Capítulo Único
Estava na fazenda, no meio do nada, na antiga e pequena casa que meus avós moravam antes de irem viver no céu. Fazia 1 semana desde que minha avó se fora e por isso estávamos na fazenda. Eu tinha muitas lembranças naquela casa, passei grande parte da minha adolescência andando entre os matos com meus avós e também adorava ajudá–los no curral.
Durante a madrugada daquela noite não consegui dormir, então me sentei na varanda e fiquei olhando a escuridão entre as árvores.
– Você não conseguiu dormir? – Como em um sonho, minha avó, cercada por uma névoa, sorriu pra mim, me fazendo sorrir de volta. Fiquei olhando ela de pé ao meu lado, vestida com sua camisola rosa bebê e sentindo a paz que ela transmitia. Olhou para a estrada iluminada pelo luar e pareceu pensativa. – Sabe o que eu queria? – Houve um segundo de silêncio. – Poder andar mais uma vez de carro naquela estrada.
– Acho que a mamãe vai brigar – disse, me lembrando de quando minha mãe não gostava que eu dirigisse para meus avós quando adolescente.
– Ela nem vai saber. – Mais um de seus sorrisos animadores e, como mágica, uma caminhonete preta apareceu à minha esquerda. Dei um salto, animada, e entrei no carro, logo sendo seguida por minha avó. Antes que pudesse dar partida no carro, ela me olhou, séria, e disse:
– Queria poder te abraçar mais uma vez. – Lembrei que iria sentir sua falta eternamente e, em silêncio, meus olhos começaram a lacrimejar. Tentei acariciar sua bochecha, mas minha mão ultrapassou sua pele. – Vamos lá! – Ela disse, me encorajando a dirigir, e eu limpei minhas lágrimas e dei partida no carro.
Quando entramos na estrada em direção à saída da fazenda, avistei um senhor sorridente com um chapéu de palha e o tradicional macacão de fazendeiro. Com seu matinho na boca ele sorriu para nós dentro do carro. Parei ao seu lado e meu avô perguntou:
– Posso pegar carona com vocês? Já está quase na hora!
Concordamos e ele entrou. Claro que nem precisava pedir, mas como sempre meu avô quis ser educado.
– Vovô, o senhor sabe que não precisa pedir – disse assim que ele entrou na parte de trás do carro, ficando com a cabeça entre minha avó e eu.
Dei partida novamente e de repente éramos o trio de antigamente. Dávamos risadas, relembrando os bons momentos, e então quando passei pelo portão da entrada da fazenda tudo ficou em silêncio, frio e escuro. Olhei para o lado e percebi que estava em pé, sozinha ao lado do portão. Ouvi uma coruja ao longe e a pouca iluminação da lua me trouxe a sensação de vazio. Coloquei minhas mãos no rosto e voltei a chorar de soluçar.
Eu sei que vocês estão em um bom lugar...
Durante a madrugada daquela noite não consegui dormir, então me sentei na varanda e fiquei olhando a escuridão entre as árvores.
– Você não conseguiu dormir? – Como em um sonho, minha avó, cercada por uma névoa, sorriu pra mim, me fazendo sorrir de volta. Fiquei olhando ela de pé ao meu lado, vestida com sua camisola rosa bebê e sentindo a paz que ela transmitia. Olhou para a estrada iluminada pelo luar e pareceu pensativa. – Sabe o que eu queria? – Houve um segundo de silêncio. – Poder andar mais uma vez de carro naquela estrada.
– Acho que a mamãe vai brigar – disse, me lembrando de quando minha mãe não gostava que eu dirigisse para meus avós quando adolescente.
– Ela nem vai saber. – Mais um de seus sorrisos animadores e, como mágica, uma caminhonete preta apareceu à minha esquerda. Dei um salto, animada, e entrei no carro, logo sendo seguida por minha avó. Antes que pudesse dar partida no carro, ela me olhou, séria, e disse:
– Queria poder te abraçar mais uma vez. – Lembrei que iria sentir sua falta eternamente e, em silêncio, meus olhos começaram a lacrimejar. Tentei acariciar sua bochecha, mas minha mão ultrapassou sua pele. – Vamos lá! – Ela disse, me encorajando a dirigir, e eu limpei minhas lágrimas e dei partida no carro.
Quando entramos na estrada em direção à saída da fazenda, avistei um senhor sorridente com um chapéu de palha e o tradicional macacão de fazendeiro. Com seu matinho na boca ele sorriu para nós dentro do carro. Parei ao seu lado e meu avô perguntou:
– Posso pegar carona com vocês? Já está quase na hora!
Concordamos e ele entrou. Claro que nem precisava pedir, mas como sempre meu avô quis ser educado.
– Vovô, o senhor sabe que não precisa pedir – disse assim que ele entrou na parte de trás do carro, ficando com a cabeça entre minha avó e eu.
Dei partida novamente e de repente éramos o trio de antigamente. Dávamos risadas, relembrando os bons momentos, e então quando passei pelo portão da entrada da fazenda tudo ficou em silêncio, frio e escuro. Olhei para o lado e percebi que estava em pé, sozinha ao lado do portão. Ouvi uma coruja ao longe e a pouca iluminação da lua me trouxe a sensação de vazio. Coloquei minhas mãos no rosto e voltei a chorar de soluçar.
Eu sei que vocês estão em um bom lugar...
FIM!
Nota da autora: Espero que tenham aproveitado a leitura e não se esqueçam de comentar e compartilhar, se possível!
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Just A Kiss
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