What If?

Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Os quatro amigos estavam andando pela floresta junto com Hagrid. Harry Potter estava um pouco mais longe do grupo, o garoto ainda usava seu uniforme do Torneio Tribruxo e carregava em sua mão a toalha que usava antes.
— Eu me lembro, me lembro da primeira vez que encontrei vocês — o meio gigante falava. — O maior grupo de deslocados que eu já havia visto, acho que faziam me lembrar um pouco de mim. E aqui estamos nós, quatro anos depois. — Hagrid terminou de falar e as duas garotas deram risada.
— Ainda somos uns deslocados — Rony falou com um tom de humor.
— Bem, talvez. Mas nós temos uns aos outros! E o Harry, é claro! — O garoto mais distante se virou e deu um breve aceno com sua mão. — Que será o mais novo e maior campeão do Torneio Tribruxo que já existiu! — Essa parte, Hagrid falou gritando. Os três começaram a cantar alguma canção de Hogwarts, mas não, ela estava preocupada com o amigo. Ele estava muito distante desde que a segunda tarefa foi finalizada.
Ela se distanciou um pouco dos outros, indo em direção a onde Potter estava. O grifinório olhava para o chão, viu um chapéu caído e então se aproximou de uma árvore. Logo sua cicatriz começou a latejar, ele se escorou no tronco e olhou para o chão. Um corpo estava jogado no chão. A lufana se aproximou de Harry, colocou sua mão no ombro do amigo, mas logo avistou o corpo morto de Bartolomeu Crouch. Ela, assustada, colocou suas mãos cobrindo sua boca para não gritar.

...


Arquibancadas foram montadas e os alunos vibravam. Estava na hora da terceira tarefa. A banda de Hogwarts tocava uma das mais famosas músicas de vitória, e quem a tocava com certeza eram os alunos da Lufa-Lufa. estava com um mal pressentimento sobre essa prova. Ela estava sentada ao lado de Hermione.
Amos Diggory saiu de um dos compartimentos abaixo das arquibancadas, era uma salinha onde os campeões poderiam se preparar. Logo atrás de seu pai, Cedrico se dirigiu ao meio do gramado.
Dos outros compartimentos saíram os outros campeões, seguindo a ordem de Fleur, Krum e Harry.
A garota lufana tinha seu olhar fixo em Diggory. Um sentimento ruim tomou a boca de seu estômago, ela precisaria falar com ele antes da prova se iniciar. Hermione percebeu a inquietação da garota e desviou seu olhar para a amiga.
— Você tá bem, ? — A morena perguntou.
— Me diz que não sou apenas eu que estou com uma sensação ruim sobre hoje. — A loira pediu, a olhando.
— Não, mas vai ficar tudo bem, ok? Eu te prometo! — A grifinória respondeu e deu um abraço de leve na lufana.
— Eu assim espero — ela disse e encostou sua cabeça no ombro da amiga.
Dumbledore estava com os campeões já no gramado. Ele se posicionou em um pequeno palco e puxou sua varinha, que iria servir de microfone.
— Silêncio! — O diretor falou e então a música que tocava se cessou. — Hoje cedo o professor Moody colocou a Taça Tribruxo no meio do labirinto. Só ele conhece o local exato. Com o senhor Diggory, — os alunos da Lufa-Lufa levantaram-se e torceram pelo mesmo. Seu pai pegou a mão do garoto e a levantou, com um sorriso orgulhoso no rosto. Mas Ced não gostava muito dessa atenção. Ele puxou sua mão para baixo, dando um sorriso leve para o pai. — E o senhor Potter, — agora foi a vez da Grifinória torcer. Todos levantando, batendo palmas e dando gritos de torcida. — Empatados em primeiro lugar, eles vão ser os primeiros a entrar no labirinto. Seguidos pelo senhor Krum e a senhorita Delacourt. — As escolas convidadas levantaram-se e torceram por seus campeões. — O primeiro que conseguir tocar a taça será o vencedor. — O diretor anunciou. — Em ordens a equipe vai patrulhar o perímetro, caso algum campeão queira abandonar a tarefa, ele, ou ela, deverá disparar faíscas vermelhas com sua varinha. — Ele desceu do mini palco e se aproximou dos competidores.
