Capítulo Único
Minhas pernas se moviam de forma rápida pelas ruas de Wolverhampton. O tempo estava fechando, anunciando a chegada de uma tempestade. Eu precisava chegar até ele, eu precisava falar com ele. Desviava das pessoas que entravam no caminho, e podia sentir os olhares de reprovação direcionados a mim, mas eu não ligava.
Diminuí os passos ao ver que eu estava próxima ao meu destino. A casa dele. Parei, recuperando o fôlego perdido durante a corrida e suspirei, criando coragem para tocar a campainha. Ouvi o clique do destrancar da porta e seu rosto logo fez-se presente em minha visão.
— ? – perguntou, confuso.
— Oi, Liam. – Respondi, a ficha caindo aos poucos. Talvez tivesse sido uma má ideia. — Podemos conversar?
Liam deu espaço para que eu entrasse, e entrei, me sentando no sofá de sua sala. Assim que fechou a porta, andou até mim, parando ao meu lado.
— Quer água ou algo do tipo?
— Não, eu... prometo ser rápida.
Observei ele se sentando ao meu lado, seus braços estavam cruzados, esperando que eu começasse a falar. A verdade era que nem eu sabia o que dizer, ou por onde começar.
— Bem, eu... é... – Fechei os olhos, praguejando. Detestava gaguejar. Respirei fundo e limpei a garganta, me preparando para falar novamente.
— Desde que nós terminamos, eu venho pensando bastante. Memórias de momentos que tivemos juntos, as risadas que compartilhamos, tudo. E nossa, como fomos felizes, Liam! E nós poderíamos ter tudo isso de novo, porque a verdade é que eu te amo e fui uma tola por não perceber isso antes. — Terminei, esperando sua reação.
E eu recebi a reação menos esperada de todas. Ele estava rindo, ou melhor, gargalhando.
— Você está brincando, não é? Por um acaso, você tem ideia do que eu passei?
— Não, eu... – não tive chance de falar, pois ele me interrompeu.
— Quem você acha que é? Ou melhor, quem você acha que eu sou? Não, você não me ama de verdade, . Você ama me ver rastejando atrás de você. Você ama me fazer de fantoche, é o que você faz de melhor. – Sua voz se manteve calma, em um tom baixo.
— E agora que eu finalmente consegui seguir em frente, encontrar alguém que realmente me valorize, você tem a coragem de vir aqui e dizer que me ama? E todas as vezes que eu pedi uma chance, e você me ignorou? Ou bateu a porta em minha cara?
Eu estava desacreditada com sua fala. Claro que eu tinha total consciência de meus atos. E eu sabia que não seria fácil ouvir aquelas palavras.
— Me desculpe. – Respondi, sincera.
— Como se isso fosse mudar tudo! – seu tom de voz era irônico. — Apesar disso tudo, eu te agradeço por me mostrar quem você é de verdade.
As palavras que saíam de sua boca, era como se tivessem cravado uma faca em meu peito. Percebi que aquilo tudo estava engasgado, como se ele tivesse vontade de falar aquilo há muito tempo.
Abri a boca para dizer alguma coisa, mas as palavras simplesmente não saíam.
— Sinto muito, , mas isso não é mais sobre você.
Assenti e abaixei a cabeça, tentando segurar a vontade de chorar.
— Eu... pode abrir a porta para mim? – perguntei, olhando em seus olhos. Provavelmente era a última vez que o faria.
Liam fez que sim com a cabeça, se levantando e indo em direção a porta. Me levantei do sofá também, e passei por ele, sem olhar para seu rosto.
— Adeus, .
— Eu só espero que um dia, você possa me perdoar.
Ouvi a porta bater, e olhei para o céu, sentindo as gotas de chuva caindo em mim. Ótimo, pensei. Caminhei pelas ruas daquela cidade, deixando que as gotas de chuva se misturassem com minhas lágrimas e levassem minhas lamúrias. Eu havia estragado tudo! E agora, era tarde demais para consertar.
Diminuí os passos ao ver que eu estava próxima ao meu destino. A casa dele. Parei, recuperando o fôlego perdido durante a corrida e suspirei, criando coragem para tocar a campainha. Ouvi o clique do destrancar da porta e seu rosto logo fez-se presente em minha visão.
— ? – perguntou, confuso.
— Oi, Liam. – Respondi, a ficha caindo aos poucos. Talvez tivesse sido uma má ideia. — Podemos conversar?
Liam deu espaço para que eu entrasse, e entrei, me sentando no sofá de sua sala. Assim que fechou a porta, andou até mim, parando ao meu lado.
— Quer água ou algo do tipo?
— Não, eu... prometo ser rápida.
Observei ele se sentando ao meu lado, seus braços estavam cruzados, esperando que eu começasse a falar. A verdade era que nem eu sabia o que dizer, ou por onde começar.
— Bem, eu... é... – Fechei os olhos, praguejando. Detestava gaguejar. Respirei fundo e limpei a garganta, me preparando para falar novamente.
— Desde que nós terminamos, eu venho pensando bastante. Memórias de momentos que tivemos juntos, as risadas que compartilhamos, tudo. E nossa, como fomos felizes, Liam! E nós poderíamos ter tudo isso de novo, porque a verdade é que eu te amo e fui uma tola por não perceber isso antes. — Terminei, esperando sua reação.
E eu recebi a reação menos esperada de todas. Ele estava rindo, ou melhor, gargalhando.
— Você está brincando, não é? Por um acaso, você tem ideia do que eu passei?
— Não, eu... – não tive chance de falar, pois ele me interrompeu.
— Quem você acha que é? Ou melhor, quem você acha que eu sou? Não, você não me ama de verdade, . Você ama me ver rastejando atrás de você. Você ama me fazer de fantoche, é o que você faz de melhor. – Sua voz se manteve calma, em um tom baixo.
— E agora que eu finalmente consegui seguir em frente, encontrar alguém que realmente me valorize, você tem a coragem de vir aqui e dizer que me ama? E todas as vezes que eu pedi uma chance, e você me ignorou? Ou bateu a porta em minha cara?
Eu estava desacreditada com sua fala. Claro que eu tinha total consciência de meus atos. E eu sabia que não seria fácil ouvir aquelas palavras.
— Me desculpe. – Respondi, sincera.
— Como se isso fosse mudar tudo! – seu tom de voz era irônico. — Apesar disso tudo, eu te agradeço por me mostrar quem você é de verdade.
As palavras que saíam de sua boca, era como se tivessem cravado uma faca em meu peito. Percebi que aquilo tudo estava engasgado, como se ele tivesse vontade de falar aquilo há muito tempo.
Abri a boca para dizer alguma coisa, mas as palavras simplesmente não saíam.
— Sinto muito, , mas isso não é mais sobre você.
Assenti e abaixei a cabeça, tentando segurar a vontade de chorar.
— Eu... pode abrir a porta para mim? – perguntei, olhando em seus olhos. Provavelmente era a última vez que o faria.
Liam fez que sim com a cabeça, se levantando e indo em direção a porta. Me levantei do sofá também, e passei por ele, sem olhar para seu rosto.
— Adeus, .
— Eu só espero que um dia, você possa me perdoar.
Ouvi a porta bater, e olhei para o céu, sentindo as gotas de chuva caindo em mim. Ótimo, pensei. Caminhei pelas ruas daquela cidade, deixando que as gotas de chuva se misturassem com minhas lágrimas e levassem minhas lamúrias. Eu havia estragado tudo! E agora, era tarde demais para consertar.