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Finalizado a: 24/08/2017

Capítulo Único



Era um dia comum em Seattle, a chuva caía forte por toda a cidade fazendo assim, com que as pessoas se protegessem com o que desse. Pessoas saíam de suas casas a caminho do trabalho, outras, já haviam chegado a seu destino a um certo tempo. Pessoas normais que estavam iniciando seus dias normais, não os cirurgiões, que viravam noites e mais noites trabalhando em inúmeros plantões incansavelmente a fim de dar o melhor tratamento a seus pacientes.

Seattle Grace Mercy West Hospital, 9:47 a.m.

Alex Karev estava atualizando alguns prontuários na recepção do hospital enquanto enfermeiras, cirurgiões e internos andavam de um lado para o outro cumprindo suas tarefas. Hoje era o dia de um de seus plantões, ele estava há trinta e seis horas dentro daquele hospital, olhou para o relógio e percebeu que ainda restavam doze horas para o fim de seu dia. Seu pager tocou e o mesmo checou, vendo que era requisitado na SO 2.
— Guarde esses prontuários para mim por favor, quando puder eu volto. – falou com a enfermeira que assentiu com a cabeça, pegando os prontuários de suas mãos e os guardando nos armários.
Alex seguiu seu caminho até os elevadores e apertou o botão enquanto esperava. A porta se abriu e o mesmo estava cheio, Karev soltou um gemido baixo em frustração e saiu correndo até as escadas. Subiu pulando alguns degraus, abriu a porta e saiu correndo pelos corredores. Chegou a SO 2, abriu a porta e entrou, fechando-a atrás de si em seguida. Quando se virou, se deparou com aquele par de olhos verdes o encarando e por um momento, as palavras sumiram de sua mente.
— Dr. Karev, que prazer em vê-lo. – Addison sorriu por trás da máscara cirúrgica enquanto lavava as mãos e o encarava parado na porta.
— Addison... – Alex a encarava confuso com a testa franzida — Digo... Dra. Montgomery, quanto tempo... – corrigiu e sorriu de volta, caminhando em direção a pia. — Está de volta definitivamente? – parou ao seu lado e começou a lavar as mãos ainda a encarando.
— Não, não. Só vim para este caso em especial. Por que, sentiu tanto a minha falta? – a ruiva disse e um sorriso irônico apareceu em seu rosto, fazendo Karev dar um leve sorriso.
Alex parou por um momento e suspirou apoiando as mãos na pia enquanto a mulher ainda o encarava.
Addison estava certa, ele havia sentido sua falta. Durante os cinco anos que ela havia ficado fora, ele sentiu sua falta e se sentiu culpado de como a havia tratado na última vez que tinham se visto.
Karev a encarou no fundo de seus olhos e Addison parou de rir ao encarar os olhos castanhos do homem, que a encaravam tão intensamente de um modo que ela nunca havia visto antes.
— Eu senti sua falta – Addison sentiu seu coração disparar e sua respiração falhar ao ouvir aquelas palavras saírem da boca de Alex. O moreno encarou os olhos verdes da ruiva, lhe lançando um leve sorriso.
Que tipo de brincadeira era aquela? Da última vez que se viram, Alex deixou bem claro de que ela, não era sua namorada. Agora, cinco anos depois, ele diz que sentiu sua falta. O que ele ganharia com esse joguinho, afinal?
Addison começou a analisar cada detalhe de seu rosto, de como ele tinha mudado com o tempo, tinha ficado mais atraente. Havia um brilho em seu olhar, sentimentos que ela não conseguia decifrar.
— Dra. Montgomery! – Addison saiu de seu transe abruptamente desconcertada ao ouvir a voz de uma das enfermeiras. Se virou rapidamente e entrou na sala cirúrgica, encarando os monitores que apitavam indicando irregularidades na saúde do bebê.
— Sofrimento fetal, vamos fazer esse parto agora! – Addison tomou seu lugar, enquanto uma enfermeira a ajudava a colocar suas luvas. Quando se deu conta, Alex já estava do outro lado da mesa a esperando dar o primeiro passo. Os dois tiveram uma rápida troca de olhares, onde nele passavam confiança um para o outro, fazendo com que Addison soltasse um suspiro e desviasse seu olhar do dele.
— Bisturi...