— Campeões, venham para cá. — Todos fizeram um círculo ao redor de Dumbledore. — No labirinto não haverá nenhum dragão ou criaturas aquáticas. Vocês enfrentarão uma coisa diferente e mais perigosa. Sabem, as pessoas mudam no labirinto, achem a taça se puderem, mas estejam bem atentos, porque podem acabar se perdendo no caminho. — Ele falou para os quatro e desfez o círculo, agora falando mais alto. — Campeões, preparem-se! — O diretor falou e eles se separaram. Diggory se aproximou de seu pai que o abraçou e lhe desejou boa-sorte.
— Até mais tarde, pai — o lufano disse e já se posicionou, ficando de frente para o corredor do labirinto.
Nas arquibancadas, já estava longe de seus amigos, mas estava ao redor de suas colegas de quarto e de casa. Ela apertou suas mãos quando sentiu novamente aquela sensação de que tudo estava prestes a desmoronar. Quase sentia lágrimas surgirem em seus olhos. Ela estava tendo um ataque de pânico. Antes de seu namorado entrar no labirinto, ele desviou seu olhar para as arquibancadas, procurando pela garota. Quando a encontrou com o olhar, seu coração quase caiu. Os dois se encaravam e então Cedrico gesticulou para ela um 'Eu te amo' e entrou no labirinto após a largada.
A loira, por incrível que pareça, se acalmou um pouco após isso. Ele a amava! E com certeza ela o amava também. Mas aquela sensação na boca do estômago não passou. Agora ela se preocupava mais ainda com ele. E claro, com seu amigo, Harry. Algo muito ruim estava para acontecer e ela sabia disso.
O labirinto era escuro e uma névoa dominava os corredores. Harry estava meio perdido, olhava para os lados e via apenas a neblina e corredores de folhas vazios. No outro lado, Cedrico caminhava e olhava para trás, tinha uma sensação ruim e estava antenado. Enquanto o loiro caminhava por um dos corredores, as folhas começaram a se juntar, então fechando a passagem quase engolindo o lufano junto com elas. Ele estava hiper ventilando enquanto tentava escapar das videiras.
Vítor Krum estava com mais confiança e caminhava pelo labirinto como se já o conhecesse. Harry, por outro lado, quando escutava nem que fosse um barulho mínimo nas folhas, olhava para todos os lados, temendo que algo o atacasse.
Fleur estava totalmente perdida e com medo, ela corria e ofegava enquanto sempre dava de cara com paredes fechadas. Quando a veela encontrou uma encruzilhada, ela olhou atenta para os lados, mas voltando seu olhar para suas costas, algo a atacou e a garota gritou.
Harry escutou e olhou para trás assustado, então começou a correr. Quem havia atacado a garota Delacourt era Krum. O garoto de Durmstrang abandona o corpo de Fleur e alguns galhos começam a puxar o mesmo enquanto Vítor saía em busca dos outros campeões.
Harry encontrou, depois de um tempo, algumas folhas para se esconder. Ele escutava passos se aproximando de onde estava. Quando ele piscou, viu uma varinha apontada para si. Potter olhou com mais atenção para Krum e percebeu que seus olhos estavam esbranquiçados, pareciam sem vida. O campeão de Durmstrang abaixou sua varinha, como se não tivesse visto o Grifinório e segue caminhando pelo corredor de folhas. Harry aproveitou sua chance e então começou a correr novamente, em busca da Taça.
Potter logo encontrou o corpo de Fleur Delacourt que já estava tomado por galhos e sendo escondido embaixo de uma das paredes de folhas. Assustado, ele se levantou e lançou o feitiço de faíscas vermelhas, chamando a atenção de todos para onde estava a garota de Beauxbatons. Um vento forte surgiu e então as paredes começaram a se fechar, quase engolindo Harry, mas felizmente ele foi jogado no chão, para dentro do labirinto.
