaria para jantar. sabia que os dois viviam em realidades distintas e ela não era bem o padrão que o garoto costumava a namorar. Apesar de ser alta, não era nenhuma modelo com manequim 36 com a pele perfeita. Escrevia sobre política numa coluna de jornal e seus papos eram relacionados a isso ou séries bobas, como the office e friends.
- Um encontro? – questionou? – Eu e você? e Harry Styles?
- Sim, sim e sim – brincou– E então?
- Todo mundo vai ver a gente? – indagou. Ver sua cara nas manchetes como possível casinho de Harry não seria algo para entrar na sua lista de coisas para se preocupar.
- Eu espero que sim – o garoto sorriu- Por quê?
- É só... complicado.
- Certo. Podemos fazer na minha casa – sugeriu – é longe, não tem pessoas por perto e tem privacidade.
- Tudo bem. Eu janto com você, Styles – aceitou por fim.
sabia o quão complicado era. Ele também, afinal seus namoros não eram tão duradouros por conta do que se tornou sua vida. O mais longo que tivera perdurou por um ano. Já a menina não era uma pessoa com muitas experiencias quando o assunto era relacionamento. No Brasil namorou sério apenas com um cara, que a traiu depois de um tempo juntos. Depois disso tentou dá chance para outros, no entanto, todos foram decepcionantes. Ela sabia que pessoas como ela não namoravam pessoas como Harry. Gente famosa tem relacionamento com outras pessoas famosas porque no meio deles de alguma forma funcionava, pelo menos as vezes.
Havia muita tensão de ambos os lados quando o dia do jantar chegou. O garoto se esforçava para que tudo saísse bem, poderia não ser perfeito, mas teria que ser no mínimo agradável. Ele gostava de e tinha certeza disso, só não sabia o quanto a menina também compartilhava do mesmo sentimento. Talvez ela só o enxergasse como um amigo e precisava confirmar se era verdade.
- Uau! Sua casa é enorme – comentou assim que Harry abriu a porta – dá para morar 20 pessoas aqui e elas nem se cruzariam.
- Oi para você também – ele disse depositando um beijo na bochecha da garota. Aquele movimento trouxe arrepios em ambos – e larga de exagero, não seria possível 20 pessoas aqui porque não tem isso tudo de quarto – ele brincou.
- Bom, isso é verdade. Irei reduzir meu número para 10.
- Podemos fazer uma tour depois do jantar – propôs.
- E é obvio que aceitarei – a menina o encarou com um sorriso no rosto animada com a ideia. Ela percebeu que ele a olhava diferente desde que passou pela porta e ela gostava daquele olhar, como se fosse a coisa mais importante naquele momento. E de alguma forma, ela tinha certeza de que era.
- Você está linda – elogiou – muito mesmo
- Obrigada – respondeu envergonhada – e então, o que teremos para o jantar?
- Antes tenho uma surpresa – Harry sumiu do cômodo, deixando totalmente confusa e curiosa. Sabia que do cantor poderia esperar qualquer coisa especial, ela já o conhecia para saber o quão carinhoso ele era com as pessoas – Pode vir comigo – ele voltou eufórico
- Você estava correndo? – quis saber – Garoto o que você está fazendo?
- Só vem, – Harry segurou a mão quente da menina, guiando-a para o fundo da casa. O espaço tinha um enorme jardim atrás da residência, que dividia o lugar com uma piscina e cozinha externa – Eu plantei algumas já grandes e as outras foram plantadas desde a semente. Você pode vir aqui conversar com elas quando quiser, minha mãe diz que é importante para o crescimento – ele riu e não sabia ainda como reagir. Em uma de suas conversas, ela havia comentado o quanto amava girassol e por isso tinha uma tatuada em seu braço esquerdo. Amava o que elas significavam e ver aquele pequeno jardim de girassóis foi o suficiente para arrancar todas suas palavras.
- Harry eu não sei o que dizer, é lindo – respondeu com dificuldade
- Você é especial, . Mais do que você pensa e eu queria demonstrar isso.
- Obrigada – disse a única coisa que conseguia.
- Jantar? – ele perguntou enquanto apontava para o caminho de volta. Ele estava orgulhoso de si mesmo. Sabia que era uma boa forma de iniciar a conquista da garota.
