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última atualização: 30/01/2017





Prólogo


Sabe aquela vida maravilhosa, aquela casa dos sonhos, aquela popularidade almejada por toda garota e aquele corpo que deixava qualquer garoto babando aos seus pés? Pois é, essa era eu! E eu adorava brincar com as pessoas, eu adorava vê-las entrando no meu jogo e saindo machucadas no final, eu adorava ser a popular que todos temiam e ao mesmo tempo amavam saborear. Mas isso um dia pode se virar contra mim, right?
Meu nome é , irei cursar o primeiro ano da faculdade de biologia da Universidade Estadual de Seattle, UES, a faculdade mais almejada e renomada de Washington DC. Não querendo me gabar muito, mas haviam apenas dois métodos para entrar aqui: o primeiro era fazendo a prova – que era de um nível extremamente difícil – a segunda, é claro, o dinheiro e a popularidade que sua família possuía. E eu, mesmo pertencendo à família , a segunda família mais popular e rica de Seattle, optei por usar a minha inteligência para entrar.
Não tenho muitas qualidades, eu assumo! Pelo contrário, meu colegial foi inteiro de farsas e mentiras, meu maior fetiche era foder com a vida de todo mundo e eu realizava essa tarefa com êxito, modéstia parte. Lembro-me até hoje das lágrimas de Clara no oitavo ano quando vazei fotinhas dela seminua para o colégio inteiro – e digamos que ela não era a pessoa mais normal e dotada de beleza de lá. Lembro-me também do vídeo que deixei vazar de Sammy, o nerd que sempre foi afim de mim, ficando de pau duro ao me ver nua em sua frente e não conseguir realizar ao menos um movimento sequer além de abrir sua boca nojentinha para babar. E o meu último ano foi o mais hilário, quando consegui trocar o dvd da retrospectiva da turma por uma série de pornôs, vídeos constrangedores de toda a turma e deixei como legenda final: “Presentinho de pra vocês otários”.
Naquele colégio todos me temiam, mas ao mesmo tempo todos me queriam – fosse para um beijo, uma transa ou somente entrar de mão dada ou ao meu lado no colégio – e eu não era tão fácil assim, nunca fui. Minha diversão era jogar com cada um deles, era deixá-los como os idiotas da história e eu realmente consegui ser a pessoa mais amada e odiada do Colégio San Butoes. Agora minha missão era fazer cinco vezes pior na UES e, nesse jogo de quatro anos, a minha felicidade seria o troféu.
Muitas pessoas do colégio entraram para UES, inclusive Sammy, que por sinal fará biologia na mesma classe que eu. Vou com certeza aprontar outra com ele, afinal, agora será bem pior. E ele será um dos meus primeiros alvos ou eu não me chamo .

Capítulo único


Hoje era dia 25 de agosto de 2013, ou seja, faltavam exatamente uma semana para as aulas começarem oficialmente e eu realmente estava ansiosa para isto. Desde pequena sempre quis biologia, desde que mamãe morreu mais precisamente. Ela era uma excelente bióloga e eu queria ser igual a ela, mesmo papai sempre me dizendo que devia fazer ADM ou RH para futuramente assumir a presidência da empresa da família – e tinha certeza que Kile, meu irmão mais novo, faria isso com sucesso. Estava em meu dormitório arrumando meus pertences, afinal nos próximos quatro anos essa universidade seria mais minha casa do que a minha casa em si. Eles se organizavam por duplas de alunos, porém como uma boa mexi meus pauzinhos e consegui um somente para mim.
Entre as minhas coisas havia um porta-retratos com uma foto minha aos 4 anos de idade junto com mamãe. Olhando a foto, observava muitas semelhanças entre nós. Meus cabelos também eram num tom louro escuro acobreado, meus olhos verdes e até os cílios super alongados eu havia herdado dela, era uma pena ter convivido tão pouco com ela e possuir apenas lembranças vagas do início da minha infância com ela.
Papai era meio distante. Na verdade muito distante; ele vivia para a empresa e quase não conversava comigo e com Kile nos poucos momentos em que nos víamos pela casa – ele achava que dando uma mesada extremamente generosa e presentinhos para nós o tempo todo supriria a ausência dele em casa. Sendo sincera, os únicos diálogos mais extensos que tive com ele na minha vida foram realizados nas diversas vezes em que ele foi chamado na direção do San Butoes porque eu tinha aprontado algo e a única coisa que eu ouvia era “, eu não sei porque você faz essas coisas, eu te dou tudo o que pede”; “Você é extremamente ingrata comigo, filha”; “Mais uma vez tive que subornar a direção para te manter aqui, vê se entra na linha ” e mais um monte de blábláblá parecidos com esses. Tenho pelo menos 99,9% de certeza de que foi um alívio eu vir morar grande parte dos meus dias na UES.
Chega de contar como minha vida pessoal e familiar tem se tornado cada dia mais um caos, o que realmente importa é que sou rica, gostosa, inteligente, vingativa e almejada por 90% dos garotos que me conhecem. E depois que aprontei com Sammy Parker, digamos que a paixãozinha dele por mim acabou e meses depois ele começou a namorar com Clara (a estranha) e tinha um relacionamento sério com ela até hoje, que por sinal estava com os dias contados se dependesse de mim. Porém, antes de tudo, precisaria provar a Sammy que eu realmente havia mudado e isso implicaria em ser uma “good girl” por pelo menos um mês. Essa semana estavam ocorrendo as integrações calouros-veteranos, as parties hard e afins como todo início de semestre acontecia.
