Capítulo Único
Grande parte da minha vida foi bem monótona, sem graça mesmo. Um dia, “fugi de casa” para ir estudar na escola. Daquelas que idolatravam a professora de matemática e, jamais, eu repito, jamais dormiria em aula. Mas é sempre assim, né? Toda história começa quando algo inusitado acontece e, ocasionalmente, muda tudo. Vira do avesso e sai sem nem deixar manual de instruções.
Meu foco da vida todinha foi a escola. Sair do Ensino Médio e parar direto numa faculdade pública – numa tentativa idiota de provar para mim mesma que sou capaz. Sendo bem sincera, nunca tive uma faculdade em mente. Comecei a prestar vestibular no primeiro ano do Ensino Médio e ia para qualquer canto que oferecesse a graduação dos meus sonhos: Engenharia Civil. A partir do segundo ano, comecei a focar numa faculdade estadual de uma cidade vizinha. Fazia curso de redação, minha escola tinha aula até de sábado, imprimia provas do ENEM e tentava estudar de tudo um pouco.
Claro que o destino, meu caro e amado colega, tinha outros planos para mim.
Fui aprovada no segundo ano do Ensino Médio para essa faculdade, mas, no terceirão, cheguei apenas na segunda fase. Frustrada, fiz minha inscrição no cursinho. O ENEM, aquele que eu nunca dei tanto valor, era a minha chance de entrar no primeiro semestre do ano e, finalmente, conquistar o que eu tanto almejei.
A primeira lista saiu, e nada. Segunda chamada? Bati na trave. Na segunda chamada da Federal, tinha feito duas semanas de cursinho pré-vestibular. Aquele mundo não era para mim. Como um presente, consegui minha vaga na chamada remanescente. Eu passei! O campus era em uma outra cidade, então acabei me mudando.
Foi aí que a minha vida realmente começou: quando coloquei meus pés no restaurante universitário, quando dormi no chão, quando vi que eu não precisava dar satisfação de onde eu estaria para ninguém. A liberdade, para quem sempre viveu num cativeiro, é deslumbrante, mas, ao mesmo tempo, traiçoeira. Eu, que cresci em escola particular, mesmo consciente de certas coisas, tinha a cabeça bem fechada para outras. Foi quando conheci o Daniel que isso mudou. E como mudou.
Não sei exatamente como explicar tudo o que aconteceu entre a gente. Em apenas alguns momentos, consigo colocar em palavras o que o Daniel significou – e significa – para mim. Vou pedir licença às minhas notas do celular. Lá, em notas bloqueadas, eu, nesses momentos singulares, protejo o transtorno de sentimentos que habita em mim. Vinte e nove de agosto, em algum horário aí.
“Hoje, fui praquela cidade e, inevitavelmente, lembrei de você. O caminho todo, pra ser sincera. Tô escutando a minha playlist mais marcante; óbvio, a que me faz viajar em pensamentos. Daniel, o que é que você tem? Eu nunca me senti assim por ninguém. Tenho medo de perceber se é de verdade, porque sei que é platônico. Minhas amigas cansaram de saber de você e, mesmo assim, eu ficaria dias conversando sobre todos os nossos momentos. Conversar contigo, seja por mensagem ou ligação ou pessoalmente, é sempre especial. Eu me liguei a você de uma maneira extraordinária, confesso. Não sei definir, e sinceramente? Nem sei se gostaria.
Tenho medo, me corrói. Você sabe, quando eu quero alguma coisa, vou e faço sem nem pensar duas vezes. Mas por que não vou e meto a cara nessas sensações? Você complica tudo. Você trocou de cidade, de faculdade. Não sei se alguma vez me senti tão distante de você. Nem quando eu tranquei a faculdade ficamos longe assim. Você sempre se fez presente, super preocupado comigo. Você é o primeiro que se importa e eu te odeio por isso. Poderia ter sido algo passageiro, mas você é singular e faz todo mundo ao seu redor ficar encantado. Eu fui uma das “vítimas”. Apesar de sair miserável disso, me sinto privilegiada por fazer parte de um momento tão importante da sua vida. Nunca soube se em algum relacionamento passado havia reciprocidade; com você é diferente. Eu sinto que, sei lá como, também te abala. Talvez não na mesma intensidade, o que não me surpreende. Minha vida é feita de 200% de emoção – contando, parece até roteiro de filme. Você confidencia a mim coisas que me deixam extremamente feliz por ter essa “prioridade”. É tão confortável conversar com você, tudo fica mais fácil ao teu lado. Faz meses que não sinto seu cheiro, que não escuto tuas indiretas e seu sorrisinho petulante. Você sabe que mexe comigo, gosta de fazer isso. Deve ser bom saber que alguém gosta de ti tanto assim, né?