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— Meus parabéns, Karev, estou impressionada. Você melhorou muito desde que eu fui pra LA. – Addison comentou enquanto ela e Alex caminhavam até o refeitório.
— Ah, eu tive uma ótima professora. – sorriu e deu de ombros enquanto colocava as mãos nos bolsos do jaleco, ouvindo a risada da mulher em resposta.
Addison achava que seria estranho voltar, mas agora, Alex estava a deixando tão à vontade que a sensação que tinha era que ela nunca havia ido embora.
Foram caminhando entre as mesas, enquanto conversavam animadamente. Pegaram suas bandejas e colocaram seus lanches, caminharam de volta até uma mesa que ficava bem ao fundo do refeitório e se sentaram sem parar de conversar por um segundo.
— Mas então, já se decidiu em qual área vai se especializar? – Addison puxou assunto enquanto se ajeitava na cadeira.
— Já, obstetrícia e pediatria – Karev viu um leve sorriso aparecer nos lábios da mulher, mas logo desapareceu quando foram interrompidos pelo celular da ruiva que havia começado a tocar.
Montgomery pegou o mesmo no bolso do jaleco e suspirou ao ver o nome que aparecia no visor, o desligando em seguida e passando a mão pelos cabelos desconfortavelmente.
Alex percebeu que sua expressão havia mudado de uma hora para outra e a encarou preocupado.
— Addison... – ele a chamou e viu a mulher sair de seus pensamentos, o encarando em seguida um pouco assustada. — Está tudo bem?
— Está sim, é só que... – Montgomery começou, mas desistiu logo em seguida — Nada, deixa pra lá.
Karev não disse nada, continuou apenas a encarando com uma sobrancelha erguida. Montgomery o encarou e revirou os olhos, estalando a língua no céu da boca e suspirou.
— Era o Noah – Alex se recostou no encosto da cadeira, cruzando os braços. — Nós namoramos por um tempo, mas ele me traiu. – a ruiva desviou seu olhar dos do homem e soltou uma risada sem humor. — Parece que todos os meus relacionamentos daqui para frente vão sempre terminar do mesmo modo. – colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha suspirando e dando de ombros ao encarar Alex.
— Que imbecil! Como ele pôde trair uma mulher como você? – Montgomery sorriu envergonhada e começou a tamborilar os dedos na mesa evitando encará-lo. Karev esticou o braço, meio indeciso por um momento e segurou a mão de Addison, fazendo um leve carinho na mesma com o polegar. — Você merece coisa melhor Addie, alguém que lhe dê o valor que você realmente merece. – Alex a encarou no fundo de seus olhos verdes, com um sorriso doce nos lábios.
Ao ouvir aquelas palavras saírem da boca de Karev, Addison abriu a boca algumas vezes, mas não emitiu nenhum som. Nunca esperaria ouvir aquelas palavras saírem da boca de Alex Karev, logo ele que não havia dado nenhum valor a ela quando estava mais do que claro que ela o queria. A troca de olhares deles era intensa, palavras não ditas, sentimentos que não sabiam dar nomes, vontades não feitas. Muitos pensamentos passavam pela cabeça de ambos, mas não tinham certeza do que queriam fazer, muito menos se deveriam.
O pager de Karev soou, fazendo-os soltarem as mãos abruptamente com o susto. O homem levou a mão até a cintura, checou o pager e se levantou.
— Eu preciso ir, estão me chamando na emergência. – Alex dizia enquanto se levantava. Addison assentiu com a cabeça e se despediu do rapaz com um sorriso que foi retribuído pelo mesmo.
Karev começou a caminhar na direção oposta da mulher, sendo observado pela mesma até sumir de sua vista. Addison deu um longo suspiro e deitou a cabeça em cima dos braços que estavam apoiados sobre a mesa.
O que estava acontecendo? Por que não conseguia agir normalmente ao lado de Alex sem se sentir atraída? Parecia que toda a atração que sentiam um pelo outro há anos atrás nunca tivesse passado. O que a ruiva não imaginava, era que de longe, toda essa cena era observada por Callie, que tinha um sorriso travesso nos lábios.