Hoje à noite seria uma festa de traje chique e eu já tinha em mente o vestido que usaria. Devo confessar que o tom azul marinho fica extremamente maravilhoso e atraente em meu corpo e eu tinha preparado um vestido com um corte em “V” nas costas, um decote um pouco discreto na frente, coladérrimo em meu corpo e com uma das laterais da saia aberta do meio da coxa para baixo. Optei por uma trança lateral meio bagunçada e por um make escuro nos olhos e nude na boca.
Assim que adentrei o salão da festa pude observar os olhares em mim, muitos olhares, grande parte deles desconhecidos, inclusive o de Sammy – que por sinal tinha ficado extremamente gostoso de uns tempos para cá e eu o pegaria facilmente hoje em dia. Havia também uma garota muito bonita na festa, ela possuía os cabelos preto, olhos castanhos médios e um corpo maravilhoso, porém o que tinha de bonita ela tinha de oferecida e meu cérebro coçou para aprontar algo com ela, porém naquele momento não podia, eu tinha que ser a boazinha então resolvi fazer “amizade” com ela.
Ela se chamava Stevethê. Bonito nome, se não fosse igual ao meu e só podia existir uma no meu campo de vista, e seria eu. Ela ia cursar biologia – como se não bastasse ter o mesmo nome que eu, cursaria o mesmo curso, também – e ela era da Alemanha – o que esse ser humano estava fazendo aqui?!. A única parte “boa” era a bissexualidade dela que com toda certeza eu usaria a meu favor uma hora ou outra, fosse para destruí-la ou para o meu prazer. Ela até era legalzinha e bonita, digna de andar comigo pelo menos e foi o que eu fiz – ela seria minha “amiga” naquela universidade.
Até o final da festa pelo menos nove garotos vieram pedir para ficar comigo e, com exceção do último que era um gostoso da porra, todos levaram um fora educado da minha parte. E claro, fiquei com a também, mas isso era um caso à parte porque precisaria dela a meu favor futuramente e nada melhor do que a dar o presente mais perfeito do mundo, um beijo de e um curriculum sexual com “já ficou com ” na listinha dela.
Uma semana já tinha se passado e hoje finalmente era dia primeiro de setembro, vulgo primeiro dia de aula e a ansiedade já tomava conta de mim. Coloquei uma calça jeans cintura alta, um cropped de crochê branco, uma camisa jeans e por fim uma alpargata toda branca. Arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo frouxo e saí a caminho do meu prédio. Ao adentrar a sala observei inúmeros lugares vazios, inclusive um ao lado de Sammy e me locomovi para aquele. ficou sem entender, mas logo dei uma piscadela para ela e ela logo sacou o porquê.
– Se não é o ilustríssimo Sammy Parker. – Disse sentando ao seu lado, enquanto o mesmo somente me encarou e virou a cabeça para seu livro de Biologia e Anatomia Marinha dos Cetáceos. – Sammy, qual é, não mereço nem um oizinho? – Rebati.
– Não, de você quero apenas uma coisa, . – Respondeu seco. – Distância.
– Sammy, eu sei que realmente fui muito dura com você e com todo o colégio San Butoes, reconheço, mas eu era uma completa idiota e mudei, sei que errei e muito – eu estava sendo idiota e patética, mas uma ótima atriz – mas eu quero consertar isso, quero tentar me desculpar com todos que fui horrível e queria isso com você. Super vou entender se você optar por manter a distância de mim, afinal eu mereço, mas pelo menos aceite minhas desculpas. – Pedi com carinha de cachorrinha pidona.
, não sei, sinceramente até aceito as suas desculpas, mas não quero ficar perto de você ou manter uma amizade com você, até porque Clara não iria gostar.
“Clara está a km de distância de você agora, ela não tem que gostar de nada, queridinho”, pensei.
– Tudo bem, mas quero te provar que posso ser uma boa colega e preciso me desculpar com ela também... e com todos. Aliás, você e ela são tão lindinhos juntos. – Disse sorrindo com o sorriso mais falso, porém convincente que podia dar.
– Ok, acredito que todo mundo merece uma segunda chance e que todo mundo pode mudar. – Sammy disse sorrindo. E, finalmente, tinha ganhado sua confiança.
No dia seguinte, consegui o telefone de Clara e, acredite ou não, tive uma conversa de duas horas e cinquenta e quatro minutos até finalmente conseguir o perdão da estranhinha.
Na semana seguinte eu e Sammy não nos desgrudávamos, era muito incrível como eu sempre conseguia o que queria. Dois dias depois Clara e ele brigaram feio e o final de semana seria a deixa para jogar a minha cartada de mestre: sábado teria uma festa a fantasia que o comitê de boas-vindas organizara para os calouros.
– Estou pensando em terminar meu relacionamento com a Clara. – Comentou o garoto cabisbaixo.
– Sammy não faça isso, relacionamentos não são relacionamentos sem discussões. – Respondi. Ele não podia terminar esse relacionamento antes desse final de semana.
– Não estou sabendo lidar com relacionamento a distância, .
– Vocês se amam, isso é algo passageiro, não faça nada com a cabeça quente, querido.
– Você não existe, , sério. Realmente as pessoas mudam e você ter entrado na minha vida foi a melhor coisa. – Ele disse e eu sorri. Meu amor, eu sou a melhor coisa que acontece na vida de qualquer um que entro.
