Sitting, Waiting, Wishing

Última atualização: 27/12/2020

Capítulo Único

Terças eram date night pra eles. Religiosamente, desde que haviam se conhecido nos EUA cinco anos antes, e Jaehyun se encontravam às terças-feiras para assistir alguma coisa, jogar videogame, comer junk food e conversar. Mesmo quando estavam longe com Jae na Coreia e ela de volta no Brasil, os encontros eram feitos por FaceTime. Por cinco anos, pouquíssimas foram as vezes que eles não conseguiram cumprir o date night, nem que fosse por alguns curtos minutos. As coisas ficaram mais difíceis depois que Jaehyun debutou, claro, mas ainda assim ele fazia questão de manter a tradição.
Terças eram os dias favoritos de .
Eram os dias que ela tinha a atenção do melhor amigo, dias que ela se sentia mais próxima de Jaehyun do que nunca. Eles se falavam sem parar, todos os dias, mas terças eram especiais porque eram só deles. Terças eram os dias que podia fingir que o amor que sentia pelo melhor amigo era correspondido.
A questão era que o nome “date night” começou como uma piada. Naquele verão que eles se conheceram, e Jae se viciaram em um jogo e calhou que terças eram os dias mais calmos para que pudessem se encontrar para jogar. Começou como algo casual, sem compromisso, mas no final era uma obrigação que eles mesmos faziam questão de cumprir. Os amigos americanos de Jaehyun começaram a brincar e dizer que eles tinham encontros marcados toda terça e por isso não podiam sair com o grupo. Na época, ainda não havia percebido que os sentimentos que nutria pelo amigo não eram somente inocentes, então ela não ligou para a brincadeira.
Anos depois e muito mais em sintonia com o que sentia por Jaehyun, ela se pegava pensando que devia ter cortado essa história no começo. Porque doía demais escutar Jae brincando com os colegas de grupo que não podia participar da noite de jogos porque tinha um “encontro” com mais tarde. Era como se algo apertasse seu coração, fazendo com que fosse difícil respirar.
Tudo o que queria era que fosse verdade, mas ela sabia que era impossível. Jaehyun a amava, disso tinha certeza, mas era como a melhor amiga dele. Ele a via como uma confidente, um pilar de calma e normalidade em uma vida que ficava cada vez mais caótica pra ele. E não podia culpá-lo. Foi ela quem se deixou apaixonar, que leu mais do que devia nos sorrisos encantadores e nos toques reconfortantes. Jaehyun apenas tinha se comportado como ele mesmo. Não era culpa dele que cruzou a linha invisível.
No final, ela nunca iria mencionar nada porque isso destruiria a amizade deles. Não que Jae fosse se afastar dela ou rejeitá-la de modo cruel. Se fosse assim, pensava que ela conseguiria superar de alguma maneira. Não seria tão difícil - mais como puxar um band-aid de uma vez só. Mas Jaehyun seria terrivelmente doce e compreensivo, pensando somente nos sentimentos de e se culpando. No final, ele provavelmente nunca mais se comportaria do mesmo jeito com ela, sempre com medo de estar incentivando os sentimentos da mulher e tornando as coisas piores.
Se tinha uma coisa que não suportaria, era que Jaehyun sentisse pena dela.
A única opção que ela tinha era guardar todo o amor que ela sentia por ele em um lugar tão escuro e profundo que ele nunca veria a luz do dia. iria, pro resto de sua vida, aproveitar cada segundo que passava com Jaehyun sem jamais esperar por algo a mais.