Aquele foi o primeiro jantar de alguns que o casal teve nos dias que passaram. sabia que Harry estava se esforçando para mostrar o quanto ela era importante para ele e o quanto a queria por perto. As vezes ele mandava mensagem apenas para dizer oi no meio do dia para falar que estava pensando nela ou que tinha lido uma notícia que o interessava. A forma como ele se importava deixava a menina encantada e por mais que ela estivesse evitando ter qualquer sentimento, sentia-se fracassada. Era impossível não cultivar algo pelo cantor.
- Eu gosto de você – Harry disse após terminar de contar sobre o seu dia. Estavam na casa da menina, jantando algo pedido por aplicativo pois, como morava só, raramente comprava muita quantidade de comida no mês e já era a última semana e dentro do seu armário havia biscoito e água.
- Eu também gosto de você, Harry
- Não , você não entendeu – Harry levantou de sua cadeira e passou as mãos no cabelo como sinal de impaciência e nervosismo – Eu gosto mesmo de você. Eu fico ansioso para te ver, para ouvir você me contar sobre seu dia, sentir seu cheiro e ouvir sua risada. Eu não consigo disfarçar mais – O menino voltou ao seu lugar e segurou a mão de , que ouvia tudo sem conseguir dizer nada. A intensidade de suas palavras era demais para ela. A garota tentava desvincular o Harry do famoso Harry Styles, mas falhava nessa missão. A sua foto nos portais de fofoca mostrava que talvez nunca conseguiria.
- Eu estou apaixonado por você. É isso – o garoto permaneceu calado após declarar seu sentimento por , esperando alguma resposta. Ele entendia os empecilhos e as coisas que a mídia começaria a falar, a perguntar. Ele podia aguentar, mas o silêncio da garota fazia ele pensar que ela não conseguiria e isso o apavorou, poderia até não tê-la em sua vida como imaginaria, mas não tê-la em nenhum sentido era pior.
- Eu acho que minha cabeça vai explodir – respondeu depois de um longo silêncio. Sua mente estava a mil. Ela sabia que havia algo a mais na amizade, mas nunca se permitiu de fato entender o que era, pois em sua cabeça tudo poderia não passar de uma grande ilusão. E vê-lo ali, esperando que ela respondesse o mesmo, tirou ela de qualquer eixo que tentava se colocar durante os últimos meses.
- E o que isso significa? – Harry quis saber. olhou para ele e respirou fundo, buscando ar e tentando acalmar as batidas do seu coração.
- Harry, você sabe o quanto isso seria difícil, certo? A gente saiu algumas vezes e eu já sou chamada de sua namorada. Se você lesse o que eu leio sobre mim porque jantamos, veria o quanto as pessoas podem ser más – desabafou.
- Sim, eu sei. Eu sei mais do que gostaria e infelizmente eu não posso ter controle. Eu tento ao máximo deixar minha vida em privado para proteger as pessoas ao meu lado. Mas isso também não significa que eu não posso me apaixonar por ninguém. Eu estou apaixonado por você, e isso eu também sei.
- Mas você é Harry Styles sabe?
- Que saco, ! – Harry disse impaciente – Você não consegue me ver além disso? Não conseguiu durante esse tempo que saímos?
- Não podemos ignorar isso. Eu não posso! – a garota imitiu o mesmo tom de voz de Styles – Eu preciso pensar no que eu consigo também
- Achei que fosses amigos de verdade e que você me enxergava mais do que um pop star – a voz de Harry carregava decepção – e por achar isso, me apaixonei por você.
- Eu te enxergo além disso, Harry
- Não, não enxerga não – ele levantou a voz e olhou para . Os olhos de ambos refletiam um mix de sentimentos que nem eles sequer sabiam quais eram – e talvez seja por isso que você não consegue ser sincera comigo e consigo.
- Você não sabe se não estou sendo ou não – respondeu com indignação
- Então me fala algo além de “minha cabeça vai explodir” como você fez.
- Eu não consigo, porque eu não sei o que estou sentindo – a voz de ficou embargada e duas lagrimas correram pelo seu rosto. Harry a observava em silêncio, queria poder confortá-la, mas não conseguia sair do lugar.
