Finalizada

Capítulo Único

Eu não me lembro direito como ou quando aconteceu, sei que quando dei por mim, estava dirigindo loucamente à caminho da casa de . Não sei quanto tempo havia se passado desde que saí do pub, não sei nem que horas são. A única coisa que está passando na minha mente agora é; “sou uma idiota”.
E eu sou mesmo, quem em sã consciência arruma uma mulher pro cara que gosta? Eu. Claro, sempre tem uma estúpida pra fazer isso.
Bufei estacionando o carro naquela garagem tão familiar, eu não precisava nem avisar que viria; eu tinha as chaves, mas optei por buzinar uma vez só pra terem certeza que eu havia chegado, não queria pegá-los na cama novamente. Aquela imagem demorou meses pra sair da minha cabeça. Cumprimentar se tornou uma tarefa complicada. Mas, já passou.
Abri a porta com certa rapidez e me dirigi até a cozinha a fim de beber qualquer coisa que me fizesse desmaiar.
- O que você aprontou dessa vez? – Ouvi a voz de atrás de mim, soltei um suspiro, levar bronca da era tudo o que eu menos queria no momento.
- Nada. – Eu não sabia como explicaria, isso é, não sabia nem se tinha explicação.
- Nada? Certo, são duas da manhã e você esta se embebedando na minha cozinha, é claro que não aconteceu nada. – Ela riu irônica e pegou um copo no armário. Era isso que eu mais gostava em , ela podia saber que eu havia feito merda, mas, ela iria beber comigo como se não houvesse amanhã.
- . – suspirei e a olhei revirar os olhos, vinha sendo o garoto problema da minha vida e sabia bem disso.
- Só pra variar né? – Ela riu – Tu não vai aprender nunca não é guria? – ela deu um gole em sua bebida e voltou a me olhar.
- Cadê o ? – perguntei um tanto apreensiva, morava com e se ele ouvisse tais coisas, não demoraria até saber.
- Foi visitar a mãe – ela deu de ombros e fez sinal para irmos até a sala. Acompanhei e me joguei no sofá, sem pressa alguma para que a noite acabasse.
- E por que você não foi com ele? – peguei a garrafa das mãos de e enchi meu copo pela segunda vez na noite.
- Porque ele só foi pegar umas coisas lá e volta amanhã, decidi ficar e descansar. – ela piscou e voltou a beber o úisque – Não mude de assunto, , o que houve dessa vez?
- e Maddie – suspirei ao me lembrar da cena, Maddie sempre quis ficar com o e veja - só graças a mim ela conseguiu. - Aquela vadia já pegou metade de Londres, a outra metade estava fugindo dela. fez uma careta, ela odiava Maddie desde quando soube que ela vivia atrás do . - De qualquer forma, quem arranjou pra Maddie, fui eu. – abaixei a cabeça pra não ter a necessidade de olhar pra cara de espanto da .
- Como? , o quê você tem na cabeça, garota? Você ama o cara e fica arranjando menininhas pra ele? – a voz de tinha um tom de espanto com um misto de raiva, o que não ajudava em nada. Ela tinha razão, o que eu tinha na cabeça?
- Eu não sei, , não sei... eu estava com ele, ela estava flertando e quando fui ao banheiro ela veio falar comigo sobre ele, eu apenas assenti e falei com , ele não respondeu nada, mas, quando ela chegou, ele não conteve o sorriso malicioso – virei o copo em um gole só, minha garganta chegou a doer, peguei o copo mais uma vez e o enchi.
- É claro que ele não conteve o sorriso malicioso, ele é homem, ! Se for mulher, ele pega mesmo e ele não está errado! Ele não faz ideia que você gosta dele, como é que ele pode pensar em não pegar alguém na sua frente? – bufou, a olhei de canto e ela parecia incrédula, ela já havia me dito tais coisas milhões de vezes, mas quem disse que eu escuto?
- Ele não ficou com ela na minha frente, mas, talvez mesmo sabendo do que eu sinto, ele fizesse isso. – suspirei e fechei os olhos, eu queria pra mim e talvez eu nunca teria. Era algo difícil de aceitar.
- Olha só, tudo bem que eu disse que ele é homem, mas ele não é idiota, ! Se soubesse do quê você sente, talvez ele não correspondesse, mas, ele jamais machucaria você. é maduro o bastante! – A voz de havia se acalmado, e mais uma vez ela tem razão. Talvez ela fosse até mais corajosa que eu, levando em conta que quem teve atitude no relacionamento com , foi ela.
- Ok, agora já foi não tem mais o que consertar – dei mais um gole no úisque e então eu nem sentia mais a ardência em minha garganta.
- Por que você não conta logo o que sente? – a voz dela já estava mais calma, se eu tivesse metade da coragem dela, eu faria isso sem pensar duas vezes.
- Pra quê? Pra afastar meu melhor amigo de mim? Prefiro deixar como está. – dei de ombros e bebi mais um pouco do liquido em meu copo.
- Vocês já ficaram algumas vezes e ele não se afastou de você! – ela enchia seu copo enquanto falava. Pra ela era tudo tão simples, por que pra mim não podia ser?
- Mas é diferente, ficar por ficar é uma coisa, mas, se eu conto se gosto dele, ai nem ficar comigo ele vai querer pra não me iludir e todo aquele blá-blá-blá. – me virei pra , ela balançou a cabeça negativamente e suspirou. Ela não tocaria mais no assunto essa noite, eu acho.
