FFOBS - touch me like you never, por Aurora

Última atualização: 02/01/2023

Capítulo Único

Eu não tenho mais medo
Estou parada no olho da tempestade
Estou pronta para provar agora
Vá para o seu lugar
E me toque como nunca
Not Afraid Anymore — Halsey


Eu não costumava roer as unhas com tanta frequência a ponto de se tornar um hábito ruim, mas estava sendo inevitável não sucumbir à essa mania de nervosismo diante do jogo acontecendo no estádio Al Bayt Stadium. A seleção inglesa estava levando vantagem com a posse de bola quase o jogo inteiro, mas não estavam conseguindo finalizar as jogadas diretamente para o gol; ou a seleção francesa cercava-os, ou o goleiro defendia.
Eu quase morri quando Kane bateu o primeiro pênalti e perdeu o segundo, o que daria uma chance de empate de 2 a 2, deixando o sonho do título vivo, mas minha esperança esvaiu completamente quando, depois de um acréscimo de oito minutos finalizando o segundo tempo, o juiz apitou o encerramento da partida e eu senti meu coração se estilhaçar em mil pedacinhos, junto com outros milhares de torcedores ingleses que preenchiam todo o estádio.
Eu estava arrasada.
A chance de avançar para a semifinal estava a um passo de acontecer, mas infelizmente, a seleção francesa levou a melhor da partida, interrompendo o sonho da seleção inglesa de erguer a taça. Não só eu estava me sentindo arrasada, como a feição dos meninos também demonstravam tal decepção e tristeza. Me desviando da multidão da qual eu tinha me enfiado, comecei a andar na direção contrária dos torcedores: ao invés de estar indo direto para a saída, eu me direcionei para entrar em campo e falar com alguns dos meninos, querendo demonstrar a minha solidariedade e que eu também acreditava que o sonho seria realizado, mas que, apesar do resultado, eu não os culpava e nem acreditava que eles tinham feito algo de errado. Porque não tinham.
A partida contra a França foi um dos melhores jogos que já assisti, mesmo com uma derrota nas costas. Quando eu já estava em campo, nenhum segurança tentou me impedir, familiarizados com a minha ligação com o time inglês.
— Oi, pirralha. — Meu irmão me cumprimentou, recebendo uma careta da minha parte devido ao apelido.
Encarei-o com um desprezo que eu não sentia e deixei ele usar o apelido daquela vez sem reclamar, abrindo os braços para recebê-lo em um abraço. Luke me envolveu com suor e entusiasmo, mesmo que sua aparência denunciasse o cansaço de jogar dois tempos.
— Sinto muito por não ter sido o resultado que você esperava — murmurei, verdadeiramente sentida.
Ele me abraçou com ainda mais força, antes de finalmente me soltar e se afastar, beijando a minha bochecha em agradecimento pelas minhas palavras. Por parte de mãe, eu ainda tinha outro irmão, mas minha relação com Luke era mais íntima e muito melhor.
— Obrigado por ter vindo — ele disse.
Abri um sorriso que indicava não ser um esforço algum acompanhar as conquistas dele.
— Quando chegar na Inglaterra, podemos fazer uma noite de bebedeira e você pode afogar as mágoas — eu disse, sugerindo com entusiasmo. — Infelizmente, parece que álcool é proibido por aqui.
Ele riu, dando um peteleco de leve no meu nariz, balançando a cabeça em negação.
— Nós dois sabemos que isso nunca foi impedimento para você, — Luke rebateu uma verdade incontestável.
Dei de ombros, incapaz de me defender de tal acusação. Ele tinha razão; no entanto, o que mais me impediu de cometer tal ato era simplesmente o fato de que eu não queria trazer escândalo para a seleção em um país que era completamente problemático.
— Ei, garota! — Kane chamou, despertando a minha atenção.
O capitão do time tinha uma expressão afetada, mas um sorriso simpático que era sempre direcionado a mim, não importava qual fosse o momento. Ele estendeu um braço, me chamando silenciosamente, e me acolhi no seu abraço, retribuindo o meu afeto por ele. Kane, como o resto dos garotos, sempre fizeram com que eu me sentisse confortável no meio do time.
