Capítulo Único
“A grande estrela decide fazer uma pausa”.
Essa era a notícia que se lia em todos os jornais da cidade, em coreano ou na língua de sua preferência.
— Esse cara tá em todo lugar. — apareceu ao meu lado com seus cabelos meio roxos.
— Igual a você. De onde saiu? — perguntei assustada.
— Estamos atrasadas, . Não interessa de onde saí. Pare de olhar para o corpo perfeito de e caminhe. — ela saiu andando sem esperar por mim.
A informação da pausa de não era tão chocante quanto as palavras seguintes: ele tiraria férias aqui, na Coreia.
Eu já podia ver o caos se espalhando na cidade, todas querendo uma foto, a perseguição nos restaurantes...
— , está atrasada de novo. — , meu namorado e responsável por estarmos naquele curso de culinária, me abordou assim que passei pela porta.
— O professor ainda nem chegou, . — selei seus lábios. — Como está? Dormiu bem? — perguntei lhe olhando séria. — Parece preocupado.
— Eu estou bem. Estava preocupado porque você não chegava. — ele sorriu fofo, me mostrando suas covinhas, e me beijou novamente, calmo e suave.
— Lindo clima de romance, mas estamos em sala. — o professor entrou e nos fez pular de susto.
— Desculpe, professor. — pedi.
Durante a aula, o professor, claro, citou o nome do superstar notícia em todos os jornais a cada cinco minutos. Me desliguei da voz do professor e fiquei prestando atenção em , que parecia aflito. Ele não estava bem e algo me dizia que eu não ia gostar disso.
“Está passando mal, ? Precisa de um médico?”. Escrevi num papel e joguei em sua cadeira. Ele rabiscou o papel e logo me entregou de volta.
“Eu estou bem. Não se preocupe. Te amo!”, com direito a coração no ponto de exclamação. Se dizia que estava tudo bem, eu iria acreditar. Momentaneamente, claro.
— Esta aula acabou. Até a próxima. — o professor anunciou e saiu da sala. Comecei a arrumar meus pertences sob os olhos atentos de e caminhei em sua direção com minha bolsa em mãos.
— Vamos? — perguntei.
— , sobre o ... — começou baixinho.
— Quem é , ? — o interrompi. suspirou e fechou os olhos com força.
— Precisamos conversar. Vamos dar o fora daqui. — ele me tomou pela mão e me arrastou para fora da sala até chegarmos em seu carro. Assim que entramos no veículo, fechou os vidros e me encarou.
— O que está escondendo de mim, ? — perguntei estreitando os olhos para ele.
— E eu consigo esconder alguma coisa de você, ? — ele riu.
— Bom, parece que sim. Está esquisito desde a hora que eu cheguei. — cruzei os braços sobre o peito e lhe encarei.
— Eu preciso te contar uma coisa que ninguém além da minha mãe sabe. — ele respirou fundo. — e eu somos amigos. Há muito, muito tempo. — ele soltou.
— Mas que... — tapei a boca com o susto. — Como assim, ? — Eu o conheci quando me mudei para os Estados Unidos. já estava lá. Na verdade, ele nasceu lá. Apesar de ser dois anos mais velho que eu, nós desenvolvemos uma amizade bonita, sabe? Minha mãe o adora. — ele sorriu. — Depois que me mudei de volta para cá, ainda o visitei duas vezes e apareceu por aqui algumas vezes antes de se tornar uma estrela. Ainda conversamos por mensagens.
Ele finalizou e suspirou. Passou então a encarar a própria calça, como se houvesse algo de interessante nela. Eu nem sequer sabia reagir. Meu namorado era amigo de , a estrela, e eu nunca saberia se não viesse para a Coreia.
— Estou te dizendo isso porque passará algum tempo lá em casa e ele é... Como posso dizer? Mimado? — ele riu sem vontade. — Espero que ele não se apaixone por você assim como eu. — ele segurou meu queixo e sorriu, as covinhas novamente se mostrando para mim, e eu as amava.
— , acha mesmo que eu te trocaria por uma estrelinha mimada? — perguntei sorrindo.
— , é bem persuasivo às vezes. — ele esclareceu.
— Pois ele encontrou a resistência. — rebati. Me aproximei mais de e sussurrei contra seus lábios. — Eu só não resisto a você.
venceu a distância entre nós e me beijou afoito. Sua mão se colocou em minha cintura e ele tentou puxar meu corpo mais para perto, sendo impedido pelo câmbio do carro no caminho. Separei nossos lábios apenas para saltar de meu banco e me colocar em seu colo, minhas mãos imediatamente agarrando os fios de sua nuca.
Então, uma batida no vidro do carro nos atrapalhou.
— Vocês sabem que não podem transar no estacionamento, não é? — disse do lado de fora. — Venham ou ficarão sem ter o que comer. — ela disparou e saiu, como se nada tivesse acontecido.
— Acho melhor irmos. — sugeriu. — Ou daqui a pouco toda a sala vai estar aqui.
— Tem razão. — concordei e voltei a sentar no banco do carona. — Terminamos mais tarde. — pisquei para ele e ele sorriu de lado, uma sobrancelha arqueada e uma expressão sexy no rosto.
Não era dia de curso e estranhamente me mandou uma mensagem, convidando e eu para almoçarmos em sua casa. Antes que pudesse responder, ele me mandou um “Não aceito um não como resposta”.
“Você está mandão”, respondi e fui me arrumar. Caminhei até a casa de e toquei a campainha. Quando a porta se abriu, o rosto de sorriu para mim, e ele tinha os olhos castanhos mais bonitos que eu já tinha visto.
— Você é uma fã? — ele perguntou sorrindo.
— Eu... O está? — perguntei nervosa.
— Esta é a primeira vez que eu abro a porta para uma garota e ela não se joga em meus braços. — ele riu. — Se você não é uma fã, quem é você?
— , namorada do . — respondi num surto de coragem e passei por ele, entrando na casa.
— Amor, você chegou. — veio em minha direção e me abraçou pela cintura, me beijando com intensidade, numa clara demonstração de que estava marcando seu território ali.