Ele se levantou rapidamente e no final do corredor conseguiu ver a Taça Tribruxo brilhando. Correndo para alcançar a Taça, as duas paredes que estavam abertas começaram a se fechar por folhas.
Parando em uma encruzilhada, Harry escutou um grito de raiva 'Diggory' e olhou para o lado, vendo Krum apontando a varinha luminosa para o lufano no outro lado do corredor.
— Abaixe-se! — O loiro disse antes de se defender de um feitiço lançado nele. Harry se jogou no chão e Cedrico derrubou Vítor Krum com um Expelliarmus. O lufano correu, pulou por cima de Potter, chegando até Krum, Diggory então chutou para longe das mãos do campeão de Durmstrang sua varinha.
O lufano estava prestes a lançar um feitiço em Krum, mas Harry o impediu, o empurrando. Os dois começaram a se empurrar.
— Não, espere, ele está sobre um feitiço, Cedrico! — Harry disse tentando afastá-lo de Vítor.
— Tira as mãos de mim. — Cedrico disse e os dois saíram correndo o mais rápido possível em busca da Taça. Eles se empurravam pelos corredores, às vezes Harry alcançava a liderança, ou Diggory. Em meio ao corredor, os dois conseguiram encontrar a taça. Eles correram pelo corredor extenso, mas bem no momento o corredor começou a se fechar, galhos batiam nos dois enquanto os garotos corriam para o meio do labirinto. Alguns pedaços de galhos começavam a nascer do chão, levando assim Cedrico a cair enquanto Harry corria para a vitória.
Potter parou de correr e viu o lufano sendo levado pelos galhos. Ele lembrou de nesse momento, por mais que doesse no coração do grifinório saber que ela gostava de Cedrico, ele não poderia deixar o amigo dela se machucar. O lufano já chamava pela ajuda de Harry, os galhos se mexiam rapidamente e davam até chibatadas no loiro. Decidido, Potter lançou Reducto nos galhos, livrando Diggory dos mesmos.
O loiro se levantou com dificuldades e ofegava. Ele olhou para Potter que ainda o ajudava.
— Obrigado — falou brevemente.
— Não foi nada — Harry disse.
— Olha, por um momento achei que iria me deixar preso aqui. — O loiro disse com um pouco de dificuldade. Ele ainda buscava por um pouco de ar.
— Por um momento eu também..., mas eu lembrei da — o grifinório disse olhando para o nada. O Lufano assentiu e sorriu internamente.
— Que prova.
— Que prova. — Os dois disseram olhando para o corredor. Mas logo aquele vento forte voltou. As paredes iriam fechar. Os garotos se entreolham e começam a correr até onde a Taça estava.
Felizmente os dois estavam mais próximos do objeto brilhante e chegaram rapidamente, juntos, no meio do labirinto. O vento ainda era forte e os galhos e folhas nas paredes balançavam.
— Vamos, pegue, você me salvou, pegue. — Diggory, como um bom lufano faria, disse com um tom mais alto para Harry.
— Juntos — Harry respondeu.
— 1, 2, 3! — Ambos correram para a taça, segurando na mesma antes de serem engolidos por galhos e folhas se fechando ao redor.
Um brilho saiu da Taça e os dois caíram em um gramado. Eles estavam em um cemitério. Os garotos ofegaram novamente por ar e a Taça Tribruxo foi então jogada mais longe.
— Você está bem? — Cedrico perguntou.
— Estou, e você?
Os dois começaram a olhar em volta, percebendo que não era ali que deveriam estar.
— Onde estamos? — Ced perguntou olhando pelos lados. Harry começou a caminhar pela grama molhada do local. Era de dar arrepios. Ele se aproximou de uma estátua gigante da morte e então falou:
— Eu já estive aqui antes.
— É uma chave de portal. — Cedrico disse ao se aproximar da taça. Ele estava com um sorriso no rosto. (N/A: Não sorria, isso não é bom). — A Taça é uma chave de portal — O loiro disse mais alto e Harry falou no mesmo momento e tom:
— Eu já estive aqui antes, em um sonho. — O grifinório se virou e olhou para a lápide, lendo o nome: Tom Riddle. — Cedrico, temos que voltar para a Taça, agora. — Quando ele termina de falar, o garoto Diggory se aproximava de um caldeirão.
