Capítulo 1
Havia dois anos que eu tinha me mudado pra Seoul para ficar com minha tia Hye Soo, irmã do meu pai Lee Nae Sang.
Ele faleceu de infarto, ficar sem meu pai que era tudo para mim foi ainda mais doloroso já que eu não cheguei a
conhecer minha mãe Debora, pois ela morreu por causa de uma infecção após o parto quando nasci. Como eu só tinha
tia Hye de parente e ainda era menor fui ficar com ela, não ficávamos muito tempo juntas, ela trabalhava de empregada
a muitos anos em uma casa de rico em tempo integral e eu passava o dia estudando, mas apesar do pouco tempo em que nos
encontrávamos nos tornamos amigas e nos apoiamos uma na outra.
Tia Hye Soo morava em uma casa simples e antiga nos arredores do bairro Gangnam, dormíamos no mesmo quarto pois o telhado do outro estava precisando de reforma e poderia cair a qualquer momento, as vezes ficava acordada até tarde me ensinando a falar coreano, foi difícil no início, mas me adaptei rápido, afinal aquela seria minha nova casa. Eu finalmente me formei e comecei a faculdade de arquitetura que era meu sonho e faz três meses que eu comecei a trabalhar em uma loja de utensílios domésticos, o gerente senhor é muito gentil e agradável me ensinou o trabalho e sempre me ajuda quando me confundo com um produto.
— Você é muito esperta , aquela jarra estava empacada aqui a meses, ainda não sei como conseguiu que o cliente levasse. — ele riu.
— Acho que fui um tanto persuasiva, ele não teve como recusar eu praticamente o obriguei. — eu ri junto arrumando a prateleira.
— Em todo caso hoje termina seu período de experiência.
— O senhor acha que vão me mandar embora? — me preocupo.
— Por favor, já disse para me chamar de , e não, ao contrário, o dono da loja senhor Han Young Kwang me chamou hoje mais cedo para dizer que gostou muito do seu trabalho e me pediu para te dizer que vai efetivar você.
— Está falando sério? — eu mal pude acreditar.
— Estou sim a partir de amanhã você é oficialmente funcionaria da Han Utensílios.
— Nossa! — eu fiquei tão animada e feliz que acabei o abraçando, quando dei por mim do que tinha feito me afastei sorrindo timidamente, percebi que ele ficou um pouco vermelho — Eu acho que devo isso a você, foi tão paciente comigo me ensinando tudo. — Tentei desviar o olhar.
— Imagina, o mérito é todo seu, parabéns.
— Obrigada.
Ainda tímido ele se virou para ir embora, mas pensou melhor e voltou até mim.
— ?
— Sim.
— Você tem algum compromisso para hoje?
— Não, eu não terei aula por que? — eu acho que não prestei atenção quando ele perguntou.
— Bem, agora que somos colegas de trabalho, eu poderia te convidar para comer alguma coisa? — ele falou rápido.
— Me convidar? — todo aquele tempo morando em Seoul e foi a primeira vez que um rapaz me convidava para algo, fiquei boba de repente.
— Sim, para comemorar sua efetivação. — disse como se precisasse me dar uma justificativa.
— Ah, sim claro, tudo bem. — e eu achando que era um encontro, boba.
— Eu te espero na saída do trabalho então, com licença. — ele estava mais aliviado com minha resposta e voltou tranquilo para suas tarefas, acredito que aquele abraço o motivou.
Na saída do trabalho, ele me levou a um restaurante próximo à estação onde comemos bulgogi, nunca tinha comido algo tão gostoso e a companhia dele naquele momento foi indispensável, conversamos por um bom tempo, foi difícil me concentrar ele é muito charmoso e brincalhão, ao fim nos despedimos na estação tomando caminhos opostos. Eu voltei para casa alegre e satisfeita desejando mais dias como aquele. Mais um mês se passou, eu estava indo bem no trabalho e sentia que eu e estávamos mais próximos, eu não posso dizer que estava me apaixonando, mas estar com ele me fazia muito bem. O dia estava perto de acabar e eu estava atendendo um cliente quando me chamou para atender a um telefonema, era tia Hye Soo.
— Oi tia Hye, algum problema?
— Não, nenhum — ela começou a tossir e falava com a voz um pouco rouca por causa da tosse.
— Tia a senhora está bem? — de longe eu era observada por [Hee Chul] que terminava de atender o meu cliente.