— Agora entendi o motivo do convite repentino. — comentei quando ele me soltou e olhei para por cima do ombro.
— , você sempre pode vir almoçar aqui, não precisa de convites formais. — sorriu largo.
— Seu pai me odeia e você sabe bem disso. — rebati com um bico de desgosto.
— Então essa é sua namorada, ? — nos interrompeu e sorriu de lado. — Ela é... Decidida. E linda. — ele piscou para mim.
— , você já deve saber, mas esse é o . — me virou no abraço e me obrigou a olhar para . — , essa é , minha namorada.
— É um prazer, senhor . — cumprimentei.
— Não precisamos de formalidades, não é, ? — sorriu e me estendeu a mão. Ao invés de um cumprimento comum, ele levou minha mão para próximo dos lábios e depositou um selar leve no dorso.
— Por enquanto, sim, senhor . Agradeceria se me chamasse de...
— , você chegou! — a mãe de apareceu de repente e me tomou dos braços do filho, me puxando para um abraço. — Você precisa aparecer mais vezes, minha menina.
— Estava dizendo isso para ela agora mesmo. — se meteu.
— Vá lavar as mãos, o almoço está quase pronto. — ela ignorou e sorriu para mim, voltando por onde tinha vindo e nos deixando na sala.
— Ela realmente gosta de você, . — comentou. — Incrível. Ela não gostava de nenhuma das namoradas do .
— Falando assim, parece que foram muitas. — rebateu.
— E não foram? — sorriu.
— Não escute ele, . Esse babaca está querendo me difamar. — pediu.
— Olha, eu estou achando a conversa interessante. — cruzei os braços sobre o peito, como se estivesse brava.
— Você sabe que eu te amo. — me abraçou pela cintura.
— E para quantas mais você já disse isso? — se meteu.
— , me ajude. — ralhou.
— A única maneira de fazer isso é me afastando. — riu. Antes que ele se saísse, porém, a campainha tocou de novo. — Mas antes, eu vou abrir a porta. — ele caminhou até lá e a abriu, nos revelando uma quase chocada.
— É um prazer, senhor . — estendeu a mão. sorriu de lado e segurou a mão de com delicadeza.
— O prazer é meu, senhorita... — ele deixou a frase no ar.
— Pode me chamar de . — minha amiga respondeu corada.
— ... Adorável. — ele beijou a mão de e piscou, lhe dando passagem.
— Então basta uma mulher sorrir para você e você a deixa entrar? — gritou e riu.
— Achei que a conhecesse. — disse parecendo preocupado e explodiu em uma gargalhada.
— Nós a conhecemos. Mas ela poderia ser uma estranha, . — explicou rindo e abraçou de lado. — Vem, vamos almoçar.
Sentamos para almoçar e conversamos durante toda a tarde. Mas meu celular apitou, avisando que eu tinha trabalho me esperando.
— Amor, eu tenho que ir. — sussurrei para .
— Eu ia dispensar e passar a tarde com você. — ele colou a testa à minha e respondeu baixinho.
— Eu tenho trabalho me esperando. Você sabe. — rebati.
— , só um pouco. — ele fez manha.
— Casal, vocês podem subir? Não somos obrigados. — alfinetou.
— Eu não me importo. — deu de ombros. Lhe encarei por cima do ombro de e ele piscou para mim. Olhei para do outro lado da mesa, mas ela parecia atônita com a resposta de . Voltei a encarar o mais alto e ele piscou de novo, de forma discreta.
— Eu preciso ir. — sussurrei para . — Aproveite para colocar o papo em dia com , sim?
assentiu com a cabeça e segurou meu rosto com as mãos grandes.
— Eu te amo. — ele sussurrou com a boca quase colada à minha.
— Eu te amo. — repeti e selei seus lábios. — Senhora , eu tenho que ir. Meu cliente acabou de me perguntar sobre a logo. — bufei.
— Então é designer, ? — perguntou.
— Eu faço uns bicos. — dei de ombros e levantei. — Vejo vocês depois. Obrigada pela refeição.
— Eu te levo até a porta. — levantou e tomou minha mão na sua de forma quase possessiva.
— piscou para mim. Duas vezes. — comentei assim que chegamos à porta.
— Era disso que eu estava falando. — suspirou.
— , ele é bonito e tal, mas acha mesmo que vou trocar você por ele? — perguntei e coloquei as mãos por baixo de sua camiseta, o abraçando pela cintura e o puxando para mim.
— Então você acha bonito? — ele estreitou os olhos para mim.
— Essa foi a única coisa que você ouviu? Jura, ? — perguntei incrédula. se aproximou e afastou meu cabelo para longe do meu pescoço, inspirando profundamente ali. Seus lábios tocaram minha pele e um arrepio bom dominou meu corpo.
— Ouvi você dizer que não me trocaria. — ele respondeu com a boca colada em meu pescoço e mordeu a área com força.
— Isso vai ficar roxo. — avisei.
— É para mostrar que você é minha. — ele rebateu e beijou o local.
— Pare com isso. Eu não posso ficar. — implorei.
— Me deixe ir com você então. — ele pediu com a voz rouca e eu arranhei sua pele por baixo da blusa.
— , o trabalho. — lembrei e o ouvi suspirar.
— Mais tarde, , você é minha. — ele quase ameaçou.
— Toda sua. Prometo. — sorri em resposta.
— Bom trabalho. — beijou minha testa e sorriu, as covinhas fundas em seu rosto. Nos despedimos com muitas promessas para a noite e eu fui embora antes que viesse buscar .
Pensando bem, a presença de estava me causando problemas.
Quase duas semanas desde que havia chegado. E ele sempre dava um jeito de sorrir de lado ou piscar para mim, mesmo com por perto. Na vez em que percebeu, ele literalmente socou o braço de e reclamou sobre ele estar flertando comigo bem debaixo dos seus olhos.
Estava curtindo meus sonhos quando o barulho insistente do celular me despertou. E não era o despertador. Olhei o visor e vi sorrindo para mim na tela.
— Oi, amor. — atendi com a voz sonolenta.
