Playlist de “Run Girl Run” no Spotify.
Teaser de “You Better Run”.
Capítulo 01
??? — ???
???, ???, ???
O garoto abriu os olhos com dificuldade, se deparando com a vasta claridade do local.
Ouvia um barulho de água por perto, mas não via nada, apenas a pura claridade. Decidiu caminhar pelo lugar, arriscando se perder no nada, à procura de uma resposta.
Só conseguia se lembrar da imagem de e da sua felicidade ao saber que encontraria a sua amada novamente. Mas onde estava ?
Será que isso era a morte? Apenas um vazio?
Continuou andando, até ouvir um choro.
Conhecia cada agudo daquele choro.
Correu para chegar a tempo. não sentia a respiração. Bem, não sentia nada, para ser sincero.
Quando viu o corpo da garota encolhido, sentiu como se uma bala tivesse atingido o seu corpo.
Mesmo morto, conseguia ter sentimentos.
Mas estava morto?
Se aproximou da garota, pousando a sua mão, que parecia mais leve do que nunca, no ombro dela.
virou apenas o rosto para ele, pálido e choroso.
— Eu estraguei a minha vida! — esbravejou, colocando o rosto entre os joelhos novamente. — Todo o meu esforço, não serviu para nada!
— Você não estragou nada. — o olhou com cara de desdém. — Talvez ela não tenha durado muito, isso é verdade — falou, em tom brincalhão, tentando acalmar a garota e ele. Sentiu o seu corpo sem vida pesar menos ao ouvir a risada fraca dela. — Você é uma estrela, .
A garota riu mais um pouco, desviando o seu olhar para o amado, fixando os seus olhos no dele.
— Por que demorou tanto? — perguntou, ainda com o tom choroso.
— Eu não demorei, morri logo após. — Deu de ombros, sem esforço para ficar agachado. — Talvez o tempo dos mortos seja diferente.
— Estamos na passagem, então, tecnicamente, não estamos mortos, ainda. — fez o mesmo movimento que , sorrindo logo após.
Ficaram em silêncio, com apenas o som da água e do vento no ambiente. Se encaravam perdidamente apaixonados, como se estivessem há muito tempo sem se ver. Mas aquele pequeno espaço de tempo havia sido suficiente para a saudade.
— É sério que morremos juntos? — perguntou, em tom zombeteiro.
— Acho que até ficamos um perto do outro. — Se levantou, com um sorriso nos lábios.
— O que é isso, afinal? Romeu e Julieta? — perguntou, brincalhona.
O garoto começou a andar pela vasta claridade, parando de andar antes que a garota o perdesse de vista. Virou o tronco em sua direção, de modo que conseguisse olhá-la.
— Vamos? — Estendeu a sua mão, sua voz em apenas um eco, mais distante que o seu corpo.
A garota o olhou, os olhos brilhando por conta das lágrimas. Agora escorriam por conta da felicidade de saber que poderia tê-lo por perto para sempre, não pela tristeza que sentia enquanto ainda estava viva.
Se levantou e olhou uma última vez antes de caminhar até ele. Andou até o garoto a passos de tartaruga, sorrindo ao sentir o toque de sua mão na dela.
— Vamos. — Conteve uma parte da sua animação, mas ainda parecia uma criança ansiosa para o primeiro dia de aula.
entrelaçou os seus dedos nos de , sorrindo abertamente.
Se entreolharam uma última vez antes de começarem a caminhar, um ao lado do outro, pelo lugar luminoso.
No momento que os sons iam ficando mais altos, ambos sentiam o corpo ficar mais leve ainda e, em alguns minutos, as formas físicas de suas almas desapareceram, como um copo de água no mar, levando-os para onde estavam destinados. A vida um ao lado do outro.
Seja com a eternidade, reencarnação ou qualquer coisa que venha após a morte. Não importa.
e sempre estariam destinados um ao outro.
???, ???, ???
O garoto abriu os olhos com dificuldade, se deparando com a vasta claridade do local.
Ouvia um barulho de água por perto, mas não via nada, apenas a pura claridade. Decidiu caminhar pelo lugar, arriscando se perder no nada, à procura de uma resposta.