O silêncio reinou na sala, continuou bebendo o úisque e eu já estava na cerveja, úisque demais iria me fazer vomitar no dia seguinte. Eu não estava bêbada o suficiente pra fazer outra merda qualquer, mas optei por dormir na casa de , não estava a fim de chegar em casa e morrer de depressão. Estávamos ouvindo Nothing Else Matters, o que não foi nada bom para meu psicológico, mas eu não estava em sã consciência pra querer ou tentar trocar de música. O objeto brilhante e vibrando insistentemente desviou minha atenção para a mesinha do centro, aquela foto no visor me fez fechar os olhos e respirar fundo, eu não iria atendê-lo.
- , deixe de ser criança, ele sabe que você está acordada – disse pegando meu celular e esticando-o para mim.
- Não me importo. Se amanhã ele perguntar, eu digo que não ouvi o celular – forcei um sorriso e desviei a atenção das mãos de . O celular parou de tocar me fazendo respirar aliviada, revirou os olhos e quando ia colocar o celular na mesa novamente, o bendito voltou a tocar.
- , atende, pode ter acontecido alguma coisa – ela disse calma e no fundo eu estava morrendo de preocupação pra saber o que houve. Não resisti e peguei o celular, já foi feita a cagada mesmo, o quê mais pode dar errado?
- Diga, – eu disse assim que atendi a ligação, o barulho era ensurdecedor, o que me fez ter certeza que ainda estava no pub.
- Meu amor! – ele pareceu animado demais – eu preciso ir embora, mas to bêbado, e o Josh não quer dar a chave do meu carro! – ele soltou um riso daqueles que te fazem rir também.
- Pede pra ele te levar com seu carro, é simples! – eu disse como se fosse óbvio e balançou a cabeça, com certeza ela notou que era mais uma das vezes que estava bêbado e queria que eu o levasse pra casa.
- Não dá! O Josh está de moto com a namorada e ela não sabe pilotar, aí não tem quem siga o carro com a moto do Josh – ele suspirou – zinha meu amor, vem me buscar, sei que você está na casa da . – Merda! Como sempre ele sabia onde eu estava e com quem eu estava? Mas na hora de perceber que eu o desejo, nada! Ótimo , isso ajudava muito.
- , é a última vez que eu vou te ajudar ok? Você tem que parar de beber! – grunhi e desliguei o celular sem esperar resposta, era um saco ter que ajudá-lo justo hoje que eu não estava a fim de vê-lo.
- Você disse que era a última vez semana retrasada – ela balançou a cabeça já se levantando e jogando as chaves do carro pra mim.
- Eu sei, mas o quê eu posso fazer, não é? – dei de ombros e sorri. apenas fez um careta e caminhamos até o carro, liguei o rádio em uma estação qualquer enquanto se certificava que havia fechado tudo corretamente.
O caminho até o pub não foi longo, já que àquela hora da manhã a maioria estava dormindo e o trânsito era menor. me contava sobre a última discussão com , eles adoravam discutir porque o sexo ficava melhor, palavras de . era um bom namorado, fazia suas merdas, mas era perfeito pra ela. Isso por que quando eles começaram a namorar, nós não acreditávamos que daria certo e, vejam só, quase dois anos de puro amor ou pura safadeza, como preferir. Estacionei o carro em frente ao pub e estava com Josh e sua namorada, ele tinha um sorriso bobo no rosto, Maddie estava de braços cruzados, bufando ao lado dele. , por que não se despediu dela antes? Vou ter que ver vocês se engolindo antes de ir embora?
Ótimo.
- , meu amorzinho! – andou até mim de braços abertos e quase me matou sufocada – obrigado , nem sei como te agradecer – ele soltou mais um riso bobo de bêbado e grudou em minha cintura, me levando até Josh e as meninas, vinha logo atrás apenas observando.
- Olá – eu disse para todos quando me aproximei da rodinha, Maddie não tirava os olhos de e bufava toda a vez que o fazia.
- , leve o garotão pra casa, ele precisa de você. – Josh piscou me jogando as chaves do carro e saindo com a namorada, cumprimentando antes de ir até o estacionamento.
- , você é tão linda – disse olhando a amiga, ela apenas concordou e disse pra ele calar a boca, tão ela. - Maddie, eu vou embora e não tente me ligar porque passei o número errado pra você! – disse olhando Maddie que abriu a boca para dizer algo e recebeu um gesto nada católico de . – Eu não quero ficar com você, sua louca. Quando eu sorri pra você, é por que eu sou simpático e não por que eu quero te engolir! – ele disse isso em alto e bom som, fazendo-me segurar uma gargalhada, mesmo estando bêbado ele fez algo que eu não esperava.
- Mas você não disse que eles se pegaram? – sussurrou em meu ouvido, mordi o lábio e apenas a olhei como se dissesse “me enganei” e ela revirou os olhos. Na verdade, quando notei Maddie próxima demais de , eu achei que ficariam, devido ao fato que ele não havia dito nada quando perguntei se ele ficaria com ela. Apenas me despedi deles e fui até a casa de , como sou idiota!
- , me leve pra casa, isso aqui está cheirando a motel barato! – ele fez um careta e me puxou rumo ao estacionamento, não me contive e olhei Maddie, ela tinha uma expressão raivosa que não me intimidou. Logo ela acharia outro macho e pararia de graça.