— Eu sinto muito, Harry — murmurei, quando ele separou o abraço que durou um minuto. — Espero que não esteja carregando o peso do mundo nesses ombros.
Ele soltou um suspiro.
— Responsabilidade de um capitão.
Revirei os olhos, apontando um dedo em riste para ele, sentindo os olhos de Luke em nós dois, mas ele logo voltou a consolar os colegas.
— Responsabilidade essa que você honrou com mérito — falei, com a voz firme. — Você foi incrível, ok? Todos vocês foram. E não aceito menos que isso.
Ele sorriu, assentindo, aceitando as minhas palavras sem contestar.
Falei com alguns dos outros jogadores do time inglês, abraçando-os para demonstrar o meu consolo pós-eliminação. No meio daquela euforia de abraços, choros, palavras de consolos e cumprimentos do time francês, percebi deixando o campo, meio desolado. Engoli a seco, controlando a vontade de segui-lo, pois se ele estava deixando o campo sozinho, queria ficar sozinho.
— Você deveria ir atrás dele. — A voz de Jude chegou até mim como um diabinho no meu ombro.
Encarei o garoto que tinha a mesma idade que a minha e estreitei os olhos na sua direção.
— Ih, não enche, Jude.
Ele levantou as duas mãos na altura do ombro, como se estivesse se rendendo.
— Só estou dizendo — rebateu, apontando com a cabeça discretamente na direção que tinha ido.
Jude me deixou em paz, mas com a certeza que conseguiu plantar uma dúvida em mim. Bufei, passando os olhos ao redor, para ter certeza que todo mundo estava entretido com alguma coisa e aproveitei o momento de euforia para sair de fininho, pegando o mesmo caminho que fez para sair do campo. Havia algumas pessoas por ali, gente da equipe, pessoal de mídia, assistência técnica, mas nada do jogador inglês. Continuei andando, pegando o caminho para o vestiário masculino, me certificando o tempo todo que não havia ninguém prestando atenção em mim.
Quando cheguei perto do vestiário, escutei algumas palavras soltas de xingamento e me aproximei, enxergando a lateral do corpo de , com a cabeça encostada na parede, a expressão fechada de irritação. Cada um lidava com a derrota de um jeito, esse, aparentemente, era o dele.
— Sério, , não estou afim de mais uma de suas provocações — ele disse, me deixando perceber que, apesar de ainda estar de olhos fechados, ele tinha notado a minha presença.
Encostei meu corpo contra a parede também, mantendo uma distância segura dele, cruzando os braços na altura dos meus seios, um suspiro escapando dos meus lábios.
— Não estou aqui para isso — eu disse.
Ele não se mexeu e nem sequer abriu os olhos ou se virou para me encarar. Continuou na mesma posição em que eu o encontrei.
— Veio para quê, então? — Sua voz saiu meio arrastada, quase em um sussurro, mas consegui ouvir.
— Não consegui falar com você antes — comecei a responder, me sentindo meio tensa. Estar perto dele sempre me causava sensações das quais eu não conseguia compreender por completo. — Sei que provavelmente quer ficar sozinho agora, eu só quis te oferecer um pouco de consolo. Você parece estar… precisando.
Finalmente consegui uma reação. levantou o rosto e abriu os olhos, me encarando com uma intensidade que me causou arrepios.
— Ah, é? — ele umedeceu os lábios, mantendo seus olhos em mim. — Que tipo de consolo?
Meu corpo inteiro esquentou por dentro por causa da maneira que ele estava me olhando. Eu tinha mesmo vindo com uma intenção inocente, porque apesar de ser verdade que eu vivia provocando-o e ele vivia devolvendo as provocações, nós éramos amigos e nada tinha passado disso. Descruzei meus braços, encarando a sua nova posição: ele estava de frente para mim, uma mão apoiada na parede e a outra na cintura, ainda completamente vestido com o uniforme branco do time. Eu usava uma camisa parecida, para mostrar o foco da minha torcida. Meu desejo refletiu em seus olhos e eu me aproximei um pouco mais.