Finalmente o sábado chegou e eu estava me arrumando para a festa que ocorreria à noite enquanto respondia gentilmente as mensagens de Sammy resmungando porque não conseguia se acertar com Clara. Tinha escolhido uma fantasia de gueixa – muito atraente por sinal, porque assim que adentrei o salão ao lado de Sammy, todos os olhares se voltaram para mim.
– Todos devem estar me invejando de estar ao lado da garota mais linda da festa. – Sammy comentou no meu ouvido.
– Sinta-se sortudo, amiguinho. – Sorri.
Passamos grande parte da festa juntos e bebendo e acredito que muitos acharam que éramos namorados, porque ninguém teve a coragem de chegar em mim, o que indicava que meu plano estava no caminho certo.
– Já disse o quanto você é linda? – Sammy perguntou se aproximando um pouco demais de mim. E eu, claro, deixei. Hora do primeiro passo né, mes amours.
– Não e você está meio alterado, melhor irmos embora antes que você faça uma besteira. – Respondi.
– Besteira tipo beijar a garota mais linda da festa? – Perguntou.
– Besteira tipo beijar a garota mais linda da festa tendo uma namorada. – Retruquei.
– Ela nem saberia e eu sempre fui apaixonada por você, .
– Com toda certeza ela saberia, porque o baile inteiro está olhando para nós dois e isso não seria o correto com sua namorada, Sammy.
– Foda-se o baile todo, foda-se a Clara! – Exclamou Sammy, colando nossos corpos e selando nossas bocas. Caralho, que boca gostosa, que beijo maravilhoso e que “eletricidade” nossos corpos colados geravam. Pude observar vários flashes em nossa direção e imaginei que logo a bosta estaria feita e finalmente o casalzinho seria separado e então o empurrei para longe.
– SAMMY, NÃO! ISSO ESTÁ ERRADO!
– Errado por que, ? Você não gostou do beijo?
– Sammy, não é questão de ter gostado ou não, é questão de ser errado, você namora cara. – Respondi meio dramaticamente.
– Um namoro que está mais acabado do que tudo não é um namoro, .
– Vocês apenas brigaram, vocês ainda namoram e ela vai me odiar novamente se souber disso. – Disse fingindo o choro e sai correndo.
Devo admitir que foi uma saída digna de um Oscar. Se me desse mal na biologia, com certeza me daria mega bem nas artes cênicas. Cheguei em meu dormitório e tomei um banho digno de uma vitória e depois resolvi me deitar.
Acordei às 7h45 de um domingo com centenas de mensagens e pelo menos umas 10 ligações de duas pessoas diferentes. Sete de Sammy e três de Clara (arg, droga). Havia algumas mensagens de dizendo que estava bêbada porém ficou com duas garotas maravilhosas, umas cinquenta de Clara me falando que terminou o namoro (EBAAAAAA), me xingando de puta, vagabunda, galinha, falsa, que me odiava. Uma garotinha ousada ela, não? Quem me beija é o namorado, ops ex-namorado dela e eu que sou a vagabunda... E por fim algumas fotos do meu beijo maravilhoso com o Sammy, enquanto o resto, eram mensagens de Sammy me pedindo desculpas pelo beijo, dizendo que eu beijo bem para caralho, dizendo que Clara viu as fotos e terminou o namoro, dizendo que não queria me perder e que precisava muito me ver. Ignorei tudo e fui me arrumar, hoje era dia de comemorar, a primeira parte do meu golpe de mestre havia sido concluída e acabar com a alegria daquela estranha novamente era muito bom, mas eu ainda tinha que acabar com Sammy – e para isso precisaria vê-lo e dar passagem livre para o mesmo em minha vida e quem sabe minhas pernas. A parte final desse episódio ocorreria daqui três semanas, na última festa antes das primeiras provas. Até lá eu teria que jogar com Sammy e deixá-lo aos meus pés, para lá no meio da festa inteira humilhá-lo novamente. E com certeza tirar uma casquinha dele, afinal ele tinha se tornado um nerd gostoso pra cacete.
Naquele dia mais tarde, fui ao encontro de Sammy. Conversamos, eu o desculpei pelo ocorrido e o consolei pelo término do namoro com a estranha. Nos dias seguintes nos aproximamos ainda mais e até rolou alguns beijos e amassos. Faltando uma semana para a festa assumimos uma espécie de “relacionamento” e ele era o cara mais invejado da UES. Três dias antes da festa Sammy quase chegou aonde queria, vulgo no meio das minhas pernas e confesso que por um momento quase esqueci o meu plano e deixei-o realizar o sonho de anos dele. No fim, consegui me controlar e adiá-lo para sexta.
, posso falar uma coisa com você? – O Garoto perguntou.
– Claro.
– Eu relutei muito para dizer isso, mas eu amo você e quero namorar contigo. – Disse ficando de joelhos a minha frente e abrindo uma caixinha com uma aliança. Mas que bosta era essa. Eu estava sem reação e não sabia o que falar, só sabia sorrir. Esse moleque era idiota? Quem se declara para uma pessoa com menos de um mês de “namoro” e ainda dá uma aliança? Ele esqueceu que eu fui a pessoa que fez do colegial dele uma bosta? Essa atitude irresponsável deste idiota não estava nos meus planos e o pior, eu tinha gostado, eu havia gostado de ele querer realmente me assumir e assumir que me ama para todo mundo, eu estava sentindo algo diferente, estranho e essa sensação não era nem um pouco legal.
– Sim. – Respondi seco.
– Sim o quê? – Perguntou Sammy.