Joguei as chaves do meu carro para , ela nem precisaria me seguir até o apartamento de , ela sabia que eu dormiria por lá, eu nunca o deixava sozinho quando ele estava bêbado, eu sabia que ele iria dormir a noite toda, mas, de qualquer forma, algo em mim não me permitia deixá-lo sozinho quando isso acontecia. sentou-se no banco do passageiro enquanto eu fui até e peguei minha bolsa, ela apenas me lançou um olhar de “vê se faz algo que preste” e saiu com meu carro. Estranhamente, quando voltei ao carro de , ele estava mexendo no rádio, mas não como ele fazia quando estava bêbado, aparentemente ele estava normal. Dei de ombros e me dirigi tranquilamente até o apartamento de que era um tanto longe de onde estávamos.
- Me desculpe fazer você vir até aqui. – disse, me assustando. Ele não estava bêbado há minutos atrás? Arqueei a sobrancelha e o olhei de canto.
- Espera, o quê houve com sua voz de bêbado? – perguntei e ele apenas deu um sorriso torto, aquele sorriso torto que fazia minhas pernas fraquejarem.
- Eu não bebi nada hoje, – ele me olhou apreensivo – Quando você deixou Maddie comigo e foi embora, eu percebi que ela tinha segundas intenções e, cá entre nós, eu não pego qualquer uma! – ele fez uma careta e eu comecei a rir – de qualquer forma, fingi beber qualquer coisa quando fui ao banheiro e comecei a me fazer de bêbado pra ela sair de perto.
- Isso não faz sentido! Quando te falei sobre ela, você não respondeu nada – eu comentei apenas tentando imaginar fugindo de uma mulher, era algo extremamente estranho.
- , eu não quero ficar com a Maddie, nunca quis! Quando você falou comigo sobre ela, eu entendi algo como “Maddie falou sobre você” e não “ Maddie quer você”, por isso não disse nada, não tinha o quê falar – ele deu de ombros – e quando ela chegou, eu sorri por que eu sou simpático e você sabe disso. – notei que ele me olhava, eu não conseguia tirar os olhos da rua. Isso era verdade, era extremamente simpático com qualquer um, por isso, já foi assaltado umas dez vezes.
- E por que não foi embora sozinho? Sabe que a casa da é um tanto longe daqui – bufei um tanto nervosa, eu estava com ele extremamente sóbrio, sem meu carro e longe de casa.
- Encontrei Josh já na saída do pub e Maddie ainda estava atrás de mim, ele não percebeu que eu estava mentindo e tomou as chaves do meu carro, me obrigando a ligar pra você me levar pra casa – deu um sorriso e passou a língua nos lábios, maldito, ele não sabe o efeito que isso tinha sobre mim.
- Certo, vamos pra casa da e de lá você vai embora – dei seta pra virar para a esquerda e voltar para casa de , mas, puxou o volante rapidamente fazendo-me escutar uma freada brusca atrás de nós, me assustando.
- Você está louco, garoto? – minha voz estava alterada - quer nos matar? – apertei as mãos no volante e controlei minha respiração o olhando de canto.
- Você vai dormir em casa, já viu o temporal que vai cair? Nunca que vou te deixar dirigir nesse tempo. – ele cruzou os braços olhando pela janela, como se nada tivesse acontecido. ainda vai me matar, é claro que vai.
Não respondi nada, não estava em condições. Quase bati o carro, meu melhor amigo não pegou a vadia de Londres e não estava bêbado, pela primeira vez vou dormir no apartamento dele quando ele não está sob efeito do álcool. Em parte é bom, vou poder dormir sem preocupação, já que todas as outras vezes eu viro a noite pra ver se esta tudo bem ou se ele não vai se afogar com o próprio vômito. É, nojento eu sei, mas é verdade.
Estacionei o carro na garagem do hotel enquanto pegava sua carteira e seu celular no porta luvas, peguei minha bolsa no banco de trás e acompanhei , o porteiro acenou pra mim, fez um sinal perguntando se estava bêbado e para não ter que explicar muita coisa, apenas assenti e ele riu. Jeremy era um senhor de meia idade, eu o considerava um grande amigo, já que todas as vezes que bebia e eu não conseguia dormir ficava aqui com ele conversando, ele sabia metade da minha vida e nunca reclamou por passar a noite me ouvindo. Ele me ajudava a levar na maioria das vezes, mas, hoje optei por não pedir ajuda, já que meu melhor amigo é um babaca e apenas fingiu estar bêbado.
Joguei minha bolsa em qualquer canto do sofá e fui até a cozinha beber um copo d’agua, foi até seu quarto e suspirei. Por que ele é tão perfeito? Por que eu me apaixonei por ele? Que droga, era pra ele ser apenas meu melhor amigo e tudo seria diferente. Um trovão ensurdecedor me assustou, me fazendo soltar o copo e ouvi-lo se despedaçar no chão. Morro de medo de raios e trovões. É como se fossem me matar.
Abaixei-me um pouco trêmula e comecei a pegar os pedaços do copo, apareceu ofegante e sem camiseta na porta da cozinha.
- Tá tudo bem, pequena? – engoli seco, me chamando de pequena era a coisa mais perfeita. Ele sabia do meu medo de raios e trovões e cuidava de mim como se eu fosse a pessoa mais frágil do mundo.