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, eu vou começar o filme sem você! — Jaehyun gritou da sala, fazendo se virar para a entrada da cozinha, que tinha uma visão perfeita da sala do pequeno apartamento que ela estava alugando. A cabeça de Jaehyun estava pendurava sobre o encosto. — Eu tô com frio, volta pra cá.
A morena revirou os olhos, atirando um grão de pipoca na direção dele. Jaehyun gargalhou quando a mira dela falhou miseravelmente.
— Tem uns três cobertores no sofá, garoto, me respeita — ela entornou a pipoca da panela no pote chique que Jaehyun trouxe como presente de casa nova, salpicando um pouco de sal e derramando a manteiga derretida no topo. — E foi você que pediu algo pra comer. Como se não tivesse devorado duas pizzas sozinhos.
Jaehyun fez bico, se virando no sofá para olhar pra ela sem estar de cabeça pra baixo.
— Eu gasto muita energia, . Você sabe disso, devia me alimentar melhor. O que os meus pais vão dizer se eu for visitá-los e eu tiver perdido peso?
O sorriso de tinha um quê forçado, que ela escondeu comendo um pouco da pipoca.
— Que eu não sou nem sua mãe nem sua namorada pra te alimentar. Você já tá bem grandinho e é rico. Teu pai vai é te dar uns tapas se souber que você está esperando a estudante universitária te alimentar.
O rapaz tinha um brilho no olhar quando se aproximou que ela não confiava nem um pouco. E, dito e feito, os lábios dele esboçaram um meio sorriso enquanto ele fez a carinha que toda fã do grupo comprava como inocente e fofo.
— Mas, noona, você realmente vai me deixar com fome?
E - em momentos como esse -, ela quase odiava Jaehyun. Porque as palavras tinham efeito nela, claro que sim, e o coração traiçoeiro da brasileira apertou dolorosamente. Ela limpou a garganta e sentou no sofá, fingindo ignorar o drama e tentando se recompor. Só quando ela teve certeza que não ia reagir de maneira inapropriada, ela respondeu.
— Eu te fiz pipoca, para de show. Anda, dá play no filme — resmungou, mas Jaehyun não se mexeu para começar o filme.
Não, ao invés disso, ele colocou os braços ao redor de , puxando-a mais pra perto. Na nova posição, que era bem comum entre eles, a morena estava parcialmente no colo dele. Pressionando um beijo no topo da cabeça dela, Jaehyun puxou o cobertor sobre eles e a apertou, como se fosse um urso de pelúcia. O coração de pulou mais uma batida, mas ela já estava acostumada.
Jaehyun era incrivelmente carente. Se não tivesse conhecido os pais dele, ela arriscaria dizer que o idol não tinha sido abraçado o suficiente quando era criança. Seja qual for o motivo, era ela o alvo da carência dele na maior parte do tempo. Por um lado, amava os abraços de Jaehyun mais do que qualquer coisa do mundo. Ele era tão carinhoso e ela nunca se sentia tão amada quanto quando estava nos braços dele. Por outro lado...
... Não era o suficiente e sempre a deixava querendo mais.
— Agora sim. Eu estava com frio e sentindo saudade de você — enterrando o rosto nos cabelos de , Jaehyun pegou o controle deu play. A música inicial de Aladdin encheu a sala. — Detesto quando você tá longe de mim, . Me lembra que isso não vai durar pra sempre.
É claro que ele estava se referindo ao fato de ter que voltar pra Inglaterra em menos de um mês. Ou pelo menos o plano era esse. A faculdade havia oferecido uma extensão de um ano pro contrato de , mas ela não tinha condições mentais de continuar na Coreia. Porque ficar perto de Jaehyun era tortura, do tipo que ela se submetia todos os dias, só pra se arrepender à noite quando ia se deitar sozinha e lembrava que não passava de amizade. Que, pra Jaehyun, sempre seria a melhor amiga sempre disponível.
Ela engoliu seco, dando os ombros.
— Você vai sobreviver, Jae. E eu vou estar no FaceTime te perturbando toda terça feira, como sempre — ela prometeu, até porque era fraca e não conseguiria ficar longe da presença magnética de Jaehyun, mesmo que online.
Ele balançou a cabeça, repousando a mão no estomago dela, desenhando padrões aleatórios sobre o tecido da camiseta de , a fazendo estremecer levemente. Jaehyun não pareceu perceber.
— Não é a mesma coisa, você sabe. Eu-
o cortou com um shhhh, apontando para a TV.
— Jaehyun, pelo amor de Deus, eu vou te socar. Será que a gente pode, por favor, assistir o filme? — se ele falasse que a amava, iria surtar. Ou chorar. Talvez os dois ao mesmo tempo.
Rindo baixinho, ele apoiou o queixo no topo da cabeça dela e assentiu, aproveitando pra meter a mão no balde de pipoca.
Relaxando, suspirou e focou no filme, determinada a aproveitar a noite com o melhor amigo, sem pensamentos complicados ou declarações que não significavam a mesma coisa pros dois.

