The Land of No Tomorrow

Última atualização: 28/03/2018

Capítulo 1 - O início de tudo

Tudo começou quando me encontrei acorrentada num grupo de homens machistas, constituindo uma sociedade rudimentar e patriarcal. É incrível como a humanidade gosta de cometer os mesmos erros.
Quem sou eu? , mulher de 20 anos que vivia no Brasil e decidiu, estupidamente, vir aos Estados Unidos fazer intercâmbio, pois acreditava que iria acrescentar na sua carreira iludida da porra. Carrego uma foto dos meus pais com a esperança de vê-los novamente nesse fim de mundo maluco, onde sobrevivi com tudo que encontrei, aprendi a atirar e a usar uma besta com pessoas caridosas e muito pacientes, me alimentei com o que achava, muitas vezes tendo que rastrear e caçar animais para sobreviver. Fugir desses malditos zumbis me deixou com certa vantagem corporal; eu era uma menina muito fora dos “padrões”, sendo o molde de quase 80% da população mundial corpos esqueléticos e roupas rasgadas.
Por mais incrível que pareça, sou virgem e nunca tive interesse por “sexo sem compromisso”, sempre acreditei que minha primeira vez seria com um príncipe encantado (Trouxa? Talvez). Querem saber como eu vim parar aqui, nesse “grupo” ao qual eles chamam de família?

Flashback on

— Mano, o chefe mandou a gente procurar por comida — Um ser estranho, que me deu arrepios na espinha apenas ao olhá-lo, avisou.
— Eu sei, cara, mas eu tenho certeza que ouvi um barulho vindo daqui... — Outro homem, pelo qual eu tive mais medo ainda, afirmou.
— Deve ser um walker, vamos sair daqui.
Estava ouvindo isso atrás de uma árvore, virada de costas e totalmente desprevenida, o que me fez levar um golpe muito forte na cabeça. Fui arrastada, acorrentada, amordaçada e, por mais estranho que pareça, não fui abusada por esses homens. Ao acordar, estava numa cadeira ginecológica, com um médico olhando lá embaixo. Tentei fechar as pernas ou algo do tipo, contudo, estava amarrada tanto nos braços quanto nas pernas. Berrei, e o médico apenas me olhou e disse:
— O chefe pediu para que eu examinasse você, pois ele acha que tens cara de muito nova. Ele gosta de ter virgens para oferecer ao seus melhores homens — explicou. — Ah, meu nome é Peter. Sou o médico da nossa família.
Nisso, quando Peter acabou o “exame”, fui acorrentada novamente, vestida por outras mulheres e jogada numa espécie de sala, onde haviam outras meninas mais novas ou da mesma idade que eu. “Que doentes”, pensei comigo mesma, me recuperando aos poucos da pancada e do estupro/análise que fizeram em mim.

Flashback off


E foi assim que parei nessa merda de “santuário”; de tanto ficar acorrentada sofrendo fiz uma amiga chamada , ela era linda. Tinha cabelos longos com as pontas loiras, olhos castanhos, magra, e um pouco mais alta que eu. Disse a mim que era brasileira e também teve a estúpida ideia de vir aos Estados Unidos fazer um intercâmbio e sabia que sua família estaria viva lá no Brasil. Como todos sabem, num fim de mundo celular não serve para mais nada, internet não existe mais, banho quente só quando se junta a um grupo de pessoas boas e em uma sociedade estruturada — para que se sinta “segura” para tirar a roupa e não aparecer nenhuma porra de um morto vivo na hora do seu banho. As roupas ficam largas, tua menstruação precisa ser controlada, senão atrai mais caminhantes.
Pois é, ser mulher em um apocalipse zumbi nunca foi uma boa opção; nem fale da depilação, porque para você ficar nua e vulnerável, parecendo um frango assado, nunca vai ser uma boa opção nessa era.
Eu tenho um humor pouco negro, sim, fazer o que se a vida já me mostrou que, mesmo que vá para longe do Brasil, estará sempre na merda.
Eu e trabalhávamos com a parte da colheita da comida e na cozinha. Eu não abria o bico, pois via o que acontecia com outras que tentaram fugir ou berrar por ajuda: terminavam estupradas por um grupo de mais de 20 homens ou davam um beijo para a morte na Lucille. Quem é Lucille? É um taco de beisebol cheio de arames farpados para furar seu crânio e você não ter chance de sobreviver. Aquilo me aterrorizava mais do que ser violentada, sabe por quê? Mesmo que estuprada, eu viveria e teria chances de me vingar... Quem vai para o beijo com Lucille nunca mais volta.
Em mais um dia de trabalho escravo, percebemos que os brutamontes trouxeram um grupo de mais ou menos 12 pessoas e os ajoelharam no centro do santuário, ouvindo comentários do tipo: o Negan estava os caçando faz tempo, aquilo nos preocupou. Fomos designadas a dar água a eles e pegar a neném. Eu, logo de prontidão, peguei a criança que estava aos prantos. Não me atrevi a olhar a cara deles e, enquanto acalmava a menina — admito que não levo muito jeito, muito menos gostaria de engravidar nessas condições precárias —, senti um olhar me fuzilando, quase me comendo com os olhos; era de um homem que tinha aspecto daqueles motoqueiros, meio caipira, olhos azuis, cabelos desgrenhados, barba por fazer, tendo ao menos 27/28 anos; se ele fosse solto iria me matar. Não vou mentir que aquele bad boy me atraiu e muito, aqueles olhos devem ter visto ou feito muita coisa que me deixou gamada. Ele não parava de me olhar, como se pedisse para ajudá-los.
, leve essa criança para longe daqui — Negan mandou, segurando a Lucille.
— Sim, senhor! — falei, acordando de meus devaneios. Baixei a cabeça, rezando que eles sobrevivessem para poder devolver a criança ao pai verdadeiro.
Escutei de longe a voz do chefe falando com ar de vitória.
— Então, Rick Grimes, se rende agora e se ajoelha aos meus pés? Implore por sua maldita vida. — Então, ele riu. Olhei para criança, que sorria para mim. Nunca tive muita afinidade com nenéns, mas comecei a cantar uma música de ninar; dizem que uma criança sorri para você é porque sabe que tem algo de bom dentro de ti. se aproximou correndo, chorando, parecendo que tinha visto uma cena horrenda e, enquanto aquele show não acabava, acabei segurando a neném, pois nenhuma daquelas mulheres queria ficar com apego emocional a uma criança.
, o que houve? — perguntei, vendo que ela estava aflita, quase desesperada, com lágrimas no rosto.
— O Negan... Vai... Matar um deles — explicou, soluçando de tanto chorar. Eu pensei, pensei, pensei...
— Cuida da criança que eu vou lá, quanto tempo até a execução? — indaguei, entregando a menina que já se agarrava a seus cabelos.
— Uns minutos, porque ainda tem que dar água. Vai lá por mim — pediu, nanando a pequena em seus braços.
Corri feito uma desesperada, com água e tudo, para lá de novo.
— O que houve com , ? — Negan disse, com a Lucille no seu melhor tom ameaçador.
— Se machucou ao tentar pegar a água, deixei ela cuidando da menina, senhor — falei, com a cabeça baixa. Abri as águas e comecei a dar-lhes, um a um.
— Caso eu morra hoje, cuida da Judith e do Carl, por favor. Eles são a coisa mais importante para mim. Meu nome é Rick Grimes. — Gelei a escutar seu nome, mas concordei com a cabeça. Aquele seria meu fardo.
— Eu não aceito água de quem vai me matar. — Deduzi que quem exclamou fora Carl, pois era muito parecido com o pai.
— Só toma a água, por favor, Negan não mata adolescentes, faz isso pelo teu pai — pedi no ouvido dele, colocando o liquido em sua boca.
— Nos salve — implorou o ruivo musculoso. Apenas sorri e disse que eu tentaria proteger o máximo as pessoas do grupo a que ele pertencia.
— ANDA LOGO — O líder agarrou-me pelos cabelos e puxou para trás. — ESTÃO VENDO ESSA MARCA? A marquei feito gado para saber que ela é do meu rebanho, uma virgenzinha toda gostosa — exclamou cheirando meu pescoço, logo me jogando no chão e ignorando minhas lágrimas.
Em prantos continuei a dar água a todos do grupo, deixei o bad boy misterioso por último. Quando eu cheguei perto dele, escutei algo.
— Daryl. Meu nome é Daryl Dixon. — Aquela voz rouca me deixou com arrepios da nuca até os pés. Dei a água a ele e algumas gotas escorreram de sua boca, me fazendo salivar; ainda chorava, mas o desejo de cuidar daquele homem estava ENORME.
Dei a última gota do liquido para Daryl e saí correndo para o meu dormitório, onde e a criança estavam quase melhores amigas, brincavam, riam e nem parecia que estávamos num apocalipse zumbi; tenho um pouco de pena dessa criança que não vai conhecer um mundo sem tantas coisas maldosas. Me sentei, engolindo o choro já que, apesar de ser a mais sentimental, eu tinha que me manter forte pela minha amiga, por mim e por todos aos que se aproximavam. A única coisa que se escutava era o Negan fazendo o uni-duni-te dele e o choro de algumas pessoas, logo após um berro e mais prantos. Consegui fazer a Judith dormir e apaguei com ela no colo.
. Acorda — chamou educadamente, pegando a Judith do meu colo ainda dormindo.
Me arrumei e sai. Chegando, vi que havia um corpo jogado no chão. Percebi que era de Glenn, e fui surpreendida pela escolha do líder.
, está designada a cuidar daquele grupo de Rick Grimes, explique a eles como é que funciona aqui nosso santuário — Negan mandou.
— Está delegando funções de mais para uma garota — zombou um cara, considerado o braço direito de Negan.
Fui escoltada por seus brutamontes até o local.
— Podem deixar, eu tomo conta disso — os dispensei. Eles saíram após me desamarrarem o meu pulso. Peguei uma faca para soltar o grupo. — Olha, eu sei como essa situação é difícil, gostaria que tivesse sido o próprio Negan a beijar a porra da Lucille — desabafei, antes que me atacassem. — Vou explicar como é para derrubá-lo, ajam como servos desse lugar até que ele baixe a guarda. Aí vocês atacam e tomam esse caralho de santuário que ele tanto preza. — Joguei na mesa tudo que tinha planejado durante meses.
— E todas as meninas com essas marcas são virgens? — Carl perguntou.
— Sim, mas eles só delegam as “especiais” para os melhores soldados — expliquei de forma delicada. — Eles nos acorrentam, quando o soldado sortudo é escolhido, nos arrastam feito animais pelo campo — completei, já que havia mencionado esse fato.
— Sentimos por seu sofrimento, porém como vamos ganhar a confiança dele? — Michonne indagou.
— Trabalhem, dividam as tarefas, ganhem o pessoal — disse. — Vocês são bem conhecidos por tomarem todos os lugares em que habitam. — Dei uma piscada e um sorriso. — Agora preciso ir, vocês ganharam uma aliada. — Saí, com uma nova esperança


Daryl Mode On


Depois de sermos sequestrados, fomos levados até Negan e seu bando. Ajoelhado, encarava aquele maldito que apontava aquele maldito bastão na minha cara.
, leve essa criança para longe daqui — mandou o bastardo.
Quando a olhei, vi as marcas das correntes, a marca feita a ferro e fogo, vi machucados e, acima de tudo, vi uma menina que tinha tudo de uma mulher. Não conseguia parar de fitá-la, parece que tinha um imã nela que eu não conseguia localizar. Ela pegou a bravinha e tentava acalmá-la, para que não atraísse walkers para perto, até que uma hora ela começou a cantarolar uma musiquinha de criança. Sua voz era angelical e a bravinha sorriu; eu apenas observava, até que a garota me fitou, como se aquele olhar fosse uma metralhadora, vi um tipo de desejo contido embaixo de todas as emoções. Logo, se retirou com a Judith.
Havia uma segunda garota para nos dar o que beber. Nem sei o porquê daquela crença besta de que se nos derem água antes de morrermos, iríamos puros para o “céu”, se é que ele existe de verdade. Até que a tal voltou correndo, com o líquido em mãos.
— O que aconteceu com a ? — o líder perguntou.
Ela respondeu quase que num sussurro, como se tivesse vergonha, como se o homem fosse matá-la por encará-lo. Começou por Rick e ele implorou para que cuidasse da Judith e de Carl; ela apenas consentiu. Todos fizeram um último pedido, como se a garota fosse a virgem Maria¹ . Negan viu que ela estava demorando demais e a puxou pelos cabelos bem na frente de Michonne, que parecia que iria fatiá-lo por fazer isso; eu iria junto, odeio quando maltratam uma mulher em minha frente. Se derramou lágrimas enquanto terminava de nos dar água, e isso me doía, outra coisa que odeio: mulher chorando. Mulher merece sorrir, ter a liberdade que o mundo normal tinha tirado, não para serem escravas.
Ao chegar em mim, ainda estava chorando. Falei meu nome e ela me deu um pouco do líquido transparente; aquilo permitiu-me olhá-la bem de perto, os olhos castanhos esverdeados, cabelo longo e rosto arredondado. Era linda, realmente. Ela saiu aos prantos, não ficaria para ver aquela cena. Nem eu gostaria que visse qualquer um de nós morrer.
Senti sangue respingar em mim. Quando olhei era Glenn, atirado no chão com seus miolos espalhados por todo o canto. Maggie não irá se recuperar dessa. Fomos recolhidos e levados a um cativeiro para novatos no santuário. No outro dia pela manhã, escuto a voz de dispensando os seguranças. Ao entrar, nos desamarrou, um a um, senti suas mãos nas minhas e aquilo foi mágico, pelo menos para mim. Logo ela estava despejando um plano para derrubar Negan, Rick e Michonne ficaram impressionados, dava para ler os rostos deles. Após a saída da garota, comemos e fomos escoltados por aqueles brutamontes. O líder do santuário nos reuniu, Maggie olhava o corpo de Glenn com o olhar raivoso... Isso vai dar merda. A puxei para perto de mim, Carol a confortou com um abraço.
— E aí, novatos, dividam as tarefas, mulheres agricultura e cozinha e homens segurança e caça. Você aí, Daryl, não é mesmo? — Negan perguntou, não o respondi. — Você vai ficar com a caça junto com o Jesus, ele é um dos melhores do nosso grupo e sabe dominar uma besta como ninguém — continuou e eu apenas assenti. As palavras de ecoaram pela cabeça, “sejam os servos dele, ganhem a confiança dele”. Rick me metralhou com os olhos.
, traz a pequena para o Rick. — Aquela então era a . Quando a trouxe, Rick fez menção de pegá-la, porém o líder o impediu. — Ela ficará aos cuidados de , você e seu bando precisam provar que são de confiança. Depois, deixo vocês ficarem com a criança — terminou. Rick só olhou para com o olhar dele de “cuida dela”, e a outra apenas assentiu.




¹Era para ser uma piada.


Capítulo 2 - The Game has Begun

Mode On

Um mês depois...


— Jesus e Daryl, está na hora de provar quem vai levar a melhor na caça, valendo uma das especiais — Negan avisou. Meu coração gelou. Fiquei preocupada, pois Jesus é um cara que joga MUITO sujo (irônico, não?). Ele sempre me quis, tentou me molestar desde que comecei a perambular pelo santuário, contudo, o líder tinha olhos de águia e conseguia tirar ele de perto todas as vezes. É como deixar a raposa para cuidar do galinheiro... No caso, puteiro.
Eu e Daryl éramos muito distantes, ele andava sempre ao lado de Rick, Michonne e daquela Carol, algo me cheirava perigo com essa mulher, entretanto, tentava dar aquela escapada para vê-lo sempre que podia, aqueles braços musculosos segurando a besta, aquele ar de bad boy, os olhos azuis, a voz marcante; o coração chegava a quase sair pela boca quando o via. E hoje era a prova real. Daryl olhou para mim antes do líder começar a explicar, como se ele fosse me caçar, e não aos animais.
— Vocês dois prestem a atenção: quem trouxer o maior número de animais, sem atrair walkers para si ou para o acampamento, ganha. Porém, meus rastreadores viram que tem uma manda de 20 walkers indo em direção ao lugar onde ficam os animais mais pesados e gordos. Corram — mandou. Antes de Daryl sair, o grupo dele deu as orientações. Como estava por perto, chamei Carl.
— Avisa a ele para tomar cuidado com o Jesus — pedi, e Carl saiu correndo. O bad boy me olhou com agradecimento e foi, junto com o outro, para a caçada — que poderia ser minha salvação ou meu inferno, para sempre. Como rezei para que Daryl vencesse.
Assim que voltaram,, eu e as outras fomos arrastadas até onde, na mesma manhã, havia um corpo e miolos. Na contagem, rezei todas as orações que havia aprendido durante a minha curta vida, quando escuto: “DARYL, VOCÊ PROVOU SER MELHOR”. Quase sorri de felicidade, porém ele tinha uma escolha a fazer.
— Vou facilitar para você. , e Alana. As melhores para o melhor — Negan só faltava colocar um rabo pontiagudo e um par de chifres na testa do outro, por ser a personificação do ruim, já que os walkers ficavam bonzinhos perto dele. Aquele silêncio me matava, o olhei e ele retribuía.
... — falou.
Olhei para com uma esperança de que, um dia, eu conseguiria salvá-la.
— AH, uma questão antes dos pombinhos se juntarem. Você escolheu sua mulher, casado está — o líder afirmou, me lembrando desse detalhe; ótimo, estou casada com Daryl.
Fui libertada das correntes e, em um empurrão, jogada de encontro ao homem. Tremi quando seu cheiro tomou minhas narinas, pois estava tocando no corpo que desejei por quase 1 mês.
Quando a noite chegou, fomos guiados a uma casa que, aparentemente, seria nossa. Aquilo iria mudar a minha vida, eu tentaria viver com aquele homem tão desconfiado. Ao entrar, Daryl examinou cada canto da parte de baixo da casa, certificando-se de que não havia nada que poderia indicar perigo. Depois, subiu as escadas e verificou o andar de cima, procurando em cada mísero canto até chegar no quarto do “casal”.
— Pode dormir na cama, eu durmo no chão — anunciou, ainda procurando por algo de estranho.
— Oi? — Perguntei, incrédula. — Como pode me escolher e querer dormir no chão? — Uma coisa em que sempre fui boa é em ser direta.
— Te escolhi porque você é importante para o grupo. Rick pediu para fazer isso, não quer dizer que vamos ser felizes para sempre. Nesse mundo não existe tal coisa. Acorda, garota — respondeu. Senti o sangue começando a subir pela minha cabeça, podendo até explodir.
— Tá, senhor da realidade suprema, pica das galáxias, Hobin Wood das virgens, não precisava ter me escolhido, então. Que escolhesse uma do seu agrado, seu caipira — retruquei, chegando bem perto dele e vendo que isso o ofendeu profundamente.
— Olha, garota, estou fazendo um favor para você e ainda tem coragem de me ofender dessa maneira? — Me segurou forte pelos braços. — Não sabe da minha história. — Ainda me olhando nos olhos, falou, com sua voz rouca me deixando louca.
— Nem você sabe da minha história, então os dois estão quites — falei, sentindo a pressão dos meus braços diminuindo, até que ele me largou.
Peguei um pijama qualquer que tinha ali e fui me trocar no banheiro do quarto, batendo a porta com força. Ouvi um murmúrio tipo: mimada. Será que se eu tivesse ficado com Jesus seria assim? Quando saí do banheiro de banho tomado e apenas com uma blusa velha do dono da casa, Daryl estava na porta do quarto, de costas. Foi então que percebi o problema dele em se aproximar de outras pessoas; Rick e os outros eram a família dele.
— Ei, Daryl, desculpa... Eu não quis te ofender, o sangue subiu e eu fui uma idiota — desculpei suspirando. Sempre sou a primeira a dar o braço a torcer quando vejo que o touro é muito bravo.
— Não tem problema, todos somos idiotas — disse ele, ainda de costas — Também fui um grosso em te tratar daquela maneira — admitiu, se virando. Ele ficou me olhando, e eu sorri vendo sua cara.
— Vem, eu te ajudo a arrumar a sua cama aqui no chão. Ou podemos conversar, já que agora sou tua esposa, né? — Dei meu melhor sorriso, e o homem riu, consentindo com a cabeça. — Ah, pode largar a besta, ok? — E ele, ainda com o animal nas costas e com aquela mesma roupa de couro, largou a mesma, pegando — com minha ajuda — um colchão do outro quarto e batendo para tirar o pó. Arrumamos tudo juntos, o que foi legal.
, vou tomar banho... Se a gente tiver que fingir que fizemos algo, pelo menos banho eu vou ter tomado — Daryl falou com uma certa frieza, mas eu achei engraçado e comecei a rir. — Que você está rindo, menina? — perguntou, franzindo o cenho.
— Esqueceu com quem está falando? — retruquei, dando uns minutos para ele pensar. — Eu sou virgem, Daryl, nunca fiz nada com nenhum homem, só beijos. E com os pais supervisionando — contei, e ele pareceu indiferente.
— Por quê? — indagou, depois de um longo período de silêncio.
— Vai para o banho que te conto depois — prometi, sentando na cama, que rangeu. Ele saiu do cômodo e entrou no banheiro, enquanto eu cantarolava uma música que minha mãe costumava cantar para mim. Quase uma hora depois, sai Daryl, só de toalha, do banho. Olhei para tudo rapidamente e desviei o olhar, tenho certeza que, nessa hora, fiquei com um tomate. Esperei ele se vestir e se sentar na cama improvisada no chão.
— Agora eu quero saber, por que tu nunca fez nada com homem nenhum? — perguntou sentando-se e me chamando para ir lá. Ele também sabia ser direto quando queria.
— Porque, pode parecer trouxa, mas nunca senti atração por nenhum menino, sempre achei que o cara teria que ser mais maduro que eu e mais velho — expliquei, sentando um pouco mais longe dele.
— Hum, eu perdi minha virgindade com uma senhora mais velha que eu — exclamou, como se fosse a coisa mais natural do mundo. — Ah, deu para ouvir o rangido da cama ali do banheiro, então se quiser dormir aqui. Não acho seguro tu dormir ali, mesmo que o colchão seja confortável. — Daryl disse em tom protetor.
— Sério? Deixa que eu durmo ali, se acontecer algo comigo, tenho o melhor caçador do grupo do meu lado. — Sorri. Nota mental: para de ser atirada, obrigada, de nada.
— Me conta como veio parar aqui nos Estados Unidos, pelo que eu tive o prazer de ouvir, você não é daqui — continuou, ignorando o que eu disse e deixando as coisas mais leves.
— Eu cursava Direito lá no Brasil, decidi fazer intercâmbio para cá, afim de crescer profissionalmente. Faz 3 anos que já não tenho notícias dos meus pais, não sei se estão vivos; não sei se um dia eu vou encontrar eles zanzando, procurando carne humana — desabafei, olhando para baixo. — Ah, sobre eu ser mimada, sou sim, mas meus pais davam duro para me dar as coisas. Nesse intercâmbio eu fazia trabalhos extras para conseguir juntar dinheiro — contei olhando para ele, notando sua cara de arrependido. — E você, Daryl? — perguntei.
— Eu tinha um irmão, o Merle, ele era um bosta: racista, homofóbico, entre outras coisas ruins, mas, apesar disso tudo, ele era um bom irmão. Nossa mãe morreu num incêndio causado pelo cigarro que a mesma fumava, nosso pai nos batia e era viciado em drogas. Eu era um pivete revoltado com o mundo — falou com um sorriso no rosto ao lembrar de tudo.
— Vejo que o seu irmão era realmente importante — consolei, pegando a mão dele, e isso o tirou do transe em que se encontrava. Ele me olhou, beijou minha mão calejada de tanto ter que trabalhar e cozinhar.
— Quantos anos você tem? — perguntou o homem, fazendo um carinho gostoso na minha derme.
— Vinte. Eu sou muito nova, né? — falei, toda insegura e envergonhada, aquela conversa estava boa demais.
— Não, tens a idade perfeita, só promete uma coisa: enquanto tivermos que manter aparências de sermos casados e termos uma vida sexualmente ativa, não perde essa tua inocência — Daryl pediu, encarando nos meus olhos. Não sei o que era pior, pensar que ele pode ser gay, ou pensar que ele apenas não me quer. E aqueles toques estavam difíceis de controlar.
Passamos horas a fio conversando, rindo; teve uma hora em que estávamos deitados olhando para o teto, conversando sobre o Brasil, quando percebi que estava deitada em cima do braço dele e virada para o mesmo, rindo feito dois retardados.
— Vamos dormir? — perguntei com os olhos caindo de sono, e ele prontamente se ajeitou para que eu pudesse apoiar minha cabeça em seu peito. Sem perceber, adormeci e acordei com a luz na minha cara, e o homem ainda dormia.
— Daryl, vamos acordar — chamei e não tive resposta, levantei e fiz um café da manhã reforçado para nós dois com o que tinha; apesar de ser bem pouco, dava para comer bem. Arrumei tudo e fui chamá-lo novamente.
— DARYYYYYL — gritei assim que cheguei no quarto, tropeçando e caindo em cima dele, fazendo um barulho estrondoso. O homem acordou no susto e comigo em cima dele.
— O que é? Um Walker invadiu? — falou assustado, quase me tirando de cima dele.
— Não, o café está na mesa, vem comigo, “Marido” — pedi, ficando de joelhos em cima da barriga dele.
— Ah bom, mas eu vou poder me levantar enquanto tu sair de cima de mim — Daryl falou seco, tentando se mexer.
Sai de cima dele, revirando os olhos e me levantando. Coloquei uma das minhas roupas e desci junto com ele, estávamos tomando café, quando ouvimos uma batida na porta.

