Capítulo 1
A enorme estrutura metálica soltava alguns breves rangidos que faziam a cabeça dela doer muito mais do que já doía. Vez ou outra sacudia um pouco, causando náuseas. Ela suava frio, sentia o choro entalado em sua garganta enquanto o elevador a levava para cima rapidamente, até que o mesmo parou, fazendo assim bater suas costas na parede metálica e soltar um gemido de dor.
— Merda! — murmurou ela e tentou se levantar, ainda sentindo as costas doerem.
A porta do elevador se abriu e a claridade cegou por alguns minutos, ela botou sua mão sobre os olhos e piscou seguidas vezes, ainda sentindo a ardência, em seguida sua visão foi se adaptando à claridade e ela pode ver garotos observando-a.
— É outra garota. — disse um garoto louro e alto, entrando na caixa e analisando-a. — Preparada para subir, novata?
Ela o encarou, e ao olhar para cima outra vez, ela o viu. Era ele.
— Thomas? — ela perguntou e todos passaram a encarar o garoto que tentava entender como ela o conhecia.
— Primeiro Teresa e agora mais essa trolha? Você é rápido, hein?!— O moreno falou, rindo.
Thomas não lembrava dela. Aliás, de onde ela o conhecia?
— Vamos sair daqui primeiro e depois você fala com ele. — o garoto ao seu lado falou e juntou as mãos, fazendo uma base para ela.
olhou as mãos do garoto e em seguida pisou sobre a palma da mão dele, o garoto forçou um pouco os braços e empurrou-a para cima, onde Thomas a ajudou. Ela saiu da caixa e olhou a sua volta, vendo as paredes enormes em volta do campo. O garoto que a ajudou a subir saiu da caixa e olhou para ela como se estivesse analisando cada centímetro dela. tinha os olhos levemente arregalados, assustada com o lugar em que estava.
— Me chamo Newt. Esses são Gally, Minho, Chuck, Caçarola e Winston. Aquela ali é Teresa, Alby e o Thomas você parece já conhecer. Qual seu nome, novata?
— . — ela disse e tossiu um pouco por sua garganta estar irritada.
Isso a fez lembrar de algo, sua cabeça doía que parecia estar prestes a explodir seu crânio. caiu de joelhos com a mão sobre a cabeça e soltou um gemido, evitando gritar. Os clareanos, preocupados, cercaram-na.
— Deixem ela respirar. Pode ser o ar, talvez ela esteja se adaptando. — Minho falou.
Thomas e Teresa se aproximaram e viram a novata retorcendo os pulsos e abafando os gritos de dor.
FlashBack
estava presa num tubo, enquanto via seu amigo sendo espancado pelos agentes da WCKD. Ela gritava desesperada, tentando evitar que o machucassem, mas era em vão. sentia seu coração se comprimindo e lágrimas começaram a rolar por seus olhos.
— Soltem ele, por favor! — ela pediu em vão uma última vez, antes do agente acertar a costela de com um chute e ele cair no chão, desacordado.
gritava com todas suas forças e, com raiva, pôs-se a dar murros no tubo que parecia indestrutível. Sentiu seu corpo pedindo descanso, mas não podia deixar seu amigo no chão. Ela não podia deixar ali. Uma fumaça tomou conta do tubo, tampando sua visão e dificultando sua respiração, ela se sentiu sufocada e caiu, apagando em seguida.
Fim de FlashBack
Todos a olhavam assustados. Parecia ter cessado a dor, e se apoiou nos joelhos e ficou de pé.
— Você está bem? O que foi isso? — Caçarola perguntou.
— Eu não sei, minha mente foi tomada por uma lembrança. Está tudo confuso, que lugar é esse, Thomas? — ela respondeu e seus olhos pararam em Thomas. — Thomas? Por que está me olhando assim? — ela perguntou ao garoto.
— Você me conhece de onde? — ele perguntou e ela o encarou incrédula.
— Você não se lembra... de mim. Sou eu, Thomy. Sua irmã.
Se Thomas não estava entendendo, os clareanos menos ainda.
— Irmã? — Thomas perguntou.
— Sim, o que houve com você? — ela perguntou e Thomas decidiu continuar a conversa em outro lugar.
Os clareanos voltaram a suas atividades e ela seguiu Thomas até uma cabana improvisada de madeira, adentraram o local e Thomas quebrou o silêncio.
— Agora posso lhe contar. Desculpe-me não me lembrar de você. Assim como os outros clareanos, eu não me lembro de nada antes do Labirinto. É como se minha memória fosse apagada. — ele disse.
— Então eles realmente apagaram suas memórias. Droga!
— Eles quem? — Thomas perguntou, sentando em um tronco.
— WCKD. Não se lembra também? — perguntou e Thomas negou com a cabeça. — Está bem. WCKD é quem nos mandou para cá sem pensar duas vezes. Eles mandaram você e Teresa, eu fui a última de lá a ser mandada.
— É muita informação para um dia só, vamos por parte. Como se lembra de mim?
— Eles parecem ter apagado sua mente muito bem. Quando fomos levados dos braços de nossa mãe, eles disseram que tudo ficaria bem. Mas nunca ficou, eles nos separaram. Fizemos testes, e você quando maior passou a monitorar os clareanos, Thomy. — a garota falou baixo e Thomas se negava a acreditar no que ouviu. — Eles queriam mais tempo e passaram a fazer testes comigo, quando eu voltei para a sede do CRUEL, soube que tinham te mandado para o labirinto e que a próxima seria a Teresa. Mas eu acabei me exaltando demais lá e... eu provoquei o Sr. Jensen.
— Por que você se lembra de tudo? Eu mal lembrava meu nome quando cheguei. — Thomas perguntou e olhou nos olhos dela.
— Acho que falharam em apagar tudo, mas eu ainda não lembro de tudo exatamente. E às vezes me ataca essa dor de cabeça que sempre acontece quando uma lembrança forte retorna à minha mente.
— E você conhece Teresa também?
— Claro, como eu disse, vocês trabalhavam juntos no CRUEL. — a porta foi aberta e Minho entrou. — Ah, não sabia que estava ocupado... É que eu precisava falar com o Thomas.
— Tudo bem. Nos falamos mais tarde, Thomy. — ela se levantou e saiu.
Já estava de noite, todos estavam juntos em volta da fogueira, já havia se enturmado, estava em uma conversa animada com Chuck quando Gally sentou ao seu lado.
— Eu sinto como se já tivesse visto você antes, Fedelha. — Gally disse, torcendo o nariz.
— Eu, por outro lado, não me lembro de ver essa sua cara feia. — ela retrucou e sentiu uma pontada na cabeça.
Chuck coçou a cabeça quando ouviu o resmungo.
— Ei, trolha, você está bem? — perguntou Gally.
— Me sinto tonta. Parece que eu... — ela levantou, mas tudo a sua volta parecia rodar.
A última coisa que ouviu foi a voz de Gally chamando Thomas e Newt.
— Trolho, chame os socorristas. Sua irmãzinha está passando mal.
— Me solta! O que você quer comigo? Me solta, seu médico estúpido. — se debatia na maca.
Uma mulher loura apareceu e a encarou.
— Não quero que ela sofra, por favor. Mandem ela para lá, mas eu a quero viva. — disse ela, ríspida, e saiu.
O médico falava agora com um homem, e o mesmo parecia bravo.
— Você está aqui para fazer o que eu mando, e não o que Ava pede, então é isso que vai fazer. Apague todas as memórias dela e a jogue naquele labirinto para morrer. Ela é inútil agora. Já temos Thomas e Teresa. — o homem disse e o médico assentiu.
passou a gritar e tentar se soltar, mas uma enfermeira aplicou um líquido transparente no acesso ligado à veia de seu braço. Ela ainda se debatia.
— Ela era nossa máquina, nossa variável perfeita. — o médico disse e a enfermeira concordou com a cabeça.
— Acalme-se. Respire fundo, querida. Precisa relaxar! — disse a enfermeira, acariciando os cabelos de .
— Ela está acordando!
abriu os olhos, deparando-se com o rosto gordinho de Chuck encarando-a. Newt deu um peteleco na testa do garoto.
— ? Ei, trolha. — ela olhou para Newt, confusa.
— Ai minha cabeça, o que aconteceu?
— Você desmaiou. — Gally disse, revirando os olhos.
— Teve outra lembrança? — Thomas perguntou e ela concordou com a cabeça. — O que viu?
— É confuso. — disse a garota, sentando-se.
— Olha, acho melhor todos irem dormir. Amanhã você fará um tour pela clareira e vamos te dar uma tarefa, precisa descansar. — Newt disse e se virou para os garotos. — Chuck, mostre-a onde ela vai dormir. E vocês dois, venham comigo.
Newt não disse mais nada, apenas esperou Thomas e Gally seguirem ele.
— O que foi, trolho? — Gally resmungou.
— Ela já teve essas dores quatro vezes só hoje. Estou ficando preocupado.
— Espera, quatro? — Thomas perguntou, incrédulo.
— Sim, está com meleca de verdugo nos ouvidos, trolho? — Newt zombou de Thomas. — Na caixa vocês viram, depois ela teve outra vez na cozinha quando Caçarola mencionou o nome do Alby, quando ela foi até o banheiro com Teresa parece que ela se lembrou de algo, e agora. Está me preocupando isso! — Newt explicou.
— Será que ela está infectada? — Gally perguntou, assustado.
— Claro que não, cabeção, mas eu acho que as memórias dela não foram apagadas que nem as nossas. — Newt disse e Thomas pareceu pensar.
— Será que ela sabe o nome de quem nos mandou para cá? — Thomas perguntou e Newt deu de ombros.
— Ela pode saber como sair do labirinto. — Gally fala.
— Não viaja, trolho. — Newt revirou os olhos, impaciente.
— Falaremos com ela amanhã. — Thomas disse e se despediu, indo para a sede descansar.
havia sido acordada por Thomas bem cedo, e ele disse que fariam um tour pela clareira. pegou uma folha de menta que viu na pequena plantação e começou a mastigar. Aliás, aquilo podia ajudar a diminuir o mau hálito matinal.
— Está é a caixa. Uma vez por mês ela sobe, trazendo um calouro, como você! Esperávamos que não chegassem mais novatos. — Thomas disse e o encarou.
— Como assim? — perguntou ela, com a testa enrugada, fazendo Thomas rir.
Eles eram parecidos, ele tinha que admitir.
— É que Teresa chegou com um bilhete dizendo que ela era a última. Por isso achamos estranho sua chegada. E também tem o fato de que, depois que eu cheguei, a caixa subiu nos dois dias após a minha chegada. Trazendo vocês! — ele explicou.
— Ela devia ser a última mesmo. — disse, olhando os enormes muros.
— Como assim? — Thomas perguntou após processar o que sua irmã disse.
— Eu não devia estar aqui. Provavelmente fiz algo que não devia, e como castigo fui mandada para cá. Ao que parece, eles me jogaram aqui para morrer. — disse, engolindo seco ao se lembrar da memória da noite anterior na fogueira.
— ... Eles quem? — Thomas perguntou, segurando seu braço e tirando-a do transe.
— Hm... O que perguntou? — ela coçou a nuca.
— Você disse que eles te jogaram aqui para morrer. Eles quem? — ele perguntou novamente.
— CRUEL. — ela disse e levantou o rosto, olhando dentro dos olhos de Thomas. — O mesmo assunto de ontem, Thomy, vocês trabalhavam para eles. Mas minha vinda não faz sentido, eu só queria te encontrar, e então...
— Então o quê, ? — Thomas estava absorvendo tudo o que ouvia saindo da boca dela.
— Então eu confrontei o CRUEL, e eles me mandaram para cá. Eles não me queriam viva, por algum motivo, ele queria garantir que eu morresse aqui!
— Você não vai morrer, nada passa pelos muros. Vamos estar todos juntos! Eu vou te proteger. — ele disse, garantindo, e ela negou.
— Não, eu não preciso de proteção. Eu sei me virar, e se algo me acontecer, tem que me garantir que vai destruir eles. — ela segurou as mãos do mais velho. — Thomas, você precisa destruir o CRUEL, custe o que custar!
— Eu... Isso é loucura, . — Thomas parecia não crer muito no que ela falava.
— Você vai ver que eu estou certa. Espero que não seja tarde. — ela resmungou e Thomas franziu o cenho.
— O que disse? — ele perguntou e ela negou com a cabeça.
— Nada, talvez seja mesmo loucura. O que mais vai me mostrar? — ela desconversou.
— Ah, sim, vem comigo.
E ela foi. Tudo o que ela queria era que seu irmão confiasse nela, não precisava se lembrar dela. Mas apenas confiar no que ela alertou.
Capítulo 2
— Ela mencionou WCKD, o mesmo que vem escrito em tudo que mandam. Então tem uma equipe comandando essa caixa e mandando a gente para cá por alguma razão! — Thomas falava com convicção.
— Trolho, desde que você e essa Teresa chegaram, tudo mudou. E agora tem essa sua irmã aí, eu acho que vocês estão metidos em problemas. As coisas começaram a dar errado do nada. — Gally resmungou enquanto talhava uma madeira com sua faquinha.
— Olha, a gente não pode sair por aí falando o que não sabe, Gally. Se a garota está falando dessas coisas, ela pode saber como sair daqui. Já viram que ela não se adapta em nada e que ela conseguiu se adaptar como corredora?
— Sorte dessa fedelha. Mas ela não vai querer ficar no labirinto quando souber o que tem lá. — Gally disse e se levantou. — Eu vou dormir, trolhos. O dia foi cheio.
Um pouco afastada da instalação, estava , sentada com Chuck. O garotinho ria de algo que ela falava.
— Estou falando sério, quando eu subi, quase vomitei. Eu estava aterrorizada, aquele espaço escuro, nunca mais quero entrar em outra caixa. — ela disse e encarou Chuck.
— Eu quase plonguei nas calças quando cheguei. — ele disse.
— Chuck, não consegue lembrar nada? Tipo, nem o nome de algum parente? — ela perguntou e ele balançou a cabeça, negando.
— Eu não lembro de nada. Mas eu gostaria de poder lembrar de como minha mãe era, se ela era gordinha ou magra, como seu rosto era. — ele abaixou a cabeça. — Queria poder sair daqui e encontrá-la.
— Ei... vamos sair daqui e vamos achar seus pais! — a garota falou e Chuck levantou a cabeça, sorrindo.
— Promete? — ele estende o dedo mindinho e ela segura com o mindinho dela.
— Eu prometo.
.....
Memorando CRUEL
Data: 221.12.17, Hora: 09:57
Para: Janson
De: Braço direito
ASSUNTO: A variável perfeita
Descobri algo durante essa manhã. Após analisar cada passo vindo da garota — —, parece-me que a ordem de apagar a memória completa dela foi falha. Ou talvez haja uma explicação mais plausível para o fato de ela estar lembrando de coisas com frequência.
Não me importa o que fizeram, corrijam o erro. Se necessário, matem essa garota. Temos o que precisamos, ela é um erro, o erro mais completo que tivemos. Estou tentando a todo custo impedir que Ava veja os avanços da garota, pois ela adoraria. Mas eu não posso permitir que isso continue.
Os testes foram positivos, o único problema é que ela nos destruirá se continuar viva. Então joguem ela no labirinto, fechem as portas. Mas garantam que ela será picada ou dilacerada por um verdugo. Ela se tornou o que mais nos dá medo, a variável perfeita!
[Responder e-mail]
[Deletar e-mail]
Janson olhava a tela do computador, perplexo com a ordem de seu ajudante. Se Ava soubesse o que eles planejavam, mandaria manter a garota bem. A garota era importante para ela, assim como Thomas era. Mas ninguém precisava saber daquele e-mail.
Janson rapidamente chamou um dos operadores de comando dos verdugos e passou instruções ao homem, mandou o mesmo deletar o e-mail e saiu da sala, pensando na desculpa que daria a Ava quando a mulher soubesse que sua favorita estava morta.
.....
A manhã veio rapidamente, e Minho disse que não iria correr ainda. A garota ficou brava com a ordem, mas se dispôs a ajudar Chuck com suas tarefas.
O dia passou rápido na companhia do garotinho, ela sentia como se fosse a irmã mais velha do pequeno. Os clareanos terminaram suas tarefas, e quando ouviram os barulhos da porta, eles sabiam o que significava, sabiam que ia fechar.
Mas Minho e Thomas não haviam voltado. correu para perto da porta com Chuck em seu encalço e começou a desesperar-se por não ver seu irmão chegar. As portas começaram a mover, Thomas e Minho ainda não tinham aparecido, mas quando finalmente apareceram, as portas estavam quase fechadas. mal pensou quando suas pernas se moveram, e os braços de Newt a puxaram, mas ela se soltou. A garota correu, espremendo-se entre a porta, e jogou-se ao outro lado, Thomas e Minho sentaram no chão esgotados.
— Sua mertilla, acabou de se matar. — Minho disse, cansado. — É incrível como você e esse cabeção têm tanto em comum.
.....
Arquivo CRUEL
Transcrição #36
Observação de no labirinto.
— Está tudo pronto, senhor, o verdugo está solto e o labirinto fechado. — o operador informou Janson e o mesmo balançou a cabeça em positivo.
— Ótimo. Será sigilo. Se isso vazar daqui, é um homem morto. Agora comece o jogo. — disse o homem friamente e sentou-se na cadeira, esperando aquilo acabar.
O operador tratou de localizar o ponto exato onde estavam e mandar o verdugo para as passagens próximas.
.....
Um barulho foi ouvido e assustou de imediato.
— O que foi isso? — perguntou ela, assustada.
— Isso foi um verdugo, melhor a gente ir andando. — Minho disse.
— Por que você atravessou as portas? O que tinha na cabeça? — Thomas perguntou, nervoso.
— Eu não pensei.
— Você não podia ter feito isso, . — Thomas se levantou, bravo.
— Mas já aconteceu, já foi, Thomas.
— Gente... agora não é hora para discussão familiar, eu adoraria ouvir a discussão dos dois. — Minho se intrometeu, sendo irônico. — O labirinto está mudando, vamos logo.
Eles começaram a andar. , bem atrás dos dois, notou algo brilhando no corredor ao lado e acabou seguindo o rastro.
Minho, ao olhar para trás e não ver a garota, trincou o maxilar.
— Sua irmã problemática se perdeu. Que mertilla. — ele fechou as mãos e Thomas para de andar.
— Vamos acha-la.
— Thomas, não. Vamos andando. — Minho disse e um ruído de algo se arrastando chamou a atenção dos dois.
Uma das passagens atrás deles estava abrindo, ouviram um chiado que fazia um barulho metálico, como de facas esfregando-se umas contra as outras. Um gemido cavernoso alto soou e o vento forte no labirinto soprou.
— Aconteça o que acontecer, não pare de correr. Temos uma vantagem com eles. — Minho disse e começou a correr.
Thomas parecia paralisado, mas ao ver uma cauda pontuda e afiada, soube o que Minho estava falando. Os verdugos!
Thomas correu como nunca, acabou não achando Minho, mas decidiu continuar a correr. Atravessou um corredor a leste, seguindo caminhos ritmados em sua cabeça, quando chegou a um corredor sem saída.
O som de correntes sendo arrastadas dava a sensação de rangidos de engrenagens misturando-se ao som arrastado metálico como de correntes trabalhando num mecanismo robótico. O cheiro de coisa queimada e óleo entrou pelas narinas de Thomas e ele soube que era seu fim.
O enorme verdugo apareceu e soltou um som alto, parecia bravo. Mas, então, Thomas ouviu uma voz.
— Ei, sua coisa asquerosa e nojenta, deixa o meu irmão em paz. — disse, aparecendo no corredor de frente para o verdugo, que tampava o caminho do irmão dela. — Está esperando o quê? Vem me pegar, sua barata robótica nojenta, vem.
se mexeu e o verdugo projetou seu som estranho e em seguida passou a segui-la. Thomas precisava fazer algo, mas antes correu para fora daquele corredor sem saída. Ele ia atrás da irmã e do verdugo quando a mesma estava parada de frente para o bicho.
— Thomas, corre. — ela gritou e ele não entendeu o porquê daquela ordem. Ele ia ajudá-la. — Não, só corre. Eu estou bem atrás de você, prometo.
O verdugo soltou um som agudo e Thomas preparou para correr, sua irmã foi correndo de encontro ao bicho, e quando estava quase cara a cara com o mesmo, ela deslizou por debaixo do corpo dele. Levantou, com dificuldade, da gosma nojenta e correu, puxando Thomas.
Eles dispararam pelo labirinto, sem saber aonde daria.
Direita, esquerda, direita, direita, esquerda, escala trepadeira, pula obstáculos, corre novamente.
O verdugo não desistia, Minho gritava no fim do corredor, uma passagem começando a mexer, e Thomas corriam. chamou o verdugo para segui-la, e correram, passando na passagem e o verdugo sendo esmagado por um muro.
Eles continuaram correndo; depararam-se com mais dois verdugos. Minho os guiou até uma passagem diferente, e eles se esconderam entre pequenos vãos e rameiras, despistando os dois verdugos.
Já amanhecia, o sol começava a erguer-se, e então quando a barra pareceu limpa, saíram do buraco, tomando tempo para respirar e chegarem à porta da clareira, um verdugo apareceu, na área cinco.
— Estão ouvindo esse barulho? — Thomas perguntou, virando-se e vendo bem atrás da sua irmã um verdugo enorme. — Droga, . Corre.
A garota virou para trás e viu, projetando-se diante de seus olhos, ferrões aguçados de metal. Ela tropeçou, mas se levantou, quando começou a correr, o verdugo a derrubou com a cauda. A garota gemia de dor, mas se levantou correndo, e seguiu os meninos. Uma das passagens estava mudando e eles passaram por ela, mais outra e notaram despistar o verdugo.
suava frio, sentindo o braço doer. As portas da clareira abriram e todos olhavam, não acreditando que eles estavam vivos e inteiros. , ao pisar na clareira, sentiu o ar faltar e sua cabeça pareceu rodar.
Então ela desmaiou.
.....
FlashBack**
Transcrição dos Objetos A1, A2 e A3. Reunião 1
INÍCIO DA TRANSCRIÇÃO.
— Ei. — Thomas disse, chamando a atenção da garota.
— Oi. — ela respondeu e o olhou.
— Por que eles nos colocaram aqui? — o garoto parecia nervoso.
— Eu não sei. Acho que eles queriam que nós nos conhecêssemos e conversássemos. — Teresa disse, sem muito interesse.
— Há quanto tempo você vive aqui? — Thomas sentou mais perto dela.
— Desde que tinha cinco anos de idade.
— Então...? — Thomas gesticulou com as mãos, incentivando-a a falar.
— Vivo há quatro anos.
— Você só tem nove anos?
— Sim. Por quê? Quantos anos você tem? — ela finalmente perguntou.
— A mesma coisa. É que você parece mais velha, só isso. — ele disse.
— Logo farei dez anos. Você não esteve aqui pelo mesmo tempo que eu? Ahn... e ela? — Teresa finalmente notou a garota mais encolhida na sala e Thomas olhou para trás
— Respondendo sua primeira pergunta, sim, e está é minha irmã, . — Thomas respondeu.
— Ela é bem quieta. Por que eles nos deixam separados? Consigo ouvir outras crianças gritando e dando risada o tempo todo. E já vi o refeitório. Eles têm que alimentar centenas. — Teresa perguntou.
— Então eles também levam sua comida até o quarto? — Thomas a encarou.
— Três vezes por dia. A maioria das vezes tem gosto de privada.
— Então você sabe como é o gosto de uma privada? — Thomas perguntou, divertido.
— Não pode ser pior do que a comida que eles nos dão. — Teresa concluiu.
— É. Você está certa.
— Então deve ter alguma diferença para nós, você não acha?
— Acho. Tem que haver uma explicação para termos sido mantidos sozinhos. Mas é difícil descobrir o motivo, sendo que não sabemos nem por que estamos aqui. — Thomas fala, entrando na estaca zero e sentindo o tédio dominá-lo.
— Eu sei. Sua vida é basicamente na escola desde a hora que você acorda até a hora de dormir?
— Praticamente.
— Eles vivem me dizendo o quanto sou esperta.
— Para mim e para minha irmã também. É estranho.
— Acho que tudo isso tem algo a ver com o Fulgor. Os seus pais a pegaram antes de o CRUEL pegar você?
—Eu não quero falar sobre isso. — Thomas pareceu desconfortável.
— Por que não?
— Não quero e pronto. — ele concluiu
— Então tá. Eu também não quero.
— Desnecessário o rumo dessa conversa. — finalmente falou.
— Também acho. Mas eu quero saber mesmo por que estamos aqui? É sério, o que deveríamos estar fazendo?
— Conversando. Sendo testados. Não sei. Desculpe. É chato demais ficar perto de mim.
— Ahn? Está louca?
— Não, não estou louca. Você só não parece tão legal. E eu gosto da ideia de finalmente ter um amigo. Ou dois.
— Desculpe. Parece-me bom também.
— Então talvez passamos no teste. Talvez eles quisessem ver se nos daríamos bem.
— Tanto faz. Paramos de ficar supondo coisas há muito tempo. — diz.
— Então... amigos? — Teresa perguntou.
— Amigos. — Thomas sorriu e olhou para a irmã.
— Não confio nela. Não sou amiga sua, aliada talvez. — disse.
— Tudo bem, deem as mãos.
— Está bem. , abaixa a guarda uma vez pelo menos. — Thomas disse e ela soltou o ar pesadamente, resmungando algo inaudível, e eles uniram as mãos.
— Ei, o cérebro de vocês dói às vezes? Digo, não como uma dor de cabeça normal, mas bem dentro do crânio? — Teresa perguntou.
— O quê? Você está falando sério? Sim! A gente tem dores frequentes.
— Xiu! Quieto, alguém está vindo. Falamos sobre isso mais tarde. — E eles se afastam.
FIM DA TRANSCRIÇÃO.
Fim de FlashBack.
acordou com um pouco de dor e gemeu ao tentar se levantar. Ela sentiu flashes de um sonho estranho com Teresa e Thomas. Em seu braço havia uma faixa, alguém lhe fez um curativo, então ela se lembrou do labirinto e o verdugo.
— O que houve? — ela perguntou ao ver alguém se aproximando.
— Você foi atingida por um ferrão do verdugo, mas já foi limpo o local e eu apliquei um soro em seu braço quando você começou a delirar e parecia estar convulsionando. — Newt disse, sentando ao lado da maca.
— Obrigada. — disse, sem graça, e reparou que estava coberta apenas por um lençol. — O que aconteceu com a minha roupa?
— A sua camiseta estava bem rasgada quando chegou, então Thomas decidiu tirar para não passar sujeira para o machucado e infeccionar. Mas eu lhe trouxe esta. — Newt estendeu a camiseta de manga longa preta.
— Obrigada... pode se virar para eu me vestir? — ela perguntou e ele concordou, virando-se.
sentou com dificuldade e passou a blusa pela cabeça e enfiou os braços na manga.
— Pronto, pode se virar.
Newt virou e achou a cena fofa, a garota vestia a blusa que era bem maior que ela, as mangas deixavam apenas a ponta de seus dedos expostos.
— Talvez uma blusa de Chuck ficasse menor, até no seu tamanho. Mas está ficou boa.
— O dono não vai dar falta? — perguntou.
— Não. Não vou dar falta, pode ficar tranquila. — Newt disse, rindo, e ela o acompanhou.
não imaginava que Newt fosse tão legal, ele falava pouco com ela. Mas ela sentiu que aquilo foi o ponto para uma amizade.
— Trolho, desde que você e essa Teresa chegaram, tudo mudou. E agora tem essa sua irmã aí, eu acho que vocês estão metidos em problemas. As coisas começaram a dar errado do nada. — Gally resmungou enquanto talhava uma madeira com sua faquinha.
— Olha, a gente não pode sair por aí falando o que não sabe, Gally. Se a garota está falando dessas coisas, ela pode saber como sair daqui. Já viram que ela não se adapta em nada e que ela conseguiu se adaptar como corredora?
— Sorte dessa fedelha. Mas ela não vai querer ficar no labirinto quando souber o que tem lá. — Gally disse e se levantou. — Eu vou dormir, trolhos. O dia foi cheio.
Um pouco afastada da instalação, estava , sentada com Chuck. O garotinho ria de algo que ela falava.
— Estou falando sério, quando eu subi, quase vomitei. Eu estava aterrorizada, aquele espaço escuro, nunca mais quero entrar em outra caixa. — ela disse e encarou Chuck.
— Eu quase plonguei nas calças quando cheguei. — ele disse.
— Chuck, não consegue lembrar nada? Tipo, nem o nome de algum parente? — ela perguntou e ele balançou a cabeça, negando.
— Eu não lembro de nada. Mas eu gostaria de poder lembrar de como minha mãe era, se ela era gordinha ou magra, como seu rosto era. — ele abaixou a cabeça. — Queria poder sair daqui e encontrá-la.
— Ei... vamos sair daqui e vamos achar seus pais! — a garota falou e Chuck levantou a cabeça, sorrindo.
— Promete? — ele estende o dedo mindinho e ela segura com o mindinho dela.
— Eu prometo.
Memorando CRUEL
Data: 221.12.17, Hora: 09:57
Para: Janson
De: Braço direito
ASSUNTO: A variável perfeita
Descobri algo durante essa manhã. Após analisar cada passo vindo da garota — —, parece-me que a ordem de apagar a memória completa dela foi falha. Ou talvez haja uma explicação mais plausível para o fato de ela estar lembrando de coisas com frequência.
Não me importa o que fizeram, corrijam o erro. Se necessário, matem essa garota. Temos o que precisamos, ela é um erro, o erro mais completo que tivemos. Estou tentando a todo custo impedir que Ava veja os avanços da garota, pois ela adoraria. Mas eu não posso permitir que isso continue.
Os testes foram positivos, o único problema é que ela nos destruirá se continuar viva. Então joguem ela no labirinto, fechem as portas. Mas garantam que ela será picada ou dilacerada por um verdugo. Ela se tornou o que mais nos dá medo, a variável perfeita!
[Responder e-mail]
[Deletar e-mail]
Janson olhava a tela do computador, perplexo com a ordem de seu ajudante. Se Ava soubesse o que eles planejavam, mandaria manter a garota bem. A garota era importante para ela, assim como Thomas era. Mas ninguém precisava saber daquele e-mail.
Janson rapidamente chamou um dos operadores de comando dos verdugos e passou instruções ao homem, mandou o mesmo deletar o e-mail e saiu da sala, pensando na desculpa que daria a Ava quando a mulher soubesse que sua favorita estava morta.
A manhã veio rapidamente, e Minho disse que não iria correr ainda. A garota ficou brava com a ordem, mas se dispôs a ajudar Chuck com suas tarefas.
O dia passou rápido na companhia do garotinho, ela sentia como se fosse a irmã mais velha do pequeno. Os clareanos terminaram suas tarefas, e quando ouviram os barulhos da porta, eles sabiam o que significava, sabiam que ia fechar.
Mas Minho e Thomas não haviam voltado. correu para perto da porta com Chuck em seu encalço e começou a desesperar-se por não ver seu irmão chegar. As portas começaram a mover, Thomas e Minho ainda não tinham aparecido, mas quando finalmente apareceram, as portas estavam quase fechadas. mal pensou quando suas pernas se moveram, e os braços de Newt a puxaram, mas ela se soltou. A garota correu, espremendo-se entre a porta, e jogou-se ao outro lado, Thomas e Minho sentaram no chão esgotados.
— Sua mertilla, acabou de se matar. — Minho disse, cansado. — É incrível como você e esse cabeção têm tanto em comum.
Arquivo CRUEL
Transcrição #36
Observação de no labirinto.
— Está tudo pronto, senhor, o verdugo está solto e o labirinto fechado. — o operador informou Janson e o mesmo balançou a cabeça em positivo.
— Ótimo. Será sigilo. Se isso vazar daqui, é um homem morto. Agora comece o jogo. — disse o homem friamente e sentou-se na cadeira, esperando aquilo acabar.
O operador tratou de localizar o ponto exato onde estavam e mandar o verdugo para as passagens próximas.
Um barulho foi ouvido e assustou de imediato.
— O que foi isso? — perguntou ela, assustada.
— Isso foi um verdugo, melhor a gente ir andando. — Minho disse.
— Por que você atravessou as portas? O que tinha na cabeça? — Thomas perguntou, nervoso.
— Eu não pensei.
— Você não podia ter feito isso, . — Thomas se levantou, bravo.
— Mas já aconteceu, já foi, Thomas.
— Gente... agora não é hora para discussão familiar, eu adoraria ouvir a discussão dos dois. — Minho se intrometeu, sendo irônico. — O labirinto está mudando, vamos logo.
Eles começaram a andar. , bem atrás dos dois, notou algo brilhando no corredor ao lado e acabou seguindo o rastro.
Minho, ao olhar para trás e não ver a garota, trincou o maxilar.
— Sua irmã problemática se perdeu. Que mertilla. — ele fechou as mãos e Thomas para de andar.
— Vamos acha-la.
— Thomas, não. Vamos andando. — Minho disse e um ruído de algo se arrastando chamou a atenção dos dois.
Uma das passagens atrás deles estava abrindo, ouviram um chiado que fazia um barulho metálico, como de facas esfregando-se umas contra as outras. Um gemido cavernoso alto soou e o vento forte no labirinto soprou.
— Aconteça o que acontecer, não pare de correr. Temos uma vantagem com eles. — Minho disse e começou a correr.
Thomas parecia paralisado, mas ao ver uma cauda pontuda e afiada, soube o que Minho estava falando. Os verdugos!
Thomas correu como nunca, acabou não achando Minho, mas decidiu continuar a correr. Atravessou um corredor a leste, seguindo caminhos ritmados em sua cabeça, quando chegou a um corredor sem saída.
O som de correntes sendo arrastadas dava a sensação de rangidos de engrenagens misturando-se ao som arrastado metálico como de correntes trabalhando num mecanismo robótico. O cheiro de coisa queimada e óleo entrou pelas narinas de Thomas e ele soube que era seu fim.
O enorme verdugo apareceu e soltou um som alto, parecia bravo. Mas, então, Thomas ouviu uma voz.
— Ei, sua coisa asquerosa e nojenta, deixa o meu irmão em paz. — disse, aparecendo no corredor de frente para o verdugo, que tampava o caminho do irmão dela. — Está esperando o quê? Vem me pegar, sua barata robótica nojenta, vem.
se mexeu e o verdugo projetou seu som estranho e em seguida passou a segui-la. Thomas precisava fazer algo, mas antes correu para fora daquele corredor sem saída. Ele ia atrás da irmã e do verdugo quando a mesma estava parada de frente para o bicho.
— Thomas, corre. — ela gritou e ele não entendeu o porquê daquela ordem. Ele ia ajudá-la. — Não, só corre. Eu estou bem atrás de você, prometo.
O verdugo soltou um som agudo e Thomas preparou para correr, sua irmã foi correndo de encontro ao bicho, e quando estava quase cara a cara com o mesmo, ela deslizou por debaixo do corpo dele. Levantou, com dificuldade, da gosma nojenta e correu, puxando Thomas.
Eles dispararam pelo labirinto, sem saber aonde daria.
Direita, esquerda, direita, direita, esquerda, escala trepadeira, pula obstáculos, corre novamente.
O verdugo não desistia, Minho gritava no fim do corredor, uma passagem começando a mexer, e Thomas corriam. chamou o verdugo para segui-la, e correram, passando na passagem e o verdugo sendo esmagado por um muro.
Eles continuaram correndo; depararam-se com mais dois verdugos. Minho os guiou até uma passagem diferente, e eles se esconderam entre pequenos vãos e rameiras, despistando os dois verdugos.
Já amanhecia, o sol começava a erguer-se, e então quando a barra pareceu limpa, saíram do buraco, tomando tempo para respirar e chegarem à porta da clareira, um verdugo apareceu, na área cinco.
— Estão ouvindo esse barulho? — Thomas perguntou, virando-se e vendo bem atrás da sua irmã um verdugo enorme. — Droga, . Corre.
A garota virou para trás e viu, projetando-se diante de seus olhos, ferrões aguçados de metal. Ela tropeçou, mas se levantou, quando começou a correr, o verdugo a derrubou com a cauda. A garota gemia de dor, mas se levantou correndo, e seguiu os meninos. Uma das passagens estava mudando e eles passaram por ela, mais outra e notaram despistar o verdugo.
suava frio, sentindo o braço doer. As portas da clareira abriram e todos olhavam, não acreditando que eles estavam vivos e inteiros. , ao pisar na clareira, sentiu o ar faltar e sua cabeça pareceu rodar.
Então ela desmaiou.
FlashBack**
Transcrição dos Objetos A1, A2 e A3. Reunião 1
INÍCIO DA TRANSCRIÇÃO.
— Ei. — Thomas disse, chamando a atenção da garota.
— Oi. — ela respondeu e o olhou.
— Por que eles nos colocaram aqui? — o garoto parecia nervoso.
— Eu não sei. Acho que eles queriam que nós nos conhecêssemos e conversássemos. — Teresa disse, sem muito interesse.
— Há quanto tempo você vive aqui? — Thomas sentou mais perto dela.
— Desde que tinha cinco anos de idade.
— Então...? — Thomas gesticulou com as mãos, incentivando-a a falar.
— Vivo há quatro anos.
— Você só tem nove anos?
— Sim. Por quê? Quantos anos você tem? — ela finalmente perguntou.
— A mesma coisa. É que você parece mais velha, só isso. — ele disse.
— Logo farei dez anos. Você não esteve aqui pelo mesmo tempo que eu? Ahn... e ela? — Teresa finalmente notou a garota mais encolhida na sala e Thomas olhou para trás
— Respondendo sua primeira pergunta, sim, e está é minha irmã, . — Thomas respondeu.
— Ela é bem quieta. Por que eles nos deixam separados? Consigo ouvir outras crianças gritando e dando risada o tempo todo. E já vi o refeitório. Eles têm que alimentar centenas. — Teresa perguntou.
— Então eles também levam sua comida até o quarto? — Thomas a encarou.
— Três vezes por dia. A maioria das vezes tem gosto de privada.
— Então você sabe como é o gosto de uma privada? — Thomas perguntou, divertido.
— Não pode ser pior do que a comida que eles nos dão. — Teresa concluiu.
— É. Você está certa.
— Então deve ter alguma diferença para nós, você não acha?
— Acho. Tem que haver uma explicação para termos sido mantidos sozinhos. Mas é difícil descobrir o motivo, sendo que não sabemos nem por que estamos aqui. — Thomas fala, entrando na estaca zero e sentindo o tédio dominá-lo.
— Eu sei. Sua vida é basicamente na escola desde a hora que você acorda até a hora de dormir?
— Praticamente.
— Eles vivem me dizendo o quanto sou esperta.
— Para mim e para minha irmã também. É estranho.
— Acho que tudo isso tem algo a ver com o Fulgor. Os seus pais a pegaram antes de o CRUEL pegar você?
—Eu não quero falar sobre isso. — Thomas pareceu desconfortável.
— Por que não?
— Não quero e pronto. — ele concluiu
— Então tá. Eu também não quero.
— Desnecessário o rumo dessa conversa. — finalmente falou.
— Também acho. Mas eu quero saber mesmo por que estamos aqui? É sério, o que deveríamos estar fazendo?
— Conversando. Sendo testados. Não sei. Desculpe. É chato demais ficar perto de mim.
— Ahn? Está louca?
— Não, não estou louca. Você só não parece tão legal. E eu gosto da ideia de finalmente ter um amigo. Ou dois.
— Desculpe. Parece-me bom também.
— Então talvez passamos no teste. Talvez eles quisessem ver se nos daríamos bem.
— Tanto faz. Paramos de ficar supondo coisas há muito tempo. — diz.
— Então... amigos? — Teresa perguntou.
— Amigos. — Thomas sorriu e olhou para a irmã.
— Não confio nela. Não sou amiga sua, aliada talvez. — disse.
— Tudo bem, deem as mãos.
— Está bem. , abaixa a guarda uma vez pelo menos. — Thomas disse e ela soltou o ar pesadamente, resmungando algo inaudível, e eles uniram as mãos.
— Ei, o cérebro de vocês dói às vezes? Digo, não como uma dor de cabeça normal, mas bem dentro do crânio? — Teresa perguntou.
— O quê? Você está falando sério? Sim! A gente tem dores frequentes.
— Xiu! Quieto, alguém está vindo. Falamos sobre isso mais tarde. — E eles se afastam.
FIM DA TRANSCRIÇÃO.
Fim de FlashBack.
acordou com um pouco de dor e gemeu ao tentar se levantar. Ela sentiu flashes de um sonho estranho com Teresa e Thomas. Em seu braço havia uma faixa, alguém lhe fez um curativo, então ela se lembrou do labirinto e o verdugo.
— O que houve? — ela perguntou ao ver alguém se aproximando.
— Você foi atingida por um ferrão do verdugo, mas já foi limpo o local e eu apliquei um soro em seu braço quando você começou a delirar e parecia estar convulsionando. — Newt disse, sentando ao lado da maca.
— Obrigada. — disse, sem graça, e reparou que estava coberta apenas por um lençol. — O que aconteceu com a minha roupa?
— A sua camiseta estava bem rasgada quando chegou, então Thomas decidiu tirar para não passar sujeira para o machucado e infeccionar. Mas eu lhe trouxe esta. — Newt estendeu a camiseta de manga longa preta.
— Obrigada... pode se virar para eu me vestir? — ela perguntou e ele concordou, virando-se.
sentou com dificuldade e passou a blusa pela cabeça e enfiou os braços na manga.
— Pronto, pode se virar.
Newt virou e achou a cena fofa, a garota vestia a blusa que era bem maior que ela, as mangas deixavam apenas a ponta de seus dedos expostos.
— Talvez uma blusa de Chuck ficasse menor, até no seu tamanho. Mas está ficou boa.
— O dono não vai dar falta? — perguntou.
— Não. Não vou dar falta, pode ficar tranquila. — Newt disse, rindo, e ela o acompanhou.
não imaginava que Newt fosse tão legal, ele falava pouco com ela. Mas ela sentiu que aquilo foi o ponto para uma amizade.
Capítulo 3
estava ajudando Newt a cortar a madeira. O garoto havia dito para ela descansar, mas ela era teimosa demais para obedecer.
— Acho que depois dessa experiência, talvez você se torne uma corredora. Minho nunca falou tão bem de alguém como ele disse de você e de seu irmão. — Newt disse empunhando o facão no tronco.
— Eu não sei não, acho que a maioria aqui me declararia suicida. Já que eu quase me matei quando aquilo se fechou. — disse apontando para as portas.
— Você tem o mesmo gene do seu irmão, a personalidade também. — Newt disse e a encarou. — Quando ele chegou aqui, foi mais curioso do que você. Ele deu bastante trabalho, a garota também. Mas você, logo de cara tentou se matar. — ele concluiu e sentou botando a mão na cabeça. — Você está bem, Trolha?
— Sim... é só minha cabeça. — ela resmunga
— Precisa descansar. — Newt adverte e ela nega.
— Eu tô bem, é só.... — ela sente a dor mais forte e solta um gemido.
Newt se prontifica e para ao lado dela, puxa os próprios cabelos em agonia, sentindo sua cabeça latejar a ponto de explodir e as memórias invadem.
(...)
— Espero que ela esteja pronta para mais testes. — diz Ava
— Nós não podemos garantir, mas acreditamos que ela esteja pronta sim.
O cientista diz e abre a porta da cela da garota que está sentada sobre a cama.
— Oi .
— Doutora Paige, está tudo bem?
A garota tinha inteligência, ninguém poderia a enganar. Mas Ava tentou.
— Está sim, querida. Nós apenas precisamos realizar um novo exame.
— Mais exames?
— É para o seu bem, vamos?— Ava estende a mão e segura a acompanhando para fora da sala.
Seguem pela sede até o local de exames, e aguarda para os testes. O cientista coloca sobre sua cabeça alguns plugues capazes de acessar sua memória e injetam em seu pequeno braço um líquido verde. A garota sente pontadas pequenas, mas suportáveis e em seguida entra em uma espécie de transe.
— Vai ficar tudo bem querida. — A voz feminina repetia em sua mente como um mantra.
A garota sente seu corpo cada vez mais mole. O cientista pede para a ajudante ajustar o medidor de batimento cardíacos.
— Vamos dar a primeira carga. — ele diz pegando o suporte para choque.
Assim que ativado, o rapaz passa uma pá sobre a outra e pressiona no peito da jovem que sente a dor forte.
— Controle-se. Você consegue.
Uma voz dizia em sua mente. se vê em uma sala, parecia um dos quartos de teste do cruel.
— Oi? Tem alguém aí?
Ela levanta e sai do quarto. Olha a sua volta vendo rastros de sangue e corpos. Ela caminha assustada e vê alguém que ela reconhece, a garota se aproxima do corpo que estava entrando em agonia.
— Minho? — ela pergunta
O garoto tosse cospindo sangue.
— Atrás...
— O quê? Fala mais alto, Minho, por favor.
— Atrás de... — ele tosse de novo — Atrás de você.
se vira e dá de cara com um verdugo. Ele urra soltando seu hálito nojento sobre ela e ela sente o sangue ferver, une todas suas forças e grita. Diante dos seus olhos, a cauda afiada do verdugo se ergue e a ponta afiada espeta o peito de .
