Última atualização: Fanfic finalizada

Capítulo Único

Lágrimas se acumulavam nos cantos dos meus olhos. Eu sabia que era uma péssima decisão confiar meu tolo coração a alguém tão semelhante ao responsável por quebrá-lo... Sinais de avisos e alertas não impediram minha ignorância em prosseguir o caminho da paixão. Uma cega por sentimentos tolos, e ali estava eu, novamente destruída. A chuva molhava meu uniforme, tornando-o um peso incômodo enquanto seguia em direção a minha casa...
!
Por breves segundos o tempo parou, a multidão de pessoas e carros paralisaram enquanto a figura igualmente molhada de Taiga se apoiava em seus joelhos poucos metros atrás de mim. Aqueles fios vermelhos e rebeldes eram o suficiente para chamar atenção, como se a altura dele não fosse o bastante para tal.
Balancei minha cabeça em sinal para que ele não se aproximasse, antes de retornar a caminhar. Havia me afastado de meus colegas da Teiku, mantive-me na doce ignorância sobre os caminhos que eles haviam escolhido traçar até que Tetsu entrasse em contato novamente; me matriculei no Colégio Seirin e fiquei ao lado dele, aceitando a proposta de trazer nossos companheiros de volta ao que eram.
Apenas não imaginava que ao segui-lo encontrasse alguém tão semelhante a Daiki. Meu envolvimento com Aomine deixara apenas cicatrizes e uma promessa de não voltar a cometer os mesmos erros...
— Me deixe consertar isso.
A voz de Taiga soou tão alta quanto as buzinas dos carros no cruzamento. Ergui meu olhar, encontrando o dele tão perturbado quanto.
— Não vamos prosseguir com isso, Taiga, por favor. — Soltei calmamente a mão dele que havia alcançado minha face.
— Não me afaste, . — Havia dor em seu olhar, e eu imaginava possuir um olhar semelhante.
— Isso estava fadado ao fracasso desde o início, Kagami. — Soltei a sentença com uma calma assustadora.
— Não me coloque no mesmo nível que Aomine. — Ele me respondeu num tom de revolta.
— Eu só quero ir para casa Kagami, o dia fora longo demais! — Desviei meu olhar, encontrando do outro lado do cruzamento uma cabeça azulada. — Mas que merda!
Eu não somente tinha de encarar Taiga, mas agora teria de enfrentar Aomine Daiki. Massageei minhas têmporas aliviando um pouco a dor de cabeça.
— Por que ele está aqui? — A mágoa brilhava como chamas ardentes nos olhos de Taiga.
— Eu não sei! — O respondi honestamente, o cansaço do dia era perceptível.
— Problemas no paraíso?! — Aquela maldita voz reverberou por todo meu corpo.
— Cale a boca. — Kagami adotou uma postura defensiva, seus olhos exibiam apenas uma raiva latente.
— Taiga, não. — Segurei o antebraço dele, obrigando-o a me olhar, esquecendo-se de Aomine.
— Como um cão treinado. Não acredito que você escolheu logo ele como um substituto para mim, . — Aomine comentou num tom de desprezo.
— O que você está fazendo aqui, Daiki? — Segurei uma das mãos de Taiga, tentando mantê-lo em silêncio. Aomine queria apenas irritá-lo ainda mais após a derrota da Seirin para a Academia Touo.
— Confraternizar com o inimigo? — Havia uma diversão sádica no olhar de Daiki.
— Seu único inimigo é você mesmo. — Taiga apertou sua mão de forma a me confortar, ele sabia o quanto Aomine havia me destruído.
— Vamos para casa, . — Kagami colocou um de seus braços envolta dos meus ombros, nos afastando de Daiki.
— Não é surpreendente a derrota de hoje, Taiga. — Atiçando uma fera irritada, Aomine não conseguiu manter-se calado.
— Eu não o entendo Aomine. Você realmente acha que isso me provocaria? — Kagami olhou sobre seu ombro para Daiki. — Derrotas fazem parte da vida, o que importa é o que você faz após elas. — Ele direcionou seu olhar para mim. A chuva ainda não havia dado uma trégua. — Você está desesperado por atenção.
E dessa forma ele me guiou para longe da figura de Aomine, o qual deixou seu guarda-chuva cair rindo de forma desagradável. Taiga mantinha suas mãos em mim.
— Ele está desesperado. — Deitei minha cabeça em seu tronco.
— Eu não quero perdê-la. — Kagami procurou expressar sua determinação em sua voz.
— E você não vai. — O levei para próximo da avenida, sinalizando para um táxi. — Precisamos consertar os erros e procurar não repeti-los. — Um táxi parou após alguns minutos.
— Para onde meus jovens? — O taxista indagou com humor.
— Para casa, senhor. — Taiga falou com um sorriso bobo em sua face.
Rindo, informei o endereço ao taxista enquanto me recostava na figura de Kagami. Nossas mãos entrelaçaram-se automaticamente. Aquele dia havia sido uma montanha-russa de emoções, estava exausta tanto fisicamente quanto mentalmente. Ao menos meu pobre coração não seria quebrado outra vez.
— Não desista de nós tão facilmente. — Kagami beijou o topo de meus cabelos molhados.
— Eu não o farei. — Ergui meu olhar, encontrando apenas a pureza de um sentimento verdadeiro nas írises avermelhadas de Taiga.


Continua...



Nota da autora: Esse triângulo entre a pp, Kagami e Aomine será melhor explicado em outras histórias. Acompanhe as notícias e novidades em meu grupo no What's:





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