Seattle, 22 de setembro de 2015.
Primeiramente, meu nome é Emily Troian e estou cursando o último ano do colegial. Tenho dezessete anos e estou na difícil missão de escolher qual das duas faculdades (melhor dizendo, fucking faculdades) nas quais fui aprovada decidirei ir. Minha primeira opção tecnicamente é bem mais perto de casa, na Harvard, e a segunda opção é na Oxford.
Quero cursar Medicina Veterinária e os cursos das duas são maravilhosamente perfeitos. Aliás, falando na palavra perfeito, esse moreno de 1,73 m, barba por fazer e cabelos enrolados é Sammy, meu namorado de longos três anos e onze meses. E essa carinha triste dele é porque talvez nossos destinos nos levem para lados opostos caso minha escolha (quase certa) seja Oxford, na tão linda, badalada e distante Inglaterra.
Tenho certeza de que, mesmo que eu vá para Inglaterra e o Sammy fique aqui, conseguiremos manter nosso relacionamento. Confio plenamente nele e sei que ele confia em mim. O que irá matar mesmo é a saudade, mas nada que alguns finais de semana de visitas não a matem. Porém, ele insiste em dizer que os ingleses vão cair matando em cima de mim e que um deles, uma hora ou outra, acabará me conquistando (algo que no meu ponto de vista é impossível).
Primeiramente, meu nome é Emily Troian e estou cursando o último ano do colegial. Tenho dezessete anos e estou na difícil missão de escolher qual das duas faculdades (melhor dizendo, fucking faculdades) nas quais fui aprovada decidirei ir. Minha primeira opção tecnicamente é bem mais perto de casa, na Harvard, e a segunda opção é na Oxford.
Quero cursar Medicina Veterinária e os cursos das duas são maravilhosamente perfeitos. Aliás, falando na palavra perfeito, esse moreno de 1,73 m, barba por fazer e cabelos enrolados é Sammy, meu namorado de longos três anos e onze meses. E essa carinha triste dele é porque talvez nossos destinos nos levem para lados opostos caso minha escolha (quase certa) seja Oxford, na tão linda, badalada e distante Inglaterra.
Tenho certeza de que, mesmo que eu vá para Inglaterra e o Sammy fique aqui, conseguiremos manter nosso relacionamento. Confio plenamente nele e sei que ele confia em mim. O que irá matar mesmo é a saudade, mas nada que alguns finais de semana de visitas não a matem. Porém, ele insiste em dizer que os ingleses vão cair matando em cima de mim e que um deles, uma hora ou outra, acabará me conquistando (algo que no meu ponto de vista é impossível).
Seattle, 22 de janeiro de 2016.
É hoje – o dia que eu venho esperando desde os últimos três meses. Verifico se meus documentos estão tudo ok e se não estou esquecendo mais nada. Daqui exatas cinco horas, o meu avião decola para a Inglaterra, mas antes um encontro com o Sammy me aguarda.
– Olá, amor – dou um beijo estalado na boca dele ao entrar em seu quarto.
– Olá, Emily – Sammy me responde super seco e, pelo jeito que este encontro começou, tenho a sensação de que não terminará nem um pouco bem.
– Está tudo bem com você? – pergunto apreensiva e nervosa.
– Sente-se.
– Sammy, pare de cu doce e vá logo ao ponto, por favor.
– Eu não quero que você vá para a Inglaterra, Emily. Simples assim.
– Mas o quê?
– Isso mesmo. Desista deste seu cursinho medíocre e fique aqui comigo. Caso contrário, esqueça o nosso namoro.
– Você só pode estar brincando comigo – digo com os olhos marejados.
– Não, eu não estou! – exclama o garoto.
– Sammy...
– E tem mais: caso você opte por ir para Oxford, saiba que já tenho uma segunda opção para preencher o seu lugar e, aliás, o beijo dela é sensacional, o sexo com ela é maravilhoso e, como deve estar pensando, sim, eu traí você – para mim, aquilo já bastava. Eu simplesmente dei as costas e saí sem dizer uma única palavra, pois ele não merecia.
Oxfordshire, 24 de janeiro de 2016.
Tem um pouco mais de um dia que cheguei aqui. Estou arrumando as minhas coisas no meu maravilhoso apartamento que fica a apenas cinco minutos da Oxford. As aulas começam semana que vem e eu mal posso esperar para isso. Ainda estou tentando me acostumar com a diferença de horário, com o fato de morar sozinha e de, depois de quatro anos comprometida, estar solteira novamente.