- Bom, quando você se decidir e saber, você me procura. Até lá, melhor eu me afastar um pouco. Eu acabei de abrir meu coração para você e saber que você não me enxerga como alguém normal, doeu para caralho – Harry pegou seu casaco e começou a andar em direção a porta.
- Harry – chamou e o garoto se virou – Sinto muito
- Eu também – ele deu um sorriso triste e saiu pela porta.
Sete dias. Sete dias sem nenhuma mensagem ou ligação. Desde que se conheceram, esse estava sendo o maior tempo sem contato dos dois. Durante esses dias, Harry perdeu a conta das vezes que pegou seu celular, abriu no contato de e tentou digitar algo, mas sempre apagava. Ele sabia que era muita coisa para ser absorvida pela brasileira e por isso não apertava enviar nas mensagen. Ele também sabia que estava magoado e era visível aos amigos o quanto a discussão o abatera. Durante esse período ele apenas meditou, correu e compões algumas músicas com potencial para inclusão em seu novo álbum.
Da mesma forma que Harry, olhava toda hora suas notificações na esperança de um sinal de vida do garoto. A culpa por não conseguir entender seus sentimentos a fazia se sentir muito mais culpada. O trabalho a ajudava manter a mente longe do mundo da música e do mundo Styles, mas sempre que via sua foto em algum portal de fofoca, era retomada para a realidade. Gostava de Harry, tinha certeza disso. No entanto, por muito tempo tivera dúvidas se o gostar era apenas por ele ter sido seu ídolo teen na adolescência e ela não achava justo declarar um sentimento sem saber da sua verdade. E ela sabia que havia só uma forma de descobrir.
- Oi – disse quando Mitch abriu a porta. Depois de brigar com Harry, conversava algumas vezes com seu amigo para saber notícias de Styles. Eles haviam se conhecido em um jantar que acontecera na casa do cantor semanas atrás e por estarem bêbados, acabaram anotando o número de celular um do outro enquanto brincavam dizendo que essa seria a forma de falarem mal de Harry. O guitarrista abriu um sorriso ao ver a menina e lhe deu um breve abraço.
- Oi ! Você está bem?
- Sim – respondeu forçando um sorriso – Obrigada por me avisar. Eu juro que será rápido.
- Tudo bem. Mas se você não quiser esbarrar com ele, precisa ser breve porque Harry não deve demorar.
Enquanto caminhava para os fundos da casa, relembrava todos os momentos que tivera ali desde que conheceu Styles. No primeiro jantar juntos, o rapaz fez questão de mostrar todos os cômodos da casa para a menina. A cada espaço que conhecia, ela ficava abismada com o bom gosto e organização daquele lugar. Harry achava engraçada as reações de e sempre fazia um suspense em cada novo espaço que mostrava só para fazê-la rir, do jeito que ele gostava.
A outra ocasião que estivera ali foi no jantar com os amigos mais próximos do garoto, quando conheceu Mitch. A lembrança de todos bêbados cantando no karaokê fez dar uma pequena gargalhada. O álcool impossibilitou ela ir embora para sua casa naquele dia e Harry a convenceu a dormir com ele. Apesar de não ter rolado nada como ambos gostariam, acordar em sua própria cama depois daquela noite era uma tristeza. Tocou em seus lábios se recordando também do primeiro beijo do casal, que aconteceu também naquele dia.
- Vocês estão bem cuidadas hein? Pelo visto Styles dá a devida a atenção – falava com o jardim de girassóis que Harry mostrou a ela no primeiro encontro. Algumas estavam maiores e outras já ameaçavam brotar. Estar ali deu a uma leveza que não aparecia desde o dia briga. Estava se sentindo tão bem que não percebeu o tempo passar. Sentada ali conseguia colocar todos seus pensamentos e sentimentos em ordem. Anne tinha razão. Conversar com elas era importante para o crescimento e sentiu-se maior depois disso.
Quando despertou de seus pensamentos, percebera que havia passado tempo demais ali sentada e começou a ficar nervosa com a possibilidade de Harry já ter retornado. A casa estava totalmente em silencio e isso lhe deu uma esperança que estivesse sozinha. Enquanto caminhava, escutou um barulho e o nervosismo voltou a percorrer pelo seu corpo, enquanto pedia mentalmente ao universo para não esbarrar com o menino agora. Tentando fazer o máximo de silêncio possível, passou pela sala dando de cara com Harry, que estava no sofá.