Ela cai ao lado de Minho, o sangue em seu peito começa a jorrar.
— Me perdoa
Ela sussura para Minho e fecha os olhos.
Outro flash invade sua cabeça e ela se vê numa sala, ela ainda era nova. Do outro lado, no chão um garoto de aparência familiar. Ele encara ela e ela curiosa ergue o olhar para ele.
— Você está bem? Parece assustada. — ele diz a analisando.
estava mesmo assustada.
— Estou bem. Que lugar é esse? — ela pergunta
— É a sala de testes. Estamos sendo observados. — Newt diz e ela vê as câmeras no alto da sala.
— Me chamo e você?
— Newt. — ele diz sorrindo para ela.
(...)
As semanas passaram e Newt se dava cada vez melhor com . Eles eram observados, os cientistas avaliavam suas atividades cerebrais, o que era curioso já que Newt parecia desenvolver-se melhor quando estava com ela. A garota tinha uma atividade mais poderosa, sob um dos testes de choque, ela gritou tão alto que fritou dois monitores da sede de teste.
Newt vinha agindo estranho, cada vez com mais medo. O agente botou na sala com ele para juntos desenvolverem um último teste psicológico. Naquele dia tudo estava estranho, Newt abraçou assim que ela sentou-se ao seu lado.
— Newt? O que foi? — ela perguntou
— Acho que sou o próximo. — ele disse baixo apenas para ela ouvir. — Eles vão me levar, .
— Não, não pode ser. Não, Newt, por que eles fariam isso? — ela pergunta o abraçando firme.
— Eu cheguei ao estágio final de teste. Sou o próximo, eu não quero te deixar. Não quero — ele diz e as lágrimas rolam
começa a fungar contra o abraço de Newt. Ela segura o rosto dele em mãos e olha nos olhos dele.
— Vamos nos reencontrar. Não se esqueça de mim, meu amor. — ela disse e Newt acabou com a distância entre eles.
Ele uniu seus lábios ao dela, um breve beijo urgente, mas cheio de significados. A garota deixou as lágrimas rolarem e Newt se afastou e admirou o rosto dela.
— Eu te amo, nunca vou me esquecer de você. Eu prometo. — entrelaçou as mãos dele nas dela.
Newt naquela noite foi preparado para os procedimentos e na manhã seguinte notou algo errado quando colocaram ela junto de um garoto novo.
(...)
— Ai... — ela resmunga se erguendo com a ajuda de Chuck.
— Você está bem? — Newt pergunta
— Newt. — ela o olha perplexa e ele não entende muito bem o que está acontecendo.
— O que foi? Por que está me olhando assim?— ele pergunta.
gostaria de dizer o que viu, mas lembrou de que ele tinha tido a mente apagada assim como ela.
— Acho que tinha razão. Preciso descansar. — ela disse tentando levantar.
Newt se prontificou a ajudar ela a ir para a construção onde eles dormiam.
— Você precisa de alguma coisa?— ele perguntou e ela negou com a cabeça.
Ele se virou prestes a sair e ela o chamou.
— Newt...
— O quê?— ele a olhou
— Você não se lembra de nada de antes do labirinto? Nada mesmo?
— Que pergunta é essa? — ele riu. — Acho que bateu a cabeça. Mas enfim, como Thomas disse a você. Ninguém se lembra de nada de antes do labirinto. Eu menos ainda. Por quê?
— Nada. Obrigada por me ajudar. — ela diz e se deita virando de costas para ele.
Newt a olhou uma última vez.
— Descanse, novata. — ele diz saindo da instalação e solta o ar que prendia desabando em lágrimas.
Por que aquilo estava acontecendo? O que fizeram com cada um deles afinal?
— Acho que depois dessa experiência, talvez você se torne uma corredora. Minho nunca falou tão bem de alguém como ele disse de você e de seu irmão. — Newt disse empunhando o facão no tronco.
— Eu não sei não, acho que a maioria aqui me declararia suicida. Já que eu quase me matei quando aquilo se fechou. — disse apontando para as portas.
— Você tem o mesmo gene do seu irmão, a personalidade também. — Newt disse e a encarou. — Quando ele chegou aqui, foi mais curioso do que você. Ele deu bastante trabalho, a garota também. Mas você, logo de cara tentou se matar. — ele concluiu e sentou botando a mão na cabeça. — Você está bem, Trolha?
— Sim... é só minha cabeça. — ela resmunga
— Precisa descansar. — Newt adverte e ela nega.
— Eu tô bem, é só.... — ela sente a dor mais forte e solta um gemido.
Newt se prontifica e para ao lado dela, puxa os próprios cabelos em agonia, sentindo sua cabeça latejar a ponto de explodir e as memórias invadem.
— Espero que ela esteja pronta para mais testes. — diz Ava
— Nós não podemos garantir, mas acreditamos que ela esteja pronta sim.
O cientista diz e abre a porta da cela da garota que está sentada sobre a cama.
— Oi .
— Doutora Paige, está tudo bem?
A garota tinha inteligência, ninguém poderia a enganar. Mas Ava tentou.
— Está sim, querida. Nós apenas precisamos realizar um novo exame.
— Mais exames?
— É para o seu bem, vamos?— Ava estende a mão e segura a acompanhando para fora da sala.
Seguem pela sede até o local de exames, e aguarda para os testes. O cientista coloca sobre sua cabeça alguns plugues capazes de acessar sua memória e injetam em seu pequeno braço um líquido verde. A garota sente pontadas pequenas, mas suportáveis e em seguida entra em uma espécie de transe.
— Vai ficar tudo bem querida. — A voz feminina repetia em sua mente como um mantra.
A garota sente seu corpo cada vez mais mole. O cientista pede para a ajudante ajustar o medidor de batimento cardíacos.
— Vamos dar a primeira carga. — ele diz pegando o suporte para choque.
Assim que ativado, o rapaz passa uma pá sobre a outra e pressiona no peito da jovem que sente a dor forte.
— Controle-se. Você consegue.
Uma voz dizia em sua mente. se vê em uma sala, parecia um dos quartos de teste do cruel.
— Oi? Tem alguém aí?
Ela levanta e sai do quarto. Olha a sua volta vendo rastros de sangue e corpos. Ela caminha assustada e vê alguém que ela reconhece, a garota se aproxima do corpo que estava entrando em agonia.
— Minho? — ela pergunta
O garoto tosse cospindo sangue.
— Atrás...
— O quê? Fala mais alto, Minho, por favor.
— Atrás de... — ele tosse de novo — Atrás de você.
se vira e dá de cara com um verdugo. Ele urra soltando seu hálito nojento sobre ela e ela sente o sangue ferver, une todas suas forças e grita. Diante dos seus olhos, a cauda afiada do verdugo se ergue e a ponta afiada espeta o peito de .
Ela cai ao lado de Minho, o sangue em seu peito começa a jorrar.
— Me perdoa
Ela sussura para Minho e fecha os olhos.
Outro flash invade sua cabeça e ela se vê numa sala, ela ainda era nova. Do outro lado, no chão um garoto de aparência familiar. Ele encara ela e ela curiosa ergue o olhar para ele.
— Você está bem? Parece assustada. — ele diz a analisando.
estava mesmo assustada.
— Estou bem. Que lugar é esse? — ela pergunta
— É a sala de testes. Estamos sendo observados. — Newt diz e ela vê as câmeras no alto da sala.
— Me chamo e você?
— Newt. — ele diz sorrindo para ela.
As semanas passaram e Newt se dava cada vez melhor com . Eles eram observados, os cientistas avaliavam suas atividades cerebrais, o que era curioso já que Newt parecia desenvolver-se melhor quando estava com ela. A garota tinha uma atividade mais poderosa, sob um dos testes de choque, ela gritou tão alto que fritou dois monitores da sede de teste.
Newt vinha agindo estranho, cada vez com mais medo. O agente botou na sala com ele para juntos desenvolverem um último teste psicológico. Naquele dia tudo estava estranho, Newt abraçou assim que ela sentou-se ao seu lado.
— Newt? O que foi? — ela perguntou
— Acho que sou o próximo. — ele disse baixo apenas para ela ouvir. — Eles vão me levar, .
— Não, não pode ser. Não, Newt, por que eles fariam isso? — ela pergunta o abraçando firme.
— Eu cheguei ao estágio final de teste. Sou o próximo, eu não quero te deixar. Não quero — ele diz e as lágrimas rolam
começa a fungar contra o abraço de Newt. Ela segura o rosto dele em mãos e olha nos olhos dele.
— Vamos nos reencontrar. Não se esqueça de mim, meu amor. — ela disse e Newt acabou com a distância entre eles.
Ele uniu seus lábios ao dela, um breve beijo urgente, mas cheio de significados. A garota deixou as lágrimas rolarem e Newt se afastou e admirou o rosto dela.
— Eu te amo, nunca vou me esquecer de você. Eu prometo. — entrelaçou as mãos dele nas dela.
Newt naquela noite foi preparado para os procedimentos e na manhã seguinte notou algo errado quando colocaram ela junto de um garoto novo.
— Ai... — ela resmunga se erguendo com a ajuda de Chuck.
— Você está bem? — Newt pergunta
— Newt. — ela o olha perplexa e ele não entende muito bem o que está acontecendo.
— O que foi? Por que está me olhando assim?— ele pergunta.
gostaria de dizer o que viu, mas lembrou de que ele tinha tido a mente apagada assim como ela.
— Acho que tinha razão. Preciso descansar. — ela disse tentando levantar.
Newt se prontificou a ajudar ela a ir para a construção onde eles dormiam.
— Você precisa de alguma coisa?— ele perguntou e ela negou com a cabeça.
Ele se virou prestes a sair e ela o chamou.
— Newt...
— O quê?— ele a olhou
— Você não se lembra de nada de antes do labirinto? Nada mesmo?
— Que pergunta é essa? — ele riu. — Acho que bateu a cabeça. Mas enfim, como Thomas disse a você. Ninguém se lembra de nada de antes do labirinto. Eu menos ainda. Por quê?
— Nada. Obrigada por me ajudar. — ela diz e se deita virando de costas para ele.
Newt a olhou uma última vez.
— Descanse, novata. — ele diz saindo da instalação e solta o ar que prendia desabando em lágrimas.
Por que aquilo estava acontecendo? O que fizeram com cada um deles afinal?
Capítulo 4
acordou com barulhos vindos do lado de fora. Ela se levantou e viu seu irmão vindo com Minho, Caçarola e Winston. Newt e Gally esperavam eles na entrada da sede, Thomas olhou para a irmã e apontou com a cabeça para a entrada da sede. Ela se juntou a ele e a Minho.
Gally olhou feio para Thomas e fechou a porta após eles entrarem. Já estava para anoitecer, logo as portas fechariam e o escuro engoliria o céu da clareira.
— Encontramos isso, tava dentro do verdugo. — Thomas estende o tubo mecânico e Newt pega analisando.
— São as mesmas letras que tem nos suprimentos. — Newt diz passando a mão sobre a etiqueta amarelada.
— Você tinha razão, estamos aqui para morrer. Quem nos colocou aqui, também criou os verdugos. E essa é a primeira pista, a primeira informação em três anos. Não é, Minho? — Thomas olha para Minho que assente.
— Exato. — Minho diz.
— WCKD, então são eles mesmo. Eu disse à vocês. — diz e Newt a olha.
— Newt, nós vamos voltar lá. Quem sabe pra onde isso nos leva. — Thomas diz determinado.
— Viu o que ele está tentando fazer, né? Primeiro ele quebra as nossas regras, depois tenta nos convencer a abandoná-las de vez. As regras são a única coisa que nos mantém juntos. Por que começar a questionar isso? Se Alby estivesse aqui, ele concordaria comigo. Esse trolho merece ser punido. — Gally diz revoltado.
— Tem razão. Thomas quebrou as regras, uma noite no amansador e sem comida. — Newt declara e Gally o olha incrédulo.
— Ah, qual é, Newt? Uma noite no amansador? Acha que isso vai impedí-lo de entrar no labirinto? — Gally diz quase sem paciência.
— Não, nos corredores não podem entrar no labirinto sempre que tiverem vontade. Então vamos oficializar, a partir de amanhã será um corredor. — Newt diz e devolve a eles o tubo.
— Nossa. — Gally diz e sai furioso.
— Gally. — Caçarola corre atrás do mesmo.
— Obrigado. — Thomas diz e Newt apenas balança a cabeça.
— Venham comigo, preciso mostrar uma coisa pra vocês. — Minho diz para você e para Thomas.
Os dois saem da sede e você olha para Newt.
— Podemos conversar depois? — Você pergunta e ele concorda.
— Te vejo depois. — ele diz e você assente e sai da sede. Segue Thomas e Minho, que já estavam prestes a entrar na floresta.
Você puxa a manga da blusa que Newt te arrumou, cobrindo os braços por conta dos insetos que estão no caminho. Para não ser picada. Passam por um lago e chegam a uma tenda criada de madeira.
— Aonde estamos indo? — Thomas pergunta.
— Já irão ver. — ele diz e abre a porta.
Entram no espaço juntos e ele puxa um pano mostrando uma espécie de maquete do labirinto.
— É o labirinto, completo. — ele diz e se apoia na estrutura que segura a réplica.
— Completo? Eu pensei que ainda estivessem mapeando. — Thomas diz analisando.
parecia encantada com aquilo. Olhava minuciosamente cada pedaço do labirinto.
— Não tem mais nada para mapear. Eu corri cada centímetro dele, cada ciclo, cada disposição. Se tivesse uma saída, já teríamos encontrado. — Minho diz.
— Sem saída? Sério? — finalmente fala olhando para eles.
— Por que não contaram isso para ninguém? — Thomas pergunta
— Foi decisão do Alby, as pessoas precisam acreditar que tem uma chance de sair. Mas talvez agora, tenhamos uma real. Dá uma olhada nisso, há cerca de um ano começamos a explorar essas áreas externas, encontramos esses números gravados nos muros. Áreas 1 à 8. — Minho aponta para pedras com números — O jeito que funciona toda noite quando o labirinto muda, abre uma nova área. Então hoje a área 6 estava aberta, amanhã vai ser a 4, depois a 8, depois a 3. O padrão é sempre o mesmo. — Minho diz
— O que tem de especial na 7? — Thomas perguntou encarando o tubo metálico.
— Não sei, mas ontem à noite quando enfrentamos o verdugo. A área 7 estava aberta. Eu acho que ele deve ter vindo de lá, amanhã eu e você vamos dar uma olhada mais de perto.
Minho diz determinado.
— Eu vou com vocês. — diz e Thomas nega
— Não, você foi picada. Não vai entrar lá. — Thomas diz
— Eu não quero saber se fui picada. Não tenho medo de ser novamente, se for pra encontrar a saída, eu dou meu sangue nesse labirinto. Eu não quero ficar aqui mais nenhum minuto. — diz firme.
— , eu não vou deixar. — Thomas fica frente a frente com a irmã
— Eu não pedi sua autorização, Thomas. Eu disse que eu vou, tem noção das dores que ando sentindo. Cada memória, se torna insuportável pra mim ficar aqui parada sem fazer nada. Apenas recebendo memória atrás de memória. Eu vou, eu quero ajudar. — ela diz e olha pra Minho.
— Tudo bem, novata. Você vai com a gente.
(...)
Newt estava sentado perto do campo onde enterravam os corpos, a sudoeste na clareira. Ele olhava para o chão, se aproximou dele e sentou ao seu lado. Prendeu o cabelo e Newt a olhou.
— Queria falar comigo? — ele perguntou
— Sim. Você... — suspira e olha para baixo. — Eu vi você.
— Como? — Newt para de mexer no punhal que ele afundava na terra e a encara.
— Mais cedo quando eu senti dores na cabeça. Tive outra lembrança, parece confuso ainda. Mas eu te vi Newt, quando era mais novo. Nós ficávamos numa mesma sala. — ela diz e toma coragem de o olhar nos olhos. — Eu não queria que isso estivesse acontecendo de forma tão complicada. Não consigo distinguir se realmente é uma lembrança, mas eu vi você. Era evidente, nós éramos amigos. Eles faziam um tipo de teste conosco até que… — ela abaixa a cabeça de novo e respira fundo sentindo os olhos lacrimejarem.
— Até que o quê?— Newt se vira para ela e analisa melhor o perfil da garota. Ele percebe que está chorando e ergue seu rosto. — Olha pra mim, por favor.
— Até que eles te levaram. Eles tiraram você de mim, tiraram suas memórias comigo. Te jogaram aqui, eles… — ela funga e cobre o rosto.
Newt olha pra cima e puxa para um abraço.
— Eu tô aqui agora. — ele diz
— É diferente, não se lembra de mim. Não se lembra da promessa, nem dos momentos que tivemos. — ela limpa as lágrimas.
— Você pode me ajudar a lembrar, certo?— ele desfaz o abraço e a olha sorrindo.
— Não é tão fácil. Você poderia não acreditar e… — ela é interrompida.
— Eu te fiz uma promessa, apagaram minhas memórias. Mas se você se lembra, eu posso lembrar e a promessa começar a valer. Me diga o que eu prometi?
— Você me encontrou na sala de testes que sempre íamos e disse que tudo estava mudando. Você disse que sentia que sua hora tava chegando. E no dia seguinte, eu estava na mesma sala. Mas você não estava lá, quem estava lá era um outro garoto. A gente tinha algo muito além de uma amizade, nós tinhamos sentimentos importantes. Você me protegia e dizia que tudo ficaria bem. E quando você se foi, não me restou nada. Meu porto seguro havia sumido. E eu sabia que eles me apagariam das suas memórias. — ela disse e segurou delicadamente as mãos de Newt.
— Nós tínhamos sentimentos? — ele pergunta parecendo ter prestado atenção somente naquilo.— Você parece estar escondendo algo.
— Não estou. — ela desviou o olhar, mas Newt ainda a analisava.
— Tá bom então. — ele ia se levantar quando ela puxou o mesmo que ficou cara a cara com ela. Os olhos de Newt brilhavam como de uma criança que havia encontrado um doce. sentiu seu corpo entrar em curto circuito e seu olhar direcionou para a boca dele.
— Eu acho que escondi uma pequena coisa. — ela diz quase num sussurro.
— O quê?— Newt olha para a boca da garota.
— A última vez que nos vimos, na minha lembrança. A última coisa que me restou de você foi um beijo. É como se eu sentisse ainda seus lábios nos meus. — fecha os olhos sentindo novamente a sensação.
Newt não sabia o que estava acontecendo, mas sentia como se a garota puxasse ele, igual um imã sendo atraído. Ele se aproximou sentindo a respiração dela em seu rosto quando Chuck chamou por ele.
Newt beijou a testa de e saiu.
(...)
Thomas caminhava ao lado de Gally que carregava uma tocha acessa. Iluminando o caminho até o amansador já que a noite havia coberto o céu da clareira.
— Aí, qual o seu problema comigo?— Thomas pergunta.
— Tudo começou a dar errado no momento em que você apareceu. Primeiro o Ben, depois o Alby, a garota e sua irmã. Todo mundo viu que ela reconheceu você. Eu aposto que você sabe quem ela é. — Gally diz parando em frente o amansador.
— A ? — Thomas pergunta confuso.
— Não, a Teresa trolho. — ele abre a porta do amansador e Thomas entra.
— Gally, você sabe que não podemos ficar aqui para sempre, né? — Thomas pergunta, Gally termina de amarrar a porta e sai sem responder.
Um barulho é ouvido minutos depois.
— Quem está aí? — Thomas pergunta.
— O Batman talvez. — fala e Chuck ri baixo.
— Somos nós. — Chuck diz e senta no chão junto da irmã de Thomas.
— Foi mal, gente. — Thomas disse
— Não tem por que se desculpar. — diz e brinca com a grama no chão
— Toma, vai comer melhor de barriga cheia. — Chuck entrega a Thomas um lanche e a garrafa de água.
— Obrigado, Chuck. — ele começa a comer. E percebe Chuck segurar algo.— O que é isso aí? — Chuck mostra mais perto para Thomas. — Caramba, ficou muito bonito. É para quê?
— É para os meus pais. — Chuck diz e olha para ele.
— Lembra dos seus pais? — Thomas pergunta
— Não, ou melhor, eu sei que devo ter pais e onde quer que estejam devem sentir a minha falta, mas eu não sinto porque não lembro deles. O que vamos descobrir lá amanhã?— Chuck pergunta tentando não pensar muito nos pais.
— Eu não sei, mas se tiver uma forma de sair, Chuck, eu, Minho e a vamos descobrir. — Thomas responde e concorda
— Toma. — Chuck entrega a Thomas o boneco.
— Chuck, por que está dando isso pra mim?— Thomas pergunta.
— Não me lembro deles mesmo, mas talvez se vocês conseguirem sair, podem dar a eles por mim. — Chuck diz e segura sua mão acariciando. — Vamos deixar você dormir.
— Te vejo amanhã. — fala para o irmão
Eles se levantam e caminham.
— Aí, Chuck. Vem cá, me dá a sua mão. — Chuck estende a mão e Thomas entrega o boneco. — Eu quero que você entregue para eles. Nós vamos sair daqui, todos nós, tá? Eu prometo.
— Tá. — Chuck diz e se levanta
observa sorrindo.
— Tá legal. — Thomas diz
— Boa noite. — Chuck fala
— Boa noite amigo.
(...)
A manhã chega e Minho acorda e juntos eles vão soltar Thomas do amansador.
— Grande dia fedelho, tem certeza que não quer deixar para lá? — Minho pergunta
— Qual é cara, me tira daqui. — Thomas pede
— Tá legal. — Minho ajuda a abrir o amansador e tiram Thomas de lá.
Após pegarem tudo o que precisam, caminham em direção a porta. vê Newt a olhando na instalação que os clareanos dormem. As portas começam a se abrir e ela olha para frente.
— Vamos. — Minho fala para eles e começa a correr com em seu encalço.
Thomas vem logo atrás correndo.
— Por aqui, não é muito longe do ciclo interno. Anda. — eles continuam correndo no mesmo ritmo.
Passam pelas áreas sem problemas e chegam na sete. Muros enormes com engrenagens a mostra. São o início da área.
— Que estranho. — Minho diz
— O quê? — Thomas pergunta
— A sete só devia abrir daqui uma semana. — Minho responde.
Eles caminham até umas grandes portas enferrujadas.
— Que lugar é esse?— Thomas pergunta diante das portas enormes
— Chamamos de lâminas — responde Minho enquanto caminham por entre as tais lâminas
Pedaços de panos são vistos por Minho que pega na mão analisando.
— É do Ben, não é? — Thomas pergunta
— É, um verdugo deve ter arrastado ele até aqui.
Um barulho é ouvido e encara a mochila de Minho. Thomas a puxa e retira o tubo que eles pegaram do verdugo
— Ei. — Minho fala
Thomas encara o tubo que gera barulhos estranhos iguais os do verdugo. Ele anda para trás e o barulho diminui, ao andar para frente o barulho aumenta.
— Acho que tá mostrando o caminho — Thomas responde. — Espera aí.
— O quê?— Pergunta Minho e Thomas muda a direção conforme o barulho aumenta.
— É por aqui. Venham.
Eles seguem até uma passarela, nota que estão andando sobre um abismo.
— Você ja tinha visto esse lugar?— Thomas pergunta olhando a volta
— Não. — Minho responde.
— As iniciais, WCKD. Olhem. — aponta para a parede enorme onde as iniciais estão escritas em branco apenas confirmando o que falaram antes.
Quem criou o labirinto, colocou eles lá. O barulho intensifica quando chegam ao fim da passarela e se deparam com um muro.
— Ah, outro caminho sem saída.— Minho bate na parede sem paciência.
Uma espécie de clique é ouvida e o tubo onde tinha a luz vermelha e o sete na mesma cor. Passam para verde. Os muros se erguem e eles se entreolham.
— Tem certeza disso?— Pergunta Minho.
— Não. — Thomas fala e eles caminham para um túnel.
Eles se aproximam do mesmo e Minho passa os dedos pela entrada notando uma meleca gosmenta.
— Verdugos — Minho diz após ver a meleca.
Um laser escaneia o túnel e eles se assustam.
— O que foi isso?— Thomas pergunta e o barulho das portas descendo aumentam.
— Essa não. Vamos sair daqui. — grita e eles correm. Minho pede o tubo para Thomas que joga para ele.
Eles começam a correr. As lâminas passam a fechar uma a uma, Minho atravessa a lâmina depois de . Eles gritam para Thomas passar pela lâmina e ele se joga num pequeno vão.
— Não olhem para trás. Corram. — Minho grita.
O chão começa a erguer e uma enorme estrutura de metal cai. tropeça nas pedras caindo, mas levanta e corre. Ambos atravessam a passagem rastejando e caem do outro lado exaustos. A passagem fecha e Thomas solta um grito.
— O que foi isso? — Minho pergunta
— A área tava aberta porque o verdugo não retornou. Quando ele retorna o labirinto muda pra que outras áreas sejam abertas. — diz após tanto tempo quieta. Ela havia analisado todas as informações que recebeu até o momento.
E eles correm de volta para a clareira.
— O que que tá acontecendo lá? — Newt pergunta ainda ouvindo o ranger do labirinto.
— O que você fez agora, Thomas? — Gally pergunta
— Encontramos uma passagem, achamos que pode ser uma saída. — Thomas fala caminhando para a sede.
— Sério? — Newt pergunta
— É verdade. — Minho toma fôlego e fala.— Abrimos uma porta, uma coisa que nunca tínhamos visto antes. Acho que pode ser onde os verdugos ficam durante o dia.
— Espera aí, acharam a casa dos verdugos e querem... que entremos lá? — Chuck pergunta assustado.
— Eles podem ser nossa saída. — Thomas responde
— É... ou pode haver dezenas de verdugos do outro lado. A verdade é que o Thomas não sabe o que fez como sempre. — Gally diz iniciando seu discurso de sempre contra Thomas.
— É, mas pelo menos eu fiz alguma coisa.— Thomas se vira encarando ele. — Gally, me fala o que fez hein? Além de se esconder atrás desses muros o tempo todo. — ele diz revoltado
— Deixa eu te falar uma coisa fedelho. Você tá aqui há três dias, não é? E eu tô aqui há três anos. — Gally fala apontando os dedos com raiva.
— É, você tá aqui há três anos e continua aqui, Gally. E o que isso diz? Talvez devesse começar a fazer as coisas um pouco diferente. — Thomas responde
— É, talvez devesse ficar no comando, Thomas. — Gally resmunga — O que acha hein? De ficar no comando?
— Ei, chega, tá legal? Vocês estão aí brigando enquanto a gente já tem noção de como sair daqui. Precisam parar de se assustar facilmente, a gente tá preso aqui.— responde entrando entre Gally e Thomas.— Não sabemos até quando a comida vai durar e não podemos ficar parados, a caixa não vai mais subir. Chega de discutir por isso tá legal, Alby disse que nós não iríamos sair daqui, mas a verdade é que vamos sim. É possível, tá legal? Parem de brigar, chega, Gally. Nossa hora chegou, a gente vai morrer aqui se não se arriscar.— diz.
No fundo os clareanos discutiam perto das portas.
— Ei, o que foi?— Tereza pergunta
— Vamos gente, atenção.— Winston dizia entregando as lanças aos clareanos.
— Winston, o que está acontecendo?— Thomas perguntou.
— São as portas, não estão fechando.— Winston diz
— Mas que diabos... — reclama e segue os meninos para a entrada da porta.
Um estrondo horrível vem e todos abafam os ouvidos. Barulho de engrenagens se arrastando são ouvidas nas laterais também e eles vêem as outras portas se abrirem uma a uma.
— Chuck, eu quero que vá até a sede e faça uma barricada nas portas.— Thomas diz.
— Winston, vai com ele.— Newt diz.
— Chamem os outros. Vão para o bosque e se escondam agora.— Gally ordena para os clareanos.
A clareira vira um caos. Em todos os lados, eles correm.
— Minho tem que pegar todas as armas que encontrar, me espera na sede.— Thomas diz
— Venham. — Minho chama os outros e Newt, Caçarola e seguem ele.
— Teresa, você e eu pegamos o Alby tá? Vem. — ele diz.
Os clareanos começam a correr de algo vindo das portas laterais e eles vêem os verdugos entrando na clareira e pegando um a um.
— Todo mundo se esconde.— Thomas grita.— Teresa, vem.
Ele puxa ela e juntos correm para o campo.
— Fiquem abaixados. —Thomas fala baixo.
Uma calda afiada do verdugo puxa um dos clareanos. Os demais gritam o nome do garoto, Thomas ajuda os outros a correrem para a sede.
Gally e os corredores entram na caixa quando um dos outros clareanos aparecem.
— Gally, me deixa entrar. — ele pede e quando Gally tá levantando a tampa, o verdugo pega o garoto.
Os verdugos atacavam todos os lados com ódio. A cada parte, era um ou dois verdugos atacando os pequenos grupos dispersados pela clareira.
Um pouco no centro da clareira, Thomas e os outros tentavam carregar Alby para a sede. Teresa lança um líquido em um dos verdugos que pega fogo e juntos correm para a sede. No caminho, outro verdugo repara a presença do grupo e vai de encontro a eles. O verdugo cerca eles. Ele urra e então , que se aproximava do grupo lembrou do sonho que ela não sabia distinguir da realidade, ela para na frente do verdugo com a lança em mãos e grita. Ele parece ficar atordoado e ela aproveita o momento, corre de encontro ao verdugo cravando a lança e atravessando a cabeça do animal.
Thomas e os outros correm.
— vamos. — Newt chama correndo com os outros para a sede. Ela tira a lança do animal .
— Tô bem atrás de vocês. Corram. — ela grita de volta. Outro verdugo se aproxima.
Eles entram na sede e fecham a porta. Thomas manda todos fazerem silêncio, tudo acontece muito rápido. A cauda do animal fura o teto da sede, ele puxa uma das sustentações e abre um buraco, onde puxa Chuck. Todos tentam pegar o garoto, Thomas e os demais puxam a mão de Chuck, crava a lança na cabeça do verdugo mais forte dessa vez e Alby ataca o verdugo com raiva arrancando uma de suas pernas. A seringa do verdugo cai no chão e Chuck pega. O verdugo volta com raiva e leva Alby.
Thomas e os meninos tentam segurar a mão dele, mas Alby apenas diz:
— Tira eles daqui. — e é arrastado pelo animal.
Thomas corre para fora enquanto Minho e os demais gritam por ele, ao sair da sede eles vêem a clareira destruída em chamas. Gally se aproxima com raiva e da um soco no Thomas.
— Ei Gally para. — Caçarola segura o amigo junto com Minho. Teresa ajuda Thomas a se levantar.
— Você destruiu tudo Thomas. Olha a sua volta.— Gally dizia com raiva.—Ele é um deles foi o que o Alby disse, mandaram ele aqui para destruir tudo.
— Um deles quem Gally? — Caçarola pergunta
— Olhe em volta Thomas. Olha em volta, isso tudo é culpa sua. — Gally dizia com ódio tentando atacar Thomas.
Thomas pega a seringa da mão de Chuck.
— Talvez tenham razão. — Thomas fala
— Thomas?— Tereza o chama.
— Preciso me lembrar Teresa. — Thomas diz decidido e enfia a seringa na perna.
— Thomas? Thomas? — Teresa se aproxima.
— Merda, cadê o soro?— pergunta e alguém corre para buscar.
segura Thomas desacordado e os clareanos tentam ajudar.
A cabeça de Thomas começa a entrar em pane com tanta informação.
"Thomas eu estou aqui" a voz de Teresa se faz presente na lembrança
Thomas vê um corredor com luzes e uma porta com luzes acima em vermelho e verde que se encontra acesa.
As lembranças se misturam e uma mulher toda de branco aparece andando num corredor e monitorando pessoas.
Thomas vê Teresa e ele, diante de monitores. Observando pessoas.
"Quem nos trouxe aqui?" Thomas perguntava
"Isso não sabemos" Alby disse
"Teresa, por que estamos fazendo isso?" Thomas perguntava.
"Excelente Thomas. Venha comigo" a mulher disse ao seu lado.
Thomas via médicos o avaliando enquanto ele usava uma máscara presa ao rosto e estava em cima de uma maca.
"Thomas não me deixa aqui sozinha" dizia chorando
"Você prometeu não se juntar a eles Thomas. " parecia falar. Fom mágoa na voz.
"Eles prometeram que vão cuidar bem de você. Tudo vai ficar bem , eles me disseram que eu tenho trabalhado bem. " Thomas dizia
"Você precisa ajudar eles. Thomas, não pode fazer isso com eles. Você tirou tudo de mim, tirou o Newt de mim. Eu te odeio." gritava
"Thomas CRUEL é bom." A mulher dizia novamente.
"Como pode ser minha culpa?" Thomas perguntava.
"Você fez isso. Eu vi você " Alby disse
As imagens de Alby, Gally, Minho e em tubos de água gritando
Nervosos, pareciam em agonia.
"Eu odeio você Thomas " dizia
Thomas acorda assustado.
Gally olhou feio para Thomas e fechou a porta após eles entrarem. Já estava para anoitecer, logo as portas fechariam e o escuro engoliria o céu da clareira.
— Encontramos isso, tava dentro do verdugo. — Thomas estende o tubo mecânico e Newt pega analisando.
— São as mesmas letras que tem nos suprimentos. — Newt diz passando a mão sobre a etiqueta amarelada.
— Você tinha razão, estamos aqui para morrer. Quem nos colocou aqui, também criou os verdugos. E essa é a primeira pista, a primeira informação em três anos. Não é, Minho? — Thomas olha para Minho que assente.
— Exato. — Minho diz.
— WCKD, então são eles mesmo. Eu disse à vocês. — diz e Newt a olha.
— Newt, nós vamos voltar lá. Quem sabe pra onde isso nos leva. — Thomas diz determinado.
— Viu o que ele está tentando fazer, né? Primeiro ele quebra as nossas regras, depois tenta nos convencer a abandoná-las de vez. As regras são a única coisa que nos mantém juntos. Por que começar a questionar isso? Se Alby estivesse aqui, ele concordaria comigo. Esse trolho merece ser punido. — Gally diz revoltado.
— Tem razão. Thomas quebrou as regras, uma noite no amansador e sem comida. — Newt declara e Gally o olha incrédulo.
— Ah, qual é, Newt? Uma noite no amansador? Acha que isso vai impedí-lo de entrar no labirinto? — Gally diz quase sem paciência.
— Não, nos corredores não podem entrar no labirinto sempre que tiverem vontade. Então vamos oficializar, a partir de amanhã será um corredor. — Newt diz e devolve a eles o tubo.
— Nossa. — Gally diz e sai furioso.
— Gally. — Caçarola corre atrás do mesmo.
— Obrigado. — Thomas diz e Newt apenas balança a cabeça.
— Venham comigo, preciso mostrar uma coisa pra vocês. — Minho diz para você e para Thomas.
Os dois saem da sede e você olha para Newt.
— Podemos conversar depois? — Você pergunta e ele concorda.
— Te vejo depois. — ele diz e você assente e sai da sede. Segue Thomas e Minho, que já estavam prestes a entrar na floresta.
Você puxa a manga da blusa que Newt te arrumou, cobrindo os braços por conta dos insetos que estão no caminho. Para não ser picada. Passam por um lago e chegam a uma tenda criada de madeira.
— Aonde estamos indo? — Thomas pergunta.
— Já irão ver. — ele diz e abre a porta.
Entram no espaço juntos e ele puxa um pano mostrando uma espécie de maquete do labirinto.
— É o labirinto, completo. — ele diz e se apoia na estrutura que segura a réplica.
— Completo? Eu pensei que ainda estivessem mapeando. — Thomas diz analisando.
parecia encantada com aquilo. Olhava minuciosamente cada pedaço do labirinto.
— Não tem mais nada para mapear. Eu corri cada centímetro dele, cada ciclo, cada disposição. Se tivesse uma saída, já teríamos encontrado. — Minho diz.
— Sem saída? Sério? — finalmente fala olhando para eles.
— Por que não contaram isso para ninguém? — Thomas pergunta
— Foi decisão do Alby, as pessoas precisam acreditar que tem uma chance de sair. Mas talvez agora, tenhamos uma real. Dá uma olhada nisso, há cerca de um ano começamos a explorar essas áreas externas, encontramos esses números gravados nos muros. Áreas 1 à 8. — Minho aponta para pedras com números — O jeito que funciona toda noite quando o labirinto muda, abre uma nova área. Então hoje a área 6 estava aberta, amanhã vai ser a 4, depois a 8, depois a 3. O padrão é sempre o mesmo. — Minho diz
— O que tem de especial na 7? — Thomas perguntou encarando o tubo metálico.
— Não sei, mas ontem à noite quando enfrentamos o verdugo. A área 7 estava aberta. Eu acho que ele deve ter vindo de lá, amanhã eu e você vamos dar uma olhada mais de perto.
Minho diz determinado.
— Eu vou com vocês. — diz e Thomas nega
— Não, você foi picada. Não vai entrar lá. — Thomas diz
— Eu não quero saber se fui picada. Não tenho medo de ser novamente, se for pra encontrar a saída, eu dou meu sangue nesse labirinto. Eu não quero ficar aqui mais nenhum minuto. — diz firme.
— , eu não vou deixar. — Thomas fica frente a frente com a irmã
— Eu não pedi sua autorização, Thomas. Eu disse que eu vou, tem noção das dores que ando sentindo. Cada memória, se torna insuportável pra mim ficar aqui parada sem fazer nada. Apenas recebendo memória atrás de memória. Eu vou, eu quero ajudar. — ela diz e olha pra Minho.
— Tudo bem, novata. Você vai com a gente.
Newt estava sentado perto do campo onde enterravam os corpos, a sudoeste na clareira. Ele olhava para o chão, se aproximou dele e sentou ao seu lado. Prendeu o cabelo e Newt a olhou.
— Queria falar comigo? — ele perguntou
— Sim. Você... — suspira e olha para baixo. — Eu vi você.
— Como? — Newt para de mexer no punhal que ele afundava na terra e a encara.
— Mais cedo quando eu senti dores na cabeça. Tive outra lembrança, parece confuso ainda. Mas eu te vi Newt, quando era mais novo. Nós ficávamos numa mesma sala. — ela diz e toma coragem de o olhar nos olhos. — Eu não queria que isso estivesse acontecendo de forma tão complicada. Não consigo distinguir se realmente é uma lembrança, mas eu vi você. Era evidente, nós éramos amigos. Eles faziam um tipo de teste conosco até que… — ela abaixa a cabeça de novo e respira fundo sentindo os olhos lacrimejarem.
— Até que o quê?— Newt se vira para ela e analisa melhor o perfil da garota. Ele percebe que está chorando e ergue seu rosto. — Olha pra mim, por favor.
— Até que eles te levaram. Eles tiraram você de mim, tiraram suas memórias comigo. Te jogaram aqui, eles… — ela funga e cobre o rosto.
Newt olha pra cima e puxa para um abraço.
— Eu tô aqui agora. — ele diz
— É diferente, não se lembra de mim. Não se lembra da promessa, nem dos momentos que tivemos. — ela limpa as lágrimas.
— Você pode me ajudar a lembrar, certo?— ele desfaz o abraço e a olha sorrindo.
— Não é tão fácil. Você poderia não acreditar e… — ela é interrompida.
— Eu te fiz uma promessa, apagaram minhas memórias. Mas se você se lembra, eu posso lembrar e a promessa começar a valer. Me diga o que eu prometi?
— Você me encontrou na sala de testes que sempre íamos e disse que tudo estava mudando. Você disse que sentia que sua hora tava chegando. E no dia seguinte, eu estava na mesma sala. Mas você não estava lá, quem estava lá era um outro garoto. A gente tinha algo muito além de uma amizade, nós tinhamos sentimentos importantes. Você me protegia e dizia que tudo ficaria bem. E quando você se foi, não me restou nada. Meu porto seguro havia sumido. E eu sabia que eles me apagariam das suas memórias. — ela disse e segurou delicadamente as mãos de Newt.
— Nós tínhamos sentimentos? — ele pergunta parecendo ter prestado atenção somente naquilo.— Você parece estar escondendo algo.
— Não estou. — ela desviou o olhar, mas Newt ainda a analisava.
— Tá bom então. — ele ia se levantar quando ela puxou o mesmo que ficou cara a cara com ela. Os olhos de Newt brilhavam como de uma criança que havia encontrado um doce. sentiu seu corpo entrar em curto circuito e seu olhar direcionou para a boca dele.
— Eu acho que escondi uma pequena coisa. — ela diz quase num sussurro.
— O quê?— Newt olha para a boca da garota.
— A última vez que nos vimos, na minha lembrança. A última coisa que me restou de você foi um beijo. É como se eu sentisse ainda seus lábios nos meus. — fecha os olhos sentindo novamente a sensação.
Newt não sabia o que estava acontecendo, mas sentia como se a garota puxasse ele, igual um imã sendo atraído. Ele se aproximou sentindo a respiração dela em seu rosto quando Chuck chamou por ele.
Newt beijou a testa de e saiu.
Thomas caminhava ao lado de Gally que carregava uma tocha acessa. Iluminando o caminho até o amansador já que a noite havia coberto o céu da clareira.
— Aí, qual o seu problema comigo?— Thomas pergunta.
— Tudo começou a dar errado no momento em que você apareceu. Primeiro o Ben, depois o Alby, a garota e sua irmã. Todo mundo viu que ela reconheceu você. Eu aposto que você sabe quem ela é. — Gally diz parando em frente o amansador.
— A ? — Thomas pergunta confuso.
— Não, a Teresa trolho. — ele abre a porta do amansador e Thomas entra.
— Gally, você sabe que não podemos ficar aqui para sempre, né? — Thomas pergunta, Gally termina de amarrar a porta e sai sem responder.
Um barulho é ouvido minutos depois.
— Quem está aí? — Thomas pergunta.
— O Batman talvez. — fala e Chuck ri baixo.
— Somos nós. — Chuck diz e senta no chão junto da irmã de Thomas.
— Foi mal, gente. — Thomas disse
— Não tem por que se desculpar. — diz e brinca com a grama no chão
— Toma, vai comer melhor de barriga cheia. — Chuck entrega a Thomas um lanche e a garrafa de água.
— Obrigado, Chuck. — ele começa a comer. E percebe Chuck segurar algo.— O que é isso aí? — Chuck mostra mais perto para Thomas. — Caramba, ficou muito bonito. É para quê?
— É para os meus pais. — Chuck diz e olha para ele.
— Lembra dos seus pais? — Thomas pergunta
— Não, ou melhor, eu sei que devo ter pais e onde quer que estejam devem sentir a minha falta, mas eu não sinto porque não lembro deles. O que vamos descobrir lá amanhã?— Chuck pergunta tentando não pensar muito nos pais.
— Eu não sei, mas se tiver uma forma de sair, Chuck, eu, Minho e a vamos descobrir. — Thomas responde e concorda
— Toma. — Chuck entrega a Thomas o boneco.
— Chuck, por que está dando isso pra mim?— Thomas pergunta.
— Não me lembro deles mesmo, mas talvez se vocês conseguirem sair, podem dar a eles por mim. — Chuck diz e segura sua mão acariciando. — Vamos deixar você dormir.
— Te vejo amanhã. — fala para o irmão
Eles se levantam e caminham.
— Aí, Chuck. Vem cá, me dá a sua mão. — Chuck estende a mão e Thomas entrega o boneco. — Eu quero que você entregue para eles. Nós vamos sair daqui, todos nós, tá? Eu prometo.
— Tá. — Chuck diz e se levanta
observa sorrindo.
— Tá legal. — Thomas diz
— Boa noite. — Chuck fala
— Boa noite amigo.
A manhã chega e Minho acorda e juntos eles vão soltar Thomas do amansador.
— Grande dia fedelho, tem certeza que não quer deixar para lá? — Minho pergunta
— Qual é cara, me tira daqui. — Thomas pede
— Tá legal. — Minho ajuda a abrir o amansador e tiram Thomas de lá.
Após pegarem tudo o que precisam, caminham em direção a porta. vê Newt a olhando na instalação que os clareanos dormem. As portas começam a se abrir e ela olha para frente.
— Vamos. — Minho fala para eles e começa a correr com em seu encalço.
Thomas vem logo atrás correndo.
— Por aqui, não é muito longe do ciclo interno. Anda. — eles continuam correndo no mesmo ritmo.
Passam pelas áreas sem problemas e chegam na sete. Muros enormes com engrenagens a mostra. São o início da área.
— Que estranho. — Minho diz
— O quê? — Thomas pergunta
— A sete só devia abrir daqui uma semana. — Minho responde.
Eles caminham até umas grandes portas enferrujadas.
— Que lugar é esse?— Thomas pergunta diante das portas enormes
— Chamamos de lâminas — responde Minho enquanto caminham por entre as tais lâminas
Pedaços de panos são vistos por Minho que pega na mão analisando.
— É do Ben, não é? — Thomas pergunta
— É, um verdugo deve ter arrastado ele até aqui.