Todavia, é melhor esquecer um pouco disso. Depois daquele 22 de janeiro, prometi a mim mesma focar unicamente nos meus estudos e, é claro, em amar a mim mesma. Sammy foi um idiota, convenhamos, mas que ele seja feliz.
Resolvi ir ao Starbucks tomar um café. O dia está frio e chuvoso, mas quem disse que eu não amo dias assim mesmo?
Logo em seguida, vou até a faculdade terminar de resolver uns problemas antes que a faculdade comece.
– Olá, senhorita – diz um garoto de aparentemente vinte anos, um pouco mais moreno que eu, com uns 1,80 m de altura e uma bunda que, meu Deus do céu.
– Olá, senhor – respondo, tirando sarro.
– Sou Tyler – diz o garoto, estendendo a sua mão até a minha e puxando para beijá-la.
– Sou Emily.
Oxfordshire, 02 de fevereiro de 2016.
PRIMEIRO, é isso mesmo. Primeiro dia de aula e eu estou morrendo. Primeiro porque acordei atrasada e segundo porque isso aconteceu graças à minha ansiedade não ter me deixado dormir bem na noite passada. Coloco a primeira roupa que vejo pela frente e que seja pelo menos 15% apresentável e vou correndo para a universidade.
No primeiro período, a coordenadora do curso deu uma palestra apresentando o curso de Veterinária para a sala, esclarecendo nossas dúvidas e dando as boas-vindas. Agora, estou tentando achar o refeitório nesse lugar enorme.
– Senhorita Emily, bom vê-la – disse uma voz que soava ser familiar atrás de mim e então me viro.
– Tyler... Bom vê-lo novamente. Se você não estivesse com esse material, jurava de pé junto que é um serial killer e eu sou sua próxima vítima.
– Estou cursando o segundo ano de Arquitetura aqui, como pôde notar –disse ele, sorrindo de canto.
– Hm, sou caloura em Veterinária e gostaria muito de comer agora. Seria muito gentil da sua parte me mostrar o refeitório e tiraria a primeira segunda impressão que eu tive de você, senhor Tyler...
– Benson. Este é meu sobrenome: Tyler Benson.
– Ok, senhor Tyler Benson. Você me daria a honra de ser meu guia neste primeiro dia de caloura?
– Claro, senhorita – disse o garoto, dando-me seus braços.
Oxfordshire, 20 de fevereiro de 2016.
Eu só consigo me lembrar da noite passada. Minha cabeça ainda dói e claramente estou numa ressaca desgraçada, mas aquele beijo, aqueles lábios, aquele toque...
– Emily Troian, levante essa bunda dessa cama – gritou Ash do lado de fora do meu apartamento.
– JÁ VAI, ASHLEY! – grito, enquanto a louca da minha melhor amiga dava um piti na porta.
– O QUE FOI AQUILO ONTEM, EMILY?! – exclama a garota, entrando na sala. – VOCÊS DOIS ESTÃO JUNTOS?!
Oxfordshire, 22 de fevereiro de 2016.
Um mês desde que parti para cá, um mês desde que conheci Tyler e Ash, um mês desde que eu e Sammy terminamos e quem resolve me ligar? Justamente ele e, lógico, eu ignorei. Afinal, passado se enterra no passado, a menos que você queira que ele afete o seu presente e futuro, e o Sammy... Eu deixei enterrado em Seattle.
Faço um café forte e abro meu notebook para checar meus e-mails e começar as tarefas que me aguardam.
“De: stewartsam.s@give.com | Para: emilytroian@email.com
(21 de fevereiro de 2016, às 4h55 PM)
Assunto: EU AMO VOCÊ, EMILY.
Olá, meu amor. Espero que você esteja bem... Estou com saudades, viu? Ontem sonhei com você, com a gente e até com nosso Bryan brincando de carrinho e nossa delicada Charlotte dando os primeiros passinhos. Acredita? Queria ouvir sua voz, saber como você está, mas você não atende minhas ligações.
Com carinho, SEU Sammy.”
“De: stewartsam.s@give.com | Para: emilytroian@email.com
(22 de fevereiro de 2016 ás 6h00 a,m)
Assunto: EU AMO VOCÊ.
Bom dia, meu amor. O dia está frio aqui em Seattle e tudo é tão sem graça sem você aqui. Queria que me perdoasse e voltasse para mim. Os dias sem você são tão sem graça e nenhuma das quatro garotas que peguei desde que você se foi chega aos seus pés. Eu realmente amo você e não tinha a intenção de trai-la, mas sabe como nós, homens, somos e a carne é fraca, né, amor? Responda-me, atenda minhas ligações. Eu preciso de você.