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Não demorou muito para Karev chegar a emergência e encontrar Miranda, que o havia bipado. Ela se encontrava tratando de uma menininha que morena de olhos castanhos.
— Me chamou Dra. Bailey, o que precisa que eu faça? – a mulher se virou assim que a voz do homem soou atrás de si.
— Ah, Karev. – a cirurgiã se virou, lhe entregou o prontuário da paciente e disparou a falar. — Esta é Jessica Mayson, tem nove anos e veio para cá por que caiu quando estava brincando na escola. Tem um corte grande no braço e na perna, nada grave. Suture e libere-a, por favor. Tenho uma apendicectomia agora – Bailey pediu e o homem assentiu, vendo a mulher dar a volta na maca e caminhar para a saída da emergência, sumindo de sua vista em seguida.
Alex encarou a criança e deu um breve sorriso sem mostrar os dentes, puxou um banquinho que havia ali por perto e se sentou em frente a menina.
— E então, vai me contar como se machucou? – encarou a menina que estava mais preocupada em observar o procedimento, então tentou distraí-la durante o processo.
A garotinha o encarou pela primeira vez, com os olhos levemente saltados ao ver a seringa em sua mão. Ao perceber isto, chamou a menina novamente que finalmente o encarou nos olhos.
— Não precisa ter medo, tudo bem? Não irá doer, vai ser rápido. E outra, você é uma menina forte, vai mesmo ficar com medo de uma agulhinha? – Karev viu Jessica dar uma risadinha e negar com a cabeça e o mesmo retribuiu.
O que Alex não imaginava, era que Addison observava toda aquela cena encantada de como ele tratava a menina tão carinhosamente. Em cinco anos ele havia mudado completamente daquele interno arrogante para um médico totalmente atencioso e carinhoso com seus pacientes. Um sorriso apareceu nos lábios da ruiva sem que a mesma percebesse, e logo ouviu uma risada ecoar por seus ouvidos, fazendo Montgomery se virar e focalizar Callie, que a encarava com um sorriso divertido nos lábios.
— É impressionante, os anos passam e as coisas não mudam... – Addison a encarou com uma das sobrancelhas erguidas enquanto Torres se aproximava.
— Do que você está falando? – a ruiva encarou e se fez de desentendida, tentando mudar o foco da conversa, mas pela Callie, soube que seria impossível.
— Ah, jura que não sabe? – o tom na voz de Callie era irônico – De você estar aí toda encantada pelo Karev. Parece que estou tendo um déjà vu – Torres gargalhou e viu Addison revirar os olhos.
— Ah, para. Eu não estou encantada, eu estou... surpresa! Isso, surpresa! – Addison dizia rápido, tentando convencer mais a si mesma do que a própria amiga que ainda ria.
— Surpresa, sei... – Callie caminhou até o balcão da recepção que havia ali e apoiou seu corpo enquanto observava a cena junto da amiga. — Mas não posso discordar, o Karev mudou da água para o vinho com os anos. Não acreditaria se me dissessem.
As amigas observam Karev de longe, enquanto tratava da criança junto de Meredith, que agora estava o ajudando.
A loira olhou de relance para a recepção e viu que Callie e Addison os encaravam de lá. Encarou Alex por um momento que suturava a perna de Jessica, enquanto ela suturava o braço e soltou uma risada nasalada, chamando a atenção dos dois.
— Mer? – Alex a encarou com uma das sobrancelhas erguidas enquanto a loira se controlava para não soltar uma risada alta e chamar a atenção das outras pessoas que estavam a sua volta. Meredith não disse nada, apenas apontou com a cabeça em direção as mulheres atrás dele.
Karev virou seu rosto na direção em que a amiga apontava e viu Addison e Callie. Sorriu para a ruiva que retribuiu um pouco envergonhada, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha e virando o rosto para o outro lado.
— Ah, então você gosta da moça ruiva? – Alex ouviu aquela vozinha doce e suave soar por seus ouvidos e se virou assustado com a pergunta vinda da criança.
— Eu? Nã-não! – Alex gaguejava, não conseguia disfarçar o nervosismo pela pergunta repentina da garota. — D-De onde você tirou isso? – falou com um sorriso nervoso nos lábios enquanto encarava a menina.
— Ah, para de fingir. Eu tenho nove anos, mas não sou idiota. Nem você e nem ela conseguem disfarçar, por mais que vocês não queiram o olhar entrega vocês dois. – Jessica dizia enquanto gesticulava com o braço que não estava machucado enquanto Meredith olhava desde a menina até o amigo com uma expressão surpresa no rosto, enquanto ouvia cada palavra que saia da boca da mesma.
Karev estava estático, nunca imaginou que alguém seria tão sincero com ele sobre seus sentimentos, muito menos que ouviria tudo aquilo de uma criança de nove anos que o conhecia a apenas vinte minutos.
— E então, estou errada? – Jessica o encarou com um olhar desafiador, vendo-o balançar a cabeça levemente como se saísse de um transe.
— Não, definitivamente você não está errada Jessica – Meredith o encarou rindo e o mesmo a encarou de volta com a boca levemente aberta sem expressão.
— Cala a boca! – fez uma careta para Meredith, fazendo-a rir mais ainda. — Prontinho Jessica, terminamos, já está liberada... – ajudou a menina a se levantar da maca enquanto falava, mas foi interrompido.
— Karev – ouviu aquela voz tão conhecida lhe chamar e virou seu rosto encontrando aquele par de olhos verdes que o tanto hipnotizavam e sorriu para a mulher. — Eu tenho um caso agora de gravidez ectópica, quer auxiliar? – Addison passou a mão pelos cabelos colocando uma mecha atrás da orelha e viu Alex assentir com a cabeça. — Me acompanhe, por favor. – Alex assentiu e se virou para Meredith novamente.
— Mer, leva a Jessica para os pais para mim? – a loira assentiu e a acompanhou até a sala de espera, onde os pais da garota a esperavam. Logo, Alex se virou para Addison novamente e a acompanhou para fora da emergência.

