FFOBS - Turma de 2003: Após o reencontro, por Stone

Finalizada em: 23/11/2019

Capítulo Único

Se alguém lhes dissesse que um reencontro com a antiga panelinha do Ensino Médio mudaria a vida de dois deles para sempre, eles provavelmente soltariam uma bela e escandalosa gargalhada na cara da pessoa. Era óbvio que o reencontro era marcado de segundas intenções pela parte de , que sempre teve o coração balançado pela dançarina, mas ele jamais poderia imaginar que as coisas sairiam muito melhor que o planejado. , por outro lado, ia apenas com a expectativa de rever as pessoas que marcaram sua vida durante a escola e acabou saindo de lá agradecendo toda a insistência de Rory para que ela fosse, tendo em vista que ela adorava arrumar uma desculpa para escapar de compromissos sociais.

Conforme prometido ainda na casa de campo da família , assim que voltaram a Londres eles continuaram conversando e logo marcaram diversos encontros. Sempre que possível, ia assisti-la dançar, e quando seus ensaios acabavam mais cedo, o surpreendia na saída do escritório. Até o presente momento, não havia rótulos, status em rede sociais ou sequer apresentação aos parentes. Eles viviam em mundo só deles, repleto de descobertas, química e uma paixão que ia pouco a pouco incendiando seus corações. No entanto, ele estava disposto a mudar isso o mais rápido possível. Queria desesperadamente gritar aos quatro cantos do mundo que havia encontrado a garota dos seus sonhos: não a perfeita, mas a mais real.

me ligando em um sábado pela manhã?! – Eric atendeu o telefone surpreso. Eles mantinham contato diário através das redes sociais, mas uma ligação era algo digamos que incomum.
– Pois é, cara. É que eu meio que preciso de ajuda… – ficou em silêncio, um tanto envergonhado pelo que iria pedir ao amigo.
– Desembucha logo!
– Então… eu quero comprar uma aliança de compromisso para a , mas eu nunca fiz isso… e bem, você já comprou até aliança de casamento, pensei que pudesse me ajudar. – Coçou a nuca em um claro sinal de desconforto, embora o amigo não pudesse lhe ver.
– É claro que sim! Eu vivi para ver sossegar. – Riu e escutou alguns xingamentos provenientes do outro lado da linha.
– Eu passo aí daqui uma hora - anunciou e Eric apenas concordou.

– Acho que você deveria fugir do tradicional… – aconselhou o amigo que tinha nas mãos um par de alianças prateados, no qual ele imaginava gravar os nomes.
– Tipo? – questionou, totalmente perdido.
– Tipo assim, ó. – Eric passou para o outro lado do balcão, onde haviam pares mais elaborados, tanto nas cores quanto nos detalhes.
– É essa! – exclamou um pouco alto demais, atraindo a atenção de alguns clientes e vendedores da loja.
– Boa escolha, meu caro. Se eu fosse mulher certamente gostaria de receber uma dessa de você. – Zombou, apenas para não perder o bom e velho costume. apenas murmurou um “idiota” e chamou uma vendedora para que pudesse finalizar a compra.

– Eu sei que dou risada da tua cara e esse obviamente é meu papel como melhor amigo. Mas queria dizer que estou muito feliz por você e pela , cara. Vocês dois são ótimos juntos.
– Obrigada, de verdade. Você sabe que eu me espelho muito em você e na Ally. – Eric sorriu em forma de agradecer o elogio e saiu do carro, desejando sucesso ao amigo.
Assim que deixou Eric em casa, dirigiu até um restaurante próximo de seu apartamento para almoçar. Comer fora certamente pouparia tempo, já que ele ainda precisava arrumar sua mochila. Se tudo ocorresse bem, ele conseguiria chegar na Estação Euston para pegar o trem que partiria às 15h com rumo a Manchester, onde se apresentaria naquela noite. Ela vivia o auge de sua carreira como dançarina: estava participando da turnê europeia da cantora Jessie J e ocupava um dos postos centrais no palco. Estava se sentindo nas nuvens, já que via tanto sua carreira quanto sua vida amorosa decolarem.

– Bela apresentação, babe. – declarou, parando ao lado dela na recepção do hotel em que ela estava hospedada e no mesmo em que ele havia reservado um quarto.
! O que você tá fazendo aqui? – Ele nem ao menos teve tempo de responder, já que quando deu por si já o envolvia em um abraço cheio de saudade. Já fazia cerca de dez dias desde a última vez que haviam se visto e ambos ansiavam pelo reencontro.
– Vim matar o que estava me matando… – Declarou e a puxou para um beijo rápido, tendo em vista que nenhum dos dois era fã de demonstrações exageradas em público, principalmente quando havia colegas de trabalho dela por todo o lobby.
– Que bom que hoje eu tomei banho na Arena mesmo, caso contrário seria flagrada toda suada. – Confessou rindo e o homem deu de ombros, dizendo que não se importaria. Aproximou a boca do ouvido dela e sussurrou:
– Logo você estará toda suada novamente. – nada respondeu, apenas arqueou uma das sobrancelhas e mordeu o lábio inferior num gesto provocativo. tossiu diante do ato e ela riu marota.
– Vamos jantar ou você prefere ir direto para a sobremesa? – Questionou galanteador.
– Você sabe que eu jamais pulo um prato principal! – declarou rindo. – Estou faminta, vamos logo!
– Vamos, minha esfomeadinha. – Acompanhou a risada dela, entrelaçando suas mãos e os direcionando para fora do hotel.