– Sim, eu aceito namorar com você. – Sorri, um sorriso que eu não sabia decifrar se era falso ou verdadeiro ou uma mistura dos dois. E, então, Sammy colocou aquela bosta de joia em meu dedo e me beijou.
Faltavam algumas horas para a festa e eu estava me arrumando e pela primeira vez na vida me sentindo confusa e estranha. Eu gostava da sensação boa que sentia ao estar com Sammy, ele me transmitia paz, felicidades, sorrisos e vontade de querer viver. Porém eu jurei a mim mesma que nunca mais me deixaria levar por uma paixãozinha tola e nenhum homem teria mais o meu coração – por isso depois daquele dia meu passatempo favorito se tornou quebrar corações e humilhar pessoas.

FLASHBACKMODEON (12 de março de 2005)

Hoje era o primeiro dia de aula do meu quarto ano escolar e eu estava super feliz porque seria com o professor Edd. Ele aparentava ter uns 27 anos e era muito bonito por sinal, meu sonho era ser a noiva dele, mas claro era um sonho impossível de acontecer para uma garota com dez anos de idade, então eu me contentava em observar discretamente sua beleza. Ele tinha por volta de 1,80m, os cabelos castanhos claros, olhos castanhos claros e a barba por fazer. Seria meu segundo ano seguido com o Senhor Edd e eu estava extremamente feliz, afinal, eu tinha um professor bonito, que me adorava e falava super bem de mim para meu papai.
– Bom dia, , como foram as férias? – Perguntou animado assim que entrei na sala.
– Ótimas professor e as suas?
– Bem, querida.
A aula como sempre passou super-rápido, porém papai teve um problema na empresa e não pode me buscar. Sr. Edd se ofereceu para me levar até minha casa e a diretora permitiu. Aquele dia era perfeito, né? Sua paixão platônica te levando para casa, era tudo que uma garotinha na pré-adolescência queria.
– Já te falaram que você é linda, ? – Disse o professor Edd, tentando puxar assunto e eu corei.
– N-n-não, professor. – Respondi gaguejando. – Professor, a minha casa é por ali, o senhor entrou no caminho errado.
– Você é muito linda, , não canso de admirar sua beleza na sala. Você possui um corpo muito bonito para uma garota da sua idade.
– Professor Edd, o senhor está no caminho errado. – Disse educadamente.
– Tenho certeza que não estou, querida . – Disse passando uma de suas mãos pela minha coxa despida pela saia.
– Professor..
– Shhh, prometo que serei carinhoso. – Disse estacionando numa rua completamente deserta. – , eu sei que você quer, eu sempre observei seu olhar descarado em mim, só aproveite. – Disse beijando meu pescoço.
– P-p-p-professor, eu não quero, por favor, me leve para a casa ou eu grito.
– Gritar pra quem, ? Essa rua é abandonada.
– Eu vou gritar! – Exclamei.
– Ao invés de gritar, que tal gemer gostoso no meu ouvido, garotinha?!
Eu queria ter forças para pará-lo, mas ele pulou em cima de mim e segurou minhas mãos no alto, eu fiquei completamente imobilizada e por mais que eu gritasse por socorro ele selava sua boca contra a minha e ora me beijava forte, ora me mordia por querer parar o beijo.
– Seja boazinha, prometo fazer com carinho, querida.
– Para, por favor...
– É melhor você colaborar, ou eu serei obrigado a ser bruto com você. – Disse com um olhar furioso enquanto eu relutava para ele não conseguir abaixar minha calcinha, na qual logo ele o fez e colocou seu pênis para fora.
– Não, professor, me solta, por favor. – Chutei-o
– Eu falei para você ser boazinha , como você não foi terá que pagar. – Disse me penetrando com toda brutalidade e força que podia existir. E a partir dali eu não tinha mais força alguma para relutar, eu sentia uma mistura de dor física e emocional, com ódio, com decepção, o professor que eu mais admirava a infância inteira estava me estuprando e acabando com a minha vida naquele momento. Depois de algum tempo ele gozou em mim e eu me senti um lixo.
– Agora melhore essa cara, . Vou levá-la para a casa e você vai dizer a todo mundo que perguntar o porquê da demora que passamos em uma sorveteria porque você quis e nunca, jamais, fale sobre isso para alguém ou então eu foderei com a sua vida garota.

FLASHBACKMODEOFF
Eu não deixaria Sammy me fazer de idiota, ele com certeza era igual a todo homem e eu acabaria com a vida dele naquela noite e seria mais uma vez a pessoa mais feliz do mundo e ele não estragaria isso.
– Olá, namorada mais linda do mundo. – Disse Sammy vindo em minha direção e me dando um beijo estalado. – Pronta para arrasar na festa de hoje?
– Claro. – Assenti sorrindo.
A festa estava muito boa e Sammy conseguia ser a pessoa mais gentil e cavalheira do mundo, porém eu já tinha certeza do que queria. Foder com a vida dele era o que eu queria. Estávamos um pouco alterados, mas ele estava mais, então o puxei para uma sala mais discreta naquela mansão onde estava ocorrendo a festa. Os nossos amassos já estavam bem mais intensos e em questão de minutos estávamos nus. Finalmente ele me colocou de quatro sobre uma mesinha que havia no cômodo e penetrou em mim. Tinha que admitir que estava muito bom e eu não queria que aquilo acabasse, mas era hora de acabar com ele.