- Oi – conseguiu dizer depois de respirar fundo para tentar se livrar do nervoso – Não vi você chegar
- Mitch disse que você estava no jardim e eu não quis atrapalhar - Harry tentava transparecer indiferença na frente da menina, mas sua vontade era dizer o quanto sentia sua falta.
- Ele já foi? – a brasileira tentou ser casual a fim de trazer maior conforto para o cômodo
- Sim, tinha umas coisas para fazer
- Entendi – respondeu sem encará-lo. Impaciente, procurou por sua bolsa no sofá para ir embora. – Bom, eu preciso ir também. Desculpa invadir sua casa assim
- Não precisa pedir desculpa, você é sempre bem-vinda – a frase de Styles fez o coração da menina apertar e a tristeza de antes voltou a sua mente. Seus olhares se encontraram e conseguia ver a decepção nos olhos do garoto e a culpa também retornou ao seu lugar. Enquanto passava por Harry em direção a porta, lembrou do motivo que a fez ir à casa do menino e quando chegou no fim da sala, virou-se para Styles, encontrando-o em pé encarando-a.
- Na verdade, eu queria te pedir desculpas por sábado. Você tinha razão, eu não estava sendo sincera e por muito tempo tentei entender esse sentimento melhor. Qual é sabe? Você era meu ídolo na adolescência, eu tinha um poster seu na minha parede. É uma situação bem doida. Mas também te odiei por achar que eu não te enxergava além disso. Isso é coisa da sua cabeça. Talvez no começo, mas agora não faz nenhum sentindo essa afirmação. E outra coisa... – a menina disparou a falar sem conseguir respirar direito no intervalo entre as frases. Vendo aquela reação, Harry escutava tudo com muita atenção, mas deixando escapar um sorriso. parecia desesperada para colocar tudo aquilo para fora e ele achou aquela cena de certa forma engraçada.
- – ele chamou tentando interromper a fluxo de palavras que saia da boca da brasileira – Quero te mostrar uma coisa
- De novo? – questionou se recordando do jardim
- Sim, de novo – ele respondeu pegando na mão da menina e a levando para seu quarto.
- A gente não vai transar, Styles – brincou e o menino deu uma gargalhada que ecoou pela casa.
- Fica quieta – Quando chegaram ao cômodo, o rapaz pegou seu violão e sentou-se em uma poltrona de frente para a brasileira, que observava tudo sem falar nada – Esses dias foram um saco, eu não consegui fazer nada direito. Toda notícia que eu via eu lembrava de você e abria sua conversa querendo te enviar para conversamos sobre. Eu terminei um livro essa semana e o Mitch não entendeu nada da minha análise, só você entenderia – sorriu e Harry sentiu seu coração enchendo de amor – Então fiz uma música para você e ela ficou tão boa, que vai entrar no álbum novo
- Você está me zoando?
- Não, estou falando muito sério. Ela já foi até gravada
- Quer me matar do coração? – brincou
- Não, quero você bem viva aqui do meu lado – Styles disse antes de começar a tocar, sem dar tempo para menina reagir a sua frase
Sunflower
My eyes Want you more than a melody Let me inside Wish I could get to know you
Sunflowers Sometimes Keep it sweet in your memory I was just tongue-tied
And I don't wanna make you feel bad But I've been trying hard not to talk to you Sunflower
I couldn't want you any more Kiss in the kitchen like it's a dance floor I couldn't want you any more tonight
Wondering headshake Tired eyes are the death of me Mouth full of toothpaste Before I got to know you
I've got your face Hung up high in the gallery Out of this shade, sunflower
Your flowers just died Plant new seeds in the melody Let me inside, I wanna get to know you I don't wanna make you feel bad But I've been trying hard not to act a fool My sunflower, sunflower, sunflower
I couldn't want you any more Kiss in the kitchen like it's a dance floor I couldn't want you any more tonight (tonight, tonight) I couldn't want you any more Kids in the kitchen listen to dancehall I couldn't want you any more tonight
Sunflower
My eyes Want you more than a melody Let me inside Wish I could get to know you
Sunflowers just died Keep it sweet in your memory I'm still tongue-tied Sunflower, sunflower
- Como você consegue colocar boca cheia de pasta de dente em uma música sem deixá-la feia? – brincou enxugando algumas lagrimas que desceram durante a cantoria de Harry
- Talvez seja um dom – ele deu nos ombros e riu – Você gostou? – quis saber. não disse nada, apenas caminhou em direção do rapaz, tirou o violão de suas mãos e sentou-se em seu colo. Enquanto ambos se encaravam, ela se certificava do quanto o sentimento por Harry era verdadeiro e grande. Sem ainda responder à pergunta, ela encostou seus lábios na boca do cantor e sem cortesia, ele a beijou de volta. Sentindo a intensidade do beijar aumentar, ele colocou as pernas de em volta da sua cintura e levantou-se, caminhando em direção a cama. Depois que colocou a menina deitada, Harry rompeu o beijo a fim de saber a opinião da brasileira, mas ela começou a beijá-lo novamente, agora se livrando da camiseta do rapaz.