— Do que você está falando? — Ele olhou para Harry.
Uma silhueta apareceu em meio às construções do cemitério. Era Rabicho. Quando percebeu, Potter sentiu sua cicatriz doer, ele se abaixou um pouco, resmungando de dor. Embaixo do caldeirão, uma chama é acesa. Cedrico se aproximou de Harry.
— Você está bem?
— Volta para a Taça. Agora. — Harry disse com a mão em sua testa. Peter Pettigrew se aproximava dos dois com Lord Voldemort enrolado em um cobertor, em seus braços. Diggory se levantou e apontou sua varinha para Rabicho.
— Quem é você? E o que você quer? — Ele diz em um tom ameaçador, mas Peter seguiu confiante, uma voz fraca dizendo 'mate o outro', Pettigrew levantou sua varinha e lançou um 'Avada Kedavra' em Diggory.
Flashback on
Mais cedo naquele dia
e Cedrico estavam sentados na beira do Lago Negro. A garota lufana gostaria de falar com ele antes da Terceira e última tarefa acontecer.
Os dois lufanos, entretanto, estavam conversando sobre tudo, um pouco sobre as aulas, sobre a família, e acabaram lembrando-se do dia do Baile de Inverno.
— Sabe de uma coisa? Eu admito que fiquei com ciúmes quando soube que Potter era seu par — Diggory disse para a garota. Eles estavam sentados em uma pedra branca, o rapaz estava deitado e tinha sua cabeça deitada no colo dela. Ela mexia nos cabelos loiros do garoto enquanto ele a observava. tinha seu rosto corado, naturalmente pela situação e um pouco pelo vento gelado que batia em seu rosto.
— Sério? — Ela desviou o seu olhar para o rosto do lufano, que assentiu com um sorriso presunçoso nos lábios. — Bem, então por que você não me convidou antes? — Ela perguntou um pouco curiosa.
— Bem, eu ia pedir no almoço, mas Harry foi mais rápido — ele diz ainda a olhando.
— Eu sinceramente estava sem esperança nenhuma que você iria me convidar, então aceitei ir com Harry — ela respondeu e deu de ombros. A garota não tinha esperanças que alguém iria a convidar de qualquer forma.
— Por que acharia isso? — Ele franziu as sobrancelhas.
— Porque eu não sou como as outras garotas, Ced, não tenho meus cabelos perfeitos, não tenho um corpo atlético ou magro, não tenho os olhos claros, não sou a garota perfeita. — Ela desabafou e soltou um suspiro. O garoto sentou, tirando sua cabeça do colo dela. Ele tentava achar palavras para dizer que isso não importava, Diggory apenas a olhava. Ela parecia triste e isso quebrava com seu coração. Cedrico então passou os braços dele ao redor da garota, que aceitou o abraço de bom grado.
, você não é como elas, é verdade. — Ele disse sinceramente e fez uma pausa. — Mas é como você é, seu cabelo é lindo, seus olhos são brilhantes e os mais puros que eu já vi. Você não precisa ser como elas, eu não tenho nem palavras que explicam exatamente como você é incrível. Eu gosto muito de você do jeito que você é! Você é a pessoa mais carinhosa, atenciosa e leal que eu já conheci. Não fique se preocupando com isso, você é única e eu quero que você seja a minha única. — Ele falou enquanto ainda a abraçava. Eles olhavam para as ondas do lago que quebravam em harmonia no meio das pedrinhas. Quando o garoto terminou de falar, ele se distanciou um pouco. estava com algumas lágrimas acumulando no canto de seus olhos castanhos. Ela desviou o olhar para Diggory, que a olhava esperançoso.
— Você quer ser minha namorada? — Ele tinha um sorriso leve em seu rosto e olhava para a garota. Ela abriu um sorriso, se aproximou dele, selando seus lábios, em um beijo apaixonado.