“Knock- Knock”

— Quem é? — perguntei, já que Daryl estava ocupado apontando a besta para a porta.

Daryl mode on


Ao chegarmos na casa, verifiquei cômodo por cômodo até chegarmos no quarto principal, onde tudo estava preparado para uma noite de núpcias. Eu tinha um plano a seguir e iria conseguir ir até o fim. nos ajudaria a liberar as outras pessoas escravas desse maldito do Negan, e ela se juntam ao nosso grupo, e tomaríamos esse santuário e viveríamos nele.
— Pode dormir na cama, eu durmo no chão — falei, achando que ela iria gostar, mas ela ficou irada. O que? Ela queria que dormisse com ela? A garota estava muito puta da cara comigo. Eu só vi que a mesma esperava uma resposta, então o fiz, sem mudar o tom de voz, porém ela já estava a ponto de berrar comigo. Quando escuto a palavra caipira saindo de sua boca, a agarrei pelos braços e falei, chegando bem perto, fazendo-a estremecer toda. Eu estava tenso demais.
— Você não conhece a minha história — disse a encarando naqueles olhos castanhos esverdeados.
— Nem você conhece a minha, estamos quites — retrucou, me fazendo perceber que estava sendo bruto demais com ela. A larguei, e a garota saiu de perto, batendo o pé e pegando uma blusa qualquer para poder dormir. Quase uma hora depois, eu estava na porta do quarto, pensando em como faria para falar com o Rick novamente e sair de perto dessa mimada.
— Ei, Daryl, desculpa... Eu não quis te ofender, o sangue subiu e fui uma idiota — falou com o tom doce, aquilo me deixou… Mexido, de alguma maneira. Quando fui olhá-la, para continuar falando, a vi com aquela camiseta masculina, as coxas a mostra, curvas do corpo um pouco delineadas por aquela camisa e os seios fartos. Eu sou homem, preciso me concentrar na missão. Foco, Daryl, foco. Ficamos à noite toda conversando, rindo, se divertindo, coisa que a muito tempo eu não fazia, por não me sentir seguro a esse ponto. Vendo aquele sorriso de menina, aqueles olhos de mulher me olhando, me sentia bem. Quando pediu para dormirmos, ela apenas se ajeitou no meu peito e adormeceu. Demorei para acreditar naquilo, fiquei um pouco mais de tempo acordado e finalmente caí no sono. Tive sonhos bem quentes com a . Como disfarçar uma ereção minha? Graças a alguma coisa que rege esse mundo, ela não estava com a perna por cima desta. De repente, a ouço chamar meu nome...
— DARYYL. — A garota tropeçou em si e caiu em cima de mim. Aquilo foi doloroso, admito, mas acordei, pois, se fosse um walker, eu teria que protegê-la, afinal, somos casados (não que eu já tenha algum sentimento por esse ser, porém foi o que o Negan disse), e ela tem importância para o grupo. Quase a atirei para o lado, entretanto, pedi explicações para alguém berrar meu nome pela manhã. Quando ela explicou, se levantando e ficando com as pernas ao redor de mim, que o café da manhã estava pronto, tive que me manter sério, porque aquela imagem estava me dando tesão demais. Ela se vestiu sem pudor nenhum na minha frente e minha cabeça velejando em falar que o café da manhã seria ela, contudo, quando ela terminou de se vestir, me puxou para que fôssemos comer. No meio de conversas animadas que estávamos tendo, alguém bateu na porta. Corri para pegar a besta, me escondendo e mandando ela atender.

Knock-Knock

— Quem é? — perguntou com a voz firme.
— Amiga, abre, sou eu com a Judith. Negan mandou deixá-la com vocês — avisou e a garota abriu a porta. Baixei a besta, colocando-a no chão e entrou. pegou a criança e me olhou com uma cara de interrogação, assim como eu, não havia entendido a atitude de do “líder” ao fazer tal coisa.
— Negan, decidiu testar Rick, é uma prova de situação de comando e ele está competindo com o Adam, o capataz dele — explicou ao perceber nossas caras. — Ah, e Daryl, o Rick pediu para que te chamasse caso não estivesse atrapalhando nada — terminou, com um toque de malícia em sua fala. Assenti com a cabeça, peguei a besta e saí.


Capítulo 3 - Love is not a war

Mode On
Daryl apenas pegou sua besta e saiu, sem nem me dar tchau.
— Ouch, o que foi isso? — perguntou.
— Volte para lá antes que aqueles brutos venham te buscar — desconversei, expulsando-a de “casa” e terminando de tomar café. Judith ria das brincadeiras e histórias que eu contava, e passei horas com ela.
— Será que o Daryl não me acha atraente suficiente para ele? — perguntei, como se ela fosse meu oráculo. — Olha, como eu queria que o Daryl me olhasse de outra maneira, parece que eu só sou parte de um plano arquitetado pelo Rick e que, depois que conseguirem, vou ser descartada — contei, olhando os olhinhos azuis da loirinha.
Me peguei imaginando como seria se eu tivesse um filho com o Daryl... A criança seria uma boa caçadora, com certeza, e saberia tratar uma mulher também.
De longe, ouvi os murmúrios da torcida, e fui nanar a pequenina. Ela adormeceu, e fiquei ao seu lado, dando carinho e afeto. Escutei um barulho estranho dentro de casa; coloquei Judith em um local seguro, peguei uma faca da cozinha e comecei a verificar de onde vinha. Entrei no quarto, não achando ninguém, até que fui agarrada por trás por Jesus; conhecia seu porte, só ele faria esse golpe sujo.
— Aquele babaca não fez nada com você, né? — Me prensou contra a parede e fez força no meio das minhas pernas. — Se ele não fez, eu faço. — Ele começou a abrir minha calça, me fazendo berrar com toda a força que consegui. Jesus me bateu, enquanto eu gritava e batia nele. A faca tinha caído, Judith estava chorando. Não conseguia me desvencilhar....

Daryl Mode On

Fui dispensado pelo Rick e estava voltando para a casa que morava com quando eu ouvi um berro, um pedido de socorro. Chegando mais perto, ouvi Judith chorar e tudo vinha daquela casa.
?! — berrei seu nome.
— CALA A BOCA, VAGABUNDA! — Era a voz de Jesus. Ao escutar isso no andar de cima, corri até o quarto, vendo ele prensando-a na parede e lhe abaixando as calças. Ele pareceu não escutar meu chamado a , portanto, peguei a faca e enfiei no pescoço dele, fazendo jorrar sangue nas roupas da garota. Ela chorava muito e tremia.
— Daryl, o que houve? — Rick chegou e viu o corpo de Jesus com o pescoço cortado e sangrando. estava desesperada chorando, a única coisa que consegui fazer foi levantá-la do chão e levá-la longe dali. Maggie começou a cuidar dela junto com .
— Aquele maldito tentou estuprá-la, queria que eu fizesse o que, Rick? Deixasse-o vivo? Eu preciso proteger essa menina — falei, encarando-o nos olhos com fúria.

tinha conseguido dormir, e fiquei a noite toda ao seu lado. Rick buscado Judith, junto com a e Carl. Maggie tinha saído. Estávamos eu e ela, apenas. Ela sonhava.
— Daryl... Daryl... — Me chamava nos sonhos. Apenas apertei sua mão e a beijei na testa.
— O que você está fazendo comigo, hein, menina? — perguntei, como se ela fosse responder algo enquanto dormia.
No outro dia pela manhã, fui para o julgamento de Negan e não consegui deixar sozinha de novo, por isso, pedi para que ficasse de olho nela.
— Então matasses Jesus, um dos meus melhores caçadores... Você realmente tem bolas, Daryl. Preferiu defender a honra da mulher com quem estás do que deixá-lo vivo. Muito nobre da sua parte, mas o que REALMENTE aconteceu? — Negan começou, novamente com Lucille.
— Ele estava prestes a estuprar minha mulher — expliquei, o encarando, já que era o sistema de Negan.
— Nobre, muito nobre. — Negan comentou. — Por esses crimes, o absolvo. — Soltou a Lucille e saiu.
Com isso, voltei para casa, vendo deitada na cama como se estivesse me esperando. Ela abriu aquele sorriso tímido dela. Parei na porta e fiquei a olhando, enquanto saía.
— Desculpa, sou um estorvo para você... Provavelmente, se o santuário der errado e a gente tiver que cair nesse mundo, eu seria a primeira a morrer; entendo que não queira se apegar a mim. Acho melhor continuarmos assim, casados, mas não nos apegaremos sentimentalmente um pelo outro. — falava, como se fosse muito fácil e a decisão mais racional não sentir algo por ela. — Vamos ser amigos, vai ser melhor, assim eu posso fazer minhas coisas e você não vai ter que se arriscar por mim. Negan é muito perigoso, e, enquanto Rick não tomar isso dele, foi um milagre ele não ter te matado, eu morreria de culpa isso acontecesse.
não sabia que eu poderia até perder a vida por ela; uma coisa que aprendi vivendo naquele condomínio foi que toda a vida vale a pena, e vale a pena viver cada momento nesse mundo cheio de zumbis e desgraça.
— Ei, não foi culpa sua, pequena, cuidarei de você — acalmei, sentando na cama e apertando sua mão. — Ele sempre foi um filho da puta, não merecia estar nesse mundo —falei, fitando-a.
— Mas, mesmo assim, Daryl, acho que se nós nos apegarmos ficaremos muito dependentes um do outro... Ah, uma coisa que não havia te contatando: eu sei caçar, atirar e rastrear. — Ela falou aquilo e eu continuei a olhando, esperando continuação. — Eu sei atirar com uma besta, e aquela que Jesus tinha era a minha. Sinto falta de ser livre, assim como vocês eram. Sinto falta de matar walkers, sinto falta dessa adrenalina. Eu era muito mais forte, independente, essa situação que aconteceu hoje... eu iria ter decepado o pau de Jesus assim que ele mencionasse em tirá-lo para fora. Viver em comunidade nos enfraquece. — Ela tinha razão em tudo que falou, mas uma menina saber usar uma besta me deixa muito mais interessado em mantê-la por perto.
— Descansa, garota, isso foi muito stress para você, estamos “casados” a dois dias e já vai desistir assim? — ironizei, e riu; como era bom ouvir aquela risada. — Já comeu? — perguntei, vendo-a afirmar. — Tem algo na casa ainda, para que eu não precise te abandonar? — Parece que os olhos dela brilharam ao me ouvir.
— Deve ter algo que fizeram lá na cozinha, mas acho que você teria que esquentar. — Ela falou, sentando-se na cama. — Sim, estou com roupa — falou ao perceber que eu a analisava; é involuntário, eu sou homem, poxa. — Me ajuda a levantar que eu esquento para você — pediu, me dando a mão — Vamos, “meu príncipe”, me ajuda a levantar. — Relutei, mas a ajudei. Descemos quietos, chegando na cozinha e vendo uma panela com comida. Ela apenas ligou o fogo e ficou ali cuidando para ver se já estava quente o suficiente para eu comer; nunca havia recebido tanto carinho de alguém, sempre tive que me virar.
— Vou ficar mal-acostumado — brinquei.
— Você é como um cavalo selvagem, Daryl, ninguém vai conseguir te domar tão fácil — completou, de costas para mim e olhando para panela. Essa aprende a jogar rápido.
Ela foi pegar um prato e ficou na ponta dos pés.
— Quer ajuda? — indaguei ao ver que ela se esforçava com toda a vontade, e fui chegando mais perto.
— Quero, pega ali teu prato que eu pego os talheres, quer dizer, a colher — instruiu e foi se afastando. Ela vai ter medo de homem agora, ótimo, obrigado, Jesus, por me foder.
Peguei o prato e ela me serviu, comecei a comer, vendo-a sentar na minha frente e ficar me olhando como se eu fosse a Judith.
— Perdeu algo aqui? — questionei, comendo e a fitando.
— Não, só gosto de observar as manias das pessoas — explicou. Ela queria algo, mas não estava preparada para dizer.
— Então qual é a minha mania? — perguntei, interessado.
— Parecer um motoqueiro selvagem em qualquer situação — disse, sorrindo e mordendo o lábio inferior, parecendo uma criança que ia aprontar algo.
— Sabe qual é a sua mania? — Decidi entrar no jogo.
— Qual? — Apoiou-se na bancada, chegando BEM perto de mim; ela realmente não tem limites.
— Saber jogar o jogo. — confessei, quase milímetros perto de sua boca.
— Que jogo? — Ela fez uma cara de intrigada e sentou-se de novo na cadeira.
— O jogo da vida. Você sabe exatamente que carta jogar para chegar no que quer — expliquei, agora mais relaxado.
Ela ficou em silêncio, como se absorvesse tudo que lhe dizia. Essa menina é perigosa.
— Daryl, tu pode dormir na cama comigo? — perguntou após o silêncio, me fazendo quase engasgar, mas me mantive sério.
— Vai te ajudar a melhorar? — indaguei, como se ela fosse dizer “não, Daryl, isso vai te ajudar a ficar comigo”.
— Sim, não conseguiria dormir sozinha depois do que aconteceu hoje — admitiu e olhou para mesa; notei que suas mãos não paravam de se mexer.
— Sim, eu durmo com você hoje, assim como a gente fez ontem. — A lembrei do outro dia, e ela parou de mexer as mãos, parecendo relaxar. — ‘Tava com medo de que eu dissesse não? — questionei, arqueando uma sobrancelha.
— Vou ser sincera: sim, morri de medo de você dizer não. — Aliviada, ela corou ao falar a verdade; sorri com aquilo.
Subimos, agora numa conversa mais animadora. Escovei os dentes, e apenas tirou a calça e deitou na cama, e logo fiz o mesmo, mas ficando de roupa. Ficamos ali, conversando; tentei fazê-la esquecer do acontecido, quando notei eu estava com o braço em baixo de sua cabeça novamente, e seus cabelos longos estavam embrenhados na minha mão. Ela adormeceu virada de costas para mim, e apenas me deitei e adormeci de novo.