— Te acordei? — ele perguntou e eu podia jurar que ele estava rindo de mim. Murmurei um ‘uhum’ e bocejei. — Com o que estava sonhando? — Com você dentro de mim. — respondi sem rodeios.
— Não me faça ir até aí. — sua voz saiu baixa no telefone.
— Aproveite que não temos aula hoje. E que eu não estou vestindo nada além da camisola. — anunciei.
— Infelizmente não vai rolar. Preciso que venha para cá. Dia de piscina. — ele avisou. — , vem até aqui. Dispensa todo mundo. — fiz manha.
— já está a caminho, princesa. Vamos, levante, coloque seu biquíni e venha para cá, sim? — ele pediu. E eu podia jurar que ele estava sorrindo. — Te amo.
— Te amo. — repeti e desligamos. Coloquei a preguiça de lado e fui me arrumar para o programa do dia. Coloquei o necessário na bolsa e andei até a casa do meu namorado. chegou junto comigo e nós entramos, rindo de um assunto aleatório. A senhora nos fez tomar café e só então nos deixou sair para a piscina.
— Por favor, . Me diga que está vindo. — implorou.
— Falando de mim? — apareceu com seus óculos escuros caros e suas pernas muito expostas pelo short curto que usava.
— Só falamos de coisas importantes. — alfinetei e riu alto.
— Ela tem respostas ácidas para tudo. Cuidado, . — alertou rindo.
— E eu estou de TPM. Estejam avisados. — declarei.
— Vou pedir à mamãe para fazer algo doce para a sobremesa, então. — levantou da cadeira e entrou em casa.
— Se não estiver dando conta do seu... Excesso de hormônio, pode contar comigo, . — sorriu de lado e senti meu baixo-ventre fisgar. Maldito sorriso. Maldita TPM.
— Estou bem, . — rebati. — Obrigada pela oferta.
— Eu posso manter sigilo. — ele sugeriu.
— , não me irrite mais que o necessário, sim?
— , é melhor tomar cuidado. Ela é habilidosa com as mãos. — sussurrou.
— Eu prefiro correr os riscos. Gosto de mãos habilidosas. — os dedos de tocaram meu braço, me fazendo arrepiar de maneira involuntária.
— Mãos longe, . Não me obrigue a usar a força. — ameacei.
— , você é mais velha que o ? — perguntou de repente.
— Dois anos. Por quê? — franzi as sobrancelhas para ele.
— Você é Dom, não é? Pode confessar, não vou zoar com ele por isso. — sorriu.
— Que espécie de pergunta é essa, ? — foi quem perguntou.
— Uma curiosidade, . — ele riu baixinho.
— Eu saio por dois minutos e vocês resolvem trocar segredinhos? — perguntou e sentou ao meu lado. — O que foi?
— Estava perguntando a se ela é dominatrix. — disse simples, como se falasse sobre o clima.
— Não curtimos esse lance BDSM, . Mas tem seus momentos. — revelou.
— , por Deus. Pare de espalhar nossa intimidade. — dei um soco leve em seu peito.
— Estamos entre amigos, . — ele passou a mão no local e riu baixinho.
— Você começa falando coisinhas e daqui a pouco está sugerindo um ménage. — arqueei uma sobrancelha para ele.
— Eu adoraria participar. — comentou e eu lhe olhei com os olhos estreitos.
— Você precisa da piscina para acalmar seus ânimos. Vem. — puxou para a água como estava, de camisa.
— Ele podia estar na minha. — sentou ao meu lado. — Mas ele está muito na sua.
— Esse garoto é louco. — rebati.
— E gostoso. — completou quando o viu sair da água, os cabelos pingando e a camisa colada no corpo bem definido.
— Gosta do que vê? — perguntou para ninguém em específico. Quando me preparei para responder, ouvi a voz de .
— , vem. — chamou. Tirei a camiseta e o short, passei por , o encarando de perto, e fui até a piscina, sentando na borda e deixando me segurar enquanto eu entrava na água. — Eu vi.
— O quê? — perguntei sem entender.
— flertando com você. — ele respondeu e me abraçou pela cintura.
— Você está realmente com ciúmes? — perguntei divertida.
— Sim. — ele formou um bico nos lábios, que eu fiz questão de morder. — Será que eles vão notar se nós...
— certamente sim. Ele não tira os olhos de nós. — comentei e suspirou pesado.
— Eu preciso tanto de você. — ele sussurrou.
— Tivesse pensado nisso antes de chamar todo mundo. — selei seus lábios, mergulhei rapidamente e saí da piscina, indo sentar ao lado de .
— Achei que fossem transar ali mesmo na água. — comentou.
— Não posso negar que já fizemos isso. Mas tem gente demais assistindo. — rebati.
— Quem está expondo quem agora? — perguntou enquanto caminhava em minha direção, me fazendo rir.
Passamos a manhã toda jogando conversa fora, tentando a sorte com , e entramos apenas na hora do almoço. e pareciam duas crianças à mesa, comendo e conversando aos berros. Assim que acabei, agradeci pela refeição, me despedi de e subi para o quarto de . Estava me sentindo indisposta de repente.
Tirei o biquíni quase seco, vesti o short do pijama que eu tinha deixado na casa de e uma camisa dele e deitei, apagando em seguida. Não sei quanto tempo depois, senti a cama afundar e rolei para o lado, imediatamente levando a mão para debaixo da camisa que encontrei. Mas aquela barriga não era a de . Era notoriamente mais encorpada e a cintura era mais larga. Abri os olhos de repente e dei de cara com sorrindo para mim.
— O que faz aqui, ? — perguntei assustada.
— É interessante saber que você conhece até mesmo a cintura do . — ele riu. — Eu vim ver se você estava bem, mas você me agarrou.
— Eu achei que fosse o . — rebati. Na menção de seu nome, entrou no quarto, só então me fazendo reparar que estava quase de noite.
— O que está acontecendo? — perguntou, alternando o olhar de mim para .
— me agarrou. — me acusou.
— Eu achei que fosse você, amor. — me defendi.
— , quando vai parar com isso? — perguntou e cruzou os braços sobre o peito.