Assim, que a transa acabou pedi para que ele fechasse seus olhos, que eu tinha uma surpresa para “o melhor namorado do mundo”. Vesti minhas roupas e aos poucos fui pegando peça por peça das roupas dele e sai em silêncio para o meio da multidão. Assim que estava num lugar longe, apertei o botão de incêndio e começou a cair água pela casa inteira. Todos correram, inclusive Sammy. Vê-lo correndo desesperado foi melhor do que eu imaginei. Logo a festa inteira sacou que foi um blefe e todos os olhares se voltaram para ele nu no meio do salão de festas me encarando.
– Foi só uma piada, darling!!! – Exclamei entre gargalhadas.
, o que é isso? Cadê as minhas roupas?
– Isso sou eu, acabando com sua vida mais uma vez otário. Você realmente achou que eu gostasse de você Sammy?
– Mas eu te amo.
– Sammy, você até ficou gostosinho e atraente, fode relativamente bem, mas para mim você sempre será o nerd que conseguiu ficar de pau duro e não meter em mim durante os dez minutos que fiquei nua na sua frente e, acredite, isso é broxante! – Todo mundo riu ao ouvir o que eu disse.
– Você não mudou porra nenhuma, né?
– Só está percebendo isso agora? Eu nunca vou mudar e o mais engraçado é que as pessoas gostam de mim assim. Metade dos garotos dessa festa querem ficar comigo, ou estou mentindo? – Perguntei a todos e ouvi vários ‘sim’ e ‘claro’. – Eu sempre vou ser a garota mais gostosa e atraente por onde eu passar e, mesmo sendo malvada às vezes, ninguém se importa, desde que consigam ao menos um beijo meu. Enquanto você, Sammy, sempre vai ser o motivo de zoação por onde passar. Dessa vez eu consegui acabar com seu namoro. – Disse jogando para ele suas roupas junto com a aliança que estava no meu dedo e saí rumo ao meu quarto.
No outro dia, quando entrei na classe, todos os olhares se voltaram para mim inclusive o de Sammy, um olhar triste, de decepção e eu sorri e mandei um beijinho para ele. Estranhamente, não estava me sentindo feliz depois daquilo e não sabia o porquê.
Dois meses já tinham se passado desde que o fato com Sammy acontecera e desde então ele nunca mais dirigiu uma palavra a minha pessoa. Agora que a poeira havia abaixado eu iria atingir o meu próximo alvo. Stevethê, vulgo a cópia mais malfeita de mim. E o meu plano tinha ocorrido tudo como planejado. Tive que dar uns beijos e realizar umas transas com a garota – que, sendo sincera, foram gostosas –, até conseguir a confiança da mesma para realizar uma sessão de fotos junto com ela.
Stevethê era a pessoa mais tímida que eu já conheci, ela até hoje havia transado com duas pessoas na vida inteira, eu e mais um garoto. De resto, todos foram iludidos pela garota. E eu, como um gênio de pessoa (aliás, sou mesmo, gabaritei todas as provas da semana de provas), bolei o melhor plano que podia. Tinha um amigo fotógrafo e combinei com ele de fazer uma sessão de fotos nuas com uma peguete minha que era muito linda, mas tinha uma certa vergonha de fazer a sessão sozinha, então eu faria com ela, mas que ele cortaria eu das fotos, claro.
As fotos ficaram maravilhosas e editamos elas em meu computador, porque zinha aqui é muito esperta e nunca dá ponto sem nó. Adorei minhas fotos e me cortar foi uma tortura, porém o plano era esse. Logo em seguida meu amigo foi embora e de madrugada eu colocaria o plano em ação.
Eram 3h56 da manhã e todos estavam dormindo, fui até o refeitório principal e coloquei uma cópia do DVD com as fotos dela e programei para exatamente 8h30, quando aquele refeitório estaria lotado, o telão ligar e passar aquelas fotos para todos verem a beleza da minha amiga tímida.
– Bom dia, melhor amiga. – Disse a garota caminhando em minha direção e sorrindo.
– Bom dia. – Sorri. Tadinha, mal imaginava o que estava prestes a acontecer.
Caminhamos para o refeitório e faltavam apenas vinte minutos para as 08h30. Mais um tempo se passou e logo pude ouvir as risadas, palavras como ‘gostosa’; ‘quanto é o programa?; ‘comeria fácil’, pelo refeitório e os olhares em direção a minha mesa junto com Stevethê, que chorava e me encarava.
– Foi você que fez isso, ? – Perguntou entre soluços.
– O quê? – Perguntei fazendo-me de desentendida.
– Essas fotos ! Tiramos elas juntas ontem! – Gritou Stevethê.
– Amiga... não sei os outros, mas eu só estou vendo você nas fotos. Não sei que fotos você está falando, querida, eu nunca tiraria fotos assim.
– VAI SE FODER. – Disse vindo em minha direção e depositando um tapa no meu rosto.
– VOCÊ ESTÁ LOUCA, AMIGUINHA, EU NÃO FIZ NADA DISSO. – Gritei empurrando-a.
– É logico que foi você, para de ser falsa, tiramos essas fotos juntas e você se cortou, você é baixa garota, muito baixa! – Exclamou Stevethê, vindo em minha direção para depositar mais um tapa em meu rosto, porém Sammy surgiu e a segurou.
– Não ligue para ela, Stevethê, ela é uma sem noção e não merece nem o nosso desprezo.
Sammy ter se metido naquilo não estava nos meus planos e aquela frase dele por um momento me deixou extremamente mal, eu queria odiá-lo, mas não consegui, pelo contrário, mesmo depois de tudo eu o queria por perto e sentia saudades dele.