Um barulho é ouvido e encara a mochila de Minho. Thomas a puxa e retira o tubo que eles pegaram do verdugo
— Ei. — Minho fala
Thomas encara o tubo que gera barulhos estranhos iguais os do verdugo. Ele anda para trás e o barulho diminui, ao andar para frente o barulho aumenta.
— Acho que tá mostrando o caminho — Thomas responde. — Espera aí.
— O quê?— Pergunta Minho e Thomas muda a direção conforme o barulho aumenta.
— É por aqui. Venham.
Eles seguem até uma passarela, nota que estão andando sobre um abismo.
— Você ja tinha visto esse lugar?— Thomas pergunta olhando a volta
— Não. — Minho responde.
— As iniciais, WCKD. Olhem. — aponta para a parede enorme onde as iniciais estão escritas em branco apenas confirmando o que falaram antes.
Quem criou o labirinto, colocou eles lá. O barulho intensifica quando chegam ao fim da passarela e se deparam com um muro.
— Ah, outro caminho sem saída.— Minho bate na parede sem paciência.
Uma espécie de clique é ouvida e o tubo onde tinha a luz vermelha e o sete na mesma cor. Passam para verde. Os muros se erguem e eles se entreolham.
— Tem certeza disso?— Pergunta Minho.
— Não. — Thomas fala e eles caminham para um túnel.
Eles se aproximam do mesmo e Minho passa os dedos pela entrada notando uma meleca gosmenta.
— Verdugos — Minho diz após ver a meleca.
Um laser escaneia o túnel e eles se assustam.
— O que foi isso?— Thomas pergunta e o barulho das portas descendo aumentam.
— Essa não. Vamos sair daqui. — grita e eles correm. Minho pede o tubo para Thomas que joga para ele.
Eles começam a correr. As lâminas passam a fechar uma a uma, Minho atravessa a lâmina depois de . Eles gritam para Thomas passar pela lâmina e ele se joga num pequeno vão.
— Não olhem para trás. Corram. — Minho grita.
O chão começa a erguer e uma enorme estrutura de metal cai. tropeça nas pedras caindo, mas levanta e corre. Ambos atravessam a passagem rastejando e caem do outro lado exaustos. A passagem fecha e Thomas solta um grito.
— O que foi isso? — Minho pergunta
— A área tava aberta porque o verdugo não retornou. Quando ele retorna o labirinto muda pra que outras áreas sejam abertas. — diz após tanto tempo quieta. Ela havia analisado todas as informações que recebeu até o momento.
E eles correm de volta para a clareira.
— O que que tá acontecendo lá? — Newt pergunta ainda ouvindo o ranger do labirinto.
— O que você fez agora, Thomas? — Gally pergunta
— Encontramos uma passagem, achamos que pode ser uma saída. — Thomas fala caminhando para a sede.
— Sério? — Newt pergunta
— É verdade. — Minho toma fôlego e fala.— Abrimos uma porta, uma coisa que nunca tínhamos visto antes. Acho que pode ser onde os verdugos ficam durante o dia.
— Espera aí, acharam a casa dos verdugos e querem... que entremos lá? — Chuck pergunta assustado.
— Eles podem ser nossa saída. — Thomas responde
— É... ou pode haver dezenas de verdugos do outro lado. A verdade é que o Thomas não sabe o que fez como sempre. — Gally diz iniciando seu discurso de sempre contra Thomas.
— É, mas pelo menos eu fiz alguma coisa.— Thomas se vira encarando ele. — Gally, me fala o que fez hein? Além de se esconder atrás desses muros o tempo todo. — ele diz revoltado
— Deixa eu te falar uma coisa fedelho. Você tá aqui há três dias, não é? E eu tô aqui há três anos. — Gally fala apontando os dedos com raiva.
— É, você tá aqui há três anos e continua aqui, Gally. E o que isso diz? Talvez devesse começar a fazer as coisas um pouco diferente. — Thomas responde
— É, talvez devesse ficar no comando, Thomas. — Gally resmunga — O que acha hein? De ficar no comando?
— Ei, chega, tá legal? Vocês estão aí brigando enquanto a gente já tem noção de como sair daqui. Precisam parar de se assustar facilmente, a gente tá preso aqui.— responde entrando entre Gally e Thomas.— Não sabemos até quando a comida vai durar e não podemos ficar parados, a caixa não vai mais subir. Chega de discutir por isso tá legal, Alby disse que nós não iríamos sair daqui, mas a verdade é que vamos sim. É possível, tá legal? Parem de brigar, chega, Gally. Nossa hora chegou, a gente vai morrer aqui se não se arriscar.— diz.
No fundo os clareanos discutiam perto das portas.
— Ei, o que foi?— Tereza pergunta
— Vamos gente, atenção.— Winston dizia entregando as lanças aos clareanos.
— Winston, o que está acontecendo?— Thomas perguntou.
— São as portas, não estão fechando.— Winston diz
— Mas que diabos... — reclama e segue os meninos para a entrada da porta.
Um estrondo horrível vem e todos abafam os ouvidos. Barulho de engrenagens se arrastando são ouvidas nas laterais também e eles vêem as outras portas se abrirem uma a uma.
— Chuck, eu quero que vá até a sede e faça uma barricada nas portas.— Thomas diz.
— Winston, vai com ele.— Newt diz.
— Chamem os outros. Vão para o bosque e se escondam agora.— Gally ordena para os clareanos.
A clareira vira um caos. Em todos os lados, eles correm.
— Minho tem que pegar todas as armas que encontrar, me espera na sede.— Thomas diz
— Venham. — Minho chama os outros e Newt, Caçarola e seguem ele.
— Teresa, você e eu pegamos o Alby tá? Vem. — ele diz.
Os clareanos começam a correr de algo vindo das portas laterais e eles vêem os verdugos entrando na clareira e pegando um a um.
— Todo mundo se esconde.— Thomas grita.— Teresa, vem.
Ele puxa ela e juntos correm para o campo.
— Fiquem abaixados. —Thomas fala baixo.
Uma calda afiada do verdugo puxa um dos clareanos. Os demais gritam o nome do garoto, Thomas ajuda os outros a correrem para a sede.
Gally e os corredores entram na caixa quando um dos outros clareanos aparecem.
— Gally, me deixa entrar. — ele pede e quando Gally tá levantando a tampa, o verdugo pega o garoto.
Os verdugos atacavam todos os lados com ódio. A cada parte, era um ou dois verdugos atacando os pequenos grupos dispersados pela clareira.
Um pouco no centro da clareira, Thomas e os outros tentavam carregar Alby para a sede. Teresa lança um líquido em um dos verdugos que pega fogo e juntos correm para a sede. No caminho, outro verdugo repara a presença do grupo e vai de encontro a eles. O verdugo cerca eles. Ele urra e então , que se aproximava do grupo lembrou do sonho que ela não sabia distinguir da realidade, ela para na frente do verdugo com a lança em mãos e grita. Ele parece ficar atordoado e ela aproveita o momento, corre de encontro ao verdugo cravando a lança e atravessando a cabeça do animal.
Thomas e os outros correm.
— vamos. — Newt chama correndo com os outros para a sede. Ela tira a lança do animal .
— Tô bem atrás de vocês. Corram. — ela grita de volta. Outro verdugo se aproxima.
Eles entram na sede e fecham a porta. Thomas manda todos fazerem silêncio, tudo acontece muito rápido. A cauda do animal fura o teto da sede, ele puxa uma das sustentações e abre um buraco, onde puxa Chuck. Todos tentam pegar o garoto, Thomas e os demais puxam a mão de Chuck, crava a lança na cabeça do verdugo mais forte dessa vez e Alby ataca o verdugo com raiva arrancando uma de suas pernas. A seringa do verdugo cai no chão e Chuck pega. O verdugo volta com raiva e leva Alby.
Thomas e os meninos tentam segurar a mão dele, mas Alby apenas diz:
— Tira eles daqui. — e é arrastado pelo animal.
Thomas corre para fora enquanto Minho e os demais gritam por ele, ao sair da sede eles vêem a clareira destruída em chamas. Gally se aproxima com raiva e da um soco no Thomas.
— Ei Gally para. — Caçarola segura o amigo junto com Minho. Teresa ajuda Thomas a se levantar.
— Você destruiu tudo Thomas. Olha a sua volta.— Gally dizia com raiva.—Ele é um deles foi o que o Alby disse, mandaram ele aqui para destruir tudo.
— Um deles quem Gally? — Caçarola pergunta
— Olhe em volta Thomas. Olha em volta, isso tudo é culpa sua. — Gally dizia com ódio tentando atacar Thomas.
Thomas pega a seringa da mão de Chuck.
— Talvez tenham razão. — Thomas fala
— Thomas?— Tereza o chama.
— Preciso me lembrar Teresa. — Thomas diz decidido e enfia a seringa na perna.
— Thomas? Thomas? — Teresa se aproxima.
— Merda, cadê o soro?— pergunta e alguém corre para buscar.
segura Thomas desacordado e os clareanos tentam ajudar.
A cabeça de Thomas começa a entrar em pane com tanta informação.
"Thomas eu estou aqui" a voz de Teresa se faz presente na lembrança
Thomas vê um corredor com luzes e uma porta com luzes acima em vermelho e verde que se encontra acesa.
As lembranças se misturam e uma mulher toda de branco aparece andando num corredor e monitorando pessoas.
Thomas vê Teresa e ele, diante de monitores. Observando pessoas.
"Quem nos trouxe aqui?" Thomas perguntava
"Isso não sabemos" Alby disse
"Teresa, por que estamos fazendo isso?" Thomas perguntava.
"Excelente Thomas. Venha comigo" a mulher disse ao seu lado.
Thomas via médicos o avaliando enquanto ele usava uma máscara presa ao rosto e estava em cima de uma maca.
"Thomas não me deixa aqui sozinha" dizia chorando
"Você prometeu não se juntar a eles Thomas. " parecia falar. Fom mágoa na voz.
"Eles prometeram que vão cuidar bem de você. Tudo vai ficar bem , eles me disseram que eu tenho trabalhado bem. " Thomas dizia
"Você precisa ajudar eles. Thomas, não pode fazer isso com eles. Você tirou tudo de mim, tirou o Newt de mim. Eu te odeio." gritava
"Thomas CRUEL é bom." A mulher dizia novamente.
"Como pode ser minha culpa?" Thomas perguntava.
"Você fez isso. Eu vi você " Alby disse
As imagens de Alby, Gally, Minho e em tubos de água gritando
Nervosos, pareciam em agonia.
"Eu odeio você Thomas " dizia
Thomas acorda assustado.
Capítulo 5
— Oi, você está bem? — pergunta Teresa enquanto acaricia a cabeça de Thomas que estava em seu colo.
— O que você estava pensando? — Chuck pergunta encarando Thomas
— O que aconteceu? — Thomas pergunta se levantando um pouco confuso ainda.
— Gally assumiu o controle, ele disse que tínhamos uma escolha, ou nos juntamos a ele, ou seremos banidos ao pôr do sol com você. — Newt explica do lado de fora do amansador
— E os outros concordaram? — Thomas pergunta
— Gally convenceu a todos que você é a razão de tudo o que aconteceu. — Teresa conta
— Bom, acho que ele está certo. — Thomas concorda e toma um gole de água que estava ao lado dele.
— Do que você está falando? — Minho se manifestou finalmente tentando entender o rumo da conversa de Thomas
— Esse lugar, não é o que pensamos que fosse. Não é uma prisão, é um teste. Tudo começou quando éramos crianças, eles nos davam desafios, faziam experimentos conosco. Só que as pessoas começaram a desaparecer, todos os meses, um após o outro. Sistematicamente! — Thomas conta sobre sua lembrança
— Mandavam eles para o labirinto. — Newt diz entendendo o que Thomas fala
— É, mas nem todos nós. — Thomas diz se lembrando de ver ele e Teresa.
— Como assim? — Newt pergunta
— Eu sou um deles, as pessoas que colocaram vocês aqui, eu trabalhava para eles. Eu vigiei vocês por anos, o tempo todo que estiveram aqui, eu estava do outro lado. E você também. — Thomas diz se virando para Teresa
— O que? — Teresa desconversa
— Nós fizemos isso com eles. — Thomas diz a Teresa.
— Não, não pode ser verdade. — Teresa se nega.
— É sim, eu vi. — Thomas diz — Cadê minha irmã?
— Gally a prendeu na sede, ou no que restou dela. Amanhã vão querer expulsar você e ela. — Chuck diz triste
— Por que eles nos mandariam aqui se estávamos com eles? — Teresa pergunta a Thomas.
— Isso não importa. — o mais velho a responde.
— Ele está certo, isso não importa. Nada disso, porque as pessoas que éramos antes do labirinto, não existem mais. Esses criadores deram um jeito nisso. Mas o que importa é quem nós somos agora, e o que nós fazemos agora. Você entrou no labirinto e achou uma saída. — Newt diz a Thomas
— É, mas se eu não tivesse ido, Alby ainda estaria vivo.
— Talvez... Mas eu sei que se ele estivesse aqui, diria exatamente a mesma coisa a você. Levanta e vai terminar o que você começou. Porque se não fizermos nada, então o Alby morreu por nada, e isso eu não posso aceitar. — Newt fala encorajando Thomas
— Está bem, mas temos que passar pelo Gally primeiro. — Thomas diz e todos concordam.
Um pouco mais à frente na clareira, resmungava de dor, tentava se soltar das amarras, mas era em vão. Ouviu conversas do lado de fora, e tentou não focar na dor e sim em quem falava.
— Se o Gally souber, ele me mata. Vai logo. — era a voz de Winston
A porta da sede abriu e Newt entrou, sorriu.
— Vim trazer água, falei com seu irmão. Ele está bem, pediu para eu vir te visitar. — Newt fala e abre a garrafa aproximando da boca da jovem.
Ela bebe um gole e agradece baixo.
— Gally enlouqueceu, ele mandou me deixar aqui e disse que eu seria a próxima isca de verdugos. — ela fala e solta um resmungo baixo
— Não vai ser, Winston e Caçarola estão na porta de vigia. E eu não vou deixar nada te acontecer, vamos sair daqui. Confia em mim? — ele pergunta encarando os olhos da garota e ela concorda com a cabeça. — O que foi? Amarraram muito forte?
nega.
— Acho que fui atingida, meu ombro dói. — ela resmunga, Newt puxa a blusa para o lado e vê uma marca de picada.
— Você foi picada. Preciso buscar um soro. — Newt diz e nega
— O último foi dado ao Thomas, eu estou bem. Amanhã vamos sair daqui mesmo?
— Sim. Vamos! — Newt afirma e se levanta
— Newt! — ela o chama e ele olha para ela. — Chega perto, eu não mordo!
Newt se abaixa e se estica ficando com o rosto colado ao dele. Seus lábios se roçam, e ela dá um rápido selinho sobre os lábios do garoto.
— Obrigado pela água. — ela diz e ele sorri
— Descansa, amanhã vamos sair daqui. Eu prometo! — ele diz e se levanta meio estabanado esbarrando nas vigas e sai da sede.
......
O sol estava prestes a se pôr quando Gally mandou buscarem Thomas, Teresa e . Jogaram Thomas no chão.
— Que desperdício. — Gally resmunga guardando a faca no cinto.
— Gally... Não parece certo. — Winston diz enquanto os ajudantes de Gally seguravam e Teresa.
— É, e se o Thomas estiver certo? Talvez possa levar a gente para casa. — Jeff diz e Gally o encara.
— Já estamos em casa, está bem? Eu não quero mais ter que riscar nenhum nome daquele muro. — Gally diz e revira os olhos.
— Acha que nos banir vai resolver alguma coisa? — Teresa pergunta
— Não, mas isso não é um banimento. É uma oferenda. — Gally diz
— O que? — Teresa pergunta incrédula e começa a ser amarrada. — Pera aí, Gally, o que você está fazendo?
— Seu trolho maldito. — diz se debatendo ainda sentindo o ombro latejar.
— Vocês acham mesmo que eu ia deixar o Thomas voltar para o labirinto, depois do que ele fez? Olhem em volta, olhem a nossa clareira. Essa é a única forma, e quando os verdugos tiverem o que vieram pegar, tudo vai voltar a ser como era. — Gally diz sua teoria
— Estão ouvindo isso? Porque estão todos parados aí, ele é louco. — Teresa resmunga
— Cala a boca. — Gally grita.
— Se ficarem aqui, os verdugos vão voltar e vão continuar voltando até que estejam todos mortos. — Teresa fala aos clareanos.
— Cala a boca, amarrem ele. Vocês me ouviram. — Gally grita ao ver que ninguém faz nada. — Eu disse para amarrarem ele.
Ao tentarem levantar Thomas, o mesmo acerta a perna de um dos clareanos, pega o bastão de sua mão e aponta para o mesmo, Newt acerta outro clareano, enquanto Minho aponta o facão para Gally, Caçarola solta Teresa e .
— Você é cheio de surpresas, não é? — Gally diz a Thomas
— Não precisa vir com a gente, mas nós estamos indo. Se alguém quiser vir, é a última chance. — Thomas diz aos demais
— Não escutem ele, está tentando assustar vocês. — Gally diz
— Não estou tentando assustar vocês, já estão assustados. Eu estou assustado. Mas eu prefiro arriscar a minha vida lá fora do que passar o resto dela aqui. Não somos daqui, esse lugar não é nossa casa. Colocaram a gente aqui, nos prenderam aqui. Pelo menos lá temos escolha. E vamos sair daqui e isso eu sei. — Thomas diz
Jeff e Winston se juntam a ele.
— Me perdoa. — Jeff fala para Gally
— Gally, acabou. Por que não vêm com a gente? — Thomas pergunta
— Boa sorte com os verdugos. — Gally diz e vira as costas.
Thomas e os clareanos adentraram o labirinto em direção à saída.
— O que você estava pensando? — Chuck pergunta encarando Thomas
— O que aconteceu? — Thomas pergunta se levantando um pouco confuso ainda.
— Gally assumiu o controle, ele disse que tínhamos uma escolha, ou nos juntamos a ele, ou seremos banidos ao pôr do sol com você. — Newt explica do lado de fora do amansador
— E os outros concordaram? — Thomas pergunta
— Gally convenceu a todos que você é a razão de tudo o que aconteceu. — Teresa conta
— Bom, acho que ele está certo. — Thomas concorda e toma um gole de água que estava ao lado dele.
— Do que você está falando? — Minho se manifestou finalmente tentando entender o rumo da conversa de Thomas
— Esse lugar, não é o que pensamos que fosse. Não é uma prisão, é um teste. Tudo começou quando éramos crianças, eles nos davam desafios, faziam experimentos conosco. Só que as pessoas começaram a desaparecer, todos os meses, um após o outro. Sistematicamente! — Thomas conta sobre sua lembrança
— Mandavam eles para o labirinto. — Newt diz entendendo o que Thomas fala
— É, mas nem todos nós. — Thomas diz se lembrando de ver ele e Teresa.
— Como assim? — Newt pergunta
— Eu sou um deles, as pessoas que colocaram vocês aqui, eu trabalhava para eles. Eu vigiei vocês por anos, o tempo todo que estiveram aqui, eu estava do outro lado. E você também. — Thomas diz se virando para Teresa
— O que? — Teresa desconversa
— Nós fizemos isso com eles. — Thomas diz a Teresa.
— Não, não pode ser verdade. — Teresa se nega.
— É sim, eu vi. — Thomas diz — Cadê minha irmã?
— Gally a prendeu na sede, ou no que restou dela. Amanhã vão querer expulsar você e ela. — Chuck diz triste
— Por que eles nos mandariam aqui se estávamos com eles? — Teresa pergunta a Thomas.
— Isso não importa. — o mais velho a responde.
— Ele está certo, isso não importa. Nada disso, porque as pessoas que éramos antes do labirinto, não existem mais. Esses criadores deram um jeito nisso. Mas o que importa é quem nós somos agora, e o que nós fazemos agora. Você entrou no labirinto e achou uma saída. — Newt diz a Thomas
— É, mas se eu não tivesse ido, Alby ainda estaria vivo.
— Talvez... Mas eu sei que se ele estivesse aqui, diria exatamente a mesma coisa a você. Levanta e vai terminar o que você começou. Porque se não fizermos nada, então o Alby morreu por nada, e isso eu não posso aceitar. — Newt fala encorajando Thomas
— Está bem, mas temos que passar pelo Gally primeiro. — Thomas diz e todos concordam.
Um pouco mais à frente na clareira, resmungava de dor, tentava se soltar das amarras, mas era em vão. Ouviu conversas do lado de fora, e tentou não focar na dor e sim em quem falava.
— Se o Gally souber, ele me mata. Vai logo. — era a voz de Winston
A porta da sede abriu e Newt entrou, sorriu.
— Vim trazer água, falei com seu irmão. Ele está bem, pediu para eu vir te visitar. — Newt fala e abre a garrafa aproximando da boca da jovem.
Ela bebe um gole e agradece baixo.
— Gally enlouqueceu, ele mandou me deixar aqui e disse que eu seria a próxima isca de verdugos. — ela fala e solta um resmungo baixo
— Não vai ser, Winston e Caçarola estão na porta de vigia. E eu não vou deixar nada te acontecer, vamos sair daqui. Confia em mim? — ele pergunta encarando os olhos da garota e ela concorda com a cabeça. — O que foi? Amarraram muito forte?
nega.
— Acho que fui atingida, meu ombro dói. — ela resmunga, Newt puxa a blusa para o lado e vê uma marca de picada.
— Você foi picada. Preciso buscar um soro. — Newt diz e nega
— O último foi dado ao Thomas, eu estou bem. Amanhã vamos sair daqui mesmo?
— Sim. Vamos! — Newt afirma e se levanta
— Newt! — ela o chama e ele olha para ela. — Chega perto, eu não mordo!
Newt se abaixa e se estica ficando com o rosto colado ao dele. Seus lábios se roçam, e ela dá um rápido selinho sobre os lábios do garoto.
— Obrigado pela água. — ela diz e ele sorri
— Descansa, amanhã vamos sair daqui. Eu prometo! — ele diz e se levanta meio estabanado esbarrando nas vigas e sai da sede.
O sol estava prestes a se pôr quando Gally mandou buscarem Thomas, Teresa e . Jogaram Thomas no chão.
— Que desperdício. — Gally resmunga guardando a faca no cinto.
— Gally... Não parece certo. — Winston diz enquanto os ajudantes de Gally seguravam e Teresa.
— É, e se o Thomas estiver certo? Talvez possa levar a gente para casa. — Jeff diz e Gally o encara.
— Já estamos em casa, está bem? Eu não quero mais ter que riscar nenhum nome daquele muro. — Gally diz e revira os olhos.
— Acha que nos banir vai resolver alguma coisa? — Teresa pergunta
— Não, mas isso não é um banimento. É uma oferenda. — Gally diz
— O que? — Teresa pergunta incrédula e começa a ser amarrada. — Pera aí, Gally, o que você está fazendo?
— Seu trolho maldito. — diz se debatendo ainda sentindo o ombro latejar.
— Vocês acham mesmo que eu ia deixar o Thomas voltar para o labirinto, depois do que ele fez? Olhem em volta, olhem a nossa clareira. Essa é a única forma, e quando os verdugos tiverem o que vieram pegar, tudo vai voltar a ser como era. — Gally diz sua teoria
— Estão ouvindo isso? Porque estão todos parados aí, ele é louco. — Teresa resmunga
— Cala a boca. — Gally grita.
— Se ficarem aqui, os verdugos vão voltar e vão continuar voltando até que estejam todos mortos. — Teresa fala aos clareanos.
— Cala a boca, amarrem ele. Vocês me ouviram. — Gally grita ao ver que ninguém faz nada. — Eu disse para amarrarem ele.
Ao tentarem levantar Thomas, o mesmo acerta a perna de um dos clareanos, pega o bastão de sua mão e aponta para o mesmo, Newt acerta outro clareano, enquanto Minho aponta o facão para Gally, Caçarola solta Teresa e .
— Você é cheio de surpresas, não é? — Gally diz a Thomas
— Não precisa vir com a gente, mas nós estamos indo. Se alguém quiser vir, é a última chance. — Thomas diz aos demais
— Não escutem ele, está tentando assustar vocês. — Gally diz
— Não estou tentando assustar vocês, já estão assustados. Eu estou assustado. Mas eu prefiro arriscar a minha vida lá fora do que passar o resto dela aqui. Não somos daqui, esse lugar não é nossa casa. Colocaram a gente aqui, nos prenderam aqui. Pelo menos lá temos escolha. E vamos sair daqui e isso eu sei. — Thomas diz
Jeff e Winston se juntam a ele.
— Me perdoa. — Jeff fala para Gally
— Gally, acabou. Por que não vêm com a gente? — Thomas pergunta
— Boa sorte com os verdugos. — Gally diz e vira as costas.
Thomas e os clareanos adentraram o labirinto em direção à saída.
Capítulo 6
— Pessoal, por aqui. — Thomas dizia virando em direção a passagem Três.
Apressaram os passos e atravessaram as lâminas. Ao chegar na entrada da passagem 7 que Thomas e Minho encontraram, algo estava estranho. Todos foram para a parede se escorando enquanto Thomas pedia silêncio.
— É um verdugo? — Chuck pergunta enquanto Thomas pega uma das lanças.
— É.
— Droga. — O garotinho suava frio.
— Fica com isso, Chuck, e fica atrás da gente. — Minho diz e entrega a Chuck o cilindro que tirou de dentro do verdugo.
— Tudo bem, fica perto de mim. — Teresa fala tentando confortar o garoto.
— Assim que passarmos, eu vou ativar e a porta vai abrir, se ficarmos juntos. Vamos passar por isso, vamos sair agora ou morrer tentando. Prontos? — Thomas pergunta e todos acenam que sim com a cabeça. — Está legal. Vamos!
Todos saem correndo entrando na passarela de acesso ao buraco que o verdugo protegia. O animal rugiu, Thomas e Minho estavam a frente com Caçarola. estava junto de Jeff e Winston. Todos começaram uma batalha contra o verdugo.
Thomas e o pessoal começaram a empurrar o verdugo em direção ao vão da plataforma, o animal agarrou a perna de um dos clareanos e o jogou no vão. Enquanto eles lutavam com o animal, Chuck correu atrás do cilindro que rolou pela passarela. Teresa que tinha, que defender o garoto, correu com ele para o buraco quando viram mais verdugos se aproximando. Os clareanos lançaram o primeiro no vão. O ruído do grito de agonia do animal foi se distanciando. E logo os clareanos se viram cercados por mais dois verdugos. Chuck corre gritando assustado.
— Tem que ter uma saída anda. Não quer abrir. — Teresa dizia dentro do buraco quando um painel digital apareceu. — Thomas tem um código, oito números. — ela gritou para o garoto que empurrava o verdugo.
— Oito áreas do Labirinto, aí Minho qual é a sequência? — Thomas pergunta
— O que? — Minho não entende
— Das áreas do Labirinto. Qual é a sequência? — Thomas repete a pergunta
O verdugo resistia bravamente contra os clareanos.
— 7, 1, 5... — Minho é atacado por um verdugo que cai do céu.
O garoto luta insistentemente contra a criatura, Jeff corre para ajudar, enfiando a lança na cabeça do animal que o ferroa. O alvoroço começa, Winston grita pelo amigo que foi atacado.
— Minho qual é a sequência? — Chuck grita.
— 6, 4, 8 e 3. Pegou? — ele grita de volta.
— Continua segurando, está quase.
O código funciona, aparece no visor a palavra "complete". Os verdugos começam a ser esmagados um a um quando as paredes do corredor se abaixam. O verdugo que matou Jeff rosna na direção deles. Thomas arremessa a lança nele. E o mesmo é esmagado. Todos respiram fundo e o escuro consome eles.
Um novo lugar é mostrado após abrir a porta. Todos caminham no túnel na direção em que as luzes acenderam. Thomas para diante de uma lâmpada vermelha. Segura a maçaneta e abre a porta. O lugar estava devastado.
— É sério? — Caçarola pergunta entrando no lugar junto com os outros.
— O que aconteceu aqui? — Winston pergunta
Eles veem diversos corpos baleados, computadores com imagens da clareira.
— Estavam nos vigiando. O tempo todo! — Newt diz entendendo.
Uma tela enorme é ativada. Uma mulher loira aparece e a gravação começa a rodar.
— Olá, meu nome é doutora Ava Paige. Sou a diretora de Operações do Catástrofe Ruína Universal Experimento Letal. Se estão assistindo isso, então completaram com sucesso as provas do labirinto. Eu gostaria de estar aí pessoalmente para parabenizá-los, mas as circunstâncias parecem ter impedido. Eu tenho certeza de que vocês todos devem estar muito confusos, com raiva, assustados e posso assegurar que, tudo o que aconteceu, tudo o que nós fizemos com vocês, foi feito por uma razão. Vocês não se lembrarão, mas o sol queimou o nosso mundo, bilhões de vidas perdidas para o incêndio, fome, sofrimento em escala global. — as imagens apareciam na tela enquanto ela falava. — O que veio depois foi pior, chamamos de fulgor, um vírus mortal que ataca o cérebro, ele é violento, imprevisível, incurável. Foi o que pensamos, em tempo, uma nova geração surgiu capaz de sobreviver ao vírus, de repente havia um lampejo de esperança para a cura. Mas descobri-la não seria fácil, os jovens teriam que ser testados, até sacrificados dentro de um ambiente duro. Onde sua atividade cerebral seria estudada, tudo isso em um esforço para entender o que os fazia diferente. O que fazia de vocês diferentes. Vocês podem não saber, mas são muito importantes. Infelizmente, nossos testes acabaram de começar e, como descobrirão em breve, nem todos concordam com nossos métodos. O progresso é lento, as pessoas têm medo, pode ser tarde demais para nós, para mim. Mas não para vocês, o mundo lá fora os espera. — a transmissão começa a falhar, atrás da mulher homens de preto encapuzados e armados começam a disparar sobre os médicos. — E lembrem- se CRUEL é bom. — a mulher pega uma pistola e atira na própria cabeça e a transmissão se encerra.
— Acabou? — Chuck pergunta sem entender
— Ela disse que éramos importantes. O que devemos fazer agora? — Newt olha para os amigos
— Eu não sei, mas vamos sair daqui. — Thomas diz determinado.
— Não! — Gally aparece
— Gally? — Thomas pergunta e todos estão rendidos, Gally está com uma arma nas mãos apontando para os clareanos.
— Para.... Ele foi picado. — Teresa alerta.
— Não podemos sair. — Gally diz enfurecido.
— Já saímos, Gally, estamos fora. Livres
— Livres? Acha que estaremos livres lá fora? — Gally diz interrompendo Thomas. — Não, não têm escapatória desse lugar.
— Gally, me escuta. — Thomas diz tranquilamente com as mãos para o alto. — Você não está pensando direito, não dá. Nós podemos ajudar você, abaixe essa arma.
— Eu pertenço ao labirinto, Thomas. Todos nós pertencemos. — Gally diz estressado.
— Gally não. — Thomas diz.
Tudo acontece muito rápido. Gally atira, Minho o acerta, o garoto cai no chão e a arma dispara novamente.
— Thomas — Chuck diz e Thomas arregala os olhos.
— Chuck... — Thomas segura o garoto
estava de cabeça baixa, a garota passa a mão na região dolorida e o sangue suja suas mãos. Gally atingiu Chuck e . A garota caí no chão, Newt a acode. Thomas se desespera.
— Isso não podia acontecer. — Winston passa as mãos no cabelo
— aguenta. — Newt dizia pressionando a ferida para estancar o sangue. E lutava para manter os olhos abertos.
— Chuck. — a garota sussurrou e segurou a mão do menor.
— Droga, Chuck, acorda. Olha, Chuck olha para mim, eu estou com você amigo, aguenta. — Chuck estava pálido, com a outra mão ele entrega o boneco para Thomas. — Não, é seu. Você vai dar isso para eles lembra? Eu falei. — Thomas estava desesperado
— Obrigado... Obrigado— Chuck sibilou e ficou imóvel.
— Não, Chuck, você.... Chuck? Chuck? Ai... Chuck, anda, acorda. — Thomas tentava em vão acordar o garoto. — Droga. Nós conseguimos, anda, acorda. Não. — Thomas começou a chorar. — Desculpa.
As portas se abriram e a claridade se fez presente. Homens de preto, armados e encapuzados apareceram. Começaram a levar os clareanos para o enorme helicóptero. Minho pegou no colo, ajudando. Thomas não queria deixar Chuck, ele gritava agonizando. Até estarem todos no helicóptero e os homens entrarem. O transporte começou a levantar voo e se distanciar do labirinto.
Apressaram os passos e atravessaram as lâminas. Ao chegar na entrada da passagem 7 que Thomas e Minho encontraram, algo estava estranho. Todos foram para a parede se escorando enquanto Thomas pedia silêncio.
— É um verdugo? — Chuck pergunta enquanto Thomas pega uma das lanças.
— É.
— Droga. — O garotinho suava frio.
— Fica com isso, Chuck, e fica atrás da gente. — Minho diz e entrega a Chuck o cilindro que tirou de dentro do verdugo.
— Tudo bem, fica perto de mim. — Teresa fala tentando confortar o garoto.
— Assim que passarmos, eu vou ativar e a porta vai abrir, se ficarmos juntos. Vamos passar por isso, vamos sair agora ou morrer tentando. Prontos? — Thomas pergunta e todos acenam que sim com a cabeça. — Está legal. Vamos!
Todos saem correndo entrando na passarela de acesso ao buraco que o verdugo protegia. O animal rugiu, Thomas e Minho estavam a frente com Caçarola. estava junto de Jeff e Winston. Todos começaram uma batalha contra o verdugo.
Thomas e o pessoal começaram a empurrar o verdugo em direção ao vão da plataforma, o animal agarrou a perna de um dos clareanos e o jogou no vão. Enquanto eles lutavam com o animal, Chuck correu atrás do cilindro que rolou pela passarela. Teresa que tinha, que defender o garoto, correu com ele para o buraco quando viram mais verdugos se aproximando. Os clareanos lançaram o primeiro no vão. O ruído do grito de agonia do animal foi se distanciando. E logo os clareanos se viram cercados por mais dois verdugos. Chuck corre gritando assustado.
— Tem que ter uma saída anda. Não quer abrir. — Teresa dizia dentro do buraco quando um painel digital apareceu. — Thomas tem um código, oito números. — ela gritou para o garoto que empurrava o verdugo.
— Oito áreas do Labirinto, aí Minho qual é a sequência? — Thomas pergunta
— O que? — Minho não entende
— Das áreas do Labirinto. Qual é a sequência? — Thomas repete a pergunta
O verdugo resistia bravamente contra os clareanos.
— 7, 1, 5... — Minho é atacado por um verdugo que cai do céu.
O garoto luta insistentemente contra a criatura, Jeff corre para ajudar, enfiando a lança na cabeça do animal que o ferroa. O alvoroço começa, Winston grita pelo amigo que foi atacado.
— Minho qual é a sequência? — Chuck grita.
— 6, 4, 8 e 3. Pegou? — ele grita de volta.
— Continua segurando, está quase.
O código funciona, aparece no visor a palavra "complete". Os verdugos começam a ser esmagados um a um quando as paredes do corredor se abaixam. O verdugo que matou Jeff rosna na direção deles. Thomas arremessa a lança nele. E o mesmo é esmagado. Todos respiram fundo e o escuro consome eles.
Um novo lugar é mostrado após abrir a porta. Todos caminham no túnel na direção em que as luzes acenderam. Thomas para diante de uma lâmpada vermelha. Segura a maçaneta e abre a porta. O lugar estava devastado.
— É sério? — Caçarola pergunta entrando no lugar junto com os outros.
— O que aconteceu aqui? — Winston pergunta
Eles veem diversos corpos baleados, computadores com imagens da clareira.
— Estavam nos vigiando. O tempo todo! — Newt diz entendendo.
Uma tela enorme é ativada. Uma mulher loira aparece e a gravação começa a rodar.
— Olá, meu nome é doutora Ava Paige. Sou a diretora de Operações do Catástrofe Ruína Universal Experimento Letal. Se estão assistindo isso, então completaram com sucesso as provas do labirinto. Eu gostaria de estar aí pessoalmente para parabenizá-los, mas as circunstâncias parecem ter impedido. Eu tenho certeza de que vocês todos devem estar muito confusos, com raiva, assustados e posso assegurar que, tudo o que aconteceu, tudo o que nós fizemos com vocês, foi feito por uma razão. Vocês não se lembrarão, mas o sol queimou o nosso mundo, bilhões de vidas perdidas para o incêndio, fome, sofrimento em escala global. — as imagens apareciam na tela enquanto ela falava. — O que veio depois foi pior, chamamos de fulgor, um vírus mortal que ataca o cérebro, ele é violento, imprevisível, incurável. Foi o que pensamos, em tempo, uma nova geração surgiu capaz de sobreviver ao vírus, de repente havia um lampejo de esperança para a cura. Mas descobri-la não seria fácil, os jovens teriam que ser testados, até sacrificados dentro de um ambiente duro. Onde sua atividade cerebral seria estudada, tudo isso em um esforço para entender o que os fazia diferente. O que fazia de vocês diferentes. Vocês podem não saber, mas são muito importantes. Infelizmente, nossos testes acabaram de começar e, como descobrirão em breve, nem todos concordam com nossos métodos. O progresso é lento, as pessoas têm medo, pode ser tarde demais para nós, para mim. Mas não para vocês, o mundo lá fora os espera. — a transmissão começa a falhar, atrás da mulher homens de preto encapuzados e armados começam a disparar sobre os médicos. — E lembrem- se CRUEL é bom. — a mulher pega uma pistola e atira na própria cabeça e a transmissão se encerra.
— Acabou? — Chuck pergunta sem entender
— Ela disse que éramos importantes. O que devemos fazer agora? — Newt olha para os amigos
— Eu não sei, mas vamos sair daqui. — Thomas diz determinado.
— Não! — Gally aparece
— Gally? — Thomas pergunta e todos estão rendidos, Gally está com uma arma nas mãos apontando para os clareanos.
— Para.... Ele foi picado. — Teresa alerta.
— Não podemos sair. — Gally diz enfurecido.
— Já saímos, Gally, estamos fora. Livres
— Livres? Acha que estaremos livres lá fora? — Gally diz interrompendo Thomas. — Não, não têm escapatória desse lugar.
— Gally, me escuta. — Thomas diz tranquilamente com as mãos para o alto. — Você não está pensando direito, não dá. Nós podemos ajudar você, abaixe essa arma.
— Eu pertenço ao labirinto, Thomas. Todos nós pertencemos. — Gally diz estressado.
— Gally não. — Thomas diz.
Tudo acontece muito rápido. Gally atira, Minho o acerta, o garoto cai no chão e a arma dispara novamente.
— Thomas — Chuck diz e Thomas arregala os olhos.
— Chuck... — Thomas segura o garoto
estava de cabeça baixa, a garota passa a mão na região dolorida e o sangue suja suas mãos. Gally atingiu Chuck e . A garota caí no chão, Newt a acode. Thomas se desespera.
— Isso não podia acontecer. — Winston passa as mãos no cabelo
— aguenta. — Newt dizia pressionando a ferida para estancar o sangue. E lutava para manter os olhos abertos.
— Chuck. — a garota sussurrou e segurou a mão do menor.
— Droga, Chuck, acorda. Olha, Chuck olha para mim, eu estou com você amigo, aguenta. — Chuck estava pálido, com a outra mão ele entrega o boneco para Thomas. — Não, é seu. Você vai dar isso para eles lembra? Eu falei. — Thomas estava desesperado
— Obrigado... Obrigado— Chuck sibilou e ficou imóvel.
— Não, Chuck, você.... Chuck? Chuck? Ai... Chuck, anda, acorda. — Thomas tentava em vão acordar o garoto. — Droga. Nós conseguimos, anda, acorda. Não. — Thomas começou a chorar. — Desculpa.
As portas se abriram e a claridade se fez presente. Homens de preto, armados e encapuzados apareceram. Começaram a levar os clareanos para o enorme helicóptero. Minho pegou no colo, ajudando. Thomas não queria deixar Chuck, ele gritava agonizando. Até estarem todos no helicóptero e os homens entrarem. O transporte começou a levantar voo e se distanciar do labirinto.
Capítulo 7
— Thomas... Thomas acorda, temos que ir. Vamos.
— Vamos, temos que ir. Você está bem? — o homem pergunta após Thomas descer do helicóptero.
— Espera aí. — ele corre de volta para o helicóptero e pega o boneco que Chuck deu a ele.
— Aonde vai? Estamos sem tempo, rápido. Saí logo daqui. — o homem diz e em seguida ele grita —Cranks. — Eles começam a atirar nas criaturas.
— Pode decolar, liberado. — diz um homem.
As portas do lugar se trancam, Thomas e seus amigos são guiados para uma sala.
— Vocês estão bem? Peço desculpas pela confusão, enfrentamos um enxame. — Diz um homem aos clareanos
— Quem é você? — Pergunta Thomas
— É por minha causa que estão vivos. E eu pretendo mantê-los assim. Agora, venham comigo. Nós vamos ajeitar vocês. — ele diz andando — Podem me chamar de Senhor Janson, sou o administrador, para nós isso é um santuário a salvo dos horrores do mundo lá fora. Vocês devem vê-lo como um abrigo, como uma casa entre casas. — ele dizia enquanto andava pelas instalações. — Cuidado aí!
— Vai levar a gente para casa? — Thomas pergunta.
— Por assim dizer, pena não ter sobrado muito de onde tenham vindo. Mas nós temos um lugar para vocês, um refúgio fora do deserto onde o CRUEL nunca mais vai achá-los. Gostam da ideia? — ele diz olhando para trás.
— Por que você está ajudando? — Minho pergunta.
— Digamos que o mundo lá fora está numa situação muito precária. Estamos todos pendurados por um fio muito fino, o fato de crianças serem imunes àquele maldito vírus, faz de vocês a maior chance de sobrevivência da humanidade. Infelizmente, isso torna vocês alvos, como sem dúvidas já notaram. — ele passa o cartão sobre o leitor da porta para ela abrir. —Atrás dessa porta está o recomeço da nova vida de vocês. Mas para iniciar, vamos dar um jeito nesse cheiro. — Janson diz aos clareanos.
Todos tomam banho e, em seguida, vão fazer alguns exames. O médico pega a seringa com uma agulha consideravelmente grande.
— Espera aí, o quê que é isso? — Newt pergunta ao homem.
— É só um coquetel, cálcio, ácido fólico, vitaminas de A a Z, quase tudo o que não tiveram lá fora. Tenta relaxar. — Diz o homem e aplica o líquido suspeito em Newt.
— Você... — Newt tenta achar as palavras certas — Você saberia dizer se minha amiga está bem?
— A outra garota que foi baleada? — pergunta o homem botando um algodão sobre o lugar da picada. —O tiro não pegou em órgãos, ela está bem. Logo estará junto com vocês!
....
Os garotos estavam a mesa juntos conversando sobre os outros labirintos.
— Aí teve a maior explosão, uns caras saíram do nada e começaram a atirar em tudo. Foi tenso, nos tiraram do labirinto e trouxeram a gente para cá. — dizia o garoto negro contando sobre a sua chegada.
— Mas e o resto? As pessoas que ficaram no labirinto, o que aconteceu com elas? — Newt pergunta
— Eu não sei, acho que o CRUEL ainda está com elas.
— Há quanto tempo você está aqui? — Newt questiona
— Não muito, só um dia ou dois. Aquele garoto ali é o que está a mais tempo aqui, quase uma semana. — diz o garoto apontando com a cabeça para um garoto solitário.
— No labirinto dele só tinha garotas. — O outro diz.
— Sério? — Minho pergunta surpreso.
— Tem gente que dá muita sorte.
— Boa noite, senhores e senhoritas. — Janson diz, entrando no refeitório — Todos vocês sabem como é, se ouvir seu nome, por favor, se levante calmamente e se junte aos meus colegas atrás de mim, onde serão levados à ala leste e a vida nova vai começar. Connor, Evelyn, Justin... — os escolhidos levantavam e paravam em fila indiana atrás de Janson — , Allison, Geléia... — os presentes no refeitório riam — Chega, Silêncio. Franklyn e Abgail. Parem, parem, não fiquem tristes, se eu pudesse levar mais, levaria. Outros dias virão, a sua vez vai chegar. Vamos comam! — Janson faz o discurso e os clareanos aplaudem e ele sai com os escolhidos.
.....
— Vou ficar mal-acostumado. — Diz Winston deitando na cama do beliche.
— É, nada mau. — disse Newt analisando o lugar.
— O que acham que eles querem com a Teresa? — Thomas pergunta.
— Olha, eu só sei de uma coisa daquela garota. Ela sabe se virar sozinha. Não se preocupa. — Newt diz e sobe no beliche de cima.
— E a , será que a trolha está bem? — Minho pergunta da irmã de Thomas.
— Elas vão ficar bem. — Caçarola diz.
Todos conversam um pouco e um a um vão pegando no sono, Thomas estava inquieto. Ouviu um som de alguém chamando e ao olhar de onde vinha o som não queria acreditar.
— Vem, me segue. Vem comigo. — o garoto de mais cedo chama Thomas que o segue ventilação adentro. — Rápido, por aqui... Vem logo.