— O que você quer, ? — sussurrei.
Ele não respondeu. Ao invés disso, seu corpo se aproximou do meu, acabando com a mínima distância que havia entre nós e ele, devagar, guiou o meu corpo, com a sua mão na minha cintura, para encostar as minhas costas na parede. Suas bochechas estavam coradas pelo esforço do jogo. Minha respiração acelerou com sua proximidade e esperei o próximo passo.
tocou a lateral da minha bochecha, alternando seus olhos entre os meus e a minha boca, despertando um desejo acumulado dentro de mim. Minhas mãos formigaram para tocá-lo de uma maneira que nunca toquei, mas fiquei paralisada. Ele desceu a mão da minha bochecha para o meu queixo, segurando meu rosto entre a sua mão e, então, chocou seus lábios no meu em um beijo desesperado.
Nunca achei que nosso primeiro beijo seria calmo; tinha aquela intensidade guardada dentro de si que combinava com o fogo que me consumia toda vez que ele me lançava uma piscadela do outro lado do campo, ou quando seu sorriso chegava até mim, atingindo um ponto dentro que me dava sensação de borboletas no estômago. Beijá-lo seria exatamente o que eu achei que seria: doce, urgente, marcante.
Não ousei me mexer. Minhas mãos ficaram completamente imóveis, em cada lado do meu corpo, enquanto meus lábios continuavam saboreando-o. Meu coração palpitou e eu senti meu pulso acelerar, a respiração ficando ofegante a cada segundo que ele continuava me beijando. Aquilo estava me deixando meio tonta: o choque da realidade de que finalmente estava acontecendo.
Quebrei o beijo muito a contragosto, puxando o ar de volta para os meus pulmões. Ele me encarou com um misto de desejo sombrio e necessidade. Eu parecia estar arrancando algo dele que estava lhe causando dor.
— Eu… — tentei dizer, mas ele me interrompeu, pressionando a sua testa na minha, sua mão ainda segurando meu queixo com possessividade.
Não — ele soltou, quase como um sussurro sôfrego. — Não me rejeite, , por favor.
Seu tom era uma mistura de emoções: ele estava arrasado pela recém derrota, cansado de jogar uma partida que pareceu demorar horas e estava com raiva pelo resultado. Eu não precisava que ele falasse para entender que ele estava sentindo necessidade de extravasar a sua raiva. E eu queria ser o alvo dessa explosão.
Te rejeitar? — murmurei, sentindo as faíscas dos seus olhos me alimentar. — Assim você me ofende.
Eu podia ser louca de muitas formas, claro, mas aquela não era uma delas. O desejo que eu sentia por ele, e que só se intensificava a cada segundo agora, só se acumulou ao longo do tempo em que eu o conheci. E agora que eu o tinha pela primeira vez, seria burrice rejeitar a chance.
Ele estava prestes a me beijar novamente, quando um barulho de vozes distintas nos afastou um do outro. Em alguns minutos, aquilo ali se encheria de jogadores ingleses e não teríamos espaço para nenhuma intimidade. bufou, mas segurou a minha mão e, sem se importar em ser flagrado por alguém, me puxou para um banheiro privativo e trancou a porta atrás de mim, me empurrando contra a porta.
Parei de me conter, sentindo que ele tinha me dado um espaço confortável para que eu libertasse o meu corpo e a minha imaginação. Dessa vez, eu o puxei pela mão que ele ainda segurava e me livrei da sua camisa suada, admirando-o por um momento, antes de juntar nossos lábios de novo. Meu corpo reagiu; subi minha mão para a nuca dele, arranhando a sua pele, tomando cuidado para não deixar muita marca visível. Ele apertou as mãos na lateral do meu corpo, intensificando o beijo, enquanto usei a minha outra mão para explorar o seu peitoral. sentiu a mesma liberdade, subindo uma das mãos para a barra da minha camisa, subindo-a devagar. Ele afastou o rosto, quebrando o beijo para se livrar da minha camisa.
— Espera.