- Está, eu só quebrei um copo, desculpe – dei um meio sorriso e joguei no lixo os cacos que eu havia pegado, senti minha mão arder e fiz uma careta ao notar que sangrava.
- Quantas vezes eu te disse pra colocar uma luva antes de pegar qualquer coisa cortante do chão? – revirou os olhos indo até o banheiro, não era a primeira vez que eu quebrava um copo no apartamento de , mas era a primeira vez que eu me machucava e ele sempre dizia que isso iria acontecer.
- Desculpa. – me desculpei mais uma vez sem saber o porquê, liguei a torneira e deixei a água escorrer por minha mão, eu nem havia sentido dor quando me cortei, odeio quando isso acontece.
- Não se desculpe pequena, só tome cuidado da próxima vez – ele apareceu novamente com um kit de primeiros socorros em mãos, desliguei a torneira e me sentei no balcão da cozinha, coisa que odiava, mas sabia que eu faria de qualquer forma.
- Eu nem senti o vidro me cortar, que saco isso. – bufei vendo o sangue voltar a escorrer por minha mão, o corte não foi fundo, mas não parava de sangrar.
- Você é um desastre – ele riu, pegando os curativos. me assustei quando abriu minhas pernas e se encaixou no meio delas para fazer o curativo. Qual o problema dele? Não viu que isso era provocação demais?
- É, eu sou. Literalmente. – disse um tanto alto fazendo me olhar sem entender. Dei de ombros e gemi de dor quando ele passou aquele remédio idiota.
- Deixe de ser mole, nem dói tanto assim – ele riu colocando o curativo no corte e saiu do meio de minhas pernas, guardou as coisas e levou o kit para o banheiro.
- , 'tô com fome! – gritei da cozinha, cozinhava muito bem e eu nunca perdia a oportunidade de comer algo feito por ele.
- Tem panqueca no forno , coloca pra esquentar – ele respondeu e aparentemente estava em seu quarto, provavelmente colocando uma camisa, o que era uma pena. Desci do balcão e liguei o forno, estava com preguiça demais pra tirar a panqueca dali e colocar no microondas, mais um trovão idiota ecoou pelo apartamento e eu apenas fechei os olhos tentando espantar o medo. Tenho vinte e três anos, tenho que parar de ter medos idiotas. - Não tenha medo, estou aqui, ta tudo bem – senti me abraçando por trás e sussurrando tais palavras em meu ouvido, maldito. Isso que dá ter intimidade com ele, acontecem coisas que ele não faz idéia o estrago que faz no meu psicológico.
Apenas assenti e me virei de frente pra ele, deitando a cabeça em seu ombro e inalando aquele perfume maravilhoso. me pegou no colo me fazendo rir,caminhou pelo corredor até chegar em seu quarto, ele havia arrumado a cama dele e passava um filme qualquer na tv, ele me pediu pra esperar que ele iria até a cozinha cuidar das panquecas e já voltaria, sorri em resposta e ele se foi. Me levantei a fim de pegar meu pijama que estava no criado mudo de , eu sempre deixava no lugar mais fácil de pegar, já que eu nunca tinha tempo de andar muito quando ele estava bêbado. Fui até o banheiro e me troquei sem pressa, quantas garotas tinham a chance que eu tinha de me declarar para o melhor amigo e não faziam isso por medo de perder a amizade? Todas, né? Ok, a maioria. Tem aquelas corajosas que dão a cara a tapa e fazem valer a pena, eu não sou uma delas. Prendi meu cabelo e voltei ao quarto, olhei o relógio que marcava quatro horas e trinta e hoito minutos, me joguei na cama confortável de e o perfume dele impregnava o local. Ótimo, demorará dias pra eu tirar esse cheiro da cabeça. Fitei o teto e algo vibrou em cima do criado mudo, olhei no visor e era uma mensagem de um numero que não estava na agenda, franzi o cenho e abri a mensagem.
“Amei o final de semana passado!!! Que pena que você não vai vir aqui esse final de semana :/ Estou com saudades, anote meu novo número :) ... beijos, Lara.”
Mas quem diabos é Lara? Onde foi no final de semana passado? Que merda é essa? Sentei-me na cama e comecei a me lembrar da conversa que tive com há uma semana atrás.
Ele havia me dito que não ia ao pub porque ia à casa da mãe e só voltaria segunda. Mentiroso, filho da mãe! Ele foi se encontrar com a tal Lara, essa vagabunda. Desde quando eles estão se encontrando?
- , as panquecas estão prontas – coloquei o celular dele de qualquer jeito no criado mudo e cruzei os braços, eu queria saber quem era essa garota.
- Perdi a fome – disse rapidamente enquanto colocava o prato e a garrafa de refrigerante em cima do criado mudo.
- Não vem com essa, , você precisa comer. – ele disse com um tom autoritário e nem isso me fez rir.
- O que você fez no final de semana passado? – arqueei a sobrancelha ainda sem olhá-lo. sabia que eu era ciumenta, mas nunca imaginaria que meu ciúme era por que eu o amava.
- Fui até a casa da minha mãe, eu te disse isso – ele sentou-se ao meu lado e colocou o prato de panquecas em meu colo – você tem que comer.
- Por que você está mentindo? – o olhei e ele pareceu não entender, cínico. Se ele estava namorando era só me dizer, eu sabia que vai machucar, mas ele não sabia.