Você não muda perto dos amigos; permanece o mesmo bobão de sempre. Quando somos só nós dois, temos confiança, confissão, proximidade, transparência. Minhas memórias são meio turbulentas. A “linha do tempo” não tá correta na minha cabeça, mas acho que lembro de quase tudo. Não que eu conseguisse esquecer (pelo menos, não de propósito), talvez apenas estive muito entorpecida para querer guardar o momento. Me preocupei mais em vivenciá-lo.
Quero te agradecer por me transformar, de dentro pra fora. Você me mostrou a parte louca e a parte sã que envolve a faculdade. Me mostrou que estereótipo é historinha besta e que, quando o coração é enorme, coisas boas acontecem. Me olhou como ninguém havia feito antes, me compreendeu como ninguém. Por mais feliz que eu esteja de você ter ido para longe, não consigo entender seu motivo. O Daniel que eu conheço não trocaria o que tinha aqui tão fácil assim. O Daniel que eu conheço ia preferir ficar onde estava. Eu queria esse Daniel de volta. Não que você tenha mudado, ou que o Daniel que eu conheço seja “melhor”. Só queria te conhecer mais. Me mostrar mais útil, ser mais presente. Tentar te deixar da maneira que você me deixa. Como se não importasse onde eu estiver; se você estivesse comigo, eu estaria segura. Queria, tentar, estaria. Palavras que doem escrever, porque sei que não vão sair daqui.
Vai ser só mais um sonho que não se materializou. Não me importaria ficar ao seu lado como a “amiga que cozinha” ou algo do tipo. Pelo menos, eu teria você de alguma forma. Eu passei um semestre tentando te esquecer, ou, pelo menos, te deixar numa caixinha, criando coragem para seguir em frente sozinha. Quando o ano letivo começou, duas semanas foram o suficiente para ver que não seria fácil assim. Por que seria, né? Somos nós dois. Vivemos em briguinhas bestas, jogos de truco e indiretas. Fora os beijos marcantes que ficaram em 2019.
Nossa história é inusitada, já parou pra pensar? Eu lembro que, uma semana antes de entrar na faculdade, você já quis me seguir; nunca tive a oportunidade de te perguntar como me achou. Da primeira vez que você foi em casa, já senti que o interesse era recíproco. Nosso primeiro beijo foi uma competição besta de orgulho, que você felizmente perdeu. Nem me preocupei em brincar sobre, minha cabeça estava muito ocupada viajando nas sensações que você me proporcionou. O rolo que aconteceu no primeiro rolê do semestre, nenhum dos dois lembrava. Não sei o que aconteceu depois. Sei que acordei ao seu lado e nada pareceu mais certo. Ver o seu antigo prédio e saber que o 1505, seu apê, está vazio ou com outro morador parece surreal. Você tá fazendo falta. Me abraçando, me confortando, me beijando, sendo minha carona.
Nossa relação é “multifacetada”, difícil de definir. Passei isso tudo tentando, um ano e meio pensando, e nada. Irônico, né? Eu, que amo escrever e sempre tenho controle dos meus sentimentos, me deixei levar e não sei mais onde estou. Só sei que você faz falta, de qualquer maneira. Evito beber ou sequer ver suas redes sociais para não ceder à “fraqueza” e pedir pra você vir me ver. Sei que você vai rir, achar que é alguma brincadeirinha minha, e eu vou fingir que é mesmo, para não te desconfortar e me deixar mais chateada. Lá no fundinho do meu coração, sinto que não é o fim. Eu me agarro a essa esperança.