- Você disse que não íamos transar – relembrou enquanto assistia sua blusa ir parar no chão
- Isso é o poder que sua música tem. As pessoas ficam com vontade de transar com você depois de escutá-las, acredite em mim – ela brincou puxando-o para mais um beijo, mas ele rompeu logo em seguida – o que foi?
- Quero saber sua opinião sobre a gente. Podemos fazer esse sexo agora e quando acabar, tudo voltar à estaca 0. Eu não quero isso, . Eu terminei um relacionamento faz um tempo e entrar em outro sem saber se vai ser recíproco é exaustivo.
encarou Harry por mais alguns segundos antes de soltar a respiração que estava prendendo desde então. Sentou-se na cama, saindo de baixo de Harry. O garoto estava ansioso e qualquer movimento da menina, procurava algum sinal que poderia entender e tomá-lo como uma possível resposta.
- Você precisa parar de fazer isso comigo – o garoto quebrou o silêncio – Você precisa me dá respostas mais rápidas, não consigo desvendar seus gestos e é torturante – ele riu nervoso enquanto observava a menina esboçar um sorriso também.
- Tudo bem, Harry – disse por fim, avançado novamente sobre o menino, enquanto depositava um beijo na ponto do nariz de Styles – você me convenceu – mudou o local do seu beijo, indo agora para o queixo do garoto, que a cada movimento sentia seus pelos arrepiarem – Digamos que vamos avançar nesse relacionamento, você pode me mostrar uma prévia do que está por vir? – perguntou num tom que beirava o desafio. O menino riu com aquela provocação, mas tinha entendido exatamente o que dissera. Sem responder a perguntar, puxou-a novamente para que a menina ficasse por debaixo de si e começou a beijá-la, sem nenhuma hesitação ou tranquilidade. Já havia passado da hora de provar o gosto de por completo.
Harry tirou a blusa da menina em um só movimento, jogando-a em qualquer lugar do quarto. Os jeans que ambos usavam não estava sendo um grande aliado naquele momento, então o cantor foi o primeiro a tentar se livrar deles. Com ajuda de , sua peça e a dela agora estavam no chão. Harry retomou os beijos na menina, descendo agora para outras partes de seu corpo. A pele de era macia e com um aroma que viciava o menino.
Em um movimento rápido, Harry sentou em seu colo e beijou seu pescoço, descendo para o colo, enquanto sentia a menina agarrar seus cabelos. A brasileira começou a provocá-lo em todas as oportunidades que tinha, arranhando suas costas, mordendo sua orelha e a rebolando em cima dele, tendo como resposta pequenos gemidos do garoto. Harry aproveitava aquele momento para sentir cada pedaço da pele da menina, passando suas mãos em todos as partes do corpo dela, que se arrepiava em cada toque. Conhece-la daquela forma, totalmente entregue e livre só fez o sentimento do cantor aumentar. Ele tinha em seus braços e naquele momento era o que bastava.
- Eu deixo você me conhecer melhor, Harry Styles – disse, rompendo o beijo com o menino, em referência a letra que ouvira mais cedo
- E eu não poderia querê-la mais por isso, meu girassol– respondeu.