— Se você aceitasse minha proposta, isso já teria acabado. — levantou da cama e se aproximou de .
— Nem pensar. — meu namorado rebateu.
— Com licença, será que alguém pode me explicar o que está acontecendo? — levantei da cama e me aproximei deles.
— , nós somos amigos. — argumentou. Olhei de um para o outro sem entender nada. Quando pensei em perguntar novamente, continuou. — Nós já fizemos isso, lembra? O que eu faço para refrescar a sua memória? — o mais alto perguntou de forma sensual ao meu namorado.
— , você é gay? Bi? Por que nunca me disse nada? — perguntei quase chocada.
— , céus, não! Eu sou hétero e apaixonado por você. — meu namorado respondeu vermelho. — Por que está me perguntando isso?
— Olha a conversa de vocês. O que fizeram? — perguntei sem entender.
— Por que você acha que eu sou gay e o não? — ele perguntou ultrajado. apenas alternava o olhar entre nós.
— Eu não duvido de nada quando se trata das grandes estrelas. — dei de ombros e riu rouco. — Será que um dos dois pode me dizer o que fizeram?
respirou fundo e me encarou.
— Sexo a três. — ele respondeu baixinho.
— Eu não toquei no como você está pensando, . Mas nossa amiga, que na época não era namorada do ainda, pareceu gostar bastante de ser... Estimulada em dois lugares. — mexeu em meu cabelo e eu dei um tapa em sua mão.
— Se afaste de mim, mocinho. — dei um passo para longe dele. — Foram muitas informações por hoje, . Estou indo para casa.
— Mas ... — choramingou.
— Fique com seu amigo aí. — troquei de roupa e saí batendo os pés com força, deixando os dois sozinhos.
Eu não sabia o que tinha sido mais assustador. O fato de que já tinha feito sexo a três com uma menina que nem sequer era namorada dele; o fato de a terceira pessoa ser , ou a conversa de sobre ser estimulada em dois lugares. Era melhor ir para casa e descansar. Tinham sido muitas emoções para um dia só.
— Ela vai voltar, cara. — me deu um tapinha no ombro.
— Você a assustou, . — respirei fundo. — não é adepta de “segundos estímulos”. — fiz as aspas no ar.
— Ela ia gostar. Você sabe disso. Formamos uma boa dupla. — ele respondeu confiante.
— , não estamos falando da mesma coisa. — rebati e ele me olhou confuso. — Num calor de momento eu acidentalmente... tentei, e levei um tapa tão dolorido que fiquei três dias com o rosto ardendo.
— , outros dois lugares e você quis tentar lá? — ele finalmente entendeu do que eu estava falando.
— Fique sabendo que foi isso que ela entendeu. A reação dela disse tudo. — ergui as sobrancelhas para ele.
— Nós vamos fazê-la mudar de ideia. — ele jogou o braço pesado sobre o meu ombro.
— Não sei se quero você com as mãos na minha namorada. — afastei seu braço.
— Qual é, ? A vai adorar. — ele riu.
— O problema é ela gostar demais. — fechei os olhos com força.
— Cara, relaxa. Você precisa tomar uma. Vamos para o hotel. Lá tem um bar sensacional. — me puxou pelo braço e me carregou para fora do quarto. Pelo visto, eu teria uma longa noite para pensar.
Acordei cedo e me arrumei para ir ao curso de culinária. Chequei o celular e vi zero interesse de . A noite do meu namorado com o amigo parecia ter sido boa.
— ! — chamou enquanto se aproximava correndo.
— Oh, . Ainda bem que você apareceu. — me abracei à minha amiga.
— Onde está ? — ela perguntou olhando para os lados.
— Provavelmente bêbado com o em algum lugar. — respondi e respirei fundo.
— Estou perdendo algo. — ela estreitou os olhos para mim. Sentamos para um café e eu expliquei tudo a ela, a revelação de , a sensação que isso me causou. — Amiga. — ela segurou minhas mãos. — Eu não vou te dizer para fazer isso, mas não é tão ruim.
— ! — gritei e ri.
— Experiência própria. Enfim. — ela deu de ombros. — Você se sente atraída pelo ? Que pergunta idiota, . Ele é . Todo mundo se sente atraída por ele. — ela mesma respondeu. — O que eu quero dizer é: tente. Você e o confiam um no outro. Pode apimentar a relação de vocês.
— Engraçado falar isso para alunos do curso de culinária. — apontei.
— Foi um trocadilho péssimo, eu sei. — ela admitiu. — Mas eu ainda concordaria de fazer a três. É só você deixar as coisas bem claras antes de começarem.
— Não vamos começar nada, . — expliquei. — Vamos, estamos atrasadas. — arrastei até a aula.
Depois de um dia de aulas cansativas, fui para casa com . Ela tinha resolvido passar a tarde comigo, já que eu não sabia onde estava. Queria saber o que eles tinham aprontado a noite toda.
Estava largada no sofá, olhando para o teto, quando me dei conta de que o aniversário de seria em dois dias e eu sequer tinha lhe comprado um presente. Então uma ideia me ocorreu, eu só esperava que cumprisse seu plano de todos os anos.
Meu namorado não era lá fã de aniversários. Ele preferia ficar em casa, as vezes negando até mesmo a minha companhia.
— ! — gritei para que ela ouvisse da cozinha. Recebi um murmúrio em resposta. — O que vai fazer na sexta?
— Eu queria dizer que vou sair com o meu namorado para comemorar o dia de São Valentim. Mas eu não tenho namorado. — ela respondeu se aproximando e se jogou quase em cima de mim no sofá. — É aniversário do . Vão comemorar? Por favor, convidem o e me convidem. — ela quase implorou.
— Você sabe que não é fã de aniversários, não é? — perguntei e ela assentiu triste. — Então, eu preciso de sua ajuda com uma sobremesa. — sorri. O plano estava perfeito na minha cabeça.
Na sexta, entrou correndo, sentou ao meu lado e me encarou.
— E a sobremesa? — Ela perguntou afobada.
— Uma droga. Tive que misturar gelatina para ela ganhar consistência. — bufei frustrada. — Decorei as taças com os pêssegos e estou esperando que ele fique firme.