Mais um mês havia se passado e dentro dele eu havia aprontado com uns dois garotos e uma garota, mas ainda assim todos me amavam e me queriam. Stevethê e Sammy haviam se tornado amigos e nem olhavam mais na minha cara. Logo as férias chegaram e eu viajei para Londres por vinte dias.
O próximo semestre chegou e eu estava de volta à UES, assim como Sammy. Ele havia cortado o cabelo e parecia mais gostoso do que dois meses atrás.
– Oi. – Disse quando ele passou por mim no corredor e o silêncio foi sua resposta a mim.
A aula até estava legal, porém não fiquei até o final pois queria sair para respirar um pouco.
– Oi. – Ouvi alguém dizer e virei-me. Era um garoto ruivo, com sardinhas no rosto, um abdômen maravilhoso e um sorriso lindo.
– Oi. – Sorri.
– Eu me chamo Adam e sou novo aqui. Digamos que estou meio perdido e precisando muito de uma ajudinha para encontrar minha sala. – Disse o garoto coçando a cabeça.
– Eu sou, . Tudo bem, eu te ajudo, você é de que curso?
– Faço Medicina Veterinária, você sabe aonde fica a sala de Embriologia?
– Uau, linda profissão. Sei sim, me acompanhe.
Levei o garoto até sua sala e, ao entrar na sala, ele me agradeceu. Caralho, que garoto maravilhoso.
Com o passar dos dias eu e Adam fomos nos aproximando cada vez mais e notei que éramos muito parecidos em inúmeras coisas, era engraçado como ele conseguia me fazer esquecer o Sammy, esquecer as merdas que eu já fiz, ele me fazia bem.
– Você é de longe a garota mais linda do colégio. – Disse acariciando meu rosto.
– Exagerado você, Adam. – Sorri.
– Não é exagero e sei que 99,99% da UES concorda comigo. – Corei.
– Você também é maravilhoso, Adam. – Retribui e então nossos lábios se encontraram e um beijo calmo e intenso aconteceu. – Adam...
– Desculpa, , me descontrolei. – Disse o boy assim que eu interrompi o beijo.
– Tudo bem, Adam. – Sorri ao responde-lo.
Um mês já tinha se passado desde aquele beijo e as ficadas com Adam estavam se tornando cada vez mais frequentes. Eu pela primeira vez na vida tinha quase 100% de certeza que eu finalmente havia sentido o verdadeiro significado de amar. Nesse tempo eu e Sammy trocamos algumas palavras, assim como , ambos haviam me desculpado, porém nossos diálogos eram mínimos na maioria das vezes, exceto em uma conversa em que ela me disse que Sammy admitiu que ainda me amava, mesmo depois do que eu fiz com ele. Pela primeira vez na minha vida eu não sentia mais a necessidade absurda de aprontar com alguém e humilhá-lo, Adam me fez mudar, me fez sorrir novamente.
Dois meses depois ele me pediu em namoro e eu aceitei sem pensar duas vezes. havia se aproximado novamente de mim e, acreditem se quiser, nos tornamos amigas, porém eu não confiava muito nela, ela gorava meu namoro e dizia a todo tempo para desistir de Adam porque ele era falso e tomar muito cuidado com ele. Isso nada mais era do que inveja da parte dela, claro.
Sammy e eu nos aproximamos um pouco novamente, porém Adam odiava minha amizade com ele e eu tinha um medo absurdo de perder Adam, sendo assim falava pouquíssimo com Sammy. As provas finais haviam acabado e eu finalmente estava de férias, viajei para Portugal com meu namorado. Depois de quatro meses de namoro, tudo que rolou entre nós dois foram alguns amassos e eu finalmente achei que nossa primeira transa iria rolar, mas para minha tristeza, não. Eu não conseguia entender, Adam, ele sentia atração por mim, mas na hora H ele andava para trás. No penúltimo dia de férias, antes de voltarmos para a UES, nossa primeira vez aconteceu e foi tão perfeito, cada detalhe! Meu namorado era a melhor pessoa do mundo. Faltando um dia para as aulas voltarem, Adam disse que teria que ir na casa de seus pais urgente e passaria a semana fora, mas que na sexta à noite no baile de volta às aulas ele estaria lá.
A semana foi normal, tirando o fato da conversa estranha que tive com Sammy, que de fato realmente ainda não havia me superado e me amava – e segundo ele eu tinha que me distanciar de Adam porque ele era um mentiroso, logicamente não acreditei em uma palavra sequer de Sammy, afinal, tudo aquilo era ciúmes.
Finalmente o dia do baile de volta às aulas havia chegado e eu havia preparado o melhor vestido de gala que existia. Meu vestido desta vez era branco, todo rendado com um decote em “U” na parte da frente, entre os meus seios. Escolhi um coque simples meio bagunçado como penteado e o make esfumado preto nos olhos. Na boca, um batom rosa claro. Eu estava linda, eu havia me superado totalmente dessa vez, Adam ficaria babando na namorada que tinha, isso eu podia garantir.
Quando cheguei no salão da festa todos os olhares se voltaram para mim e eu por um momento tive a certeza de que como sempre tinha arrasado na roupa, porém desta vez as pessoas riam de mim e eu não estava entendendo o porquê.
– Vem. – Disse Sammy me puxando.