Mode On


Percebi que Daryl estava mais carinhoso com a minha pessoa. Também, quem não ficaria depois daquela situação? Percebi que ele estava mais suscetível a minha aproximação, me deixando livre para chegar MUITO perto dele, mas sabia que haveriam consequências se me aproximasse demais. Só não sei se era boa ou ruim.
Deitei de costas para ele e esperei ele adormecer, fingido que estava dormindo. Ao vê-lo pegar no sono, tirei seus sapatos, meias, a calça, o colete, enfim, tudo que pude tirar para deixá-lo mais tranquilo no sono. Me deitei de novo e passei uma das minhas pernas por cima do quadril alheio, sentindo algo duro. Será que ele carrega uma arma ali?
Nunca tinha sentindo um na minha vida antes, mas o de Daryl tinha um tamanho e grossura invejáveis.
— Você não tem limites, né? — Daryl me pegou de surpresa, e eu fechei os olhos, na esperança de haver uma saída mais lógica. — Não adianta fingir que está dormindo, como eu falei antes, essa cama range a cada movimento que você faça, então senti quando levantou para tirar a minha roupa e senti novamente quando deitou e, principalmente, quando colocou a perna sobre o meu quadril. Eu sou homem, e se continuar me provocando dessa maneira serei obrigado a fazer uma coisa que não quero, por respeitar seu tempo, seu espaço. — Não sabia se ele estava bravo ou estava apenas me avisando que se eu continuasse com esse meu jogo a coisa iria pegar fogo.
— É que consigo dormir melhor com a perna assim — falei, na tentativa de sair desse assunto. — Eu dormia desse jeito com meus travesseiros no Brasil — expliquei, e ele pareceu relaxar.
Eu não tinha cabeça para fazer sexo no mesmo dia, mas Daryl tinha muita tensão sexual acumulada; por ser mais velho e mais experiente, estava se segurando muito para não me agarrar.
— Quer que eu tire? — perguntei, e ele pegou a minha mão e beijou, como se pedisse desculpas pelo modo que estava me tratando. Não poderia estar me casando com um homem melhor.
— Não, pode deixar, só não estou acostumado com tanto contato, sem ser com outras intenções — contou, e quando foi me beijar, escorreguei sem querer na cama, pois estava mal apoiada, e ele acidentalmente beijou a minha boca em um selinho. — Desc... — Daryl iria se desculpar, mas aproveitei que ainda estávamos perto e colei nossas bocas novamente. O homem agarrou-me pela nuca e pediu passagem com a língua, e nossas respirações estavam em perfeita sincronia o beijo; o dele era enlouquecedor, como todo o resto. O puxei para mais perto e ele veio para cima.
Estávamos com as mãos sedentas pela pele do outro. Ele abriu botão por botão da camisa que eu vestia, revelando meus seios. A mão dele cuidadosamente apertou meus peitos, mas, como tudo que é bom, sempre tem um empata foda.
— DARYL, ! — Carol gritou no lado de fora da casa.
—Daryl, é a voz da Carol, vamos ver o que que ela quer — pedi, preocupada, mas ainda com vontade de ficar em embaixo daquele homem.
— Deixa, ela sabe se virar — retrucou, tentando voltar ao clima; eu entraria fácil, se Carol não tivesse berrando no lado de fora da casa.
— Vamos, Daryl, Carol não tem o perfil de chamar alguém se não fosse importante — falei e ele assentiu com a cabeça. Ainda ofegantes, descemos correndo e com armas em punho. Daryl me deu uma para que conseguisse me proteger.
— Que foi, Carol? — falei, abrindo a porta para que Daryl e eu saíssemos.
— A Maggie não está bem, ela tá ameaçando se matar — falou, e nós fomos juntos até onde estava a garota.
— MAGGIE, ABAIXA ESSA ARMA, CARALHO! — Ouvi a voz de Rick alterada.
Entramos, e Maggie estava apontando uma arma engatilhada para a própria cabeça.
— Maggie, eu sei que eu nem conhecia Glenn, mas tenho certeza de que ele não gostaria que fizesse isso com a sua vida — comecei, na esperança de acalmá-la. — Você está grávida, né? — perguntei, apontando para barriga. Ela olhou para barriga e começou a chorar. — Glenn ainda está conosco, ele está 50% aí dentro, não se mate, por favor — implorei, chegando cada vez mais perto dela, até que consegui retirar a arma de suas mãos e jogá-la para longe.
— Maggie, calma, estamos aqui, somos a sua família — Rick falou. Ela chorava desesperada e me abraçou. Daryl me olhava, não sei o que ele estava pensando, mas estava irritado.
Nenhum de nós falou nada durante a volta para casa, só ficamos quietos e fomos para o quarto. Não havia mais clima para continuar qualquer coisa que quiséssemos. Até que Daryl quebrou o silêncio.
— Você gostaria de ter filhos? — me perguntou, do nada.
— Não sei, Daryl, eu não consigo pensar em “repopular” o mundo cada vez que vejo mais zumbis e menos gente. Não colocaria meu filho a correr riscos; enquanto tivermos paredes e muros nos protegendo, ok, mas se eu engravidar e algo de errado acontecer, e se tivermos que sair correndo? — Supus, pensando nos poréns. — Eu gostaria sim de ter filhos, Daryl, mas nas condições que eu falei agora — terminei. — E você, gostaria de ter filhos? Quantos? — Vi que o seu semblante mudou.
— Quero ter filhos, sim, no máximo quatro, para que um proteja o outro — Daryl falou e eu arregalei os olhos. — Claro que teria diferença entre uma gravidez e outra, mas só me sentiria seguro atrás de muros. Vejo o Rick ser pai, e isso me inspira a querer. Logo no início, quando a bravinha nasceu, nós estávamos numa prisão... a Lori morreu no parto, Rick demorou para reconhecer que a Judith precisava da proteção dele, a mente dele entrou em colapso. Foi horrível — contou de modo sombrio. — Eu gostaria que, se caso tu engravidar, que fosse tratada por um médico, mas médico mesmo — falou, e me olhou.
— Daryl, vamos deixar esse assunto para daqui mais um tempo — pedi, suspirando. — No momento eu não quero ter filhos, mas se a gente vier a ter, podemos achar um médico por perto. — Dei de ombros, deitando na cama na qual ele já estava deitado.
Dormi, mas nada apaga os momentos que tivemos antes. Daryl também dormiu e só acordamos perto do meio dia, já que foi uma noite estressante. O homem deve ter acordado antes ou não deve ter dormido, pois acordei sem ele na cama e desci, me juntando ao pessoal para almoçar. veio sorrindo e sentou ao meu lado.
— Amiga, aconteceu algo comigo e com o Rick — contou, e eu engasguei de surpresa. Pensei que a Michonne tinha um lance com ele. — Calma, respira! — Riu, feliz.
— Entrou pelo buraco errado! — falei, recuperando o ar. Pegou mal, droga, agora ela vai me zoar...
— Ihh, amiga, cuidado com os buracos! — zombou, se matando de rir. Daryl me olhava e ria junto com a . Até tu, Brutus?, pensei. E olha que já me falaram que para fazer ele sorrir era difícil. — Como anda as coisas com o Daryl? — perguntou depois de uns minutos, me fazendo passar vergonha.
— Ontem nos beijamos, mas foi por acidente, acho que nunca rolaria nada entre nós. — Corei, olhando para baixo.
— Foi só beijo, ? — tentou arrancar outra informação.
—E aí, meninas, posso sentar com vocês? — Daryl me salvou (de novo), se sentando ao meu lado, com aquela besta nas costas.
— Pode sim, “querido” — brinquei, dando lugar para ele.
E ele comeu do meu lado o almoço todo, olhando para Rick de uma forma maliciosa, recebendo um sorriso de volta.
— Daryl, “meu amor”, o que iremos fazer nessa tarde maravilhosa? — falei, o tirando do jogo de olhares com o outro.
O homem chegou mais perto e sussurrou no meu ouvido “vou te sequestrar hoje à tarde”, e eu sorri. Depois do almoço, aproveitamos que estavam todos dormindo e escapamos para fora dos muros. Daryl me levava, e eu apenas confiava nele.
— Olha que eu descobri. — Mostrou uma cachoeira linda. — Coisas que o intercâmbio nunca iria permitir que você visse — falou, com um sorriso no rosto.
— Você tem razão, Daryl, mas o que estamos fazendo aqui? — perguntei como se não quisesse nada.
— Desopilar das mãos de Negan, quero ver como se sai no mundo exterior também. — Vi que ele estava com mais uma sacola, e de lá tirou minha besta, que consegui depois de muito esforço. A peguei e o instinto começou a agir, já deixando uma flecha engatilhada. Apontei para o nada para calibrar minha mira. Daryl parecia que estava vendo um filme com uma super-heroína gostosa, os olhos do mesmo brilhavam. — Já vi que vou poder te deixar sozinha na rua, sabe se defender. Vem para o meu lado que tem um walker vindo — Me puxou. Senti meu coração acelerar na possibilidade de matar um walker, meus instintos estavam mais alerta do que nunca, mas não estava escutando nenhum grunhido, nem perto, nem longe.
— Daryl, não tem zumbi nenhum, né? — acusei, o olhando de canto, e ele arqueou a sobrancelha com o pé apoiado na árvore e os braços cruzados.
— Que tipo de marido tu acha que eu seria se te trouxesse para matar zumbis num lugar desses? — Colou ainda mais nossos corpos. — Quero poder te curtir sem aquela pressão de grupo que tem lá. — Daryl me fez baixar a guarda novamente.
— O marido que faz a esposa treinar, porque estou muito desacostumada. Daryl, isso é sério — repreendi, o olhando, e ele sentou e fez sinal para eu me sentar no meio de suas pernas.

Capítulo 4 - Hotness Night


Enquanto isso no Santuário...
— Cadê o Daryl com a ? — Carol perguntou para Rick.
— Deixa ele viver Carol, ele merece esse ar que a vida deu para ele. — Rick falou.
— Tenho medo, ela parece ser muito fraca. — Carol falou para Rick.
— Você também era no início Carol, deixe Daryl se aproximar de quem ele quiser! — Rick falou olhando-a e ela ficou quieta.
Voltando para a Mata...
Eu e Daryl estávamos sentados no chão, eu na frente e ele atrás de mim e encostado numa árvore e eu no meio das pernas dele.
— Ontem foi tão bom, nós dois no quarto! — Falei brincando com as calças rasgadas dele.
— Eu também achei bom, aliás, acho que deveríamos repetir. — Daryl falou botando meu cabelo para trás e beijando meu pescoço. Senti um arrepio bom me virei para ele e demos um beijo curto, porém foi um beijo gostoso. —Por que te beijar é tão bom? — Daryl falou e me deu um selinho e me apertou nos seus braços musculosos.
— Você acha que nós podemos dar certo de alguma maneira? — Perguntei e Daryl se afastou um pouco, estranhando e fez aquele “ruuumm” que é clássico dele. Pois é, 4 dias, quase uma semana casados e eu já sei as manias do meu marido. — Que foi Daryl? — Perguntei me virando para ele.
— Como assim, dar certo de alguma maneira? — Ele começou a se estressar.
— Calma Daryl, me deixa reformular: será que ninguém vai tentar nos separar? — O olhei e seu semblante passou de bravo a preocupado.
— Você acha que teria alguém que tentaria nos separar? — Daryl falou.
— Daryl, eu não duvido de mais ninguém, a Carol não gosta de mim. — Falei para exemplificar.
— A Carol não tem nada a ver com a minha vida pessoal, você tem que saber que será sempre você. — Daryl falou e me abraçou. — Pronta para voltar? — Falou beijando a minha testa, na volta ficamos correndo, e chegamos em casa. Daryl largou a mochila no chão me prensou na parede e os dois ofegantes. Daryl começou a me beijar mais intensamente e eu o correspondia da mesma maneira, me levantou do chão e fez minhas pernas darem a volta no quadril dele, eu puxava seu cabelo, arranhava sua nuca e o ouvia gemer. — Não faz isso pequena, eu não vou resistir. — Daryl falou, nem tinha percebido que já estávamos no quarto, Daryl me colocou na cama.
— E você quer resistir? — Fiz uma pausa perguntando fazendo uma leve pressão das nossas genitálias, ele me deitou na cama arrancou minha blusa fora e minhas calças deixando-me só de calcinha. Tirei seu colete enquanto ele chupava meus seios como quem tinha sede daquilo, e ele mesmo tirou as suas calças, ele estava com uma cueca box preta então ficamos os dois só com as partes de baixo nos separando, eu o arranhava as costas e o mordia nos ombros. Ele começou a descer os beijos passando pela minha barriga, descendo até a parte central das minhas coxas...
— Tá mesmo preparada para isso? — Daryl me perguntou.
— Nunca estive mais preparada. — Falei quase me derretendo de prazer, palavrinha estranha essa não? E então Daryl, tirou minha calcinha e distribuiu beijos na parte interna da minha coxa até chegar ao centro, quando chegou Daryl começou a fazer movimentos circulares no meu clitóris e usava o dedo para me penetrar, eu gemia de dor e prazer e o agarrei pelos cabelos, ele me olhava enquanto me chupava, e quando sentiu que já estava na hora diminuiu o ritmo, ele deixou só o seu dedo dentro.
— É para você se acostumar, sei que tá doendo, mas já vai passar. — Daryl falou já tentando tirar a cueca, não ele não iria entrar seco em mim. Peguei tirei seu dedo e num ato de coragem e putaria, abaixei sua cueca box revelando a “arma” que ele carregava, era simplesmente perfeito, tamanho grande e a grossura perfeita. Comecei a chupar ele como ele fez comigo, mas com a diferença que ia até o talo e o olhava e chupava as bolas dele, ele estava enlouquecido de prazer. — Você... realmente... foi a melhor escolha que fiz. —Disse Daryl, me puxando para cima para darmos um beijo. Ele foi me deitando e quando foi me penetrar ele me olhou como se pedisse permissão e eu assenti. A dor foi enorme e me agarrei em seus braços, senti cada centímetro dele me abrir, acho que até caiu uma lágrima de dor, mas eu estava concentrada em o sentir. Ele começou as estocadas devagar ele me prensava contra aquela cama, nem estávamos mais ligando para os rangidos, estávamos em perfeita sincronia. A cada estoca que ele fazia, ia me acostumando com a dor, e aquilo ia virando prazer de uma forma muito intensa. Nós suávamos, gemíamos e ele sempre mantinha contato visual e fazia com que eu pegasse fogo em todos os sentidos. Nós éramos como Yin e Yang, a inocência atraiu a frieza e a sobriedade do mundo. O ritmo estava cada vez mais rápido e intenso, os gemidos mais altos, o suor escorria pelo corpo de ambos. Senti cada músculo do meu corpo se contrair, arqueei minhas costas, apertei os braços de Daryl, troquei de posição e fiquei por cima, ele segurava meu quadril como se me ensinasse os movimentos certos.
— Daryl, eu acho que vou... — Tentei terminar de falar, mas uma sensação de satisfação tomou conta de mim, como se eu tivesse esvaziado um balão. Acho que Daryl gozou junto e dentro, mas na hora nem liguei . Sai de cima dele e deitei ao seu lado os dois exaustos e suados.

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A tarde que passamos foi exatamente do jeito que eu planejei. Ficamos juntos horas e horas, até um pouco antes de anoitecer que foi quando a falou
— Daryl, que tu acha da gente fazer uma brincadeira? — falou com uma cara de menina arteira.
— Qual? — Perguntei arqueando minha sobrancelha.
— Presa e predador, eu sou a presa e você tem que me caçar. — falou sorrindo. Essa inocência eu nunca vou querer que ela perca.
— E qual é objetivo? — Perguntei pegando a minha besta e a dela.
— Um pouco de diversão. — Ela falou e eu senti a maldade.
— Então vamos, o objetivo é que se eu não conseguir te pegar até a nossa casa você fica com passe livre para poder fazer o que quiser. — Falei já me preparando.
— E se tu conseguir me pegar? — Ela perguntou se preparando para correr.
— Você vira a minha janta. — A entreguei a besta dela dando-lhe uma piscada de olho.
Ela começou a correr e eu fui atrás, entramos no santuário correndo feito loucos. Consegui pegar ela na porta da nossa casa.
— Como eu falei antes. — Falei no ouvido dela e vi ela se arrepiar. — Bem vinda em casa minha presa. — Vi ela morder o lábio de desejo.
Entramos em casa a prensei na parede, e os beijos foram ficando mais intensos. Largamos as duas bestas a puxei pro meu colo e a levei até o quarto. Foi a melhor noite da minha vida, não só porque foi com uma pessoa especial, mas sabe quando tudo se completa? Era essa sensação, eu estava me sentindo completo. Me senti assim com Beth, acho que tenho um fraco por meninas mais novas. Ela apagou depois de ter me dado um cansaço.
— O que você está fazendo com o Daryl durão menina? — Perguntei a ela e ela já dormia. Merle, você tinha razão eu sou uma bichinha quando estou começando a me apaixonar, seu filho da Puta. Ri com os meus próprios pensamentos e a memória de Merle me dizendo isso, até podia escutar sua voz. A abracei mais forte contra mim, e dormi. No outro dia eu não podia negar que estava sorrindo feito um Nerd Idiota que tinha acabado de perder a virgindade. Acordei antes da e fiz o que dava para fazer de café para ela. Quando voltei ao quarto pude notar o estrago que fizemos, a cama estava com uma mancha de sangue que era dela obvio, mas não tinha notado que tinha doído tanto para ela, foi quando olhei no espelho e percebi que havia marcas de unhas nas minhas costas e de dentes no meu ombro. Daryl seu bruto da porra.
— Klinski, acorda. — A chamei pelo sobrenome, pois todos a chamavam desse jeito e eu acabei pegando costume de chama-la assim. Ela abriu os olhos lentamente, bocejou, e se espreguiçou. Ela ainda estava nua e dava para ver os roxos perto dos seus seios, e minha marca de mão na sua cintura.
— Apreciando a obra de arte que você fez? — perguntou arqueando uma sobrancelha.
— Tu também fez uma obra de arte nas minhas costas, só faltou colocar propriedade da com as suas unhas. — Falei e ela riu, provavelmente foi o clima mais leve que conseguimos manter por mais de 18 horas. Admito que eu estava com uma grande tensão sexual, e conseguir que uma menina feito ela aguentar o tranco de anos sem sexo iria ser difícil. Ela botou uma camisa minha dessa vez e ela ficou tão sexy.
— Tô morrendo de fome, que meu lindo Dixon preparou para tomarmos café? — falou como se eu fosse um mestre culinário.
— O que deu para fazer oras. — Falei dando de ombros. — Por que não me disse que estava doendo? — Perguntei e olhei para ela.
— Porque estava muito bom, como esse café. Huuum que delícia. — Ela se deliciava com o café que eu tinha preparado para ela. — Senta e come, eu não vou te morder mais. — falou, e apenas sentei ao seu lado e comecei a comer. Aquele clima estava meio estranho, era muito normal para ser verdade.
— Você vai ter que ir no Peter. — Falei e ela parou de comer e me olhou. — Para ele analisar se tá tudo bem. — Eu falei comendo, me incomodava o fato.
— A única coisa que pode dar errado é eu ficar grávida de primeira Dixon. — falou e eu engasguei, tinha esquecido que ela tinha apenas 20 anos de idade. A ideia de eu engravidar ela me gelou, eu parei de comer e aquilo ficou ecoando na cabeça. — Eu acabei de sair da minha menstruação. — falou após perceber que eu estava pálido. — E a resposta para a sua pergunta é: se eu engravidar, eu me viro, conheço umas ervas abortivas e acabou o assunto. — falou.
— Tem certeza? — Perguntei, abortar, aquela palavra ecoou na minha cabeça como um sonoro: NÃO DEIXA ELA FAZER ISSO, SEU CAIPIRA RETARDADO. — Eu posso nos proteger caso você engravide cedo. — Falei e segurei sua mão.
— Daryl, eu disse que eu realmente não sei. Eu só tenho 20 anos e em 5 dias de casamento vivi: uma tentativa de estupro, duas mortes, uma ameaça de suicídio e a parte boa que foi o sexo. Tenho medo de engravidar e meu filho me odiar por ter colocado no mundo cheio de zumbis que podem matá-lo. Sei lá, já disse vamos deixar rolar. — falou quase como um desabafo segurando a minha mão.
— Ele não te odiaria, eu não deixaria que isso acontecesse. — Falei e beijei a mão da e ela sorriu, mas tenho certeza que aquele assunto ainda a incomodava. Negan queria repopular o mundo, mas se a não quiser não iremos ter filhos, no plural mesmo. A tinha pouca idade, mas pensava como uma adulta, agia como uma e sabia se defender.


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ODEIO MENTIR, mas foi preciso. Eu ainda não tinha menstruado e provavelmente estava no meu período fértil, para completar Daryl gozou dentro. Irei até Peter buscar pílulas do dia seguinte se ainda tiver. Daryl se arrumou e saiu, esperei ele se distanciar, me vesti na velocidade da luz e fui procurar Peter, que parecia boa gente. Bati na porta desesperada, e ele me atendeu. Entrei correndo.
— PETER, eu preciso de pílulas do dia seguinte... — E antes de eu continuar ele já tampava a minha boca.
— Eu controlo o ciclo de todas aqui no santuário, você tem que engravidar, porém você ainda não está no seu período fértil só daqui a duas semanas, se acalme. Mas vou te dar uma como garantia, sabe como são caipiras, eles têm uma mira que deixa qualquer um com inveja. Não conte ao Negan, sei que está confabulando com o Rick, para tomarem esse santuário contem comigo. Acho um absurdo o que fazem com vocês. Tome aqui a pílula. — Peter me alcançou o copo com água e eu tomei, sorri em agradecimento e antes de sair Peter me deu camisinhas. Acho que ele era gay, nunca o vi com mulher nenhuma.
Voltei para casa mais tranquila e encontrei no caminho, aproveitei para contar TUDO que aconteceu.
— Amiga, como você é rápida, e ainda bem que Peter está ajudando na causa. As coisas entre eu e Rick estão uma maravilha, ele me esclareceu que com a Michonne foi só confusão de emoções e que pretende repopular o mundo. — ) falou, ela era tão inocente quanto eu.
— Vocês estão usando camisinha? — Perguntei indiscretamente, e ela negou e disse que estava controlando seu ciclo com Peter.
Trabalhei o dia todo na horta enquanto Daryl foi caçar. Fiquei com flashbacks da noite, o dia todo, me peguei olhando várias vezes para um brócolis e pensando no corpo do Daryl. Ao chegar em casa estava fazendo molho para a semana (sem desperdícios)
— Fiquei sabendo que você foi visitar o Peter. — Daryl, falou apoiando um dos ombros na parede, como o povo é fofoqueiro.
— Fui, e? — Falei cortando um tomate que havia colhido, e ele com a carne “fresca”.
— Como foi a consulta? E o que são essas camisinhas? — Daryl falou ao vê-las na bancada.
— Primeiro a consulta foi ótima, ele me deu as camisinhas porque também nos apoia na tomada da bastilha. E também me deu uma pílula do dia seguinte. — Falei com medo da próxima reação de Daryl.
— Ele deveria ter dado mais camisinhas e de tamanhos maiores. — Daryl falou, eu ri e relaxei, é como se tivesse tirado um peso das minhas costas. Ele me encoxou e fazia carinho no meu ventre. — Se bem que um pivetezinho não seria má ideia. — Ele falou e eu dei um tapa na braço dele.
— Ainda não é a hora, por mais que você insista, também concordo que as camisinhas tem que ser maiores para você. Agora vai fazer carne. — Falei dando um selinho em Daryl e rindo, tentando manter o clima leve. Uma coisa dentro de mim me diz que ainda não é hora para chamar ao mundo uma alma boa de criança. Daryl fazia e temperava a carne de um bicho qualquer enquanto eu estava olhando o olhando tão homem de família, tão pai dos meus filhos...
— DIXOOONS! — Alguém bateu na porta nos chamando, preciso me acostumar que agora meu sobrenome é Dixon também, empurrei as camisinhas para dentro de uma gaveta e abrimos a porta era, Carl com a Judith. — Podemos ficar um tempo aqui? — Carl perguntou e eu olhei pro Daryl que apenas assentiu, então deixei eles entrarem.
— Já jantaram? — Perguntei com quase toda a certeza que Rick tinha dispensado os filhos para ficar mais à vontade com a .
— Não ainda, eu trouxe a janta da Judith, a ) preparou. — Carl falou tirando da bolsa uma papinha.
— Então janta com a gente Carl! Tem gostado da ? — Fiz outra pergunta como quem não quer nada.
— Só quero que ela faça meu pai feliz. Eu gosto dela, se ela me der um irmão então, tudo fica perfeito! — Carl falou enquanto eu botava o prato e ajeitava a papinha da Judith, olhei para Daryl, e ele apenas fez uma cara de nada.
— Qual seu conceito de perfeito, hein garoto? — Daryl perguntou a Carl.
— Todos felizes! É difícil de agradar a todos, mas tenho certeza de que está feliz com a né Daryl? — Carl falou, Daryl pigarreou, e eu o olhei dando a papinha para Judith.
— Estou, por que eu não estaria? — Daryl o devolveu a pergunta enquanto Carl devorava o parto servido, Carl o olhou e concordou.
— Judith já papou, Carl está comendo, senta Daryl e come junto com o Carl. Eu termino aqui e já sento com vocês. — Falei limpando as mãos e deixando um brinquedo com Judith.
— Iih, alguém vai dormir no sofá hoje. — Carl falou tirando sarro da cara de Daryl.
— Ela não consegue mais viver sem mim, né Klinski? — Daryl tentou aliviar o clima, mas eu estava com aquela demora na resposta de Daryl. “Será que eu estava realmente feliz com ele?” Comecei a pensar e nem notei que não tinha o respondido, senti apenas sua presença do meu lado me encarando. Esperando uma reposta.
— Aham Dixon, não consigo mais viver sem você. — Falei ironizando e voltamos ao clima leve, acho que consegui enganá-lo. Após isso jantamos, fizemos várias piadas e brincadeiras. e Rick, vieram buscar Carl e Judith que já estava dormindo.
— O que aconteceu àquela hora que ficou tanto tempo sem falar nada? — Daryl me perguntou assim que fechou a porta.
— Estava pensando, apenas isso, mas deixa para lá. — Falei tentando escapar de uma possível discussão que levaria a uma coisa muito ruim. Daryl me abraçou e me beijou.
— Qualquer coisa que esteja pensando, para de pensar. Você ficou com o semblante de preocupação, e eu fiquei preocupado. — Daryl falou e me beijou. Esqueci do que estava pensando, o que eu costumava dizer quando tudo me preocupava: “viva la vida” . Aquele braço me puxando para mais perto me fez esquecer qualquer dúvida que eu tinha sobre ser feliz. — Então... Já que eu não vou dormir no sofá, que tal a gente aproveitar hein? — Daryl falou botando meu cabelo para trás, eu só dou um sorriso e ele volta a me beijar. Que porra de domínio que esse homem tem sobre a minha pessoa? É só ele chegar perto que eu me derreto, esse cheiro de homem dele me deixa com fogo, a voz rouca, aquele olho claro e os cabelos pretos.
Fomos pro quarto, dessa vez não foi como a primeira, intensa, ele foi um cavalheiro. Me tratou como uma flor, uma rosa rara, todo o movimento dele era controlado para não me machucar. Gozamos juntos, foi muito bom também. Acho que ele gozou dentro de novo, mas enfim agora eu estava mais tranquila porque Peter tinha me acalmado em relação a isso, dormimos colados um ao outro.