Tivemos mais um dia exaustivo de aulas e eu fui para casa descansar. Ainda troquei um par de mensagens com , perguntando se ele iria sair à noite. Só então descobri que seus pais estavam viajando e ele ficaria em casa. Ainda arrisquei um “Então temos a casa só para nós?”, recebendo um “Se você quiser vir...” como resposta.
Às oito em ponto, eu estava tocando a campainha de , munida com duas taças de sobremesa, vestida com um vestido preto e curto, a saia esvoaçante, e calçando meu maior salto. Eu tinha arrumado o cabelo na intenção de sair de lá com ele completamente bagunçado.
— Surpresa! — sorri assim que abriu a porta.
— Você veio andando com esse vestido, ? — ele perguntou visivelmente incomodado.
— Sim, me deixe entrar. Meus pés estão me matando. — pedi e passei por ele, parando para selar seus lábios. Sentei no sofá e coloquei as taças na mesa de centro. parou de pé ao meu lado, as mãos na cintura. — Como foi seu dia, meu bem?
— Passei o tempo inteiro deitado. — ele sentou ao meu lado, ainda olhando para o meu vestido. Aproveitei que sua atenção estava toda em mim e tirei da bolsa uma caixinha pequena.
— Feliz aniversário. — lhe entreguei a caixinha e sorri.
— , não precisava. — ele sorriu tímido, as bochechas vermelhas, e abriu a caixinha. Tomou a pulseira entre os dedos e a analisou. — É linda. Obrigado. Eu já disse que te amo?
— Bom, hoje não. — fiz uma cara pensativa.
— Eu te amo. — confessou e me roubou um selar.
— Também te amo. — respondi sorrindo.
— ... — sua expressão sorridente se transformou em uma séria. — Sobre a proposta do ...
— ... — me remexi no sofá. — Eu nunca fiz isso.
— Você iria gostar. Confie em mim. — ele sorriu.
— Você quer, não quer? — perguntei. Eu quase podia ver a vontade nos olhos dele.
— Eu... — ele suspirou. — Quero te proporcionar o maior prazer que você vai sentir. E acho que é uma boa ideia o ser a terceira pessoa. — ele baixou a cabeça. Suspirei derrotada. Sinceramente, o que eu não faço por ?
— Teremos regras. Você já sabe quais são. — respondi e vi seu sorriso se alargar.
— falou de estímulos duplos, mas, no final, são nos lugares de sempre, . Só que ao mesmo tempo. — ele se aproximou devagar e apertou minha coxa, os olhos alternando entre os meus e minha boca.
— Se vocês ao menos tentarem, eu deixo vocês dois na mão e terão de se resolver um com o outro. — ameacei. fez uma careta automática. — Não gostou, não é? Então acho bom respeitarem as...
Fui impedida de continuar a falar pois colou a boca à minha de forma urgente, a mão em minha coxa se deslizando para cima e encontrando a lateral da minha calcinha. Fui deitando no sofá, o corpo de por cima do meu, até que me dei conta de uma coisa.
— . — o afastei minimamente. — Temos que comer a sobremesa antes que ela estrague. — eu ri. esticou um braço e tirou da taça um pedaço de pêssego coberto de creme, passando o doce delicadamente em meus lábios e depois retirando com a língua.
— Delicioso. — ele sorriu de lado e mordeu o pêssego, a boca fazendo um bico bonitinho enquanto comia.
— Você não cansa de me maltratar, não é? — perguntei e o vi negar com a cabeça, o sorriso ainda no canto dos lábios. — Ridículo.
— Mas você me ama, noona. — ele respondeu usando o honorífico que ficava bonito nos lábios que formavam um bico.
— Não posso e nem vou negar. — selei seus lábios. O som da campainha ecoou pela casa e eu encarei . — Está esperando alguém?
negou com a cabeça, completamente confuso, e levantou para abrir a porta.
— Surprise! — estava parado ali, com cervejas em uma mão e duas pizzas na outra. — Feliz aniversário, bro. — ele se adiantou para abraçar e então me viu sentada no sofá, o vestido já amarrotado pela mão de . — Oh, temos companhia.
— Na verdade, eu que deveria dizer essa frase. — bufei, mas não estava irritada. Eu só não contava com a presença de ali.
— Ainda está de mau-humor, ? — perguntou entrando na casa de . Olhei para meu namorado e ele fez um gesto que me indicava para não dizer nada a sobre eu ter aceitado a proposta.
— Agora mais do que nunca. — cruzei os braços sobre o peito e formei um bico nos lábios.
— Eu vou pegar copos, um pano, porque eu sei que vai sujar tudo, e facas. Já volto. — anunciou.
— Traga três colheres. — gritei para ele e ouvi um “tá” gritado em resposta.
— , sobre minha proposta para o ... — começou baixinho, me fazendo encará-lo. — Eu não vou fazer nada que você não queira. — ele quase sussurrou no meu ouvido.
— , eu... Não acho uma boa ideia. Melhor ficar longe. — avisei.
— Você ia gostar. e eu somos uma boa dupla. — ele enrolou uma mecha do meu cabelo nos dedos grandes.
— ... — tentei alertar de novo.
— Só pense sobre. — ele sorriu e colocou meu cabelo atrás da minha orelha. Seus dedos escorregaram pelo meu pescoço e minha pele se arrepiou por inteiro. — Ponto fraco: pescoço. — ele riu baixinho. — Eu ia adorar raspar meus dentes aqui.
— Eu não posso tirar os olhos de você nem por um minuto, não é, ? — voltou para a sala com os objetos em mãos.
— Eu só estava colocando a proposta para a . Tinha que falar com jeitinho. — sorriu e abriu as pizzas. sentou no chão, separou meus joelhos e se encaixou entre minhas pernas, começando a comer normalmente.
— , me passe uma taça. — pedi. Comecei a comer a sobremesa que tinha preparado, e até que estava bom, até se virar para mim de boca aberta. — O que quer?
— Isso que você está comendo. Não sei se você está ouvindo, mas está soltando gemidinhos de satisfação a cada colherada. — ele sorriu de lado.