Na pior das hipóteses, pensar que um dia vamos nos ver novamente faz o “getting over you” ficar menos complicado. E, se realmente acontecer, vou me sentir extremamente sortuda. Eu já me sinto por te conhecer. Por sempre fazer larica pra você, por ser sua confidente, por você sempre querer me agradar (ou até me encher o saco), por me mostrar que ser responsável é coisa de dia útil, por apostar comigo sobre um conteúdo da faculdade, por discutir política, por me deixar cuidar de você quando pegou resfriado, por nunca negar um convite meu pra almoço ou janta, por sempre levar a minha opinião em consideração. Obrigada, meu bem. Você faz parte de mim e eu sequer tenho uma foto (decente) contigo.
you’re irreplaceble – and i hate you so much for that.
(você é insubstituível – e eu te odeio tanto por isso).”
“Escrevi em 29/08. Hoje é 23/10 e reler foi muito especial. Principalmente porque, depois de tempos, arrumei um pretexto para conversar contigo e foi como se você ainda usasse minha vaga no condomínio. Como se a distância entre nós fosse poucos quilômetros, ou salas diferentes no campus. Queria também te pedir desculpa. Por aquele dia que eu gritei com você e te mandei ir embora. Por me dar carona sem nem pensar duas vezes, por me deixar onde eu queria chegar, e, principalmente, por não exigir ou pedir nada por esse ‘favor’. Espero que você esteja super feliz, que o EAD não esteja te sufocando, que você ainda tenha seus momentos de relax, que você dê aquela risada gostosa (que dá vontade de rir junto – e, muitas vezes, eu não consigo me segurar).”
Queria muito poder citar cada momento que tivemos, cada beijo que eu me derreti, cada olhar que pareceu me desvendar. Acho que, por enquanto, é isso que eu consigo escrever. Precisava te homenagear de alguma maneira. E saber que você não vai ler me deixa um pouco mais feliz em minha missão. O destino, aquele maravilhoso que nos encontrou, teve o desprazer de nos separar. Anteontem, comecei a te seguir no Twitter. Ontem, você me seguiu de volta. Saudade de babar no seu insta, Buzz*. Antes, eu não entendia muito o porquê desse teu apelido. Agora, ele faz um pouco de sentido, pelo menos para mim.
you took me to infinity and beyond – and i still hate you for that.
(você me levou ao infinito e além – e eu ainda te odeio por isso).
*apelido que é uma suposta referência aos filmes Toy Story. Não soube se a relação que eu associei é realmente verídica.
História inspirada em fatos reais vivenciados pela autora. Uma dedicatória a uma pessoa especial, que não pretendo que saiba dessa história – e tá tudo bem.
Meu foco da vida todinha foi a escola. Sair do Ensino Médio e parar direto numa faculdade pública – numa tentativa idiota de provar para mim mesma que sou capaz. Sendo bem sincera, nunca tive uma faculdade em mente. Comecei a prestar vestibular no primeiro ano do Ensino Médio e ia para qualquer canto que oferecesse a graduação dos meus sonhos: Engenharia Civil. A partir do segundo ano, comecei a focar numa faculdade estadual de uma cidade vizinha. Fazia curso de redação, minha escola tinha aula até de sábado, imprimia provas do ENEM e tentava estudar de tudo um pouco.
Claro que o destino, meu caro e amado colega, tinha outros planos para mim.
Fui aprovada no segundo ano do Ensino Médio para essa faculdade, mas, no terceirão, cheguei apenas na segunda fase. Frustrada, fiz minha inscrição no cursinho. O ENEM, aquele que eu nunca dei tanto valor, era a minha chance de entrar no primeiro semestre do ano e, finalmente, conquistar o que eu tanto almejei.
A primeira lista saiu, e nada. Segunda chamada? Bati na trave. Na segunda chamada da Federal, tinha feito duas semanas de cursinho pré-vestibular. Aquele mundo não era para mim. Como um presente, consegui minha vaga na chamada remanescente. Eu passei! O campus era em uma outra cidade, então acabei me mudando.
Foi aí que a minha vida realmente começou: quando coloquei meus pés no restaurante universitário, quando dormi no chão, quando vi que eu não precisava dar satisfação de onde eu estaria para ninguém. A liberdade, para quem sempre viveu num cativeiro, é deslumbrante, mas, ao mesmo tempo, traiçoeira. Eu, que cresci em escola particular, mesmo consciente de certas coisas, tinha a cabeça bem fechada para outras. Foi quando conheci o Daniel que isso mudou. E como mudou.