¹Baby Dixon coming?

Capítulo 5 - New Arrivals


Enquanto isso no Consultório de Peter...

— Bom, deixa eu ver aqui as tabelas das meninas. — Peter falou se sentando após um longo dia de trabalho e pegou a tabela da e da , pois ele não tinha mais certeza, se as duas menstruavam juntas ou não. — OH MERDA! — Peter arregalou os olhos ao ver que já estava em seu período fértil e foi procurar a “pílula do dia seguinte” que ele havia dado a mais cedo mas percebeu que havia se confundido e dado vitaminas pré natais ao invés da pílula. — Seja o que Deus quiser, se é que Deus existe. — Peter falando e guardando os frascos de remédio novamente dentro da gaveta.
não havia se consultado Ainda com Peter por ter controle exato de seu ciclo, mas Peter olhou mesmo assim e viu que não se consultava desde quando Rick chegou, então ele ficou tranquilo em relação a ela e descansou.

No outro mês...
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Nas últimas semanas tem estado muito estranha comigo, qualquer coisa que eu diga ou faça ela chora ou fica puta e também ela tem vomitado, deve ser desses bichos mal cozidos. Já falei para ela que não era mais para jantar ou almoçar a comida do santuário, mas ela tem que teimar e ir. Estava eu sentado no sofá, esperando ela descer e notei que os seios dela estavam MUITO maiores do que realmente são.
Dixon, você notou que seus seios estão maiores? — Perguntei ao ver que ela usava um decote muito revelador.
— Agora eu sou Dixon também? Tá me chamando de gorda? — Ela falou já quase pegando uma faca.
— No momento em que eu te vi eu sabia que você seria uma Dixon e não, eu gosto, quanto maior melhor né? — Falei e a cara de “eu vou te matar” diminuiu gradativamente até eu chegar perto e apertá-la então soltou um “ai” baixinho, mas eu escutei. — Vamos ver o Peter, não aguento mais te ver sofrendo. — Falei e ela apenas concordou, levei ela até lá para que tivesse proteção, aproveitei para ver se ela não tinha nenhuma mordida além das minhas pelo corpo e não tinha, então pedi ajuda ao Rick, ela estava se sentindo fraca ao chegar e o médico filho da Puta não deixou nem eu entrar, apenas ela. Fui trabalhar com o Rick, mas eu não tirava esses sintomas da cabeça.
— Daryl, por onde anda? Ela vai ficar bem, calma. — Rick falou, eu não tinha falado a ninguém que estava assim.
— Estou preocupado com a minha mimadinha. — Falei e ele apenas bateu no meu ombro e sorriu.
— Mas o que ela tem? — Rick perguntou ao ver que não adianta sorrisinho para mim.
— Ela tá com uns enjoos, o humor instável e... dor no corpo. — Enquanto eu falava já estava pensando nos remédios que eu poderia pegar para ela, mas o Rick estava com um sorriso do tipo psicopata me olhando.
— Sabe que doença é essa? — Rick me perguntou sorrindo, feito um psicopata.
— infec... — Eu fui falar e ele me interrompeu.
— Ela tá grávida, a sua mimadinha tá grávida! — Rick falou e a palavra grávida estava ainda fazendo eco na minha cabeça. —AI VEM UM MINI DIXON! — Rick falou me sacudindo e me tirando do transe.
— Eu... vou... ser... PAI! — Falei e Rick já me abraçava, foi quando escutamos um berro e logo após uma explosão. Voltamos correndo e eu fui direto pegar a no Peter
— DARYYYYYYL! — Escutei a voz de e ela estava sendo levada junto com o Peter com uma arma na cabeça fui correndo e dei um soco no cara que a levava, o cara caiu e consegui pegar , Rick conseguiu salvar Peter. já estava o esperando com Judith e Carl, juntamos nosso grupo e a última coisa que vimos foi Negan cair morto no chão.
— O reino de Ezequiel, vai vigorar nessa terra! — Um cara falou junto com um tigre e logo vinha uma horda ENORME de zumbis, desmaiou e eu a entreguei para Rick, peguei nossas armas e fui os encontrar onde era para ser. Saímos correndo para dentro dos carros e saímos daquela destruição.
— Peter, o que a tem? — Perguntei preocupado. Já sabia da gravidez, mas queria ouvir da boca do profissional.
— Ela... tá com uma indisposição apenas. — Peter falou, ela deve ter pedido para eu não saber sobre a gravidez.
— Conte-me a verdade, se você quer viver. — Falei já com uma faca na mão.
— Ela... tá grávida de um mês, parabéns papai, você tanto quis que conseguiu. — Peter falou respirando aliviado quando guardei a faca dei um sorriso para ele e ela acordou, dei um selinho nela. Pela primeira vez desde que essa merda de mundo implodiu eu estava FELIZ, eu tinha uma mulher linda, e agora ela estava grávida.
— Daryl, porque está sorrindo desse jeito? — me perguntou acordando do desmaio.
— Porque você vai me dar a felicidade de ser pai! — Eu falei e ela sorriu.
— Mas... — Ela ia falar e eu a beijei, eu não queria pensar em mais nada, só queria protege-la e amá-la independente, botei a mão no seu ventre e ali deixei.
— Precisamos encontrar um local seguro, Meggie está para parir e precisa de segurança pra ter uma gravidez segura e normal. — Rick falou olhando para .
— E tentaremos manter ao máximo esses carros, até chegarmos em Alexandria, onde espero que o resto do grupo esteja. — Falei agora sério, vi que a estava ainda muito fraca para andar “eu sou um estorvo para você, provavelmente se o santuário der errado e a gente tiver que cair nesse mundo eu seria a primeira a morrer.” Aquela frase da veio como um soco na minha cara, vou ensinar a ela tudo que eu sei, como se ela precisasse, mas eu quero que ela aprenda. Minha mão não saía do ventre dela “tô aqui meu pequeno, nunca vou te abandonar” meu pensamento estava assim. me olhava, sorria e fazia carinho na minha mão.
— Ei papai, ela vai ficar bem, foi só um choque emocional. — Peter falou enquanto ele ministrava um remédio a ela. Só acenei com a cabeça, e ele bateu no meu ombro. — Ela é cheia de saúde. — Terminou e eu só fiquei quieto na minha. Ficamos na estrada encontramos um local seguro descemos eu, Rick, Carl e limpamos a área aí conseguimos passar uma noite segura. Vi que estava se recuperando, aos poucos.
— Daryl... — me chamou e eu fui ao lado dela.
— Fala minha mimada. — Falei tentando animá-la fazendo graça.
— Te falei que ia dar merda. — Ela falou e eu sorri, ela não perde o humor dela.
— Deu merda, mas a gente tá junto. — Falei pegando na sua mão e beijando sua testa. — E estamos com um médico. — E ela sorriu.
Eu e Rick ficamos na vigia.
— Como a tá? —Rick me perguntou.
— Ela tá bem, mas hoje foi um susto. Iria tentar achar ela até o fim desse mundo. Ainda mais depois dessa notícia linda. — Falei olhando pro nada lembrando do dia que tinha acabado.
— Isso me lembra eu pela Lori, eu fui capaz de arriscar minha vida por ela. — Rick foi falando e sua voz ficou embargada. — Agora tenho vocês e os bebês que estão vindo, e que mira senhor Dixon! —Ele falou e sorriu.
— E a ?— Perguntei o olhando
— Ela controla de mais, mas uma hora sai. — Rick falou e sorriu com a possibilidade de mais um filho. —Esse grupo tem que ser forte de novo. — Rick falou e foi quando escutamos um berro e era de uma das mulheres do grupo.
— DARYL E RICK, VAI NASCER! — Carol falou e nós fomos correndo até lá.
— Carol, Enid e . Se dividam peguem toalhas, e tudo que está na minha mochila. Daryl, , Rick, Carl cuidem de todas as portas e saídas, esse som pode atrair zumbis. estava de pé com a sua besta
— Você está bem? —Perguntei ao lado dela.
— Eu tô grávida, não tô doente e você vai estar ao meu lado não é? — A resposta de foi a esperada e fomos juntos para uma das entradas, e como o esperado já tinha alguns walkers vindo, nós dividimos e matamos todos dos que vinham em direção ao celeiro. Escutando os berros de dor e os pedidos de “força” de Peter. Eu via a cara de , a cara dela era de dor e me fazia rir.
— Não é você que está parindo, se acalma! — Falei e recebi um olhar metralhador, falei merda.
— Daqui a 8 meses é melhor estarmos em paredes e longe de zumbis, eu vou te capar se a gente não estiver seguro. — Ela falou num tom ameaçador chegando perto de mim, eu a puxo mais para perto e lhe dou um beijo e a sinto derreter em meus braços. Adoro isso nela.
— Eu te prometo que vamos estar! — Falei saindo do beijo, pois estava vindo um zumbi, atirei na sua cabeça e olhou aquilo e vomitou.
— Não sei o que é pior, ficar aqui com você e vomitar porque o cheiro desses zumbis é insuportável ou ficar lá e ver um bebê saindo da vagina da Meggie. — Ela falou e eu fiquei sério, olhando para ela vomitar. Quando se estabeleceu estava bem novamente, e atirou num zumbi atrás de mim. — Presta a atenção que eu não quero que o meu monstrinho fique órfão de pai sem nem ter nascido. — Ela falou e eu sorri. Passamos horas assim, defendendo o celeiro, até que parecia ser umas 4:00 da manhã e escutamos um choro de criança os walkers estavam fazendo uma parede e já tinha vomitado o estômago dela. Até que entramos e trancamos a porta do celeiro, a foi conhecer o bebê e eu me encontrei com o Rick.
— Que cheiro é esse? — Rick perguntou ao chegar perto de mim.
— Vai se fuder Rick, eu passei a noite toda vendo a atirar num zumbi, e vomitar. — Falei vendo ela segurar o neném.
— É menino! — Peter chegou e falou para gente.
— Vamos falar com Meggie, já vamos dar um nome a ele. — Rick falou e eu fiquei ao lado de .
— Meggie, que nome você vai querer dar ao seu filho? — Rick falou já entregando a criança para ela.
— Glenn Hershel. — Ela falou seca e olhando para o filho.
Deram um banho na criança e no outro dia estávamos novamente na estrada. Procurando suprimentos e lugar seguro para ficar. Judith, Enid, Carl e ficaram responsáveis por cuidar de enquanto eu saia para caçar. Eu não podia arriscar a saúde dela, eu esperarei ela ficar mais forte para poder ensiná-la a base de tudo nesse mundo. Via também Meggie protegendo seu filho recém-nascido como uma leoa, ela deixa apenas poucas pessoas chegarem perto do filho dela. Fica junto dele o tempo todo.

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Faz um mês que eu estava enjoada, chorando por qualquer motivo, brigando com o Daryl por qualquer coisa que ele falasse. Botei a melhor roupa, pois eu estava me sentindo um boto. O estranho é que depois que eu tomei aquela pílula nada havia acontecido. Daryl estava me torrando a paciência, para eu ir no Peter. Até que ele mandou e eu decidi ir (decisão burra era ter saído de casa), fui carregada por Daryl e Rick até Peter pois eu não conseguia nem andar.
— Só ela entra, vá trabalhar que eu cuido dela. — Peter falou e eles apenas me deixaram lá. — Consegue se deitar ali para eu te examinar? — Peter perguntou e eu apenas assenti e fui me deitar, ele perguntou os sintomas falei e ele passou um gel na minha barriga, e começou a passar o ultrassom, foi quando eu comecei a escutar um “tum tum”, olhei para tela e vi uma sombra de um bebe.
— Essa porra tá quebrada, só pode, eu não... — Eu estava em choque e Peter apenas balançava a cabeça negativamente.
— Você está grávida , e de um mês. — Pete falou limpando a minha barriga daquele gel, fiquei estática absorvendo a informação. Foi quando um cara estranho chegou, arrombou a porta e enfiou uma arma na cabeça do Peter.
— VAMOS MENINA, SE MEXA! — Outro entrou apontando uma arma. Me mexi muito cuidadosamente, vi pessoas sendo mortas e vi com Judith, Carl e Enid correndo e dei um berro.
— DARYYYYYL! — Berrei na esperança que ele fosse escutar. E Logo após o cara caiu no chão e vi Daryl me pegando pelo braço e me puxando, vi Rick pegando Peter e correndo com ele. Só vi tudo preto e quando acordei estava com Daryl, já sabendo da notícia que iria ser papai.
— Daryl, porque está sorrindo desse jeito? — Perguntei quase num sussurro.
— Porque você vai me dar a felicidade de ser pai! — Ele falou.
— Mas... — Eu iria falar mas ele me beijou e botou a mão no meu ventre e me senti bem, apesar da situação de todo o grupo, Peter me deu um remédio e falou algo pro Daryl que eu não pude entender, dormi novamente e acordei quando paramos num celeiro. Daryl, Carl, e Rick limparam a Área e entramos no celeiro para ficar a noite. Foi quando escutei o berro de Meggie e vi Peter correndo e dividindo as tarefas e fui pegando a minha besta.
— Você está bem? — Daryl perguntou preocupado.
— Eu tô grávida, eu não estou doente e você vai estar ao meu lado não é? — Falei arqueando a sobrancelha e ele fez aquela cara dele de “ok”.
A cada zumbi morto, eu vomitava. O cheiro era degradante, coisa que não me incomodava antes. Acho que se um dia acabar isso tudo vou escrever um livro “como ser uma grávida no apocalipse zumbi” garanto que iria ser best seller. Não imagino Daryl ao meu lado, esse mundo de zumbis era o mundo dele, ele se encaixava perfeitamente nesse mundo. Eu ouvia os gritos de dor de Meggie, e a voz de Peter. Imaginava se na minha vez iria ser assim, Daryl me olhava no intervalo de zumbis.
— Não é você que está parindo, se acalme! — Daryl falou e eu olhei metralhando ele.
— Daqui a 8 meses é melhor estarmos em paredes e longe de zumbis, eu vou te capar se a gente não estiver seguro. —Falei o ameaçando, ele chegou mais perto e me puxou e me beijou.
— Eu te prometo que vamos estar! — Daryl falou, havia um zumbi vindo ele parou de me beijar e atirou na sua cabeça e eu vomitei.
— Não sei o que é pior, ficar aqui com você e vomitar porque o cheiro desses zumbis é insuportável ou ficar lá e ver um bebê saindo da vagina da Meggie. — Falei ainda apoiada na parede e ele de costas, todo preocupado, mandei ele se afastar e dei um tiro no meio da testa de um. — Presta a atenção que eu não quero que o meu monstrinho fique órfão de pai sem nem ter nascido! — Falei e ele sorriu daquele jeito dele, era mais de 04:00 foi quando eu ouvi um choro de criança, foi quando Daryl e eu entramos e trancamos a porta do celeiro e fomos ver o novo bebê de Meggie, era um menino, dos olhinhos puxados. Daryl e Rick ficaram conversando mais atrás. Logo após eles chegaram e quando Meggie falou o nome naquela frieza, acho que ela estava fazendo uma promessa a si mesma de proteger aquela criança custe o que custar. Tomei um banho rápido e todos fizeram isso, ficamos apenas esperando o sol raiar e quando saímos de volta para estrada fizemos algumas paradas em busca de suprimentos. Não víamos a hora de parar em algum lugar, para estabelecermos raízes, era difícil encontrar depois do que aconteceu com o Santuário.

Ao passar os dias os enjoos foram diminuindo e meu desejo por coisas não comuns foram aumentando, tive pena de Daryl ele fazia tudo e me ensinava as coisas. Chegando em Alexandria fomos recebidos com um alvoroço sem igual, foram dois dias de viagem. Daryl e eu fomos designados agora para uma casa separada onde havia privacidade, a casa era linda, tinha tudo que precisávamos. Inclusive um quarto extra para o/a neném.
— Aqui estamos seguros! — Daryl falou, e eu Ainda encantada com a casa olhava tudo.
— Não sei até quando estaremos seguros, pelo que eu vi vocês tiveram que reforçar os muros, e isso me preocupa. — Falei e o olhei, nunca tinha visto Daryl me observando, ele olhava para minha barriga. — Quer conversar com o nosso monstrinho? A barriga ainda tá pequena, mas vai crescer muito mais! — Falei e Daryl prontamente veio.
— Ei, diz para sua mãe ficar calma, eu vou sempre estar com vocês. Não importa onde nem como. Eu te prometo meu monstrinho. — Daryl falou e beijou a minha barriga. — Antes eu vou pedir licença para poder usar um pouco sua mãe. — Daryl falou e eu ri. E ele me olhou sério se levantou e iniciou um beijo delicado e cheio de “amor”, não sei se é a palavra certa para usar pois estamos a 1 mês casados e eu já tô grávida. Quem diria eu grávida aos 20 sem nem terminar a faculdade, pois o caos se instaurou na minha vida. Pelo menos eu estava com um americano gato, e mais velho. Depois dizem que mãe não tá certa “não vai voltar com um marido e um neto americano hein” lembro da voz da minha mãe me abraçando antes de eu embarcar para uma aventura sem volta. Quando senti uma lágrima descendo Daryl parou o beijo, me olhou com preocupação
— Lembrei da minha mãe, da minha família. Sinto falta deles. Como eu queria poder ligar e dizer “e aí futura vovó” garanto que eles iam amar a novidade, ou se não, voltar para casa com o neto deles nos braços e te apresentar para eles — Comecei a falar e as lágrimas escorriam, Daryl me acompanhou até a sala e sentou comigo no sofá em silêncio. — Tu iria amar eles, iam fazer uma festa linda, iam te tratar como membro da família já. — Falei imaginando a reação deles ao ver que eu estava feliz com o Daryl.
— Ei calma, eles devem estar vivos. Mas quando foi a última vez que vocês se falaram, foi exatamente três anos atrás? — Daryl me abraçou e me perguntou.
— Eu falei com eles pedindo para se protegerem, irem para um lugar seguro, pois eu fiquei sabendo que estava começando as infecções lá. O Brasil fez uma evacuação e a última informação que tive deles foi que eles estavam no Rio de Janeiro e que iriam embarcar para alto mar e que TALVEZ eles fossem descer aqui, mas como metade do mundo estava doente já, eu duvido que tenham desembarcado aqui. — Falei lembrando dos últimos momentos que tive a chance de falar com os meus pais.
— Logo no início eu tinha ouvido falar que havia embarcações chegando por Nova York, com sobreviventes brasileiros. — Daryl falou. — Mas foi só informações desconexas, do rádio que ainda estava pegando. — Daryl terminou de falar.
— Talvez meu pais ainda estejam vivos, Daryl você tem noção disso? — Eu o perguntei quando a ficha caiu, eu limpei as lágrimas e tentei sorrir.
— Mas , seus pais podem ter saído de Nova York, para ir te procurar. Eles podem estar em qualquer lugar. — Daryl falou se afastando um pouco. — E mesmo se desse seria loucura tentar ir até Nova York, a gente está muito longe. ESQUECE ESSA IDEIA! — Daryl falou já me repreendendo. — A estrada até Washington está bloqueada, e eu não quero que você se arrisque. — Daryl falou apertando minha mão. — A gente agora é uma família! — Daryl falou e suspirou.
— Ok, amor. — Falei olhando-o, e ele pareceu estar mais calmo (sqn). Saiu e bateu a porta, que mania.
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Capítulo 6 - The Dead Nightmare