Ele me encarou com as sobrancelhas erguidas, soltando a minha camisa no chão, encarando a peça vermelha do meu sutiã.
— ele avisou. — Espero que não ache que vou ser delicado. Não estou com muita paciência.
Eu ri, balançando a cabeça.
— O quê? Achou que eu sonhava que nossa primeira vez fosse ter rosas espalhadas pelo chão e você sendo romântico? — debochei, mas sem me distrair do meu verdadeiro foco: explorar o seu corpo, tanto com meus olhos, quanto com meus dedos.
— Era uma hipótese — ele respondeu, exibindo uma careta.
Passei a mão pelo seu ombro, sentindo seu músculo rígido, e fui descendo devagar, sentindo cada parte do seu peitoral tensionado. De raiva ou de excitação, eu não saberia dizer.
— Claro que não, seu idiota impaciente — resmunguei, finalmente parando no cós do seu calção azul escuro. — Eu espero que você não seja delicado. Pode me foder com toda força e raiva que estiver sentindo.
Ele apertou a pele da minha cintura e assisti o volume da sua calça aumentar.
.
Ele arrancou meu sutiã e ergueu meu corpo, me fazendo entrelaçar as minhas pernas ao redor da sua cintura. Seu corpo inteiro estava rígido de excitação sob o meu toque e eu gostei da sensação que estava começando a causar dentro dele. Eu não tinha ideia se ele sentia aquelas coisas por mim antes ou se tudo estava começando a florescer agora; de qualquer forma, naquele momento não importava tanto.
Eu só queria uma coisa e estava prestes a conseguir.
enfiou os dedos por trás da minha nuca, puxando meu cabelo, trazendo meu rosto para junto do seu, implorando por outro beijo que pudesse fazê-lo destruir cada pedacinho de tudo ruim que ele estava sentindo depois da partida. Meus seios, agora desnudos, entraram em contato com a pele nua dele, meus bicos endurecendo. Minha boceta latejou e foi a minha vez de segurar o rosto dele pelo queixo, intensificando ainda mais o beijo. Busquei por sua língua, me esfregando contra o seu corpo e senti quando sua mão apertou a minha bunda. Eu queria fazer muitas coisas com ele. Tantas, que não dava para enumerar nos dedos, mas infelizmente, a situação e o lugar não deixavam margem para sermos criativos com as maneiras mais urgentes de foder um ao outro. A necessidade do inglês só parecia aumentar e me senti compelida a ser boazinha.
começou a andar, comigo ainda enlaçada na sua cintura, me fazendo perceber que aquele banheiro privativo era bastante espaçoso. Ele me prensou contra um armário, afastando seu rosto do meu, me deixando colocar os pés no chão novamente. Ele começou a se livrar das últimas peças de roupa, enquanto eu fazia o mesmo, ficando somente de calcinha.
Quando ficou completamente nu na minha frente, revelando o seu pau duro na minha direção, engoli a seco com a visão. Havia algo especial na primeira vez que você via alguém que desejava daquela maneira. Seu corpo suado, em contraste com a sua expressão de excitação, o pau duro e grande… tudo era muito além do que minha imaginação tinha permitido ir.
— Puta merda.
O sorriso que ele me deu foi magnífico.
Minha boceta latejou ainda mais com a visão e eu tinha certeza que já estava completamente molhada desde que ele demonstrou sua possessividade inocente ao segurar meu rosto e me beijar. O controle que ele tinha sobre o meu corpo me deixava assustada.
— Ainda quer que eu te foda com força e com raiva? — ele perguntou.
Minhas íris brilharam em resposta. Não havia nada que eu quisesse mais agora.
Por favor.
Seu sorriso sumiu do rosto, dando espaço a um homem excitado, prestes a perder o próprio autocontrole.
— Tire a calcinha — ordenou.
Não me demorei em obedecer o seu comando; arrastei a calcinha para baixo, me livrando da peça íntima com um chute, sem saber onde ela foi parar. Seria um problema para depois.