Com amor, SEU Sammy.”
Ele realmente é patético, né? A carne é fraca? Francamente, não sei nem por que perdi meu tempo lendo esses e-mails. Prometi a mim mesma que não ia deixá-lo interferir na minha vida aqui na Inglaterra e eu realmente não vou.
– Vim lhe dar um oi e obviamente dividir este gostoso bolo de prestígio com você – disse Tyler, entrando.
– Avisar é luxo, né, meu amigo? Olhe como eu estou – disse, apontando para meu pijama suavemente sexy azul.
– Gostosa, linda, maravilhosa e muito beijável por sinal – disse o garoto, olhando-me dos pés à cabeça.
– Idiota – disse, dando um tapa em Tyler.
– Depois dessa noite muito proveitosa, tenho que ir embora, minha querida e futura namorada. Aliás, atual futura namorada, ou melhor dizendo, namorada, né? – disse Tyler, pegando minha mão e dando um beijo nas costas dela.
Oxfordshire, 01 de março de 2016.
Mas quem é o idiota que está batendo na minha porta essa hora da manhã em pleno domingo? Levanto-me brava da cama.
– Tyler, eu juro que se for você querendo sua cuec... – disse, abrindo a porta e levando um susto.
– Quem é Tyler, Emily?
É hoje – o dia que eu venho esperando desde os últimos três meses. Verifico se meus documentos estão tudo ok e se não estou esquecendo mais nada. Daqui exatas cinco horas, o meu avião decola para a Inglaterra, mas antes um encontro com o Sammy me aguarda.
– Olá, amor – dou um beijo estalado na boca dele ao entrar em seu quarto.
– Olá, Emily – Sammy me responde super seco e, pelo jeito que este encontro começou, tenho a sensação de que não terminará nem um pouco bem.
– Está tudo bem com você? – pergunto apreensiva e nervosa.
– Sente-se.
– Sammy, pare de cu doce e vá logo ao ponto, por favor.
– Eu não quero que você vá para a Inglaterra, Emily. Simples assim.
– Mas o quê?
– Isso mesmo. Desista deste seu cursinho medíocre e fique aqui comigo. Caso contrário, esqueça o nosso namoro.
– Você só pode estar brincando comigo – digo com os olhos marejados.
– Não, eu não estou! – exclama o garoto.
– Sammy...
– E tem mais: caso você opte por ir para Oxford, saiba que já tenho uma segunda opção para preencher o seu lugar e, aliás, o beijo dela é sensacional, o sexo com ela é maravilhoso e, como deve estar pensando, sim, eu traí você – para mim, aquilo já bastava. Eu simplesmente dei as costas e saí sem dizer uma única palavra, pois ele não merecia.
Oxfordshire, 24 de janeiro de 2016.
Tem um pouco mais de um dia que cheguei aqui. Estou arrumando as minhas coisas no meu maravilhoso apartamento que fica a apenas cinco minutos da Oxford. As aulas começam semana que vem e eu mal posso esperar para isso. Ainda estou tentando me acostumar com a diferença de horário, com o fato de morar sozinha e de, depois de quatro anos comprometida, estar solteira novamente.
Todavia, é melhor esquecer um pouco disso. Depois daquele 22 de janeiro, prometi a mim mesma focar unicamente nos meus estudos e, é claro, em amar a mim mesma. Sammy foi um idiota, convenhamos, mas que ele seja feliz.
Resolvi ir ao Starbucks tomar um café. O dia está frio e chuvoso, mas quem disse que eu não amo dias assim mesmo?
Logo em seguida, vou até a faculdade terminar de resolver uns problemas antes que a faculdade comece.
– Olá, senhorita – diz um garoto de aparentemente vinte anos, um pouco mais moreno que eu, com uns 1,80 m de altura e uma bunda que, meu Deus do céu.
– Olá, senhor – respondo, tirando sarro.
– Sou Tyler – diz o garoto, estendendo a sua mão até a minha e puxando para beijá-la.
– Sou Emily.
Oxfordshire, 02 de fevereiro de 2016.
PRIMEIRO, é isso mesmo. Primeiro dia de aula e eu estou morrendo. Primeiro porque acordei atrasada e segundo porque isso aconteceu graças à minha ansiedade não ter me deixado dormir bem na noite passada. Coloco a primeira roupa que vejo pela frente e que seja pelo menos 15% apresentável e vou correndo para a universidade.
No primeiro período, a coordenadora do curso deu uma palestra apresentando o curso de Veterinária para a sala, esclarecendo nossas dúvidas e dando as boas-vindas. Agora, estou tentando achar o refeitório nesse lugar enorme.