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Eu estava a beijando, quando senti algo molhado no meio do nosso beijo, foi quando eu a olhei e ela chorava, mas porquê ?
— Lembrei da minha mãe, da minha família. Sinto falta deles. Como eu queria poder ligar e dizer “e aí futura vovó”, garanto que eles iam amar a novidade, ou se não voltar para casa com o neto deles nos braços e te apresentar para eles. — falou e desabou, consegui sentá-la no sofá. — Tu iria amar eles, iam fazer uma festa linda, iam te tratar como membro da família já. — Ela continuou, não sabia o que falar, só sabia olhá-la e temer que isso a afetasse mais.
— Ei, calma, eles devem estar vivos. Mas, quando foi a última vez que vocês se falaram, foi exatamente três anos atrás? — Foi quando eu percebi que era para abraçá-la e consegui fazer essa pergunta.
— Eu falei com eles pedindo para se protegerem, irem para um lugar seguro, pois eu fiquei sabendo que estava começando as infecções lá. O Brasil fez uma evacuação lá e a última informação que tive deles foi que eles estavam no Rio de Janeiro e que iriam embarcar para alto mar e que TALVEZ eles fossem descer aqui, mas como metade do mundo estava doente já, eu duvido que tenham desembarcado aqui. — falou olhando para o nada como se um filme passasse diante dos seus olhos
— Logo no início eu tinha ouvido falar que havia embarcações chegando por Nova Iorque, com sobreviventes brasileiros. — Falei realmente lembrando que haviam dito nas rádio algo do tipo. — Mas foi só informações desconexas, do rádio que ainda estava pegando. — Terminei de falar e quando me olhou vi um certo brilho nos seus olhos.
— Talvez meu pais ainda estejam vivos, Daryl você tem noção disso? — ainda chorava, mas um sorriso tomava sua face.
— Mas , seus pais podem ter saído de Nova Iorque, para ir te procurar. Eles podem estar em qualquer lugar! — Falei me levantando e já pensando “que merda eu fui falar”. — E mesmo se desse seria loucura tentar ir até Nova Iorque, a gente está muito longe. ESQUECE ESSA IDEIA! — Alterei minha voz, e comecei a ficar nervoso. A ideia de perder e o nosso monstrinho me deixava furioso. — A estrada até Washington está bloqueada, e eu não quero que você se arrisque! — Falei olhando aquela barriguinha e sentando novamente no sofá, peguei sua mão e a apertei. — A gente agora é uma família! — Falei e suspirei. Tentando me acalmar, mas estava impossível.
—Ok, amor! — falou seca e me encarando.
Levantei do sofá, sai da sala e bati a porta. Eu precisava de um ar, essa discussão não tinha como eu ficar calmo. Peguei um cigarro e comecei a fumar na frente da casa, enquanto estava lá dentro. Que ideia estúpida, sair procurar os pais dela. Meus pais estavam bem mortos, eu nem sei se estaria preparado para ter sogro e sogra num apocalipse desses. Foi quando eu ouvi Rick se aproximar, como se fosse o mestre dos magos.
— Deu para ouvir de longe que vocês dois estavam falando. — Rick falou e eu fiquei quieto o olhando.
teve uma ideia idiota de sair procurar os pais dela, mas eles podem estar em QUALQUER lugar. Podem até estar mortos, eu não queria que a visse uma cena dessas! — Falei olhando a imensidão de muros que nos rodeavam.
— Daryl, você esquece que ela só tem 20 anos às vezes, você não tem que poupá-la de ver as coisas. Vocês dois vão ser pais, e você tá certo em tentar protege-la, mas tem coisas que serão necessárias para ela. — Rick falou sentando-se ao meu lado. — A primeira é parar de fumar, a gente não tem respirador para crianças aqui. — Rick falou arrancando o cigarro e o apagando. — A segunda é que você vai ter que entender que os brasileiros sempre foram ligados à família, eles são amorosos para com seus familiares! — Ele falou e bateu no meu ombro. — E terceiro, para a se tornar uma mãe, você tem que se tornar um pai primeiro, já viu berço? Já tentou pegar roupinhas? E Fraldas? Mamadeira, chupeta? — Rick, sempre com razão. Quando o assunto são filhos. — Quarto, essa coisinha que está vindo vai precisar e muito da sua -proteção e não vai ser brigando com a mãe dele que você vai conseguir protegê-los, aprende a conversar com ela, eu sei que ela é bem arredia, mas vocês precisam conversar. —Rick terminou e a porta atrás da gente se abriu e vi escorada.
— Querem comer alguma coisa? — ofereceu e Rick negou, deixando-nos a sós, levantei, fui até ela e beijei sua testa, então a puxei para dentro, ela fez uma comida para nós, uma coisa só para nós mesmo. O silêncio estava me matando.
— Vou sair hoje para vasculhar algumas cidades aqui por perto, vou ver se encontro berço e algumas roupas para o monstrinho. — Falei e ela me olhou e um sorriso veio ao seu rosto.
— Sério? — alterou sua face de desânimo, para uma de felicidade.
—Sim, vou tentar encontrar também mamadeira fechada e bico. Temos que montar o enxoval logo. — Terminei de falar e ela já estava me beijando na bochecha virei o meu rosto e engatamos um beijo caloroso e cheio de amor. A puxei para o meu colo e fiquei fazendo carícias nas suas coxas.
— Acho que hoje você não vai ver isso. — falou interrompendo o beijo, sim, eu não poderia sair de noite, mas aquele beijo tava tão bom.
—Pois é, mas se eu não for hoje eu não vou ir nunca mais! — Falei ainda fazendo carícias nas suas coxas.
— Então vai, eu ainda vou estar aqui quando você voltar. Eu prometo! — falou e eu dei um último beijo nela e ela se levantou e logo após me levantei, peguei a besta e algumas armas e fomos a caça, por algum golpe de sorte, na cidade em que fomos tinha uma baby store, eu e Rick conseguimos pegar tudo que era necessário, inclusive um estoque de leite em pó.
Voltamos era quase de noite, voltei para casa todo feliz com berço, roupinhas tudo que o Rick tinha dito antes, vi tudo escuro e cheio de velas, meu coração estava a mil, subi em silêncio e vi com uma camisola que MEU DEUS, de onde ela tirou!
— Isso tudo é para mim? — Perguntei vendo que ela estava de costas e vi que ela tomou um susto também.
— Aí Daryl, isso é jeito de chegar, eu estava distraída! — falou colocando a mão no meio dos seios que era quase impossível de não olhar. — Claro que é para ti, você acha que eu tenho opção de te trair aqui? — falou e eu ri, cheguei mais perto a beijei na nuca e a abracei por trás. Aquela mulher exala tesão, até grávida, pensei que ela iria parar com isso. A virei e comecei a beijá-la e a levei para cama, foi quando senti suas mãos me empurrando! — Daryl, você pode ir tomar banho? O cheiro dos walkers que você matou hoje está impregnado na sua pele. Eu estou começando a ficar enjoada. — Eu iria ficar puto, mas as palavras de Rick ecoaram na minha cabeça “seja pai”, me levantei e fui pro banheiro, tirei a roupa, foi quando eu escutei a porta do banheiro abrir novamente e entrar, fiquei a olhando e ela ficou me olhando, ela tirou primeiro uma alça, depois a outra e foi quando a sua camisola caiu e vi que ela estava nua. Ela foi caminhando em minha direção e entrou no box, ficou na minha frente e se aproximou, sua respiração estava ofegante, como se estivesse nervosa.
— Quer me ajudar? — Perguntei e ela acenou com a cabeça, ela pegou o sabonete e começou a passar no meu peito e seus olhos se mantinham na função. Puxei seu rosto para cima e a beijei, a encurralei na parede, as respirações estavam ofegantes, ela tremia a cada toque meu, eu comecei a chupar seus seios delicadamente passando a língua pelo bico deixando-os durinhos. Ela bagunçava meu cabelo molhado enquanto eu descia os beijos por sua barriga. — Desculpa filho, mas vou ter que te atrapalhar aí dentro. — Falei e bateu na minha cabeça, como se não fosse verdade. Continuei descendo e cheguei a sua virilha, apoiei cada uma de suas pernas no meu ombro e comecei a chupá-la, fazia movimentos circulares em seu clitóris, a sentia puxar meu cabelo e gemer baixinho, a desci e foi a vez dela de me dar prazer, e ela mordeu meu pescoço e me beijou e ela começou a descer os beijos e quando chegou lá senti como se estivesse no céu, aquela boca que eu amava beijar sabia chupar também, ela ia e voltava e fazia uma garganta profunda dos deuses. Eu já estava louco de tesão, foi quando eu puxei seu cabelo mais forte e a puxei para cima a dei um beijo, a virei de frente para parede e ela ficou na posição então eu adentrei nela, senti ela se apertar toda e o seu gemido abafado pela mordida em seu lábio. Comecei devagar para me dar ao prazer de sentir aquela caverninha tão apertada, é filho, seu pai não vai negar que não vai notar a diferença. Continuei com os movimentos e ela gemia agora e eu também. Estávamos entregues, interrompi, a virei e levantei uma de suas pernas e entrei de novo, agora podia olhá-la ela jogava a cabeça para trás, eu via cada cara que ela fazia, até que ela me olhou e aquele olhar de fuzilamento instantâneo. É oficial, beijei a lona, fui derrubado por uma menina de 20 anos, parabéns Daryl Dixon. Gozamos juntos e foi maravilhoso. Terminei de tomar banho e ela foi se secar se vestiu de novo e fomos dormir juntos, em uma cama que não rangia.
— Não deu tempo de te contar, mas consegui encontrar tudo. — Falei me deitando.
— Ah é? Estou muito feliz por isso! — Ela falou fazendo carinho no meu peito, olhando para mim com os olhos brilhando. Daí me abraçou, colocou uma das pernas sob mim, foi quando senti sua respiração ficar mais lenta e seus olhos fecharem. Fiquei ali fazendo carinho no seu cabelo e pensando que a minha vida mudou de 1 mês para cá, virei pai, encontrei uma menina muito especial, nos livramos do vilão Negan, voltamos a Alexandria e descubro que talvez meus “sogros” estivessem vivos. Que virada, segundo Merle eu estaria me metendo num caminho sem volta, pior até que drogas. Fechei meus olhos e uns minutos depois comecei a ter um pesadelo.
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Via num estágio mais avançado de gravidez acorrentada, chorando, berrando meu nome. Tentava correr até ela, mas minhas pernas não se mexiam, eu gritava, a chamava, mas parece que ela não me escutava. Foi quando eu vi uma arma apontada para sua cabeça, comecei a me debater e foi aí que as minhas pernas se mexeram e consegui correr até perto dela.
— NÃOOOOO! — Berrei na tentativa de fazer a pessoa que estava com a arma apontada para a cabeça não atirar nela, foi quando eu ouvi o estampido e morta no chão, não consegui salvá-la, minhas pernas cambalearam, e eu cai ajoelhado em frente ao corpo de , pedindo, implorando para que ela voltasse, foi quando eu ouvi um grunhido e vi que ela havia se transformado em um zumbi. Estava em prantos desesperados, e ela me mordeu e...
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— AMOR, ACORDA! — me sacudindo e me acordando, quando abri os olhos a abracei, ela voltou a dormir, após garantir que foi apenas um pesadelo. Tentei dormir de novo, mas aquele pesadelo me deixou alerta, eu estou cansado de perder pessoas. Eu nem quero mais perder pessoas. Fiquei o resto da noite acordado junto com , o pesadelo não saia da minha cabeça, a olhava e cuidava a respiração de . Aquilo ali era a minha família, minha continuação, e aquilo ali que eu deveria proteger e cuidar. Tudo bem que eu tinha o grupo, mas nada é igual a família. Eu tinha um conceito antes de família, agora eu sou pai de um feto. Eu não sou mais filho, nem irmão. Eu sou pai.
Daryl Mode off





Capítulo 1 - So God To Be Bad

Enquanto isso em uma casa de Alexandria

— Carol, acho melhor você NÃO se meter na relação dos dois. A é uma pessoa legal, deixa o Daryl ser feliz — Meggie falou tentando acalmar seu filho.
— Não dá, alguma coisa naquela menina não me desceu. Ela é traiçoeira, o Daryl tá cego e todos estão cegos por ela, só porque ela agora tá esperando uma CRIANÇA do Daryl — Carol falou sentada e mexendo em uma faca. — Ela é muito nova para ser mãe, aquela menina não deve nem saber segurar uma criança — Carol falou olhando Meggie.
— Carol, ser mãe se aprende, não é porque você sempre soube ser mãe que todo mundo tem que ser. Deixa o Daryl e a , se você fizer algo, eu JURO que eu conto tudo pro Daryl e pro Rick — Meggie falou colocando agora seu filho no berço e virando para Carol. Carol vendo que não conseguiria apoio na separação dos dois por parte de Meggie, foi tentar procurar outra pessoa, Rosita Espinosa, ela havia acabado de perder Abraham, naquele dia houve duas mortes, a primeira foi Glenn e a outra foi Abraham o ruivo forte. Negan poderia até estar morto, mas deixou marcas em todos do grupo.
— Também não vou com a cara daquela menininha, mas não tenho o que fazer em relação a eles — Rosita falou, Carol conversou mais um pouco com ela e a convenceu de um plano maquiavélico para separar os dois.

mode on

Depois de um amor bem feito, acabei adormecendo no peito de Daryl, mas o senti mexer e logo após um não. Acordei assustada e tentei acorda-lo, comecei a sacudi-lo e ele acordou. Estava todo suado, havia uma lágrima saindo de seu olho.

— AMOR, ACORDA — falei sacudindo Daryl
— Graças a Deus, você está bem! — Daryl, falou acordando de seu possível pesadelo e me abraçou, forte.
— Daryl, foi só um pesadelo, não importa o que tenha acontecido nele. E você é o primeiro cara que tem um pesadelo depois que transa, pelo menos vai ser o único — falei e tentei deixar as coisas mais leves o senti beijar meu ombro pois meu cabelo estava preso em um coque.
— Volte a dormir, eu estou bem agora — Daryl falou e eu o olhei, preocupação inundava seus olhos, sei que ele não estava bem, mas uma coisa que aprendi depois de tantas brigas que era melhor não cutucar.

Flashback on

— DARYL, vem aqui — o chamei entre um vomito e outro
— Você anda vomitando MUITO, TEM certeza que você não tem nenhuma doença grave? — Daryl perguntou (sim, ela se chama “tô grávida”, mas eu estava ignorando os sintomas).
— Tenho certeza, deve ter sido os bichos podres que você caça na mata — falei chamando o Hugo novamente (negação, check).
— Eu NUNCA iria trazer um bicho podre para você comer, tá louca menina? Deve ser os legumes que você come, o solo deve estar podre — Daryl falou, segurando meu cabelo com certa força.
— SE VOCÊ VAI BRIGAR COMIGO, LARGA O MEU CABELO — dalei já me alterando (alterações hormonais Check) e Daryl soltou o meu cabelo. — Você acha que eu sou uma boneca para você puxar meu cabelo e eu não vou sentir dor? — falei chorando e vomitando (alterações de humor Check). — Vai no Peter e pega um remédio pro estômago — falei e Daryl se negou a ir, queria ficar do meu lado. — Vai antes que eu saia e vá eu mesma lá — falei.
— Mimada da porra, tá bom... tô indo, mais alguma coisa “princesa”? — Daryl falou já se irritando.
— Quem sabe um marido mais compreensivo? — falei e ele me olhou com ódio, bufou, bateu à porta e saiu. Sei que eu estava pedindo para levar um chifre no meio da testa, ou um tiro, o que é mais possível vindo de Daryl, mas era a minha função como esposa a provocação.

Deu uns minutos depois ele apareceu com o remédio, peguei e tomei.

— Já sei por que você está assim, é porque está de TPM — Daryl falou, e eu fuzilei (menstruação atrasada check).
— TPM É MEU OVO, DARYL, QUE MERDA, EU NÃO POSSO NEM FICAR ALTERADA QUE VOCÊS JÁ ACHAM QUE A GENTE TÁ DE TPM. ALIÁS, MINHA MENSTRUAÇÃO ESTÁ ATRASADA. DEVE SER A PÍLULA DO DIA SEGUINTE — derrei e o Daryl já estava com uma almofada na sua frente se protegendo. Ao ver essa cena, subi batendo os pés no chão.

Flashback off


Assim como Daryl não voltou a dormir, eu também não consegui, virei de costas para Daryl e comecei a fazer carinho na minha barriga tão pequena. Eu acredito que se Deus te escolheu para ser mãe numa merda dessas é porque você deve ter culhões para criar uma criança, foi quando escutei a voz de Daryl.

— Você acha que é menino ou menina? — Daryl me perguntou.
— Acho que não importa, o importante é que venha com MUITA saúde — o respondi ainda fazendo carinho na minha barriga.
— Você tem razão, esse pesadelo mexeu muito comigo. Não quero te contar, mas parece que é algum tipo de pressentimento — Daryl falou olhando pro teto, nunca tinha reparado que seus olhos ficam INCRIVELMENTE AZUIS quando a luz da lua bate, fiquei o fitando enquanto ele continuava olhando pro teto.
— Daryl, acho que você tem que se preocupar menos, eu sei me cuidar, enquanto a barriga estiver pequena, eu consigo me virar. O problema vai ser quando ela crescer e eu começar a ficar inútil, digof de ficar mais devagar e os pés incharem — Falei na segunda tentativa de tirar aquele pesadelo besta da mente dele, mas estava impossível. Sentei de novo na cama, nem eu conseguiria dormir. Ficamos a noite conversando, tentando nos ajustar a ideia de pai e mãe. Ele acha que vai ser menina, eu acho que vai ser um menino e vai ser que nem ele. E ficamos pensando em nomes para homenagear as pessoas que nos deixaram, se fosse menina iria ser Beth e se for menino Joseph Merle sob meus protestos. Tudo estava indo muito bem, os dias foram passando e eu aprendendo a lutar.
— A barriga não te atrapalha? — Eugene perguntou ao ver que eu tentava uns golpes.
— Enquanto ela não estiver do tamanho de uma melancia gigante, eu vou continuar a treinar, tenho que fazer isso, Eugene. Eu tenho que proteger meu filho, e se um dia Daryl cair, eu estarei forte e lutando pela vida dos dois — falei isso e Eugene arregalou os olhos.
— Mas e se o inimigo for mais forte e de tamanho maior? — Eugene perguntou de novo.
— Existem armas para isso, mas se for um combate corpo a corpo, eu sempre tenho uma arma especial — falei e mostrei que sempre mantinha facas de arremesso. Na hora Eugene ficou impressionado, foi quando eu vi Carl correndo em minha direção.
, ... A TÁ DESMAIADA, ME AJUDA— Carl falou e eu fui correndo até lá.
— Carl, vai chamar seu pai... , amiga acorda — falei batendo na sua cara e Carl de novo saiu correndo. Verifiquei tudo que havia no seu corpo, não havia nenhum machucado. Rick chegou a pegou nos braços e levou a Peter, e eu junto. Daryl havia saído com Rosita para trazer suprimentos, tinha alguma coisa estranha no ar, Rosita nunca foi de ir buscar suprimentos, pelo menos foi o que Daryl me falou. acordou e foi examinada fiquei ao seu lado e Rick havia saído para resolver outra situação que estava acontecendo no grupo.
— Peter, o que está acontecendo com a ? — perguntei ao Peter.
— Acho que vai ter mais uma grávida por aqui, pelos sintomas e esse desmaio, vou passar o ultrassom para ter mais certeza — Peter havia conseguido salvar pelo menos o ultrassom e alguns remédios. Ao passar o ultrassom, Peter sorriu.— Parabéns mamãe , você está grávida — Peter falou e desmaiou de novo, tentei rir, mas minha cabeça estava na Rosita com o Daryl.
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Enquanto isso na busca de suprimentos...




— Então... Daryl, como estão as coisas com ? — Rosita perguntou vasculhando um refrigerador desligado há tempos.
— Não é de sua ossada saber disso, mas obrigada por perguntar — Daryl falou sendo direto e reto, ele se virou e viu um furgão na parte de trás da loja. Foi verificar e havia um monte de coisas dentro.
— Nossa, como você é bom rastreador, que sorte que a tem de ter um homem desses por perto — Rosita falou e chegou mais perto do Daryl.
— Não sei o que você quer, nem o que pretende fazer, DESISTA agora. A mãe do meu filho é a e eu sou LEAL. Se isso for um plano da Carol de tentar me “proteger” eu sou BEM crescido e não preciso de mãe, nunca precisei de uma, não vai ser agora que eu iria precisar. Pode avisar isso para ela, Rosita— Daryl falou e agarrou o braço de Rosita e depois o largou ao ver a cara assustada, da mesma. Os dois voltaram cada um em um carro e em silêncio para Alexandria.

Chegando em Alexandria...