Dentre as diversas opções que a cidade oferecia, optou por reservar uma mesa no Tattu Restaurant & Bar. Além de serem fãs de comida chinesa, o ambiente era simplesmente espetacular e reservado, assim como eles. O espaço do restaurante acomodava até 40 pessoas e o homem sabia que naquele horário o local já deveria estar um pouco menos frequentado que o normal.
Ao entrar, obras de arte e objetos que contavam histórias do mundo e da arte corporal foram as primeiras coisas a serem vistas. O que mais os deixou encantado foi um enorme pé de Flor de Cerejeira bem no meio do local, totalmente iluminada pela cor rosa bebê, bem como os painéis de led no teto. A mistura das cerejeiras com uma música ambiente perfeita fazia daquele um lugar íntimo e aconchegante, perfeito para os planos de .
Enquanto esperavam pela entrega dos pratos, mantinham uma das mãos entrelaçadas por cima da mesa. Se deliciavam em dividir detalhes dos dias que passaram distantes fisicamente, ao mesmo tempo em que bebericavam espumante – a bebida favorita da mulher. Por ela, naquela noite especial, estava disposto a abrir mão de sua tão amada cerveja.
– Babe, o que acha de pedirmos um petit gateau como sobremesa?
– Acho ótimo! – Respondeu animada e ele sorriu. Achava adorável a empolgação dela com a comida, mesmo sendo uma das pessoas mais disciplinadas, uma vez que seu corpo era seu instrumento de trabalho.
estranhou quando viu o garçom se aproximar da mesa com um prato muito maior do que o tradicional para servir a sobremesa, mas guardou a estranheza para si.
Ao ficar de frente para a mesa, ele entregou o prato diretamente nas mãos dela. Para sua surpresa, não era um prato comum: havia corações de chocolate desenhados por toda a borda, no centro a pergunta “Quer namorar comigo?” e no topo esquerdo havia dois morangos, cada um com uma aliança em cima. Ela cuidadosamente posicionou o objeto na mesa e espalmou as mãos no rosto. Sentiu os olhos marejarem e levantou-se para aceitar o pedido de e beijá-lo apaixonadamente. Escutou o staff e outros clientes aplaudirem e quebrou o beijo sorrindo, logo agradecendo em seguida.
– Você não existe, ! – Sorriu embasbacada após ele posicionar a delicada aliança em seu dedo anelar direito. A dele era prata normal, com o nome dela gravado na parte inteira. Já a dela, além de prata e de ter a gravação do nome dele, tinha uma fina linha de cristais em cima.
– Existo e sou o cara mais feliz do mundo! – Declarou sorrindo abertamente, ao que ela lhe acompanhou. Terminaram a sobremesa e a espumante, logo depois chamaram um táxi e voltaram ao hotel.