— Espera aí, o que você está fazendo? — Thomas pergunta.
— Anda logo, a gente vai perder. — O garoto dizia rastejando pelos dutos.
— O que eu estou fazendo? O que estamos fazendo? — Thomas questiona.
— Shhh... Vem cá! — o garoto para diante de uma grade. — Olha!
Eles veem uma mulher abrindo uma porta e diversas macas com reprodutores e corpos cobertos entrando na sala.
— O que foi aquilo? — Thomas pergunta.
— Eles trazem novos todas as noites, sem falta. — o garoto responde.
— Sabe o que fazem com eles? — Thomas pergunta.
— Eu não sei, eu só vim até aqui. Os dutos não passam por aquele setor, mas depois que passam por aquela porta, eles não voltam mais. Eu acho que ninguém sai desse lugar. — ele diz tudo o que sabe a Thomas — Vamos, temos que sair daqui antes que alguém sinta a nossa falta. — então ele volta a rastejar no duto.
— E por que me mostrou isso? — Thomas o segue.
— Porque talvez os outros acreditem em você, mas tem alguma coisa estranha aqui e sei que desconfia também. — diz o garoto com desdém.
— Espera aí, qual é seu nome? — Thomas pergunta.
— Aris. — responde o garoto.
....
— Alice, Barry, Walt, Edgar, Samantha. — Janson chamava mais escolhidos enquanto na mesa do refeitório Thomas falava com os clareanos.
— O que tem atrás daquela porta? — Thomas pergunta.
— Não, a gente já conversou. Você disse que estavam cobertos, então não sabe o que viu. — Newt relembra Thomas — Podia ser qualquer coisa.
— Eu sei bem o que eu vi, corpos. — Thomas diz convincente — O Aris disse que toda noite entram novos corpos.
— Mas quem é Aris? — Minho questiona e Thomas aponta com a cabeça para o garoto sentado na mesa isolado dos demais.
— Me convenceu. — Winston fala com tom de ironia.
— E para completar, David. Obrigado pela atenção de vocês, aproveitem o resto da noite. — Janson diz e sai com os escolhidos.
— Está, mas até a gente ter certeza, vamos ficar na encolha e tentar não chamar atenção. —Newt diz e parece que em vão, Thomas se levanta abruptamente da mesa e caminha na direção dos dois homens parados na porta. — O que ele vai fazer?
— Eu acho que está tentando chamar atenção. — Caçarola diz o óbvio.
Após a confusão causada por Thomas, Janson dá ordens para que os garotos retornem aos beliches.
— Aí, o que foi aquilo? — Minho pergunta para Thomas após todos entrarem no quarto.
— Jura que você achou que ele ia deixar você passar? É sério isso, Thomas? — Newt pergunta.
— Não, claro que não. — Thomas pega o cartão que conseguiu arrancar do agente — Eu vou descobrir o que tem atrás daquela porta.
— Ah tá. — Newt diz sem ânimo.
— Eles escondem alguma coisa lá, essa gente não é quem eles dizem ser. — Thomas diz.
— Não, Thomas, você não tem certeza. A única coisa que a gente sabe, é que eles salvaram a gente do CRUEL, eles deram uma roupa para a gente, comida, uma cama decente. Alguns não sabem o que é isso há muito tempo. — Newt diz se exaltando.
— Tá, mas...
— Alguns a mais tempo que outros. — Newt interrompe Thomas.
O barulho de grade é ouvido e abaixo da cama de Thomas, Aris aparece.
— Oi, Thomas, você pegou não foi? — Aris pergunta.
— Quem é esse cara? — Caçarola pergunta confuso.
— Eu peguei, vamos. — Thomas diz e se vira para seus amigos. — Olha só, talvez vocês tenham razão. Talvez seja paranoia minha, mas eu tenho que ter certeza. Me dá cobertura, eu volto assim que puder. — Thomas diz e segue Aris tubulação adentro.
Eles conseguem abrir a porta da sala e Thomas fica horrorizado com o que vê. Pessoas presas sobre tubos, inconscientes, milhares delas. Ele vê uma garota de cabelos escuros e se apressa até ela.
— Teresa? — Thomas tira os cabelos da garota de seu rosto e reconhece ela de imediato. — ? Droga, é minha irmã. Preciso soltá-la! — quando Thomas ia soltar ela, as portas fazem um barulho e ele se esconde junto de Aris.
— Vamos, temos que ir. Você está bem? — o homem pergunta após Thomas descer do helicóptero.
— Espera aí. — ele corre de volta para o helicóptero e pega o boneco que Chuck deu a ele.
— Aonde vai? Estamos sem tempo, rápido. Saí logo daqui. — o homem diz e em seguida ele grita —Cranks. — Eles começam a atirar nas criaturas.
— Pode decolar, liberado. — diz um homem.
As portas do lugar se trancam, Thomas e seus amigos são guiados para uma sala.
— Vocês estão bem? Peço desculpas pela confusão, enfrentamos um enxame. — Diz um homem aos clareanos
— Quem é você? — Pergunta Thomas
— É por minha causa que estão vivos. E eu pretendo mantê-los assim. Agora, venham comigo. Nós vamos ajeitar vocês. — ele diz andando — Podem me chamar de Senhor Janson, sou o administrador, para nós isso é um santuário a salvo dos horrores do mundo lá fora. Vocês devem vê-lo como um abrigo, como uma casa entre casas. — ele dizia enquanto andava pelas instalações. — Cuidado aí!
— Vai levar a gente para casa? — Thomas pergunta.
— Por assim dizer, pena não ter sobrado muito de onde tenham vindo. Mas nós temos um lugar para vocês, um refúgio fora do deserto onde o CRUEL nunca mais vai achá-los. Gostam da ideia? — ele diz olhando para trás.
— Por que você está ajudando? — Minho pergunta.
— Digamos que o mundo lá fora está numa situação muito precária. Estamos todos pendurados por um fio muito fino, o fato de crianças serem imunes àquele maldito vírus, faz de vocês a maior chance de sobrevivência da humanidade. Infelizmente, isso torna vocês alvos, como sem dúvidas já notaram. — ele passa o cartão sobre o leitor da porta para ela abrir. —Atrás dessa porta está o recomeço da nova vida de vocês. Mas para iniciar, vamos dar um jeito nesse cheiro. — Janson diz aos clareanos.
Todos tomam banho e, em seguida, vão fazer alguns exames. O médico pega a seringa com uma agulha consideravelmente grande.
— Espera aí, o quê que é isso? — Newt pergunta ao homem.
— É só um coquetel, cálcio, ácido fólico, vitaminas de A a Z, quase tudo o que não tiveram lá fora. Tenta relaxar. — Diz o homem e aplica o líquido suspeito em Newt.
— Você... — Newt tenta achar as palavras certas — Você saberia dizer se minha amiga está bem?
— A outra garota que foi baleada? — pergunta o homem botando um algodão sobre o lugar da picada. —O tiro não pegou em órgãos, ela está bem. Logo estará junto com vocês!
Os garotos estavam a mesa juntos conversando sobre os outros labirintos.
— Aí teve a maior explosão, uns caras saíram do nada e começaram a atirar em tudo. Foi tenso, nos tiraram do labirinto e trouxeram a gente para cá. — dizia o garoto negro contando sobre a sua chegada.
— Mas e o resto? As pessoas que ficaram no labirinto, o que aconteceu com elas? — Newt pergunta
— Eu não sei, acho que o CRUEL ainda está com elas.
— Há quanto tempo você está aqui? — Newt questiona
— Não muito, só um dia ou dois. Aquele garoto ali é o que está a mais tempo aqui, quase uma semana. — diz o garoto apontando com a cabeça para um garoto solitário.
— No labirinto dele só tinha garotas. — O outro diz.
— Sério? — Minho pergunta surpreso.
— Tem gente que dá muita sorte.
— Boa noite, senhores e senhoritas. — Janson diz, entrando no refeitório — Todos vocês sabem como é, se ouvir seu nome, por favor, se levante calmamente e se junte aos meus colegas atrás de mim, onde serão levados à ala leste e a vida nova vai começar. Connor, Evelyn, Justin... — os escolhidos levantavam e paravam em fila indiana atrás de Janson — , Allison, Geléia... — os presentes no refeitório riam — Chega, Silêncio. Franklyn e Abgail. Parem, parem, não fiquem tristes, se eu pudesse levar mais, levaria. Outros dias virão, a sua vez vai chegar. Vamos comam! — Janson faz o discurso e os clareanos aplaudem e ele sai com os escolhidos.
— Vou ficar mal-acostumado. — Diz Winston deitando na cama do beliche.
— É, nada mau. — disse Newt analisando o lugar.
— O que acham que eles querem com a Teresa? — Thomas pergunta.
— Olha, eu só sei de uma coisa daquela garota. Ela sabe se virar sozinha. Não se preocupa. — Newt diz e sobe no beliche de cima.
— E a , será que a trolha está bem? — Minho pergunta da irmã de Thomas.
— Elas vão ficar bem. — Caçarola diz.
Todos conversam um pouco e um a um vão pegando no sono, Thomas estava inquieto. Ouviu um som de alguém chamando e ao olhar de onde vinha o som não queria acreditar.
— Vem, me segue. Vem comigo. — o garoto de mais cedo chama Thomas que o segue ventilação adentro. — Rápido, por aqui... Vem logo.
— Espera aí, o que você está fazendo? — Thomas pergunta.
— Anda logo, a gente vai perder. — O garoto dizia rastejando pelos dutos.
— O que eu estou fazendo? O que estamos fazendo? — Thomas questiona.
— Shhh... Vem cá! — o garoto para diante de uma grade. — Olha!
Eles veem uma mulher abrindo uma porta e diversas macas com reprodutores e corpos cobertos entrando na sala.
— O que foi aquilo? — Thomas pergunta.
— Eles trazem novos todas as noites, sem falta. — o garoto responde.
— Sabe o que fazem com eles? — Thomas pergunta.
— Eu não sei, eu só vim até aqui. Os dutos não passam por aquele setor, mas depois que passam por aquela porta, eles não voltam mais. Eu acho que ninguém sai desse lugar. — ele diz tudo o que sabe a Thomas — Vamos, temos que sair daqui antes que alguém sinta a nossa falta. — então ele volta a rastejar no duto.
— E por que me mostrou isso? — Thomas o segue.
— Porque talvez os outros acreditem em você, mas tem alguma coisa estranha aqui e sei que desconfia também. — diz o garoto com desdém.
— Espera aí, qual é seu nome? — Thomas pergunta.
— Aris. — responde o garoto.
— Alice, Barry, Walt, Edgar, Samantha. — Janson chamava mais escolhidos enquanto na mesa do refeitório Thomas falava com os clareanos.
— O que tem atrás daquela porta? — Thomas pergunta.
— Não, a gente já conversou. Você disse que estavam cobertos, então não sabe o que viu. — Newt relembra Thomas — Podia ser qualquer coisa.
— Eu sei bem o que eu vi, corpos. — Thomas diz convincente — O Aris disse que toda noite entram novos corpos.
— Mas quem é Aris? — Minho questiona e Thomas aponta com a cabeça para o garoto sentado na mesa isolado dos demais.
— Me convenceu. — Winston fala com tom de ironia.
— E para completar, David. Obrigado pela atenção de vocês, aproveitem o resto da noite. — Janson diz e sai com os escolhidos.
— Está, mas até a gente ter certeza, vamos ficar na encolha e tentar não chamar atenção. —Newt diz e parece que em vão, Thomas se levanta abruptamente da mesa e caminha na direção dos dois homens parados na porta. — O que ele vai fazer?
— Eu acho que está tentando chamar atenção. — Caçarola diz o óbvio.
Após a confusão causada por Thomas, Janson dá ordens para que os garotos retornem aos beliches.
— Aí, o que foi aquilo? — Minho pergunta para Thomas após todos entrarem no quarto.
— Jura que você achou que ele ia deixar você passar? É sério isso, Thomas? — Newt pergunta.
— Não, claro que não. — Thomas pega o cartão que conseguiu arrancar do agente — Eu vou descobrir o que tem atrás daquela porta.
— Ah tá. — Newt diz sem ânimo.
— Eles escondem alguma coisa lá, essa gente não é quem eles dizem ser. — Thomas diz.
— Não, Thomas, você não tem certeza. A única coisa que a gente sabe, é que eles salvaram a gente do CRUEL, eles deram uma roupa para a gente, comida, uma cama decente. Alguns não sabem o que é isso há muito tempo. — Newt diz se exaltando.
— Tá, mas...
— Alguns a mais tempo que outros. — Newt interrompe Thomas.
O barulho de grade é ouvido e abaixo da cama de Thomas, Aris aparece.
— Oi, Thomas, você pegou não foi? — Aris pergunta.
— Quem é esse cara? — Caçarola pergunta confuso.
— Eu peguei, vamos. — Thomas diz e se vira para seus amigos. — Olha só, talvez vocês tenham razão. Talvez seja paranoia minha, mas eu tenho que ter certeza. Me dá cobertura, eu volto assim que puder. — Thomas diz e segue Aris tubulação adentro.
Eles conseguem abrir a porta da sala e Thomas fica horrorizado com o que vê. Pessoas presas sobre tubos, inconscientes, milhares delas. Ele vê uma garota de cabelos escuros e se apressa até ela.
— Teresa? — Thomas tira os cabelos da garota de seu rosto e reconhece ela de imediato. — ? Droga, é minha irmã. Preciso soltá-la! — quando Thomas ia soltar ela, as portas fazem um barulho e ele se esconde junto de Aris.
Capítulo 8
— Ainda não. Rastreamos eles até as montanhas. — Janson diz.
— Então ainda estão por aí e já atacaram duas instalações nossas. Eles querem as crianças tanto quanto nós, e eu não posso me dar ao luxo de outra perda. — a mulher dizia — Não agora, quando eu cheguei tão perto da cura. Se você não está apto para a tarefa, acho que alguém esteja. — Ava diz virando as costas
— Não será necessário. Posso sugerir começar pelos recém-chegados? — Janson diz.
— Como achar melhor. — A mulher senta em sua cadeira, pensativa. — Janson... Eu não quero que sintam nenhuma dor.
— Eles não vão sentir nada. —diz Janson.
Após eles saírem da sala, Thomas dá um jeito de ajudar sua irmã. Ele tira os fios conectados a pele dela, Aris pega a garota enquanto Thomas vai avisar os outros novatos.
— Thomas — Newt pergunta.
— Vamos embora. —Thomas solta os lençóis e começar a amarrar na porta.
— O que foi? O que você está falando? — Winston pergunta.
— Vamos embora, temos que sair daqui agora. — Thomas fala desesperado.
— Como assim vamos embora? — Newt e os garotos tentam entender a euforia de Thomas.
— Estão vindo nos pegar. — Thomas diz.
— Thomas o que aconteceu lá? — Caçarola pergunta.
No meio do alvoroço, Thomas conta a eles e todos saem do quarto. Janson os cerca após Thomas conseguir pegar Teresa.
— Abre a porta, Janson. — Thomas diz com a arma em mãos.
— Vocês não vão gostar lá de fora. —Janson diz.
— Abre a droga da porta. — Thomas diz irritado.
— Escuta, quero salvar a vida de todos. O Labirinto é uma coisa, mas vocês não durariam um dia no deserto. Se o clima não matá-los, os cranks matam. Seja lá o que viu, seja lá o que pensa ter visto, eu só quero o melhor para vocês. — Janson tenta convencer o grupo.
— Deixa eu adivinhar, o CRUEL é bom? — Thomas questiona.
— Você não vai passar por aquela porta, Thomas.
A porta é desbloqueada e se abre.
— Oi, gente. — Aris e Winston aparecem.
— Rápido. — Caçarola corre para fora, junto com Newt ajudando .
— Thomas, rápido, vem. Vem logo. —Newt diz e Thomas corre o máximo que pode.
— Fechem a porta principal. — Janson ordena no Walkie Talkie.
Thomas passa deslizando pelo vão da porta e Aris logo quebra o leitor principal de cartões e eles vão em direção a saída. Todos correm até o portão que dava acesso ao deserto. Thomas gira a alavanca e as portas se abrem. No meio da tempestade de areia, eles conseguem sair, caminhando pelas dunas de areia na intenção de despistar os agentes do CRUEL.
— Então ainda estão por aí e já atacaram duas instalações nossas. Eles querem as crianças tanto quanto nós, e eu não posso me dar ao luxo de outra perda. — a mulher dizia — Não agora, quando eu cheguei tão perto da cura. Se você não está apto para a tarefa, acho que alguém esteja. — Ava diz virando as costas
— Não será necessário. Posso sugerir começar pelos recém-chegados? — Janson diz.
— Como achar melhor. — A mulher senta em sua cadeira, pensativa. — Janson... Eu não quero que sintam nenhuma dor.
— Eles não vão sentir nada. —diz Janson.
Após eles saírem da sala, Thomas dá um jeito de ajudar sua irmã. Ele tira os fios conectados a pele dela, Aris pega a garota enquanto Thomas vai avisar os outros novatos.
— Thomas — Newt pergunta.
— Vamos embora. —Thomas solta os lençóis e começar a amarrar na porta.
— O que foi? O que você está falando? — Winston pergunta.
— Vamos embora, temos que sair daqui agora. — Thomas fala desesperado.
— Como assim vamos embora? — Newt e os garotos tentam entender a euforia de Thomas.
— Estão vindo nos pegar. — Thomas diz.
— Thomas o que aconteceu lá? — Caçarola pergunta.
No meio do alvoroço, Thomas conta a eles e todos saem do quarto. Janson os cerca após Thomas conseguir pegar Teresa.
— Abre a porta, Janson. — Thomas diz com a arma em mãos.
— Vocês não vão gostar lá de fora. —Janson diz.
— Abre a droga da porta. — Thomas diz irritado.
— Escuta, quero salvar a vida de todos. O Labirinto é uma coisa, mas vocês não durariam um dia no deserto. Se o clima não matá-los, os cranks matam. Seja lá o que viu, seja lá o que pensa ter visto, eu só quero o melhor para vocês. — Janson tenta convencer o grupo.
— Deixa eu adivinhar, o CRUEL é bom? — Thomas questiona.
— Você não vai passar por aquela porta, Thomas.
A porta é desbloqueada e se abre.
— Oi, gente. — Aris e Winston aparecem.
— Rápido. — Caçarola corre para fora, junto com Newt ajudando .
— Thomas, rápido, vem. Vem logo. —Newt diz e Thomas corre o máximo que pode.
— Fechem a porta principal. — Janson ordena no Walkie Talkie.
Thomas passa deslizando pelo vão da porta e Aris logo quebra o leitor principal de cartões e eles vão em direção a saída. Todos correm até o portão que dava acesso ao deserto. Thomas gira a alavanca e as portas se abrem. No meio da tempestade de areia, eles conseguem sair, caminhando pelas dunas de areia na intenção de despistar os agentes do CRUEL.
Capítulo 9
— Onde estamos? — pergunta
— Precisamos ir. — Thomas diz nervoso.
A adrenalina em seu corpo era muita, Thomas não ficava assustado assim se não fosse algo sério.
— Não, Thomas, pare. O que aconteceu? — Teresa pergunta e todos encaram Thomas
— É o CRUEL, eles mentiram. Nós nunca escapamos. Eu e o Aris encontramos corpos, muitos corpos. — Thomas fala e Aris concorda com a cabeça
— Como assim? Mortos? — Minho pergunta tentando entender melhor a situação.
— Não, mas também talvez não estivessem vivos. estava lá também, estavam suspensos com tubos saindo deles. Estavam sendo drenados. Tem algo em nós que o CRUEL quer. Algo no nosso sangue. Por isso precisamos ir para longe deles. — Thomas fala e o encara.
— Estavam drenando? — ela pergunta, parecia que a garota não havia entendido
— Sim. — responde Thomas
— ‘Tá, qual é o plano? Você tem um, certo? — Newt questiona o amigo ansioso.
— Eu não sei. — Thomas fala e então percebe que eles haviam fugido do CRUEL, mas nem sabia para onde ele e os amigos iriam
— Nós te seguimos até aqui e diz que não sabe o que fazer? — Newt pergunta bravo.
— Esperem, o Janson falou sobre pessoas escondidas nas montanhas. Uma resistência, o exército... — Aris finalmente fala alguma coisa
— O braço direito. Se estão mesmo contra o CRUEL, eles podem nos ajudar. — Thomas conclui.
— Pessoas, em uma montanha? Um povo da montanha, esse é o plano? — Newt parecia não acreditar no que o amigo queria que todos fizessem.
— É a única chance que nós temos. — Thomas tinha real esperança de que o braço direito poderia ajudar eles.
— Gente, olhem isso. — Winston chama a atenção dos amigos, o garoto estava agachado. — Minho, traga a lanterna aqui. Alguém esteve aqui. — havia várias pegadas pela areia, eles resolveram seguir.
sentia uma dor forte em sua cabeça mas não queria preocupar seus amigos. Eles se aproximaram de uma daquelas portas de correr de loja.
— Vamos abrir. — Minho disse após olhar pela fresta e juntos abriram a porta.
— Alguém morou aqui. — Winston reparou pelo estado que estava o lugar.
Todos olharam a volta, encontraram diversas coisas que foram usadas por alguém. Era o rastro de que alguém passou por aquele lugar e ficou um bom tempo por lá.
— E onde estão? — Newt pergunta se referindo as pessoas que estiveram ali antes deles.
— Vamos pegar algumas coisas. — Thomas veste uma blusa e dava as instruções ao pessoal. — Tudo que achem necessário, separem-se e vejam o que encontram. Vamos nos encontrar aqui..
— Espere, Thomas! — Newt chama ele e joga uma lanterna para o moreno.
— Vamos! — Thomas diz a Minho e eles vão procurar por coisas que podem ser úteis a eles.
Newt estava tentando achar coisas que pudessem servir para qualquer ocasião já que eles não sabiam nada sobre o desconhecido mundo a fora. e Teresa estavam olhando a volta e tentando ver o que podiam levar.
Newt se aproximou de que havia se sentado sobre um caixote, a garota parecia cansada.
— Ei, você está legal? — Newt pergunta a e ela concorda com a cabeça.
— Eu renasci, se não fosse o Thomas e o garoto estranho, eu não sei o que seria de mim. — fala enquanto passa a mão pelo braço que doía um pouco.
— Thomas jamais deixaria algo te acontecer. — Newt diz a garota e olha dentro dos olhos dela
— Eu me lembro de você. — fala baixo
— O quê? No labirinto? — Newt solta a bolsa e senta de frente para ela
— Não, lembro de você quando criança. Nós ficamos na mesma sala. — conta a Newt sobre suas lembranças com o garoto. — Nós dois ficamos na mesma sala umas três vezes, até eles acharem que você devia ir. E então eles te levaram e eu prometi que nunca me esqueceria de você.
— Eu sinto muito por não lembrar, gostaria de saber como eram nossos encontros. Acho que seriam menos catastróficos do que agora. — Newt ri baixo e olha para a garota.
Em um impulso, Newt alterna o olhar entre os lábios dela e seus olhos, e toma coragem chocando suas bocas. sente um choque repentino mas corresponde ao beijo. Era algo sem pressa, um beijo calmo, trazia paz. Infelizmente a paz não durou muito, alguém corria e gritava para todos fugirem.
— Vamos sair daqui! — era Thomas gritando.
— Merda! — se levantou pegando a mochila e o taco de beisebol que encontrou.
— O que está acontecendo? — Caçarola perguntou.
— Não sei. — Winston respondeu.
— Corram! — Thomas dizia correndo e todos viram atrás dele e de Minho, Cranks.
— Corram! — Minho gritou para os clareanos que não pensaram duas vezes e dispararam a correr.
— Que merda são essas coisas? — Aris perguntou correndo.
— Não sei, continuem correndo. — Caçarola alerta os amigos.
Houve um Crank grudando Aris mas eles deram um jeito de chutar aquela coisa para longe.
— Para onde vamos? — Winston pergunta.
— Precisamos encontrar uma saída. — Thomas fala.
— Newt! — Thomas grita ao ver o Crank agarrar o loiro.
— Pessoal, me ajude! — Newt pede e Thomas chuta a coisa.
— Está bem? — Thomas pergunta ajudando-o a levantar.
— Estou. Valeu, Tommy. — Newt agradece.
— Por aqui! Vamos! Eles estão vindo! — Minho diz e eles entram num túnel estreito.
— Para onde estamos indo? — Aris pergunta.
— Depressa! Vamos! — Thomas adverte.
— Não parem!
— Vou atrasá-los! — Winston pega a pistola e começa a disparar enquanto Thomas, Minho e Caçarola tentam chutar a porta.
— Vamos, Caçarola. Conseguimos, venham! — Thomas dizia — Vamos, entrem!
Os Cranks agarraram Winston, o impedindo de entrar, o garoto gritava. Todos ajudaram a puxar Winston que teve a barriga arranhada. Thomas segurou a porta para eles ganharem tempo e depois correu para perto dos amigos. Juntos se esconderam de baixo de uma enorme rocha. Winston estava bem ferido, mas trataram de ajudar ele com os ferimentos para não doer tanto.
— O que aconteceu aqui? — Minho perguntou olhando a sua volta.
— Não sei. — Thomas respondeu a Minho.
— Mas parece que ninguém vem aqui há muito tempo. — Caçarola disse, o lugar havia sido tomado por areia do deserto —Espero que não esteja no mundo todo assim.
— Esperem um pouco. — Thomas disse — Parem! Ouviram isso?
têm uma lembrança do Homem Rato, como o apelidaram carinhosamente.
— Obrigado por me receber, a senhorita não chegou aqui em boas condições, por este motivo ainda não está junto de seus amigos. Assim como seus amigos, , você tem uma vontade excepcional de sobreviver, apesar das probabilidades, entre... Outras razões. — dizia Janson para a garota que permanecia deitada na maca. — Cerca de 60 pessoas foram enviadas para a clareira, como vocês chamam. De todas aquelas pessoas, apenas uma fração sobreviveu para estar aqui hoje. Suponho que já deve ter entendido isso até o momento, mas muitas das coisas que aconteceram tiveram o único propósito de julgar e analisar a reação de vocês. Ainda não se trata realmente de um, digamos, experimento. Por enquanto, vou dizer que seja...
O desenvolvimento de um projeto que estimula a zona de conflito letal e coleta os padrões resultantes, além de juntar todas essas informações para alcançar maior avanço na história da ciência e da medicina. Essas situações que são apresentadas a vocês são chamadas de Variáveis, e cada uma delas foi meticulosamente elaborada. Embora não possa lhe contar tudo neste momento, senhorita, é imprescindível que saiba o seguinte: esses experimentos pelos quais seus amigos estão passando acontecem por um motivo muito importante. Reagindo bem às Variáveis, é possível lutar para sobreviver, e todos são recompensados com o reconhecimento de terem desempenhado um papel importante na tentativa de salvar a raça humana. E salvar a si próprios, é claro. — ele fez uma pausa, aparentemente para causar grande impressão. tinha o cenho franzido
— Represento um grupo que você conhece, chamado CRUEL. — disse o homem — Sei que você deve se lembrar de nós, Catástrofe e Ruína Universal: Experimento Letal. — começou a se desesperar e queria levantar — Não há nada de ameaçador nisso, apesar do que possa imaginar. Existimos com um propósito, salvar o mundo da catástrofe total. Você é parte essencial do que planejamos fazer. Nós possuímos recursos jamais concedidos a nenhum outro grupo de nenhuma espécie na história da civilização. Dinheiro praticamente ilimitado, capital humano à disposição e tecnologia avançada em quantidade além do que até mesmo o homem mais inteligente possa ter desejado. Ao passar pelos Experimentos, você viu, e continuará a ver, evidências dessa tecnologia e dos recursos implícitos. Se posso lhe contar alguma coisa hoje, é que nunca, em momento algum, deve acreditar em seus olhos. Aliás, nem na sua mente. Tudo o que fui autorizado a dizer é que às vezes o que você vê não é real, e às vezes o que não vê é. Podemos manipular o cérebro dos seus amigos e os receptores nervosos, quando necessário. Sei que tudo isso talvez pareça confuso e um pouco assustador.
sentia a raiva emanando de si, mas não queria deixar transparecer, até porque o homem parecia inofensivo ao seu ver.
— Eu te devolvi suas memórias desde criança, espero que saiba que estamos do mesmo lado. Agora descanse, amanhã estará em um lugar melhor.
— Precisamos ir. — Thomas diz nervoso.
A adrenalina em seu corpo era muita, Thomas não ficava assustado assim se não fosse algo sério.
— Não, Thomas, pare. O que aconteceu? — Teresa pergunta e todos encaram Thomas
— É o CRUEL, eles mentiram. Nós nunca escapamos. Eu e o Aris encontramos corpos, muitos corpos. — Thomas fala e Aris concorda com a cabeça
— Como assim? Mortos? — Minho pergunta tentando entender melhor a situação.
— Não, mas também talvez não estivessem vivos. estava lá também, estavam suspensos com tubos saindo deles. Estavam sendo drenados. Tem algo em nós que o CRUEL quer. Algo no nosso sangue. Por isso precisamos ir para longe deles. — Thomas fala e o encara.
— Estavam drenando? — ela pergunta, parecia que a garota não havia entendido
— Sim. — responde Thomas
— ‘Tá, qual é o plano? Você tem um, certo? — Newt questiona o amigo ansioso.
— Eu não sei. — Thomas fala e então percebe que eles haviam fugido do CRUEL, mas nem sabia para onde ele e os amigos iriam
— Nós te seguimos até aqui e diz que não sabe o que fazer? — Newt pergunta bravo.
— Esperem, o Janson falou sobre pessoas escondidas nas montanhas. Uma resistência, o exército... — Aris finalmente fala alguma coisa
— O braço direito. Se estão mesmo contra o CRUEL, eles podem nos ajudar. — Thomas conclui.
— Pessoas, em uma montanha? Um povo da montanha, esse é o plano? — Newt parecia não acreditar no que o amigo queria que todos fizessem.
— É a única chance que nós temos. — Thomas tinha real esperança de que o braço direito poderia ajudar eles.
— Gente, olhem isso. — Winston chama a atenção dos amigos, o garoto estava agachado. — Minho, traga a lanterna aqui. Alguém esteve aqui. — havia várias pegadas pela areia, eles resolveram seguir.
sentia uma dor forte em sua cabeça mas não queria preocupar seus amigos. Eles se aproximaram de uma daquelas portas de correr de loja.
— Vamos abrir. — Minho disse após olhar pela fresta e juntos abriram a porta.
— Alguém morou aqui. — Winston reparou pelo estado que estava o lugar.
Todos olharam a volta, encontraram diversas coisas que foram usadas por alguém. Era o rastro de que alguém passou por aquele lugar e ficou um bom tempo por lá.
— E onde estão? — Newt pergunta se referindo as pessoas que estiveram ali antes deles.
— Vamos pegar algumas coisas. — Thomas veste uma blusa e dava as instruções ao pessoal. — Tudo que achem necessário, separem-se e vejam o que encontram. Vamos nos encontrar aqui..
— Espere, Thomas! — Newt chama ele e joga uma lanterna para o moreno.
— Vamos! — Thomas diz a Minho e eles vão procurar por coisas que podem ser úteis a eles.
Newt estava tentando achar coisas que pudessem servir para qualquer ocasião já que eles não sabiam nada sobre o desconhecido mundo a fora. e Teresa estavam olhando a volta e tentando ver o que podiam levar.
Newt se aproximou de que havia se sentado sobre um caixote, a garota parecia cansada.
— Ei, você está legal? — Newt pergunta a e ela concorda com a cabeça.
— Eu renasci, se não fosse o Thomas e o garoto estranho, eu não sei o que seria de mim. — fala enquanto passa a mão pelo braço que doía um pouco.
— Thomas jamais deixaria algo te acontecer. — Newt diz a garota e olha dentro dos olhos dela
— Eu me lembro de você. — fala baixo
— O quê? No labirinto? — Newt solta a bolsa e senta de frente para ela
— Não, lembro de você quando criança. Nós ficamos na mesma sala. — conta a Newt sobre suas lembranças com o garoto. — Nós dois ficamos na mesma sala umas três vezes, até eles acharem que você devia ir. E então eles te levaram e eu prometi que nunca me esqueceria de você.
— Eu sinto muito por não lembrar, gostaria de saber como eram nossos encontros. Acho que seriam menos catastróficos do que agora. — Newt ri baixo e olha para a garota.
Em um impulso, Newt alterna o olhar entre os lábios dela e seus olhos, e toma coragem chocando suas bocas. sente um choque repentino mas corresponde ao beijo. Era algo sem pressa, um beijo calmo, trazia paz. Infelizmente a paz não durou muito, alguém corria e gritava para todos fugirem.
— Vamos sair daqui! — era Thomas gritando.
— Merda! — se levantou pegando a mochila e o taco de beisebol que encontrou.
— O que está acontecendo? — Caçarola perguntou.
— Não sei. — Winston respondeu.
— Corram! — Thomas dizia correndo e todos viram atrás dele e de Minho, Cranks.
— Corram! — Minho gritou para os clareanos que não pensaram duas vezes e dispararam a correr.
— Que merda são essas coisas? — Aris perguntou correndo.
— Não sei, continuem correndo. — Caçarola alerta os amigos.
Houve um Crank grudando Aris mas eles deram um jeito de chutar aquela coisa para longe.
— Para onde vamos? — Winston pergunta.
— Precisamos encontrar uma saída. — Thomas fala.
— Newt! — Thomas grita ao ver o Crank agarrar o loiro.
— Pessoal, me ajude! — Newt pede e Thomas chuta a coisa.
— Está bem? — Thomas pergunta ajudando-o a levantar.
— Estou. Valeu, Tommy. — Newt agradece.
— Por aqui! Vamos! Eles estão vindo! — Minho diz e eles entram num túnel estreito.
— Para onde estamos indo? — Aris pergunta.
— Depressa! Vamos! — Thomas adverte.
— Não parem!
— Vou atrasá-los! — Winston pega a pistola e começa a disparar enquanto Thomas, Minho e Caçarola tentam chutar a porta.
— Vamos, Caçarola. Conseguimos, venham! — Thomas dizia — Vamos, entrem!
Os Cranks agarraram Winston, o impedindo de entrar, o garoto gritava. Todos ajudaram a puxar Winston que teve a barriga arranhada. Thomas segurou a porta para eles ganharem tempo e depois correu para perto dos amigos. Juntos se esconderam de baixo de uma enorme rocha. Winston estava bem ferido, mas trataram de ajudar ele com os ferimentos para não doer tanto.
— O que aconteceu aqui? — Minho perguntou olhando a sua volta.
— Não sei. — Thomas respondeu a Minho.
— Mas parece que ninguém vem aqui há muito tempo. — Caçarola disse, o lugar havia sido tomado por areia do deserto —Espero que não esteja no mundo todo assim.
— Esperem um pouco. — Thomas disse — Parem! Ouviram isso?
têm uma lembrança do Homem Rato, como o apelidaram carinhosamente.
— Obrigado por me receber, a senhorita não chegou aqui em boas condições, por este motivo ainda não está junto de seus amigos. Assim como seus amigos, , você tem uma vontade excepcional de sobreviver, apesar das probabilidades, entre... Outras razões. — dizia Janson para a garota que permanecia deitada na maca. — Cerca de 60 pessoas foram enviadas para a clareira, como vocês chamam. De todas aquelas pessoas, apenas uma fração sobreviveu para estar aqui hoje. Suponho que já deve ter entendido isso até o momento, mas muitas das coisas que aconteceram tiveram o único propósito de julgar e analisar a reação de vocês. Ainda não se trata realmente de um, digamos, experimento. Por enquanto, vou dizer que seja...
O desenvolvimento de um projeto que estimula a zona de conflito letal e coleta os padrões resultantes, além de juntar todas essas informações para alcançar maior avanço na história da ciência e da medicina. Essas situações que são apresentadas a vocês são chamadas de Variáveis, e cada uma delas foi meticulosamente elaborada. Embora não possa lhe contar tudo neste momento, senhorita, é imprescindível que saiba o seguinte: esses experimentos pelos quais seus amigos estão passando acontecem por um motivo muito importante. Reagindo bem às Variáveis, é possível lutar para sobreviver, e todos são recompensados com o reconhecimento de terem desempenhado um papel importante na tentativa de salvar a raça humana. E salvar a si próprios, é claro. — ele fez uma pausa, aparentemente para causar grande impressão. tinha o cenho franzido
— Represento um grupo que você conhece, chamado CRUEL. — disse o homem — Sei que você deve se lembrar de nós, Catástrofe e Ruína Universal: Experimento Letal. — começou a se desesperar e queria levantar — Não há nada de ameaçador nisso, apesar do que possa imaginar. Existimos com um propósito, salvar o mundo da catástrofe total. Você é parte essencial do que planejamos fazer. Nós possuímos recursos jamais concedidos a nenhum outro grupo de nenhuma espécie na história da civilização. Dinheiro praticamente ilimitado, capital humano à disposição e tecnologia avançada em quantidade além do que até mesmo o homem mais inteligente possa ter desejado. Ao passar pelos Experimentos, você viu, e continuará a ver, evidências dessa tecnologia e dos recursos implícitos. Se posso lhe contar alguma coisa hoje, é que nunca, em momento algum, deve acreditar em seus olhos. Aliás, nem na sua mente. Tudo o que fui autorizado a dizer é que às vezes o que você vê não é real, e às vezes o que não vê é. Podemos manipular o cérebro dos seus amigos e os receptores nervosos, quando necessário. Sei que tudo isso talvez pareça confuso e um pouco assustador.
sentia a raiva emanando de si, mas não queria deixar transparecer, até porque o homem parecia inofensivo ao seu ver.
— Eu te devolvi suas memórias desde criança, espero que saiba que estamos do mesmo lado. Agora descanse, amanhã estará em um lugar melhor.
Capítulo 10
— Nunca vão parar de nos procurar, não é? — Caçarola perguntou cabisbaixo.
— Estão todos bem? — Thomas perguntou preocupados com todos, sua irmã era a que mais lhe preocupava, não queria aparentar que estava tendo lembranças e não sabia o que fizeram com ela. — Mais um pouco, gente!
— As montanhas. Só pode ser lá. — Thomas dizia olhando — É para onde iremos.
— É um longo caminho. — Minho disse trocando a mochila de lado.
— Então é melhor irmos andando. — Thomas falou e todos seguiram para descer as dunas mas Winston escorregou e rolou pela areia. Ele estava muito fraco.
— Winston! Winston! — Thomas chamou pelo amigo.
— Ele está muito ferido. — Caçarola falou.
— O que faremos? — Newt pergunta a Thomas querendo uma ideia.
Eles decidem carregar Winston até um abrigo embaixo de três enormes pedras.
— Parece que estão se distanciando. — Teresa diz em relação as montanhas.
— Só precisamos continuar. Podemos chegar lá. — Thomas responde sendo positivo.
— Quanto falta? — Newt pergunta a Thomas.
— Só mais um pouquinho. — Thomas respondeu à pergunta de Newt.
— Isso não foi nada convincente. — Newt diz para os clareanos — Você está legal?
— Estou, só não sei o que fizeram comigo. Parece tudo estranho. É como se algo tivesse sido implantado em mim. — Newt olha em seu pescoço e vê uma marca.
— Sim, tem algo aí. Eu também tenho? — ele pergunta e ela olha e em seguida confirma com a cabeça.
De repente um tiro é ouvido e todos observam o que aconteceu. Winston havia pegado a arma e tentado dar um tiro em sua própria cabeça.
— Winston, o que está fazendo? — Caçarola pergunta. — Dê-me isso!
— O que foi? — Thomas pergunta chegando a eles — O que aconteceu?
— Não sei! — Minho respondeu — Ele pegou a arma e tentou...
— Está crescendo... Dentro de mim. — a ferida estava maior, tudo ficando preto — Eu não vou sobreviver. Por favor. — Winston implorou — Não deixe que eu vire uma daquelas coisas. Newt… — ele suplica e entregam a ele a arma. — Obrigado. Agora, saiam daqui.
Eles saem andando por meio das dunas.
— Achei que éramos imunes. — Minho diz desacreditado. — Não me conformo.
— Nem todos nós... Eu acho. — Newt responde cabisbaixo.
— Se Winston pode ser infectado, presume-se que também podemos. — Thomas fala.
— Não sabemos muito ainda sobre o fulgor, mas eu daria tudo para saber o porquê do CRUEL nos querer tanto, se tem algo no nosso sangue, devíamos ser imunes. — diz pensativa andando atrás do grupo.
— Nunca imaginei que eu diria isso. Sinto falta da Clareira. — Caçarola diz sentindo falta do amigo.
— Estão todos bem? — Thomas perguntou preocupados com todos, sua irmã era a que mais lhe preocupava, não queria aparentar que estava tendo lembranças e não sabia o que fizeram com ela. — Mais um pouco, gente!
— As montanhas. Só pode ser lá. — Thomas dizia olhando — É para onde iremos.
— É um longo caminho. — Minho disse trocando a mochila de lado.
— Então é melhor irmos andando. — Thomas falou e todos seguiram para descer as dunas mas Winston escorregou e rolou pela areia. Ele estava muito fraco.
— Winston! Winston! — Thomas chamou pelo amigo.
— Ele está muito ferido. — Caçarola falou.
— O que faremos? — Newt pergunta a Thomas querendo uma ideia.
Eles decidem carregar Winston até um abrigo embaixo de três enormes pedras.
— Parece que estão se distanciando. — Teresa diz em relação as montanhas.
— Só precisamos continuar. Podemos chegar lá. — Thomas responde sendo positivo.
— Quanto falta? — Newt pergunta a Thomas.
— Só mais um pouquinho. — Thomas respondeu à pergunta de Newt.
— Isso não foi nada convincente. — Newt diz para os clareanos — Você está legal?
— Estou, só não sei o que fizeram comigo. Parece tudo estranho. É como se algo tivesse sido implantado em mim. — Newt olha em seu pescoço e vê uma marca.
— Sim, tem algo aí. Eu também tenho? — ele pergunta e ela olha e em seguida confirma com a cabeça.
De repente um tiro é ouvido e todos observam o que aconteceu. Winston havia pegado a arma e tentado dar um tiro em sua própria cabeça.
— Winston, o que está fazendo? — Caçarola pergunta. — Dê-me isso!
— O que foi? — Thomas pergunta chegando a eles — O que aconteceu?
— Não sei! — Minho respondeu — Ele pegou a arma e tentou...
— Está crescendo... Dentro de mim. — a ferida estava maior, tudo ficando preto — Eu não vou sobreviver. Por favor. — Winston implorou — Não deixe que eu vire uma daquelas coisas. Newt… — ele suplica e entregam a ele a arma. — Obrigado. Agora, saiam daqui.
Eles saem andando por meio das dunas.
— Achei que éramos imunes. — Minho diz desacreditado. — Não me conformo.
— Nem todos nós... Eu acho. — Newt responde cabisbaixo.
— Se Winston pode ser infectado, presume-se que também podemos. — Thomas fala.
— Não sabemos muito ainda sobre o fulgor, mas eu daria tudo para saber o porquê do CRUEL nos querer tanto, se tem algo no nosso sangue, devíamos ser imunes. — diz pensativa andando atrás do grupo.
— Nunca imaginei que eu diria isso. Sinto falta da Clareira. — Caçarola diz sentindo falta do amigo.
Capítulo 11
Eles andaram pelo deserto, já não suportando o calor e sem uma gota de água. Estavam cansados, e por isso fizeram uma pausa. Todos dormiam, Thomas se remexeu e ao abrir os olhos, notou algo. Eram como luzes, se movendo, na direção deles, mesmo que ainda estivessem distantes.
— Levantem-se! — Thomas disse acordando os amigos. — Levantem! Caçarola! Aris! Estou vendo uma coisa.
— O que foi? — Newt levantou-se com os outros ainda desnorteado.
— Está vendo aquilo? — Thomas perguntou apontando na direção. — Luzes.
— Estão vindo. — Newt percebeu o que o amigo queria dizer.
Do lado contrário das luzes, se aproximava uma tempestade, raios e mais raios eram projetados do céu. Estava escuro e os raios se aproximavam, todos começaram a correr na direção das luzes.
— Vamos! Precisamos ir, venham.
Cada vez os raios caíam mais perto dos jovens, Thomas continuava gritando para não pararem de correr, eles atravessaram alguns carros parados, e chegaram ao prédio, abriu a porta depressa quando escutou um som estrondoso e ao olhar para trás, viu Minho ser atingido por um raio, Thomas havia sido jogado um pouco distante do amigo e, a considerar pela proximidade do raio, seus ouvidos estavam sensíveis. Mas ainda assim, Thomas se levantou indo até o asiático que estava no chão. Saía fumaça do peito do jovem, Aris e Newt correram para ajudar Thomas com o amigo ainda desacordado. Rapidamente o apoiaram sobre seus ombros e começaram a ir depressa até a porta, entrou às pressas, Caçarola segurou a porta pelo lado de fora enquanto Teresa e os demais passaram por ela. acendeu a lanterna, Thomas pegou nas vestes do garoto e começou a chacoalhá-lo.