Daryl mode on


Rosita, depois da pequena tentativa de “sedução” que se passou, se afastou definitivamente, Carol acha que eu sou trouxa de largar a mulher que é a futura mãe da minha filha por algo incerto, me chama de gay do que quiser, mas uma coisa que aprendi com o Rick foi ser leal. Vim dirigindo o furgão e Rosita o carro. Chegamos em Alexandria e não vi nem treinando e nem perto de casa.

— Eugene, onde tá a ? — logo quando ele abriu o portão e vi que não estava em nenhum dos lugares que era para estar.
— Está no Peter... — Eugene falou. Não o deixei terminar de falar, fui correndo até o Peter ao abrir a porta a vi cuidando de , meu coração se acalmou ao ver essa cena.
— Isso sim, que é chegada triunfal— Peter falou ao me ver olhando a cena.
— Oi, amor, que cara é essa? — falou, será que era tão visível assim?
— Fiquei preocupado, tá tudo ok aí ? — perguntei para tentar disfarçar e respondeu que sim. Foi quando o Rick chegou
— Qual é o diagnóstico doutor? — Rick, perguntou ao Peter.
— Melhor ela te contar — Peter falou.
— Rick, eu tô grávida — falou ainda deitada na cama.

Rick ficou olhando ela, logo após veio um sorriso depois veio o berro.

— MUITO OBRIGADO SENHOR, POR ME DAR ESSA BENÇÃO NOVAMENTE — Rick sorrindo e olhando pro céu, eu e nos olhamos e ela me esticou a mão para me puxar mais para perto e eu fui e a abracei. Vi Rick beijar , e a barriga dela e abraçou, que não estava tão feliz assim com a ideia, mas ela começaria a gostar da ideia assim como começou a gostar. Eu não imaginava, mas as coisas saíram do controle quando mais ou menos um mês depois, duas pessoas estranhas que não falavam uma VÍRGULA em inglês, apenas arranhavam umas palavras. Rick os recebeu, pois havia um cachorro, e quem ainda tem um cachorro quer dizer que ainda sobrevivem. Rick mandou chamar a .
— Anjo, o Rick está te chamando— falei e se levantou a barriga estava maior, mas nada de muito chamativo.

Ela foi até a casa de Rick, e ao escutar as vozes que estavam lá dentro, começou a chorar, isso quer dizer que... Oh Merda.

— PAI, MÃE... SPIKE ? — os chamou em português, e eles apenas viraram e começaram a chorar, o cachorrinho pulou na .
— OH MEU DEUS, FILHA, — minhas suspeitas foram confirmadas após essa frase. — Filha você está grávida? De quem é? — a mãe dela assim que saiu do abraço, sentiu a barriga e apontou para mim, fudeu...
— Oh Rapaz, bem vindo a nossa família, muito bom ver que a escolheu um cara forte para ter filhos, e ainda vai ser bonito, olha só o olho azul, igual o meu— o pai dela se levantou e veio me abraçar e segurou meu rosto, ele era forte, muito forte. As mãos dele pesavam MUITO. Apenas olhei para e ela me traduziu tudo que havia acontecido no momento, seu sorriso era de felicidade misturado com emoção, ela fazia carinho no cachorro e o dava água. Foi aí que eu entendi que eu fui bem recebido pela família de . E tinha um sogro e uma sogra, mas eles contaram que assim que chegaram em Nova York, foram para o interior pois lá ainda não havia uma infecção muito grande, mas que a partir daí, foram pulando de grupo em grupo até que ficaram apenas os dois, procurando por . A traduzia TUDO, não deixava nada passar. Meggie ficou emocionada junto com a que perguntou se os pais dela não haviam descido no mesmo navio, e eles apenas disseram que não sabiam, pois havia vindo muita gente e que se tiverem desembarcado deveriam estar a procura de . Rick designou uma casa aos dois e uma função, se comprometeu a ensinar inglês a eles. Quem te viu, quem te vê Daryl Dixon, em três meses sua vida mudou DRASTICAMENTE, antes sozinho e agora casado e constituindo família seguindo a ordem natural do mundo, irônico até. estava feliz de mais, nunca a vi assim entusiasmada... Como se a vontade de viver fossem eles. Me mantive afastado para que pudesse conversar sobre o que havia acontecido com ela. Afinal, são três anos.
— Parece que alguém esta com ciúmes. Não? — Rick sentou ao meu lado.
— Não é ciúmes, parece que eu me sinto excluído agora. Ela vai ter o pai e a mãe dela, e eu só sou o cara com quem ela estava transando— falei olhando para ela sorrindo sem parar, nunca sorriu assim para mim talvez porque a gente brigou muito no início, mas nunca assim com essa luminosidade agora que estamos “ bem”.
— Ah Daryl, pensa são 3 anos longe, se o seus pais estivessem vivos, lhe garanto que você também estaria assim— Rick falou também olhando aquela cena, a mãe de sorria para ela e para mim. Aquele neto/neta virou o que ela iria se agarrar para continuar sobrevivendo.
— Acho que a minha sogra gostou de mim... Ela não para de olhar para cá, ela tá vindo....— falei e Rick estava rindo não sei porque.
— THANKY YOU, YOU SAVED MY DAUGTHER¹— minha sogra me abraçou forte, que mania que esse povo tem de abraçar, vou ter que me acostumar. Falei que era o meu dever como “esposo” da que era protegê-la a mãe dela me abraçou de novo, e chorou no meu ombro. Rick segurava o riso e dava para ver isso. convidou para conhecer nossa casa, que era difícil não estar arrumada, raramente saia junto comigo para caçar, ficava treinando lutas e arremesso de facas, e ela estava cada vez melhor e ágil mesmo com a barriga crescendo. Eu tinha que me cuidar às vezes que ela treinava em casa. Meus sogros sempre tinham algo para nos oferecer de comida, era muito bom. Não tinha como ninguém ser gordo pela falta de mantimentos, mas as comidas eram deliciosas. Comecei a aceitar que agora eu também era metade brasileiro, pois não tinha como não se encantar por eles.

O pai de era um exímio mecânico, a mãe de ótima professora e o inglês deles só melhorava com o tempo, os ensinava MUITO bem.

, posso te roubar um pouco dos seus pais ? — perguntei e eles riram.
— Vá se divertir filha, estaremos aqui quando você voltar— meu sogro falou e eu apenas sorri para eles

Peguei que ainda mantinha o sorriso iluminado.

— Vamos aproveitar o tempo que ainda temos sozinhos, que tal ein, porque daqui a pouco nosso monstrinho vem e você não vai ser só mais minha— falei e ela continuou com o sorriso e me beijou, aquela onda de felicidade me invadiu, felicidade contagia. Fiquei feliz e calmo ao ver que entende que estamos meio afastados. Fomos passear como fizemos aquela vez antes de destruírem o santuário. Eu estava distraído, mas como os instintos de estavam muito mais aguçados, logo seu sorriso leve desapareceu e os olhos começaram a procurar, sua respiração acelerou um pouco.
— Daryl, tem alguém nos seguindo, e não é um walker — falou olhando em volta. E eu comecei a procurar também, pois eu estava ouvindo passos regulares.
— Quer voltar? Se estiver com medo, nós podemos voltar — a perguntei.
— Ficou louco? Aí sim que o que quer que seja que esteja nos seguindo vai saber onde estamos — falou baixinho e olhando em volta. — Vamos nos esconder vem — falou e nós procuramos um lugar para se esconder, nos escondemos e ficamos esperando, quando vimos era Carol nos procurando.
— Que Idiota essa sua ideia Carol, os dois são rastreadores eles vão saber se esconder — Carol falando com ela mesma, isso me irritou um pouco. segurou a minha mão e botou na sua barriga, agora entendi o que ela quis dizer sobre a Carol. Ela queria nos separar, por uma birra besta com . Levantei e tirei uma pistola que estava no meu coldre e apontei para cabeça de Carol e ela ouvindo esse barulho levantou as duas mãos.
— Daryl... querido, porque está apontando essa arma para mim? - disse Carol com suas mãos levantadas.
— Carol, eu ainda não entendo porque você ainda não superou o fato de que eu estou FELIZ, pela primeira vez depois de muito tempo. Eu venho sofrendo com perdas Merle e depois a Beth, e você ainda quer me separar da mulher que está GRAVIDA, você tem merda na cabeça, Carol? Onde está a mãe que você era? Onde está a mulher que você era, pois eu não reconheço essa mulher que é capaz de matar para conseguir o que quer— falei ainda com a arma apontando a arma para a sua cabeça. — Eu só estou protegendo a minha família — falei esperando alguma comoção da parte de Carol e nada vinha, ela não mexia um músculo.
— Daryl, não vale a pena você gastar munição com ela — falou e Carol a fuzilou, Carol a odiava e dava para ler isso nos seus olhos.
— Atira Daryl, quero ver se você tem coragem de me matar, Rick nunca perdoaria isso. Vamos Pau mandado — Carol falou e deu um soco na sua cara, eu nunca queria estar no lugar de Carol, pois aquele soco ardeu em mim, pois estava com soco inglês.
— Pau no seu cu, o marido é meu e se ele quiser, ele te mata, vadia velha, aprende que o seu lugar é bem longe da gente — falou a respondendo e se afastando de costas para mim. — Vamos Daryl, ela sabe o caminho de volta... — falou e eu abaixei a arma e a segui. Deixamos Carol sozinha se recuperando do soco e voltamos para Alexandria. Eu ainda não acredito que Carol tenha virado esse monstro, essa pessoa fria, calculista. Os olhos de Carol ausente de sentimentos ficaram na minha mente, e assim o soco deferido por também ficou.
— Belo soco e onde você arrumou esse soco inglês? — Indaguei, e me olhou.
— Ah, foi naquela vez que saímos para vasculhar uma das cidades aqui perto e encontramos aquela loja de armas, e obrigada, ela merecia — falou dando de ombros, ela sabia que aquele soco inglês seria útil. Chegamos e fomos para casa, foi deitar e eu fui junto, pois não havia necessidade de comer depois daquela situação.
— Desculpa atrapalhar sua felicidade — falei após um longo tempo quieto, arqueou as sobrancelhas como se não tivesse entendido o que acabei de falar, mas eu sabia que ela havia escutado.
— Uau, eu não esperava escutar isso vindo de ti, você é a minha felicidade. Você é o pai do meu filho, se eu não tivesse feliz com você iria transparecer, Daryl. Isso o que aconteceu hoje foi só o reflexo negativo da nossa felicidade diante as outras pessoas. Daryl, não importa o que vão fazer eu nunca sairia do seu lado — falou e sentou-se na cama e eu botei minha cabeça em suas pernas. — Você me tornou a mulher que eu preciso ser, eu seria louca de acreditar que a Rosita estava interessada em você — ela falou e riu e fazendo carinho em meus cabelos.
— Ei, eu não sou feio e nossa filha vai ser a minha cara, você vai ver só — falei me levantando e já vendo as risadas novamente de que me deixou mais feliz e aliviado.
— Convencido! — ria e falou isso.
— Trabalho apenas com fatos — falei enquanto levantava as mãos e ela me deu um soco na parte da frente do ombro. Passamos a noite assim, rindo, e conversando sobre tudo. me contava os avanços dos pais dela no inglês com os olhos brilhando, e como isso era importante para ela.

Quando fomos dormir os pesadelos novamente me atormentavam .

Pesadelo mode on

Ouvia um choro de criança, de um bebê, de longe e via ao seu lado imóvel e ainda com o cordão umbilical ligando os dois. Corri e peguei a criança, e tentei acordar .

— Amor, nasceu, olha isso. Que linda — a sacudia e o bebê chorava e estava imóvel. Comecei a me desesperar. Carol apareceu.
— Troquei o soro por veneno, essa criança vai ser minha, Daryl — Carol falou e arrancou o bebê de meus braços e eu imóvel ao lado de , como se eu fosse incapaz de mexer um músculo. Após essa cena, abriu os olhos e me puxou
— Você não salvou o nosso filho, você é um fraco imbecil — e me mordeu no pescoço como um walker.

Pesadelo mode off


— NÃOOOOOO — Acordei e acordou junto no susto, vi que estava suado novamente.

Daryl mode off



Capítulo 8 - Bad News

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— NÃOOOOOO — Daryl berrou e eu acordei no susto junto com ele
— Daryl, mais um pesadelo? Amor assim o bebê vai nascer antes, cruzes, você está todo suado — falei tentando o secar.
— A Carol ainda é muito perigosa, ela realmente merecia aquele soco, mas você se arriscou — Daryl falou ainda com a respiração acelerada. Me beijou na testa e se levantou, foi pro banheiro, gostaria muito de saber qual é a dele e desses pesadelos. Acho que ele se preocupa com coisa inútil, a Carol não sabe do meu poder. Acho que amanhã eu iria no Peter passar aquele gel gelado na minha barriga para ver como está o monstrinho. Fiquei a noite toda acordada cuidando o sono de Daryl, que também não dormiu. No dia seguinte Daryl tinha uma reunião com Rick e com os outros e eu fui com a minha mãe no Peter.
— Olha só, tenho uma noticia para te dar... — Peter falou
— Filha você tá grávida de Gêmeos!!!!— Minha mãe falou com um sorriso incrédulo.
— Merda — falei baixinho e minha mãe me repreendeu com o olhar.
— Já da para ver o sexo deles? — minha mãe falou e o Peter negou.
— Está muito cedo ainda, mas parabéns ou não, você é uma mãe apocalíptica de sorte, sugiro que escreva as memórias num caderno — Peter falou apertando a minha mão.
— Como assim ou não? — Perguntei a Peter.
— Você sabe que as chances de sobrevivência da mãe em partos nesse mundo é muito baixa, né? Ainda mais de Gêmeos, mas tenho confiança de que vocês três irão sobreviver — Peter falou após perceber que meu olhar tinha mudado de felicidade para uma imensidão de escuridão. Quando saímos minha mãe apenas me olhava.
— Que foi mãe? Desembucha —eu falei esperando o sermão.
— Filha você vai ter que contar para ele — minha mãe me puxou pelo braço.
— Para que? Para o Daryl, ter mais pesadelos de noite? Para eu nunca mais poder nem sair de casa porque eu tô carregando duas vidas dentro de mim? Dizer que eu corro risco de morrer porque parto de gêmeos nesse mundo é 100 vezes mais difícil? Não mãe, prefiro viver se for meus últimos meses do lado de Daryl, ele vai saber cuidar dos teus netos — falei segurando o choro e minha mãe apenas me abraçou, e eu em silêncio sentia a sua dor. Minha mãe me largou em casa e beijou a barriga que independente se viessem 1 ou 2, ela iria amar e protege-los. Daryl chegou em casa uma hora depois, eu estava decidida a não contar nada para ele.
— E aí, como foi a consulta? Tá tudo certo com o nosso monstrinho? — Daryl me perguntou enquanto comia, o certo seria monstrinhos e não mais monstrinho.
— Foi tudo como eu esperava que fosse ser, com ele tá tudo certo — falei tentando dar o meu sorriso mais falso para esconder a mentira.
— Hum, Carl me disse que ouviu sua mãe conversar em português e logo após te abraçar e você estava “preocupada” com algo— Daryl levantou a cabeça, eu ainda vou matar aquele moleque caolho.
— Estava contando para minha mãe sobre seus pesadelos Daryl, eu estou sinceramente preocupada com isso — eu desconversei com sucesso, Daryl me olhava e aquele silêncio dele me deixava nervosa.
— Ah anjo, são só pesadelos não vai acontecer nada de mais — Daryl falou recolheu seu prato e me ajudou a lavar a louça, ele é um homem muito prestativo quem pensa que ele não ajudaria em nada está muito enganado. Passamos mais uma noite bem, até que escuto Spike latindo, fico a noite inteira acordada porque as cenas daquele ultrassom, duas crianças dentro de mim, é muito irreal. E Spike não parava de latir, botei um casaco e um chinelo deixei Daryl dormindo, e fui até a casa dos meus pais em silêncio com as minhas facas de arremesso entro na casa e vejo meu pai caído no chão e Spike latindo para ele. Dou um berro, e começo a chamar por socorro, em dois minutos Daryl estava lá, não havia marca de tiro, de mordida de nada. Minha mãe desceu correndo as escadas, até que quase todo grupo estava lá, Peter chegou verificou o pulso e pediu que levassem meu pai até o “hospital”, foi Daryl, Rick, o padre Gabriel carregando o meu pai. Eu fui junto, pedi para minha mãe ficar com o cachorro.
— Ei, calma tudo vai ficar bem, cadê a Carol? – Rick falou me abraçando.

Olhei para os lados e não vi a Carol, até que ela apareceu com uma cara de “não fui eu”.

, foi envenenamento. graças a Deus, eu pude tirar o veneno de suas veias. Tinha uma picada de cobra no tornozelo dele— Peter falou, dessa vez Carol se livrou, DESSA VEZ, ai dela se tocasse em qualquer pessoa da minha família para me atingir. Daryl vendo meu olhar fuzilante para Carol, me puxou para perto dele.
— Deve ter um zoológico aqui perto, porque aqui nos Estados Unidos é quase impossível haver cobras venenosas — comentei, sim eu havia estudado TODA a fauna antes de viajar — Se tiver algum mapa, eu poderia vê-lo para localizar algum tipo de zôo, eu agradeceria muito, mas para essa cobra ter entrado deve haver uma falha nas muralhas — Daryl falou, e todos ficaram sérios. Rick fez aquele olhar de tela azul, e logo depois começou a andar de um lado para outro nervoso, e chamou todos inclusive Daryl. Fiquei cuidando do meu pai, foi quando eu sentei numa poltrona ali perto e adormeci.

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— Mamãe, mamãe. Olha o que o Merle fez — uma menininha loira com os olhos azuis feito os de Daryl, apareceu com uma boneca toda suja e quebrada.
— Não fui eu, mamãe, foi ela mesmo que fez—oO menino era muito parecido comigo, mas também havia os olhos azuis e os trejeitos de Daryl estavam muito presentes.

Os dois começaram a se agarrar

— PAREM OS DOIS AGORA, QUEREM QUE EU CHAME O PAI DE VOCÊS? — berrei, e os dois me olharam assustados, ah, como essa chantagem funciona. Suspirei e falei. — Peçam AGORA mesmo desculpa um para o outro. Beth, você sabe que não podemos ter uma boneca nova a cada vez que você ou o seu irmão quebram algo. Seu pai quase morre para pegar os brinquedos de vocês. Vocês entendem que a gente ama muito vocês? E que a gente protege vocês porque vocês são MUITO, MAS MUITO importante para nós?— os dois ficaram parados me escutando feito duas estátuas. Daryl chegou com caça do dia, mais velho, porém lindo sempre.
— Estavam levando sermão, huh? — Daryl perguntou e eles afirmaram. — O que estava acontecendo juíza ? — Daryl falou socando a caça no freezer.
— Parece que os dois acusados assassinaram uma boneca e a torturaram tirando seus membros — Falei e Daryl sorriu.

Sonho mode off


— Ei , pode ir para casa, já está de dia e seu pai está cada vez melhor — Peter falou, Daryl apareceu e me ajudou a ir para casa.
— Senti sua falta na cama — Daryl falou no meu ouvido e eu me arrepiei, GRÁVIDAS SENTEM TESAO SIM. — Vamos ficar juntos o dia todo hoje, te prometo — Daryl falou e voltamos para casa, chegando em casa o sonho ainda martelava a minha cabeça, a dúvida de contar que estou grávida de gêmeos começou a tomar meu ser. — Que susto ein, ah e quando estiver desconfiando de algo, me acorda, eu não tenho problemas de sair da cama para proteger quem está junto comigo, não quero que você se arrisque. Já lhe... — Daryl iria terminar, mas eu o beijei e engatamos em um beijo lento.
— DIXOOOOOONS, VENHAM VER — Carl berrou ao lado de fora da nossa casa, mas que porra é essa que eu nunca vou ter um momento a sós com o meu marido?

Chegamos vimos uma moça loira jogada no chão, desmaiada, com pouca roupa, com seus pés sangrando, como se estivesse andado dias fugindo de algo ou de alguém, verificamos o corpo dela e tinha uma marca a ferro e fogo, incrível como é fácil identificar os maníacos tarados em mundo desses. A marca tinha um K e um E juntos, a recolhemos e a esperamos até que ela conseguisse recobrar os sentidos, fiquei lá de responsável. Claro que coloquei uma roupa e fiquei a esperando acordar, meu pai ainda estava na maca, mas estava muito melhor. Conversa e ria com Peter e me via que estava esperando a moça acordar. Até que ela acordou, estava de noite de novo.

— Onde... eu estou ? — a moça loira e branca falou ainda de olhos fechados.
— Alexandria, de onde vens? — perguntei ao ver que aos poucos ela ia acordando
— Reino de Ezekiel, ele me mantinha escrava lá — a moça falou
— Seu nome? — perguntei de novo ao ver
Carolina, eles ficaram com as minhas roupas e documentos. — falou, me levantei em silêncio e chamei Rick.
— Quantos zumbis você já matou?— Rick a perguntou, ela estava tapada, mas ainda sim dava para ver seu corpo pouco tapado.
— Acho que uns 50, 60 não tenho muita certeza — o respondeu.
— Quantas pessoas você já matou? — Rick fez as duas perguntas clássicas dele.
— Duas apenas, um era um aleijado que não teria mais como se virar e o outro era um mordido por um zumbi. Nunca mataria ninguém porque eu quero, foram mortes honradas — falou Rick balançou a cabeça positivamente.
— Tente melhorar, não temos recursos suficientes para o tratamento de doenças mais graves, e , vá buscar roupas para essa menina— Rick falou e eu assenti, não sei porque, mas eu fui com a cara daquela menina. Poderia ser mais uma para a proteção do grupo.