-


Distraída pelo filme, enfiou a mão no balde de pipoca - que estava vazio. Bufando, a brasileira olhou pra cima, para o perfil de Jaehyun que estava fingindo que não era nem com ele.
— Eu não acredito que você acabou com tudo!
Inocente como só ele conseguia afetar, o idol olhou pra ela, surpreso.
— Eu nem vi acabar, juro pra você — Jaehyun ainda fez questão de olhar dentro do balde, como se fosse encontrar meio kilo de pipoca perdido ali dentro. — Talvez esse seja um sinal, sweetheart.
Sobrancelha arqueada, se endireitou no sofá, apoiando os cotovelos nas coxas dele.
— Um sinal de que, Jae? — conhecendo o rapaz como ela conhecia, não esperava nada de bom.
Ela não estava errada.
— De você fazer aquele doce que você sabe que eu amo quase tanto quanto eu amo você — rindo, ele beijou a testa de , molhado e maroto, enquanto ela fazia um som forçado de desgosto, se afastando.
— Você só me usa, Jaehyun — as palavras, embora ditas em tom de brincadeira, eram mais verdadeiras do que ela queria admitir. — Dá pause na porra do filme então, eu vou fazer seu brigadeiro.
levantou e se espreguiçou, fazendo careta quando a coluna estalou. Por mais que fosse confortável, se esparramar em cima de Jaehyun não era bom pros ossos de idosa de . Antes que ela pudesse ir até a cozinha, porém, Jaehyun se pressionou contra suas costas, os braços em volta de sua cintura.
— Você é incrível, sabia? Obrigado — as palavras foram murmuradas contra os cabelos de e ela quase conseguia ouvir o sorriso na voz dele.
Dando graças a todos os deuses existentes que ele não podia ver seu rosto, fechou os olhos com força, tentando se manter sob controle.
— Se você não me soltar, vai ficar sem brigadeiro. Eu já volto, criatura carente.
Foi só quando ela estava segura e sozinha na cozinha, ouvindo a risada baixa de Jaehyun vendo vídeos no TikTok, que se deixou desabar um pouquinho. As mãos apertaram o mármore do balcão, respirando fundo com os olhos fechados. Ela não sabia porque estava tão afetada naquele dia. Normalmente, fingir que não amava Jaehyun era tão natural quanto respirar. mal reagia, na maior parte do tempo, dessintetizada depois de tantos anos de amizade. Mas a decisão de ficar ou não na Coreia estava pesando no coração dela e se perguntava o quanto mais ela poderia suportar disso. De viver tudo o que seria, um dia, de alguma sortuda que teria o amor incondicional de Jaehyun.
Se mudar pra Coreia tinha sido a pior decisão que já fez na vida.
Com movimentos mecânicos, ela começou a fazer o brigadeiro, tentando não focar muito no que estava acontecendo. Afinal, se ela fosse embora ou não, queria aproveitar cada segundo que ainda restava com o melhor amigo. Mais do que isso, não achava justo com Jaehyun, que não sabia que tinha algo de errado e ficaria preocupado se percebesse a mudança de humor dela. Da sala, ela conseguia escutar a voz baixa do idol, conversando em coreano com alguém. era péssima na língua, sempre caindo na besteira de mudar pro inglês quando Jae tentava ajudá-la no idioma, e ela não conseguia entender uma palavra do que estava sendo dito. Conhecendo Jaehyun, não devia ser nada interessante.
Quando o brigadeiro finalmente ficou pronto, pegou duas colheres da gaveta e serviu o doce em um prato fundo, com preguiça de enrolar e querendo voltar logo pro filme. Ao pisar na sala, Jaehyun tamborilou em suas coxas de maneira dramática, criando a trilha sonora. Apesar de tudo, riu.
— Aqui está, seu mimado. Cuidado pra não queimar a boca — ela se apoiou contra ele, colocando o prato no colo do rapaz e deixando que ele provasse primeiro.