Só conseguia se lembrar da imagem de e da sua felicidade ao saber que encontraria a sua amada novamente. Mas onde estava ?
Será que isso era a morte? Apenas um vazio?
Continuou andando, até ouvir um choro.
Conhecia cada agudo daquele choro.
Correu para chegar a tempo. não sentia a respiração. Bem, não sentia nada, para ser sincero.
Quando viu o corpo da garota encolhido, sentiu como se uma bala tivesse atingido o seu corpo.
Mesmo morto, conseguia ter sentimentos.
Mas estava morto?
Se aproximou da garota, pousando a sua mão, que parecia mais leve do que nunca, no ombro dela.
virou apenas o rosto para ele, pálido e choroso.
— Eu estraguei a minha vida! — esbravejou, colocando o rosto entre os joelhos novamente. — Todo o meu esforço, não serviu para nada!
— Você não estragou nada. — o olhou com cara de desdém. — Talvez ela não tenha durado muito, isso é verdade — falou, em tom brincalhão, tentando acalmar a garota e ele. Sentiu o seu corpo sem vida pesar menos ao ouvir a risada fraca dela. — Você é uma estrela, .
A garota riu mais um pouco, desviando o seu olhar para o amado, fixando os seus olhos no dele.
— Por que demorou tanto? — perguntou, ainda com o tom choroso.
— Eu não demorei, morri logo após. — Deu de ombros, sem esforço para ficar agachado. — Talvez o tempo dos mortos seja diferente.
— Estamos na passagem, então, tecnicamente, não estamos mortos, ainda. — fez o mesmo movimento que , sorrindo logo após.
Ficaram em silêncio, com apenas o som da água e do vento no ambiente. Se encaravam perdidamente apaixonados, como se estivessem há muito tempo sem se ver. Mas aquele pequeno espaço de tempo havia sido suficiente para a saudade.
— É sério que morremos juntos? — perguntou, em tom zombeteiro.
— Acho que até ficamos um perto do outro. — Se levantou, com um sorriso nos lábios.
— O que é isso, afinal? Romeu e Julieta? — perguntou, brincalhona.
O garoto começou a andar pela vasta claridade, parando de andar antes que a garota o perdesse de vista. Virou o tronco em sua direção, de modo que conseguisse olhá-la.
— Vamos? — Estendeu a sua mão, sua voz em apenas um eco, mais distante que o seu corpo.
A garota o olhou, os olhos brilhando por conta das lágrimas. Agora escorriam por conta da felicidade de saber que poderia tê-lo por perto para sempre, não pela tristeza que sentia enquanto ainda estava viva.
Se levantou e olhou uma última vez antes de caminhar até ele. Andou até o garoto a passos de tartaruga, sorrindo ao sentir o toque de sua mão na dela.
— Vamos. — Conteve uma parte da sua animação, mas ainda parecia uma criança ansiosa para o primeiro dia de aula.
entrelaçou os seus dedos nos de , sorrindo abertamente.
Se entreolharam uma última vez antes de começarem a caminhar, um ao lado do outro, pelo lugar luminoso.
No momento que os sons iam ficando mais altos, ambos sentiam o corpo ficar mais leve ainda e, em alguns minutos, as formas físicas de suas almas desapareceram, como um copo de água no mar, levando-os para onde estavam destinados. A vida um ao lado do outro.
Seja com a eternidade, reencarnação ou qualquer coisa que venha após a morte. Não importa.
e sempre estariam destinados um ao outro.
Capítulo 02
20:30 da noite — 22 de fevereiro de 2018
383 Huron Street, Toronto, Canadá
colocava um pequeno buquê de flores no túmulo da falecida amiga, assim como havia feito no túmulo de , mas havia colocado apenas uma flor no seu, uma flor retirada do buquê de .
ainda não estava pronta para visitar ambos, mesmo depois de meses, mas entendia isso. era mais sensível do que e ela sabia muito bem disso.
— Me desculpa ter demorado a vir aqui. — estava rouca naquele dia, mas gastava a sua voz para falar com a amiga. — Nesses meses que eu não vim aqui, não aconteceu muita coisa, mas a não está mais com raiva de você.