- Eu não estou mentindo, . Eu fui até a casa da minha mãe! – do jeito que ele falava parecia realmente sincero, mas aquela mensagem o denunciava.
- James , quem é Lara? – fechei os olhos e permaneci de braços cruzados, iria me dizer quem era aquela garota, claro que iria.
- Lara? – ele pareceu pensar – Não sei... – Não acredito que ele teve a competência de mentir na minha cara, é um idiota mesmo.
- Como você consegue ser tão hipócrita, ? – bufei abrindo os olhos e ele ainda me olhava com um ponto de interrogação estampado no rosto.
- Caralho, . Eu vou lá saber quem é Lara? Seu ciúme não deixa você me explicar as coisas e aí você dá esses surtos desnecessários! – alterou o tom de voz, ele havia se irritado e pra isso acontecer era por que realmente ele estava falando a verdade.
- Você sempre soube que eu sou ciumenta, não vem pagar de santo agora, se eu sou a sua melhor amiga, por que você esconde as coisas de mim? – coloquei o prato que estava em meu colo de volta no criado mudo e me virei completamente para , já estávamos discutindo mesmo, não adiantaria fingir que nada aconteceu.
- Eu não estou pagando de santo! Eu não estou escondendo nada de você, sua idiota! – fechou os olhos e respirou fundo, parecia esconder algo e eu iria descobrir, nem que pra isso eu tivesse que ficar semanas sem falar com ele.
- Se você não está escondendo nada, por que não me diz quem é Lara? 'Tá namorando ou só comendo? Por que é bem sua cara fazer isso né? – praticamente cuspi essas palavras na cara dele, eu sabia que quando ele respondesse iria me machucar, mas, o pior foi ele esconder sobre ela.
- Para com isso, . Chega, estava tudo tão bom – ele suspirou pesadamente, essa Lara deve ser algo bem sério pra ele estar segurando o jogo.
- Parar com o quê? Custa você me dizer quem é? Era só não ter mentido pra mim que eu não teria surtado com você! – voltei a me sentar de frente a TV e olhei pro lado contrário de onde estava . Se não fosse a chuva eu estaria bem longe daqui.
Ficamos em silêncio um longo tempo, eu olhava para todos os cantos do quarto menos pra ele, em uma das vezes que o olhei de canto, vi que ele travava uma briga com ele mesmo. Balançou a cabeça e respirou fundo várias vezes. Ele sabia que eu não iria falar nada enquanto ele não me explicasse quem era a garota.
- Eu não menti pra você. – ele disse baixo, parecia arrependido, angustiado. Talvez se eu perguntasse agora, ele me diria quem era a vadia.
- Então por que não me diz quem é ela? – abaixei a cabeça e fechei os olhos, odiava discutir com e há uns tempos tem sido freqüente.
- Porque eu realmente não sei de que Lara você está falando e, mesmo se soubesse, que diferença iria fazer? Estou apaixonado por você, pequena. – travei no mesmo instante. o quê ele disse? Levantei a cabeça e o olhei, seus olhos estavam com um brilho diferente, ele parecia aliviado, como se tivesse guardado isso consigo por muito tempo.
Meu coração batia descompassado, meus olhos se recusavam a desviar dos dele, senti minha garganta secar e parecia que tudo havia parado. Ele acabara de dizer quer estava apaixonado por mim, e não foi daquela maneira clichê, não foi aos gritos que ele me disse isso, foi calmamente, me dando ainda mais certeza de que ele falava sério. se aproximou um tanto receoso, mas, quando viu que eu não me movera, levou uma de suas mãos até meu rosto e me puxou um pouco. Ele fechou os olhos primeiro, me fazendo repetir o ato, a ponta de seu nariz passou por minha bochecha, senti uma leve mordida em meu queixo me fazendo arrepiar, levei minha mão até sua nuca e acariciei o local, notei se aproximar ainda mais, seus lábios agora roçavam os meus, ele mordeu meu lábio inferior e puxou levemente. A outra mão de estava agora em minha cintura, apertou a região forte, seus lábios colaram nos meus e por um instante queria que alguém me beliscasse, porque só podia ser um sonho. Voltei em mim quando notei a língua de pedindo passagem que prontamente foi concedida. Iniciamos um beijo lento, como se esperássemos a vida toda por isso. me beijava com ternura, ainda um tanto receoso, mas, eu percebia o sentimento que ele colocara naquele beijo, um arrepio percorreu minha espinha quando senti a mão de deslizar até minha coxa, apertou a mesma e mordi seu lábio como resposta. Ele deu um riso entre o beijo, num impulso, me sentei em seu colo dando total liberdade para as mãos dele passearem por meu corpo, me provocando sensações até então desconhecidas.
Nossas línguas se encaixavam de uma forma surpreendente, as mãos de pareciam confusas em que parte de meu corpo elas tocavam, hora apertavam minha coxa, hora minha cintura e a cada vez ele pressionava mais seu corpo contra o meu, me fazendo desejá-lo ainda mais. partiu o beijo com alguns selinhos, estávamos ofegantes, colei minha testa na dele, que por sua vez, deixou as mãos em minha cintura. Abri os olhos vagarosamente e encontrei os estúpidos olhos me fitando.
- Por que demorou tanto pra me dizer isso? – minha voz saiu um tanto falha, meu coração ainda batia descompassado e meu corpo estava arrepiado, eu precisava de . E precisava muito além de apenas um beijo.