— Sim estou, eu acho que peguei uma gripe só isso, preciso que compre uns analgésicos para mim, tudo bem?
— Claro, eu compro quando for pra casa — eu ouvia ela tossir ainda mais forte no telefone — Eu vou levar comida também não se preocupe, a senhora deve ir descansar anda trabalhando demais e chega muito tarde.
— Deixe disto, eu estou acostumada e um pouco de trabalho não faz mal a ninguém — tossiu mais — eu vou pra casa assim que puder.
— Tia, por favor a senhora tem que se cuidar, o dono da casa não vê que a senhora esta doente ele deve deixar a senhora sair mais cedo.
— não diga bobagens, não é para tanto, não tenho nada sério, você se preocupa de mais, em todo caso nos vemos a noite ok.
— Tudo bem — relutante eu concordei, nos despedimos e eu fui falar com que preenchia umas notas fiscais — E então ele levou o faqueiro?
— Sim e um conjunto de taças também, foi uma boa venda.
— Que bom. — eu não consegui disfarçar minhas rugas de preocupação com tia Hye.
— Aconteceu alguma coisa, você não parece bem?
— Eu não quero te incomodar com meus problemas.
— Você não me incomoda nem um pouco, amigos são para horas de problemas também, pode me falar o que houve.
— É a minha tia, ela anda tossindo muito estes dias, diz que é só uma gripe, mas está piorando e ela é tão teimosa que não quer ir ao médico e anda trabalhando além do limite, não sei o que faço.
— Não se preocupe as vezes é só isso mesmo.
— Não sei, estou com medo de… não quero nem pensar, ela é a única família que eu tenho.
— Olha, por que você não sai mais cedo hoje e resolve isso.
— Não, de jeito nenhum eu não posso te deixar sozinho.
— Ei não tem problema, o movimento hoje está fraco e você é uma boa funcionaria, não faria isso se não fosse algo sério.
— Você sempre gentil me ajudando.
— Não estou fazendo nada demais é minha obrigação zelar pelo bem-estar de um funcionário, você não vai trabalhar direito com a cabeça cheia certo?
— Tem razão. — não acredito que ele disse isso.
— Então, você está dispensada por hoje.
— Obrigada, eu não sei como posso retribuir.
— Não se preocupe, na hora certa eu irei cobrar. — ele sorriu com charme.
— Tudo bem — eu sorri envergonhada — é melhor eu ir, nos vemos amanhã.
— Estarei esperando.
Eu me troquei e sai da loja fui a farmácia comprei os remédios e passei no mercado para comprar comida, depois voltei para casa, preparei o jantar e fiquei esperando que tia Hye chegasse. Já era tarde e ainda nada dela, estava ficando apavorada, na casa onde ela trabalhava não atendiam o telefone e pela primeira vez ela esqueceu o celular em casa, adicionei mais 10 rugas a minha jovem face, mas para fim do meu desespero o telefone tocou.
— Alô, tia Hye Soo?
— Não, ela está internada no Hospital Severance, anote o endereço. — era a voz de um homem, grossa e suave.
— Como assim internada, o que ela tem? — fiquei em choque.
— Ainda não disseram, você é Lee a sobrinha?
— Sim.
— Precisa vir até aqui, só iram dar mais informações na presença de um parente, por favor anote o endereço.
— Tudo bem, pode falar. — ele me disse o caminho e os pontos de referência — Obrigada eu já estou indo. Você não disse o seu … — antes que eu pudesse terminar ele desligou, que cara estranho de qualquer jeito se não fosse por ele eu iria ficar sem saber onde tia Hye estava.
Fui imediatamente para o Hospital e falei com o médico que a atendeu, doutor Nam disse que ela está com pneumonia grave, proveniente de uma gripe mal cuidada e excesso de esforço físico. Por que será que eu não fiquei surpresa, de qualquer maneira o quadro era preocupante e ela estava em observação tomando medicamento na veia já que ficou desacordada desde que desmaiou no trabalho. Só tinha uma coisa me deixando ainda mais tensa, como iria pagar as despesas do Hospital, meu salário e o dela já tinha ido quase todo nas contas e no concerto do telhado do quarto, mas respirei fundo e fui a recepção saber o tamanho da dívida, nesse momento começam as surpresas.
— Qual é o nome da paciente? — perguntou uma das recepcionistas muito simpática.