Jaehyun, claro, não esperou nem um segundo e não ouviu o conselho de , colocando uma colherada na boca e imediatamente se queimando. Ela não estava nem um pouco surpresa. Pegando o controle, foi coisa de segundos até o filme estar rolando novamente, somente os sons indecentes de Jaehyun namorando o brigadeiro interrompendo as cenas.
Isso, claro, até uma cena particular começar e Jaehyun se mexer no sofá. De início, não percebeu nada de errado, até ele puxar o cabelo dela para que ela olhasse pra ele. Preparada pra dar um tapa no folgado – que sabia que ela odiava quando ele fazia aquilo -, a respiração de ficou presa na garganta quando ela viu o olhar intenso de Jaehyun fixado no rosto dela.
— Jae, o que- — ela foi cortada quando ele abriu a boca e começou a cantar.
I can show you the world, shining, shimmering, splendid. Tell me, princess, now when did, you last let your heart decide? — ele cantarolou, olhando diretamente nos olhos, segurando as mãos dela nas dele. — I can open your eyes, take you wonder by wonder. Over, sideways and under, on a magic carpet ride.
Por um momento, por um horrível, doloroso momento, se permitiu ter esperança. Por um segundo, ela imaginou que Jaehyun finalmente percebeu o quanto ele a amava, que ele daria a tudo que ela esperava há cinco anos.
— O que você acha? Eu estive treinando — ele admitiu, atipicamente tímido. — Eu sei que já cantei essa música no palco antes, mas dessa vez vai ser diferente.
O estômago de gelou. Ela não conseguia pensar em nada que justificasse o rumo dessa conversa.
— Como assim diferente? — a boca dela estava seca e o coração batendo tão forte que poderia pular pra fora do peito a qualquer momento, mas Jaehyun estava muito focado no que queria dizer para notar.
— Faz tempo que eu tenho pensado nas palavras certas pra dizer isso, até eu lembrar que elas não existem. Eu só estava enrolando porque... Porque eu não faço ideia do que você vai dizer, , e isso me assusta demais — ele apertou as mãos dela, mordendo o lábio como fazia quando estava nervoso. — Você é a pessoa mais importante que eu tenho na minha vida e- droga, eu estou enrolando, não estou? — ele riu e balançou a cabeça.
As mãos de tremiam.
— Jaehyun, pelo amor de Deus. Você tá me assustando — foi o que ela disse, mas o que realmente quis dizer era você está me dando esperança.
— Desculpa, nossa- não é nada ruim. Pelo contrário. É algo ótimo. Tem potencial de ser. Pelo menos eu acho.
Por um momento, os sonhos de podiam ter se tornado realidade.
— Então fala, Jae. Você sabe que pode me falar qualquer coisa.
Mas contos de fadas não existiam na vida real.
— Eu estou apaixonado. Meu Deus, como é libertador poder dizer isso em voz alta! , eu estou louca e perdidamente apaixonado. Eu nunca achei que fosse me sentir assim na vida, achei que era exagero, mas- Jihye provou que eu estava errado. Oh, - ela é perfeita! — ele suspirou, sem notar a maneira que ficou rígida, quase sem respirar. — A gente se conheceu nas gravações do drama e foi como se tudo se encaixasse, de repente? Você já conheceu alguém que te completa de maneiras que você nem imaginava que precisava, uma pessoa cujo sorriso deixa o mundo mais leve?
foi assolada pela vontade de rir histericamente. Mas se ela começasse, não ia conseguir parar. E, depois do riso, viriam as lágrimas.
— Eu não faço a mínima ideia, Jaehyun. Nunca me senti assim — ela mentiu, mentiu entre os dentes e mentiu enquanto seu coração se partia em mil pedaços, na frente do homem que jamais a viu de verdade.
Jaehyun acariciou a bochecha dela, o sorriso quase incandescente de felicidade.