- Eu não sei, era meio estranho pensar que havia me apaixonado pela minha melhor amiga – ele soltou um riso e roçou seus lábios nos meus, imediatamente aquela onda de calor voltou a percorrer meu corpo.
- Teria me poupado dor de cabeça se tivesse falado antes – passei minha língua por seus lábios e como resposta, desceu uma de suas mãos até minha coxa, apertando a mesma com força.
- Eu sei, me desculpe por isso. Mas quando me falavam que você gostava de mim, eu não conseguia enxergar isso, eu te via como a minha melhor amiga e...
Calei com um beijo, ele não precisava se desculpar ou se explicar, ele era meu e era apenas isso que importava no momento. As mãos dele voltaram a passear por meu corpo, minhas mãos, por sua vez, trataram de tirar a camiseta vermelha que eu tanto adorava e jogá-la em qualquer canto. No momento em que cortamos o beijo para que eu tirasse sua camisa, notei em seus olhos um brilho diferente, como se ele estivesse prestes a ter tudo o que sempre desejou. Não duvido que meu olhar transmitia a mesma coisa. Nossos lábios se uniram novamente e dessa vez o beijo não era nada calmo, me tirou de seu colo, me jogando na cama e se deitando sobre mim, suas mãos ágeis tiraram a blusinha do meu pijama tão facilmente que me perguntei se ele não rasgou a peça. Já precisando de ar, mordeu meu lábio e quando abri os olhos ele me fitava tão sensualmente que minhas unhas deixaram marcas em suas costas, ele arfou e desceu trilhando um caminho de beijos por meu pescoço, quando chegou a meus seios, apenas passou os lábios por meu colo, vez ou outra passava a ponta da língua pela região e aquilo estava me tirando do sério. Sempre gostei de preliminares, mas meu corpo pedia por o mais rápido possível. Meu sutiã foi parar no chão, uma mão de massageava meu seio esquerdo enquanto ele me torturava ao lamber e sugar o outro, eu mordia meu lábio reprimindo alguns gemidos, desci minhas mãos por suas costas e abri sua bermuda, levei minha mão para dentro da mesma e o volume da boxer me fez soltar um gemido baixo, se arrepiou ao sentir minha mão massagear seu membro por cima do fino tecido da boxer, ele colou seus lábios nos meus novamente.
Seu beijo era rápido, toda a calma de havia desaparecido rapidamente e o de agora tinha sede de prazer, sede de poder, ou seja lá como queria chamar. Senti uma de suas mãos na parte interna de minha coxa, ele subiu a mesma o mais lentamente que conseguiu. Ainda por cima do short, ele tocou minha intimidade, fez um leve movimento no local me fazendo reprimir um gemido, o beijo havia sido cortado mais uma vez, agora tinha os lábios roçando nos meus e os olhos fixos em minhas reações, meu shorts foi sendo tirado aos poucos, os arrepios que me percorriam a cada toque de , que eram um estímulo pra mim, a cada suspiro meu, fechava os olhos como se absorvesse cada reação. Beijos fizeram o caminho de meu corpo. Quando chegou à minha barriga, algumas mordidas foram deixadas e ele me olhou dando um sorriso torto. Aquele sorriso dele um dia vai me matar, mordeu os lábios ao me ver semi nua à sua frente, totalmente entregue a ele, como sempre fui. Ele se ajoelhou sob a cama, tirou sua bermuda e a jogou pelo quarto ficando apenas de boxer, desci meu olhar por todo aquele corpo que sempre desejei, minhas mãos pareciam querer tocá-lo a todo o momento, me controlei à não tocá-lo, ele parecia estar disposto a conhecer cada centímetro de meu corpo e eu mal podia esperar que ele fizesse isso. As mãos de voltaram a tocar a parte interna de minha coxa, sem pressa, ele subiu a mão até minha intimidade, o tecido fino da calcinha o fez notar que eu estava molhada, ele me lançou um olhar pervertido e eu apenas fechei os olhos, esperando as novas sensações provocadas por . Um arrepio me percorreu a espinha quando senti sua respiração próxima à minha intimidade, ele apenas afastou minha calcinha um pouco pro lado e sua língua quente percorreu toda a minha intimidade, soltei um gemido alto e em resposta, ele apertou minha coxa fortemente, parece que gemidos era o ponto fraco dele, mordi meu próprio lábio quando começou a fazer movimentos com a língua sob meu clitóris, me agarrei no lençol e sentia meu lábio arder devido à força de minhas mordidas, inclinei o corpo pra trás quando me penetrou com um dedo.