— Minho! — Thomas balançava o amigo insistentemente.
— Qual é, vamos! — Newt pediu baixo.
— Minho! Minho! — Thomas o chamou mais uma vez segurando o rosto do jovem, todos estavam apreensivos. Até que o asiático gemeu, acordando aos poucos.
— Levanta, você está bem? — Thomas questionou o amigo, preocupado.
— O que aconteceu? — perguntou Minho ainda desnorteado.
— Você foi atingido por um raio. — Thomas contou, e eles começaram a rir. O garoto estava inteiro, embora confuso. — Vamos levantá-lo.
— Pessoal... — chamou os amigos enquanto olhava ossos pelo chão, sendo iluminados por sua lanterna.
— Que cheiro é este? — Teresa perguntou.
— Teresa, cuidado. — se aproximou vendo o Crank avançar e o afastou com o taco.
Todos gritaram desesperados com o ataque da criatura, iluminou mais ao chão vendo que a criatura estava presa por correntes. Mas estavam rodeados de Cranks, não era somente um, eram vários. Todos presos sobre as correntes. O grupo se juntou em um círculo pequeno, até ouvirem uma voz feminina.
— Vejo que conheceram os nossos cães de guarda. — disse a garota sendo iluminada por luzes e caminhando até o grupo de Thomas.
— Quem é? — perguntou Caçarola, curioso. Tentava ver entre as luzes da lanterna o rosto da menina de cabelos curtos.
— Vocês estão detonados. — disse ela após ficar frente a frente com o grupo. — Venham, sigam-me. A não ser que queiram ficar aqui com eles.
Eles a seguiam desconfiados, para onde estavam indo? E quem era aquela garota? se aproximou do irmão e sussurrou para o mesmo.
— Hey, Thomas. Não acho que devíamos estar aqui, tem algo errado com este lugar. — dizia baixo e o irmão a encarou.
— Vamos ver onde viemos parar, qualquer coisa, daremos o fora. — ele responde e continuam atrás da menina. Se deparando com uma espécie de alojamento, várias pessoas, fogueiras.
— Continuem. Jorge quer conhecer vocês. — disse a garota ainda andando na frente e subindo o lance de escadas.
— Quem é Jorge? — Thomas perguntou, começou a achar tudo cada vez mais estranho.
— Você verá. Ninguém sai no Deserto há muito tempo. Vocês o deixaram curioso. — ela respondeu. — E a mim também.
— Quem mais está com um mau pressentimento? — Newt perguntou após ver homens seguindo-os.
— Bem-vindo ao time. — zombou para o loiro.
— Só vamos ouvir o que ele tem a dizer. — Thomas acalmou os amigos, sendo pacifista como sempre.
Após mais um lance de escadas, finamente chegam ao que parecia um sótão. Com diversas quinquilharias, um homem mexia na frequência de um rádio.
— Jorge, eles estão aqui. — anunciou a garota.
Lá fora parecia cair uma tempestade, mas sem uma gota de água. O homem desistiu do rádio e se virou para o grupo.
— Já sentiram como se o mundo todo estivesse contra vocês? — perguntou o homem de pele escura, Thomas e os outros se encararam sem entender nada daquela conversa fiada. — Três perguntas: "de onde vocês vieram?", "para onde estão indo?", "como posso lucrar com isso?". — ele se servia de um líquido esperando uma resposta, mas ninguém dentre os clareanos abriu a boca para responder. — Não respondam todos de uma vez.
— Estamos indo para as montanhas. — Thomas tomou coragem de responder. — Procuramos pelo Braço Direito.
Os homens no espaço começaram a rir, como se Thomas tivesse contado uma piada muito engraçada.
— Estão procurando fantasmas, não é isso? — Jorge perguntou e deu um gole em sua bebida. — Segunda pergunta: de onde vocês vieram?
— Isso é da nossa conta. — Minho rebateu prontamente, pareciam sacar que havia mesmo algo de muito errado naquele lugar.
Jorge deu de ombros e fez sinal para seus homens, que prontamente grudaram Thomas pelos ombros e o fizeram se ajoelhar. Os demais clareanos queriam ajudar o amigo porém foram impedidos por outros homens estranhos.
— Tire as mãos de mim! Tire as mãos de mim, cara! — Thomas se debatia inutilmente.
— Cale a boca, bebezão. — a garota de cabelos curtos disse enquanto apontava algo para a nua de Thomas, parecia estar escaneando o garoto.
— O que é isso? — Thomas perguntou ouvindo um barulho estranho.
— Você estava certo. — a garota disse após analisar o scanner enquanto ele pegou o objeto na mão, analisando-o.
— Certo sobre o quê? Do que ela está falando? — Thomas perguntou confuso.
— Sinto muito, hermano. — o homem olhou para Thomas após ele se levantar. — Parece-me que foram marcados. Vocês vieram do CRUEL. O que significa... Que são bastante valiosos.
Todos estavam pendurados de cabeça para baixo. Amarrados pelos pés e a visão de baixo não era das melhores, estavam dentre um dos andares, e abaixo deles, mais andares e por fim, o chão.
— Ótimo plano, Thomas. "Só vamos ouvir o que o cara tem a dizer." — Minho estava sendo irônico. —Ajudou bastante.
— Cale a boca, Minho. — Thomas resmungou tentando pensar. — Talvez eu consiga alcançar a corda. —ele tentava se curvar inutilmente, nem chegando perto da corda amarrada aos pés.
— Estão gostando da vista? — Jorge apareceu.
— O que diabos você quer? — Thomas perguntou grosseiro.
— Eis a questão. Os meus homens querem vender vocês de volta para o CRUEL. A vida ensinou-lhes a pensar pequeno. — Jorge dizia enquanto caminhava para mais perto. — Porém, não sou assim. Algo me diz que você também não.
— É o sangue correndo pela minha cabeça ou esse trolho não fala coisa com coisa? — Minho resmungou.
— Digam-me o que sabem sobre o Braço Direito. — Jorge pareceu ignorar o comentário de Minho e encarou Thomas.
— Qual é o problema deste mértila? — bufou irritada. — Primeiro, nos questiona, depois amarra a gente como porcos prontos para o abate, agora vêm obter informações sobre algo que ele deu a entender que não existia.
— Você não disse que eram fantasmas? — Newt questionou Jorge
— Mas eu acredito em fantasmas. Especialmente quando os ouço tagarelando nas ondas de rádio. — Jorge caminhava até uma espécie de alavanca. E a segurou com a mão esquerda, tornando a repetir a informação que ele queria. — Contem-me o que sabem e talvez façamos um trato.
— Nós não sabemos de muita coisa. Está bem?! — Thomas respondeu após olhar para os amigos tentando pensar que se contasse o que sabiam, talvez saíssem daquela situação em que se encontravam. Mas Jorge pareceu não acreditar e puxou a alavanca fazendo a plataforma descer um pouco e todos ficarem aflitos. — Não, não, está bem. Eles se escondem nas montanhas. Eles atacaram o CRUEL, e possuem muitos adolescentes. É só o que sabemos. — Thomas desembucha e quando Jorge está prestes a dizer algo, um dos capangas aparece o chamando.
— Jorge... O que está havendo? — disse o careca alto.
— Os meus novos amigos e eu só estávamos nos conhecendo. Mas já acabamos. — disse Jorge com desdém.
— Espera. Não vai nos ajudar? — Thomas perguntou.
— Não se preocupe, hermano. Levaremos vocês para o local de onde vieram. Aguentem firme.
Jorge virou as costas e tudo o que queria era estapear seu irmão por infelizmente confiar facilmente as pessoas e ser tão boca aberta. por mais que quase ninguém pudesse encontrar o braço direito, isso não dava direito ao Thomas de sair por aí falando isso, achando que as pessoas ajudariam.
— Trolho, não acha que falou demais? — pergunta apontando para o irmão.
— O quê? O que eu fiz? — Thomas questionou a irmã.
— O que fez? Thomas, se o Braço Direito existe mesmo, você acabou de dar a localização para pessoas que só querem algo em troca, por puro interesse. Você mesmo ouviu o que ele falou sobre ele mandar a gente para o local de onde viemos. Ele vai nos devolver ao CRUEL, e se encontrar o Braço Direito, fará o mesmo com os jovens que foram resgatados. — disse nervosa. — Nossa fuga foi em vão.
— Foi mal, ‘tá legal? — ele falou arrependido. — Vamos pensar, acho que Teresa pode alcançar a corda. Vamos nos mover. — Thomas disse e eles começaram a se balançar. — Minho. Empurre-a com força.
Teresa por pouco não pegou a barra de ferro, eles novamente fizeram o mesmo esquema de empurrá-la. Parecia que o universo estava contra eles, com raiva se balançou demais e empurrou Newt, fazendo assim o garoto empurrar Minho. O asiático juntou suas forças e assim que seu corpo foi para frente, empurrou Teresa e ela finalmente pegou a barra. Ela se virou e puxou a alavanca, em seguida começaram a se soltar às pressas. Um dos homens de mais cedo apareceu falando com Janson no Walkie-Talkie e em seguida tentou assustar a todos. Mas Thomas o agarrou e começaram uma batalha, antes que o homem acertasse Thomas, alguém atirou e o homem caiu no chão, dando a visão da garota de cabelos curtos.
Tentando ajudar os meninos a fugirem, para recompensar pela merda causada por Jorge, a garota os levou para o sótão, avisando sobre um plano B, em seguida ele foi em uma espécie de tirolesa, um atrás do outro seguindo Jorge. só percebeu que o irmão havia ficado para trás quando olhou na tirolesa atrás de Teresa e não teve sinal de Thomas.
— Levantem-se! — Thomas disse acordando os amigos. — Levantem! Caçarola! Aris! Estou vendo uma coisa.
— O que foi? — Newt levantou-se com os outros ainda desnorteado.
— Está vendo aquilo? — Thomas perguntou apontando na direção. — Luzes.
— Estão vindo. — Newt percebeu o que o amigo queria dizer.
Do lado contrário das luzes, se aproximava uma tempestade, raios e mais raios eram projetados do céu. Estava escuro e os raios se aproximavam, todos começaram a correr na direção das luzes.
— Vamos! Precisamos ir, venham.
Cada vez os raios caíam mais perto dos jovens, Thomas continuava gritando para não pararem de correr, eles atravessaram alguns carros parados, e chegaram ao prédio, abriu a porta depressa quando escutou um som estrondoso e ao olhar para trás, viu Minho ser atingido por um raio, Thomas havia sido jogado um pouco distante do amigo e, a considerar pela proximidade do raio, seus ouvidos estavam sensíveis. Mas ainda assim, Thomas se levantou indo até o asiático que estava no chão. Saía fumaça do peito do jovem, Aris e Newt correram para ajudar Thomas com o amigo ainda desacordado. Rapidamente o apoiaram sobre seus ombros e começaram a ir depressa até a porta, entrou às pressas, Caçarola segurou a porta pelo lado de fora enquanto Teresa e os demais passaram por ela. acendeu a lanterna, Thomas pegou nas vestes do garoto e começou a chacoalhá-lo.
— Minho! — Thomas balançava o amigo insistentemente.
— Qual é, vamos! — Newt pediu baixo.
— Minho! Minho! — Thomas o chamou mais uma vez segurando o rosto do jovem, todos estavam apreensivos. Até que o asiático gemeu, acordando aos poucos.
— Levanta, você está bem? — Thomas questionou o amigo, preocupado.
— O que aconteceu? — perguntou Minho ainda desnorteado.
— Você foi atingido por um raio. — Thomas contou, e eles começaram a rir. O garoto estava inteiro, embora confuso. — Vamos levantá-lo.
— Pessoal... — chamou os amigos enquanto olhava ossos pelo chão, sendo iluminados por sua lanterna.
— Que cheiro é este? — Teresa perguntou.
— Teresa, cuidado. — se aproximou vendo o Crank avançar e o afastou com o taco.
Todos gritaram desesperados com o ataque da criatura, iluminou mais ao chão vendo que a criatura estava presa por correntes. Mas estavam rodeados de Cranks, não era somente um, eram vários. Todos presos sobre as correntes. O grupo se juntou em um círculo pequeno, até ouvirem uma voz feminina.
— Vejo que conheceram os nossos cães de guarda. — disse a garota sendo iluminada por luzes e caminhando até o grupo de Thomas.
— Quem é? — perguntou Caçarola, curioso. Tentava ver entre as luzes da lanterna o rosto da menina de cabelos curtos.
— Vocês estão detonados. — disse ela após ficar frente a frente com o grupo. — Venham, sigam-me. A não ser que queiram ficar aqui com eles.
Eles a seguiam desconfiados, para onde estavam indo? E quem era aquela garota? se aproximou do irmão e sussurrou para o mesmo.
— Hey, Thomas. Não acho que devíamos estar aqui, tem algo errado com este lugar. — dizia baixo e o irmão a encarou.
— Vamos ver onde viemos parar, qualquer coisa, daremos o fora. — ele responde e continuam atrás da menina. Se deparando com uma espécie de alojamento, várias pessoas, fogueiras.
— Continuem. Jorge quer conhecer vocês. — disse a garota ainda andando na frente e subindo o lance de escadas.
— Quem é Jorge? — Thomas perguntou, começou a achar tudo cada vez mais estranho.
— Você verá. Ninguém sai no Deserto há muito tempo. Vocês o deixaram curioso. — ela respondeu. — E a mim também.
— Quem mais está com um mau pressentimento? — Newt perguntou após ver homens seguindo-os.
— Bem-vindo ao time. — zombou para o loiro.
— Só vamos ouvir o que ele tem a dizer. — Thomas acalmou os amigos, sendo pacifista como sempre.
Após mais um lance de escadas, finamente chegam ao que parecia um sótão. Com diversas quinquilharias, um homem mexia na frequência de um rádio.
— Jorge, eles estão aqui. — anunciou a garota.
Lá fora parecia cair uma tempestade, mas sem uma gota de água. O homem desistiu do rádio e se virou para o grupo.
— Já sentiram como se o mundo todo estivesse contra vocês? — perguntou o homem de pele escura, Thomas e os outros se encararam sem entender nada daquela conversa fiada. — Três perguntas: "de onde vocês vieram?", "para onde estão indo?", "como posso lucrar com isso?". — ele se servia de um líquido esperando uma resposta, mas ninguém dentre os clareanos abriu a boca para responder. — Não respondam todos de uma vez.
— Estamos indo para as montanhas. — Thomas tomou coragem de responder. — Procuramos pelo Braço Direito.
Os homens no espaço começaram a rir, como se Thomas tivesse contado uma piada muito engraçada.
— Estão procurando fantasmas, não é isso? — Jorge perguntou e deu um gole em sua bebida. — Segunda pergunta: de onde vocês vieram?
— Isso é da nossa conta. — Minho rebateu prontamente, pareciam sacar que havia mesmo algo de muito errado naquele lugar.
Jorge deu de ombros e fez sinal para seus homens, que prontamente grudaram Thomas pelos ombros e o fizeram se ajoelhar. Os demais clareanos queriam ajudar o amigo porém foram impedidos por outros homens estranhos.
— Tire as mãos de mim! Tire as mãos de mim, cara! — Thomas se debatia inutilmente.
— Cale a boca, bebezão. — a garota de cabelos curtos disse enquanto apontava algo para a nua de Thomas, parecia estar escaneando o garoto.
— O que é isso? — Thomas perguntou ouvindo um barulho estranho.
— Você estava certo. — a garota disse após analisar o scanner enquanto ele pegou o objeto na mão, analisando-o.
— Certo sobre o quê? Do que ela está falando? — Thomas perguntou confuso.
— Sinto muito, hermano. — o homem olhou para Thomas após ele se levantar. — Parece-me que foram marcados. Vocês vieram do CRUEL. O que significa... Que são bastante valiosos.
Todos estavam pendurados de cabeça para baixo. Amarrados pelos pés e a visão de baixo não era das melhores, estavam dentre um dos andares, e abaixo deles, mais andares e por fim, o chão.
— Ótimo plano, Thomas. "Só vamos ouvir o que o cara tem a dizer." — Minho estava sendo irônico. —Ajudou bastante.
— Cale a boca, Minho. — Thomas resmungou tentando pensar. — Talvez eu consiga alcançar a corda. —ele tentava se curvar inutilmente, nem chegando perto da corda amarrada aos pés.
— Estão gostando da vista? — Jorge apareceu.
— O que diabos você quer? — Thomas perguntou grosseiro.
— Eis a questão. Os meus homens querem vender vocês de volta para o CRUEL. A vida ensinou-lhes a pensar pequeno. — Jorge dizia enquanto caminhava para mais perto. — Porém, não sou assim. Algo me diz que você também não.
— É o sangue correndo pela minha cabeça ou esse trolho não fala coisa com coisa? — Minho resmungou.
— Digam-me o que sabem sobre o Braço Direito. — Jorge pareceu ignorar o comentário de Minho e encarou Thomas.
— Qual é o problema deste mértila? — bufou irritada. — Primeiro, nos questiona, depois amarra a gente como porcos prontos para o abate, agora vêm obter informações sobre algo que ele deu a entender que não existia.
— Você não disse que eram fantasmas? — Newt questionou Jorge
— Mas eu acredito em fantasmas. Especialmente quando os ouço tagarelando nas ondas de rádio. — Jorge caminhava até uma espécie de alavanca. E a segurou com a mão esquerda, tornando a repetir a informação que ele queria. — Contem-me o que sabem e talvez façamos um trato.
— Nós não sabemos de muita coisa. Está bem?! — Thomas respondeu após olhar para os amigos tentando pensar que se contasse o que sabiam, talvez saíssem daquela situação em que se encontravam. Mas Jorge pareceu não acreditar e puxou a alavanca fazendo a plataforma descer um pouco e todos ficarem aflitos. — Não, não, está bem. Eles se escondem nas montanhas. Eles atacaram o CRUEL, e possuem muitos adolescentes. É só o que sabemos. — Thomas desembucha e quando Jorge está prestes a dizer algo, um dos capangas aparece o chamando.
— Jorge... O que está havendo? — disse o careca alto.
— Os meus novos amigos e eu só estávamos nos conhecendo. Mas já acabamos. — disse Jorge com desdém.
— Espera. Não vai nos ajudar? — Thomas perguntou.
— Não se preocupe, hermano. Levaremos vocês para o local de onde vieram. Aguentem firme.
Jorge virou as costas e tudo o que queria era estapear seu irmão por infelizmente confiar facilmente as pessoas e ser tão boca aberta. por mais que quase ninguém pudesse encontrar o braço direito, isso não dava direito ao Thomas de sair por aí falando isso, achando que as pessoas ajudariam.
— Trolho, não acha que falou demais? — pergunta apontando para o irmão.
— O quê? O que eu fiz? — Thomas questionou a irmã.
— O que fez? Thomas, se o Braço Direito existe mesmo, você acabou de dar a localização para pessoas que só querem algo em troca, por puro interesse. Você mesmo ouviu o que ele falou sobre ele mandar a gente para o local de onde viemos. Ele vai nos devolver ao CRUEL, e se encontrar o Braço Direito, fará o mesmo com os jovens que foram resgatados. — disse nervosa. — Nossa fuga foi em vão.
— Foi mal, ‘tá legal? — ele falou arrependido. — Vamos pensar, acho que Teresa pode alcançar a corda. Vamos nos mover. — Thomas disse e eles começaram a se balançar. — Minho. Empurre-a com força.
Teresa por pouco não pegou a barra de ferro, eles novamente fizeram o mesmo esquema de empurrá-la. Parecia que o universo estava contra eles, com raiva se balançou demais e empurrou Newt, fazendo assim o garoto empurrar Minho. O asiático juntou suas forças e assim que seu corpo foi para frente, empurrou Teresa e ela finalmente pegou a barra. Ela se virou e puxou a alavanca, em seguida começaram a se soltar às pressas. Um dos homens de mais cedo apareceu falando com Janson no Walkie-Talkie e em seguida tentou assustar a todos. Mas Thomas o agarrou e começaram uma batalha, antes que o homem acertasse Thomas, alguém atirou e o homem caiu no chão, dando a visão da garota de cabelos curtos.
Tentando ajudar os meninos a fugirem, para recompensar pela merda causada por Jorge, a garota os levou para o sótão, avisando sobre um plano B, em seguida ele foi em uma espécie de tirolesa, um atrás do outro seguindo Jorge. só percebeu que o irmão havia ficado para trás quando olhou na tirolesa atrás de Teresa e não teve sinal de Thomas.
Capítulo 12
Andaram por um tempo com Jorge, para segundo ele, fugirem do CRUEL. estava preocupada demais com Thomas, não sabia como o garoto estava, ela começou a sentir uma tontura, sua visão ficou turva e a última coisa que ouviu foi Newt chamando por seu nome.
Flashback_
andava pelas instalações do CRUEL, ao chegar em sua mesa, botou a pasta com informações e logo abriu a tela de seu computador para passar aqueles arquivos para um formato digital, faltava apenas isso para que ela estivesse livre e fosse descansar. A sede do CRUEL estava vazia, já era bem tarde e, como Ava confiava nela, permitiu que ela ficasse até tarde para colocar os documentos restantes sobre os testes feitos com os jovens dentro da clareira. Não sabia de fato, o porquê de pessoas da sua idade estarem servindo de cobaia. Enquanto acompanhava com os olhos, o que havia escrito, notou por trás da tela de última geração, uma pasta amarela. Levantou de seu lugar e caminhou para lá, pegou a pasta em mãos e abriu ignorando completamente o enorme carimbo em vermelho escrito "CONFIDENCIAL, NÃO ABRA".
Sua curiosidade era maior e ela logo viu fotos dos jovens da Clareira anexadas às primeiras páginas, depois encontrou uma foto de Thomas e de uma garota de olhos castanhos. Ela prontamente franziu o cenho e virou a página se deparando com algo que parecia com um diário particular. Encostou-se na mesa de vidro e começou a ler.
THOMAS; FASE 3
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO
Dia 1: Thomas está compreensivelmente confuso. A interação com Teresa teve grande efeito em suas leituras. O mais notável foi quando a manipulamos a mentir, dizendo a ele que ficou preso sozinho por uma semana.
Variável importante: Brenda burlou o sistema e teve êxito ao dar um aviso. Parece que foi criada alguma atividade que não tínhamos previsto. Ver registrador de dados para análise.
Dia 2: Thomas andou de um lado para o outro de manhã e à tarde, gritando pelos quatro cantos da sala. Recusou-se a comer e passou mais de uma hora tentando derrubar a porta. Estamos seguros de que ele não está ciente de nossas câmeras.
Dia 3: Thomas ficou calmo hoje. Comeu normalmente e se exercitou. Também permaneceu em silêncio durante o dia.
Dia 4: As leituras atingiram o menor índice desde que Thomas entrou na Prova do Labirinto. A impressionante inclinação em suas amostras de experimentos letais pende para a oposição. Ele sabe que está sendo testado, isso é óbvio.
Dia 5: Thomas teve um pequeno colapso. Esmurrou a porta por meia hora. As leituras aumentaram e o batimento cardíaco subiu rapidamente. Ele dormiu pelo resto da tarde e caminhou desordenadamente à noite.
Dia 6: Thomas está mostrando uma capacidade notável de acompanhar o ciclo do dia e da noite e adaptou os ritmos de despertar e dormir adequadamente. Suas leituras de experimentos letais foram calmas hoje, e ele continuou com o que parece ser um exercício de rotina. Caminhou pela sala a passos regulares. Fez as refeições. Sem acessos de raiva.
Dia 7: O mesmo de ontem, com uma diferença: Thomas ficou diante da porta uma vez por hora e pediu para se banhar. Ele começou a cheirar a si próprio obsessivamente e demonstra expressões de aborrecimento com frequência.
Dia 8: Cobaia retornou à rotina de exercício, fazendo refeições entregues e caminhando. Começou a se sentar do outro lado da sala e ficou olhando para a porta como se estivesse paralisado ou em um estado meditativo.
Dia 9: Sem alteração.
Dia 10: Sem alteração.
Dia 11: Thomas mencionou a Teresa em uma conversa, que não sabia o que de fato fizeram a sua irmã. E que sua última lembrança dela, foi junto a um garoto loiro.
Dia 12: O estado imundo de Thomas tornou-se visível. Ele continua a se exercitar embora isso acentue o problema. Devora cada refeição com fome apesar da falta de variedade.
Dia 13: Sem alteração.
Dia 14: Sem alteração.
Dia 15: Thomas teve um colapso maior. Gritou e berrou, esmurrando as paredes e a porta. Isso durou mais de uma hora e terminou em um ataque de soluço. Ao término, Thomas sentou-se com as pernas flexionadas em um canto por 14 horas seguidas.
Dia 16: Fez apenas uma refeição. Sem exercícios. Esmurrou a porta outra vez. Dormiu muito. Ele começou a ter sonhos febris, como se estivesse doente.
Dia 17: Sem alteração.
Dia 18: Fez duas refeições, mas o comportamento ainda é errante. A conduta de Thomas é perturbadora de observar. O rosto dele parece ter a expressão perdida, o que é geralmente descrito como retrato de “esperança” e/ou “vida”. Falta uma semana até sua soltura.
Dia 19: Sinais de melhora. Fez as três refeições entregues, retomou o exercício de rotina.
Dia 20: A pele de Thomas está mais corada e ele parece estar mais animado. É como se ele sentisse que o fim da Prova está próximo.
Dia 21: Melhora contínua, mais vigor no exercício. Ele come lentamente, como se estivesse apreciando as refeições. Ele fica por horas sentado olhando para a porta, como se estivesse planejando ou se recordando de algo.
Dia 22: Sem alteração. Thomas sorriu para um ponto enquanto olhava fixamente para a porta.
Dia 23: Sem alteração.
Dia 24: Sem alteração.
Dia 25: Sem alteração.
O conselho chegou a uma conclusão: Thomas é o Candidato Final. Os preparativos estão em andamento para soltá-lo e reunir os outros objetos. Assim que o Dissipador for retirado, tudo será explicado e colocado em funcionamento. A conclusão do plano parece ser inevitável. O importante agora é apagar todas suas memórias e projetar memórias diferentes em sua irmã, para que não desconfie de nada.
Fim de Flashback_
— , ei, trolha! — Minho chamava por ela enquanto Teresa abanava com as mãos sobre o rosto da jovem.
— O que aconteceu? — perguntou a garota ainda meio perdida.
— Você desmaiou, está tudo bem? Está ferida? — Caçarola perguntou enquanto analisava algum tipo de machucado ou arranhão em sua pele, mas ela negou.
— Eu acho que é a minha pressão, está tudo bem. — ela tranquilizou a todos e Jorge os incentivou a continuarem o percurso
seguia mais atrás, arrumava a alça da mochila sobre os ombros, quando Newt ficou ao seu lado. Ela olhou para ele sem entender, Newt estava com a testa enrugada como se analisasse a garota.
— O que foi? — perguntou ela empurrando levemente ele com seu ombro.
— Teve outra visão? — Newt foi direto, ele sabia que aquilo acontecia desde a clareira e que estava cada vez mais constante, por mais que ela negasse.
— Adianta eu falar não? Tive uma lembrança estranha, eu... — ela pensou como dizer para ele sobre o que viu — Eu estava trabalhando até tarde, e eu vi um documento, tipo um diário, com muitas informações sobre Thomas. Eu estou preocupada com ele!
— Relaxa, ele sabe se virar melhor do que nós. — Newt disse e enquanto andava, sentiram suas mãos se encostarem um pouco, Newt estava da cor de uma pimenta.
Jorge avisou que precisavam descansar por ali mesmo e na manhã seguinte procurariam um velho amigo que os ajudaria com o braço direito. Todos deitaram sobre algum lugar no chão após Minho e Aris montarem uma fogueira, Newt estava ao lado de , ambos em silêncio. Quando notaram que todos haviam dormido, ela puxou assunto.
— Você se lembra da sua mãe? — perguntou ela.
— Não, acho que não queriam que tivéssemos lembrança alguma de nossos pais. Mas eu gostaria de lembrar dela, de como ela era, de como era sua voz... — Newt disse e abaixou a cabeça.
— Eu sinto muito. — ela disse tentando ser mais solidária e Newt pegou em sua mão e olhou em seus olhos, neste momento, ela sentia borboletas revirando e dando piruetas em seu estômago.
— Eu não quero esquecer nada do que vivi nestes últimos tempos, principalmente o que passamos juntos. Eu... — Newt pareceu se perder nas palavras e a jovem parecia envergonhada demais para olhar em seus olhos.
— Eu gosto de você. — disse baixo, porém foi o suficiente para que Newt escutasse e abrisse um sorriso, nem ele lembrou de onde tomou forças, mas levantou o rosto dela e a olhou nos olhos.
— Eu também gosto de você. — foi tudo o que ele disse, e talvez era apenas isso que ela queria ouvir.
aproximou seu rosto do garoto, sentindo a respiração gelada bater contra sua pele, sentiu seus pelos se arrepiarem e quando estavam a milímetros um do outro, ela fechou os olhos permitindo Newt de avançar contra seus lábios suavemente. O garoto era tão inexperiente quanto ela, mas tentou ser suave e delicado naquele pequeno selinho, que para ambos significou muito.
Pela manhã ao acordarem, estavam um pouco envergonhados por terem dormido abraçados, mas fingiram que nada aconteceu. Até porque os amigos não comentaram nada a respeito, por hora.
— Calma, você está bem. Oi. — disse Teresa após o garoto acordar. — Temos que parar de nos encontrar assim.
— Bem-vindo de volta, trolho feio. — Minho deu as boas-vindas ao amigo.
Thomas estava desidratado e meio confuso, havia sido drogado para entrar na boate. Aquela bebida, possuía algum tipo de alucinógeno poderoso. Porque ele estava um trapo.
— Eu sugiro que fale logo. Filho da puta! — disse Jorge e em seguida deu um soco no tal Marcus.
— Droga! — Marcus praguejou. — Desculpe. Você terá que deixar minha casa.
— Parece que você se divertiu. — Newt zombou de Thomas
— Ouça, eu não gosto de machucar você. Certo? — Jorge tentava ser paciente — Onde está o Braço Direito, Marcus?
— Espere. — Thomas interrompeu, olhando o homem na cadeira. — Ele é o Marcus?
— O garoto aprende rápido. — Marcus disse mesmo com dificuldade por estar tão machucado. — Você é o cérebro da Operação?
— Sei que você sabe onde estão escondidos. — Jorge puxou os cabelos de Marcus. — Então, diga-me... E farei um acordo com você. Você pode vir com a gente.
— Virei essa página há muito tempo. Além disso, fiz meu próprio acordo. — Marcus respondeu — Foi você quem me ensinou a nunca perder uma oportunidade.
— Do que ele está falando? — Newt perguntou e Thomas ao olhar melhor para o amigo sentado, notou em seu colo, dormindo.
— Estou falando de oferta e procura. — Marcus respondeu — O CRUEL quer todos os imunes que puderem. Eu ajudo fornecendo para eles. Então atraio as crianças, eles se embebedam, se divertem e, então, mais tarde, o Cruel aparece... para separar o joio do trigo. — o homem finalizou e soltou um leve riso de maldade, encarando Jorge que não tinha uma cara boa.
— Mudei de ideia, hermano. Eu gosto de machucar você. — Jorge deu um chute na cadeira fazendo Marcus cair ainda amarrado a cadeira, acordou com o barulho mas Newt a disse que estava tudo bem, ela decidiu ficar acordada após ter visto seu irmão.
— Fale! — o homem o ameaçou com uma pistola.
— Tudo bem, eu falo! Mas não vou prometer nada. Esses caras vivem se mudando. — Marcus disse e Jorge o levantou — Eles têm um posto avançado nas montanhas. Mas fica muito longe daqui. Com o CRUEL atrás de vocês, nunca vão chegar.
— Não a pé. Onde está a Bertha? — Jorge disse com um sorriso no rosto
— A Bertha não. — Marcus choramingou
Jorge consegue o carro de Marcus e junto com o grupo de Thomas vão em direção ao recomeço deles. Uma nova vida.
— Parece que teremos que ir a pé. — Jorge estaciona vendo a estrada até o túnel fechada por carros bem velhos por sinal.
Conforme andavam pela estrada notavam algo estranho, era como se aquilo estivesse ali de propósito. Para impedir de passarem talvez, um barulho de tiro foi ouvido e todos se assustaram.
— Abaixem-se! — Jorge falou se escondendo com Thomas atrás de um carro.
— Protejam-se! — Caçarola disse e Newt puxou para seu lado se escondendo atrás de uma caminhonete.
— Estão todos bem? — Thomas perguntou preocupado ainda escorando-se no carro sem saber de onde veio o tiro.
— Estamos bem. — Teresa responde
— Viram de onde os tiros vieram? — Newt perguntou
— Foi o filha da puta do Marcus. Trouxe-nos a uma emboscada. — Jorge disse bravo em pensar que o pilantra havia o traído.
— O que fazemos? — Thomas encarou Jorge que parecia ter um plano enquanto remexia os bolsos.
— Segure isto. — Jorge entregou ao garoto uma espécie de bomba caseira
— Nós precisamos distraí-los. — Thomas avisou
— Prepare-se para lançar. — Jorge avisou o menor — Pessoal, fiquem prontos para correr para a caminhonete. E tampem os ouvidos. Pronto? Um... Dois... — Jorge dizia, mas foi interrompido antes de terminar sua contagem
— Largue. Agora. Mandei largar. Em pé. Vamos. Vamos. Mexam-se. Para trás. — a morena disse apontando a arma para eles.
— Calma. — Jorge ergueu as mãos em rendição.
—Venham para cá agora! — a loira tratou de avisar os demais.
— Vamos! Não seja idiota, mexa-se. Devagar. — a morena continuava com a arma apontada para eles, quando todos se juntaram ela encarou Aris por uns segundos — Aris?
— Meu Deus. Harriet? — Aris perguntou e abraçou a amiga.
— Que diabos está fazendo aqui? — Harriet perguntou.
— Sonia. — Aris cumprimentou a loira também.
— Sorte de não termos atirado. — Sonia disse aliviada.
—Você está bem? — Harriet perguntou ao amigo.
— O que está havendo? — Caçarola perguntou sem entender nada.
—Estávamos no Labirinto juntos. — Aris explicou aos amigos.
— Podem sair, pessoal! — Harriet avisou e começaram aparecer pessoas das montanhas — Liberado! Abaixem as armas!
— Meu Deus! Você está vivo. — Sonia estava muito feliz em rever o amigo — Para trás, Joe. Para trás!
— Vamos levá-los à base. — Harriet disse abrindo a porta do carro e esperando o grupo entrar.
— Espere. Como chegaram aqui? — Aris perguntou
— O Braço Direito nos ajudou. — Harriet disse
— Espere... O Braço Direito. Você os conhece? — Thomas perguntou e ela o encarou.
— Venha conosco. — Harriet disse e eles entraram nos carros
O caminho até o Braço Direito foi um pouquinho longo, as montanhas estavam completamente afastada do túnel.
— Eles estão planejando isso há um ano. — Harriet contou ao grupo — Esta é nossa irmandade.
— Que bom que nos encontraram. Vamos partir ao amanhecer. Cadê o Vince? — Sonia perguntou a um dos homens na base.
— Quem é esse? — Thomas perguntou querendo saber de quem se tratava.
—Ele decide se vocês ficam ou não. — Harriet explicou a Thomas.
— Pensei que o Braço Direito era um exército. — Minho finalmente se pronunciou depois de tanto tempo quieto, enquanto seguia Harriet.
— E nós éramos. Isto é tudo que restou de nós. Muitas pessoas boas morreram para chegarmos aqui. Quem são eles? — um homem apareceu do nada explicando e em seguida encarou o grupo.
— Eles são imunes. Foram pegos subindo a montanha. — Harriet contou.
— Você os checou? — o homem analisava o grupo.
— Eu conheço o Aris. Confio nele. — Harriet apontou para o amigo parando ao lado do homem, o tal Vince.
— Eu não. Chequem-nos. — Vince disse pedindo para que revistassem o grupo, um dos homens encarava Brenda.
— Chefe... — o tal cara chama Vince.
Brenda havia caído no chão, Jorge tentava acudir a garota que estava com os lábios já escuros. Vince analisou a garota ao chegar mais perto e viu a mordida na perna da jovem, ele se levantou e puxou a arma.
— Ai caramba, tem um Crank aqui. — Vince disse apontando a arma para a Brenda e Thomas se meteu na frente.
não conseguia entender o que estava acontecendo à sua volta, sua cabeça estava novamente rodando, ela se apoiou em Newt e o garoto percebeu que ela estava ficando mole.
— , você está bem? — Newt perguntou.
— Eu… Newt, eu... — ela não conseguia pronunciar, de repente ela caiu em seus braços no meio de todo o alvoroço.
Vince parecia estar prestes a um colapso mental enquanto Thomas tentava explicar que Brenda não era um perigo e que sua irmã não estava bem. Quando Vince estava prestes a acabar com o sofrimento de Brenda e seus homens tentavam afastar Newt e Minho de , uma mulher apareceu.
— Vince, já chega. Largue eles, larguem. — os homens largaram Jorge e os meninos, Jorge correu para Brenda e Newt tentava abanar para ver se ela acordava.
— Está infectada doutora. Não há nada que possamos fazer. — Vince disse e a mulher encarava Thomas.
— Não, mas ele pode. Oi, Thomas. — a doutora disse e sorriu para o garoto.
— Você me conhece? — Thomas perguntou confuso.
Sua curiosidade era maior e ela logo viu fotos dos jovens da Clareira anexadas às primeiras páginas, depois encontrou uma foto de Thomas e de uma garota de olhos castanhos. Ela prontamente franziu o cenho e virou a página se deparando com algo que parecia com um diário particular. Encostou-se na mesa de vidro e começou a ler.
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO
Dia 1: Thomas está compreensivelmente confuso. A interação com Teresa teve grande efeito em suas leituras. O mais notável foi quando a manipulamos a mentir, dizendo a ele que ficou preso sozinho por uma semana.
Dia 2: Thomas andou de um lado para o outro de manhã e à tarde, gritando pelos quatro cantos da sala. Recusou-se a comer e passou mais de uma hora tentando derrubar a porta. Estamos seguros de que ele não está ciente de nossas câmeras.
Dia 3: Thomas ficou calmo hoje. Comeu normalmente e se exercitou. Também permaneceu em silêncio durante o dia.
Dia 4: As leituras atingiram o menor índice desde que Thomas entrou na Prova do Labirinto. A impressionante inclinação em suas amostras de experimentos letais pende para a oposição. Ele sabe que está sendo testado, isso é óbvio.
Dia 5: Thomas teve um pequeno colapso. Esmurrou a porta por meia hora. As leituras aumentaram e o batimento cardíaco subiu rapidamente. Ele dormiu pelo resto da tarde e caminhou desordenadamente à noite.
Dia 6: Thomas está mostrando uma capacidade notável de acompanhar o ciclo do dia e da noite e adaptou os ritmos de despertar e dormir adequadamente. Suas leituras de experimentos letais foram calmas hoje, e ele continuou com o que parece ser um exercício de rotina. Caminhou pela sala a passos regulares. Fez as refeições. Sem acessos de raiva.
Dia 7: O mesmo de ontem, com uma diferença: Thomas ficou diante da porta uma vez por hora e pediu para se banhar. Ele começou a cheirar a si próprio obsessivamente e demonstra expressões de aborrecimento com frequência.
Dia 8: Cobaia retornou à rotina de exercício, fazendo refeições entregues e caminhando. Começou a se sentar do outro lado da sala e ficou olhando para a porta como se estivesse paralisado ou em um estado meditativo.
Dia 9: Sem alteração.
Dia 10: Sem alteração.
Dia 11: Thomas mencionou a Teresa em uma conversa, que não sabia o que de fato fizeram a sua irmã. E que sua última lembrança dela, foi junto a um garoto loiro.
Dia 12: O estado imundo de Thomas tornou-se visível. Ele continua a se exercitar embora isso acentue o problema. Devora cada refeição com fome apesar da falta de variedade.
Dia 13: Sem alteração.
Dia 14: Sem alteração.
Dia 15: Thomas teve um colapso maior. Gritou e berrou, esmurrando as paredes e a porta. Isso durou mais de uma hora e terminou em um ataque de soluço. Ao término, Thomas sentou-se com as pernas flexionadas em um canto por 14 horas seguidas.
Dia 16: Fez apenas uma refeição. Sem exercícios. Esmurrou a porta outra vez. Dormiu muito. Ele começou a ter sonhos febris, como se estivesse doente.
Dia 17: Sem alteração.
Dia 18: Fez duas refeições, mas o comportamento ainda é errante. A conduta de Thomas é perturbadora de observar. O rosto dele parece ter a expressão perdida, o que é geralmente descrito como retrato de “esperança” e/ou “vida”. Falta uma semana até sua soltura.
Dia 19: Sinais de melhora. Fez as três refeições entregues, retomou o exercício de rotina.
Dia 20: A pele de Thomas está mais corada e ele parece estar mais animado. É como se ele sentisse que o fim da Prova está próximo.
Dia 21: Melhora contínua, mais vigor no exercício. Ele come lentamente, como se estivesse apreciando as refeições. Ele fica por horas sentado olhando para a porta, como se estivesse planejando ou se recordando de algo.
Dia 22: Sem alteração. Thomas sorriu para um ponto enquanto olhava fixamente para a porta.
Dia 23: Sem alteração.
Dia 24: Sem alteração.
Dia 25: Sem alteração.
O conselho chegou a uma conclusão: Thomas é o Candidato Final. Os preparativos estão em andamento para soltá-lo e reunir os outros objetos. Assim que o Dissipador for retirado, tudo será explicado e colocado em funcionamento. A conclusão do plano parece ser inevitável. O importante agora é apagar todas suas memórias e projetar memórias diferentes em sua irmã, para que não desconfie de nada.
— , ei, trolha! — Minho chamava por ela enquanto Teresa abanava com as mãos sobre o rosto da jovem.
— O que aconteceu? — perguntou a garota ainda meio perdida.
— Você desmaiou, está tudo bem? Está ferida? — Caçarola perguntou enquanto analisava algum tipo de machucado ou arranhão em sua pele, mas ela negou.
— Eu acho que é a minha pressão, está tudo bem. — ela tranquilizou a todos e Jorge os incentivou a continuarem o percurso
seguia mais atrás, arrumava a alça da mochila sobre os ombros, quando Newt ficou ao seu lado. Ela olhou para ele sem entender, Newt estava com a testa enrugada como se analisasse a garota.
— O que foi? — perguntou ela empurrando levemente ele com seu ombro.
— Teve outra visão? — Newt foi direto, ele sabia que aquilo acontecia desde a clareira e que estava cada vez mais constante, por mais que ela negasse.
— Adianta eu falar não? Tive uma lembrança estranha, eu... — ela pensou como dizer para ele sobre o que viu — Eu estava trabalhando até tarde, e eu vi um documento, tipo um diário, com muitas informações sobre Thomas. Eu estou preocupada com ele!
— Relaxa, ele sabe se virar melhor do que nós. — Newt disse e enquanto andava, sentiram suas mãos se encostarem um pouco, Newt estava da cor de uma pimenta.
Jorge avisou que precisavam descansar por ali mesmo e na manhã seguinte procurariam um velho amigo que os ajudaria com o braço direito. Todos deitaram sobre algum lugar no chão após Minho e Aris montarem uma fogueira, Newt estava ao lado de , ambos em silêncio. Quando notaram que todos haviam dormido, ela puxou assunto.
— Você se lembra da sua mãe? — perguntou ela.
— Não, acho que não queriam que tivéssemos lembrança alguma de nossos pais. Mas eu gostaria de lembrar dela, de como ela era, de como era sua voz... — Newt disse e abaixou a cabeça.
— Eu sinto muito. — ela disse tentando ser mais solidária e Newt pegou em sua mão e olhou em seus olhos, neste momento, ela sentia borboletas revirando e dando piruetas em seu estômago.
— Eu não quero esquecer nada do que vivi nestes últimos tempos, principalmente o que passamos juntos. Eu... — Newt pareceu se perder nas palavras e a jovem parecia envergonhada demais para olhar em seus olhos.
— Eu gosto de você. — disse baixo, porém foi o suficiente para que Newt escutasse e abrisse um sorriso, nem ele lembrou de onde tomou forças, mas levantou o rosto dela e a olhou nos olhos.
— Eu também gosto de você. — foi tudo o que ele disse, e talvez era apenas isso que ela queria ouvir.
aproximou seu rosto do garoto, sentindo a respiração gelada bater contra sua pele, sentiu seus pelos se arrepiarem e quando estavam a milímetros um do outro, ela fechou os olhos permitindo Newt de avançar contra seus lábios suavemente. O garoto era tão inexperiente quanto ela, mas tentou ser suave e delicado naquele pequeno selinho, que para ambos significou muito.
Pela manhã ao acordarem, estavam um pouco envergonhados por terem dormido abraçados, mas fingiram que nada aconteceu. Até porque os amigos não comentaram nada a respeito, por hora.
— Calma, você está bem. Oi. — disse Teresa após o garoto acordar. — Temos que parar de nos encontrar assim.
— Bem-vindo de volta, trolho feio. — Minho deu as boas-vindas ao amigo.
