Zweites Mal

Finalizada em: 09/12/2017
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Capítulo Único

Londres, sete meses após a transferência de para o Chelsea.

Papa, como ela é?
atravessava as portas de vidro do St. Thomas’ Hospital com Manu em seu colo. Durante a madrugada a bolsa de havia estourado e ele correu com a esposa para o hospital, para o nascimento do segundo bebê , não sem antes deixar Manuela com um de seus companheiros de time, que já estavam antecipadamente avisados que a criança poderia nascer a qualquer momento.
— O bebê? — os cachos loiros de Manu caídos ao lado de seu rosto balançaram no momento que ela movimentou a cabeça, confirmando a pergunta do pai — Você prefere que seja menina ou menino?
Manuela pareceu pensar por um tempo, enquanto o pai esperava o elevador e por fim, acabou dando de ombros.
— Tanto faz. É um irmãozinho. Eu vou ter com quem brincar mesmo assim.
Assim como a primeira gravidez de , a segunda também não foi planejada, mas pegou a família de surpresa, pois estavam em meio à mudança de Dortmund para Londres e tentando se habituar à nova vida que iriam levar na Inglaterra.
Depois do susto, ao perceber que estava atrasada, e confirmar com um teste de farmácia, a esposa de confidenciou à filha mais velha e juntas, armaram um plano para contar ao pai e marido. Porém, diferente do que fizeram com Manu, dessa vez resolveram esperar o parto para descobrir o sexo do bebê.
Manuela estava feliz, curiosa para saber o sexo do bebê, já que o pai ainda não tinha lhe contado, e não cansava de falar aos pais que iria cuidar com todo carinho do bebê que estava na barriga de .
Pai e filha entraram no elevador e apertou o número três, indicando o quarto onde estava. Na mão que estava livre, o marido de tinha um buquê de flores em mãos. Quando o elevador chegou ao andar desejado, o homem saiu com Manu ainda falante e curiosa, caminhou até uma porta ao fim do corredor, e colocou a menina no chão.
— A Mama e sua irmãzinha podem estar dormindo, shh! — ele levou um dedo na boca para a menina que brilhou os olhos.
— É menina?! — Manu se exaltou com as palavras do pai e logo em seguida, levou as duas mãozinhas à boca ao ser repreendida com o olhar.
então sorriu para a filha e entregou as flores para ela, que segurava de mal jeito.
— Isso é para a sua Mama, você entrega para ela?
Manuela concordou e segurando com dificuldade, já que pegava pela lateral do buquê, segurou enquanto abriu a porta do quarto. Do lado oposto, uma grande janela, com vista para o Palácio de Westminster e o majestoso Big Ben brilhando sob o sol da primavera que se iniciava na capital inglesa.
Mama! — Manu correu até a cama onde a mãe estava deitada assistindo televisão — Isso é para você, o Papa pediu para entregar!
— Minha e sua, Liebe. — a corrigiu.
— Uau! São lindas. Obrigada, meus amores. — sorriu para a filha, e pegou da mão dela — Como você está? Se comportou direitinho?
A menina balançou a cabeça e um pouco sem interesse no que a mãe falava, se pendurou no pequeno berço que tinha ao lado da cama da mãe, procurando o bebê.
— Cadê ela? — se virou para os pais — Cadê a minha irmã?
No instante que Manu perguntou, os três ouviram batidas na porta e uma enfermeira entrou carregando um pacote enrolado em cobertas brancas.
— Olha só o que temos aqui… A família está completa?
— Agora está. — estendeu o braço e pegou a pequena criança recém nascida em seus braços — Está tudo bem com ela?
— Todos os exames perfeitos. No fim do dia vocês já podem ir para a casa. — a enfermeira ajudou a se acomodar sentada — Se me dão licença… — e então saiu do quarto.
Manu era uma criança muito curiosa e da mesma forma olhava para o pacote nos braços da mãe. , ao perceber, a filha mais velha querendo ver a mais nova, a levantou, colocando-a na cama ao lado de .
Mama? — murmurou para que a filha continuasse — Eu posso segurar ela?
e trocaram um olhar cúmplice e com cuidado, transferiu sua mais nova bebê para os braços da filha e tanto ela, quanto o pai, as fecharam em um casulo de proteção. Manu afastou um pouco o cobertor e sorriu para ver a menina que balbuciava no colo da irmã, com seus olhos fechados.
— Oi, eu sou a Manu, sou a sua irmã mais velha.
Manuela segurava a irmã da mesma forma que segura uma de suas bonecas e analisava todos os seus traços. Apesar de ter nascido de cabelo castanho claro, os de Manu se transformaram em loiros com olhos que mais pareciam gemas azuis. Já a bebê que estava em seu colo, tinha pouco cabelo, mas era bem escuro e duas jabuticabas no local de olhos. Igual a .
— Como é o nome dela?
olhou para , que assentiu com a cabeça, como se pedisse autorização para a esposa. deu de ombros para o marido.
— Eu quem escolhi o nome da Manu, é a sua vez.
— Emma. O nome da sua irmãzinha é Emma.
— Emma… Oi, Emma… Ei! — a menina então virou para os pais, ao lembrar da onde ela conhecia aquele nome — O nome dela é Emma.
— Você sai de Dortmund, mas Dortmund não sai de você. — comentou, enquanto Manu contava para a pequena Emma que seu nome era o mesmo da abelha que ela tanto gostava e sentiu por deixar na Alemanha, ao se mudarem para Londres.
— O que eu posso fazer? Nós nos conhecemos lá, casamos, nossa primeira filha nasceu lá. Você consegue entender que Dortmund é a nossa história? As nossas primeiras vezes?
— Eu gosto do nome Emma! Emma e Manu. Vamos ser amigas, Mama, não vamos? — Manuela cortou o assunto dos pais.
— Vocês vão ser amigas para sempre — passou a mão pelos cachos loiros da filha e virou novamente para o marido — Dortmund são as nossas primeiras vezes. Londres vai ter as nossas segundas vezes.
— Segunda cidade, segundo time, segunda filha…
Zweites Mal.
E como se fosse um filme que repetia em sua cabeça, passou o resto do dia no hospital, com sua pequena família, agradecendo pelas suas segundas oportunidades que a vida estava lhe dando.





Fim.



Nota da autora: Cheguei a um ponto da vida que as outras autoras da minha beta-reader me ameaçaram se eu não enviasse esse conto para o site. Tudo bom com vocês? Só para continuar o costume de Erstes Mal, mais uma pitada de dose de diabete para vocês. Emma nasceu, e nosso casal lindo construiu uma família maravilhosa. Espero que vocês tenham gostado, e amem muito eles do jeito que eu amo.




Nota da beta: Hahahaha ri horrores das ameaças de um certo alguém ai. Que adorável isso, gente! Esse conto foi maravilhoso, você sempre arrasando nas suas obras,né? Amo muito, deu para matar um tiquinho da saudade que estou de Erstes Mal <3

Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.
Para saber quando essa fic vai atualizar, acompanhe aqui.


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