fazia movimentos rápidos, eu me controlava para não soltar gemidos altos, eu queria provocar , queria que ele me fizesse gemer alto e esse estímulo pra ele era viciante. deitou seu corpo sob o meu, abri os olhos e aquele sorriso torto estava lá novamente, levei uma mão até sua nuca e o puxei para um beijo, sua língua se encaixou na minha com perfeição como anteriormente, ainda me provocava com os dedos em minha intimidade, palavras desconexas saíram de sua boca, o olhei maliciosamente e o empurrei, fazendo-o se deitar ao meu lado, me sentei em seu colo, uma perna de cada lado de seu corpo, movimentei meu quadril lentamente sobre sua excitação. apertou minha cintura como se me pedisse por mais, soltei um riso e selei nossos lábios rapidamente, desci mordendo seu pescoço, tórax, barriga até chegar à sua virilha, tirei sua boxer o mais lentamente que consegui, seu membro estava duro e pulsava, eu provocaria até o ultimo, da mesma forma que ele fez comigo. Peguei seu membro e passei a língua na glande, sem pressa, ouvindo um gemido abafado em seguida, iniciei um movimento de vai e vem, vez ou outra minha língua percorria toda a extensão de seu membro, sua mão estava em minha cabeça, fazia uma leve pressão pra baixo, deixei que me guiasse, coloquei seu membro em minha boca e soltou um gemido forte, comecei a chupá-lo com rapidez, minha mão continuava com o vai e vem e respondia com gemidos estupidamente prazerosos, em um movimento brusco, nos girou e ficou por cima novamente, levei meu olhar ao dele e suas pupilas estava dilatadas, como se me dissesse que não aguentava mais.
colou sua testa na minha e seus olhos estavam fixos nos meus, inclinei o corpo um pouco e tirei minha calcinha antes que ele a rasgasse, o quê eu não duvidava que fizesse. Levei uma de minhas mãos até sua nuca e passei a língua por seu lábio, ele mordeu meu lábio e senti me penetrar. De longe foi a melhor sensação que já tive em toda a minha vida, não se movimentava, ele analisou minhas reações tirou seu membro de mim, recebendo um grunhido de reprovação de minha parte, logo, me penetrou novamente, com mais força dessa vez, me fazendo soltar um gemido alto. Notei um sorriso sacana em seus lábios, era isso que ele queria, um gemido mais alto, me beijou, ele se movimentava sem pressa, não era apenas uma noite de sexo, tinha sentimento ali, eu estava transando com o cara que eu amava e, por um milagre dos céus, me amava da mesma forma.
Seus olhos ainda estavam fixos nos meus, sua mão apertava minha cintura a cada investida, as frases desconexas de me faziam perder o sentido, minhas unhas deixavam marcas em suas costas que com certeza demorariam a sair, o prendi entre minhas pernas o fazendo ir mais a fundo, soltava gemidos abafados e vez ou outra selava nossos lábios, pela segunda vez, joguei seu corpo ao meu lado e me posicionei em cima dele, suas mãos foram até minha coxa, fechou os olhos, seu membro foi se encaixando pouco a pouco em mim, quando o senti por completo, movimentei meu quadril lentamente, o fazendo apertar minhas coxas com certa brutalidade, apoiei minhas mãos em seu peito, continuei me movimentando mais rapidamente dessa vez, eu o sentia entrar e sair de mim quase que por completo, eu não controlava mais meus gemidos. apertava minha cintura e me pressionava pra baixo, suas mãos subiram e apertaram meus seios com certa força, joguei a cabeça pra trás e rebolei sobre seu membro, o gemido de foi algo impagável, ele nos girou mais uma vez, colocou minhas pernas sob seus ombros e investiu brutalmente, uma dor incômoda surgiu, mas eu não me importei, estava bom demais para que parasse.
investia cada vez mais rápido, ele não demoraria a chegar ao ápice, mas, eu tinha certeza que ele não me deixaria na vontade, ele levou sua mão até meu clitóris, fazendo movimentos circulares e me levando a loucura, tirava seu membro por completo e me penetrava novamente cada vez com mais força, senti aquela sensação única percorrer todo meu corpo, um pequeno tremor nas pernas e um gemido mais forte, abafado pelos lábios de preencheu o quarto, eu havia chegado ao clímax. tirou minhas pernas de seus ombros e continuou se movimentando, dessa vez mais devagar. Carinhosamente, sua mão acariciava meu rosto e em uma última estocada forte, soltou um gemido rouco contra meus lábios, apertando forte minha cintura com a outra mão, ele havia chegado lá. Ele se jogou do meu lado, me puxando logo em seguida para me aninhar em seus braços, estávamos ofegantes.
Eu havia acabado de ter a melhor noite de sexo da minha vida com o cara mais perfeito que existe. Ok, era agora que eu acordava?
Esperei um pouco até minha respiração voltar ao normal, levantei a cabeça e o olhei, ele estava de olhos fechados, respirava já um tanto mais calmamente e acariciava meu braço.
Não contive o sorriso, ele era perfeito demais pra ser real ou eu sou só mais uma idiota apaixonada. Ele abriu os olhos e me olhou, levantou o bastante para se aproximar de mim e me beijar tão docemente, que me perguntei mais uma vez se não era um sonho. Acariciei seu rosto e dei-lhe um selinho demorado, ele voltou a me olhar, eu não sabia se falava alguma coisa ou se apenas curtia, mas o celular de resolveu acabar com o momento.
atendeu ao telefone e eu me levantei, busquei minha calcinha pelo quarto e a vesti, logo depois coloquei apenas a camisa de , já que minha blusa do pijama estava rasgada como eu previa. Caminhei até a cozinha com as pernas ainda um pouco trêmulas, tentava formular na minha mente algo que explicasse o que havia acontecido, o cara por quem era apaixonada também era apaixonado por mim e eu acabei de transar com ele, era isso mesmo? Seja lá o que for, preciso beber água e comer alguma coisa, as panquecas devem ter esfriado de novo, mas ok, quem se importava?