Thomas estava desidratado e meio confuso, havia sido drogado para entrar na boate. Aquela bebida, possuía algum tipo de alucinógeno poderoso. Porque ele estava um trapo.
— Eu sugiro que fale logo. Filho da puta! — disse Jorge e em seguida deu um soco no tal Marcus.
— Droga! — Marcus praguejou. — Desculpe. Você terá que deixar minha casa.
— Parece que você se divertiu. — Newt zombou de Thomas
— Ouça, eu não gosto de machucar você. Certo? — Jorge tentava ser paciente — Onde está o Braço Direito, Marcus?
— Espere. — Thomas interrompeu, olhando o homem na cadeira. — Ele é o Marcus?
— O garoto aprende rápido. — Marcus disse mesmo com dificuldade por estar tão machucado. — Você é o cérebro da Operação?
— Sei que você sabe onde estão escondidos. — Jorge puxou os cabelos de Marcus. — Então, diga-me... E farei um acordo com você. Você pode vir com a gente.
— Virei essa página há muito tempo. Além disso, fiz meu próprio acordo. — Marcus respondeu — Foi você quem me ensinou a nunca perder uma oportunidade.
— Do que ele está falando? — Newt perguntou e Thomas ao olhar melhor para o amigo sentado, notou em seu colo, dormindo.
— Estou falando de oferta e procura. — Marcus respondeu — O CRUEL quer todos os imunes que puderem. Eu ajudo fornecendo para eles. Então atraio as crianças, eles se embebedam, se divertem e, então, mais tarde, o Cruel aparece... para separar o joio do trigo. — o homem finalizou e soltou um leve riso de maldade, encarando Jorge que não tinha uma cara boa.
— Mudei de ideia, hermano. Eu gosto de machucar você. — Jorge deu um chute na cadeira fazendo Marcus cair ainda amarrado a cadeira, acordou com o barulho mas Newt a disse que estava tudo bem, ela decidiu ficar acordada após ter visto seu irmão.
— Fale! — o homem o ameaçou com uma pistola.
— Tudo bem, eu falo! Mas não vou prometer nada. Esses caras vivem se mudando. — Marcus disse e Jorge o levantou — Eles têm um posto avançado nas montanhas. Mas fica muito longe daqui. Com o CRUEL atrás de vocês, nunca vão chegar.
— Não a pé. Onde está a Bertha? — Jorge disse com um sorriso no rosto
— A Bertha não. — Marcus choramingou
Jorge consegue o carro de Marcus e junto com o grupo de Thomas vão em direção ao recomeço deles. Uma nova vida.
— Parece que teremos que ir a pé. — Jorge estaciona vendo a estrada até o túnel fechada por carros bem velhos por sinal.
Conforme andavam pela estrada notavam algo estranho, era como se aquilo estivesse ali de propósito. Para impedir de passarem talvez, um barulho de tiro foi ouvido e todos se assustaram.
— Abaixem-se! — Jorge falou se escondendo com Thomas atrás de um carro.
— Protejam-se! — Caçarola disse e Newt puxou para seu lado se escondendo atrás de uma caminhonete.
— Estão todos bem? — Thomas perguntou preocupado ainda escorando-se no carro sem saber de onde veio o tiro.
— Estamos bem. — Teresa responde
— Viram de onde os tiros vieram? — Newt perguntou
— Foi o filha da puta do Marcus. Trouxe-nos a uma emboscada. — Jorge disse bravo em pensar que o pilantra havia o traído.
— O que fazemos? — Thomas encarou Jorge que parecia ter um plano enquanto remexia os bolsos.
— Segure isto. — Jorge entregou ao garoto uma espécie de bomba caseira
— Nós precisamos distraí-los. — Thomas avisou
— Prepare-se para lançar. — Jorge avisou o menor — Pessoal, fiquem prontos para correr para a caminhonete. E tampem os ouvidos. Pronto? Um... Dois... — Jorge dizia, mas foi interrompido antes de terminar sua contagem
— Largue. Agora. Mandei largar. Em pé. Vamos. Vamos. Mexam-se. Para trás. — a morena disse apontando a arma para eles.
— Calma. — Jorge ergueu as mãos em rendição.
—Venham para cá agora! — a loira tratou de avisar os demais.
— Vamos! Não seja idiota, mexa-se. Devagar. — a morena continuava com a arma apontada para eles, quando todos se juntaram ela encarou Aris por uns segundos — Aris?
— Meu Deus. Harriet? — Aris perguntou e abraçou a amiga.
— Que diabos está fazendo aqui? — Harriet perguntou.
— Sonia. — Aris cumprimentou a loira também.
— Sorte de não termos atirado. — Sonia disse aliviada.
—Você está bem? — Harriet perguntou ao amigo.
— O que está havendo? — Caçarola perguntou sem entender nada.
—Estávamos no Labirinto juntos. — Aris explicou aos amigos.
— Podem sair, pessoal! — Harriet avisou e começaram aparecer pessoas das montanhas — Liberado! Abaixem as armas!
— Meu Deus! Você está vivo. — Sonia estava muito feliz em rever o amigo — Para trás, Joe. Para trás!
— Vamos levá-los à base. — Harriet disse abrindo a porta do carro e esperando o grupo entrar.
— Espere. Como chegaram aqui? — Aris perguntou
— O Braço Direito nos ajudou. — Harriet disse
— Espere... O Braço Direito. Você os conhece? — Thomas perguntou e ela o encarou.
— Venha conosco. — Harriet disse e eles entraram nos carros
O caminho até o Braço Direito foi um pouquinho longo, as montanhas estavam completamente afastada do túnel.
— Eles estão planejando isso há um ano. — Harriet contou ao grupo — Esta é nossa irmandade.
— Que bom que nos encontraram. Vamos partir ao amanhecer. Cadê o Vince? — Sonia perguntou a um dos homens na base.
— Quem é esse? — Thomas perguntou querendo saber de quem se tratava.
—Ele decide se vocês ficam ou não. — Harriet explicou a Thomas.
— Pensei que o Braço Direito era um exército. — Minho finalmente se pronunciou depois de tanto tempo quieto, enquanto seguia Harriet.
— E nós éramos. Isto é tudo que restou de nós. Muitas pessoas boas morreram para chegarmos aqui. Quem são eles? — um homem apareceu do nada explicando e em seguida encarou o grupo.
— Eles são imunes. Foram pegos subindo a montanha. — Harriet contou.
— Você os checou? — o homem analisava o grupo.
— Eu conheço o Aris. Confio nele. — Harriet apontou para o amigo parando ao lado do homem, o tal Vince.
— Eu não. Chequem-nos. — Vince disse pedindo para que revistassem o grupo, um dos homens encarava Brenda.
— Chefe... — o tal cara chama Vince.
Brenda havia caído no chão, Jorge tentava acudir a garota que estava com os lábios já escuros. Vince analisou a garota ao chegar mais perto e viu a mordida na perna da jovem, ele se levantou e puxou a arma.
— Ai caramba, tem um Crank aqui. — Vince disse apontando a arma para a Brenda e Thomas se meteu na frente.
não conseguia entender o que estava acontecendo à sua volta, sua cabeça estava novamente rodando, ela se apoiou em Newt e o garoto percebeu que ela estava ficando mole.
— , você está bem? — Newt perguntou.
— Eu… Newt, eu... — ela não conseguia pronunciar, de repente ela caiu em seus braços no meio de todo o alvoroço.
Vince parecia estar prestes a um colapso mental enquanto Thomas tentava explicar que Brenda não era um perigo e que sua irmã não estava bem. Quando Vince estava prestes a acabar com o sofrimento de Brenda e seus homens tentavam afastar Newt e Minho de , uma mulher apareceu.
— Vince, já chega. Largue eles, larguem. — os homens largaram Jorge e os meninos, Jorge correu para Brenda e Newt tentava abanar para ver se ela acordava.
— Está infectada doutora. Não há nada que possamos fazer. — Vince disse e a mulher encarava Thomas.
— Não, mas ele pode. Oi, Thomas. — a doutora disse e sorriu para o garoto.
— Você me conhece? — Thomas perguntou confuso.
Capítulo 13
— Interessante... — a mulher olhou para Thomas de forma curiosa. — Faz sentido. Eles te colocaram no Labirinto. Mas devo admitir...— ela olhava a ferida de Brenda, e voltou a encarar Thomas. — Pensei que te matariam depois do que você fez.
— O que eu fiz? — Thomas perguntou, confuso.
— Da primeira vez que conversamos, disse que não aguentava mais. Ver seus amigos morrerem, um de cada vez. Da última vez que nos falamos, você me deu as coordenadas de cada zona de experimento
e laboratório do CRUEL. — a doutora esclareceu tudo o que Thomas parecia não lembrar.
Newt encarou o amigo e depois a mulher, enquanto ainda abanava com a mão tentando acordar ela.
— Ele foi a nossa fonte. — Vince havia entendido quem era o garoto.
— Não chegaríamos aqui sem ele. Levem-nas para as tendas. Deem roupas mais quentes para eles. Cuidado. — a doutora diz enquanto os homens carregam as meninas. — É o mínimo que podemos fazer. Thomas, vamos lá. Preciso de seu sangue.
Thomas estava na tenda em que a doutora cuidava da Brenda.
— No começo, você está perdido. O que sabíamos... É que quanto mais novo, melhor as suas chances. — A doutora Mary mexia nas coisas enquanto explicava a Thomas melhor o que aconteceu.
— Você trabalhou para o CRUEL? — ele perguntou curioso.
— Há muito tempo. No início, tínhamos boas intenções. Achar a cura, salvar o mundo. Estava claro que as crianças eram a chave. Porque eles são imunes. — Mary esclareceu enquanto mexia em frascos.
— Mas por quê? — Thomas perguntou observando cada passo dela na tenda.
— Eventualmente, nós conseguimos uma resposta. A imunidade era causada por uma enzima produzida no cérebro. Uma vez separada da corrente sanguínea, é um agente poderoso. Desacelera a disseminação do vírus. — Mary contou o que estudou enquanto misturava os componentes ao sangue de Thomas.
— Então você achou a cura? — ele a questionou de novo.
— Não é bem assim. Enzimas não podem ser sintetizadas. Só um humano pode produzi-las. Os jovens. Claro que isso não parou o CRUEL. Se pudessem, sacrificariam uma geração inteira. Tudo por isto. — ela ergueu a seringa que continha um líquido azul. — Um presente da biologia. Uma evolução. Mas não é para todos. — ela caminha até a maca, e aplica o líquido no braço de Brenda, que acaba se tranquilizando em instantes e dormindo.
— Quanto tempo ela tem? — Thomas pergunta preocupado.
— É diferente para todos. Alguns meses, talvez. É aí que mora o problema, não é? Ela sempre precisará de mais. — Mary diz analisando Brenda. — Vamos lá fora. Deixe-a descansar. Vamos, ela ficará bem.
Mary sai da tenda e vai ver a situação de . Newt havia se alimentado e estava com roupas novas, seus amigos estavam conversando animados, mas a cabeça de Newt estava em outro lugar.
— Ei, trolho, está pensando no quê? — Caçarola perguntou cutucando o loiro.
— Você ainda pergunta? Não está na cara? Vai ver se eles têm notícias dela. — Minho disse para Newt.
— Mas e se não me deixarem vê-la? — perguntou Newt.
— Você não saberá se não ir até a tenda, vai lá. — Aris incentivou e Newt tomou coragem se levantando enquanto os amigos riam de seu jeito atrapalhado.
Newt atravessou o campo e seguiu até a tenda para onde haviam levado a garota. A doutora estava saindo da tenda e se deparou com o jovem perdido.
— Oi, o Thomas acabou de sair da outra tenda onde está a Brenda. — disse a doutora, ela encarou Newt percebendo. — Veio ver a irmã dele, não é? Entra lá, ela está acordada.
Newt sorriu para a doutora e entrou na tenda, estava sobre uma cama deitada, olhava o teto da tenda quando ouviu passos e olho na direção, sorrindo ao ver Newt.
— Como você está? — Newt perguntou sentando de frente para ela.
— Estou bem, acho que estava desidratada, não sei. A Brenda, ela está bem, não é? — perguntou a jovem sentando na cama.
— Deve estar, Thomas está lá com ela. — Newt disse e olhou para as próprias mãos cruzando os dedos.
— Que bom... Newt! — ela o chamou e ele olhou em seus olhos sentindo alívio por ver ela ali diante dele, bem.
— Oi? — ele perguntou.
— Obrigado... Você esteve ao lado do Thomas, até aqui. Obrigado por confiar em nós. — ela disse abaixando a cabeça.
— Eu confiei em vocês de olhos fechados. E não me arrependo, mesmo depois do que passamos. — ele disse sincero.
— Sim, eu estou feliz de ter passado por isso tudo ao seu lado. — pegou na mão dele.
— Eu... — não o deixou falar, cortou a distância entre os dois, segurou seu rosto com a palma da mão e encostou seus lábios no do garoto suavemente.
Newt estava se sentindo nas nuvens. Os lábios dela se abriram e ele fez o mesmo dando início a um beijo suave e delicado. Finalizaram o beijo com um selinho demorado.
Newt sorria com os olhos brilhando, ela sorriu e abaixou a cabeça envergonhada. Newt levantou sua cabeça com uma das mãos.
— Eu gosto de você. — ele disse baixo, mas foi suficiente para ela ouvir.
— Eu também gosto de você. — contou e Newt a puxou para um abraço.
— O que eu fiz? — Thomas perguntou, confuso.
— Da primeira vez que conversamos, disse que não aguentava mais. Ver seus amigos morrerem, um de cada vez. Da última vez que nos falamos, você me deu as coordenadas de cada zona de experimento
e laboratório do CRUEL. — a doutora esclareceu tudo o que Thomas parecia não lembrar.
Newt encarou o amigo e depois a mulher, enquanto ainda abanava com a mão tentando acordar ela.
— Ele foi a nossa fonte. — Vince havia entendido quem era o garoto.
— Não chegaríamos aqui sem ele. Levem-nas para as tendas. Deem roupas mais quentes para eles. Cuidado. — a doutora diz enquanto os homens carregam as meninas. — É o mínimo que podemos fazer. Thomas, vamos lá. Preciso de seu sangue.
Thomas estava na tenda em que a doutora cuidava da Brenda.
— No começo, você está perdido. O que sabíamos... É que quanto mais novo, melhor as suas chances. — A doutora Mary mexia nas coisas enquanto explicava a Thomas melhor o que aconteceu.
— Você trabalhou para o CRUEL? — ele perguntou curioso.
— Há muito tempo. No início, tínhamos boas intenções. Achar a cura, salvar o mundo. Estava claro que as crianças eram a chave. Porque eles são imunes. — Mary esclareceu enquanto mexia em frascos.
— Mas por quê? — Thomas perguntou observando cada passo dela na tenda.
— Eventualmente, nós conseguimos uma resposta. A imunidade era causada por uma enzima produzida no cérebro. Uma vez separada da corrente sanguínea, é um agente poderoso. Desacelera a disseminação do vírus. — Mary contou o que estudou enquanto misturava os componentes ao sangue de Thomas.
— Então você achou a cura? — ele a questionou de novo.
— Não é bem assim. Enzimas não podem ser sintetizadas. Só um humano pode produzi-las. Os jovens. Claro que isso não parou o CRUEL. Se pudessem, sacrificariam uma geração inteira. Tudo por isto. — ela ergueu a seringa que continha um líquido azul. — Um presente da biologia. Uma evolução. Mas não é para todos. — ela caminha até a maca, e aplica o líquido no braço de Brenda, que acaba se tranquilizando em instantes e dormindo.
— Quanto tempo ela tem? — Thomas pergunta preocupado.
— É diferente para todos. Alguns meses, talvez. É aí que mora o problema, não é? Ela sempre precisará de mais. — Mary diz analisando Brenda. — Vamos lá fora. Deixe-a descansar. Vamos, ela ficará bem.
Mary sai da tenda e vai ver a situação de . Newt havia se alimentado e estava com roupas novas, seus amigos estavam conversando animados, mas a cabeça de Newt estava em outro lugar.
— Ei, trolho, está pensando no quê? — Caçarola perguntou cutucando o loiro.
— Você ainda pergunta? Não está na cara? Vai ver se eles têm notícias dela. — Minho disse para Newt.
— Mas e se não me deixarem vê-la? — perguntou Newt.
— Você não saberá se não ir até a tenda, vai lá. — Aris incentivou e Newt tomou coragem se levantando enquanto os amigos riam de seu jeito atrapalhado.
Newt atravessou o campo e seguiu até a tenda para onde haviam levado a garota. A doutora estava saindo da tenda e se deparou com o jovem perdido.
— Oi, o Thomas acabou de sair da outra tenda onde está a Brenda. — disse a doutora, ela encarou Newt percebendo. — Veio ver a irmã dele, não é? Entra lá, ela está acordada.
Newt sorriu para a doutora e entrou na tenda, estava sobre uma cama deitada, olhava o teto da tenda quando ouviu passos e olho na direção, sorrindo ao ver Newt.
— Como você está? — Newt perguntou sentando de frente para ela.
— Estou bem, acho que estava desidratada, não sei. A Brenda, ela está bem, não é? — perguntou a jovem sentando na cama.
— Deve estar, Thomas está lá com ela. — Newt disse e olhou para as próprias mãos cruzando os dedos.
— Que bom... Newt! — ela o chamou e ele olhou em seus olhos sentindo alívio por ver ela ali diante dele, bem.
— Oi? — ele perguntou.
— Obrigado... Você esteve ao lado do Thomas, até aqui. Obrigado por confiar em nós. — ela disse abaixando a cabeça.
— Eu confiei em vocês de olhos fechados. E não me arrependo, mesmo depois do que passamos. — ele disse sincero.
— Sim, eu estou feliz de ter passado por isso tudo ao seu lado. — pegou na mão dele.
— Eu... — não o deixou falar, cortou a distância entre os dois, segurou seu rosto com a palma da mão e encostou seus lábios no do garoto suavemente.
Newt estava se sentindo nas nuvens. Os lábios dela se abriram e ele fez o mesmo dando início a um beijo suave e delicado. Finalizaram o beijo com um selinho demorado.
Newt sorria com os olhos brilhando, ela sorriu e abaixou a cabeça envergonhada. Newt levantou sua cabeça com uma das mãos.
— Eu gosto de você. — ele disse baixo, mas foi suficiente para ela ouvir.
— Eu também gosto de você. — contou e Newt a puxou para um abraço.
Capítulo 14
— Queria que o Alby tivesse visto isso. — Newt diz após Thomas se sentar ao seu lado em uma das rochas.
— E o Winston. — Caçarola lembra do amigo.
— E o Chuck. — Thomas diz segurando o boneco.
— Ele ficaria orgulhoso, Tommy. — Newt o conforta.
— Sim. — Thomas responde pensativo.
— Aris... — Caçarola chama o loiro
— Oi, pessoal. — Aris acena para a turma.
— Gostei daquele garoto. — Caçarola diz sorrindo.
— Mas não confio nele. — Responde Minho com sua careta de sempre.
— Cadê a Teresa? — Thomas se dá conta da ausência da amiga.
— Está lá em cima. — Newt responde e Thomas se levanta e vai atrás de Teresa.
Subindo um pouco mais as rochas, em um ponto distante com uma vista para todo o acampamento, estava Teresa.
— Ei, você está bem? —Thomas pergunta ao se aproximar — O que faz aqui em cima?
— Só pensando. — Teresa responde ainda olhando o horizonte.
— Vou deixar você sozinha. — diz Thomas
— Você lembra da sua mãe? — Teresa se vira para Thomas e ele a encara.
— Acho que sim. — ele responde e volta sua atenção para a garota.
— Eu lembro da minha. Ela era uma mulher linda. Todos a amavam. — Teresa fez uma pausa. — Antes do CRUEL, ela era tudo que eu tinha. Quando ela adoeceu… Eu não sabia o que fazer. Eu a mantive presa. Escondida. Eu pensei que ela ia melhorar. — Ela falava com os olhos marejados. — Todas as noites, ela fazia barulhos terríveis, gritava. E então, uma noite... Ela parou. Finalmente estava tudo quieto. Fui até o quarto dela. Tinha sangue em toda parte. Mas ela estava sentada, calma. Ela disse que estava se sentindo melhor. As visões haviam sumido, que ela tinha dado um jeito. — Teresa olhou fundo nos olhos dele. — Ela arrancou os olhos, Thomas. Há milhões de pessoas sofrendo lá fora. Milhões de histórias como a minha. Não podemos dar as costas a eles. Eu não darei. — Teresa concluiu.
— O que está dizendo? — Thomas estava confuso.
— Estou dizendo que quero que entenda. — Teresa disse baixo enquanto acariciava o próprio pulso.
— Entender o quê? — Thomas começou a ficar preocupado.
— Porque eu fiz isso. — Teresa disse se virando para o horizonte novamente.
— O quê? Teresa! — Thomas estava perdido, até ver o Berg do CRUEL. Ele havia entendido, Teresa havia traído eles.
— Por favor, Thomas. Não lute contra eles. — Teresa pediu
— O que você fez? O que você fez? — Thomas negou com a cabeça e desceu correndo para avisar seus amigos.
A correria se instalou pelas montanhas, eles estavam sendo atacados e bombardeados de todos os lados.
Foi uma luta um tanto quanto injusta, o CRUEL tinha vantagens e assim renderam todos os que conseguiram juntar. Os jovens estavam em filas de joelhos enquanto era feita as contagens.
— B4. — um dos soldados escaneava os jovens um a um enquanto o outro anotava na lista os que recuperaram.
— Quantos conseguimos? — Janson perguntou analisando a volta.
— Praticamente todos eles. — um dos soldados respondeu.
— Praticamente? — Janson pareceu não entender.
— Perderam alguns. — O soldado explicou em poucas palavras.
— Onde está o Thomas? — Janson deu falta do jovem.
— Bem aqui! — Thomas apareceu finalmente cansado de se esconder.
— Parado! — um dos soldados gritou enquanto apontavam armas para ele.
— Thomas. — Janson deu um soco no garoto. — Ponha-o na fila. Está bem. Podem trazê-la.
Uma escolta de soldados estava rodeando Ava Paige, a mulher caminhava com tranquilidade.
— São todos eles? — perguntou a loira.
— A maioria. — Janson confirmou.
— Será o suficiente. Comece a transportá-los.— Ava ordenou e Janson tratou de agilizar os homens com o carregamento de jovens.
Os meninos pareciam incrédulos ao verem Teresa se juntando ao lado de Ava.
— Teresa? O que está acontecendo? — Newt perguntou.
— Ela está com eles. — Thomas confirmou.
— Desde quando? — Minho questionou a olhando com raiva.
— Teresa sempre esteve envolvida pelo bem maior. Assim que recobrou a memória... Foi uma questão de tempo. — Ava justificou a situação.
— Sinto muito. Não tive escolha. Esse é o único jeito. Precisamos achar a cura. — Teresa disse, os meninos não a reconheciam mais, depois de tudo que passaram juntos, ela não podia fazer isso.
— Ela tem razão. Isso são apenas meios para um fim. Você costumava entender isso, Thomas. — Ava olhou para o garoto ainda com esperanças. — Não importa o que pensa de mim, não sou um monstro, sou uma médica. Jurei encontrar a cura. Custe o que custar. Só preciso de mais tempo. — a loira foi interrompida por uma voz mais atrás deles.
— Mais sangue. — Mary falou em alto e bom tom, mesmo que estivesse rendida ali, jamais abaixaria a cabeça para Ava.
— Olá, Mary. Esperava te encontrar novamente. Sinto muito por ser sob tais circunstâncias. — Ava tentou ser cordial com a ex-colega de serviço.
— Sinto muito por muitas coisas, também. Mas não por isso. Ao menos minha consciência está limpa. — Mary disse seriamente.
— A minha também. — Ava finalizou e um disparo foi ouvido. Janson havia atirado em Mary.
Enquanto Vince era segurado pelos soldados, ele gritava o nome de sua amada que estava caída ao chão. Sem vida.
Enquanto os jovens eram embarcados, Thomas teve uma ideia e sacou da bomba caseira que recebeu de Jorge.
— Para trás! Fiquem longe! — Thomas gritou após erguer as mãos e mostrar o que ele tinha ali.
— Espere. — Ava tentou tranquilizar o caos que estava se formando.
— Fiquem longe! — Thomas alertou novamente.
Ava tentou tranquilizar os soldados que pareciam prontos para atacar Thomas.
— Deixem-nos ir! — Thomas pediu para Ava diretamente.
— Sabe que não posso fazer isso! — Ava negou com a cabeça.
— Thomas, por favor, pare! Fiz um acordo, prometeram que ficaremos a salvo. Todos nós. — Teresa parecia apreensiva mas desconversar ela jamais iria naquele momento.
— Devo confiar em você agora? — Thomas tinha amargura na voz.
Thomas estava pronto para detonar a bomba, enquanto Ava estava tentando manter os meninos próximos dela novamente para embarcá-los. Ela precisava disso. Eles recomeçaram toda uma batalha, Thomas havia aceitado que naquele momento havia perdido. Ela havia levado o que ele tinha de mais precioso, sua família. Minho e foram embarcados para dentro do Berg que levantou voo para longe. Deixando o que sobrou do braço direito.
— E o Winston. — Caçarola lembra do amigo.
— E o Chuck. — Thomas diz segurando o boneco.
— Ele ficaria orgulhoso, Tommy. — Newt o conforta.
— Sim. — Thomas responde pensativo.
— Aris... — Caçarola chama o loiro
— Oi, pessoal. — Aris acena para a turma.
— Gostei daquele garoto. — Caçarola diz sorrindo.
— Mas não confio nele. — Responde Minho com sua careta de sempre.
— Cadê a Teresa? — Thomas se dá conta da ausência da amiga.
— Está lá em cima. — Newt responde e Thomas se levanta e vai atrás de Teresa.
Subindo um pouco mais as rochas, em um ponto distante com uma vista para todo o acampamento, estava Teresa.
— Ei, você está bem? —Thomas pergunta ao se aproximar — O que faz aqui em cima?
— Só pensando. — Teresa responde ainda olhando o horizonte.
— Vou deixar você sozinha. — diz Thomas
— Você lembra da sua mãe? — Teresa se vira para Thomas e ele a encara.
— Acho que sim. — ele responde e volta sua atenção para a garota.
— Eu lembro da minha. Ela era uma mulher linda. Todos a amavam. — Teresa fez uma pausa. — Antes do CRUEL, ela era tudo que eu tinha. Quando ela adoeceu… Eu não sabia o que fazer. Eu a mantive presa. Escondida. Eu pensei que ela ia melhorar. — Ela falava com os olhos marejados. — Todas as noites, ela fazia barulhos terríveis, gritava. E então, uma noite... Ela parou. Finalmente estava tudo quieto. Fui até o quarto dela. Tinha sangue em toda parte. Mas ela estava sentada, calma. Ela disse que estava se sentindo melhor. As visões haviam sumido, que ela tinha dado um jeito. — Teresa olhou fundo nos olhos dele. — Ela arrancou os olhos, Thomas. Há milhões de pessoas sofrendo lá fora. Milhões de histórias como a minha. Não podemos dar as costas a eles. Eu não darei. — Teresa concluiu.
— O que está dizendo? — Thomas estava confuso.
— Estou dizendo que quero que entenda. — Teresa disse baixo enquanto acariciava o próprio pulso.
— Entender o quê? — Thomas começou a ficar preocupado.
— Porque eu fiz isso. — Teresa disse se virando para o horizonte novamente.
— O quê? Teresa! — Thomas estava perdido, até ver o Berg do CRUEL. Ele havia entendido, Teresa havia traído eles.
— Por favor, Thomas. Não lute contra eles. — Teresa pediu
— O que você fez? O que você fez? — Thomas negou com a cabeça e desceu correndo para avisar seus amigos.
A correria se instalou pelas montanhas, eles estavam sendo atacados e bombardeados de todos os lados.
Foi uma luta um tanto quanto injusta, o CRUEL tinha vantagens e assim renderam todos os que conseguiram juntar. Os jovens estavam em filas de joelhos enquanto era feita as contagens.
— B4. — um dos soldados escaneava os jovens um a um enquanto o outro anotava na lista os que recuperaram.
— Quantos conseguimos? — Janson perguntou analisando a volta.
— Praticamente todos eles. — um dos soldados respondeu.
— Praticamente? — Janson pareceu não entender.
— Perderam alguns. — O soldado explicou em poucas palavras.
— Onde está o Thomas? — Janson deu falta do jovem.
— Bem aqui! — Thomas apareceu finalmente cansado de se esconder.
— Parado! — um dos soldados gritou enquanto apontavam armas para ele.
— Thomas. — Janson deu um soco no garoto. — Ponha-o na fila. Está bem. Podem trazê-la.
Uma escolta de soldados estava rodeando Ava Paige, a mulher caminhava com tranquilidade.
— São todos eles? — perguntou a loira.
— A maioria. — Janson confirmou.
— Será o suficiente. Comece a transportá-los.— Ava ordenou e Janson tratou de agilizar os homens com o carregamento de jovens.
Os meninos pareciam incrédulos ao verem Teresa se juntando ao lado de Ava.
— Teresa? O que está acontecendo? — Newt perguntou.
— Ela está com eles. — Thomas confirmou.
— Desde quando? — Minho questionou a olhando com raiva.
— Teresa sempre esteve envolvida pelo bem maior. Assim que recobrou a memória... Foi uma questão de tempo. — Ava justificou a situação.
— Sinto muito. Não tive escolha. Esse é o único jeito. Precisamos achar a cura. — Teresa disse, os meninos não a reconheciam mais, depois de tudo que passaram juntos, ela não podia fazer isso.
— Ela tem razão. Isso são apenas meios para um fim. Você costumava entender isso, Thomas. — Ava olhou para o garoto ainda com esperanças. — Não importa o que pensa de mim, não sou um monstro, sou uma médica. Jurei encontrar a cura. Custe o que custar. Só preciso de mais tempo. — a loira foi interrompida por uma voz mais atrás deles.
— Mais sangue. — Mary falou em alto e bom tom, mesmo que estivesse rendida ali, jamais abaixaria a cabeça para Ava.
— Olá, Mary. Esperava te encontrar novamente. Sinto muito por ser sob tais circunstâncias. — Ava tentou ser cordial com a ex-colega de serviço.
— Sinto muito por muitas coisas, também. Mas não por isso. Ao menos minha consciência está limpa. — Mary disse seriamente.
— A minha também. — Ava finalizou e um disparo foi ouvido. Janson havia atirado em Mary.
Enquanto Vince era segurado pelos soldados, ele gritava o nome de sua amada que estava caída ao chão. Sem vida.
Enquanto os jovens eram embarcados, Thomas teve uma ideia e sacou da bomba caseira que recebeu de Jorge.
— Para trás! Fiquem longe! — Thomas gritou após erguer as mãos e mostrar o que ele tinha ali.
— Espere. — Ava tentou tranquilizar o caos que estava se formando.
— Fiquem longe! — Thomas alertou novamente.
Ava tentou tranquilizar os soldados que pareciam prontos para atacar Thomas.
— Deixem-nos ir! — Thomas pediu para Ava diretamente.
— Sabe que não posso fazer isso! — Ava negou com a cabeça.
— Thomas, por favor, pare! Fiz um acordo, prometeram que ficaremos a salvo. Todos nós. — Teresa parecia apreensiva mas desconversar ela jamais iria naquele momento.
— Devo confiar em você agora? — Thomas tinha amargura na voz.
Thomas estava pronto para detonar a bomba, enquanto Ava estava tentando manter os meninos próximos dela novamente para embarcá-los. Ela precisava disso. Eles recomeçaram toda uma batalha, Thomas havia aceitado que naquele momento havia perdido. Ela havia levado o que ele tinha de mais precioso, sua família. Minho e foram embarcados para dentro do Berg que levantou voo para longe. Deixando o que sobrou do braço direito.
Capítulo 15
A manhã seguinte mostrou como o CRUEL havia detonado com o braço direito.
— O que faremos agora? — Caçarola perguntou ao Vince.
— Pegar o que sobrou de nós. Seguir o plano e levar vocês ao Refúgio Seguro. E recomeçamos, eu acho. — Vince respondeu enquanto guardava sua arma.
— Não vou com vocês. — Thomas finalmente se pronunciou naquela manhã.
— O quê? — Caçarola pergunta.
— Fiz uma promessa ao Minho... Que não o deixaria para trás. Preciso procurá-lo e trazer minha irmã junto com ele. — Thomas explicou arrumando sua mochila.
— Garoto, olhe à sua volta. O CRUEL acabou conosco. Pense no que passou. — Vince tentou deixar claro a Thomas que era uma ideia suicida.
— Não estou pedindo a ninguém para vir comigo. — Thomas se levantou e Newt tocou seu braço.
— Thomas, me escute. Conheço o Minho há... Tanto tempo quanto eu me lembro. Então, se houvesse uma forma de ajudá-lo, eu estaria lá, ao seu lado. Isso que você está falando… É impossível. — Newt tentou ser racional sobre a ideia de Thomas.
— Mais para suicídio. — Jorge disse pondo as mãos na cintura.
— Talvez. — Thomas não podia negar. — Mas sei o que devo fazer. Não é só pelo Minho e pela minha irmã. É por todos nós. É por todos que o CRUEL capturou ou vai capturar. Eles nunca vão parar. Eles nunca vão parar, então eu vou pará-los. Vou matar Ava Paige. — ele concluiu mas se mostrou forte.
— Tenho que admitir. Gostaria de um pouco de vingança. — Harriet se animou com a ideia.
— Foi um bom discurso, garoto. — Vince o encorajou. — Então, qual é o seu plano?
…..
Nas instalações do CRUEL, estava sendo preparada para testes. Ava estava feliz demais em saber que a garota estava viva e dos avanços obtidos com ela. Ava sentou em sua cadeira, e tratou de digitar um e-mail para os Associados:
Memorando CRUEL, Data 232.2.13, Hora 21:13
Para: Meus associados
De: Ava Paige, Chanceler
RE: EXPERIMENTOS NO DESERTO, Grupos A e B
“Este não é o momento para deixar as emoções interferirem na tarefa imediata. Sim, muitos eventos tomaram um rumo imprevisto. Nem tudo saiu como o ideal - algumas coisas deram errado -, mas fizemos um tremendo progresso e coletamos diversos padrões necessários. Tenho grandes esperanças. Desejo a todos nós a capacidade de manter nossa postura
profissional e não nos esquecermos de nosso propósito. A vida de muitas pessoas está na mão de poucos. É por isso que este é um momento especialmente importante para permanecermos vigilantes e concentrados em nossos objetivos.
Os dias que virão serão fundamentais para este estudo, e tenho total confiança de que, quando restaurarmos a memória deles, cada um dos indivíduos do estudo estará pronto para o que planejamos lhes pedir. Ainda temos os Candidatos de que precisamos. Encontraremos as peças finais e as encaixaremos no devido lugar. O futuro da raça humana é mais valioso que qualquer outra coisa. O resultado compensa de sobra cada morte e cada sacrifício. O desfecho desse esforço monumental se aproxima, e acredito que o processo vai funcionar, que teremos nossos padrões, nosso projeto, nossa cura.
Quando indicarem o momento certo,
eliminaremos a perturbação causada pelo Dissipador e diremos aos indivíduos remanescentes se são - ou não - imunes ao Fulgor. Minha preocupação no momento são cada DNA encontrado no sangue de uma de nossas cobaias. Me parece algo capaz de destruir completamente qualquer coisa capaz de entrar em contato. Faremos novos testes. Isso é tudo, por ora.”
— O que faremos agora? — Caçarola perguntou ao Vince.
— Pegar o que sobrou de nós. Seguir o plano e levar vocês ao Refúgio Seguro. E recomeçamos, eu acho. — Vince respondeu enquanto guardava sua arma.
— Não vou com vocês. — Thomas finalmente se pronunciou naquela manhã.
— O quê? — Caçarola pergunta.
— Fiz uma promessa ao Minho... Que não o deixaria para trás. Preciso procurá-lo e trazer minha irmã junto com ele. — Thomas explicou arrumando sua mochila.
— Garoto, olhe à sua volta. O CRUEL acabou conosco. Pense no que passou. — Vince tentou deixar claro a Thomas que era uma ideia suicida.
— Não estou pedindo a ninguém para vir comigo. — Thomas se levantou e Newt tocou seu braço.
— Thomas, me escute. Conheço o Minho há... Tanto tempo quanto eu me lembro. Então, se houvesse uma forma de ajudá-lo, eu estaria lá, ao seu lado. Isso que você está falando… É impossível. — Newt tentou ser racional sobre a ideia de Thomas.
— Mais para suicídio. — Jorge disse pondo as mãos na cintura.
— Talvez. — Thomas não podia negar. — Mas sei o que devo fazer. Não é só pelo Minho e pela minha irmã. É por todos nós. É por todos que o CRUEL capturou ou vai capturar. Eles nunca vão parar. Eles nunca vão parar, então eu vou pará-los. Vou matar Ava Paige. — ele concluiu mas se mostrou forte.
— Tenho que admitir. Gostaria de um pouco de vingança. — Harriet se animou com a ideia.
— Foi um bom discurso, garoto. — Vince o encorajou. — Então, qual é o seu plano?
Nas instalações do CRUEL, estava sendo preparada para testes. Ava estava feliz demais em saber que a garota estava viva e dos avanços obtidos com ela. Ava sentou em sua cadeira, e tratou de digitar um e-mail para os Associados:
Memorando CRUEL, Data 232.2.13, Hora 21:13
Para: Meus associados
De: Ava Paige, Chanceler
RE: EXPERIMENTOS NO DESERTO, Grupos A e B
“Este não é o momento para deixar as emoções interferirem na tarefa imediata. Sim, muitos eventos tomaram um rumo imprevisto. Nem tudo saiu como o ideal - algumas coisas deram errado -, mas fizemos um tremendo progresso e coletamos diversos padrões necessários. Tenho grandes esperanças. Desejo a todos nós a capacidade de manter nossa postura
profissional e não nos esquecermos de nosso propósito. A vida de muitas pessoas está na mão de poucos. É por isso que este é um momento especialmente importante para permanecermos vigilantes e concentrados em nossos objetivos.
Os dias que virão serão fundamentais para este estudo, e tenho total confiança de que, quando restaurarmos a memória deles, cada um dos indivíduos do estudo estará pronto para o que planejamos lhes pedir. Ainda temos os Candidatos de que precisamos. Encontraremos as peças finais e as encaixaremos no devido lugar. O futuro da raça humana é mais valioso que qualquer outra coisa. O resultado compensa de sobra cada morte e cada sacrifício. O desfecho desse esforço monumental se aproxima, e acredito que o processo vai funcionar, que teremos nossos padrões, nosso projeto, nossa cura.
Quando indicarem o momento certo,
eliminaremos a perturbação causada pelo Dissipador e diremos aos indivíduos remanescentes se são - ou não - imunes ao Fulgor. Minha preocupação no momento são cada DNA encontrado no sangue de uma de nossas cobaias. Me parece algo capaz de destruir completamente qualquer coisa capaz de entrar em contato. Faremos novos testes. Isso é tudo, por ora.”
Capítulo 16
— Eles estão atrasados. — Jorge fala olhando o relógio.
Eles ligam o carro ao verem os vagões do trem passando em alta velocidade, seguem tentando entrar na frente do enorme trem condutor, os homens comandando a locomotiva tratam de avisar que estão sendo atacados enquanto Brenda atira distraindo-os.
— Peça reforços. — Um dos condutores da locomotiva diz enquanto o outro abaixado trata de pegar o rádio e avisar.
— Transporte 0-1-9, problemas na ferrovia. Km 37. Envie reforços! Envie reforços! — avisa o outro condutor e logo recebe um retorno de que estão a caminho.
Thomas e Vince conseguem subir no trem em movimento e tratam de agir contra o tempo, eles não tinham muita opção. Já estavam envolvidos até o pescoço, conseguiram aos poucos se desvencilhar dos tiros e ativar um explosivo capaz de separar os vagões. Thomas gritava pelo amigo que estava em um dos cinco vagões parados nos trilhos.
Newt trata de soltar um dos vagões com urgência enquanto os soldados do CRUEL se aproximavam. O berg que Jorge roubou estava ali pronto para levar os meninos para casa.
...........
— Aqui, bebam isso. — Harriet entrega aos amigos uma caneca.
— Vocês demoraram para nos resgatar. — Aris diz cabisbaixo
— É bom te ver também. — Thomas diz sorrindo meio triste — O que aconteceu?
— Eu revidei. Tentei, pelo menos. — Aris explica, o jovem estava visivelmente machucado, com hematomas pelo rosto. O que deixava claro que ele havia apanhado dos soldados do CRUEL.
— Deram sorte de nos achar. — Sonya suspira — Não paramos quietos. Parecia que algo grande iria acontecer.
— Sabe para onde estão indo? — Thomas perguntou com esperanças de ter uma notícia que pudesse ajudar ele a resgatar sua irmã e Minho.
— Eu só sei... Que ficavam falando de uma cidade. — Aris se lembra
— Pensei que não tivesse sobrado mais cidades. — Harriet comenta confusa
— Porque não sobraram. Não de pé, pelo menos. — Brenda diz convicta de que aquilo era quase impossível, uma cidade de pé ainda.
— Espere, mas e o Minho? também não estava com vocês? Por que ele não estava no trem? — Thomas não se conformava.
— Sinto muito, Thomas. Ele estava. foi levada antes, eu me lembro. — Aris solta pesadamente a resposta que dói não somente a ele mas a todos ali presentes. — Eles estavam seguindo aquele trajeto que dá em uma cidade, mas não é fácil de entrar.
— Veja. É aqui. — Thomas aponta para o lugar após estender o mapa na mesa. — São algumas centenas de quilômetros. Pelas ferrovias e tudo que o Aris disse, é para lá que estão indo. É para onde levarão o Minho. Levamos todos que conseguem lutar. Quando der, iremos pelas estradas. Voltamos em uma semana.
— Uma semana? — Vince perguntava inconformado com o que ouviu, como se fosse uma barbaridade enorme. — Demoramos seis meses para chegar até aqui. Temos mais de cem crianças aqui. Não podemos ficar aqui para sempre depois do que acabamos de fazer. — Dizia o mais velho injuriado. — Quer sair vagando até um ponto aleatório do mapa. Nem sabe o que tem lá.
— Mas eu sei. — Jorge adentrou a sala se metendo na conversa. — Já faz alguns anos, mas eu já estive lá. A Última Cidade. É como o CRUEL a chama. É a base de operações deles. — Jorge caminhou para perto analisando o mapa e confirmando. — Se a cidade ainda estiver de pé, é o último lugar que quer ir, hermano. É a toca do leão.
— Nada que já não tenhamos feito antes. — Thomas insiste.
— Com meses de planejamento, informações confiáveis e o elemento surpresa. Não temos nada disso agora. — Vince rebate.
— Pensei sobre isso. Quer ouvir? — Thomas tentou falar sendo novamente interrompido.
— Quando fomos despreparados, eu perdi tudo. Lembra? — Vince sabia como tocar na ferida para tentar controlar os outros, era o que ele vinha fazendo nos últimos tempos. — Eu sei que quer salvar sua irmã e o Minho. Mas não me peça para colocar essas crianças em risco por conta de dois jovens. Não arriscarei. — Thomas encarava Vince que não ousaria sacrificar mais alguém.
Thomas havia decidido naquela noite que ele iria com ou sem ajuda atrás de sua família, porém, naquela noite, Newt decidiu ir com ele, junto de Caçarola, eles não deixariam Thomas ir sozinho atrás de dois amigos sem ter certeza de que conseguiriam ou não trazer eles de volta.
.........
No laboratório faziam testes com Minho, enquanto eles testavam o que tinha no sangue da garota que estava ali há um dia, Minho passava por experimentos mais assustadores, como se estivesse realmente de volta ao inferno que era o labirinto. Era possível ouvir o garoto aos berros enquanto eles forçavam mais e mais a mente do jovem com um sonho que mais parecia realidade do que apenas sonho. Minho estava amarrado a uma maca, com dosagens fortes de medicamentos que provocavam alucinações assustadoras. Mas de alguma forma aquilo projetava o que o CRUEL queria no sangue do garoto.
estava deitada na maca, quase sem vida, com a pele pálida. Os cabelos sem brilho, enquanto tinha uma seringa em seu braço, injetando algo para dentro de seu corpo. Teresa não sabia exatamente o que estavam fazendo com a garota, mas, segundo Ava, eram testes importantes pois talvez tivesse um sangue que destruía todas as células, ela olhava a irmã de Thomas que estava falando com o médico enquanto ele registrava as imagens de atividades cerebrais da jovem.
— Vamos falar de IRIC. Se lembra o que significa? — perguntou ele enquanto analisava o monitor.
— Iniciativa de Recuperação de Informação sobre as Chamas, eu me lembro ... — falou com dificuldade.
— Isto mesmo, e o CPC, se lembra? — ele a encarou enquanto preenchia algo em uma folha de papel. não conseguia lembrar, ela negou com a cabeça. — Tente lembrar, Coalizão Pós- Chamas, era um resultado direto da IRIC.