— Isso responde sua pergunta? — Ela falou após se separar dele e deixar suas testas coladas. Ele sorriu e abraçou a garota com força. passou seus braços pelo pescoço dele, se juntando ao abraço.
— Eu quero te dar uma coisa, pra dar sorte. — falou após se afastarem do abraço. Ela vasculhou seus bolsos e finalmente puxou um frasquinho de lá. Ele tinha algumas folhas e uns pontinhos brancos dentro dele. — Isso é basicamente um frasco de proteção, mas ainda não descobri como funciona direito. Pode ser apenas besteira, mas minha mãe me ensinou a fazer e eu sempre carrego esse junto comigo. Ela diz que é para emergências. Leve como um amuleto, quem sabe você não descobre como funciona. — Ela falou e sorriu entregando o frasco para ele, que aceitou de bom grado, colocando o pequeno vidro dentro do bolso de sua capa.
— Obrigado, e me desculpe, preciso ir encontrar meu pai antes da prova. Quem sabe não te apresento para ele depois? — Ele disse a olhando.
— Eu adoraria, mas me promete uma coisa? Promete que vai tomar cuidado? Promete que vai voltar para mim? — Ela pediu olhando nos olhos do garoto.
— Eu prometo.
Flashback off
...


Os dois garotos voltaram para o gramado posto embaixo das arquibancadas. Todos se levantaram e começaram a torcer por eles. , por outro lado, percebeu que eles não estavam bem. Seu coração estava batendo a mil. Ela se levantou e começou a passar pelos alunos, sem se importar em pedir licença.
Harry estava deitado sobre o corpo morto de Diggory. Fleur e suas amigas perceberam que o garoto estava estuporado e então a campeã solta um grito de pavor. Dumbledore se levantou e correu até os dois. Várias pessoas já percebiam o que estava acontecendo.
— O que houve? — Alguém perguntou.
— Ele voltou. Ele voltou. Voldemort voltou. — Harry chorou, ainda por cima do corpo de Cedrico. — Cedrico me pediu para trazer seu corpo de volta. — Potter falou desesperado. descia as arquibancadas, com lágrimas nos olhos. Ela parou lentamente de correr quando encontrou seus pés na grama. — Eu não podia deixá-lo naquele lugar.
— Está tudo bem, Harry, está tudo bem. — Dumbledore segurou o rosto do grifinório, que ainda chorava.
Amos Diggory percebeu finalmente o que estava acontecendo, ele passou por várias pessoas e correu até o corpo de seu filho. Ele se ajoelhou, já chorando.
— É o meu filho, é o meu garoto. — Ele dizia em prantos enquanto olhava para o rosto pálido do filho.
estava perdida em todo aquele alvoroço, ela trocou um olhar com Hermione e as duas se aproximaram de onde Harry estava. , quando entendeu o que estava acontecendo, sentiu seu mundo desabar. Ela quase caiu de joelhos no chão, se não fosse por Hermione a segurando.
Seu namorado estava morto.
Ele tinha prometido que voltaria para ela.
Ela se aproximava lentamente do corpo de Cedrico. Chegando lá, a garota se ajoelhou ao lado de Amos, colocando suas mãos nas do namorado que estava sem vida no chão. Quando fez isso, ela instantaneamente lembrou-se do frasco que tinha entregado para o namorado. Ela parou de chorar. Ela poderia salvar Cedrico.
— Senhor, acho que posso salvar seu filho. — Ela murmurou.
— Você pode? Então? O que está esperando?! — O homem disse. Ela começou a procurar pelos bolsos do garoto e finalmente encontrou o frasco que tinha dado a ele antes da tarefa. Ela tirou a rolha que fechava o vidro e tirou a 'poção' de dentro. A loira juntou suas mãos esfregando o líquido, que parecia mais um gel, e murmurou algumas palavras, como se ela soubesse o que estava fazendo. Feito isso, ela olhou para Dumbledore.
O diretor assentiu, dando apoio a ela.
Mas não funcionou.