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Do outro lado da rua, bar do Joe’s às 10:20 p.m.

Dava para ouvir suas risadas de longe. Meredith, Alex, Callie e Addison conversavam, contando todas as histórias que haviam acontecido no hospital que a ruiva desconhecia. O tiroteio, o descobrimento que Lexie era irmã de Meredith, a morte dela e de Mark, o casamento de Callie e Arizona...
— Ah, também teve o casamento do Alex e da Izzie! – Callie deixou escapar e logo tampou a boca, ao perceber a besteira que havia falado, recebendo um olhar de repreensão de Meredith.
Addison encarava Alex com uma expressão surpresa no rosto, com a boca levemente aberta.
— Você se casou? – perguntou ainda surpresa, vendo-o se ajeitar na cadeira, demonstrando desconforto por aquele assunto.
— É, casei. Mas já me divorciei também. A Izzie me deixou... – Alex deu de ombros e levou a garrafa de cerveja até a boca, bebericando um pouco do líquido, vendo a mesma assentir e o encarar. — Isso é passado, eu me casei com ela, mas estava apaixonado por outra mulher – ainda estou, completou em sua mente.
Addison assentiu e levou o copo até a boca bebendo sua tequila. Encarou seu relógio de pulso e suspirou ao constatar que já estava tarde, os encarando novamente.
— Gente, tenho que voltar para o hotel agora, meu vôo é bem cedo amanhã. – Addison se levantou e pegou sua bolsa, colocando-a nos ombros enquanto encarava os amigos que lamentavam por sua partida. — Venham me visitar em LA. Sol, praia... LA tem suas vantagens. – riu e piscou para os amigos, dando a volta na mesa e se despedindo de cada um com um abraço.
Addison caminhou para fora do bar e assim que chegou do lado de fora, sentiu os pingos de chuva lhe atingirem. Fez sinal para o táxi que passava por ali, entrou no mesmo e lhe deu o endereço de seu hotel.