— Lee Hye Soo, é minha tia e deu entrada hoje a tarde. — a mulher procurou no computador e verificou algumas fichas.
— Ah sim, encontrei senhora Lee Hye Soo, a conta e as despesas medicas já foram todas pagas.
— O que? — nem consegui raciocinar, que milagre instantâneo era aquele?
— É isso mesmo senhorita, não há nenhum debito referente a senhora Lee.
— Tudo bem, você pode me dizer quem pagou? — os amigos da minha tia eram mais duros do que ela e eu não tinha falado nada com ninguém ainda.
— Infelizmente não, como foi pago em dinheiro ele não era obrigado a se identificar no recibo.
— Obrigada! — quem nessa vida anda com tanto dinheiro assim na carteira meu Deus?
Bom, era menos uma coisa para eu me preocupar, a outra era meu trabalho, mas mais uma vez pude contar com a gentileza e ajuda de que me autorizou a ficar com minha tia o tempo que precisasse, eu fico me perguntando se ele faz isto por que é uma boa pessoa ou se é bom só para mim.
Tia Hye Soo morava em uma casa simples e antiga nos arredores do bairro Gangnam, dormíamos no mesmo quarto pois o telhado do outro estava precisando de reforma e poderia cair a qualquer momento, as vezes ficava acordada até tarde me ensinando a falar coreano, foi difícil no início, mas me adaptei rápido, afinal aquela seria minha nova casa. Eu finalmente me formei e comecei a faculdade de arquitetura que era meu sonho e faz três meses que eu comecei a trabalhar em uma loja de utensílios domésticos, o gerente senhor é muito gentil e agradável me ensinou o trabalho e sempre me ajuda quando me confundo com um produto.
— Você é muito esperta , aquela jarra estava empacada aqui a meses, ainda não sei como conseguiu que o cliente levasse. — ele riu.
— Acho que fui um tanto persuasiva, ele não teve como recusar eu praticamente o obriguei. — eu ri junto arrumando a prateleira.
— Em todo caso hoje termina seu período de experiência.
— O senhor acha que vão me mandar embora? — me preocupo.
— Por favor, já disse para me chamar de , e não, ao contrário, o dono da loja senhor Han Young Kwang me chamou hoje mais cedo para dizer que gostou muito do seu trabalho e me pediu para te dizer que vai efetivar você.
— Está falando sério? — eu mal pude acreditar.
— Estou sim a partir de amanhã você é oficialmente funcionaria da Han Utensílios.
— Nossa! — eu fiquei tão animada e feliz que acabei o abraçando, quando dei por mim do que tinha feito me afastei sorrindo timidamente, percebi que ele ficou um pouco vermelho — Eu acho que devo isso a você, foi tão paciente comigo me ensinando tudo. — Tentei desviar o olhar.
— Imagina, o mérito é todo seu, parabéns.
— Obrigada.
Ainda tímido ele se virou para ir embora, mas pensou melhor e voltou até mim.
— ?
— Sim.
— Você tem algum compromisso para hoje?
— Não, eu não terei aula por que? — eu acho que não prestei atenção quando ele perguntou.
— Bem, agora que somos colegas de trabalho, eu poderia te convidar para comer alguma coisa? — ele falou rápido.
— Me convidar? — todo aquele tempo morando em Seoul e foi a primeira vez que um rapaz me convidava para algo, fiquei boba de repente.
— Sim, para comemorar sua efetivação. — disse como se precisasse me dar uma justificativa.
— Ah, sim claro, tudo bem. — e eu achando que era um encontro, boba.
— Eu te espero na saída do trabalho então, com licença. — ele estava mais aliviado com minha resposta e voltou tranquilo para suas tarefas, acredito que aquele abraço o motivou.
Na saída do trabalho, ele me levou a um restaurante próximo à estação onde comemos bulgogi, nunca tinha comido algo tão gostoso e a companhia dele naquele momento foi indispensável, conversamos por um bom tempo, foi difícil me concentrar ele é muito charmoso e brincalhão, ao fim nos despedimos na estação tomando caminhos opostos. Eu voltei para casa alegre e satisfeita desejando mais dias como aquele. Mais um mês se passou, eu estava indo bem no trabalho e sentia que eu e estávamos mais próximos, eu não posso dizer que estava me apaixonando, mas estar com ele me fazia muito bem. O dia estava perto de acabar e eu estava atendendo um cliente quando me chamou para atender a um telefonema, era tia Hye Soo.