- Lara é a filha adotiva da Vivian e do Anthony – ouvi a voz de , franzi o cenho até entender o que ele falava. Lara, da mensagem, era filha dos vizinhos da mãe dele? Virei-me e ele estava encostado no batente da porta, de braços cruzados apenas de bermuda.
- E você saiu com ela quando foi pra lá? – arqueei a sobrancelha e ele riu, balançou a cabeça negativamente e voltou a me olhar, eu apenas revirei os olhos e fui até a geladeira a fim de pegar qualquer coisa pra comer.
- Lara tem treze anos, ela brincou a Lux a tarde inteira e eu participei de algumas brincadeiras, até ajudei ela a estudar e nós trocamos mensagens durante a semana. Minha mãe disse que eu não iria pra lá esse final de semana e ela mandou aquela mensagem – abaixei a cabeça e dei um suspiro, eu estava tendo um ataque de ciúmes por causa de uma garota de treze anos? Tenha dó.
- Por que não me disse antes? – fechei a geladeira e me apoiei na mesma, eu estava morrendo de ciúmes de uma garota de treze anos, santa mãe. Isso não podia estar acontecendo.
- Por que eu não me lembrei na hora quem era ela, agora que atendi meu celular, quando desliguei vi a mensagem - ouvi um riso próximo, ele estava atrás de mim, me puxou pela cintura e colou meu corpo no dele, joguei a cabeça pra trás apoiando-a em seu ombro – e mesmo se eu lembrasse até eu explicar quem era você teria me matado.
- Não exagera, – fiz uma careta e ele riu, eu estava mesmo me sentindo uma idiota por ter dado um ataque de ciúmes de uma garotinha, mas, em parte foi bom e eu nem preciso dizer o porquê.
- Não estou exagerando – ele me virou de frente pra ele e sorriu me dando um selinho demorado logo em seguida – você é daquele tipo de ciumenta que se o cara não conta, ele morre. – eu ri com o que ele disse, mas, em partes ele estava certo.
- Ok, , deixe-me comer que estou com fome – pisquei pra ele e me soltei de seus braços, voltando até a geladeira e procurando algo que matasse minha fome.
- Tem a panqueca, se quiser, esquento de novo – ele disse normalmente e eu não achei má idéia já que na geladeira dele não tinha nada de interessante.
- Seria bom – me virei pra ele mais uma vez e sorri marota, ele apenas se virou e foi até o quarto, suas costas estava extremamente marcadas, eu não devia ter exagerado. As marcas estavam bem vermelhas e um tanto inchadas, deixei verdadeiros vergões nas costas de . Não contive um risinho depois de ver.
- Do quê está rindo? – já voltava com o prato em mãos, colocou-o no microondas e se apoiou no balcão para me olhar.
- Suas costas. - eu ri – está marcada, tipo, bem marcada, se é que me entende – dei de ombros e me sentei no balcão ao seu lado.
- Eu entendo, afinal, isso 'tá ardendo, sabia? – ele fez uma cara de dor me fazendo rir, também não conteve o riso e veio até minha frente se encaixando no meio de minhas pernas mais uma vez na noite. - , o que eu disse hoje mais cedo... é verdade.
- Eu acredito em você. – apoiei minhas mãos em seus ombros e o olhei, ele não precisava me dizer que era verdade, eu sabia disso, seus olhos, seus atos, tudo nele me mostrava que era verdade.
- Eu me sinto um verdadeiro idiota por não ter me tocado antes, você sempre foi a garota perfeita pra mim – dei um selinho demorado em para que ele parasse de falar, eu não queria frases clichês , eu só queria que fossemos.. Nós mesmos.
- Esquece o que passou ok? Eu não quero saber o que você fez antes de ser meu, por mais que eu já saiba de boa parte – balancei a cabeça rindo – não quero momentos bonitinhos depois do sexo, quero eu, você, a cama bagunçada, suas piadas sem graça e você me pedindo pra ficar, quero só poder me aninhar no teu peito quando a chuva não me deixar dormir, quero que você cuide de mim quando eu me machucar, quero que você me cale com um beijo quando eu estiver surtando de ciúmes de novo, que você me ligue de madrugada só pra dizer que 'tá com saudades – acariciei seu rosto e ele sorria, um sorriso terno, daqueles que te faz ter certeza que ele era o cara da sua vida. – Ah, e quero deixar outras marcas dessas em você. – passei a mão levemente por suas costas.
- Você pode deixar quantas quiser – ele roçava seus lábios nos meus – contanto que seja minha. – ele selou nossos lábios rapidamente, eu não sabia nem como respirava mais.
- , eu sempre fui. – ele sorriu e me beijou, mais um beijo de vários outros que aconteceriam daqui pra frente.
Seja lá o que aconteça daqui pra frente, eu só consigo pensar em uma coisa; é sempre uma boa idéia levar seu melhor amigo pra casa.


Fim.



Nota da autora: Hey! Mais uma fic no FFOBS, 'tô orgulhosa. Hahahaha
Primeiramente, obrigada por lerem... tenho um certo amor por essa short, ela é bem antiga, não tinha mandado ela pro site por pura preguiça :x me inspirei em SO I DRIVE da Nara Prestes :)
Escrevi ela focada no Liam lindo meu Payne, depois li ela com Nick lindo muito meu Jonas e, olha, ficou sucesso! Enfim, comentem e me deixem feliz <3
Obrigada, Bela Queiroz, por betar e ser tão amor comigo por e-mail hahahaha


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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