O armário às minhas costas estava gelado; se aproximou de mim, afastando as minhas pernas com uma mão, me deixando aberta o suficiente para ele tocar a minha intimidade com um dedo. Ele experimentou a minha umidade, me causando um gemido que saiu incontrolado pelos meus lábios meio aberto. A sensação do seu dedo me tocando exatamente era algo que me deixava delirante. Ele escorregou o dedo pela minha entrada, mordendo meu lábio inferior, os olhos sendo mantidos contra os meus, como se estivéssemos desafiando um ao outro piscar primeiro.
— Há quanto tempo? — ele sussurrou contra minha boca.
Ofeguei, me acostumando com a sensação inebriante que ele estava me causando.
— O quê?
Pisquei, tentando raciocinar a pergunta, mas eu não tinha entendido muito bem o que ele tinha perguntado. se aproveitou para enfiar outro dedo dentro de mim, um vai e vem lento que estava me torturando. Eu tinha até esquecido que ele fez uma pergunta, meus lábios deixando os gemidos escaparem.
— Há quanto tempo você pensa nisso? — ele repetiu, chupando a região do meu pescoço, que eu sabia que deixaria uma marca.
A pergunta fez sentido e tentei clarear os meus pensamentos, mas ficava difícil pensar em qualquer coisa que não as sensações que sua boca e seus dedos estavam me causando naquele momento. Quando ele parou de me masturbar devagar, eu soube que ele queria uma resposta.
— Que merda, — murmurei, meio irritada. — Há muito tempo. Desde… desde que descobri que você fodeu a jornalista no andar de cima da casa de Luke. Na minha festa de aniversário. Eu fiquei com tanta raiva.
Firmei as minhas mãos nos ombros dele, ansiosa para que ele voltasse a me penetrar com os dedos, mas ele não fez isso. Ele parou de brincar com a pele do meu pescoço e me encarou com uma expressão que não consegui decifrar. A confissão parecia ter pegado-o de surpresa, mas era verdade. Era minha festa de aniversário e ele chegou duas horas atrasado, mal me cumprimentou e ainda fodeu a porra da jornalista. Foi quando percebi que eu sentia alguma coisa por ele, porque não era normal sentir a raiva que eu senti.
— Então foi por isso que você me tratou mal pelo resto da semana inteira? — quis saber.
Ele tirou os dedos de dentro de mim e eu gemi em protesto, mas minha boceta latejou ainda mais com a visão dele lambendo os mesmos dedos, com o meu gosto.
— Um “Feliz aniversário, teria feito uma grande diferença — rebati. — Uma mulher com raiva e excitada corre risco de cometer alguns erros.
Surpreendentemente, ele riu.
— Eu te desejei feliz aniversário, .
Revirei os olhos, lembrando da mensagem.
— Não, você me mandou um emoji de um boneco soprando um apito e um feliz aniversário abreviado — expliquei. — O que, para constar, foi uma merda. O pobre do Jude me ouviu reclamar sobre você o dia inteiro.
Subi uma das mãos até a sua nuca, arranhando a sua pele, mas sem intenção de deixar marca. Ele engoliu a seco, movendo o seu pomo de adão.
— Acho que tenho que te compensar por isso, então — ele disse, sério.
Eu sorri, maliciosa, passando minhas mãos pelo seu pescoço, dedilhando a tatuagem que ele tinha em uma linha vertical do lado esquerdo.
— E é bom que me compense com uma foda muito boa.
Ele me beijou, pressionando ainda mais o seu corpo contra o meu e parecia sempre a primeira vez beijando-o. Meu corpo esquentou com a sensação e minhas pernas tremeram, mas me segurei nele para me manter firme sem cair direto no chão. Eu queria aquilo há tanto tempo que estava ficando difícil sustentar o turbilhão de emoções que começavam a me consumir a cada beijo e toque dele. puxou uma das minhas pernas para sua cintura e enterrou o seu pau dentro de mim. Arquejei contra o beijo, sentindo-o me preencher devagar, me deixando acostumar com o seu membro; quando rebolei meu quadril em direção ao seu pau, pedindo por mais, ele finalmente começou a me foder com a raiva contida que estava dentro de si, extravasando-a depois de um jogo intenso. Quebrei o beijo, chupando a sua língua, juntando a minha testa na sua, os gemidos escapando sem que eu tivesse controle algum. Minha respiração se misturou a dele e me abraçou, aumentando o ritmo das estocadas.