— Oi tia Hye, algum problema?
— Não, nenhum — ela começou a tossir e falava com a voz um pouco rouca por causa da tosse.
— Tia a senhora está bem? — de longe eu era observada por [Hee Chul] que terminava de atender o meu cliente.
— Sim estou, eu acho que peguei uma gripe só isso, preciso que compre uns analgésicos para mim, tudo bem?
— Claro, eu compro quando for pra casa — eu ouvia ela tossir ainda mais forte no telefone — Eu vou levar comida também não se preocupe, a senhora deve ir descansar anda trabalhando demais e chega muito tarde.
— Deixe disto, eu estou acostumada e um pouco de trabalho não faz mal a ninguém — tossiu mais — eu vou pra casa assim que puder.
— Tia, por favor a senhora tem que se cuidar, o dono da casa não vê que a senhora esta doente ele deve deixar a senhora sair mais cedo.
— não diga bobagens, não é para tanto, não tenho nada sério, você se preocupa de mais, em todo caso nos vemos a noite ok.
— Tudo bem — relutante eu concordei, nos despedimos e eu fui falar com que preenchia umas notas fiscais — E então ele levou o faqueiro?
— Sim e um conjunto de taças também, foi uma boa venda.
— Que bom. — eu não consegui disfarçar minhas rugas de preocupação com tia Hye.
— Aconteceu alguma coisa, você não parece bem?
— Eu não quero te incomodar com meus problemas.
— Você não me incomoda nem um pouco, amigos são para horas de problemas também, pode me falar o que houve.
— É a minha tia, ela anda tossindo muito estes dias, diz que é só uma gripe, mas está piorando e ela é tão teimosa que não quer ir ao médico e anda trabalhando além do limite, não sei o que faço.
— Não se preocupe as vezes é só isso mesmo.
— Não sei, estou com medo de… não quero nem pensar, ela é a única família que eu tenho.
— Olha, por que você não sai mais cedo hoje e resolve isso.
— Não, de jeito nenhum eu não posso te deixar sozinho.
— Ei não tem problema, o movimento hoje está fraco e você é uma boa funcionaria, não faria isso se não fosse algo sério.
— Você sempre gentil me ajudando.
— Não estou fazendo nada demais é minha obrigação zelar pelo bem-estar de um funcionário, você não vai trabalhar direito com a cabeça cheia certo?
— Tem razão. — não acredito que ele disse isso.
— Então, você está dispensada por hoje.
— Obrigada, eu não sei como posso retribuir.
— Não se preocupe, na hora certa eu irei cobrar. — ele sorriu com charme.
— Tudo bem — eu sorri envergonhada — é melhor eu ir, nos vemos amanhã.
— Estarei esperando.
Eu me troquei e sai da loja fui a farmácia comprei os remédios e passei no mercado para comprar comida, depois voltei para casa, preparei o jantar e fiquei esperando que tia Hye chegasse. Já era tarde e ainda nada dela, estava ficando apavorada, na casa onde ela trabalhava não atendiam o telefone e pela primeira vez ela esqueceu o celular em casa, adicionei mais 10 rugas a minha jovem face, mas para fim do meu desespero o telefone tocou.
— Alô, tia Hye Soo?
— Não, ela está internada no Hospital Severance, anote o endereço. — era a voz de um homem, grossa e suave.
— Como assim internada, o que ela tem? — fiquei em choque.
— Ainda não disseram, você é Lee a sobrinha?
— Sim.
— Precisa vir até aqui, só iram dar mais informações na presença de um parente, por favor anote o endereço.
— Tudo bem, pode falar. — ele me disse o caminho e os pontos de referência — Obrigada eu já estou indo. Você não disse o seu … — antes que eu pudesse terminar ele desligou, que cara estranho de qualquer jeito se não fosse por ele eu iria ficar sem saber onde tia Hye estava.
Fui imediatamente para o Hospital e falei com o médico que a atendeu, doutor Nam disse que ela está com pneumonia grave, proveniente de uma gripe mal cuidada e excesso de esforço físico. Por que será que eu não fiquei surpresa, de qualquer maneira o quadro era preocupante e ela estava em observação tomando medicamento na veia já que ficou desacordada desde que desmaiou no trabalho. Só tinha uma coisa me deixando ainda mais tensa, como iria pagar as despesas do Hospital, meu salário e o dela já tinha ido quase todo nas contas e no concerto do telhado do quarto, mas respirei fundo e fui a recepção saber o tamanho da dívida, nesse momento começam as surpresas.