No caminho Daryl foi me acompanhando...

— Daryl, vamos ter que reforçar a segurança, se ela for fugitiva, vai haver retaliação. Pelo visto ela era uma “mercadoria” e marcadores no mundo feito esse, recuperam a mercadoria. Sem prejuízos — falei olhando para o nada enquanto íamos para uma casa desocupada, procurar por roupas que poderiam servir em .
— Tem razão, vou avisar o Rick, corremos perigo. Mas antes eu vou procurar roupas junto com você — Daryl falou e beijou minha mão.

Achamos uma calça, uma blusa e um casaco. Peguei uma calcinha e sutiã. Levamos até o ambulatório e demos privacidade a para que se vestisse. Rick a perguntou de tudo sobre Ezekiel e o ajudou com muitas informações

— Ele é insano, não confiem nele, ele é muito sedutor — ressaltou essa parte. — Ele sequestra mulheres gravidas, meninas, nenes. Ele é MUITO perigoso — falou e logo olhou para mim e para . Eu já estava bastante cagada de medo e essa menina ainda me apavora mais, olhei Daryl e ele já estava me olhando, agora sim eu não saio mais de casa, cárcere privado. conversou comigo e falou com , que estava com os olhos estralados de medo, se acalmou, mas ainda olhava para Rick desesperada.
não é? — se dirigiu a mim.
— Sim, por? — a perguntei.
— Rick falou que você poderia me ajudar a treinar, ele disse que você é muito boa com facas, mesmo grávida — falou e eu tentei sorrir.
— Ah claro, posso te ajudar enquanto esses monstrinhos não tiverem me incomodando muito... — falei e todos me olharam inclusive Daryl, que estava com os olhos estalados como se fosse um tigre me olhando. — Falei no plural? Ah desculpem, é que eu fico com muita fome e daí eu como por três — falei e ri, Daryl aliviou o olhar e todos voltaram o que estavam fazendo. Combinei com a que iríamos treinar luta e arremesso de facas. E que qualquer coisa poderia ensina-la a caçar e rastrear, eu logo ficaria incapaz de me levantar do sofá porque a barriga ficaria enorme. Voltamos para casa, eu e Daryl em silêncio.
— Eu bem que estou estranhando que a sua barriga está crescendo muito, tá se alimentando bem então, né, mamãe?— Daryl falou assim que fechou a porta eu ri ironicamente e mostrei o dedo do meio.
— Você acha essa é do bem? — Perguntei para Daryl.
— Eu acho que ela é gostosa, mas do bem eu também acho que ela é — Daryl falou isso só para me irritar, ele estava sentado no sofá fui até ele e subi em cima do colo dele e ele assustado com a minha reação sem motivo
— Sabe, eu não me importo que você ache a gostosa, mas não esquece de quem está esperando essa criança sou eu, ok? E que se você representar ameaça, não tenha dúvidas que você vai ser o primeiro a ser cortado da lista. Entendido? — falei e Daryl ficou incrivelmente bravo, seus olhos ardiam, em fogo. Mas ele não conseguia fazer nada pois eu estava segurando seus braços, ele aproximou o rosto.
— Se você fugir, eu vou te caçar até encontrar vocês dois. Não importa, mas eu vou caçar vocês dois — Daryl falou me olhando nos olhos, e encostando seu rosto no meu e me beijou, eu baixei a guarda agarrei seus cabelos com força e ele agarrou minha cintura coloquei meus braços entrelaçados por trás de sua nuca, os dois estavam ofegantes. Ao sair do beijo, mordi seu lábio inferior, e comecei arranhar sua nuca. — Eu não sei o que acontece comigo quando eu estou perto de você, às vezes eu tenho até vontade de te matar, mas eu não consigo, tudo que eu quero é te beijar e te amar, e como diria o Merle, “seu frouxo”. Pensar que três meses para cá tudo mudou, tudo ficou mais colorido. Eu não consigo mais me imaginar sem estar brigando com você, sem estar todos os dias acordando do seu lado — Daryl falou e eu paralisei. — Mas que porra, garota, o que você tem? Que mágica é essa? — Daryl falou e botou meu cabelo para trás. E voltou a me beijar, isso seria uma forma bruta dele dizer eu te amo? Perdi toda a concentração, fiquei pensando e o beijo de intenso ficou calmo e lento. Como se quiséssemos sentir cada centímetro de pele, como se fosse uma despedida, como se fossem aqueles nossos últimos momentos. Paramos de nos beijar e nos abraçamos e assim ficamos a noite toda. Acordamos no outro dia, no sofá, tomei um banho e agora o cheiro de Daryl já não me incomodava mais, pois é ele não toma banho faz dias como no início do nosso “casamento”. Acho que as minhas narinas estavam mais acostumadas com ele “sujo” do que de banho tomado, a única coisa que obrigava ele a tomar banho era os meus enjoos.

Daryl mode on

Acordei ouvindo os berros de vindos da casa dos meus sogros, saí correndo e a vi chorando ao lado do seu pai pedindo ajuda. Logo todo o grupo estava dentro da casa deles e eu, Rick, conseguimos levar ele até Peter. Que graças a Deus era só uma mordida de cobra. passou a noite toda fora de casa cuidando do seu pai, e quando conseguimos ter um momento a sos, Carl nos chama e uma nova “integrante” é apresentada ao grupo. Seu nome era Carolina, linda a menina, mas ela aterrorizou a todos quando falou que Ezequiel sequestrava mulheres, pois quanto mais soldados é melhor. ficou de treiná-la contra a minha vontade, claro, porque agora a barriga só iria crescer cada vez mais.

— Eu acho que ela é gostosa, mas do bem eu também acho que ela é — falei para irrita-lá e ela subiu no meu colo e segurou meus braços olhou nos meus olhos e me ameaçou, eu fiquei puto, mas eu não conseguia me concentrar com ela em cima de mim.
— Se você fugir, eu vou te caçar até encontrar vocês dois. Não importa, mas eu vou caçar vocês dois — falei e aproximei meu rosto do dela, vi aqueles lábios como se estivessem me chamando a beijei com força suas mãos dos meus braços. — Eu não sei o que acontece comigo quando eu estou perto de você, às vezes eu tenho até vontade de te matar, mas eu não consigo, tudo que eu quero é te beijar e te amar, e como diria o Merle “seu frouxo”. Pensar que três meses para cá tudo mudou, tudo ficou mais colorido. Eu não consigo mais me imaginar sem estar brigando com você, sem estar todos os dias acordando do seu lado — parei o beijo novamente e senti que a deveria dizer isso, ela paralisou e ficou me olhando, acho que ela estava absorvendo até eu não acreditei no que eu estava dizendo. — Mas que porra, garota, o que você tem? Que mágica é essa? — me irritei um pouco, pois ela não falava nada e retomei o beijo, tanto ela quanto eu, perdemos a concentração, o beijo cheio de desejo e raiva, virou um beijo doce e calmo. Foi aí que a ficha caiu, cada beijo, cada segundo que existe o nós pode ser o último. era uma bomba relógio, tudo que eu mais amo poderia simplesmente ir para o ar caso eu ou ela pisássemos na bola, pois éramos um casal muito recente e frágil. Eu sou orgulhoso e cabeça dura, e ela é mandona e inocente, ambos tinham um gênio forte. Nossos filhos vão ser os mais fodões que existem, isso me deixa feliz e ao mesmo tempo triste, pois eu sendo mais velho, talvez eu não consiga os acompanhar o resto da vida deles. Parei de pensar nisso e adormecemos no sofá, foi tão bom quanto dormir na cama, acho que qualquer lugar se eu estiver junto da minha família agora vai ser bom.

Ao amanhecer, já sentia que queria acordar para se arrumar e treinar , cada combatente que conseguíamos a mais era ótimo, ainda mais resistente e sedutora assim como , Rosita perdeu todo o seu brilho quando Abraham morreu, mais parecia uma alma penada. Meggie agora era a vida dela e de seu filho. estava grávida e continuava linda e barriguda, barriga essa que crescia a cada dia mais, a desculpa era de que ela engordava com facilidade, mas a nossa menina iria ser um bezerro, grande e gordinha.

— Anjo, tu tem ido no Peter com frequência ?— a perguntei a ela acenou a cabeça positivamente, ela me contava todos os dias da evolução da e de como as duas estavam se tornando amigas, e de como comentava de que ela havia sorte de estar casada com um cara feito eu. Ela sorria e eu só pensava na quantidade de mamadeiras que eu teria que preparar porque a única coisa que prende aqui dentro de casa é a gravidez, era capaz de ela levar a nossa pequena junto, para as explorações. Rick era meu apoio, como se fosse meu “help center”, um dia eu teria que fazer tudo que ele faz.
— Quando se tem filhos, Daryl, sua vida é menos importante que a deles, você tem que deixar de viver as coisas que gosta de fazer por eles, se arriscar por eles, vestir a camisa do time deles. Eu não sei o que eu seria sem o Carl e a Judith e o bebê que está esperando, os três são a luz da minha vida — Rick falou para mim enquanto eu olhava e treinarem, a ensinava golpes rápidos. E matar um walker furtivamente nesse mundo é muito importante, assim como matar homens maus nesse mundo também é essencial. — Daryl, sei que você está preocupado assim como eu, mas te garanto que nossos bebês virão fortes e as duas mães sobreviverão aos partos — Rick falou ao perceber que eu estava muito em silêncio. Sobreviver, essa palavra que nos assombra e ao mesmo tempo nos classifica, nós somos sobreviventes de um apocalipse zumbi, o mundo adoeceu e sobrou apenas nós, pelo menos eu acho. Se um dia isso acabar, não sei o que será de mim e da , talvez ela vire famosa por ter escrito um livro de sobrevivência de uma mãe em um apocalipse zumbi, e sabia que eu não me ajustaria nesse mundo pós apocalíptico.
— Rick, se você soubesse a metade do que me preocupa. Não é apenas a vida da e da minha filha que me preocupa. É TUDO, como se tivesse uma pedra rondando meus pensamentos. E se tudo isso acabar? E se nos separem da e da , ou pior, e se nos prenderem por “assassinato” você acha que a gente vai ser considerados como heróis da nação? Os nossos mortos vão ser lembrados como deveriam? O Hershel, o Shane, a Lori, o Merle, o Glenn, a Beth, o Ty, o Abraham, o Gale, a Sophie, o Bob, A Andrea. Você acha que essas pessoas que morreram de uma maneira infeliz e foram enterrados em uma cova qualquer vão ser lembradas, Rick? O mundo pós apocalíptico que a gente tanto sonha pode ser mais cruel que esse que a gente vive, e eu estive pensando nisso todos os dias da minha vida — falei e Rick apenas me encarava, passei a mão pela cabeça em sinal de uma tentativa de me acalmar. Rick apenas olhou para fora e viu que ainda treinava , ria e se divertia com os comentários da nova amiga.
— Daryl, você tá vendo aquele sorriso da sua mulher? — Rick me perguntou e eu assenti.
— Grave ele na sua memória, lembro de cada sorriso que a Lori me dava, de cada risada que eu a ouvia rir. É esse tipo de memória que você deve levar das pessoas que já se foram com você, Daryl. As memórias boas — Rick falou e isso veio como um tapa na minha cara. Depois que Rick saiu eu fiquei com as palavras dele na minha cabeça, e fiquei olhando agora , e falando sobre homens. O assunto principal era eu e Rick. Vi Rick caminhando em direção a elas e e olharam com um olhar malicioso que só elas entendiam .Rick conversou com as duas e levou a debaixo de seu braço me olhou e me chamou para lá, eu fui.
— Você é muito sexy olhando dessa maneira para mim — falou assim que eu cheguei e deu um tapa na minha bunda, sabia que eu odiava demonstrações de afeto na frente dos outros, mas relevei pois eu sei que grávidas têm níveis hormonais diferentes de nós tudo fica mais elevado.
— Opa, vou deixar os dois sozinhos então — falou levantando as mãos e rindo maliciosamente.
— Não precisa, o que tu quer, anjo? — Perguntei para enquanto tentava não mostrar que fiquei desconfortável com a atitude dela.
— Daryl, você poderia levar a para caçar?— me perguntou e eu engoli a seco e olhei para que sorria.
— Posso, mas ela sabe? — perguntei e olhei para as duas.
— Eu a ensinei o que eu sei e o que você me ensinou Daryl, só quero que ela tenha experiência e que você tenha uma companhia na hora da caça quando eu não puder mais ficar andando por aí, eu vou ficar muito lerda e pesada — falou passando a mão na barriga dela. Eu sorri, eu sabia que essa hora iria chegar, combinei com as vezes na semana que ela iria comigo e que ela não poderia ter nojinho de matar animais, ou walkers. Pois como a própria disse, para que ela aprenda a se virar.
— Então , a gente pode começar com duas vezes na semana, pode nos acompanhar e dar aquele apoio emocional que ela ama dar. A única questão aqui é que você não pode de maneira ALGUMA agir por emoções nas caçadas, a gente tem que aprender a ouvir, observar e ser silencios. — falei e disse que sabia e que já lhe havia dito .

Flashback

— Daryl, a gente tá andando faz DUAS CARALHADAS de horas e não conseguimos pegar nem um caralho de um esquilo— estava para lá de cansada. Mas eu continuava a tentar caça.r
— Com você não calando a porra da boca, aí sim que a gente nunca vai pegar nada— falei e virei para ela que estava sentada numa pedra.
— E com você se distraindo aí sim que a gente não encontra nada — falou e cruzou os braços como uma criança pequena birrenta, eu estava prestes a dar um soco em . Que mulher é essa que eu escolhi para “casar” uma criança num corpo de mulher. Virei os olhos e continuei a andar, ela desceu da pedra e andou calada do meu lado. — Caçador experiente uma ova, parece que só esta arranjando uma desculpa para ficar sozinho comigo — falou e eu virei para trás, fiz ela andar de costas até uma árvore e fiquei com o rosto colado no dela e quase todo meu corpo também botei as minhas duas mãos na sua cintura e a puxei para mim
— Cala a porra da boca se não eu calo, e eu vou fazer com que ela fique ocupada por um bom tempo, entendido? — ela apenas concordou com a cabeça, ela estava louca para que eu a beijasse, podem apostar eu também estava louco para fazer isso também

Flashback off


Depois disso era sempre escoltada por Eugene, coitado, ele acha que tem algum tipo de chance com a , ela apenas o ignorava, com certeza ele não faria o tipo dela. Se for pensar, a minha própria mulher é de mais para mim. A questão toda é que eu estou com medo de não ser um pai tão bom, ou de não saber segurar as pontas caso aconteça algo com a . Sinto que algo de muito ruim pode acontecer a ela, será que me afastar seria uma opção boa? Tudo que eu tinha de exemplo era meu pai Will Dixon, ele me batia, era um viciado em drogas e bebidas. Que tipo de pai eu vou ser? Será que eu seria que nem o Rick, morreria pela família? Ou tentaria ser um pai durão? Muitas dúvidas na minha cabeça, nem percebi que me olhava esperando uma resposta.

— Daryl, você está bem? — vi com as mãos na cintura e me olhando.
— Aham, pequenos devaneios apenas, anjo — falei e a puxei para meu abraço e beijei o topo de sua cabeça, levei ela novamente para casa e fiquei a tarde perto dela.
— Daryl, vamos arrumar o quarto das crianças — falou, segunda vez que ela fala no plural.
— Vamos sim — falei ignorando o plural, pois sabia que ela andava meio desligada. Havia um segundo quarto na casa, montamos o berço e deixamos algumas coisas já meio encaminhadas, afinal, ela estava no 4º mês de gravidez e a barriga estava crescendo em um ritmo acelerado e absurdo.

Foi quando...

— DARYL, ... VENHAM COMIGO, ACONTECEU UMA TRAGÉDIA — Rosita estava ofegante, e assustada tinha algo de muito ruim acontecendo.

Saímos correndo para ver o que havia acontecido, foi quando viu dois corpos no chão, eles estavam dilacerados como se tivessem sido caçados por um tigre...

— MÃE? PAI? — ao identificar os corpos logo de primeira. — QUE CACETE MEUS PAIS ESTAVAM LÁ FORA SEM NINGUÉM POR PERTO? — irritadíssima, pronta para pular no pescoço de alguém, quando eu vi os dois estavam virados em walkers consegui a puxar para longe enquanto ela chorava, berrava e me batia. Rick estava pronto para atirar até que ela se desvencilhou dos meus braços baixou a arma de Rick e berrou com todas as forças que ela ainda tinha. — DEIXA QUE OS MATO, ELES SÃO MEUS PAIS — novamente falou, pegou a minha arma e atirou na cabeça dos dois sem nem pestanejar. Ela se ajoelhou no chão com a arma na mão e chorava, foi quando eu a puxei para um abraço ali no chão mesmo, em silêncio mortal assim como todos do grupo estavam. Só se ouvia os soluços desoladores da minha menina, agora ela não tinha nenhum dos dois, nem pai, nem mãe, a única coisa que ainda restava era o cachorro. Os embrulhamos e enterramos no nosso cemitério improvisado, estava inconsolável ouvir o choro dela me desesperava. Então no outro dia resolvi sair com Rick a procura do zoológico, beijei e pedi para que cuidassem que ela não fizesse nada de besteira, e assim seguimos o mapa que Eugene fez e chegamos em um zoológico cercado por walkers
— Será que é daqui que saem os bichos?— Rick perguntou
— Duvido que ainda estejam vivos pela quantidade de walkers que aqui tem, vamos entrar sem ser notados que ainda não sentiram o nosso cheiro— falei pegando a besta e saindo do carro, assim logo após o Rick, peguei uma garrafa de vidro e arremessei para o lado oposto a que estávamos, e consegui deslocar um grande grupo de walkers para longe da entrada ficando apenas dois deles na frente da entrada que logo os matamos e entramos, fechamos a grade. Eu e Rick ficamos livres para explorar todo o local.
— Daryl, você está bem?— não sei por que as pessoas acham que eu estou mal, eu só estou defendendo aquilo que faz parte da minha vida.
— Estou Rick, só quero descobrir da onde vêm esses animais selvagens — falei olhando as jaulas com muitos animais que viraram esqueleto. Chegamos na parte do cobreiro, os vidros estavam quebrados e já não havia nenhuma cobra ali. Chegamos na jaula dos tigres e só havia um morto e ali dizia “Shiva e Ragnar”, ou seja, um deles fugiu ou foi resgatado.

Andamos mais um pouco e vimos que ainda havia as jaulas dos lobos e dos ursos abertas, poderia ter sido qualquer coisa que pode ter atacado os pais de , mas pela profundidade das lacerações feitas nos meus sogros provavelmente tenha sido um tigre.

— É possível que os animais tenham sido soltos e não estarem mortos a essa altura? — Rick me perguntou
— Isso se chama a lei da sobrevivência, eles devem ter escapado ou devem ter sido soltos. Os ursos polares devem ser os únicos que não devem ter sobrevivido nesse zoológico, pelo que eu vi todos os lobos, felinos e os ursos foram soltos, mas só havia um tigre morto na jaula, quem poderia ter soltado só um deles? — fiquei me perguntando foi quando eu lembrei da invasão ao Santuário, que eu tinha ouvido um rugido de tigre.
— Ótimo, podemos estar com animais selvagens predadores perto de Alexandria?—Rick falou
— Não, se houvesse, eles já teriam feito alguma coisa como essa tigresa fez, ela matou o parceiro para sobreviver— apontei para placa e Rick viu que na jaula dos tigres o tigre que estava morto estava todo arranhado, como os pais de

Saímos novamente do zoológico e no caminho de volta a Alexandria, Rick e eu viemos em silencio, só conseguia pensar no perigo eminente que estava correndo em ficar sozinha. — Rick, você pode ir mais rápido? Não estou com um bom pressentimento— falei e Rick acelerou o carro e chegamos em Alexandria. estava em um estado que nem falava, ela estava quieta e sentada olhando pro nada. falou que ela passou o dia todo assim olhando pro nada como se esperasse algo. — Ei, eu voltei, olha para mim... — falei e me abaixei para ficar na altura dos olhos dela, me olhou e seus olhos estavam vermelhos e inchados. Ela forçou um sorriso, mas eu apenas a abracei.

— Eu mesma vou caçar esse animal do caralho, vai ter vingança, Daryl — falou ainda encarando as paredes.
— Anjo, deixa que eu caço por você, sua barriga está ficando enorme. O seu foco agora é proteger a nossa pequena — falei fazendo-a olhar para mim. — Não posso perder duas pessoas que eu amo de uma vez — depois que eu falei, eu a abracei forte. — Esquece isso ok? — saí do abraço e a olhei e ela assentiu com a cabeça, mas é óbvio que ia buscar vingança, que cabeça tola a minha.

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Depois de passar uma grande parte do dia treinando , veio até nós.