A garota desabou. Tirou suas mãos do garoto e murmurou um 'eu te amo' antes de começar a chorar, ela cobriu seus olhos com as mãos e murmurava 'me desculpe, eu tentei' várias vezes. Amos Diggory chorava novamente.
A lufana sentiu um par de braços a segurar. Ela pode reconhecer os mesmos como sendo os de Harry. Os dois estavam sentindo a dor um do outro. Logo mais dois pares de braços se juntaram a eles. Ron e Mione. Ela só poderia agradecer a eles por estarem neste momento junto com ela. Mas tudo o que ela pensava era por que ela não impediu Ced de entrar naquele labirinto, sabendo que algo ruim iria acontecer.

...


— Hoje, temos que admitir, tivemos uma perda muito grande. — Dumbledore falava olhando para os alunos, sentados em suas respectivas mesas das casas.
— Sabem, Cedrico Diggory foi assassinado pelo Lorde Voldemort. O Ministério da Magia não queria que eu lhes contasse. A dor que sentimos momentos antes nos faz lembrar, que embora venhamos de lugares diferentes e falemos línguas diferentes, nossos corações batem como um só. — Enquanto o diretor fazia seu discurso, vários alunos e professores ainda estavam atordoados com o que aconteceu anteriormente, principalmente Harry. O garoto tinha o rosto vermelho de choro e algumas lágrimas ainda brotavam em seus olhos verdes.
estava olhando para o nada. Ela não sabia nem explicar a dor que sentiu no momento em que o viu morto. A dor que estava sentindo.
— À luz dos recentes acontecimentos, os vínculos de amizade que fizemos este ano serão mais importantes do que nunca. Lembrem-se disso. — Dumbledore fez uma pausa, olhando assim para todos os presentes no Salão Principal. Seu olhar voltou-se para a mesa da Lufa-Lufa. nem percebeu o olhar que o diretor lhe dava. — Muitas coisas aconteceram hoje. Lembrem-se de que a empatia é sentir com o outro. Quando lemos um roteiro de outra vida. É compreender e não diminuir a dor do outro. É descer até o fundo do poço para fazer companhia para quem precisa. Não é ser herói, é ser amigo. É saber abraçar a alma. Infelizmente vivemos em um mundo onde poucos têm muito e a grande maioria não tem quase nada. Ainda por cima, somos regidos por uma sociedade que nunca está satisfeita com aquilo que tem, procurando sempre mais, independentemente da necessidade dos que vivem ao lado. Lembrem-se de sempre serem gentis uns com os outros, nunca sabemos o momento de nossa partida. — O diretor continuou. — Olhemos ao nosso redor e veremos inúmeras possibilidades de sermos úteis ao nosso próximo. Há tantos que necessitam de uma palavra amiga, um sorriso, um aperto de mão, uma carta. Por isso, gostaria que todos fizessem um minuto de silêncio a um grande aluno, filho e pessoa. A Cedrico Diggory. — O diretor finalizou e o Salão continuou por um silêncio. A garota não sabia o que fazer. Estava estática em seu lugar.

...


Era difícil saber a quantidade exata de alunos que estavam do lado de fora do castelo. As escolas convidadas para o torneio já iriam voltar para seus respectivos países. Os corredores estavam repletos de pessoas de todas as idades e anos, batendo palmas e se despedindo das garotas de Beauxbatons e dos garotos de Durmstrang.
Harry, Rony, e Hermione se distanciaram um pouco da aglomeração de alunos.
— Vocês acham que ainda teremos um ano tranquilo em Hogwarts? — Rony perguntou olhando para os amigos.
Hermione riu e respondeu:
— Não.
Os três perceberam que a lufana estava depressiva. Este era um momento raro em que a garota saía junto com os mesmos. Mas eles estavam lá para apoiá-la.
— É, foi o que eu pensei — o ruivo falou e logo voltou seu olhar para Harry.
— A vida não tem graça sem alguns dragões. — Eles riram e se afastaram um pouco, mas logo se viraram, olhando para as garotas, grifinória e lufana.