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Alex observou Addison sumir seu campo de visão e ir embora. Era isso, ela havia ido embora de novamente. Parecia que ele tinha o talento de sempre afastar as pessoas que mais amava, as pessoas fugiam de suas mãos feito água, e Addison já havia escapado pela segunda vez. Saiu abruptamente de seus devaneios, ao escutar a voz de Callie o chamando.
— Karev, o que você está fazendo aqui ainda? Vai atrás dela!
Alex ponderou por um momento se deveria mesmo ir. E se ela o rejeitasse? Se tivesse o superado? Se todos aqueles olhares e sorrisos que haviam trocado o dia todo, não passasse de simpatia? Muitas possibilidades passavam por sua cabeça, não sabia o que pensar, se deveria agir sim ou não.
— Alex! – foi a vez de Meredith chamá-lo e tirá-lo de seus devaneios pela segunda vez na noite. — Vai! – o incentivou novamente, dando um leve empurrão em seu braço.
Alex sorriu para as amigas e se levantou da mesa, caminhando a passos largos para fora do bar. Chegou ao lado de fora e pegou um táxi, indicando o endereço do Redlay, hotel que a mesma costumava ficar a anos atrás.
Não muito tempo depois, o taxista parou o carro em frente ao hotel. Alex jogou as notas que pagavam a corrida e caminhou rapidamente até a recepção do hotel. Perguntou pelo nome da mulher e o recepcionista encontrou rapidamente, lhe indicando o número de seu quarto.
Alex agradeceu e se direcionou para os elevadores, apertou o botão do vigésimo segundo andar e suspirou quando as portas se fecharam. Esfregou as mãos uma na outra e começou a pensar o que diria para a ruiva assim que batesse em sua porta.
Um barulho soou, indicando que o elevador havia chegado no andar indicado. As portas se abriram e Karev foi caminhando a passos largos pelo corredor, a procura do quarto da mulher. Ao chegar em frente ao quarto 2214, Alex bateu na porta e esperou por uma resposta.
— Já vou! – escutou a voz da mulher gritar de dentro do quarto e sorriu encarando o chão. Ouviu a porta ser destrancada e fez-se um silêncio de dois segundos, antes de escutar a voz da mulher novamente. — Karev? O que faz aqui?
Alex subiu seu olhar até os da mulher e viu uma expressão confusa em seu rosto, dava para perceber que ela pensava em vários motivos que o levava até a porta de seu quarto àquela hora da noite. Desceu seu olhar pelo corpo de Addison e mordeu o lábio inferior, ao ver que a mesma vestia apenas uma camisola de seda preta, realçando ainda mais suas curvas. Droga! Ela estava muito gostosa, ia ser difícil se concentrar daquele jeito. Encarou o rosto de Addison novamente que o encarava com uma das sobrancelhas erguidas.
Deu um passo à frente, ficando com seu corpo próximo de Addison, que se surpreendeu com seu ato, mas não o afastou.
— Eu vim me despedir direito de você – Alex levou uma das mãos até o rosto de Addison, que estremeceu com seu toque.
Aproximou seu rosto de Addison e roçou seus lábios no dela. Os dois se arrepiaram ao sentir um choque passar pelo corpo de ambos. Antes que a mulher pudesse se afastar, Alex colou seus lábios nos dela, o beijo era afobado, mas ao mesmo tempo carinhoso, como se suas bocas ansiassem por aquele toque que tanto lhes faziam falta. Karev levou a outra mão até seus cabelos e começou a massageá-los, sentindo as mãos da mulher subir por seu tronco e pousarem sobre sua nuca, puxando seus cabelos levemente o fazendo sorrir entre o beijo. Levou suas mãos até a cintura da ruiva e a apertou contra o seu corpo levemente, finalizando o beijo com um selinho.
Addison abriu seus olhos lentamente e encontrou os olhos de Alex, que agora carregava um sorriso de orelha a orelha no rosto que foi retribuído pela ruiva enquanto tentava recuperar o fôlego.
— Queria tanto que você ficasse, que pudéssemos começar do jeito certo. Quero te mostrar como eu realmente mudei, como me sinto culpado de como te tratei... – o sorriso no rosto de Addison aumentava cada vez mais ao escutar todas aquelas palavras saírem da boca de Alex, enquanto a mesma fazia carinho no rosto do homem, que o abraçava pela cintura.
— Você não precisa provar nada. É mais que nítido o quanto você mudou durante todos esses anos, do homem admirável que se tornou. – sorriu retribuindo o selinho do homem e suspirou. — Mas infelizmente eu não posso ficar, e eu preciso mesmo entrar agora.
Alex suspirou e beijou-a novamente, mas dessa vez com mais calma e carinhosamente, explorando a boca da mulher com sua língua, aproveitando o momento. Deu um selinho demorado na mulher e se afastou.
— Adeus Addison... – sorriu para a mulher e se afastou, começando a refazer seu caminho até o elevador, sendo observado pela ruiva.
Addison fechou a porta atrás de si e respirou fundo. O que havia acabado de acontecer? Ele gostava dela? Era recíproco? Todas essas possibilidades fizeram um sorriso aparecer nos olhos da mulher. Dane-se, não ia jogar sua felicidade pela janela. Abriu a porta atrás de si novamente e viu que o moreno ainda esperava pelo elevador.
— Alex... me dê um motivo para ficar.
O moreno sorriu com sua fala, caminhou de volta até ela e a tomou nos braços, unindo seus lábios aos da ruiva. Levou suas mãos até suas pernas e a suspendeu em seu colo, sentindo-a entrelaçar as mesmas em sua cintura. Começou a distribuir beijos por todo o seu pescoço, vendo-a se arrepiar. Caminhou até o quarto de Addison e fechou a porta atrás de si com o pé, sem parar de beijá-la um segundo sequer.
Ás vezes quando somos jovens, cometemos erros que só lá na frente percebemos que fomos infantis e irresponsáveis. Mas com o passar do tempo, podemos reverter toda a situação e começar de novo. Essa era exatamente a pergunta que se passava na cabeça de ambos:
Haverá uma segunda chance para nós?


FIM.



Nota da autora: Olá amores, essa foi a história. Espero que vocês tenham gostado de ler, assim como eu gostei de escrever. Me contem aí nos comentários o que acharam. Estou louca para saber a opinião de vocês.
Ps: Caso queiram ler uma outra fanfic minha e de uma outra amiga minha, entrem nesse link .
Trailer da fanfic
Beijos e até a próxima!




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