— Qual é o nome da paciente? — perguntou uma das recepcionistas muito simpática.
— Lee Hye Soo, é minha tia e deu entrada hoje a tarde. — a mulher procurou no computador e verificou algumas fichas.
— Ah sim, encontrei senhora Lee Hye Soo, a conta e as despesas medicas já foram todas pagas.
— O que? — nem consegui raciocinar, que milagre instantâneo era aquele?
— É isso mesmo senhorita, não há nenhum debito referente a senhora Lee.
— Tudo bem, você pode me dizer quem pagou? — os amigos da minha tia eram mais duros do que ela e eu não tinha falado nada com ninguém ainda.
— Infelizmente não, como foi pago em dinheiro ele não era obrigado a se identificar no recibo.
— Obrigada! — quem nessa vida anda com tanto dinheiro assim na carteira meu Deus?
Bom, era menos uma coisa para eu me preocupar, a outra era meu trabalho, mas mais uma vez pude contar com a gentileza e ajuda de que me autorizou a ficar com minha tia o tempo que precisasse, eu fico me perguntando se ele faz isto por que é uma boa pessoa ou se é bom só para mim.
Capítulo 2
Tia Hye acordou depois de dois dias, estava muito fraca e seu sistema imunológico estava debilitado, o que tornou mais difícil acabar com a pneumonia,
finalmente me deixaram vê-la.
— Tia eu te avisei tanto para se cuidar, por que deixou que ficasse pior.
— Me desculpe , eu não queria te preocupar, você se esforça tanto para me ajudar. — dizia com a voz baixa e falhando.
— Eu devia ter me esforçado mais — não aguentei e comecei a chorar — eu me sinto tão inútil.
— Não diga isso — ela passava a mão no meu rosto secando minhas lagrimas — você foi a melhor coisa que Nae Sang deixou para mim e estou muito orgulhosa da mulher que você se tornou.
— Tia Hye por favor lute, a senhora não pode me deixar também. — chorei ainda mais, até soluçava.
— Pare de chorar eu não vou a lugar nenhum, ei me prometa que sera corajosa e que não vai desistir dos seus sonhos, vamos me prometa. — segurando firme em minhas mãos.
— Só se a senhora prometer também.
— Esta bem eu prometo, agora é sua vez.
— Eu prometo.
— — antes que ela pudesse me dizer qualquer coisa uma enfermeira entrou.
— Eu sinto muito, mas a senhorita precisa sair agora a paciente precisa descansar.
— Tudo bem, eu volto outra hora pra gente conversar. — ela sorriu para mim em resposta.
E eu sai do quarto, fui ao refeitório comer algo e voltei para a recepção, estava exausta e peguei no sono ali mesmo sentada na poltrona, o cansaço era tanto que mesmo desconfortável eu estava achando muito bom até que um senhor que aparentava uns 50 anos de terno e bem apresentável me chamou.
— Senhorita Lee ?
— Sim, sou eu. — cocei os olhos para tentar acordar.
— Me desculpe incomodá-la desta forma.
— Não tem problema, e quem é o senhor?
— Eu sou advogado Park Chul Min, represento o dono da empresa Kimera Motors — se sentou na poltrona ao lado abrindo uma pasta sobre o colo — Mais uma vez peço que me desculpe pelo inconveniente.
— Em que eu posso ajudar?
— Bom, a sua tia é empregada na casa do meu patrão a muitos anos e como ela não está bem de saúde e precisou se ausentar, nós tomamos todas as providencias para que ela possa se recuperar tranquilamente, a senhorita não precisara se preocupar com as despesas do Hospital e de futuros tratamentos e medicamentos. A empresa ficará responsável por quais quer gastos que tenham durante sua estadia aqui e ao longo de sua recuperação. — ele pegou alguns papeis da pasta e os organizou.
— Eu nem sei o que dizer, nós estamos muito agradecidas pelo que estão fazendo. — mal eu sabia que já era a segunda surpresa, boba.