– Sammy, me solta eu tenho que encontrar meu namorado! Aliás, porque todos estão rindo de m. – Não havia nem terminado a frase quando começaram a aparecer fotos minhas nua no telão e eu paralisei, todos olhavam rindo para mim, eu conseguia ouvir algumas ofensas ou palavras como “gostosa”, “delícia”, de longe, mas estava completamente sem reação. Logo em seguida passou o vídeo da minha transa com o Adam e depois fotos dele com pelo menos três garotas diferentes e por fim um vídeo dele falando “Hello, , devo-lhe admitir que nossa foda é boa pra caralho, porém nada se compara com a foda minha e da minha esposa – uma mulher realmente muito linda e loira que apareceu no vídeo. Sabe, , assim que você colocou Edd Jauren na cadeia, insinuando que ele havia te estuprado na 4° série, eu prometi a mim mesmo que iria acabar com a sua vida, assim como você acabou com a do meu pai e eu venho acabando com a vida de todas as garotas que assim como você o colocaram na cadeia, como você pôde ver no vídeo. Mas nenhuma delas teve a coragem que você teve, você que iniciou o B.O, então, entre elas você foi a pior de todas. Um ano atrás meu pai morreu de desgosto na cadeia, por sua culpa. Naquele momento eu só conseguia chorar, por tudo, pelo o que estava acontecendo naquele momento, pelo que havia acontecido na minha infância. O vídeo que estava passando no telão era de quando eu era criança e estava no carro do Sr. Edd. Eu não queria continuar ali, então saí correndo, mas no meio do caminho uma mão me segurou pelo braço.
– Eu disse que estaria aqui com você, namorada. – Adam sorriu.
– Me solta, Adam! – Exclamei.
– Isso é só o começo, . Você não cumpriu com o combinado que fez com meu pai e o denunciou. Eu farei da sua vida um inferno e esse inferno se iniciou hoje.
E então Sammy apareceu depositando um soco em Adam e uma briga se iniciou. Minha única reação foi puxar Sammy até que ele estivesse seguro e por fim sair correndo daquele lugar. Aquele pesadelo não estava acontecendo, como ele tinha conseguido aquelas merdas de fotos? Eu conseguia me lembrar nitidamente do professor Edd, das palavras dele e isso só me fazia chorar ainda mais por aquilo, por Adam ser filho dele. Eu me sentia novamente um lixo.
Eu simplesmente me tranquei dentro do quarto e não queria ver ninguém, Sammy e bateram inúmeras vezes na porta e eu simplesmente os ignorei, assim como ignorei as ligações e mensagens dos dois. Eu sentia raiva de mim, por “n” motivos e o maior deles foi não ter ouvido meus amigos, eu simplesmente havia humilhados os dois e mesmo assim eles ainda me quiseram ao seu lado, eu era a pessoa mais nojenta desse mundo e eu só me dei conta disso naquele momento. Nenhuma das minhas atitudes justificavam o que eu fiz com as pessoas ao meu redor. Na manhã seguinte eu não apareci para café da manhã e nem apareci para as aulas do dia, só queria ficar socada no meu quarto e deitada em minha cama.
– Oi. – Ouvi a voz de Sammy, se aproximando. Olhei e vi o garoto parado em frente à minha cama.
– Como você entrou aqui?
– Janela. – Respondeu-me sorrindo torto.
– Vá embora, por favor, não quero ver ninguém.
– Eu vou, só preciso ter uma palavrinha com você antes, .
– Eu não mereço suas palavras, Sammy. Não me faça se sentir mais lixo ainda.
– Senta aí e me ouve. – O garoto disse sentando se em minha cama.
– Ok. – Assenti.
, você realmente machucou muitas pessoas por aí com suas brincadeiras, vinganças e pose de menina má, inclusive eu e você sabe disso. – Eu apenas concordei e ele continuou. – Mas ontem eu pude entender um pouco do porque você tomou essas atitudes, quero lembrar que nada justifica elas, porém foi sua forma de reagir ao que aconteceu com você. Eu sempre te amei, , sempre admirei sua inteligência, sua beleza e realmente havia acreditado que você tinha mudado ano passado, mas não. Hoje eu vejo a pessoa doce que você é e infelizmente você só se tornou ela por conta daquele idiota chamado Adam. No começo eu realmente fiquei com muita raiva de você, pois, eu digo novamente, eu tinha acreditado na sua mudança e queria um relacionamento sério contigo. – Coloquei minha mão na boca dele e o impedi de falar.
– Sammy, você não precisa ficar explicando o porquê de ter se decepcionado comigo mais de uma vez, porque eu sei o motivo e eu dei motivos. Eu sempre soube que você gostava de mim, desde o colégio quando aprontei aquilo com você. Eu sei que foi errado, tudo, absolutamente tudo que eu fiz com você, , Clara, John, Pietra, Robert, Max, Luna, George, bem, a lista é enorme, mas eu só me dei conta disso ontem, depois de passar por exatamente o mesmo que todos vocês passaram comigo. Eu acreditava que fazendo aquilo, eu me sentiria feliz e realmente eu me sentia por alguns minutos, a sensação de ter estragado a vida de alguém assim como aquele professor estragou a minha era maravilhosa, mas depois essa sensação passava e eu novamente me sentia um lixo até estragar a vida de mais uma pessoa e isso se tornou constante. Eu utilizei da minha beleza, da minha popularidade para ferrar com cada um de vocês, eu bolei planos e planos o tempo todo na minha cabeça e eu mereço tudo isso e você não tem que sentir pena de mim ou me entender, pelo contrário, sinta-se bem, porque alguém finalmente me deu o castigo que eu precisava e eu posso te garantir que se eu não aprendi por bem eu infelizmente aprendi por mal e nunca mais vou fazer com as pessoas o que eu não quero que façam comigo. – E então Sammy me beijou. Um beijo que me transmitiu a sensação de paz, conforto e carinho que eu estava precisando naquela gora. – Sammy, não. – Eu o empurrei.