— Estou? — perguntei olhando para e o vi confirmar com a cabeça. — Coma da outra taça, .
— Eu quero o seu, . — ele estreitou os olhos para mim. Rolei os olhos e enchi a colher com o doce, levando à boca de . Acompanhei o movimento de seus lábios enquanto ele sorvia todo o conteúdo da colher. Assim que engoliu, notei o canto de seus lábios ainda sujos e decidi atacar. Me aproximei, segurei seu queixo com delicadeza e passei a língua de forma leve no local. me olhou de olhos arregalados e depois encarou . — Estava sujo.
— Acho que preciso de uma cerveja. — se esticou para pegar a garrafa e eu ri.
— Está tudo bem, ? — perguntou em tom risonho.
— Não viu o que ela acabou de fazer? — o mais alto perguntou olhando para mim.
— E não era isso que você queria, ? — perguntei e tracei o contorno do seu bíceps com os dedos, sentindo a firmeza ali.
— Bom, sim, mas eu acho que deveria ter sido avisado. — ele respondeu nervoso.
— Pare de ser medroso. Estamos todos de comum acordo aqui. — se levantou. — Eu vou deixar vocês sozinhos por cinco minutos enquanto eu me acostumo com a ideia. — riu, selou meus lábios e saiu, levando as comidas consigo, deixando apenas as cervejas na mesa.
— ... — se aproximou. — falou sobre suas regras.
— Respeite todas elas ou eu deixo vocês na mão. — ameacei.
— A única mão onde eu quero estar é na sua. — ele venceu toda a distância entre nós e me beijou calmo. Seus lábios eram delicados e tinham o gosto amargo da cerveja. Uma de suas mãos grandes se encaixou em minha nuca e a outra em minha cintura, me puxando para perto tanto quanto podia. Eu, curiosa como sou e já tendo tocado aquela área antes, levei uma mão até seu abdômen, por baixo da camisa, sentindo os músculos tensos ali.
— Ainda está nervoso, ? — perguntei enquanto deslizava os dedos por sua pele quente.
— Eu sou sensível aí. — ele respondeu de olhos fechados.
— Eu vejo. — arranhei sua pele e ele gemeu baixinho. — Pode gemer, . é bem barulhento às vezes. — sugeri e ele aumentou o volume do gemido seguinte.
— Já está o torturando? — voltou para a sala onde estávamos.
— Que culpa eu tenho se ele é sensível na barriga? — dei de ombros.
— Vem aqui. — me tomou pela mão livre e me tirou do sofá, quebrando qualquer contato meu e de . Apoiei as mãos em seu peito e o vi sorrir para mim. — Você me ama?
— É uma pergunta idiota. — rebati e ele rolou os olhos. — É claro que sim.
— Então me beija. — ele meio pediu, meio ordenou. Beijei o maxilar, o queixo e então os lábios de , sentindo-o sorrir durante o beijo. Sua mão quente se agarrou à minha cintura e eu lhe abracei pelo pescoço. Senti outras mãos em meu corpo e uma boca cheinha se grudar em minha orelha.
— Eu posso participar? — sussurrou no meu ouvido.
— Eu posso dizer que não? — perguntei sorrindo.
— Eu posso. Saia, . — riu baixinho.
— Poxa, . Seja um bom amigo. — reclamou. Sua mão desceu e se colocou perigosamente perto da barra do meu vestido.
— Eu sou. Estou até dividindo a com você. — rebateu.
— Se continuarem falando como se eu fosse uma boneca, eu juro que vou embora. — ralhei. Tomei uma mão de e a coloquei em meu seio. — Não me enrolem muito.
— Ela é apressada. — brincou. — Vamos dar a ela o que ela quer, .
Meu baixo ventre fisgou com a fala de . A mão de apertou meu seio com força medida e eu gemi alto entre eles. Senti as mãos de deslizarem por meu quadril, subindo em direção à minha cintura, levando o vestido consigo. Apertei as pernas para tentar aliviar o tesão e sorriu para mim. Sem paciência nenhuma, eu mesma me desfiz do vestido, ficando apenas de lingerie e saltos. O sutiã afrouxou ao meu redor e soube que tinha achado o fecho. se afastou minimamente para que a peça caísse aos nossos pés e voltou a colar o corpo vestido ao meu peito nu.
— , roupas demais. — reclamei e tentei puxar sua camisa para cima, sendo ajudada por ele. Quando o peito nu do meu namorado se juntou ao meu, senti outra camada de pele quente se juntando à minha. Olhei por cima do ombro e encontrei sem camisa agarrado a mim. — Eu sinceramente acho que deveríamos procurar um lugar mais confortável. De pé não vai funcionar muito bem. — eu ri.
— Eu só posso concordar com você. — sussurrou. — , pode preparar a cama para nós?
encarou o amigo e eu tive que segurar o riso, a cara de ultraje dele era impagável.
— A cama está pronta. Tire suas mãos da minha namorada e vá checar. — rebateu e me puxou mais para si, como se quisesse me afastar de . Me virei minimamente para o mais alto e segurei seu queixo, a boca dele formando um bico bonitinho.
— , vá para o quarto, sim? Encontramos você daqui a pouco. — selei seus lábios e o vi assentir, se afastando em seguida. — Foi ideia sua. — avisei.
— Eu sei, mas não sabia que ia ser uma péssima ideia. São outras mãos tocando o que é meu. — suas mãos deslizaram pela lateral do meu corpo e se prenderam no elástico da minha calcinha.
— Então eu sou sua? — me agarrei a sua cintura e arranhei sua pele.
— Sim. Só você me deixa assim. — ele tomou uma de minhas mãos na sua e a levou ao seu membro teso, gemendo baixinho.
— Vamos para o quarto. Eu vou cuidar de você. — sussurrei contra seus lábios. — E pare com essa crise de ciúmes. No final do dia, eu sempre vou ser sua.
me sorriu largo e me puxou pela mão até seu quarto. Encontramos apenas de boxer azul, com as costas apoiadas na cabeceira, bem no centro na cama de .