— Eu acredito que sim senhorita Lee, tem mais uma coisa que eu preciso esclarecer, a sua tia a dois anos pegou um empréstimo de um valor considerável, que o meu patrão pagou, transferindo a dívida dela com o banco para ele. Ela já estava pagando com uma parte do seu salário, mas devido a este incidente meu patrão ficou sem a empregada e também ficara sem receber a quantia que falta da dívida.
— E de quanto nos estamos falando. — eu tentei me manter sã por que era muita loucura junta.
— Bem vejamos, aqui está. — ele esticou os papeis para mim apontando os valores. Eu engoli seco, por que minha tia pegou tanto dinheiro assim e o que ela fez com ele, eu quase desmaiei, comecei a ficar com falta de ar e a pergunta agora era: Como é que eu vou pagar esse homem? — A senhorita está bem?
— Eu não sei — comecei a me abanar com os papeis parecia calor, mas era de nervoso mesmo.
— Quer que eu lhe traga alguma coisa, um copo de água?
— Não, eu estou bem. — só que não.
— Pelo que vejo, eu a peguei de surpresa, não sabia sobre este empréstimo não é mesmo?
— Não fazia a menor ideia. Eu não entendo, o que eu posso fazer, tenho meu trabalho, mas não conseguiria pagar nem um terço deste valor mesmo se me desce anos para pagar. Tem as despesas da casa e da Faculdade, eu não sei o que fazer. — eu estava perdida com tanto coisa rodando na minha cabeça mas ai vem a terceira surpresa.
— Na verdade há uma maneira — olhei para ele esperando um milagre, que frustrante. — A sua tia assinou um contrato para os termos de quitação da divida e neste há uma clausula que diz, vejamos — ele procurou a página onde estava a tal clausula — Achei, aqui diz que se por ventura a senhora Lee Hye Soo estiver incapacitada de cumprir com sua parte no acordo de quitação, independentemente do motivo, seus deveres passaram para o(a) parente mais próximo que deverá substituí-la até o seu retorno ou até que a dívida esteja devidamente quitada. Este deve cumprir as obrigações e se pôr à disposição do requerente deste contrato até que o valor requerido seja totalmente pago ou que haja suspensão da dívida por parte do requerente.
— Acho que não entendi. — na verdade eu entendi, não queria ter entendido, mas entendi.
— Basicamente falando, a senhorita, como é a única parente mais próxima da senhora Lee para quitar a dívida dela, terá que trabalhar no lugar dela, na casa do patrão cumprindo com as obrigações do cargo que ela ocupava e se colocando à disposição dele para o que mais precisasse, mas em todo caso qualquer coisa que fizer além de seus deveres o obrigam a abater a dívida de acordo com a dificuldade do que ele lhe solicitar, a senhorita entendi agora.
— Acho que agora vou aceitar o copo de água. — tentando não ficar desesperada.
— Eu vou trazer. — ele foi buscar a água.
Eu fiquei ali, catatônica, o chão havia sumido debaixo dos meus pés, como eu queria encontrar um buraco e me entocar nele, eu realmente não fazia ideia do que eu ia fazer, não poderia conciliar dois empregos e a faculdade e com a tia Hye naquele estado, ai que vontade de morrer. Não, eu não posso pensar assim, eu prometi a ela que seria corajosa, mas desse jeito ta difícil, respirei fundo, ele já estava voltando com a água e eu tinha que manter o controle.
— Aqui está senhorita, eu posso imaginar como está se sentindo, é tudo muito repentino. – disse ele, eu peguei o copo das mãos dele e revirei de uma vez, não dava pra fugir então tinha que saber de tudo.
— Se eu não quiser, me submeter a este acordo, o que acontece?
— A sua tia… — ele hesitou um pouco para falar — Perderá a casa e todos os bens de valor que tiver.
— A casa? — isso é um pesadelo.
— Sim.
— Ela batalhou tanto pra comprar aquela casa, juntou cada centavo, é tudo que ela tem, esse cara não pode fazer isso. — fiquei revoltada.
— Se o acordo não for cumprido, sim, ele pode, é um contrato legal feito de comum acordo pela sua tia e meu patrão, eu realmente sinto muito.
— Eu — respirei fundo tentando digerir a situação — tenho algum prazo, um tempo pra decidir sobre tudo isso? — tentando me conformar.
— A senhorita tem uma semana para dar a resposta e caso decida aceitar, aconselho que resolva qualquer pendencia que tenha neste prazo. E mais uma coisa, este contrato é confidencial, por motivo algum, a senhorita não poderá divulgar as condições estabelecidas, compreende?