— Eu nunca pensei que eu teria que vir conversar com as pessoas — falou com a mão na barriga e atrapalhando o treino. — Parem de treinar um pouco, vamos conversar — continuou.
— Sabe, acho uma boa, aí o Daryl anda tendo uns pesadelos de noite e eu não consigo dormir preocupada com ele. O sexo diminuiu e eu estou me sentindo uma bolota — falei sentando na grama, enquanto e também sentavam.
— Rick sempre beija a minha barriga e fica sentindo o bebê mexer, o Carl tá sempre perto com a Judith, a Enid aparece lá para passear com os dois às vezes, mas mesmo sozinhos, o Rick não me atiça, pelo menos o Daryl ainda faz isso com você — falou.
— Vocês tão reclamando de que? E eu que não tenho homem? — falou, eu e nos olhamos e rimos.
— Você tem o Eugene... — falei entre as risadas
— Isso não tem graça, aquele Aaron é bem bonitinho — falou olhando para o Aaron.
, ele é gay. Da fruta que você gosta, ele come até o caroço — e continuamos a rir ainda mais, ao ver que ficava que nem um tomate de vermelha.
— Homem bonito é escasso, menina, fique com um que saiba sobreviver — falou agora depois de tanto rir.
— Pois é, a gente teve sorte do Rick e do Daryl se aproximarem da gente. Sério , vai por nós. Aproveita que tu tem esse corpo para se manter viva. Olha eu, eu tô grávida de gêmeos e eu nem sei se vou sobreviver ou se um deles vai sobreviver ao parto — falei e os sorrisos diminuiriam e passaram para uma cara de preocupação com pena. — Eu vou ter feito meu trabalho no mundo, gente, vocês não precisam sentir pena. Olha o Rick vindo aí, e sobre os bebês, boca fechada — Falei e elas concordaram.
— Posso interromper o papo das meninas? Quero roubar um pouco a , posso? — Rick falou.
— Sim senhor, quem sou eu para ir contra a lei, né? — falei e Rick sorriu, colocou a embaixo do braço e foi caminhando com ela.
, sabe aquelas lições de caça e rastreamento? — perguntei.
— Sim, sim o que têm elas ? — me respondeu.
— Você vai começar a sair com o Daryl nas buscas de suprimento, armas e afins. Agora no começo eu vou junto, mas quando for mais para frente, vai você e ele — falei e ela arregalou os olhos. Chamei Daryl e ficou acertado que sairíamos duas vezes na semana para buscas de suprimento e armamentos, e que se embrenhar na floresta eu não iria, apenas os dois. Depois disso saiu e logo após veio Eugene ao seu encalço, seria cômico se não fosse trágico ver o pobre Eugene tentar uma chance com a . Chegamos em casa, Daryl estava muito pensante e não falava muito (coisa que é normal para alguém feito o Daryl), arrumamos o quarto das crianças e torço para que Daryl não tenha escutado quando falei no plural que não era uma criança. Foi quando Rosita apareceu, saímos correndo para ver o que estava acontecendo, havia dois corpos dilacerados jogados no chão, chegando mais perto reconheço logo de cara e a raiva, o desespero e a tristeza tomam conta de mim. Eu explodi, parecia que meu mundo havia caído diante dos meus olhos, vi meu pai e minha mãe, ambos mortos e dilacerados na minha frente. Eu chorava, berrava e estava perto de mais, senti Daryl me puxando e me agarrando com força e Rick apontando a arma para a cabeça deles me desvencilhei dos braços de Daryl e consegui arrancar a arma da mão do Rick e eu mesma terminar com a vida “post mortem” dos meus pais, atirei friamente na cabeça deles e caí sem forças no chão, eu estava chorando e tremendo. Nunca me senti tão desprotegida na minha vida, todos do grupo olhavam com os olhos marejados e com as faces tristes para aquela cena de uma tragédia grega. Daryl me abraçou forte e a única coisa que eu sabia fazer no momento era chorar, meus pensamentos estavam vazios. Daryl me levou para casa ficou a noite toda acordado e teve um momento que as minhas lágrimas secaram e eu fiquei olhando um ponto só atônita, sem reação. No outro dia, Daryl e Rick me deixaram com e , as duas tentavam me animar, mas sem sucesso, a única coisa que desceu pela minha garganta foi uma sopa. Carl, Enid e a Judith foram lá também, até Meggie apareceu, ficou lá comigo falando palavras de força e conforto, seu filho com o Glenn estava cada dia mais bonito. Sasha apareceu lá, falou um pouco com a e com a e perguntou como eu estava, como se eu não estivesse ouvindo, as ouvia falar “Ela está assim o dia todo, ela comeu, mas não fala nada”. Passe por um trauma feito esse para ver se você não fica assim também. Ouvi a voz do Daryl à distância e senti suas mãos, uma no meu ombro e outra na minha coxa
— Ei, eu voltei, olha para mim — Daryl falou ficando na mesma altura que eu e eu olhei. e se despediram, tentei forçar um sorriso, mas eu estava sem forças para mantê-lo, Daryl em silêncio apenas me abraçou,
— Eu mesma vou caçar esse animal do caralho, vai ter vingança, Daryl — falei depois de sair do abraço confortante de Daryl, mas ainda olhando para a parede.
— Anjo, deixa que eu caço por você, sua barriga está ficando enorme. O seu foco agora é proteger a nossa pequena —Daryl falou me fazendo olhar para ele novamente. — Não posso perder duas pessoas que eu amo de uma vez — Daryl falou novamente e me abraçou forte, foi aí que a ficha caiu... Eu era o que o Daryl se agarrou para sobreviver.— Esquece isso ok? — Daryl saiu do abraço e eu apenas concordei, mas meu plano de vingança estava apenas começando. Agora Daryl iria se munir de tudo que pudesse para não me perder, isso eu tinha certeza. Os dias passaram, eu voltei a me alimentar novamente, claro que as crianças haviam sentido aquele dia, foi um trauma e tudo que a mãe sente, os bebês também sentem. Tive que ir para o Peter ver se eles ainda estavam vivos, sim eles estavam. Só não se mexiam. Peter recomendou-me para que eu ficasse em casa agora nos meses que vão se proceder para que eu não sofresse mais nenhum stress, ou se não eu iria perdê-los.
! Sem discussão, você passou por um trauma muito grande, você TEM que ficar em casa. Até pelo menos eles nascerem, você PRECISA viver — Peter falou e me guiou até a porta.
— Ok, ficarei em casa — falei e logo que Peter abriu a porta Daryl estava me esperando
— Elas estão bem? — Daryl perguntou pro Peter
— Sim, mas prenda essa dama indomada em casa porque ela não tem mais condições de passar por outro trauma— Peter falou e meio que me guiou até o Daryl.

Saímos estávamos em silêncio durante o caminho

, você tem algo para me contar?— Daryl me perguntou, o que o Peter disse mesmo? Ah é, SEM MAIS TRAUMAS.
— Não... Por que a pergunta?— falei e ele parou e continuou em silêncio. — Que foi? Não vai mais me responder? — e Daryl continuou em silêncio. — “Parabéns” você vai ser pai de dois ao mesmo tempo, ou seja, tô grávida de gêmeos — desabafei e continuei andando sem esperar uma reação alegre ou triste dele, apenas saí andando. Logo Daryl me puxou pelo braço e me deu um beijo em silêncio, sem me deixar falar nada.
— Melhorou agora que contou a verdade? Não mente mais para mim, eu preciso tanto de você aqui comigo, não quero perder a minha confiança em você— Daryl segurou meu rosto, me abraçou e me beijou de novo. Realmente, me senti mais leve de contar isso para ele, e olha que milagre, ele não me largou. O tempo foi passando e eu apenas via a barriga crescendo e meus pés sumindo, eu sentia as mãozinhas empurrando minha barriga para frente e às vezes alguns chutes, não conseguia dormir direito, meus pés incharam. Daryl se prestava a cuidar de mim, conseguia frutas frescas, eu só o via de noite e de manhã cedinho. Eu estava me sentindo um boto que mal conseguia andar, até me ajudar a tomar banho Daryl me ajuda.

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“PUTA QUE ME PARIU, EU VOU SER PAI DE GÊMEOS E DE UMA SÓ VEZ? ERA PARA SER SÓ UMA BRINCADEIRA, PORRA. DARYL, RESPIRA, RESPIRA, RESPIRA. Tá, respirou? Agora corre atrás da mulher da sua vida e dá um beijo nela” E foi exatamente o que fiz, dei um beijo nela e a aclamei, afinal ela vai ser mãe de dois e não mais de um. Peter a mandou ficar em casa e assim ela ficaria: em casa, em segurança longe de traumas. Assim os dias foram passando, estava cada vez melhor na caça e no combate, eu via ela treinar com de longe como de costume e às vezes ela saia nas buscas junto comigo e com a . era melhor que eu, pois os instintos estavam mais alertas, ela protegia aquela barriga como quem protege uma joia preciosa, também Daryl, ela está grávida de gêmeos. E estava ficando mais lerda, pois os pés incharam. Ela começou a ficar em casa, só a via de manhã e de noite, mas ela me esperava. Quando vi os meses se passaram, ela estava com a barriga ENORME, sério mesmo, parecia que havia uns 10 lá dentro.

— Amor, como foi o dia hoje?— me perguntou tentando se levantar do sofá para me abraçar
— Sem esforço, está na parte final da gravidez, lembra que o Peter disse?— falei indo até ela e a abraçando, eu estou muito viado, eu não me reconheço mais. A levantei e fomos ao quarto, a ajudava em tudo.
Até que um dia...

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Alexandria


— Abram a porra do portão ao Rei Ezekiel — um homem mal encarado falou, Daryl, Tara, Rick, Eugene, Carl, Enid, Meggie, Carol estavam na frente do portão com armas apontadas.
— Calma, amigos, queremos negociar — o tal de Ezekiel desceu do carro com as mãos para cima.l
— Não negociamos com déspotas— Rick falou
— Não? Você tem certeza? — Ezekiel falou e uma tigresa saiu do carro já pronta para atacar.
— Eu lembro de você, quase sequestrou minha mulher, seu filho da Puta — Daryl falou já se alterando.
— Ah, meu caro, é disso mesmo que precisamos: mulheres. Claro, aptas a se reproduzir, ou já em estágio de gravidez, precisamos de soldados e pelo que eu v,i acho que vocês têm o que precisamos— Ezekiel falou e escutou-se três berros, e eles eram de , e .
— Daryl falou e saiu correndo, deixando os outros para trás, correu tanto e ao chegar viu sua amada com uma arma apontada para sua cabeça, chorava, Daryl levantou as mãos em sinal de rendição, mas não era porque ele faria isso, era porque havia surrado em meio aos prantos.
— Vamos mulher, se não eu mato o seu amadinho— um outro cara, estava se sacrificando para que seu amado não morresse. — Você vem junto! — o cara continuou, e Daryl sob a mira de uma arma ficou imóvel e viu sua amada, e sendo levadas pelo Rei Ezekiel. Foi quando Daryl caiu em prantos, mas não era pranto de desespero e sim de raiva. Daryl estava pronto para matar Ezekiel
— Olha só, um bom filho a casa retorna— Ezekiel falou ao ver com uma faca em seu pescoço. — Vocês têm o que a gente necessita, já que o ajudei a terminar com o Negan. Agora a gente precisa pegar umas coisinhas— Ezekiel falou e todos viram, , e entrarem no carro e irem, Morgan era o único que sabia onde eles iriam.
— VOCÊ VAI ME GUIAR ATÉ ELAS. EU VOU MATAR ESSE PUTO— Daryl explodiu apontando uma faca para Morgan. Rick se pôs no meio e tentou se acalmar, mas seu cérebro estava tentando não explodir como Daryl.
— Morgan, por favor em nome da nossa amizade, nos leve até lá, a e a estão a ponto de parir essas crianças—Rick falou e Morgan em silencio concordou.
— É dois dias de viagem daqui, peguem os carros mais econômicos—Morgan apenas falou isso, e todos foram se preparar para a negociação com Ezequiel. — Eu nunca imaginei que o Ezekiel fosse capaz disso— Morgan falou.
— CALA A BOCA ANTES QUE EU PULE NO SEU PESCOÇO, MINHA MULHER E MEUS FILHOS ESTÃO NAS MÃOS DESSE MANÍACO— Daryl falou exaltado ainda, seu olhos azuis ardiam em ira profunda.

Dois dias na estrada Daryl, Rick e Morgan chegaram a uma escola e foram recebidos com portões abertos ...

No Reino

— Vocês acham que seus amados irão vir salvar vocês?— Ezekiel falou jogando as três meninas numa jaula.
— Como você consegue deixar duas grávidas, uma de gêmeos, numa jaula? Seu maluco— falou.
eu tô bem, só as contrações estão me incomodando, eu só quero o Daryl— falou bem baixo, a olhou com os olhos de piedade.
— Gêmeos? Interessante... e a outra grávida apenas de um, é disso que precisamos, minha querida . De servos tão leais como a Shiva—Ezekiel falou.
— Você não era assim Ezekiel, você era bom... Era um rei bom, para todos nós— estava tentando uma volta de consciência com rei Ezekiel
— Agora eu tenho uma rainha, a Carol, ela irá cuidar bem dessas crianças. Não é meu amor?— Ezekiel esticou a mão para o escuro e Carol apareceu com um sorriso quase que demoníaco em sua face.
— Eu... Ai, sabia que era você por trás disso Carol, você sumiu de Alexandria — falou sentindo uma contração mais forte, colocando a mão na sua barriga, — Se acalmem meus amores, a gente vai sair dessa, o pai de vocês está vindo — falou olhando para sua barriga que agora estava enorme e pesada.

Carol chegou mais perto onde estava e falou. — Pobre criança, você não sabe o que é ser mãe, mas eu sei e sei também como é perder um filho para esse mundo cruel, por isso irei tomar os filhos de vocês. E eu direi a eles que a mãe deles morreu no parto, sendo que eu vou matá-las e deixar vocês vagando como duas walkers. E um dia eles vão crescer e vão atirar na cabeça de vocês, eu faço questão de que isso aconteça — Carol falou e já estava chorando com as duas mãos na barriga acariciando seu filho ou filha que talvez nunca visse. olhava Carol com a mesma fúria que Daryl tinha nos olhos apesar da dor, nunca baixou a cabeça para ninguém e não seria para Carol que iria baixar. — Explicado porque o Daryl se apaixonou por você, você e ele tem o mesmo olhar. Não se deixam levar por qualquer ameaça. Gênio forte — Carol falou e apenas tentava acalmar , enquanto de pé e com dores constantes das contrações enfrentava Carol, como se fosse uma onça pronta para dar um bote. cuspiu com todo seu nojo na cara de Carol que limpou com uma cara de deboche. Shiva fez menção de atacar e Ezekiel apenas fez um sinal para que Shiva permanecesse no seu lugar.

— Shiva, é apenas uma leoa acuada, ela só está tentando proteger a cria— Ezekiel falou e foi para o lado de Carol e a tirou de perto da jaula. — Vamos meu amor, você é preciosa de mais para estar aqui com elas. CUIDEM DAS PRISIONEIRAS — e quatro homens ficaram na sala com a jaula apenas iluminada pela luz da janela.
, se acalma, o pior já passou. Vem cá, tenta descansar. Você tá entrando em trabalho de parto — falou e na sua cabeça torcia para que Daryl e Rick aparecessem logo. Para tirar as duas dali, morreria para proteger aquelas cinco vidas. havia lhe ensinado a lutar e ser forte, não iria desperdiçar todos os ensinamentos de em vão.
, não vou conseguir ficar calma, você não sabe a dor que essas contrações estão me causando. Você não sabe o quanto eu quero voltar para os braços do Daryl. Ai que dor, vocês não podem esperar para nascer em local seguro longe dessa gente maluca? — falou se apoiando em uma das grades da jaula e ficou gemendo de dor. e a acudiram e a sentaram no chão e ficaram respirando junto com ela até se acalmar um pouco.

Enquanto isso na sala principal.

— DEVOLVE AS MENINAS, EZEKIEL, MINHA MULHER ESTÁ QUASE PARINDO —Daryl chegou aos berros com Ezekiel, e Shiva pronta para atacá-lo.
— PARA DARYL, calma, deixa que eu falo com ele— Rick falou em tom mais conciliador.
— Então vocês realmente vieram, como vocês ousam?—Ezekiel falou.

Enquanto isso dentro de uma das salas, pelo chão se vê um líquido escorrendo.

— A BOLSA DA ESTOUROU — falou.
, tu está sentindo alguma dor? — perguntou calmamente.
— EU TÔ SENTINDO QUE EU VOU MORRER, , PORFAVOR ME TIRA DAQUI, CHAMA ESSES SACRIPANTAS. MAS, POR FAVOR, NÃO DEIXA EU T,R MEUS FILHOS AQUI — falou.

Um dos guardas chegou mais perto ao ouvir o urro de dor de , e nisso se ouve um tiro e Daryl aparece metendo o pé na porta, seus olhos focam direto na e o guarda apenas levanta as mãos e dá as chaves. Daryl abriu a porta da jaula e pegou uma arma e foi dando proteção a .

— Meu amor, você consegue andar?— Daryl falou tentando inutilmente fazer com que recobrasse a consciência,

negou com a cabeça e desmaiou, Daryl a pegou e saiu correndo. A última imagem que teve, foi de Carol morta no chão Ezekiel chorando ao seu lado e Shiva gravemente ferida. No furgão Peter já os aguardava.

— Daryl, sua mulher entrou em trabalho de parto e perdeu sangue, vamos para Hilltop, fiquei sabendo que lá há mais um obstetra que poderá me ajudar— Peter falou Daryl apenas em silêncio desesperador entrou no furgão e começou a dirigir. “Rápido” dizia Peter. estava começando a ter Flashes de toda a sua vida. Se viu com seus pais, brincando em um parque, depois um pouco mais velha na escola com o seu aparelho e suas espinhas. Às vezes, voltava para o furgão, mas logo fechava os olhos e caia num profundo sono. Tudo se passava em câmera lenta para . Daryl berrava o nome de em vão, ela agarrou sua mão e disse quem sabe suas últimas palavras.
— Cuida dos nossos filhos, eu te amo Daryl Dixon— falou e foi levada a uma sala de parto, sem que Daryl pudesse entrar, seus braços estavam sujos de sangue, suas pernas tremiam e se dobraram em um chão de areia. A única coisa que pedia era que conseguisse ver os três vivos após tudo isso, ficou imóvel. Rick e os outros tiveram que o tirar dali. Daryl mantinha sua expressão de dor e sofrimento, horas e horas se passavam. E no dia 31/06 nasciam os gêmeos Dixon. Uma menina e um menino, choravam, berravam ao mundo que estavam ali. Daryl ouviu os choros com alegria e pesar no coração ao mesmo tempo, Peter apareceu no raio de visão de Daryl.
— Daryl, sua mulher e seus filhos sobreviveram ao parto, mas ela precisará ficar um tempo em off— Peter falou, Daryl esperava a pior notícia de todas. Abraçou Rick e o Peter. — Ah, antes de pegar seus filhos, lhe sugiro um banho. Eles são lindos — Peter falou e a primeira coisa que Daryl fez foi correndo tomar banho e trocar de roupa, ao ver seus filhos, ambos enrolados em toalhas brancas, seus olhos se tomaram de lágrimas.
— Meus pequenos chutadores de bunda, Beth e Joe— Daryl, falou sorrindo segurando os dois. Eles conseguiam mamar enquanto estava desmaiada tinha até reserva de leite para ambos. Daryl a visitava todos os dias contava o que passava com os dois e sorria, passou uns três dias desacordada. Daryl estava perdendo as esperanças de ver sua amada acordada de novo, e quando estava prestes a sair do quarto, Daryl ouviu seu nome sendo chamado baixo, como se num sussurro.
— Daryl? É você? — ainda com os olhos semicerrados.
— GRAÇAS A DEUS— Daryl voltou beijou a na boca e a olhou, ela sorria ainda fraca. — Como eu tive medo de perder você, eu te amo, pelo amor dos nossos filhos, nunca mais vá embora — Daryl agarrou o seu rosto e olhou nos olhos de .
— Eu também te amo, mas onde estão nossos filhos, quero vê-los — falou olhando em volta, procurando pelos bebês.
— Sasha está cuidando deles enquanto você se recupera, recupere a sua força — Daryl falou tirando o cabelo de perto do rosto de , ela apenas colocou a sua mão sob a de Daryl.
— A mais nova mamãe acordou, aleluia — Rick falou escorado na porta do quarto chegou deu um beijo na testa de que a mesma retribuiu com um sorriso. — Se seus filhos puxarem a garra de vocês dois, vou querer que a Judith se case com o Joe — Rick falou e arrancou um sorriso maior de . — Parabéns, eles são lindos. Ainda bem que puxaram a tua beleza, daqui a pouco Sasha vai trazer eles aqui para você conhecer eles — Rick falou e apenas pegou sua mão, ela não tinha muitas forças para falar, mas conseguia entender tudo o que ela queria dizer. Ela em silêncio, estava agradecendo Rick por todo apoio que tinha dado a Daryl para que não se perdesse em pensamentos ruins. Ela havia escutado tudo que Daryl a contava, enquanto estava no seu profundo sono.

Sasha chegou e sorriu ao ver que estava acordada, nos seus braços Sasha trazia Joe e Beth, Daryl foi correndo pegar um deles e Rick o outro. Sasha abraçou emocionada, apesar de não ter muito contato com a menina qualquer perda no grupo era cruel de mais para se aguentar. estava em silêncio, mas sabia que todos estavam torcendo por sua volta por cima. Ao ver seus dois filhos, lágrimas vieram ao seu rosto, ela os segurou com a ajuda de Daryl e Rick. Logo todos do grupo estavam ali para desejar melhoras, e choravam juntas com a . E assim conseguiu se recuperar e começou devagar junto com Daryl, mas cuidava de ambos os gêmeos.
um mês após teve seu filho com Rick, chamaram-no de Tyrysse , e Aaron fizeram um acordo que quando fosse necessário e ambos quisessem, iriam formar uma família. E assim todos sobreviveram, felizes para sempre...

Será?




The End.



Nota da autora: Sem nota.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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