Riu ao se lembrar da situação.
estava em total negação, mesmo depois de um mês da morte de , e, no momento que achou algo mínimo, transformou em uma tempestade, tentando substituir o sofrimento pela raiva. Não deu certo.
Mesmo tentando ficar furiosa pelo fato de ter descoberto sobre e , mas não podia, simplesmente não conseguia. Mesmo que tentasse, era impossível ficar com raiva de ambos, o sofrimento era inevitável depois disso.
— O e o foram presos, finalmente. — Respirou fundo. — Foi um baque enorme descobrir que, todos esses anos que eu estive na Red Royalty, eu estava do lado de dois assassinos. Eu os considerava os meus melhores amigos, dá para acreditar?
Deu uma risada irônica e se levantou, se preparando para ir embora.
— Hoje não é o melhor dia para atualizar vocês, eu só vim para vê-los, mas, outro dia, eu venho com mais tempo e mais cedo. — Encarou os túmulos uma última vez. — Até breve.
21:02 da noite — 22 de fevereiro de 2018
Apartamento 556, Toronto, Canadá
estava jogada no sofá, enquanto tomava um banho quente e demorado. assistia ao noticiário, já que não encontrara nada melhor para assistir. Enquanto se entediava com as notícias, comendo um pote de cereais, a garota foi surpreendida com duas fotos familiares.
Viu o rosto de e , pela primeira vez, depois de dias.
— Hoje tivemos informações sobre os assassinos do ballet, e . — A moça de cabelos avermelhados informou, chamando a atenção da garota deitada. — Nos foi informado que , responsável pela morte de três garotas e cúmplice do assassinato de um garoto, foi dado como um manipulador nato. Por enquanto, eles não fizeram nenhuma análise psicológica que consiga diagnosticar algo mais a fundo, mas, com base na convivência com o Serial Killer, eles conseguiram perceber a rotina de manipulação do garoto.
não estava nem um pouco surpresa e, sim, com raiva.
— Quanto a , as autoridades não acreditam que ele possa ter algum tipo de nível de psicopatia, como as suposições que têm sobre , mas também não o julgam como completo inocente. — Bateu alguns papéis em sua mesa e se pôs a falar. — afirma ter sido vítima de manipulação, mas até que a polícia tenha mais provas disso, a sua pena não será revisada. Por hoje, só temos essas atualizações sobre o caso, atualizaremos assim que possível!
A garota desligou a tevê sem esperar encerramento, não poderia mais ouvir algo do tipo.
Então era isso que todas as vítimas haviam virado, apenas citações anônimas. sabia que um dia isso tudo viraria apenas mais um vídeo no YouTube sobre o caso.
Tantas vidas e talentos desperdiçados, para, no final, virarem apenas algumas visualizações em uma plataforma de vídeos.
383 Huron Street, Toronto, Canadá
colocava um pequeno buquê de flores no túmulo da falecida amiga, assim como havia feito no túmulo de , mas havia colocado apenas uma flor no seu, uma flor retirada do buquê de .
ainda não estava pronta para visitar ambos, mesmo depois de meses, mas entendia isso. era mais sensível do que e ela sabia muito bem disso.
— Me desculpa ter demorado a vir aqui. — estava rouca naquele dia, mas gastava a sua voz para falar com a amiga. — Nesses meses que eu não vim aqui, não aconteceu muita coisa, mas a não está mais com raiva de você.
Riu ao se lembrar da situação.
estava em total negação, mesmo depois de um mês da morte de , e, no momento que achou algo mínimo, transformou em uma tempestade, tentando substituir o sofrimento pela raiva. Não deu certo.
Mesmo tentando ficar furiosa pelo fato de ter descoberto sobre e , mas não podia, simplesmente não conseguia. Mesmo que tentasse, era impossível ficar com raiva de ambos, o sofrimento era inevitável depois disso.
— O e o foram presos, finalmente. — Respirou fundo. — Foi um baque enorme descobrir que, todos esses anos que eu estive na Red Royalty, eu estava do lado de dois assassinos. Eu os considerava os meus melhores amigos, dá para acreditar?
Deu uma risada irônica e se levantou, se preparando para ir embora.
— Hoje não é o melhor dia para atualizar vocês, eu só vim para vê-los, mas, outro dia, eu venho com mais tempo e mais cedo. — Encarou os túmulos uma última vez. — Até breve.