— Agora tudo vai mudar, não vai? — Mione perguntou olhando para o chão. Os garotos se aproximaram delas, enquanto passou suas mãos pelos olhos, limpando alguns rastros de lágrimas que teimavam em cair. Harry colocou uma das suas mãos em cima da mão da lufana. Ela levantou o olhar rapidamente para o moreno, mas logo desviou. Ela não estava pronta para conversar ainda, mas estava grata por estarem a apoiando.
— Vai. — Eles suspiraram e se separaram, caminhando juntos pelos corredores.
— Prometam que vão me escrever nas férias. — pediu olhando para eles. — Vocês três.
— Eu não, sabe que não escrevo. — Rony falou olhando para ela, tentando mudar um pouco o clima.
— E vocês dois vão, né? — A loira soltou uma risada forçada e ficou entre os outros dois amigos, enquanto falava baixo.
— Quando quiser, . Não sabemos a dor que está sentindo, mas quando precisar, estamos aqui. — Potter respondeu e eles assentiram.
— Vou falar com a mamãe para você passar alguns dias na Toca, o que acha? — Ron perguntou à garota, que levanta o olhar ao ruivo.
— Eu acho... ótimo, obrigada, Ron. — Ela sorriu levemente e por fim todos abraçaram a garota.
O próximo ano iria ser pior do que eles esperavam.
E não foi fácil. estava totalmente depressiva. Mesmo que tenha passado alguns feriados com os Weasley e seus pais, ela chorava em sua cama todas as noites. Mas as dores passam depois de um tempo. Cedrico era seu amor, ele foi tão importante em sua vida, foram os melhores momentos que a garota teve.
A dor passou.
Foram anos de dor, mas ela passou.
O que restavam eram lembranças. Lembranças boas, e era o que ela manteria em sua mente.
Os próximos anos em Hogwarts foram horríveis.
No ano seguinte Dolores Umbridge tornou-se o pior pesadelo de Hogwarts. Ela tomou o lugar de Dumbledore e torturou muitos alunos. E bem, Sirius morreu. Foi horrível para todos. E a dor voltou.
Felizmente Umbridge foi 'expulsa' da escola de magia no próximo ano e Dumbledore voltou. Mas a felicidade não poderia durar. O grande bruxo Albus Dumbledore foi assassinado.
Hogwarts estava tomada por Comensais da Morte. Severus Snape era o novo diretor e alguns seguidores de Você-Sabe-Quem tornaram-se professores. Se eles soubessem que quando Umbridge estava lá era quase um céu comparado ao que eles estavam vivendo no momento. Muitos alunos eram torturados até não aguentarem mais.
Harry, Hermione e Ron estavam foragidos. Eles foram em busca das Horcruxes. Era o único plano de derrotar Voldemort. estava sem os melhores amigos, mas ela tinha mais com o que se preocupar enquanto estava em Hogwarts.
A lufana junto com Neville, Luna e Gina tomaram o partido de começar a interromper tudo o que os Comensais da Morte, mais especificamente os Carrows, tinham a 'ensinar'. As aulas eram interrompidas, eles se recusavam a fazer qualquer coisa que eles pediam. Mas bem, tudo tem um preço. Após essa ideia as idas até a ala hospitalar eram frequentes. Madame Pomfrey ficava cada dia mais assustada com o estado que os alunos chegavam para serem tratados. A magia estava sendo pouco para curá-los.
A amizade do trio de prata ficou mais forte com . Eles treinavam juntos, viviam juntos e cuidavam de tudo juntos.
Então a Guerra chegou.
A luta foi exaustiva.
A dor continuou.
Muitas almas foram perdidas. Almas boas.
E a dor continuou.
Mas a guerra se encerrou. Voldemort estava morto.
E a dor não passou. Novamente as memórias boas ficariam, mas dessa vez deixaram uma grande cicatriz.
retomou a Hogwarts quando tudo estava voltando ao normal. Depois de alguns anos de sua formatura ela recebeu uma carta da escola de magia que costumava frequentar. Minerva ofereceu a vaga de professora para a matéria de Trato de Criaturas Mágicas. E ela aceitou.