Senti-lo finalmente dentro de mim era… indescritível. Era melhor que acordar suada de sonhos eróticos que quase sempre eu tinha com ele. Melhor que me tocar à noite, imaginando que era ele fazendo aquilo. Melhor que todas as expectativas que eu tinha criado esse tempo todo.
.
Meu nome saindo da sua boca em uma súplica fez minha boceta apertar contra o seu pau; os gemidos dele se misturaram aos meus e ele continuou mantendo o ritmo das estocadas, me fodendo com força, como prometeu. Meus seios estavam pressionados contra o peitoral nu dele, os bicos duro. Ele ainda segurava a minha perna e comecei a distribuir beijos pela região exposta do seu pescoço, arranhando as suas costas sem delicadeza nenhuma, sentindo a necessidade de ter mais e mais dele. Tudo o que ele estivesse disposto a me dar naquele momento, eu queria.
diminuiu as estocadas, me impulsionando para que eu ficasse entrelaçada na sua cintura, seu pau saindo de dentro de mim com uma facilidade impressionante. Ele me segurou pelas minhas nádegas e andou até uma bancada que tinha ali, que ficava bem no meio do corredor, dividindo o espaço dos armários. O jogador inglês sentou comigo ainda em seu colo e não demorou a entrar dentro de mim de novo. Eu aproveitei a posição para tomar um pouco do controle; empurrei-o até que ele ficasse completamente deitado na bancada, movendo as minhas pernas para cada lado do seu corpo, me encaixando muito bem em cima do pau duro dele.
Os olhos de me receberam com uma intensidade que fez meu coração bater mais rápido contra o meu peito, as batidas silenciosas preenchendo os meus ouvidos, enquanto eu espalmava as mãos no seu peito, me inclinando o suficiente para começar a rebolar contra o pau dele. Ele deixou escapar um gemido, suas mãos subindo para brincar com o bico dos meus seios. Aumentei a velocidade das cavalgadas, recebendo suas mãos na minha cintura, me guiando nas estocadas.
Você… — ele começou a dizer, a respiração pesada dificultando. — Você vem me enlouquecendo demais ultimamente.
Umedeci meus lábios diante da confissão repentina. Ele apertou as mãos contra as minhas coxas e eu mordi o meu lábio com força.
— É mesmo? — provoquei com um sorrisinho. — E o que eu tenho feito para isso?
Me pegando de surpresa, ele levantou da bancada, inverteu as nossas posições e me colocou de quatro onde antes ele estava deitado. Tudo isso sem tirar o pau de dentro de mim. Meu tesão aumentou quando enfiou os dedos na minha nuca, puxando o meu cabelo sem força bruta, levando meu rosto até o seu.
— Acha que eu fodi a jornalista por que eu quis? — ele sussurrou, forçando seu pau em mim, um gemido alto saindo da minha boca. Meus seios balançavam com o vai e vem das estocadas intensas dele. — Foi necessidade. Você continuava achando divertido me provocar escondido do seu irmão, mas o que não sabia era que eu ficava de pau duro depois de você me deixar na mão. Todas as vezes.
Aquilo me arrancou um suspiro surpreso. Eu provocava-o porque achava divertido e porque ele devolvia, mas nunca ia além, o que só me fazia pensar que ele não me levava a sério. Eu não sabia daquilo.
— Banho gelado e gozar sozinho não estavam ajudando a melhorar as coisas — continuou, diminuindo o ritmo só para voltar a estocar mais rápido, mais forte. — Então procurei alívio de outra forma. Mas caralho, nunca era você.
Ele tremeu atrás de mim; minha boceta estava pingando, porque eu não parava de ficar molhada por ele.
.
Ele respondeu apertando ainda mais os seus dedos contra a raiz do meu cabelo, deixando meu pescoço exposto para que ele chupasse com vontade, e porra, aquilo ia mesmo deixar marca. Eu já podia prever Jude me zoando pelo resto da semana inteira.