– Ainda tem pique para uma segunda sobremesa? – Questionou, pressionando o corpo dela na porta recém fechada do quarto que dividiriam naquela noite.
, … até parece que você não me conhece, meu caro. – Dito isso, ela começou a distribuir beijos pelo pescoço do homem, que tinha as mãos segurando sua cintura com firmeza. Quando ele fez menção de erguer a camiseta que ela usava, se afastou. Ficou de costas para ele e foi lentamente subindo o tecido por seu tronco, enquanto rebolava ao som de uma música que apenas podia ser ouvida em sua cabeça. Jogou a peça para o lado contrário da cama e voltou a encarar , cujos olhos ardiam em desejo. Ainda rebolando, desabotoou a calça, abriu o zíper e começou a descer o jeans pelo corpo, até que ele estivesse no chão. Se livrou da peça juntamente com as sapatilhas que usava e esperou para o contra-ataque dele, que ela sabia que viria. livrou-se dos sapatos, da camiseta e da calça jeans enquanto ainda estava escorado na porta e rapidamente andou pelo quarto até colar seu corpo ao da mulher. Agradeceu mentalmente as primas brasileiras que haviam lhe ensinado a dançar funk, pois naquele momento ela rebolou certeira contra o membro dele, que desprendeu um grunhido em resposta e logo depositou uma mordida no pescoço dela. Mais uma vez, ela ficou de frente para ele e o beijou com todo o desejo que a consumia.
Ao passo que ele desceu os beijos para seu pescoço, a mulher desceu a cueca boxer que ele usava e começou a masturbá-lo lentamente. Quando ele já não conseguia se concentrar no que estava fazendo, ela ficou de joelhos no chão e tomou o pênis dele com a boca. Iniciou como sempre, lambendo a glande e olhando para cima, apenas para provocá-lo um pouco mais. Posicionou uma das mãos na base do tronco e começou o movimento de vai e vem com a boca. segurava os cabelos dela em um rabo de cavalo e apenas aproveitava cada sensação provocada por aquela boca de veludo. adorava a sensação de comando que o sexo oral lhe proporcionava. Ela ditava os movimentos que seriam feitos por sua mão, boca e língua, bem como a velocidade do ato.
– Vem, é minha vez de me divertir… – Ele falou rouco, ajudando-a a subir. Abriu o fecho do sutiã dela e umedeceu os lábios ao perceber que eles estavam pontudos. Segurou um com uma mão e direcionou a boca para o outro. Se gostava de provocar, ele não ficava para trás. Com a ponta da língua ele passou a circular o mamilo dela, fazendo a mulher arfar em resposta. Quando começou a sugar o local, ela não teve outra resposta além de cravar as unhas nas costas dele, que gemeu em um misto de dor e tesão. A mão que antes brincava com o mamilo livre desceu e invadiu a calcinha dela, apenas para constatar o que ele já sabia: ela estava encharcada. O dedo indicador dele fez uma leve pressão sobre o clitóris, fazendo um múrmuro quase dolorido ecoar pelo quarto. se livrou da calcinha preta de renda que ela usava e a conduziu até a cama, deitando-a e abrindo suas pernas para que ele pudesse se posicionar entre elas. Ele fez sua língua passar diversas vezes por toda a extensão da intimidade dela, até invadi-la em cheio enquanto um de seus dedos brincava com o ponto de maior prazer da mulher. Algum tempo depois, ele inverteu a posição: sua língua fazia uma deliciosa massagem no clitóris, enquanto seus dedos invadiam a intimidade dela. Unindo toda a força que tinha dentro de si, sussurrou entorpecida:
– Que tal nos divertimos totalmente juntos? – sabia do que ela estava falando, então tratou de buscar e vestir o preservativo. Percebendo o instinto dominante dela naquela noite, ele se deitou na cama num claro convite para que ela ficasse por cima. se sentou lentamente sobre o membro dele, mas logo iniciou uma cavalgada com um pouco mais de intensidade. Foi ao céu quando os dedos ágeis dele atingiram em cheio seu clitóris, o que fez com que seus movimentos se tornassem mais bruscos e rápidos. – Eu não vou aguentar...– Ele declarou, baixinho.
– Nem eu…
Quando seus corpos relaxaram por completo, ela caiu sobre ele, deixando o nariz encostado ao pescoço dele.
– Eu te amo, .
– Eu te amo, .

Aquela noite, no quarto 1512 do Radisson Blu Edwardian, foi a primeira vez que eles haviam trocado a frase “eu te amo”. Para ambos, aquele conjunto de palavras nunca havia sido tão verdadeiro e profundo.
Agora, 10 anos depois, eles se arrumavam para ir ao segundo reencontro da turma do Ensino Médico. Dessa vez era o oficial, pois contemplava todos os alunos, não apenas a panelinha deles. Seria algo mais formal, realizado em um restaurante na própria Londres.
Diferentemente da primeira vez, em que foram sozinhos, desta vez eles iriam acompanhados, não apenas como casal, mas como família: teriam a companhia da pequena Lorelai. Sempre pensando em fazer o melhor, eles haviam adotado a menina quando ela estava prestes a fazer 1 ano. Agora, já tendo 2 completos, eles estavam ansiosos para apresentá-la para aqueles que ainda não tinham tido o imenso prazer de conhecê-la.
– Vamos, babe? – apareceu na sala com Lorelai no colo, enquanto colocava os últimos pertences da garotinha na mochila de sobrevivência fora de casa, como ela gostava de chamar.
– Vamos, meus amores! – ela exclamou empolgada, depositando um beijo estalado na bochecha do marido e da filha.

parou no sinal vermelho e ambos aproveitaram para cantar em alto e bom tom o final da música que sempre os fazia lembrar do dia em que se reencontraram.
High school never ends
And here we go again!
Compartilharam um sorriso e viraram suas cabeças para o banco de trás, onde Lorelai estava seguramente posicionada.
– Que ela tenha tanta sorte quanto nós tivemos. – confessou e arrancou o carro rumo ao restaurante no qual o evento iria acontecer.




Fim



Nota da autora: Nem acredito que essa continuação nasceu em uma tarde de domingo, graças a pressão da Angel hahaha Sou mais de ler, mas não podia ficar de fora do especial em comemoração aos 10 anos desse site que faz parte da minha vida e que eu amo tanto! ♥
Liih, obrigada por ter aceitado betar isso aqui. <3
Lembrando que o FFOBS é um site imenso e tem fanfic para todos os gostos, então se percam nele e encham as autoras de comentários, isso faz toda a diferença.



Outras Fanfics:
02. Can't Keep My Hands Off You
Turma de 2003
Taça do Amor
Around Here


Eu me sinto uma adolescente de 14 anos apertando no botão "Sim, eu tenho mais de 18 anos e quero continuar", lendo essa cena restrita, Mari! HAHAHA! Adorei sua história! Obrigada por participar desse projeto!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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