— Desculpe, minha cabeça dói. — ela resmungou em um baixo gemido.
— Eu sei que dói, mas ...
— É preciso conhecer o problema melhor do que a solução, ou a solução se torna o problema. — Ela o interrompeu repetindo a frase que escutava naquele lugar desde que chegou ali.
Um pouco distante dali, Thomas seguia viagem com Caçarola e Newt. Tentando a todo custo encontrarem a tal cidade onde o CRUEL escondia seus amigos. Eles tinham a visão de carros abandonados na estrada, e mais a frente um túnel que era o único modo de acesso a tal cidade. A visão era de total abandono e as placas deixavam claro que ali já tinha sido isolado no começo do fulgor.
CHECAGEM DE INFECÇÃO OBRIGATÓRIA
VÍRUS FULGOR SINAIS DE INFECÇÃO
— Quer que entremos ali? — Newt perguntou em um tom de sarcasmo — Não quero soar pessimista, mas, se eu fosse um Crank, eu me esconderia ali.
— Acho que não temos muita escolha. — Thomas responde observando no mapa que não tinha outro caminho.
— Está bem. Vou na frente. — Newt fala e entra no Jeep
Eles seguem viagem pelo túnel escuro e úmido. O caminho possuía alguns carros fazendo uma espécie de bloqueio, o que obrigava Caçarola a fazer zigue-zague com o carro, Newt e Thomas olhavam a volta iluminando com as lanternas tentando encontrar algo ou evitarem surpresas. Havia muita coisa bloqueando o caminho, porém o que eles não contavam era com um Crank à frente e uma mulher pedindo por ajuda. Caçarola começa a dirigir desesperado tentando se soltar do Crank quando o Jeep capota após desviar de uma barreira. Eles estavam a pé agora tendo que fugir das criaturas que vinham desesperadas, parecia o fim para eles, até Jorge e Brenda aparecerem salvando-os. Após entrarem no carro, Jorge pisa fundo saindo do túnel.
— Não criem muitas esperanças. — Jorge tenta ser realista — Aquele posto era a última defesa da cidade. Se ele foi tomado, então a cidade também foi.
— Só se acharam um jeito de manter os Cranks fora. — Newt responde enquanto seus olhos brilhavam em direção a uma cidade. Jorge percebe então que os meninos encontraram o refúgio, e freia bruscamente. Todos descem para ver melhor a vista. — Que engraçado. Passamos três anos atrás dos muros tentando escapar e agora estamos querendo voltar.
— É, isso é hilário. — Caçarola diz de forma irônica.
— Como vamos entrar, Jorge? — Thomas pergunta acreditando que o mais velho tenha um plano.
— Não olhe para mim, hermano. — o moreno responde enquanto tira suas luvas — São muros novos. Deve ser a resposta do CRUEL para tudo.
— Não descobriremos parados aqui. — Brenda soa esperançosa enquanto convence os demais. — Vamos.
— Acha que eles estão lá? É arriscado demais, olha aqueles muros. — Newt se aproxima de Thomas que mantinha seus olhos presos naquele lugar, à volta estava tudo em estado de destruição, os enormes muros protegendo uma cidade de última geração, aquilo era coisa de livro de ficção científica.
— É o que iremos descobrir. — Thomas suspira, ele queria salvar sua irmã e seu amigo, não importa o que aquilo fosse lhe custar. E ele sabia que encontraria Teresa lá também.
Ava Paige estava conversando com um dos Chanceleres e explicando sobre a grande descoberta que havia feito nas últimas horas.
— Não posso permitir perder os avanços da ciência, mas quero que saiba que podemos estar próximos de uma descoberta. Esta é a cobaia A-3. Nossa variável perfeita, foi testada como os demais, a diferença é que seu cérebro produz o dobro de enzimas, e quando separadas da corrente sanguínea, ele entra como um agente poderoso. Ele atrasa a disseminação do fulgor, porém os avanços obtidos com não são iguais aos obtidos com a cobaia A-7, Minho. Enquanto o sangue do garoto desacelera, o dela destrói.
— Então, o sangue da jovem é a cura. Por que não extraem logo e projetam as vacinas? — um dos chanceleres pergunta
— Não é tão fácil quanto parece, tentamos criar um soro, uma pequena ampola de esperança. E infelizmente, quando fizemos os testes em uma cobaia hoje, ela pareceu reagir bem, duas horas depois e... — Ava fez uma pausa e respirou fundo. — Ela veio a óbito.
— Como é possível? — uma mulher pergunta
— É o que tentaremos descobrir, peço a vocês um pouco mais de tempo. Obrigado! — a loira diz finalizando aquela conversa, enquanto os demais levantavam e saíam um por um.
Ava pediu para que devolvessem a suas memórias. Acreditava que fazendo a garota se lembrar de quando trabalhou para o CRUEL, fosse capaz de ajudar a convencer Thomas e os demais a voltarem para dentro do laboratório. Era o que ela precisava, os avanços obtidos naquele período talvez fossem a resposta para o fulgor, ou talvez não. Ava precisava saber se o sangue de Thomas reagia da mesma forma que o de sua irmã. E precisava saber, quais testes a tornaram aquilo, A variável perfeita.
estava em uma sala branca, uma espécie de quarto. Ela havia retornado dos exames e estava ali, sendo mantida afastada de todos, a sala tinha uma cama, na qual ela estava em cima, havia uma escrivaninha, algo meio inútil já que não havia papel e nem mesmo livro. Ao canto, um vaso sanitário e uma pia. O barulho da tranca chama a atenção da jovem, Teresa entra no quarto e fecha a porta atrás de si.
— Oi, vim buscar você. — Ela diz se aproximando da garota.
— Não vou a lugar nenhum com você, traíra. — responde de forma grosseira.
— Você não tem muitas escolhas, e garanto que irá ficar feliz com a visita. — Teresa diz e caminha em direção à porta. — Vamos!
se levantou e seguiu Teresa, no fundo ela estava curiosa, será que haviam pego Thomas? Ela rezava para que não. Seguiu Teresa pelos corredores sem graças da instalação do CRUEL, e chegou a uma das salas com uma placa enorme na porta escrito Doutora Teresa. A porta foi aberta e elas entraram, havia uma jovem de cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, estava sentada de costas para a porta, ao se virar, ela deu um enorme sorriso, seu rosto tinha alguns hematomas de como se tivesse sido espancada.
— , você está viva. — a jovem levantou e correu para abraçar a morena parada em pé naquela sala.
não conseguia acreditar, talvez estivesse dopada demais. Ou já havia começado a ser infectada pelo fulgor, e ter alucinações.
— , o que faz aqui? — abraçou a amiga com força, e permitiu as lágrimas rolarem por seus olhos.
Eles ligam o carro ao verem os vagões do trem passando em alta velocidade, seguem tentando entrar na frente do enorme trem condutor, os homens comandando a locomotiva tratam de avisar que estão sendo atacados enquanto Brenda atira distraindo-os.
— Peça reforços. — Um dos condutores da locomotiva diz enquanto o outro abaixado trata de pegar o rádio e avisar.
— Transporte 0-1-9, problemas na ferrovia. Km 37. Envie reforços! Envie reforços! — avisa o outro condutor e logo recebe um retorno de que estão a caminho.
Thomas e Vince conseguem subir no trem em movimento e tratam de agir contra o tempo, eles não tinham muita opção. Já estavam envolvidos até o pescoço, conseguiram aos poucos se desvencilhar dos tiros e ativar um explosivo capaz de separar os vagões. Thomas gritava pelo amigo que estava em um dos cinco vagões parados nos trilhos.
Newt trata de soltar um dos vagões com urgência enquanto os soldados do CRUEL se aproximavam. O berg que Jorge roubou estava ali pronto para levar os meninos para casa.
— Aqui, bebam isso. — Harriet entrega aos amigos uma caneca.
— Vocês demoraram para nos resgatar. — Aris diz cabisbaixo
— É bom te ver também. — Thomas diz sorrindo meio triste — O que aconteceu?
— Eu revidei. Tentei, pelo menos. — Aris explica, o jovem estava visivelmente machucado, com hematomas pelo rosto. O que deixava claro que ele havia apanhado dos soldados do CRUEL.
— Deram sorte de nos achar. — Sonya suspira — Não paramos quietos. Parecia que algo grande iria acontecer.
— Sabe para onde estão indo? — Thomas perguntou com esperanças de ter uma notícia que pudesse ajudar ele a resgatar sua irmã e Minho.
— Eu só sei... Que ficavam falando de uma cidade. — Aris se lembra
— Pensei que não tivesse sobrado mais cidades. — Harriet comenta confusa
— Porque não sobraram. Não de pé, pelo menos. — Brenda diz convicta de que aquilo era quase impossível, uma cidade de pé ainda.
— Espere, mas e o Minho? também não estava com vocês? Por que ele não estava no trem? — Thomas não se conformava.
— Sinto muito, Thomas. Ele estava. foi levada antes, eu me lembro. — Aris solta pesadamente a resposta que dói não somente a ele mas a todos ali presentes. — Eles estavam seguindo aquele trajeto que dá em uma cidade, mas não é fácil de entrar.
— Veja. É aqui. — Thomas aponta para o lugar após estender o mapa na mesa. — São algumas centenas de quilômetros. Pelas ferrovias e tudo que o Aris disse, é para lá que estão indo. É para onde levarão o Minho. Levamos todos que conseguem lutar. Quando der, iremos pelas estradas. Voltamos em uma semana.
— Uma semana? — Vince perguntava inconformado com o que ouviu, como se fosse uma barbaridade enorme. — Demoramos seis meses para chegar até aqui. Temos mais de cem crianças aqui. Não podemos ficar aqui para sempre depois do que acabamos de fazer. — Dizia o mais velho injuriado. — Quer sair vagando até um ponto aleatório do mapa. Nem sabe o que tem lá.
— Mas eu sei. — Jorge adentrou a sala se metendo na conversa. — Já faz alguns anos, mas eu já estive lá. A Última Cidade. É como o CRUEL a chama. É a base de operações deles. — Jorge caminhou para perto analisando o mapa e confirmando. — Se a cidade ainda estiver de pé, é o último lugar que quer ir, hermano. É a toca do leão.
— Nada que já não tenhamos feito antes. — Thomas insiste.
— Com meses de planejamento, informações confiáveis e o elemento surpresa. Não temos nada disso agora. — Vince rebate.
— Pensei sobre isso. Quer ouvir? — Thomas tentou falar sendo novamente interrompido.
— Quando fomos despreparados, eu perdi tudo. Lembra? — Vince sabia como tocar na ferida para tentar controlar os outros, era o que ele vinha fazendo nos últimos tempos. — Eu sei que quer salvar sua irmã e o Minho. Mas não me peça para colocar essas crianças em risco por conta de dois jovens. Não arriscarei. — Thomas encarava Vince que não ousaria sacrificar mais alguém.
Thomas havia decidido naquela noite que ele iria com ou sem ajuda atrás de sua família, porém, naquela noite, Newt decidiu ir com ele, junto de Caçarola, eles não deixariam Thomas ir sozinho atrás de dois amigos sem ter certeza de que conseguiriam ou não trazer eles de volta.
No laboratório faziam testes com Minho, enquanto eles testavam o que tinha no sangue da garota que estava ali há um dia, Minho passava por experimentos mais assustadores, como se estivesse realmente de volta ao inferno que era o labirinto. Era possível ouvir o garoto aos berros enquanto eles forçavam mais e mais a mente do jovem com um sonho que mais parecia realidade do que apenas sonho. Minho estava amarrado a uma maca, com dosagens fortes de medicamentos que provocavam alucinações assustadoras. Mas de alguma forma aquilo projetava o que o CRUEL queria no sangue do garoto.
estava deitada na maca, quase sem vida, com a pele pálida. Os cabelos sem brilho, enquanto tinha uma seringa em seu braço, injetando algo para dentro de seu corpo. Teresa não sabia exatamente o que estavam fazendo com a garota, mas, segundo Ava, eram testes importantes pois talvez tivesse um sangue que destruía todas as células, ela olhava a irmã de Thomas que estava falando com o médico enquanto ele registrava as imagens de atividades cerebrais da jovem.
— Vamos falar de IRIC. Se lembra o que significa? — perguntou ele enquanto analisava o monitor.
— Iniciativa de Recuperação de Informação sobre as Chamas, eu me lembro ... — falou com dificuldade.
— Isto mesmo, e o CPC, se lembra? — ele a encarou enquanto preenchia algo em uma folha de papel. não conseguia lembrar, ela negou com a cabeça. — Tente lembrar, Coalizão Pós- Chamas, era um resultado direto da IRIC.
— Desculpe, minha cabeça dói. — ela resmungou em um baixo gemido.
— Eu sei que dói, mas ...
— É preciso conhecer o problema melhor do que a solução, ou a solução se torna o problema. — Ela o interrompeu repetindo a frase que escutava naquele lugar desde que chegou ali.
Um pouco distante dali, Thomas seguia viagem com Caçarola e Newt. Tentando a todo custo encontrarem a tal cidade onde o CRUEL escondia seus amigos. Eles tinham a visão de carros abandonados na estrada, e mais a frente um túnel que era o único modo de acesso a tal cidade. A visão era de total abandono e as placas deixavam claro que ali já tinha sido isolado no começo do fulgor.
VÍRUS FULGOR SINAIS DE INFECÇÃO
— Quer que entremos ali? — Newt perguntou em um tom de sarcasmo — Não quero soar pessimista, mas, se eu fosse um Crank, eu me esconderia ali.
— Acho que não temos muita escolha. — Thomas responde observando no mapa que não tinha outro caminho.
— Está bem. Vou na frente. — Newt fala e entra no Jeep
Eles seguem viagem pelo túnel escuro e úmido. O caminho possuía alguns carros fazendo uma espécie de bloqueio, o que obrigava Caçarola a fazer zigue-zague com o carro, Newt e Thomas olhavam a volta iluminando com as lanternas tentando encontrar algo ou evitarem surpresas. Havia muita coisa bloqueando o caminho, porém o que eles não contavam era com um Crank à frente e uma mulher pedindo por ajuda. Caçarola começa a dirigir desesperado tentando se soltar do Crank quando o Jeep capota após desviar de uma barreira. Eles estavam a pé agora tendo que fugir das criaturas que vinham desesperadas, parecia o fim para eles, até Jorge e Brenda aparecerem salvando-os. Após entrarem no carro, Jorge pisa fundo saindo do túnel.
— Não criem muitas esperanças. — Jorge tenta ser realista — Aquele posto era a última defesa da cidade. Se ele foi tomado, então a cidade também foi.
— Só se acharam um jeito de manter os Cranks fora. — Newt responde enquanto seus olhos brilhavam em direção a uma cidade. Jorge percebe então que os meninos encontraram o refúgio, e freia bruscamente. Todos descem para ver melhor a vista. — Que engraçado. Passamos três anos atrás dos muros tentando escapar e agora estamos querendo voltar.
— É, isso é hilário. — Caçarola diz de forma irônica.
— Como vamos entrar, Jorge? — Thomas pergunta acreditando que o mais velho tenha um plano.
— Não olhe para mim, hermano. — o moreno responde enquanto tira suas luvas — São muros novos. Deve ser a resposta do CRUEL para tudo.
— Não descobriremos parados aqui. — Brenda soa esperançosa enquanto convence os demais. — Vamos.
— Acha que eles estão lá? É arriscado demais, olha aqueles muros. — Newt se aproxima de Thomas que mantinha seus olhos presos naquele lugar, à volta estava tudo em estado de destruição, os enormes muros protegendo uma cidade de última geração, aquilo era coisa de livro de ficção científica.
— É o que iremos descobrir. — Thomas suspira, ele queria salvar sua irmã e seu amigo, não importa o que aquilo fosse lhe custar. E ele sabia que encontraria Teresa lá também.
Ava Paige estava conversando com um dos Chanceleres e explicando sobre a grande descoberta que havia feito nas últimas horas.
— Não posso permitir perder os avanços da ciência, mas quero que saiba que podemos estar próximos de uma descoberta. Esta é a cobaia A-3. Nossa variável perfeita, foi testada como os demais, a diferença é que seu cérebro produz o dobro de enzimas, e quando separadas da corrente sanguínea, ele entra como um agente poderoso. Ele atrasa a disseminação do fulgor, porém os avanços obtidos com não são iguais aos obtidos com a cobaia A-7, Minho. Enquanto o sangue do garoto desacelera, o dela destrói.
— Então, o sangue da jovem é a cura. Por que não extraem logo e projetam as vacinas? — um dos chanceleres pergunta
— Não é tão fácil quanto parece, tentamos criar um soro, uma pequena ampola de esperança. E infelizmente, quando fizemos os testes em uma cobaia hoje, ela pareceu reagir bem, duas horas depois e... — Ava fez uma pausa e respirou fundo. — Ela veio a óbito.
— Como é possível? — uma mulher pergunta
— É o que tentaremos descobrir, peço a vocês um pouco mais de tempo. Obrigado! — a loira diz finalizando aquela conversa, enquanto os demais levantavam e saíam um por um.
Ava pediu para que devolvessem a suas memórias. Acreditava que fazendo a garota se lembrar de quando trabalhou para o CRUEL, fosse capaz de ajudar a convencer Thomas e os demais a voltarem para dentro do laboratório. Era o que ela precisava, os avanços obtidos naquele período talvez fossem a resposta para o fulgor, ou talvez não. Ava precisava saber se o sangue de Thomas reagia da mesma forma que o de sua irmã. E precisava saber, quais testes a tornaram aquilo, A variável perfeita.
estava em uma sala branca, uma espécie de quarto. Ela havia retornado dos exames e estava ali, sendo mantida afastada de todos, a sala tinha uma cama, na qual ela estava em cima, havia uma escrivaninha, algo meio inútil já que não havia papel e nem mesmo livro. Ao canto, um vaso sanitário e uma pia. O barulho da tranca chama a atenção da jovem, Teresa entra no quarto e fecha a porta atrás de si.
— Oi, vim buscar você. — Ela diz se aproximando da garota.
— Não vou a lugar nenhum com você, traíra. — responde de forma grosseira.
— Você não tem muitas escolhas, e garanto que irá ficar feliz com a visita. — Teresa diz e caminha em direção à porta. — Vamos!
se levantou e seguiu Teresa, no fundo ela estava curiosa, será que haviam pego Thomas? Ela rezava para que não. Seguiu Teresa pelos corredores sem graças da instalação do CRUEL, e chegou a uma das salas com uma placa enorme na porta escrito Doutora Teresa. A porta foi aberta e elas entraram, havia uma jovem de cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, estava sentada de costas para a porta, ao se virar, ela deu um enorme sorriso, seu rosto tinha alguns hematomas de como se tivesse sido espancada.
— , você está viva. — a jovem levantou e correu para abraçar a morena parada em pé naquela sala.
não conseguia acreditar, talvez estivesse dopada demais. Ou já havia começado a ser infectada pelo fulgor, e ter alucinações.
— , o que faz aqui? — abraçou a amiga com força, e permitiu as lágrimas rolarem por seus olhos.
Capítulo 17
— Acalmem-se. Estamos do mesmo lado. — dizia um mascarado que havia sequestrado Thomas e os demais do tiroteio perto dos muros do CRUEL.
— Como assim do mesmo lado? Quem é você? —Thomas perguntou agitado.
— Oi, fedelho. —disse o rapaz tirando a máscara e revelando ser um rosto do qual Thomas se lembrava bem.
— Gally? — perguntou não acreditando no que via.
— Puta merda. — Caçarola estava tão desacreditado quanto os amigos, Thomas foi tomado pela fúria e partiu para cima do ruivo acertando seu rosto com um murro.
— Não, espere! Espere! — Newt tentava apartar a briga enquanto os homens apontavam as armas para Thomas. — Pare com isso!
— Ele matou o Chuck. — Thomas disse tomado pela raiva, sendo segurado por Newt para não continuar a bater em Gally que estava no chão.
— É, eu sei. — Newt continuou segurando o moreno. — Eu lembro. Eu também estava lá. Eu também lembro de ele ter sido picado e ter enlouquecido. Tente se acalmar, está bem?
Thomas sai de cima de Gally, o ruivo levanta mostrando que estava tudo bem.
— Eu meio que esperava por isso. Mais alguém? Caçarola? Newt? — Gally perguntou aos amigos esperando que mais alguém resolvesse descontar o ocorrido da clareira.
— Conhecem esse cara? — Jorge pergunta
— Era um velho amigo. — Caçarola suspira.
— Como? Como é possível? — Newt pergunta desacreditado. — Nós vimos você morrer.
— Não, me deixaram lá para morrer. Se não tivéssemos achado vocês, estariam mortos agora. O que estão fazendo aqui? — Gally explica e faz a pergunta que tanto queria ter feito assim que viu Thomas e os demais no meio da aglomeração dos muros.
— Levaram eles. — Newt responde de prontidão. — O CRUEL pegou e o Minho. Queremos achar uma entrada.
— Eu posso ajudar com isso. Sigam-me. — Gally diz se virando
— Não vou a lugar nenhum com você. — Thomas se pronuncia relutante.
— Fique à vontade. Mas posso colocá-los lá dentro. — as palavras de Gally mostram à Thomas que talvez ele deva baixar a guarda pela primeira vez em alguns anos. — Depois do Labirinto, fui pego por um grupo que vinha para a cidade. — Gally descia as instalações do lugar em que ele morava, a fortaleza do grupo de resistência do CRUEL — Viram que eu era imune, me trataram... E me trouxeram aqui para o Lawrence. Eles estão em guerra com o CRUEL desde que a cidade foi tomada. O CRUEL não pode se esconder atrás dos muros para sempre. Chegará o dia em que vão pagar pelo que fizeram. Escutem... Ele não recebe muitas visitas. Então, deixem que só eu fale. Entenderam? E tentem não encará-lo.
— Gally. Vejo que conseguiu voltar. Jasper me contou o que houve. — um homem estava de costas para eles, observava as plantas que cresciam vivas naquela espécie de horta no subsolo
— Foi uma chacina. Não há o que fazer contra aquelas armas. — Gally respondeu.
— Não, mas só podem cutucar um vespeiro até certo ponto, antes de serem picados. Quem são essas pessoas? Por que estão aqui? — o homem perguntou após sentir a presença de Thomas e dos clareanos.
— Precisamos entrar no CRUEL. O Gally disse que você pode nos pôr do outro lado. — Thomas disse entrando na frente de Gally.
— O Gally não deveria fazer promessas que não pode cumprir. Além disso, o muro é só parte do problema. Entrar no CRUEL é impossível. — o homem se virou de frente para eles, enquanto puxava junto de si um suporte com um soro que devia estar conectado em alguma parte de seu corpo.
— Agora pode haver um jeito. Mas não funciona sem o Thomas. — Gally diz.
— É mesmo? Sabe o que eu sou? Thomas? — o homem chega bem perto dele, com o rosto desfigurado pelo fulgor. — Eu sou um empresário. Ou seja, eu não assumo riscos desnecessários. Por que devo confiar em você?
— Porque eu posso te ajudar. Se me colocar do outro lado daquele muro, eu consigo o que precisa. — Thomas tenta negociar.
— E o que você acha que eu preciso? — Lawrence o encara.
— Tempo. Até a última gota. — Thomas responde se referindo ao soro.
— É disso que eu preciso? O CRUEL tem algo que ambos queremos. Vamos fazer o seguinte: os dois podem ir agora. Os demais ficam aqui comigo. Uma garantia para ter certeza de que achará o caminho de volta. Fechado? — Lawrence estende a mão, Thomas aperta sua mão concordando com a ideia de Lawrence. — Gally, mostre-lhes o caminho.
Thomas decide que junto dele, iria Newt. Foi quem o apoiou desde o começo nesse plano suicida contra o CRUEL. Gally seguiu com eles em direção ao esgoto, para passarem por dentro dos muros.
.....
"Toque de recolher obrigatório em 15 minutos. Por favor, dirijam-se às suas casas de forma ordenada. Lembrem-se: é para a sua própria segurança. "
A cidade era projetada pelo dinheiro dos colaboradores, o lugar era de última geração. Havia segurança máxima por todos os lados. Thomas e Newt seguiam Gally dentro daquele lugar, A cidade era iluminada demais, pessoas andando para todo lado, às pressas com o toque de recolher.
— Ali está. — Gally mostra pelo telescópio o enorme prédio do CRUEL. — Se o CRUEL estiver com o Minho, é ali que estão mantendo-o. O Lawrence tenta achar uma entrada há anos. É entupido de soldados. Vigilância para todos os lados. Sensores em todos os andares.
— Parece uma fortaleza. — Newt parecia sem esperanças.
— Não disse que tinha uma entrada? — Thomas perguntou.
— Talvez. — Gally respondeu.
— Talvez? O que quer dizer com isso? — Thomas não conseguia entender.
— Dê uma olhada. Eu disse que havia uma entrada. Não que você ia gostar. — Gally mostra à Thomas, a entrada era através de Teresa.
Eles retornam para contar aos outros o que viram dentro dos muros. Thomas não havia gostado da ideia de usar Teresa para invadir o CRUEL.
— Não. Deve haver outro jeito. — Thomas andava de um lado para o outro.
— Qual? Você viu o prédio. Ela é nossa única entrada. — Gally olhava novamente a planta do CRUEL.
— Acha que ela vai nos ajudar? — Thomas pergunta se lembrando que a culpa do Braço Direito ter caído foi exatamente porque Teresa os entregou.
— Não pretendo pedir permissão. — Gally respondeu grosseiro.
— Eu estou me confundindo? É a garota que nos traiu, certo? — Brenda se manifestou incrédula com a inocência de Thomas em relação à Teresa. — A mesma babaca?
— Eu gosto dela. — Gally zomba apontando para Brenda
— O que está rolando? — Brenda pergunta diretamente a Thomas.
— Está com medo da namoradinha se machucar? — Newt se pronuncia, ele já havia roído as unhas. — Porque nunca foi só para resgatar a e o Minho. Não é?
— O que está querendo dizer? — Thomas não entendia por que Newt estava agindo daquela forma.
— A Teresa. Ela é a única razão para nossos amigos terem sumido. Agora temos a chance de resgatá-los e você não quer por causa dela? Porque, lá no fundo, você ainda gosta dela. — Newt jogava todas as verdades na cara de Thomas enquanto o amigo recuava para trás. — Admita.
— Newt, eu... —Thomas tentou se explicar.
— Não minta para mim! — Newt bate as costas de Thomas contra a parede de uma forma violenta deixando todos ali assustados, ele nunca havia agido de forma agressiva antes. — Não minta para mim! Desculpe...
Newt sai dali às pressas e Thomas o segue.
— Desculpe por aquilo. Acho que não consigo mais esconder. — Newt mostra a Thomas, o Fulgor estava infectando-o.
— Por que não me contou? — Thomas perguntou se abaixando para perto do amigo.
— Pensei que não fosse fazer diferença. — Newt conta. — Eu só sei que o CRUEL deve ter me posto no Labirinto por algum motivo. Talvez só para diferenciar os imunes como você de pessoas como eu.
— Sabe que ainda podemos dar um jeito nisso, Newt. — Thomas lhe garante. — Nós podemos.
— Não se preocupe comigo. Estamos fazendo isso pelos nossos amigos. — Newt respira pesadamente. — Eles precisam de nós. Então, se houver a menor chance de nos salvarmos, de tirarmos eles de lá, nós temos que tentar. Custe o que custar.
— Certo. Eu concordo. — Thomas concorda com o amigo. —Como será que ela está?
— Não me diga que está falando da Teresa. — Newt bufa pensando que novamente voltariam à estaca zero.
— Não, trolho. A minha irmã, sente falta dela? — Thomas encarou o amigo com um sorriso de lado.
— Ela me trouxe esperanças, ela me trouxe vida. Eu só quero ver ela e tirar ela das mãos deles, eles devem estar machucando-a, e eu não consigo pensar ... Thomas eu não me perdoarei se não conseguir salvar ela! — Newt desaba e Thomas o abraça.
— Ela está bem, vamos conseguir salvá-la. Eu prometo! — Thomas diz com determinação.
......
havia retornado ao laboratório, estava sentada e algemada. Seu pulso estava todo marcado pela algema, doía. Ela respirou fundo sentindo o ar queimar seus pulmões. Um cientista chegou próximo a ela e se sentou. O mesmo pegou a pasta de documentos e sorriu para .
— Eu sei que está com raiva, mentimos para vocês. Fizemos coisas péssimas com você e seus amigos ao longo deste tempo, mas saiba que foi por uma causa maior. E tivemos algum resultado, o que quer que tenha feito no labirinto e no deserto, funcionou. — disse o Cientista. — Ah, eu esqueci de me apresentar, me chamo Harry.
— Eu não dou a mínima. — disse indiferente.
— Olha, sabe que essa doença está devorando a mente de todos. Ninguém está seguro, mas há algo... — ele fez uma pausa e colocou as mãos sobre a mesa. — Há algo em seu sangue, que traz esperança de dias melhores. Tudo o que nós fizemos até agora foi calculado com o propósito de, analisar os padrões cerebrais e construir a cura do Fulgor. As vidas de quem amamos, vidas perdidas, a dor. Seu irmão, Teresa e você sabiam dos planos desde o início e não houve interrupção. Tudo que foi feito, foi para garantir a sobrevivência da raça humana e estamos a um passo apenas, muito perto. Talvez saber disso, te faça pensar melhor. Mas o vírus Fulgor, está no seu corpo mas não tem efeito sobre você. O seu sangue destrói as reações violentas do fulgor em minutos. Você é imune.
arregalou os olhos, incrédula e sentiu o nó na garganta. Aquilo sufocava ela, ela não conseguia pensar.
— Existem mais imunes além de mim? — perguntou ela em um sopro
— Claro, embora alguns do grupo experimental não tenham a mesma sorte. Quando começamos o experimento, foi debatido entre os chanceleres e os colaboradores, era necessário um grupo controle, eles são o que mantém os dados no contexto. Tudo o que fizemos desde o labirinto, foi calculado cuidadosamente. — Harry segurava uma ampola com um líquido azul, o soro. — Descobrimos que tudo que o vírus fazia era trabalhar na Zona de Conflito Letal, então começaram os trabalhos. Mapeamos suas reações cognitivas e fisiológicas para criar um esboço para a potencial cura. Eis aqui o esboço, com seu sangue. Se me permite, gostaria de mostrar o que isso junto ao seu sangue. — ele se levantou e estendeu a mão para ela.
não tinha para onde fugir, tinha que ver aquilo. Talvez estivessem contando a ela por que dentro de algumas horas ela iria morrer, e fosse lembrada como uma heroína. Ou nem se quer mencionada para que o CRUEL pudesse receber os devidos créditos. Ela o seguiu pelo laboratório, parando em frente a uma maca. Uma jovem estava amarrada ali, descontrolada. Ela estava infectada, era visível, a bile preta escorrendo por sua boca, fez a jovem recuar e se lembrar de Winston. Não puderam dar a ele a esperança de uma cura. O médico insere a ampola no suporte da injeção e olha para sorrindo, em seguida injeta o líquido sobre o corpo da criança.
—Observe, a zona de conflito letal é seu cérebro. É no cérebro que o vírus se instala e se apodera da pessoa. — a garota começou a se debater na maca, soltando um grunhido pavoroso. — Quanto mais infectada a zona de conflito, mais paranoico e violento é o comportamento do infectado. Todos vocês foram submetidos a diferentes tipos de testes até chegar à terceira fase. E aí que entendi onde estava o erro, os experimentos não eram suficientes. E retomei mais testes com você, diferentes dos testes de Minho. E então, em uma conversa com a Doutora Paige, decidi que o dissipador não devia mais lhe causar tal desconforto. E pedi para que pudesse devolver a você suas lembranças, e então continuei os testes com você desacordada. E com isso ... — um estrondo foi ouvido, a garota na maca havia parado de se mover, estava apagada, o braço pendendo para fora da maca. — Como eu dizia, com isso encontrei a cura.
— Ela está morta? — perguntou engolindo em seco.
— Sim, mas observe. — ele apontou para a maca e olhou no relógio contabilizando os segundos. — Ela morre, para renascer.
— Como? Você não falou nada com nada, ela morreu. Você é um monstro, ela ... — começou a sentir as lágrimas rolarem pelo rosto quando a jovem a sua frente em um solavanco voltou a respirar.
— Eu disse. — o cientista sorria e a jovem o encarava sem entender, a menina na maca dormia. Seu peito mostrava que ela respirava super bem, subindo e descendo.
— O que? Mas o que aconteceu? — ela perguntou mais confusa do que antes.
— Preciso que saiba que o Fulgor é um vírus produzido pelo homem, ele foi liberado acidentalmente durante a catástrofe causada pela explosão do sol na Terra. Ele é uma doença mental progressiva e degenerativa, resultando em perturbações emocionais, violência, deterioração do cérebro humano. Vivemos em uma pandemia. — Harry contava a história que queria saber por anos. — Eu preciso que você entenda, precisa convencer os outros a ficarem. Amanhã farei novos testes com você.
— Como assim do mesmo lado? Quem é você? —Thomas perguntou agitado.
— Oi, fedelho. —disse o rapaz tirando a máscara e revelando ser um rosto do qual Thomas se lembrava bem.
— Gally? — perguntou não acreditando no que via.
— Puta merda. — Caçarola estava tão desacreditado quanto os amigos, Thomas foi tomado pela fúria e partiu para cima do ruivo acertando seu rosto com um murro.
— Não, espere! Espere! — Newt tentava apartar a briga enquanto os homens apontavam as armas para Thomas. — Pare com isso!
— Ele matou o Chuck. — Thomas disse tomado pela raiva, sendo segurado por Newt para não continuar a bater em Gally que estava no chão.
— É, eu sei. — Newt continuou segurando o moreno. — Eu lembro. Eu também estava lá. Eu também lembro de ele ter sido picado e ter enlouquecido. Tente se acalmar, está bem?
Thomas sai de cima de Gally, o ruivo levanta mostrando que estava tudo bem.
— Eu meio que esperava por isso. Mais alguém? Caçarola? Newt? — Gally perguntou aos amigos esperando que mais alguém resolvesse descontar o ocorrido da clareira.
— Conhecem esse cara? — Jorge pergunta
— Era um velho amigo. — Caçarola suspira.
— Como? Como é possível? — Newt pergunta desacreditado. — Nós vimos você morrer.
— Não, me deixaram lá para morrer. Se não tivéssemos achado vocês, estariam mortos agora. O que estão fazendo aqui? — Gally explica e faz a pergunta que tanto queria ter feito assim que viu Thomas e os demais no meio da aglomeração dos muros.
— Levaram eles. — Newt responde de prontidão. — O CRUEL pegou e o Minho. Queremos achar uma entrada.
— Eu posso ajudar com isso. Sigam-me. — Gally diz se virando
— Não vou a lugar nenhum com você. — Thomas se pronuncia relutante.
— Fique à vontade. Mas posso colocá-los lá dentro. — as palavras de Gally mostram à Thomas que talvez ele deva baixar a guarda pela primeira vez em alguns anos. — Depois do Labirinto, fui pego por um grupo que vinha para a cidade. — Gally descia as instalações do lugar em que ele morava, a fortaleza do grupo de resistência do CRUEL — Viram que eu era imune, me trataram... E me trouxeram aqui para o Lawrence. Eles estão em guerra com o CRUEL desde que a cidade foi tomada. O CRUEL não pode se esconder atrás dos muros para sempre. Chegará o dia em que vão pagar pelo que fizeram. Escutem... Ele não recebe muitas visitas. Então, deixem que só eu fale. Entenderam? E tentem não encará-lo.
— Gally. Vejo que conseguiu voltar. Jasper me contou o que houve. — um homem estava de costas para eles, observava as plantas que cresciam vivas naquela espécie de horta no subsolo
— Foi uma chacina. Não há o que fazer contra aquelas armas. — Gally respondeu.
— Não, mas só podem cutucar um vespeiro até certo ponto, antes de serem picados. Quem são essas pessoas? Por que estão aqui? — o homem perguntou após sentir a presença de Thomas e dos clareanos.
— Precisamos entrar no CRUEL. O Gally disse que você pode nos pôr do outro lado. — Thomas disse entrando na frente de Gally.
— O Gally não deveria fazer promessas que não pode cumprir. Além disso, o muro é só parte do problema. Entrar no CRUEL é impossível. — o homem se virou de frente para eles, enquanto puxava junto de si um suporte com um soro que devia estar conectado em alguma parte de seu corpo.
— Agora pode haver um jeito. Mas não funciona sem o Thomas. — Gally diz.
— É mesmo? Sabe o que eu sou? Thomas? — o homem chega bem perto dele, com o rosto desfigurado pelo fulgor. — Eu sou um empresário. Ou seja, eu não assumo riscos desnecessários. Por que devo confiar em você?
— Porque eu posso te ajudar. Se me colocar do outro lado daquele muro, eu consigo o que precisa. — Thomas tenta negociar.
— E o que você acha que eu preciso? — Lawrence o encara.
— Tempo. Até a última gota. — Thomas responde se referindo ao soro.
— É disso que eu preciso? O CRUEL tem algo que ambos queremos. Vamos fazer o seguinte: os dois podem ir agora. Os demais ficam aqui comigo. Uma garantia para ter certeza de que achará o caminho de volta. Fechado? — Lawrence estende a mão, Thomas aperta sua mão concordando com a ideia de Lawrence. — Gally, mostre-lhes o caminho.
Thomas decide que junto dele, iria Newt. Foi quem o apoiou desde o começo nesse plano suicida contra o CRUEL. Gally seguiu com eles em direção ao esgoto, para passarem por dentro dos muros.
"Toque de recolher obrigatório em 15 minutos. Por favor, dirijam-se às suas casas de forma ordenada. Lembrem-se: é para a sua própria segurança. "
A cidade era projetada pelo dinheiro dos colaboradores, o lugar era de última geração. Havia segurança máxima por todos os lados. Thomas e Newt seguiam Gally dentro daquele lugar, A cidade era iluminada demais, pessoas andando para todo lado, às pressas com o toque de recolher.
— Ali está. — Gally mostra pelo telescópio o enorme prédio do CRUEL. — Se o CRUEL estiver com o Minho, é ali que estão mantendo-o. O Lawrence tenta achar uma entrada há anos. É entupido de soldados. Vigilância para todos os lados. Sensores em todos os andares.
— Parece uma fortaleza. — Newt parecia sem esperanças.
— Não disse que tinha uma entrada? — Thomas perguntou.
— Talvez. — Gally respondeu.
— Talvez? O que quer dizer com isso? — Thomas não conseguia entender.
— Dê uma olhada. Eu disse que havia uma entrada. Não que você ia gostar. — Gally mostra à Thomas, a entrada era através de Teresa.
Eles retornam para contar aos outros o que viram dentro dos muros. Thomas não havia gostado da ideia de usar Teresa para invadir o CRUEL.
— Não. Deve haver outro jeito. — Thomas andava de um lado para o outro.
— Qual? Você viu o prédio. Ela é nossa única entrada. — Gally olhava novamente a planta do CRUEL.
— Acha que ela vai nos ajudar? — Thomas pergunta se lembrando que a culpa do Braço Direito ter caído foi exatamente porque Teresa os entregou.
— Não pretendo pedir permissão. — Gally respondeu grosseiro.
— Eu estou me confundindo? É a garota que nos traiu, certo? — Brenda se manifestou incrédula com a inocência de Thomas em relação à Teresa. — A mesma babaca?
— Eu gosto dela. — Gally zomba apontando para Brenda
— O que está rolando? — Brenda pergunta diretamente a Thomas.
— Está com medo da namoradinha se machucar? — Newt se pronuncia, ele já havia roído as unhas. — Porque nunca foi só para resgatar a e o Minho. Não é?
— O que está querendo dizer? — Thomas não entendia por que Newt estava agindo daquela forma.
— A Teresa. Ela é a única razão para nossos amigos terem sumido. Agora temos a chance de resgatá-los e você não quer por causa dela? Porque, lá no fundo, você ainda gosta dela. — Newt jogava todas as verdades na cara de Thomas enquanto o amigo recuava para trás. — Admita.
— Newt, eu... —Thomas tentou se explicar.
— Não minta para mim! — Newt bate as costas de Thomas contra a parede de uma forma violenta deixando todos ali assustados, ele nunca havia agido de forma agressiva antes. — Não minta para mim! Desculpe...
Newt sai dali às pressas e Thomas o segue.
— Desculpe por aquilo. Acho que não consigo mais esconder. — Newt mostra a Thomas, o Fulgor estava infectando-o.
— Por que não me contou? — Thomas perguntou se abaixando para perto do amigo.
— Pensei que não fosse fazer diferença. — Newt conta. — Eu só sei que o CRUEL deve ter me posto no Labirinto por algum motivo. Talvez só para diferenciar os imunes como você de pessoas como eu.
— Sabe que ainda podemos dar um jeito nisso, Newt. — Thomas lhe garante. — Nós podemos.
— Não se preocupe comigo. Estamos fazendo isso pelos nossos amigos. — Newt respira pesadamente. — Eles precisam de nós. Então, se houver a menor chance de nos salvarmos, de tirarmos eles de lá, nós temos que tentar. Custe o que custar.
— Certo. Eu concordo. — Thomas concorda com o amigo. —Como será que ela está?
— Não me diga que está falando da Teresa. — Newt bufa pensando que novamente voltariam à estaca zero.
— Não, trolho. A minha irmã, sente falta dela? — Thomas encarou o amigo com um sorriso de lado.
— Ela me trouxe esperanças, ela me trouxe vida. Eu só quero ver ela e tirar ela das mãos deles, eles devem estar machucando-a, e eu não consigo pensar ... Thomas eu não me perdoarei se não conseguir salvar ela! — Newt desaba e Thomas o abraça.
— Ela está bem, vamos conseguir salvá-la. Eu prometo! — Thomas diz com determinação.
havia retornado ao laboratório, estava sentada e algemada. Seu pulso estava todo marcado pela algema, doía. Ela respirou fundo sentindo o ar queimar seus pulmões. Um cientista chegou próximo a ela e se sentou. O mesmo pegou a pasta de documentos e sorriu para .
— Eu sei que está com raiva, mentimos para vocês. Fizemos coisas péssimas com você e seus amigos ao longo deste tempo, mas saiba que foi por uma causa maior. E tivemos algum resultado, o que quer que tenha feito no labirinto e no deserto, funcionou. — disse o Cientista. — Ah, eu esqueci de me apresentar, me chamo Harry.
— Eu não dou a mínima. — disse indiferente.
— Olha, sabe que essa doença está devorando a mente de todos. Ninguém está seguro, mas há algo... — ele fez uma pausa e colocou as mãos sobre a mesa. — Há algo em seu sangue, que traz esperança de dias melhores. Tudo o que nós fizemos até agora foi calculado com o propósito de, analisar os padrões cerebrais e construir a cura do Fulgor. As vidas de quem amamos, vidas perdidas, a dor. Seu irmão, Teresa e você sabiam dos planos desde o início e não houve interrupção. Tudo que foi feito, foi para garantir a sobrevivência da raça humana e estamos a um passo apenas, muito perto. Talvez saber disso, te faça pensar melhor. Mas o vírus Fulgor, está no seu corpo mas não tem efeito sobre você. O seu sangue destrói as reações violentas do fulgor em minutos. Você é imune.
arregalou os olhos, incrédula e sentiu o nó na garganta. Aquilo sufocava ela, ela não conseguia pensar.
— Existem mais imunes além de mim? — perguntou ela em um sopro
— Claro, embora alguns do grupo experimental não tenham a mesma sorte. Quando começamos o experimento, foi debatido entre os chanceleres e os colaboradores, era necessário um grupo controle, eles são o que mantém os dados no contexto. Tudo o que fizemos desde o labirinto, foi calculado cuidadosamente. — Harry segurava uma ampola com um líquido azul, o soro. — Descobrimos que tudo que o vírus fazia era trabalhar na Zona de Conflito Letal, então começaram os trabalhos. Mapeamos suas reações cognitivas e fisiológicas para criar um esboço para a potencial cura. Eis aqui o esboço, com seu sangue. Se me permite, gostaria de mostrar o que isso junto ao seu sangue. — ele se levantou e estendeu a mão para ela.
não tinha para onde fugir, tinha que ver aquilo. Talvez estivessem contando a ela por que dentro de algumas horas ela iria morrer, e fosse lembrada como uma heroína. Ou nem se quer mencionada para que o CRUEL pudesse receber os devidos créditos. Ela o seguiu pelo laboratório, parando em frente a uma maca. Uma jovem estava amarrada ali, descontrolada. Ela estava infectada, era visível, a bile preta escorrendo por sua boca, fez a jovem recuar e se lembrar de Winston. Não puderam dar a ele a esperança de uma cura. O médico insere a ampola no suporte da injeção e olha para sorrindo, em seguida injeta o líquido sobre o corpo da criança.