Ela amava o que fazia. Amava falar sobre seu fascínio pelas criaturas mágicas. Amava passar o seu conhecimento e seus alunos adoravam quando ela contava sobre suas experiências em campo, sobre alguns apuros em que se metia quando estudava no Castelo Bruxo. Ela se sentia em casa.
Após dois anos a ajudando nas aulas, a professora Sprout, sua amiga de casa e antiga professora, se aposentou e para a surpresa de , Neville Longbottom estava ocupando o cargo de professor de Herbologia. Isso não era muita novidade, já que Neville conversou com Lo sobre isso durante a guerra.
— Neville, é tão bom ver um rosto familiar. — A mulher loira disse após correr e abraçar o amigo. Eles criaram um grande vínculo enquanto a guerra bruxa estava ativa.
— Ei , eu sinto o mesmo. — Ele disse e então soltou a amiga do abraço. Eles ficaram por um tempo se olhando, pareciam estar compartilhando uma conversa silenciosa, porque naquele momento não eram precisas palavras. notou que ele estava com a aparência de um homem adulto agora, e muito mais alto do que um dia já fora. Os dois sorriram levemente e então iniciaram uma caminhada em meio aos corredores da escola. — Como você está? — O grifinório pediu. Ele sabia que havia perdido os pais. Os aurores foram em uma missão com a Ordem para acabar com todos os Comensais da Morte que sobraram, mas foram mortos em batalha.
— A dor passou. — Ela respondeu e Neville sorriu.
— Isso é bom. — Ele disse e então os dois adultos pararam. Eles se olharam novamente, como se aquela conversa de antes continuasse. Eles entendiam um ao outro. Cada um parecia estar estudando as expressões um do outro, mas foram interrompidos quando uma porta se abriu. Minerva saiu da sala e então se dirigiu a eles.
— Senhor Longbottom, é bom ver que está se adaptando. — A bruxa mais velha disse. A lufana sentiu seu rosto esquentar e então desviou o olhar. Neville sabia que seu rosto estava vermelho apenas por ver o sorriso malicioso no rosto da diretora. — Bem, vamos vocês dois, está na hora do jantar. — Mcgonagall disse e saiu em direção ao Salão Principal.
Os dois novos professores se encararam novamente e então gargalharam. Minerva era uma bruxa brilhante, poderia ser um pouco conservadora para algumas coisas, mas era uma ótima amiga.
— Oh, vamos, não aguento mais esperar para comer aqueles bolinhos de canela. — Neville disse e riu levemente com a empolgação do amigo. Eles engancharam os braços e seguiram seu caminho até o Salão Principal.
— Garanto que era a única coisa que não deixava sua mente. — disse zombando dele.
— Mas é claro, você já comeu um? Eles são incríveis. — Longbottom respondeu, entrando na brincadeira, mas bem no fundo ele gostaria de dizer que existia outra coisa que estava em sua cabeça, desde a guerra. A garota zombou novamente e então deu um soquinho leve no braço do grifinório. — Ai, você tem a mão pesada. — Ele disse enquanto passava a mão pelo local que ela socou. Foi mais um motivo para a lufana zombar dele. Mas ela parou. Foi um desastre. Neville trombou com o seu corpo e então eles perceberam que estavam muito próximos. O grifinório engoliu em seco, mas não deixou os olhos dela.
— Nev?
— Sim? — Foi ali que ele percebeu que era ela. Ela era arte. Não apenas a própria arte, mas ela era como a luz que Van Gogh utilizou para pintar a grande lua que iluminava a Noite Estrelada, como seu sorriso iluminava uma sala, como ela iluminava sua vida.
— Quem chegar por último é a mulher do Snape. — Ela disse e então saiu correndo, e rindo, em direção ao banquete. Longbottom ficou parado por um instante, ainda perdido com o que tinha acontecido.
— Ei, isso não é justo. — Ele disse após entender o que tinha acontecido e então correu atrás da garota.

E a dor passou.




FIM



Nota da autora: Sem nota.
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