— Foder você, , é o que eu sempre quis desde a primeira vez que você me provocou — ele admitiu.
Dessa vez, eu tremi.
Meu corpo começou a sofrer espasmos, antecipando o gozo que eu queria segurar, mas estava ficando impossível. A excitação e o tesão era demais; quando ele começou a amolecer atrás de mim, notei que ele também estava perto de atingir o próprio ápice, então tentei atrasar o meu. puxou meu corpo, minhas costas colando no peito dele, suas mãos me segurando pelos meios seios, enquanto ele continuava a dar suas últimas estocadas, antes da sua respiração acelerar e diminuir, acompanhando a minha.
Ele esperou que eu gozasse primeiro; minhas pernas tremeram e eu agradeci mentalmente que ele estava me segurando, me sentindo dormente e suada. Quando meu corpo parou de tremer, ele me soltou, saindo de dentro de mim, derrubando seu gozo fora.
Me joguei na bancada, que era pequena demais para nós dois, mas mesmo assim, ele deitou do meu lado, me puxando para se encaixar perto dele. Enrosquei minha perna nas dele, acalmando a minha respiração, processando tudo o que tinha acabado de acontecer. Ele começou a acariciar as minhas costas inconscientemente e percebi que era bom ficar ali, encostada no corpo dele, escutando a sua respiração e sentindo as batidas erráticas do seu coração se regularem.
— O que você acha que o Shaw faria se nos pegasse assim agora? — perguntou.
Comecei a rir, nem querendo imaginar meu irmão me pegando em uma situação constrangedora, mas não seria a primeira vez.
— É melhor você nem sonhar com isso, — murmurei, dando batidinhas de leve contra o seu peito. — Eu não seria capaz de te defender de nada que ele venha a fazer.
Eu sabia que precisávamos nos vestir e dar o fora dali o quanto antes, mas eu não sentia vontade de fazer mais nada que não fosse ficar ali, sentindo o calor do seu corpo se misturar ao meu.
— Te foder em um banheiro não era o meu plano, mas eu prometo que a próxima vez vai ser um pouquinho mais decente.
Apoiei meu queixo no seu peito, encarando-o, com a testa franzida.
— Vai ter uma próxima vez?
Ele me encarou de volta, me estudando. Depois, me provocou com um beliscão na minha coxa.
— Vamos ter várias próximas vezes — ele sussurrou e eu engoli a seco com a promessa. — Espero que não se importe com isso.
Desejei que ele não pudesse sentir as batidas do meu coração, mas eu sabia que ele conseguia. Tudo o que ele tinha me confessado nos últimos minutos ainda me deixava de pernas bambas e, até então, eu nunca parei para processar os meus sentimentos por ele. Aquela era uma péssima hora para isso, ainda assim, não pude evitar.
— Eu vou cobrar todas essas próximas vezes — sussurrei de volta.
Ele sorriu; um sorriso que quase nunca dava, mas que sempre era reservado para mim.
— Feliz aniversário atrasado, .
Senti meu coração explodir com um sentimento familiar. As palavras quase escaparam da minha boca, mas não era a hora certa de me declarar. O momento podia pedir muitas coisas, mas não pedia uma declaração de amor. Observando o jeito que ele me olhava, os olhos escuros intensos e o sorriso meio debochado, decidi que eu podia deixar as três palavras para depois. Para qualquer uma das próximas vezes que nós teríamos.
— Bem — eu disse, devolvendo o mesmo sorriso. Um que trocamos quando estávamos provocando um ao outro. — Antes tarde do que nunca.



FIM!!!



Nota da autora: Essa copa me trouxe emoções indescrítiveis e pensei que fosse infartar diversas vezes. Mas olha só, ela também me trouxe inspiração para participar desse especial lindo e tô muito orgulhosa de ter conseguido enviar! Muito obrigada a você que leu até aqui, não esqueça de comentar. Abaixo, você pode entrar no grupo do facebook ou me seguir no instagram para mais novidades. Beijos!



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