—Observe, a zona de conflito letal é seu cérebro. É no cérebro que o vírus se instala e se apodera da pessoa. — a garota começou a se debater na maca, soltando um grunhido pavoroso. — Quanto mais infectada a zona de conflito, mais paranoico e violento é o comportamento do infectado. Todos vocês foram submetidos a diferentes tipos de testes até chegar à terceira fase. E aí que entendi onde estava o erro, os experimentos não eram suficientes. E retomei mais testes com você, diferentes dos testes de Minho. E então, em uma conversa com a Doutora Paige, decidi que o dissipador não devia mais lhe causar tal desconforto. E pedi para que pudesse devolver a você suas lembranças, e então continuei os testes com você desacordada. E com isso ... — um estrondo foi ouvido, a garota na maca havia parado de se mover, estava apagada, o braço pendendo para fora da maca. — Como eu dizia, com isso encontrei a cura.
— Ela está morta? — perguntou engolindo em seco.
— Sim, mas observe. — ele apontou para a maca e olhou no relógio contabilizando os segundos. — Ela morre, para renascer.
— Como? Você não falou nada com nada, ela morreu. Você é um monstro, ela ... — começou a sentir as lágrimas rolarem pelo rosto quando a jovem a sua frente em um solavanco voltou a respirar.
— Eu disse. — o cientista sorria e a jovem o encarava sem entender, a menina na maca dormia. Seu peito mostrava que ela respirava super bem, subindo e descendo.
— O que? Mas o que aconteceu? — ela perguntou mais confusa do que antes.
— Preciso que saiba que o Fulgor é um vírus produzido pelo homem, ele foi liberado acidentalmente durante a catástrofe causada pela explosão do sol na Terra. Ele é uma doença mental progressiva e degenerativa, resultando em perturbações emocionais, violência, deterioração do cérebro humano. Vivemos em uma pandemia. — Harry contava a história que queria saber por anos. — Eu preciso que você entenda, precisa convencer os outros a ficarem. Amanhã farei novos testes com você.
Capítulo 18
— Gally? — Teresa não acreditava ao ver o garoto a sua frente, ela havia sido sequestrada por Thomas.
— Vamos fazer o seguinte. Vamos fazer algumas perguntas, e você nos diz exatamente o que queremos saber. Começando por uma fácil: cadê o Minho? — Gally perguntou rude e sem paciência, quanto mais informações tirassem, mais rápido o plano entraria em ação.
— Vocês não estão pensando em... —Teresa perguntou olhando para Thomas, Gally botou uma cadeira à frente dela enquanto mantinha a pose.
— Não olhe para ele. Por que está olhando para ele? Olha para mim. Ele não vai te ajudar. — o ruivo torna a questionar Teresa. — Sabemos que o Minho está no prédio. Onde?
— Está com os outros na contenção. Subnível 3. — ela respondeu de prontidão.
— Quantos mais? — Newt começou a ajudar com o interrogatório.
— Vinte e oito.
— Eu dou conta. —Brenda se manifestou encarando Teresa.
— Não, vocês não entenderam. O andar é de acesso restrito. Não podem entrar sem uma digital. — Teresa começou a dar desculpas, o que não era mentira. Todos sabiam que era quase impossível invadir o prédio.
— É por isso que você vai junto. — Thomas a interrompeu com um tom indiferente.
— Eu não sei. — Gally analisava a feição de Teresa, ela respirava pesado, sabia que não tinha saída, e ele estava gostando de deixá-la com medo. — Não precisamos dela necessariamente. Não é mesmo? Não dela inteira. — Gally levantou e pegou um bisturi apontando para ela. — Só de um dedo.
— Para, Gally. — Thomas tentava manter a situação sob controle.
— Achou ruim? Eu garanto que ela fez pior com o Minho. — Gally rebateu. — E a sua irmã, hein? Eles devem ter drenado o resto do sangue dela, se ainda não fizeram, está chegando a hora, eles não vão parar Thomas.
— Pare, esse não é o plano. — Thomas levantou e pegou o bisturi da mão do ruivo.
— Não faz diferença. — Teresa respondeu sincera. — Façam o que quiserem comigo. Não passarão nem pela porta da frente. Os sensores vão captar...
— Sabemos que somos marcados. — Thomas se aproximou dela interrompendo toda a ladainha e se agachou diante da garota. — Propriedade do CRUEL. Vai nos ajudar com isso também.
Thomas estendeu a ela o bisturi, ela precisava retirar os sensores do pescoço de cada um dos meninos. Teresa não teve escolha, começou o trabalho. Newt analisava a garota enquanto ela conversava algo com Thomas, ele só queria resgatar os amigos dele, ele esperava poder ver antes do Fulgor o destruir.
Caçarola estava ajudando com algumas armas, quando reparou o amigo distante.
— Aí, ela está bem. Vocês vão conseguir trazer ela de volta, eu sei que vão. — Caçarola encoraja o amigo.
— Nós vamos conseguir. — ele afirma e termina de se vestir.
....
No laboratório do CRUEL, estava prestes a ser colocada em um tanque de água. Quando as luzes começaram a piscar, entrou na enorme sala e disparou uma faca contra o segurança, os médicos e guardas tentavam segurá-la mas ela começou a lutar com eles, havia fugido das instalações de observação após dopar um dos cientistas que tentava fazer ele e serem cobaias. O garoto chega com uma arma de choque e começa a disparar na direção dos guardas, derrubando um a um. andava sorrateiro enquanto a briga acontecia e chegou próximo de Ava Paige.
— Olá, Doutora, ou devo chamá-la de vadia sem coração? — a encurralou, ela protegia enquanto os demais tentavam conter as cobaias.
— , abaixe essa arma. Não precisamos transformar isso em um banho de sangue. — Ava tentava convencer o garoto.
— Você é a responsável por isso, e agora não quer mais sujar suas mãos. Irônico, mas você quem começou, então é melhor começar a dizer suas últimas palavras. — Ele respondeu engatilhando a pistola nas mãos.
olhava para a seringa ao seu lado, o líquido azul que ela desconhecia, mas sabia que era o que a colocava para dormir. As siglas em cinza enormes WCKD, deram a garota uma ideia. Ela pegou a seringa devagar, e rapidamente a enfiou na perna da loira, fazendo a mulher cair.
— ! — abraçou a amiga. — Vamos embora, o tempo está esgotando.
— Vocês não vão conseguir ir a lugar algum. — Ava resmungou baixo enquanto começava a sentir as pálpebras pesarem.
— Você teria razão, mas não conta com um milagre. — dizia com dificuldade enquanto amarrava os cientistas.
— Milagre? — Ava deu uma risada baixa e tossiu logo em seguida, o calmante estava fazendo efeito.
— Thomas, ele entrou no prédio. — avisa e o encara com os olhos arregalados. — Sim, seu irmão veio buscar você.
— E nós vamos garantir que você chegue até ele em segurança. — completa e abraça o amigo feliz.
— Vamos logo, não temos tempo. Gally está com os outros imunes. — se levanta e segue corredor a fora com os amigos em seu encalço.
— Gally? Você conhece o Gally? — andava apressadamente atrás dos amigos.
— Sim, ele quem soltou e . Ele falava com um garoto loiro enquanto nós estávamos aqui, sabia que Ava ia drenar todo o seu sangue e disse que precisavam salvar vocês. Quando disse seu nome, Gally automaticamente deu a eles uma arma e mandou eles nos encontrarem. Venham por aqui, vamos por esse lado. Está tudo bloqueado nos outros andares. — Ela abre a porta da escada de emergência e eles descem.
— Precisamos levar você até o pátio, o ônibus está lá. — diz e eles continuavam a descer para o subsolo, onde dava acesso a garagem.
....
— Thomas, escute-me. Pegar o soro não vai salvar o Newt. — Teresa tentava convencer Thomas enquanto andavam dentro das instalações. — Pode ganhar tempo, mas... Thomas, você sabe o que está havendo lá fora. As pessoas estão morrendo. O mundo está morrendo. Há algo em seu sangue que eu não entendo.
— Abra a porta. —Thomas mandou.
— Deixe-me fazer alguns exames. Prometo proteger você. —Teresa precisava convencer ele a ir com ela.
— É? Como protegeu o Minho? —Thomas respondeu jogando o capacete no chão.
— O que está fazendo? — Newt tentava apartar a briga — Thomas, temos que ir.
— Quanto tempo vai demorar? Quantas pessoas vão capturar, torturar e matar? Quando isso vai parar? — Thomas perguntou perdendo a paciência. Teresa estava igual a Ava Paige, tentava manter o discurso do lampejo de esperança, mas ele sabia que aquilo era impossível.
— Quando acharmos a cura. — Teresa rebateu.
— Não existe cura! — ele gritou com ela.
— Poupe seu fôlego, Teresa. Ele fez a escolha dele há muito tempo. —Janson apareceu com a arma apontada para eles, Thomas usa Teresa de refém.
— Largue a arma! Afastem-se! Mande-os se afastarem! Mande-os se afastarem! — Ele gritava com a arma apontada para a cabeça de Teresa.
— Thomas, qual é? Sou eu. Conheço você bem, não vai atirar nela. Tem certeza? — Janson confrontava Thomas. — Tudo bem, então atire. Atire nela. Prove que estou errado. Atire nela.
Teresa os empurrou e acionou a alavanca de segurança, uma porta de vidro blindado desceu prendendo-os para o lado de dentro.
— Sai da frente! Vamos! —Janson disparou contra o vidro e não aconteceu nada além de umas pequenas rachaduras. Thomas e Newt seguem corredor adentro procurando por uma nova saída.
— É melhor ter uma ótima explicação. — Janson olha para Teresa.
— Eu lhe fiz um favor. As portas estão lacradas. Eles não podem sair. — ela explica e eles saem. — Janson, eu os quero vivos.
— Vamos fazer o seguinte. Vamos fazer algumas perguntas, e você nos diz exatamente o que queremos saber. Começando por uma fácil: cadê o Minho? — Gally perguntou rude e sem paciência, quanto mais informações tirassem, mais rápido o plano entraria em ação.
— Vocês não estão pensando em... —Teresa perguntou olhando para Thomas, Gally botou uma cadeira à frente dela enquanto mantinha a pose.
— Não olhe para ele. Por que está olhando para ele? Olha para mim. Ele não vai te ajudar. — o ruivo torna a questionar Teresa. — Sabemos que o Minho está no prédio. Onde?
— Está com os outros na contenção. Subnível 3. — ela respondeu de prontidão.
— Quantos mais? — Newt começou a ajudar com o interrogatório.
— Vinte e oito.
— Eu dou conta. —Brenda se manifestou encarando Teresa.
— Não, vocês não entenderam. O andar é de acesso restrito. Não podem entrar sem uma digital. — Teresa começou a dar desculpas, o que não era mentira. Todos sabiam que era quase impossível invadir o prédio.
— É por isso que você vai junto. — Thomas a interrompeu com um tom indiferente.
— Eu não sei. — Gally analisava a feição de Teresa, ela respirava pesado, sabia que não tinha saída, e ele estava gostando de deixá-la com medo. — Não precisamos dela necessariamente. Não é mesmo? Não dela inteira. — Gally levantou e pegou um bisturi apontando para ela. — Só de um dedo.
— Para, Gally. — Thomas tentava manter a situação sob controle.
— Achou ruim? Eu garanto que ela fez pior com o Minho. — Gally rebateu. — E a sua irmã, hein? Eles devem ter drenado o resto do sangue dela, se ainda não fizeram, está chegando a hora, eles não vão parar Thomas.
— Pare, esse não é o plano. — Thomas levantou e pegou o bisturi da mão do ruivo.
— Não faz diferença. — Teresa respondeu sincera. — Façam o que quiserem comigo. Não passarão nem pela porta da frente. Os sensores vão captar...
— Sabemos que somos marcados. — Thomas se aproximou dela interrompendo toda a ladainha e se agachou diante da garota. — Propriedade do CRUEL. Vai nos ajudar com isso também.
Thomas estendeu a ela o bisturi, ela precisava retirar os sensores do pescoço de cada um dos meninos. Teresa não teve escolha, começou o trabalho. Newt analisava a garota enquanto ela conversava algo com Thomas, ele só queria resgatar os amigos dele, ele esperava poder ver antes do Fulgor o destruir.
Caçarola estava ajudando com algumas armas, quando reparou o amigo distante.
— Aí, ela está bem. Vocês vão conseguir trazer ela de volta, eu sei que vão. — Caçarola encoraja o amigo.
— Nós vamos conseguir. — ele afirma e termina de se vestir.
No laboratório do CRUEL, estava prestes a ser colocada em um tanque de água. Quando as luzes começaram a piscar, entrou na enorme sala e disparou uma faca contra o segurança, os médicos e guardas tentavam segurá-la mas ela começou a lutar com eles, havia fugido das instalações de observação após dopar um dos cientistas que tentava fazer ele e serem cobaias. O garoto chega com uma arma de choque e começa a disparar na direção dos guardas, derrubando um a um. andava sorrateiro enquanto a briga acontecia e chegou próximo de Ava Paige.
— Olá, Doutora, ou devo chamá-la de vadia sem coração? — a encurralou, ela protegia enquanto os demais tentavam conter as cobaias.
— , abaixe essa arma. Não precisamos transformar isso em um banho de sangue. — Ava tentava convencer o garoto.
— Você é a responsável por isso, e agora não quer mais sujar suas mãos. Irônico, mas você quem começou, então é melhor começar a dizer suas últimas palavras. — Ele respondeu engatilhando a pistola nas mãos.
olhava para a seringa ao seu lado, o líquido azul que ela desconhecia, mas sabia que era o que a colocava para dormir. As siglas em cinza enormes WCKD, deram a garota uma ideia. Ela pegou a seringa devagar, e rapidamente a enfiou na perna da loira, fazendo a mulher cair.
— ! — abraçou a amiga. — Vamos embora, o tempo está esgotando.
— Vocês não vão conseguir ir a lugar algum. — Ava resmungou baixo enquanto começava a sentir as pálpebras pesarem.
— Você teria razão, mas não conta com um milagre. — dizia com dificuldade enquanto amarrava os cientistas.
— Milagre? — Ava deu uma risada baixa e tossiu logo em seguida, o calmante estava fazendo efeito.
— Thomas, ele entrou no prédio. — avisa e o encara com os olhos arregalados. — Sim, seu irmão veio buscar você.
— E nós vamos garantir que você chegue até ele em segurança. — completa e abraça o amigo feliz.
— Vamos logo, não temos tempo. Gally está com os outros imunes. — se levanta e segue corredor a fora com os amigos em seu encalço.
— Gally? Você conhece o Gally? — andava apressadamente atrás dos amigos.
— Sim, ele quem soltou e . Ele falava com um garoto loiro enquanto nós estávamos aqui, sabia que Ava ia drenar todo o seu sangue e disse que precisavam salvar vocês. Quando disse seu nome, Gally automaticamente deu a eles uma arma e mandou eles nos encontrarem. Venham por aqui, vamos por esse lado. Está tudo bloqueado nos outros andares. — Ela abre a porta da escada de emergência e eles descem.
— Precisamos levar você até o pátio, o ônibus está lá. — diz e eles continuavam a descer para o subsolo, onde dava acesso a garagem.
— Thomas, escute-me. Pegar o soro não vai salvar o Newt. — Teresa tentava convencer Thomas enquanto andavam dentro das instalações. — Pode ganhar tempo, mas... Thomas, você sabe o que está havendo lá fora. As pessoas estão morrendo. O mundo está morrendo. Há algo em seu sangue que eu não entendo.
— Abra a porta. —Thomas mandou.
— Deixe-me fazer alguns exames. Prometo proteger você. —Teresa precisava convencer ele a ir com ela.
— É? Como protegeu o Minho? —Thomas respondeu jogando o capacete no chão.
— O que está fazendo? — Newt tentava apartar a briga — Thomas, temos que ir.
— Quanto tempo vai demorar? Quantas pessoas vão capturar, torturar e matar? Quando isso vai parar? — Thomas perguntou perdendo a paciência. Teresa estava igual a Ava Paige, tentava manter o discurso do lampejo de esperança, mas ele sabia que aquilo era impossível.
— Quando acharmos a cura. — Teresa rebateu.
— Não existe cura! — ele gritou com ela.
— Poupe seu fôlego, Teresa. Ele fez a escolha dele há muito tempo. —Janson apareceu com a arma apontada para eles, Thomas usa Teresa de refém.
— Largue a arma! Afastem-se! Mande-os se afastarem! Mande-os se afastarem! — Ele gritava com a arma apontada para a cabeça de Teresa.
— Thomas, qual é? Sou eu. Conheço você bem, não vai atirar nela. Tem certeza? — Janson confrontava Thomas. — Tudo bem, então atire. Atire nela. Prove que estou errado. Atire nela.
Teresa os empurrou e acionou a alavanca de segurança, uma porta de vidro blindado desceu prendendo-os para o lado de dentro.
— Sai da frente! Vamos! —Janson disparou contra o vidro e não aconteceu nada além de umas pequenas rachaduras. Thomas e Newt seguem corredor adentro procurando por uma nova saída.
— É melhor ter uma ótima explicação. — Janson olha para Teresa.
— Eu lhe fiz um favor. As portas estão lacradas. Eles não podem sair. — ela explica e eles saem. — Janson, eu os quero vivos.
Capítulo 19
Brenda havia saído com o ônibus, estava tentando contato com Gally pelo rádio que foi deixado com ele, ninguém respondia. Eles haviam pegado roupas para se trocarem, agora precisavam encontrar Gally, era a única esperança de saberem como sair de lá. colocou três ampolas do soro no bolso do uniforme que vestia, e começaram a se mover sentido à saída dos prédios do CRUEL. Quando um monte de homens e mulheres chegaram atirando contra os soldados do CRUEL, ia se escorando na frente com os demais em seu encalço. Enquanto caminhavam para um dos prédios vazios, a voz de Thomas soou no rádio e em seguida ouviram alguém o responder.
— Procura a gente perto dos túneis. — era Brenda.
olhou para e fez o sinal de que ia na frente. Ele sabia onde eram os túneis. Um berg se aproximava enquanto eles seguiam pelos cantos longe da confusão do centro. conheceu dois garotos correndo e suas teorias foram confirmadas.
— O garoto que me ajudou. Ei, Gally. — gritou e acenou, eles alcançaram Gally que estava com Minho.
— Meu deus, você... Você está vivo. Meu irmão, cadê o Thomas e o Newt? — perguntou desesperada.
— Eles ficaram, estamos indo buscar o soro para o Newt, eles estão seguindo para os túneis mas vai demorar. — Minho fala e bota as mãos na cabeça.
— Eu... Eu vou encontrar eles. —Ela diz e sai correndo enquanto os amigos protestam para ela voltar.
..........
— Thomas? Está me ouvindo? Preciso que me escute. Sei que não tem motivo para confiar em mim, mas preciso que você volte. Thomas, você pode salvar o Newt. Ainda resta tempo para ele. Há uma razão para a Brenda não estar mais doente. É o seu sangue. Entendeu? Ela não está doente, porque você a curou. Ela não precisa ser a única. É só você voltar. E tudo isso finalmente vai acabar. Por favor. Volte para mim. Eu sei que você vai fazer o certo. — A voz de Teresa sumiu do alto falante e Thomas se virou para o amigo.
— Newt? Newt? Newt, sou eu. Sou eu! — Thomas falava com o amigo que parecia um morto vivo, o líquido preto saía de sua boca e ele rosnava.
— Tommy, me mate! — implorou Newt.
— Newt, sou eu. Por favor! Por favor! Newt, por favor! Por favor! —Thomas tentava segurar o amigo que ia em sua direção querendo o atacar a todo custo.
— Desculpe, Tommy. Desculpe. — pedia o amigo depois de tentar atacar Thomas. Newt estava no estado de confusão, era o fulgor.
— Tudo bem. — Thomas respondeu, Newt pegou a arma tentando se matar e Thomas o impediu. — Não!
chegou quando Newt estava com a faca em mãos tentando acertar Thomas. Ele estava totalmente agressivo, ela correu, segurando o garoto pela cintura.
— Newt, sou eu. Meu amor, sou eu. — ela começou a chorar enquanto Newt virava a faca empurrando para si mesmo e Thomas tentava pegar de volta. — Você vai ficar bem, eu prometo. Me desculpa. — Ela injetou a seringa nele, empurrando o líquido, Newt desistiu de lutar. Caiu em cima dela, Brenda e os amigos chegaram logo em seguida vendo o garoto cair. O mesmo nem sequer conseguia respirar.
— Não, não! — Brenda segurava o choro tentando entender o que estava acontecendo e rezando para que Newt ficasse bem.
Thomas pegou a arma e saiu revoltado, ele queria acabar com aquilo de vez. Não aguentava mais ver os seus amigos morrendo. Novamente ele entrou no prédio do CRUEL e deu de cara com Ava.
— É verdade? Newt. Eu podia tê-lo salvado? — ele pergunta apontando a arma para ela
— Você pode salvar todos nós. — ela diz e ele derruba a arma cansado.
— Está tudo bem. Só deixe os outros em paz. — Thomas pede.
— Eu prometo. — Ela diz e um disparo é ouvido. Janson encara Thomas e o dopa antes mesmo de ele reagir.
Teresa estava no topo do prédio segurando Thomas, ele sangrava sem parar. Ela chorava e estendeu a mão para ele, entregando o frasco com a salvação. A resposta da cura estava ali, um barulho é ouvido, o Berg aproximava-se para ajudar eles a saírem do prédio. Estava tudo em chamas e o prédio estava despencando.
— Não dá para aproximar mais. —Jorge avisou e Vince deitou-se na porta de abertura estendendo a mão
— Thomas! — Minho gritou esticando a mão para o amigo ferido
— Vamos, vamos. — Vince pedia enquanto Teresa tentava ajudar Thomas a se levantar.
— Anda, Thomas! Dê-me a sua mão! Aproximem-se mais! — Vince gritava, as chamas do fogo estavam aumentando.
— Pula! Aproxime-se mais! — Minho pede desesperado
— Puxe-o! —Teresa empurrou Thomas e eles o pegaram, Vince novamente estendeu a mão.
— Anda! — Vince pediu a Teresa, um estrondo foi ouvido e um prédio despencou em cima do prédio do CRUEL e Teresa se perdeu no meio dos escombros.
— Teresa! — Thomas gritou uma última vez antes de desmaiar.
O berg tomou distância do fogo e seguiu viagem rumo a um lugar seguro. Em um espaço isolado no Berg, acariciava o rosto do loiro, Newt ainda não havia acordado. Ela sentia medo de Newt não acordar. Ela se lembrou de Harry contando tudo, não entendia por que estava demorando tanto para que Newt acordasse.
Thomas havia desmaiado e Vince ajudava a fazer um curativo na sua ferida. O berg seguia para o paraíso, Gally tinha em mãos um papel que ele havia recuperado do CRUEL. Um papel escrito por Ava Paige antes de ser morta, talvez aquilo devesse ser entregue a alguém.
MEMORANDO CRUEL
PARA: MEUS ASSOCIADOS
DE: AVA PAIGE, CHANCELER
ASSUNTO: RECOMEÇO
Fracassamos. Mas também fomos bem-sucedidos. O plano nunca se concretizou, foi uma visão que não conseguimos tirar do papel. Eu previa este resultado, devo dizer que não me orgulho das inúmeras vidas que tiramos, em busca de uma cura que estava diante dos nossos olhos. Minha esperança atual é que entendam que o futuro da civilização, é e sempre foram as crianças. Os imunes.
Estamos pagando e ainda vamos pagar daqui a alguns anos, o preço pelo ato inenarrável contra a humanidade, cometido por nossos antecessores do governo. Embora tenha sido um ato de desespero após os raios de sol que queimaram a Terra, disseminar o vírus do Fulgor como meio de controle populacional foi um crime irreversível, abominável, desumano e nos deu resultados desastrosos. O CRUEL sempre pensou estar fazendo o certo, acreditando estar no caminho da cura. Desde sempre eu tinha os mesmos ideais, espero que Harry tenha feito o certo. O nosso único objetivo sempre foi preservar a raça humana.
Sigo dizendo que CRUEL é bom. Independente das ações por nós realizadas, no início tudo era com o objetivo do bem maior. Porém a ganância sucumbiu a todos, e agora me despeço pedindo as minhas mais sinceras desculpas.
— Procura a gente perto dos túneis. — era Brenda.
olhou para e fez o sinal de que ia na frente. Ele sabia onde eram os túneis. Um berg se aproximava enquanto eles seguiam pelos cantos longe da confusão do centro. conheceu dois garotos correndo e suas teorias foram confirmadas.
— O garoto que me ajudou. Ei, Gally. — gritou e acenou, eles alcançaram Gally que estava com Minho.
— Meu deus, você... Você está vivo. Meu irmão, cadê o Thomas e o Newt? — perguntou desesperada.
— Eles ficaram, estamos indo buscar o soro para o Newt, eles estão seguindo para os túneis mas vai demorar. — Minho fala e bota as mãos na cabeça.
— Eu... Eu vou encontrar eles. —Ela diz e sai correndo enquanto os amigos protestam para ela voltar.
— Thomas? Está me ouvindo? Preciso que me escute. Sei que não tem motivo para confiar em mim, mas preciso que você volte. Thomas, você pode salvar o Newt. Ainda resta tempo para ele. Há uma razão para a Brenda não estar mais doente. É o seu sangue. Entendeu? Ela não está doente, porque você a curou. Ela não precisa ser a única. É só você voltar. E tudo isso finalmente vai acabar. Por favor. Volte para mim. Eu sei que você vai fazer o certo. — A voz de Teresa sumiu do alto falante e Thomas se virou para o amigo.
— Newt? Newt? Newt, sou eu. Sou eu! — Thomas falava com o amigo que parecia um morto vivo, o líquido preto saía de sua boca e ele rosnava.
— Tommy, me mate! — implorou Newt.
— Newt, sou eu. Por favor! Por favor! Newt, por favor! Por favor! —Thomas tentava segurar o amigo que ia em sua direção querendo o atacar a todo custo.
— Desculpe, Tommy. Desculpe. — pedia o amigo depois de tentar atacar Thomas. Newt estava no estado de confusão, era o fulgor.
— Tudo bem. — Thomas respondeu, Newt pegou a arma tentando se matar e Thomas o impediu. — Não!
chegou quando Newt estava com a faca em mãos tentando acertar Thomas. Ele estava totalmente agressivo, ela correu, segurando o garoto pela cintura.
— Newt, sou eu. Meu amor, sou eu. — ela começou a chorar enquanto Newt virava a faca empurrando para si mesmo e Thomas tentava pegar de volta. — Você vai ficar bem, eu prometo. Me desculpa. — Ela injetou a seringa nele, empurrando o líquido, Newt desistiu de lutar. Caiu em cima dela, Brenda e os amigos chegaram logo em seguida vendo o garoto cair. O mesmo nem sequer conseguia respirar.
— Não, não! — Brenda segurava o choro tentando entender o que estava acontecendo e rezando para que Newt ficasse bem.
Thomas pegou a arma e saiu revoltado, ele queria acabar com aquilo de vez. Não aguentava mais ver os seus amigos morrendo. Novamente ele entrou no prédio do CRUEL e deu de cara com Ava.
— É verdade? Newt. Eu podia tê-lo salvado? — ele pergunta apontando a arma para ela
— Você pode salvar todos nós. — ela diz e ele derruba a arma cansado.
— Está tudo bem. Só deixe os outros em paz. — Thomas pede.
— Eu prometo. — Ela diz e um disparo é ouvido. Janson encara Thomas e o dopa antes mesmo de ele reagir.
Teresa estava no topo do prédio segurando Thomas, ele sangrava sem parar. Ela chorava e estendeu a mão para ele, entregando o frasco com a salvação. A resposta da cura estava ali, um barulho é ouvido, o Berg aproximava-se para ajudar eles a saírem do prédio. Estava tudo em chamas e o prédio estava despencando.
— Não dá para aproximar mais. —Jorge avisou e Vince deitou-se na porta de abertura estendendo a mão
— Thomas! — Minho gritou esticando a mão para o amigo ferido
— Vamos, vamos. — Vince pedia enquanto Teresa tentava ajudar Thomas a se levantar.
— Anda, Thomas! Dê-me a sua mão! Aproximem-se mais! — Vince gritava, as chamas do fogo estavam aumentando.
— Pula! Aproxime-se mais! — Minho pede desesperado
— Puxe-o! —Teresa empurrou Thomas e eles o pegaram, Vince novamente estendeu a mão.
— Anda! — Vince pediu a Teresa, um estrondo foi ouvido e um prédio despencou em cima do prédio do CRUEL e Teresa se perdeu no meio dos escombros.
— Teresa! — Thomas gritou uma última vez antes de desmaiar.
O berg tomou distância do fogo e seguiu viagem rumo a um lugar seguro. Em um espaço isolado no Berg, acariciava o rosto do loiro, Newt ainda não havia acordado. Ela sentia medo de Newt não acordar. Ela se lembrou de Harry contando tudo, não entendia por que estava demorando tanto para que Newt acordasse.
Thomas havia desmaiado e Vince ajudava a fazer um curativo na sua ferida. O berg seguia para o paraíso, Gally tinha em mãos um papel que ele havia recuperado do CRUEL. Um papel escrito por Ava Paige antes de ser morta, talvez aquilo devesse ser entregue a alguém.
PARA: MEUS ASSOCIADOS
DE: AVA PAIGE, CHANCELER
ASSUNTO: RECOMEÇO
Fracassamos. Mas também fomos bem-sucedidos. O plano nunca se concretizou, foi uma visão que não conseguimos tirar do papel. Eu previa este resultado, devo dizer que não me orgulho das inúmeras vidas que tiramos, em busca de uma cura que estava diante dos nossos olhos. Minha esperança atual é que entendam que o futuro da civilização, é e sempre foram as crianças. Os imunes.
Estamos pagando e ainda vamos pagar daqui a alguns anos, o preço pelo ato inenarrável contra a humanidade, cometido por nossos antecessores do governo. Embora tenha sido um ato de desespero após os raios de sol que queimaram a Terra, disseminar o vírus do Fulgor como meio de controle populacional foi um crime irreversível, abominável, desumano e nos deu resultados desastrosos. O CRUEL sempre pensou estar fazendo o certo, acreditando estar no caminho da cura. Desde sempre eu tinha os mesmos ideais, espero que Harry tenha feito o certo. O nosso único objetivo sempre foi preservar a raça humana.
Sigo dizendo que CRUEL é bom. Independente das ações por nós realizadas, no início tudo era com o objetivo do bem maior. Porém a ganância sucumbiu a todos, e agora me despeço pedindo as minhas mais sinceras desculpas.
Capítulo 20
— Nós superamos muita coisa juntos. Muitos se sacrificaram bastante para tornar este lugar possível. Seus amigos... E suas famílias. Um brinde aos que não puderam estar aqui. Aos amigos que perdemos. Este lugar é para vocês. É para todos nós. Mas aquilo... Aquilo é para eles. Então, no seu tempo, do seu jeito, venha ficar em paz. Bem-vindos ao Paraíso Seguro. — Vince fez o discurso a todos os jovens que ali se encontravam.
Pessoas que buscavam esperança ao longo dos anos. Pessoas que fugiram por muito tempo, outras submetidas aos infinitos testes do CRUEL. Era ali, o recomeço. Depois de anos, podiam finalmente ficar tranquilos. Thomas se aproximou dos amigos, havia dormido por horas, o ferimento estava coberto e tratado. Ele estava se sentindo bem, queria encontrar os amigos. Queria pensar que na noite passada as perdas foram apenas uma alucinação.
— Você estava com isto quando desmaiou. Achei melhor guardar para você. — Minho entregou à ele um cordão e Thomas pegou sentindo o peito apertar.
— Valeu, Minho. —Thomas disse analisando o objeto.
— A gente se vê. — Minho disse e se levantou saindo.
Thomas ainda não tinha visto sua irmã, aquilo era mais do que estranho. Ele analisou que o cordão abria um pino, ao puxar se deparou com uma cartinha enrolada. Seu peito se comprimiu, era de Newt.
Caro Thomas, é a primeira carta que me lembro de escrever. É óbvio que não sei se escrevi outras antes do Labirinto. Mesmo que não seja a primeira, é provável que seja a última. Se for... Saiba que sinto sua falta. Quero que saiba que não estou com medo. Não de morrer, pelo menos. É mais o esquecimento. É me perder para esse vírus. É isso que me assusta. Então, toda noite, eu falo os nomes deles em voz alta. Alby, Winston, Chuck. Eu os repito várias vezes como uma oração e, então as lembranças voltam. São os detalhes, o jeito que o sol batia na Clareira no momento perfeito antes de se esconder atrás dos muros. Eu me lembro do gosto do ensopado do Caçarola. Nunca pensei que fosse sentir falta daquilo. E me lembro de você. Lembro a primeira vez que você saiu da Caixa. Só um fedelho assustado que nem lembrava o próprio nome. A sua irmã, que me devolveu a vontade de viver cada dia mais, e tornou cada dia no Labirinto, no deserto, todo dia era mais ensolarado. Lembro que, assim que eu os vi correr pelo Labirinto, eu soube que seguiria vocês aonde fosse. E segui. Todos seguimos. Se eu pudesse fazer tudo de novo, eu faria e não mudaria nada. Minha esperança...
Um pigarrear de garganta chamou a atenção de Thomas que estava com os olhos cheios de lágrimas, ele ergueu a cabeça devagar e seus olhos brilharam. sorria enquanto um de seus braços estavam apoiados no loiro. Newt tinha um sorriso suave nos lábios, ele ergueu a mão em um sinal de comprimento.
— Oi, parceiro. — Newt disse finalmente.
— Você... Vocês? Como? — Thomas se levantou às pressas e abraçou o amigo e a irmã. Deu um beijo na testa da mais nova. — Eu não acredito, achei ter perdido vocês. Meu Deus, eu estou tão feliz. Vocês são reais
— Sim, Thomas, somos reais. — disse e riu. — Eu estava tão preocupada de termos chegado até aqui para você não poder ver isso tudo.
— Como o Newt... — Thomas não conseguia acreditar.
— Digamos que eu soube um pouco antes de vocês sobre a cura, o CRUEL encontrou. Mas quando Ava tentou convencer eles a deixarem a gente ir, Janson ficou mais do que cego. Ele matou Harry, matou Ava. Muitos perderam a vida, para que pudéssemos estar aqui. E eu cheguei a tempo de salvar Newt, pensei que ele havia morrido, mas o vírus estava tomando conta de todo seu corpo, demorou até que o soro destruísse célula por célula do fulgor. Mas deu certo!
— Existe algo que descobriu, que Teresa deixou para ela e Gally contarem à você. E eu espero que você acredite. — Newt pede para o amigo.
— Eu encontrei com Harry um dia antes da invasão, ele continuou tentando me convencer a trazer vocês para o CRUEL, quando finalmente Teresa me contou o que eles fizeram. Existia um documento no prédio que esclarecia cada dúvida que nós tivemos sobre o Fulgor. O nome era Ordem de Extermínio. Thommy, havia conversas, anúncios, e eu li... — ela engoliu em seco, Gally se aproximou sorrindo para os amigos.
— Continua. — Gally a incentivou e fez menção para sentarem ao lado de Thomas.
— Eles falavam sobre o mundo estar debilitado, sobre haver pessoas demais e recursos de menos. Eles falavam sobre diversas formas de diminuir a população, até que decidiram usar o fulgor. Porém, eles estavam cientes de que aquilo era praticamente a extinção da raça humana. — dizia com dificuldade sentindo uma imensa vontade de chorar.
— Thomas, eles tiraram a gente de casa. Porque desde o começo, o CRUEL se juntou ao governo para diminuir a população. E com isso, eles já sabiam que a cura só era possível com indivíduos que estavam expostos ao fulgor desde o começo, porque eles precisavam de enzimas, e só jovens produziam enzimas. Eles forçaram testes desde o labirinto para testar os imunes, quando a resposta estava na frente deles. Foi um erro que o CRUEL criou junto do governo, para tirar tudo de nós e garantir ao CRUEL mais comodidade. — Gally finalizou o que tentou contar.
— E eu fiz parte do CRUEL. Nós fizemos. — Thomas diz baixo.
— Vocês não tiveram toda essa culpa, está legal? — Newt resolveu falar — O que eu escrevi no fim desta carta, é sobre isso. Eu estava sem esperança, e o que eu falei é que quando olhar para trás daqui a anos, você pode pensar o mesmo, futuro está em suas mãos agora, Tommy. Eu sei que dará um jeito de fazer o que é certo. Você sempre deu um jeito. E não importa quem você foi antes do Labirinto, o que importa é quem você é para nós. — Newt diz e se levanta sorrindo e abraça o amigo. — Vejo você depois!
— Valeu e, Newt, estou feliz que esteja vivo. — Thomas fala e o amigo sorri saindo e puxando .
— Te vejo depois, irmão. — ela diz saindo após dar um beijo no rosto do irmão.
— Jovens apaixonados, tão nojentos. — Gally resmunga.
— Você está com ciúmes, isso sim. — Thomas zomba do amigo.
— Eu não, credo. Vem, você precisa comer.
Thomas segue Gally, e vai comer. A maioria dos clareanos já haviam ido deitar. Newt sentou à beirada da pedra enquanto o barulho das ondas era ouvido, quebrando nas rochas. sentou-se ao seu lado, e ele observou melhor a garota. O rosto de quem estava amadurecendo, virando uma mulher, a mulher com quem Newt decidiu passar o resto daquela vida.
— Eu amo você. — Newt disse baixo enquanto sentia o cheiro dos cabelos da garota.
Ela levantou o rosto de Newt, sorriu e o beijou. O beijo que esperou por tempos para dar, um beijo de verdade, que dizia tudo sem precisar usar as palavras. Ele puxou a garota para seu colo abraçando-a.
— Newt, eu também amo você. Eu sempre vou amar você! — ela disse próximo ao ouvido do garoto.
Pela primeira vez, ele tinha esperanças reais de dias melhores, não existia mais o CRUEL e nem a perseguição insana. Eram eles, no Refúgio. E seria assim até seu último suspiro.
Pessoas que buscavam esperança ao longo dos anos. Pessoas que fugiram por muito tempo, outras submetidas aos infinitos testes do CRUEL. Era ali, o recomeço. Depois de anos, podiam finalmente ficar tranquilos. Thomas se aproximou dos amigos, havia dormido por horas, o ferimento estava coberto e tratado. Ele estava se sentindo bem, queria encontrar os amigos. Queria pensar que na noite passada as perdas foram apenas uma alucinação.
— Você estava com isto quando desmaiou. Achei melhor guardar para você. — Minho entregou à ele um cordão e Thomas pegou sentindo o peito apertar.
— Valeu, Minho. —Thomas disse analisando o objeto.
— A gente se vê. — Minho disse e se levantou saindo.
Thomas ainda não tinha visto sua irmã, aquilo era mais do que estranho. Ele analisou que o cordão abria um pino, ao puxar se deparou com uma cartinha enrolada. Seu peito se comprimiu, era de Newt.
Caro Thomas, é a primeira carta que me lembro de escrever. É óbvio que não sei se escrevi outras antes do Labirinto. Mesmo que não seja a primeira, é provável que seja a última. Se for... Saiba que sinto sua falta. Quero que saiba que não estou com medo. Não de morrer, pelo menos. É mais o esquecimento. É me perder para esse vírus. É isso que me assusta. Então, toda noite, eu falo os nomes deles em voz alta. Alby, Winston, Chuck. Eu os repito várias vezes como uma oração e, então as lembranças voltam. São os detalhes, o jeito que o sol batia na Clareira no momento perfeito antes de se esconder atrás dos muros. Eu me lembro do gosto do ensopado do Caçarola. Nunca pensei que fosse sentir falta daquilo. E me lembro de você. Lembro a primeira vez que você saiu da Caixa. Só um fedelho assustado que nem lembrava o próprio nome. A sua irmã, que me devolveu a vontade de viver cada dia mais, e tornou cada dia no Labirinto, no deserto, todo dia era mais ensolarado. Lembro que, assim que eu os vi correr pelo Labirinto, eu soube que seguiria vocês aonde fosse. E segui. Todos seguimos. Se eu pudesse fazer tudo de novo, eu faria e não mudaria nada. Minha esperança...
Um pigarrear de garganta chamou a atenção de Thomas que estava com os olhos cheios de lágrimas, ele ergueu a cabeça devagar e seus olhos brilharam. sorria enquanto um de seus braços estavam apoiados no loiro. Newt tinha um sorriso suave nos lábios, ele ergueu a mão em um sinal de comprimento.
— Oi, parceiro. — Newt disse finalmente.
— Você... Vocês? Como? — Thomas se levantou às pressas e abraçou o amigo e a irmã. Deu um beijo na testa da mais nova. — Eu não acredito, achei ter perdido vocês. Meu Deus, eu estou tão feliz. Vocês são reais
— Sim, Thomas, somos reais. — disse e riu. — Eu estava tão preocupada de termos chegado até aqui para você não poder ver isso tudo.
— Como o Newt... — Thomas não conseguia acreditar.
— Digamos que eu soube um pouco antes de vocês sobre a cura, o CRUEL encontrou. Mas quando Ava tentou convencer eles a deixarem a gente ir, Janson ficou mais do que cego. Ele matou Harry, matou Ava. Muitos perderam a vida, para que pudéssemos estar aqui. E eu cheguei a tempo de salvar Newt, pensei que ele havia morrido, mas o vírus estava tomando conta de todo seu corpo, demorou até que o soro destruísse célula por célula do fulgor. Mas deu certo!
— Existe algo que descobriu, que Teresa deixou para ela e Gally contarem à você. E eu espero que você acredite. — Newt pede para o amigo.
— Eu encontrei com Harry um dia antes da invasão, ele continuou tentando me convencer a trazer vocês para o CRUEL, quando finalmente Teresa me contou o que eles fizeram. Existia um documento no prédio que esclarecia cada dúvida que nós tivemos sobre o Fulgor. O nome era Ordem de Extermínio. Thommy, havia conversas, anúncios, e eu li... — ela engoliu em seco, Gally se aproximou sorrindo para os amigos.
— Continua. — Gally a incentivou e fez menção para sentarem ao lado de Thomas.
— Eles falavam sobre o mundo estar debilitado, sobre haver pessoas demais e recursos de menos. Eles falavam sobre diversas formas de diminuir a população, até que decidiram usar o fulgor. Porém, eles estavam cientes de que aquilo era praticamente a extinção da raça humana. — dizia com dificuldade sentindo uma imensa vontade de chorar.
— Thomas, eles tiraram a gente de casa. Porque desde o começo, o CRUEL se juntou ao governo para diminuir a população. E com isso, eles já sabiam que a cura só era possível com indivíduos que estavam expostos ao fulgor desde o começo, porque eles precisavam de enzimas, e só jovens produziam enzimas. Eles forçaram testes desde o labirinto para testar os imunes, quando a resposta estava na frente deles. Foi um erro que o CRUEL criou junto do governo, para tirar tudo de nós e garantir ao CRUEL mais comodidade. — Gally finalizou o que tentou contar.
— E eu fiz parte do CRUEL. Nós fizemos. — Thomas diz baixo.
— Vocês não tiveram toda essa culpa, está legal? — Newt resolveu falar — O que eu escrevi no fim desta carta, é sobre isso. Eu estava sem esperança, e o que eu falei é que quando olhar para trás daqui a anos, você pode pensar o mesmo, futuro está em suas mãos agora, Tommy. Eu sei que dará um jeito de fazer o que é certo. Você sempre deu um jeito. E não importa quem você foi antes do Labirinto, o que importa é quem você é para nós. — Newt diz e se levanta sorrindo e abraça o amigo. — Vejo você depois!
— Valeu e, Newt, estou feliz que esteja vivo. — Thomas fala e o amigo sorri saindo e puxando .
— Te vejo depois, irmão. — ela diz saindo após dar um beijo no rosto do irmão.
— Jovens apaixonados, tão nojentos. — Gally resmunga.
— Você está com ciúmes, isso sim. — Thomas zomba do amigo.
— Eu não, credo. Vem, você precisa comer.
Thomas segue Gally, e vai comer. A maioria dos clareanos já haviam ido deitar. Newt sentou à beirada da pedra enquanto o barulho das ondas era ouvido, quebrando nas rochas. sentou-se ao seu lado, e ele observou melhor a garota. O rosto de quem estava amadurecendo, virando uma mulher, a mulher com quem Newt decidiu passar o resto daquela vida.
— Eu amo você. — Newt disse baixo enquanto sentia o cheiro dos cabelos da garota.
Ela levantou o rosto de Newt, sorriu e o beijou. O beijo que esperou por tempos para dar, um beijo de verdade, que dizia tudo sem precisar usar as palavras. Ele puxou a garota para seu colo abraçando-a.
— Newt, eu também amo você. Eu sempre vou amar você! — ela disse próximo ao ouvido do garoto.
Pela primeira vez, ele tinha esperanças reais de dias melhores, não existia mais o CRUEL e nem a perseguição insana. Eram eles, no Refúgio. E seria assim até seu último suspiro.
Fim.
Nota da autora: Oi, muito obrigado por lerem até aqui. Me despeço de vocês um pouco triste, eu agradeço a Flávia que teve paciência para betar cada capítulo e principalmente por ser paciente e não desistir de mim neste meio tempo. Agradeço a vocês, leitoras, que dedicaram o tempo de vocês lendo essa ideia que eu tive da trilogia que eu tanto amo. Muito obrigado por tudo!
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