— Sim, eu mesma não vejo proposito em repetir isto.
— Isto é bom, eu preciso ir, tenho outras obrigações, tome o meu cartão se a senhorita precisar de algo — me passou o papel — Terei satisfação em ajuda-la, estimo melhoras a sua tia. — sorriu gentilmente
— Obrigada! — sorri de volta um pouco sem graça
— Nos vemos em breve.
— Senhor Park? — o chamei antes que se afastasse mais.
— Sim. — ele se virou.
— Minha tia não me dizia muito sobre seu trabalho, então gostaria de saber qual o nome do dono da casa.
— Ah sim, é o jovem , mas não se preocupe vão se conhecer logo, mais alguma coisa?
— Não, é só isso mesmo, obrigada. — ele acenou e foi embora, eu fiquei pensando e falando comigo mesma até chegar a uma conclusão nada favorável — , eu estou nas suas mãos.
— Tia eu te avisei tanto para se cuidar, por que deixou que ficasse pior.
— Me desculpe , eu não queria te preocupar, você se esforça tanto para me ajudar. — dizia com a voz baixa e falhando.
— Eu devia ter me esforçado mais — não aguentei e comecei a chorar — eu me sinto tão inútil.
— Não diga isso — ela passava a mão no meu rosto secando minhas lagrimas — você foi a melhor coisa que Nae Sang deixou para mim e estou muito orgulhosa da mulher que você se tornou.
— Tia Hye por favor lute, a senhora não pode me deixar também. — chorei ainda mais, até soluçava.
— Pare de chorar eu não vou a lugar nenhum, ei me prometa que sera corajosa e que não vai desistir dos seus sonhos, vamos me prometa. — segurando firme em minhas mãos.
— Só se a senhora prometer também.
— Esta bem eu prometo, agora é sua vez.
— Eu prometo.
— — antes que ela pudesse me dizer qualquer coisa uma enfermeira entrou.
— Eu sinto muito, mas a senhorita precisa sair agora a paciente precisa descansar.
— Tudo bem, eu volto outra hora pra gente conversar. — ela sorriu para mim em resposta.
E eu sai do quarto, fui ao refeitório comer algo e voltei para a recepção, estava exausta e peguei no sono ali mesmo sentada na poltrona, o cansaço era tanto que mesmo desconfortável eu estava achando muito bom até que um senhor que aparentava uns 50 anos de terno e bem apresentável me chamou.
— Senhorita Lee ?
— Sim, sou eu. — cocei os olhos para tentar acordar.
— Me desculpe incomodá-la desta forma.
— Não tem problema, e quem é o senhor?
— Eu sou advogado Park Chul Min, represento o dono da empresa Kimera Motors — se sentou na poltrona ao lado abrindo uma pasta sobre o colo — Mais uma vez peço que me desculpe pelo inconveniente.
— Em que eu posso ajudar?
— Bom, a sua tia é empregada na casa do meu patrão a muitos anos e como ela não está bem de saúde e precisou se ausentar, nós tomamos todas as providencias para que ela possa se recuperar tranquilamente, a senhorita não precisara se preocupar com as despesas do Hospital e de futuros tratamentos e medicamentos. A empresa ficará responsável por quais quer gastos que tenham durante sua estadia aqui e ao longo de sua recuperação. — ele pegou alguns papeis da pasta e os organizou.
— Eu nem sei o que dizer, nós estamos muito agradecidas pelo que estão fazendo. — mal eu sabia que já era a segunda surpresa, boba.
— Eu acredito que sim senhorita Lee, tem mais uma coisa que eu preciso esclarecer, a sua tia a dois anos pegou um empréstimo de um valor considerável, que o meu patrão pagou, transferindo a dívida dela com o banco para ele. Ela já estava pagando com uma parte do seu salário, mas devido a este incidente meu patrão ficou sem a empregada e também ficara sem receber a quantia que falta da dívida.
— E de quanto nos estamos falando. — eu tentei me manter sã por que era muita loucura junta.
— Bem vejamos, aqui está. — ele esticou os papeis para mim apontando os valores. Eu engoli seco, por que minha tia pegou tanto dinheiro assim e o que ela fez com ele, eu quase desmaiei, comecei a ficar com falta de ar e a pergunta agora era: Como é que eu vou pagar esse homem? — A senhorita está bem?