play-play
– Você realmente não percebeu ainda o quanto mudou de uns meses para cá né, ? Eu sempre te amei, desde quando te vi no colégio San Butoes, eu te amei mesmo quando você me humilhou naquele vídeo no colégio, eu te amei quando te vi entrar na classe ano passado e sentar-se ao meu lado, eu te amei quando você disse aquele “oi” para mim, eu te amei até quando você me fez desfilar nu no meio da festa. – Sammy sorriu. – E eu vou continuar te amando, , porque apesar dos pesares, acredito muito na teoria de que os opostos se atraem e eu sou completamente apaixonado por você. Eu só quero que você esqueça seu passado, esqueça das pessoas que você aprontou, um dia elas vão te perdoar, muitas já o fizeram. Esqueça Adam, esqueça o dia em que seu professor fez aquilo com você e pense no seu futuro, eu estou aqui para você mesmo que você não queira namorar comigo, eu vou estar aqui como seu amigo e eu vou te ajudar a viver um dia de cada vez, só me deixe fazer parte deles, por favor?
– Sammy, você não existe sabia? Me desculpa por tudo, me desculpa por ter sido a pior pessoa que podia existir um dia na sua vida, me desculpe por ter te humilhado, por ter feito você se passar por idiota na frente de um monte de pessoas, me desculpe por ser a garota mais otária do mundo, me desculpe pelo vídeo no San Butoes, me desculpa por acabar com seu namoro com a Clara, eu fiz tudo aquilo intencionalmente, me desculpe pelas roupas e pela festa aqui na UES, me desculpa por não ter ouvido você as mil vezes em que você me disse que o Adam era um idiota e ia me machucar... – Eu falava disparadamente entre soluços e Sammy me olhava com o sorriso mais encantador. – Eu te prometo que nunca mais vou fazer alguma pessoa se sentir humilhada, eu prometo que vou andar Seattle pedindo desculpas para todas as pessoas que eu humilhei, me desculpa?
– Claro que eu te desculpo, . VOCÊ É A MULHER DA MINHA VIDA! – Sammy exclamou e beijou-me novamente. – Eu te amo, e sempre te amarei, mesmo você sendo uma completa idiota, eu não consigo deixar de te amar.
– Obrigado. – Sorri.
, namora comigo? Sem medo, sem mentiras, sem vingancinha boba, sem olhar ou pensar no passado, sem desculpas, apenas namora comigo? Permita-se ser feliz de verdade, . Permita-se viver e sorrir ao meu lado. Por favor?
– Eu te amo, Sammy Parker.
– Repete... – O garoto pediu.
– Eu realmente te amo Sammy Parker e eu só me dei conta disso agora. Desde a primeira vez eu te amei, eu sentia uma sensação estranha e ao mesmo tempo feliz sempre que estava com você e eu não sabia o porquê. Eu meti os pés pelas mãos e coloquei a vingança na frente do amor e ignorei isso todo esse tempo, mas no dia da festa depois que eu fiz e disse aquilo para você, eu me senti horrível e foi ali que eu descobri que eu tinha acabado de perder o amor da minha vida. EU TE AMO, SAMMY PARKER. – Abracei-o.
E foi ali, a partir daquele momento, a partir daquela conversa, a partir daquele abraço, a partir daquele beijo que eu finalmente aceitei novamente a sensação de amar uma pessoa, foi ali que eu me perdoei pelo meu passado, foi ali que eu só conseguia enxergar o meu futuro com Sammy Parker. Eu precisei perder tudo, eu precisei sentir o meu próprio veneno, eu precisei ter a sensação de perder o amor da minha vida para poder sorrir novamente, eu precisei chegar ao fundo do poço para depois, com a ajuda de uma das pessoas que eu mais pisei em toda minha existência, me levantar. Eu precisei ser humilhada para aprender a amar, mas sobretudo eu posso afirmar que eu finalmente consegui aceitar o fato de que amar um nerd estranho me fazia sentir-se a mulher mais realizada de todo mundo e nada mais nesse mundo poderia acabar com aquele sentimento dentro de mim, afinal, como meu namorado sempre disse, os opostos se atraem e a partir daquele dia eu finalmente deixara de me sentir instável ao meu passado e tive a estabilidade necessária para se tornar futuramente Senhora Parker.

Fim



Nota da autora: Hello, minhas queridas leitoras, eu espero que assim como eu me emocionei e entrei realmente dentro dessa história ao escrevê-la, vocês também tenham se emocionado e se sentido parte dela. Essa é oficialmente a minha terceira fiction em que eu finalizei e é uma honra escrever para o FFOBS, afinal, esse site é maravilhoso e repleto de fics maravilhosas e autoras indescritíveis de tão talentosas. É uma honra ter escrito essa shortfic, espero do fundo do meu coração que tenham gostado, e, caso queiram comentar, conversar, criticar sobre a fic comigo, existe alguns meios como meu twitter (http://twitter.com/adryevrs) e o grupo de fics escritas por mim (https://www.facebook.com/groups/663390960414893/?fref=ts), serão super bem vindas em qualquer uma dessas redes para comentarem sobre UNSTEADY, inclusive nos próprios comentários aqui. Um grande abraço em todos vocês e até a próximo, queridas. XOXO (17/12/16).




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