Não sei exatamente como explicar tudo o que aconteceu entre a gente. Em apenas alguns momentos, consigo colocar em palavras o que o Daniel significou – e significa – para mim. Vou pedir licença às minhas notas do celular. Lá, em notas bloqueadas, eu, nesses momentos singulares, protejo o transtorno de sentimentos que habita em mim. Vinte e nove de agosto, em algum horário aí.
“Hoje, fui praquela cidade e, inevitavelmente, lembrei de você. O caminho todo, pra ser sincera. Tô escutando a minha playlist mais marcante; óbvio, a que me faz viajar em pensamentos. Daniel, o que é que você tem? Eu nunca me senti assim por ninguém. Tenho medo de perceber se é de verdade, porque sei que é platônico. Minhas amigas cansaram de saber de você e, mesmo assim, eu ficaria dias conversando sobre todos os nossos momentos. Conversar contigo, seja por mensagem ou ligação ou pessoalmente, é sempre especial. Eu me liguei a você de uma maneira extraordinária, confesso. Não sei definir, e sinceramente? Nem sei se gostaria.
Tenho medo, me corrói. Você sabe, quando eu quero alguma coisa, vou e faço sem nem pensar duas vezes. Mas por que não vou e meto a cara nessas sensações? Você complica tudo. Você trocou de cidade, de faculdade. Não sei se alguma vez me senti tão distante de você. Nem quando eu tranquei a faculdade ficamos longe assim. Você sempre se fez presente, super preocupado comigo. Você é o primeiro que se importa e eu te odeio por isso. Poderia ter sido algo passageiro, mas você é singular e faz todo mundo ao seu redor ficar encantado. Eu fui uma das “vítimas”. Apesar de sair miserável disso, me sinto privilegiada por fazer parte de um momento tão importante da sua vida. Nunca soube se em algum relacionamento passado havia reciprocidade; com você é diferente. Eu sinto que, sei lá como, também te abala. Talvez não na mesma intensidade, o que não me surpreende. Minha vida é feita de 200% de emoção – contando, parece até roteiro de filme. Você confidencia a mim coisas que me deixam extremamente feliz por ter essa “prioridade”. É tão confortável conversar com você, tudo fica mais fácil ao teu lado. Faz meses que não sinto seu cheiro, que não escuto tuas indiretas e seu sorrisinho petulante. Você sabe que mexe comigo, gosta de fazer isso. Deve ser bom saber que alguém gosta de ti tanto assim, né?
Você não muda perto dos amigos; permanece o mesmo bobão de sempre. Quando somos só nós dois, temos confiança, confissão, proximidade, transparência. Minhas memórias são meio turbulentas. A “linha do tempo” não tá correta na minha cabeça, mas acho que lembro de quase tudo. Não que eu conseguisse esquecer (pelo menos, não de propósito), talvez apenas estive muito entorpecida para querer guardar o momento. Me preocupei mais em vivenciá-lo.
Quero te agradecer por me transformar, de dentro pra fora. Você me mostrou a parte louca e a parte sã que envolve a faculdade. Me mostrou que estereótipo é historinha besta e que, quando o coração é enorme, coisas boas acontecem. Me olhou como ninguém havia feito antes, me compreendeu como ninguém. Por mais feliz que eu esteja de você ter ido para longe, não consigo entender seu motivo. O Daniel que eu conheço não trocaria o que tinha aqui tão fácil assim. O Daniel que eu conheço ia preferir ficar onde estava. Eu queria esse Daniel de volta. Não que você tenha mudado, ou que o Daniel que eu conheço seja “melhor”. Só queria te conhecer mais. Me mostrar mais útil, ser mais presente. Tentar te deixar da maneira que você me deixa. Como se não importasse onde eu estiver; se você estivesse comigo, eu estaria segura. Queria, tentar, estaria. Palavras que doem escrever, porque sei que não vão sair daqui.
Vai ser só mais um sonho que não se materializou. Não me importaria ficar ao seu lado como a “amiga que cozinha” ou algo do tipo. Pelo menos, eu teria você de alguma forma. Eu passei um semestre tentando te esquecer, ou, pelo menos, te deixar numa caixinha, criando coragem para seguir em frente sozinha. Quando o ano letivo começou, duas semanas foram o suficiente para ver que não seria fácil assim. Por que seria, né? Somos nós dois. Vivemos em briguinhas bestas, jogos de truco e indiretas. Fora os beijos marcantes que ficaram em 2019.