21:02 da noite — 22 de fevereiro de 2018
Apartamento 556, Toronto, Canadá
estava jogada no sofá, enquanto tomava um banho quente e demorado. assistia ao noticiário, já que não encontrara nada melhor para assistir. Enquanto se entediava com as notícias, comendo um pote de cereais, a garota foi surpreendida com duas fotos familiares.
Viu o rosto de e , pela primeira vez, depois de dias.
— Hoje tivemos informações sobre os assassinos do ballet, e . — A moça de cabelos avermelhados informou, chamando a atenção da garota deitada. — Nos foi informado que , responsável pela morte de três garotas e cúmplice do assassinato de um garoto, foi dado como um manipulador nato. Por enquanto, eles não fizeram nenhuma análise psicológica que consiga diagnosticar algo mais a fundo, mas, com base na convivência com o Serial Killer, eles conseguiram perceber a rotina de manipulação do garoto.
não estava nem um pouco surpresa e, sim, com raiva.
— Quanto a , as autoridades não acreditam que ele possa ter algum tipo de nível de psicopatia, como as suposições que têm sobre , mas também não o julgam como completo inocente. — Bateu alguns papéis em sua mesa e se pôs a falar. — afirma ter sido vítima de manipulação, mas até que a polícia tenha mais provas disso, a sua pena não será revisada. Por hoje, só temos essas atualizações sobre o caso, atualizaremos assim que possível!
A garota desligou a tevê sem esperar encerramento, não poderia mais ouvir algo do tipo.
Então era isso que todas as vítimas haviam virado, apenas citações anônimas. sabia que um dia isso tudo viraria apenas mais um vídeo no YouTube sobre o caso.
Tantas vidas e talentos desperdiçados, para, no final, virarem apenas algumas visualizações em uma plataforma de vídeos.
FIM
Nota da autora: Quem diria que eu faria um spin-off de RGR.
Nem eu imaginava isso.
Acabei escrevendo YBR após ter decidido postar RGR no wattpad, no meio da aula.
Eu pensei: “Por que não proporcionar um final ‘feliz’, depois de ter, literalmente, matado o casal principal?”
Esse pensamento acabou vindo, tanto pelo lançamento de RGR no wattpad, quanto pelo fato de pessoas ao meu redor brincarem com a minha obsessão por finais tristes.
O spin-off deveria ter saído antes, mas eu comecei a escrever no meio da aula e acabei esquecendo de começar o último capítulo.
Mas saiu!
Espero que isso tenha compensado um pouco o final de RGR.
E também queria agradecer a maravilhosa Ste, uma beta incrível e que eu espero que esteja pronta para receber mais notificações minhas.
Essa história foi iniciada no dia 30/07/2023 entre às 8-9 da manhã e foi finalizada no dia 06/09/2023 exatamente às 17:15 da tarde.
Outras Fanfics:
→ Run Girl Run;
→ POV;
→ 03. Love Story.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Para saber quando essa fanfic vai atualizar, acompanhe aqui.
Nem eu imaginava isso.
Acabei escrevendo YBR após ter decidido postar RGR no wattpad, no meio da aula.
Eu pensei: “Por que não proporcionar um final ‘feliz’, depois de ter, literalmente, matado o casal principal?”
Esse pensamento acabou vindo, tanto pelo lançamento de RGR no wattpad, quanto pelo fato de pessoas ao meu redor brincarem com a minha obsessão por finais tristes.
O spin-off deveria ter saído antes, mas eu comecei a escrever no meio da aula e acabei esquecendo de começar o último capítulo.
Mas saiu!
Espero que isso tenha compensado um pouco o final de RGR.
E também queria agradecer a maravilhosa Ste, uma beta incrível e que eu espero que esteja pronta para receber mais notificações minhas.
Essa história foi iniciada no dia 30/07/2023 entre às 8-9 da manhã e foi finalizada no dia 06/09/2023 exatamente às 17:15 da tarde.
Outras Fanfics:
→ Run Girl Run;
→ POV;
→ 03. Love Story.
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Para saber quando essa fanfic vai atualizar, acompanhe aqui.