— Achei que tinham desistido. — ele riu.
— estava refletindo sobre o quão ruim foi a ideia dele. — me aproximei da cama e me desfiz dos saltos. — Afaste para lá, . — ordenei e fui prontamente atendida.
— Eu adorei a ideia, . — brincou.
Sentei na cama ao lado das pernas de e chamei com o dedo. Ele se aproximou devagar e mordendo o lábio inferior. Desafivelei seu cinto e abri o botão de sua calça, forçando a peça para baixo e levando a boxer cinza junto. O membro de saltou aos meus olhos, semidesperto. O puxei para mim e deixei um beijo molhado bem abaixo de seu umbigo, o vendo jogar a cabeça para trás, soltando um gemido rouco.
— , não precisa me maltratar. — suspirou.
— Seja um bom namorado e sente aqui. — bati na cama ao meu lado. — Eu vou cuidar de você. — pigarreou como que para chamar minha atenção. — De vocês. — corrigi. — Tire a boxer, .
Eu não posso negar que estava adorando estar no controle de tudo aquilo. sentou ao lado de que tentava tirar a boxer e, nus e lado a lado, eles eram certamente os homens mais bonitos que eu já tinha visto na vida.
Engatinhei na cama até estar com o rosto próximo do membro de , que sorria safado para mim. Arriscando um olhar para , passei a língua em todo o membro de , que gemeu alto e rouco. Estiquei a mão até alcançar o membro de e deslizei o dedo por sua glande, recebendo um gemido contido em resposta. Envolvi o membro de com a mão no mesmo instante em que coloquei todo o comprimento de na boca e sons graves preencheram o quarto. Comecei os movimentos ritmados, a boca em um e a mão no outro. E não parei até que me puxasse de pelos cabelos.
— Eu não aguento mais. — ele disse sôfrego.
— Eu quero você todo, . Por favor. — pedi quase choramingando. suspirou pesado e me soltou de seu domínio, me deixando voltar ao trabalho e preenchendo minha boca com seu líquido quente instantes depois.
— ... por favor. — suplicou. Olhei para , que suspirava pesado pela liberação recente, e movi o corpo para perto de . Olhando em seus olhos, suguei sua glande e o gemido que recebi foi o suficiente para me dizer que ele estava perto.
Me ajeitei na cama e, de quatro, empinei o bumbum para o ar.
— , vem cá. — pedi. Eu estava quase explodindo de tesão. Podia sentir minha intimidade encharcada contra o tecido da calcinha, e não foi preciso um segundo pedido. se colocou atrás de mim, afastou a peça que ainda me cobria e sugou meu íntimo com força, me fazendo gritar e apertar o membro de em resposta.
— , eu vou explodir. Não faça isso. — pediu.
Tentando controlar o prazer que me estava sendo proporcionado, levei a boca ao membro de , engolindo o máximo possível. não me deu descanso e meus gemidos contra o membro de o faziam quase gritar de prazer. penetrou um de seus dedos longos em minha intimidade e aquilo foi o suficiente para que eu me desfizesse. chegou ao ápice logo depois, gemendo rouco. Meu corpo mal parou de tremer e senti me penetrar com força, impulsionando meu corpo para frente e me fazendo apoiar o rosto no estômago de .
— ... — chamei entre gemidos. — Mais... rápido.
Meu namorado atendeu aos meus pedidos e não parou de estocar até que chegamos ao ápice juntos. Deixei o corpo cair sobre o de , que se ajeitou na cama e me aconchegou em seu peito.
— ... — chamou baixinho e beijou a linha da minha coluna. — Desculpa.
— Você não usou, . — disse me referindo ao preservativo. Nós éramos fiéis e exclusivos, essa era a primeira vez que alguém participava de nossos momentos, mas sempre usávamos proteção. A última coisa que eu queria era o pai de me chamando de golpista por estar grávida do filho dele.
— Foi calor de momento. Me desculpe. — ele depositou vários selares nas minhas costas.
— Eu vou perdoar dessa vez. — respondi mole com seu carinho. — Está confortável, ? — perguntou.
— , eu só preciso de dois minutos, sim? — pedi e deixei um selar em seu peito exposto.
— , pode fazer a gentileza de livrar a desse paninho que ela chama de calcinha? — ele pediu e eu e rimos. Ergui levemente o quadril para que me deixasse completamente nua. Pelo canto dos olhos, vi sua movimentação no quarto e o vi entrar e sair do banheiro.
— , pode virar para mim? — pediu com a voz mansinha. me ajudou a levantar e voltou a sentar com as costas apoiadas na cabeceira, agora me tendo sentada entre suas pernas. Seu membro se pressionou contra minhas costas e eu me mexi só para ouvi-lo suspirar pesado. separou meus joelhos e usou alguns lenços para limpar o resto de seu prazer que tinha em mim.
As mãos grandes de cobriram meus seios enquanto continuava a limpar minha intimidade, quase como uma carícia. começou uma massagem lenta e provocante em meus seios e passou a mordiscar minha orelha. Vi quando sorriu para ele e aproximou o rosto do meu íntimo. Agarrei seus cabelos e forcei seu rosto contra mim.
— É isso o que você quer, ? — perguntou no meu ouvido e uma carga de energia se encaminhou para minha intimidade, me fazendo arquear as costas. — Então agora é minha vez.
Ele me afastou de si e me fez soltar os cabelos de , trocando de lugar com ele, meu namorado agora sentado atrás de mim, tocando meus seios com precisão. encaixou a cabeça entre minhas coxas e sua língua resvalou em mim, me fazendo gemer um pouco mais alto.
— Eu disse que você ia gostar, . — sussurrou contra o meu ouvido e riu baixinho. investiu contra mim e sua língua pressionou meu ponto de prazer. Cravei as unhas nas coxas branquinhas de e tentei fechar as pernas.
— , eu preciso de você assim, por favor. — sorriu para mim e novamente separou meus joelhos, voltando ao seu trabalho, sua língua quente e áspera em mim. Ele começou a se tocar, a mão subindo e descendo pelo próprio membro que ganhava tamanho e volume novamente.