Nossa história é inusitada, já parou pra pensar? Eu lembro que, uma semana antes de entrar na faculdade, você já quis me seguir; nunca tive a oportunidade de te perguntar como me achou. Da primeira vez que você foi em casa, já senti que o interesse era recíproco. Nosso primeiro beijo foi uma competição besta de orgulho, que você felizmente perdeu. Nem me preocupei em brincar sobre, minha cabeça estava muito ocupada viajando nas sensações que você me proporcionou. O rolo que aconteceu no primeiro rolê do semestre, nenhum dos dois lembrava. Não sei o que aconteceu depois. Sei que acordei ao seu lado e nada pareceu mais certo. Ver o seu antigo prédio e saber que o 1505, seu apê, está vazio ou com outro morador parece surreal. Você tá fazendo falta. Me abraçando, me confortando, me beijando, sendo minha carona.
Nossa relação é “multifacetada”, difícil de definir. Passei isso tudo tentando, um ano e meio pensando, e nada. Irônico, né? Eu, que amo escrever e sempre tenho controle dos meus sentimentos, me deixei levar e não sei mais onde estou. Só sei que você faz falta, de qualquer maneira. Evito beber ou sequer ver suas redes sociais para não ceder à “fraqueza” e pedir pra você vir me ver. Sei que você vai rir, achar que é alguma brincadeirinha minha, e eu vou fingir que é mesmo, para não te desconfortar e me deixar mais chateada. Lá no fundinho do meu coração, sinto que não é o fim. Eu me agarro a essa esperança.
Na pior das hipóteses, pensar que um dia vamos nos ver novamente faz o “getting over you” ficar menos complicado. E, se realmente acontecer, vou me sentir extremamente sortuda. Eu já me sinto por te conhecer. Por sempre fazer larica pra você, por ser sua confidente, por você sempre querer me agradar (ou até me encher o saco), por me mostrar que ser responsável é coisa de dia útil, por apostar comigo sobre um conteúdo da faculdade, por discutir política, por me deixar cuidar de você quando pegou resfriado, por nunca negar um convite meu pra almoço ou janta, por sempre levar a minha opinião em consideração. Obrigada, meu bem. Você faz parte de mim e eu sequer tenho uma foto (decente) contigo.
you’re irreplaceble – and i hate you so much for that.
(você é insubstituível – e eu te odeio tanto por isso).”
“Escrevi em 29/08. Hoje é 23/10 e reler foi muito especial. Principalmente porque, depois de tempos, arrumei um pretexto para conversar contigo e foi como se você ainda usasse minha vaga no condomínio. Como se a distância entre nós fosse poucos quilômetros, ou salas diferentes no campus. Queria também te pedir desculpa. Por aquele dia que eu gritei com você e te mandei ir embora. Por me dar carona sem nem pensar duas vezes, por me deixar onde eu queria chegar, e, principalmente, por não exigir ou pedir nada por esse ‘favor’. Espero que você esteja super feliz, que o EAD não esteja te sufocando, que você ainda tenha seus momentos de relax, que você dê aquela risada gostosa (que dá vontade de rir junto – e, muitas vezes, eu não consigo me segurar).”
Queria muito poder citar cada momento que tivemos, cada beijo que eu me derreti, cada olhar que pareceu me desvendar. Acho que, por enquanto, é isso que eu consigo escrever. Precisava te homenagear de alguma maneira. E saber que você não vai ler me deixa um pouco mais feliz em minha missão. O destino, aquele maravilhoso que nos encontrou, teve o desprazer de nos separar. Anteontem, comecei a te seguir no Twitter. Ontem, você me seguiu de volta. Saudade de babar no seu insta, Buzz*. Antes, eu não entendia muito o porquê desse teu apelido. Agora, ele faz um pouco de sentido, pelo menos para mim.
you took me to infinity and beyond – and i still hate you for that.
(você me levou ao infinito e além – e eu ainda te odeio por isso).
*apelido que é uma suposta referência aos filmes Toy Story. Não soube se a relação que eu associei é realmente verídica.
História inspirada em fatos reais vivenciados pela autora. Uma dedicatória a uma pessoa especial, que não pretendo que saiba dessa história – e tá tudo bem.