— Um dia, você vai encontrar alguém que vai te amar como você merece, que vai te tratar como se você fosse o mundo todo. E aí vamos os dois parecer dois bobos apaixonados — ele prometeu, feliz demais pra ver o que estava bem na frente dele. queria chorar.
— Você é muito romântico, Jae. Mas eu fico feliz por você. Você merece ser feliz, merece que alguém te ame. Você- — para seu horror, sua voz embargou e teve que limpar a garganta para continuar falando. — Ela é muito sortuda. Muitas garotas dariam tudo para estarem no lugar dela.
Jaehyun deu os ombros.
— Talvez. Mas nenhuma delas é Jihye. Eu não preciso e nem quero todas as garotas do mundo, . Eu só quero ela. E, pra minha sorte, ela me ama também.
Um sorriso irônico agraciou os lábios da brasileira.
— Ainda bem. Deve ser horrível não ser correspondido no amor — se inclinando pra frente, ela abraçou o amigo forte, inalando o perfume dele e memorizando a sensação dele em seus braços. não sabia por quanto tempo ela teria isso e, no final, ela continuava sendo tão masoquista como sempre. — Desejo tudo de bom pra vocês dois, Jae. A sua felicidade é tudo que eu sempre quis — ‘e eu sempre soube que não seria comigo.’
Se afastando, ajeitou o cabelo a se desvencilhou dos braços de Jaehyun.
— Desculpa cortar o seu momento, mas você poderia ter achado uma hora melhor pra me contar seu segredo mais profundo. Eu realmente preciso fazer xixi.
A risada contagiante de Jae fez com que o estômago de revirasse e ela não sabia como não vomitou ali mesmo. Ele fez um gesto com as mãos.
— Vai lá. Vou dar pause no filme.
A vontade de era de gritar que o filme podia ir pro inferno, mas de algum jeito ela conseguiu sorrir pro amigo, fazendo careta e se apressando em direção ao banheiro. Ela não sabia de onde veio a calma que a possibilitou trancar a porta e abrir a torneira antes de desabar, apoiada na pia de louça barata.
Chorar era horrível e raramente o fazia- era perda de tempo, na opinião dela. Chorar não resolvia problema de ninguém, dava dor de cabeça e deixava com o olho inchado. Mas naquele momento, ela não conseguiu segurar os soluços desesperados e angustiados que pareciam estar sendo arrancados de seu peito ou as lágrimas que jorravam com tanta intensidade que ela não conseguia ver nada a sua frente.
chorou pelos cinco anos que passou nutrindo um sentimento que nunca seria correspondido, pela amizade com Jaehyun que nunca mais seria a mesma. Ela chorou porque seu coração parecia que havia sido estraçalhado e extirpado. Talvez ela tenha chorado de alívio, alívio pelo fim do limbo que havia vivido por tanto tempo. Mais que qualquer coisa, chorou porque ela já sabia. Ela nunca realmente acreditou que Jaehyun pudesse amá-la.
Esse tipo de coisa não era para mulheres como ela.

-


Quando Jaehyun perguntou, preocupado, o que havia acontecido com os olhos de assim que ela voltou do banheiro, a brasileira deu graças a todos os deuses que ele estava muito distraído mandando mensagem pra alguém – pra namorada – pra desconfiar da desculpa que ela deu.
Quando ele a puxou para seu colo e a abraçou, brincando com os dedos delicados da morena, fechou os olhos e empurrou a dor de lado.
Só por aquela noite, ela seria a amiga que Jaehyun precisava.
Só por aquela noite, ela ficaria nos braços dele.
Só por aquela noite, se deixaria pensar que, em um mundo diferente, ela era quem Jaehyun amava.

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one, two, three, four. right, left, up, down. Four paths ahead of you.
which one will you choose?




FIM



Nota da autora: Sem nota.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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