— , preservativo. Rápido. — implorei. Eu não aguentaria mais dois orgasmos seguidos.
se separou de mim e levantou de onde estava, saindo da cama e jogando um preservativo para , que parou suas carícias imediatamente. Me ajoelhei na cama e encarei .
— Faz isso para mim, ? — perguntou sensual e me estendeu o pacotinho metálico. O abri com cuidado e posicionei no membro ereto dele, desenrolando com cuidado e lhe masturbando no processo. Espalmei as mãos em seu peito forte e toquei um de seus mamilos durinhos. gemeu alto e seu membro literalmente fisgou.
— Você gosta, ? — perguntei e apertei o outro mamilo, tendo a mesma reação em resposta.
— , pare. — ele pediu. Sorri maléfica e aproximei a boca de seu peito.
— Por que, ? Isso é tão bom. — prendi a ponta de um mamilo entre os dentes e puxei devagar, o vendo segurar um gemido na garganta. — Eu quero ouvir você, . — passei a língua no local mordido e ele gemeu alto, jogando a cabeça para trás. Me aproveitei de sua posição e raspei os dentes em seu pomo de Adão.
— , senta. Rápido. — ele pediu com a voz rouca. Enrolei as pernas em sua cintura e, me apoiando em seus ombros, sentei em seu membro, me penetrando devagar. Comecei a subir e descer por seu falo em movimentos rápidos e precisos, buscando minha liberação urgente.
puxou minha perna e me jogou deitada na cama sem sair de mim, passando a estocar de forma frenética. Senti meu corpo anunciar meu orgasmo, mas se desfez antes de mim.
— Droga. — ele reclamou e eu acariciei seu rosto, como se dissesse que está tudo bem.
sempre me recompensava quando isso acontecia. Olhei ao redor e o encontrei sentado na poltrona de seu enorme quarto, o membro teso entre os dedos sendo tocado lentamente. Com um último selar em , levantei da cama e caminhei até ele, que sorria para mim, as covinhas em evidência.
— O último presente da noite é meu? — ele perguntou, me ajudando a sentar em seu colo, seu membro encaixado em minha entrada.
— No final da noite, eu sou sempre sua, lembra? — sorri sentando por completo em seu membro. Comecei uma movimentação lenta, que acelerou com a ajuda de e atingimos o ápice juntos mais uma vez, chamando um pelo outro.
— Eu preciso da cama. — sussurrei contra a pele do pescoço de .
— está ocupando quase toda ela. — ele riu baixinho.
— Ele está chateado. Deixe-o em paz. — pedi.
— Acontece, . — disse com tom risonho. Bati em seu ombro e levantei, indo para a cama. ocupou apenas um lado e eu deitei no centro, tomando o lençol que o cobria para me cobrir. deitou do outro lado e eu me aninhei contra ele.
— Não escute o . Ele é um babaca. Você foi incrível. Obrigada por isso. — disse a .
— Obrigado por me deixarem participar. Foi um belo presente de aniversário atrasado. — ele riu.
— Não acredito que ninguém me contou sobre esse aniversário. — fingi irritação.
— Nós comemoramos bem hoje. — ele sorriu, mas me parecia triste.
— , eu tenho uma pergunta. — me virei para lhe olhar.
— Faça, . — ele incentivou.
— Você é Sub, não é? — perguntei e ele me olhou com olhos curiosos. — Eu percebi quando toquei seus mamilos. gosta, mas, me perdoe a palavra, seu pau chegou a tremer. E você obedece às ordens sem pestanejar.
— Sou. — suspirou. — Minha mommy terminou comigo logo depois do meu ensaio para a Rolling Stones, você deve ter visto nas revistas e na internet. Por isso eu tirei férias aqui. Não estava suportando ficar perto dela sem poder tocá-la.
— E então veio procurar abrigo em outro corpo? — foi quem perguntou.
— Eu achei que poderia esquecê-la. Mas eu ainda a amo. — se encolheu ao meu lado e eu passei a mão em seus cabelos, como um conforto. — Acho que vou assumir nosso relacionamento publicamente quando voltar. Ella Wendy vai pirar. — ele riu sozinho.
— Elle Wendy, a repórter...
— Do D-Long Night. — me completou sorrindo. — Eu namoro a Dayse, a apresentadora do programa. Ela é minha Dom.
— Ela parece tão pequena e inofensiva. — comentou.
— Não se deixe enganar, meu amigo. Aquela mulher tem um metro e sessenta de pura dominação. — ele sorriu de lado.
— Dominação do tipo mordaça e mãos amarradas? — perguntei curiosa.
— E outras coisas que eu posso pedir para ela te ensinar depois, . — ele piscou para mim e levantou da cama. — Eu vou dormir no quarto de hóspedes. Preciso falar com minha garota, é dia dos namorados, afinal. Boa noite, casal.
Ele levantou, vestiu a boxer e saiu do quarto. Encarei e ele estava olhando para o nada, completamente absorto.
— Está tudo bem, meu amor? — perguntei sorrindo.
— , você está cogitando as possibilidades, não está? — ele perguntou ainda sem me olhar. — De me amordaçar e tal.
— Acho que você seria um bom baby, . — eu ri.
— Você seria uma boa mommy? — ele me olhou com curiosidade.
— Você teria que testar para saber. — beijei seu peito nu. — Mas não hoje. Eu estou exausta. — confessei.
— Tudo bem, meu amor. Descansa. — ele beijou o topo da minha cabeça. — Feliz dia dos namorados. Eu te amo. — ele sussurrou.
— Feliz dia dos namorados, my Valentine boy. Eu te amo. — respondi antes de pegar no sono, abraçada a ele.
Fim.
Nota da autora: Irra! Eu tava em dúvida se mandava essa fic pra cá ou não, mas resolvi mandar. Ela foi feita pro aniversário do Jae (eu acho, por isso a menção ao Valentine's Day) e tava pendente porque esse Johnny não era personagem original meu (veio de outra fic de outra autora, mas ela me autorizou o uso da imagem hahaha então veio aí). Espero que tenham gostado. Vejo vocês por aí. Beijinhos!
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