– Senhorita Emily, bom vê-la – disse uma voz que soava ser familiar atrás de mim e então me viro.
– Tyler... Bom vê-lo novamente. Se você não estivesse com esse material, jurava de pé junto que é um serial killer e eu sou sua próxima vítima.
– Estou cursando o segundo ano de Arquitetura aqui, como pôde notar –disse ele, sorrindo de canto.
– Hm, sou caloura em Veterinária e gostaria muito de comer agora. Seria muito gentil da sua parte me mostrar o refeitório e tiraria a primeira segunda impressão que eu tive de você, senhor Tyler...
– Benson. Este é meu sobrenome: Tyler Benson.
– Ok, senhor Tyler Benson. Você me daria a honra de ser meu guia neste primeiro dia de caloura?
– Claro, senhorita – disse o garoto, dando-me seus braços.
Oxfordshire, 20 de fevereiro de 2016.
Eu só consigo me lembrar da noite passada. Minha cabeça ainda dói e claramente estou numa ressaca desgraçada, mas aquele beijo, aqueles lábios, aquele toque...
– Emily Troian, levante essa bunda dessa cama – gritou Ash do lado de fora do meu apartamento.
– JÁ VAI, ASHLEY! – grito, enquanto a louca da minha melhor amiga dava um piti na porta.
– O QUE FOI AQUILO ONTEM, EMILY?! – exclama a garota, entrando na sala. – VOCÊS DOIS ESTÃO JUNTOS?!
Oxfordshire, 22 de fevereiro de 2016.
Um mês desde que parti para cá, um mês desde que conheci Tyler e Ash, um mês desde que eu e Sammy terminamos e quem resolve me ligar? Justamente ele e, lógico, eu ignorei. Afinal, passado se enterra no passado, a menos que você queira que ele afete o seu presente e futuro, e o Sammy... Eu deixei enterrado em Seattle.
Faço um café forte e abro meu notebook para checar meus e-mails e começar as tarefas que me aguardam.
“De: stewartsam.s@give.com | Para: emilytroian@email.com
(21 de fevereiro de 2016, às 4h55 PM)
Assunto: EU AMO VOCÊ, EMILY.
Olá, meu amor. Espero que você esteja bem... Estou com saudades, viu? Ontem sonhei com você, com a gente e até com nosso Bryan brincando de carrinho e nossa delicada Charlotte dando os primeiros passinhos. Acredita? Queria ouvir sua voz, saber como você está, mas você não atende minhas ligações.
Com carinho, SEU Sammy.”
“De: stewartsam.s@give.com | Para: emilytroian@email.com
(22 de fevereiro de 2016 ás 6h00 a,m)
Assunto: EU AMO VOCÊ.
Bom dia, meu amor. O dia está frio aqui em Seattle e tudo é tão sem graça sem você aqui. Queria que me perdoasse e voltasse para mim. Os dias sem você são tão sem graça e nenhuma das quatro garotas que peguei desde que você se foi chega aos seus pés. Eu realmente amo você e não tinha a intenção de trai-la, mas sabe como nós, homens, somos e a carne é fraca, né, amor? Responda-me, atenda minhas ligações. Eu preciso de você.
Com amor, SEU Sammy.”
Ele realmente é patético, né? A carne é fraca? Francamente, não sei nem por que perdi meu tempo lendo esses e-mails. Prometi a mim mesma que não ia deixá-lo interferir na minha vida aqui na Inglaterra e eu realmente não vou.
– Vim lhe dar um oi e obviamente dividir este gostoso bolo de prestígio com você – disse Tyler, entrando.
– Avisar é luxo, né, meu amigo? Olhe como eu estou – disse, apontando para meu pijama suavemente sexy azul.
– Gostosa, linda, maravilhosa e muito beijável por sinal – disse o garoto, olhando-me dos pés à cabeça.
– Idiota – disse, dando um tapa em Tyler.
– Depois dessa noite muito proveitosa, tenho que ir embora, minha querida e futura namorada. Aliás, atual futura namorada, ou melhor dizendo, namorada, né? – disse Tyler, pegando minha mão e dando um beijo nas costas dela.
Oxfordshire, 01 de março de 2016.
Mas quem é o idiota que está batendo na minha porta essa hora da manhã em pleno domingo? Levanto-me brava da cama.
– Tyler, eu juro que se for você querendo sua cuec... – disse, abrindo a porta e levando um susto.
– Quem é Tyler, Emily?
Fim
Nota da autora: ---
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