— Eu não sei — comecei a me abanar com os papeis parecia calor, mas era de nervoso mesmo.
— Quer que eu lhe traga alguma coisa, um copo de água?
— Não, eu estou bem. — só que não.
— Pelo que vejo, eu a peguei de surpresa, não sabia sobre este empréstimo não é mesmo?
— Não fazia a menor ideia. Eu não entendo, o que eu posso fazer, tenho meu trabalho, mas não conseguiria pagar nem um terço deste valor mesmo se me desce anos para pagar. Tem as despesas da casa e da Faculdade, eu não sei o que fazer. — eu estava perdida com tanto coisa rodando na minha cabeça mas ai vem a terceira surpresa.
— Na verdade há uma maneira — olhei para ele esperando um milagre, que frustrante. — A sua tia assinou um contrato para os termos de quitação da divida e neste há uma clausula que diz, vejamos — ele procurou a página onde estava a tal clausula — Achei, aqui diz que se por ventura a senhora Lee Hye Soo estiver incapacitada de cumprir com sua parte no acordo de quitação, independentemente do motivo, seus deveres passaram para o(a) parente mais próximo que deverá substituí-la até o seu retorno ou até que a dívida esteja devidamente quitada. Este deve cumprir as obrigações e se pôr à disposição do requerente deste contrato até que o valor requerido seja totalmente pago ou que haja suspensão da dívida por parte do requerente.
— Acho que não entendi. — na verdade eu entendi, não queria ter entendido, mas entendi.
— Basicamente falando, a senhorita, como é a única parente mais próxima da senhora Lee para quitar a dívida dela, terá que trabalhar no lugar dela, na casa do patrão cumprindo com as obrigações do cargo que ela ocupava e se colocando à disposição dele para o que mais precisasse, mas em todo caso qualquer coisa que fizer além de seus deveres o obrigam a abater a dívida de acordo com a dificuldade do que ele lhe solicitar, a senhorita entendi agora.
— Acho que agora vou aceitar o copo de água. — tentando não ficar desesperada.
— Eu vou trazer. — ele foi buscar a água.
Eu fiquei ali, catatônica, o chão havia sumido debaixo dos meus pés, como eu queria encontrar um buraco e me entocar nele, eu realmente não fazia ideia do que eu ia fazer, não poderia conciliar dois empregos e a faculdade e com a tia Hye naquele estado, ai que vontade de morrer. Não, eu não posso pensar assim, eu prometi a ela que seria corajosa, mas desse jeito ta difícil, respirei fundo, ele já estava voltando com a água e eu tinha que manter o controle.
— Aqui está senhorita, eu posso imaginar como está se sentindo, é tudo muito repentino. – disse ele, eu peguei o copo das mãos dele e revirei de uma vez, não dava pra fugir então tinha que saber de tudo.
— Se eu não quiser, me submeter a este acordo, o que acontece?
— A sua tia… — ele hesitou um pouco para falar — Perderá a casa e todos os bens de valor que tiver.
— A casa? — isso é um pesadelo.
— Sim.
— Ela batalhou tanto pra comprar aquela casa, juntou cada centavo, é tudo que ela tem, esse cara não pode fazer isso. — fiquei revoltada.
— Se o acordo não for cumprido, sim, ele pode, é um contrato legal feito de comum acordo pela sua tia e meu patrão, eu realmente sinto muito.
— Eu — respirei fundo tentando digerir a situação — tenho algum prazo, um tempo pra decidir sobre tudo isso? — tentando me conformar.
— A senhorita tem uma semana para dar a resposta e caso decida aceitar, aconselho que resolva qualquer pendencia que tenha neste prazo. E mais uma coisa, este contrato é confidencial, por motivo algum, a senhorita não poderá divulgar as condições estabelecidas, compreende?
— Sim, eu mesma não vejo proposito em repetir isto.
— Isto é bom, eu preciso ir, tenho outras obrigações, tome o meu cartão se a senhorita precisar de algo — me passou o papel — Terei satisfação em ajuda-la, estimo melhoras a sua tia. — sorriu gentilmente
— Obrigada! — sorri de volta um pouco sem graça
— Nos vemos em breve.
— Senhor Park? — o chamei antes que se afastasse mais.
— Sim. — ele se virou.
— Minha tia não me dizia muito sobre seu trabalho, então gostaria de saber qual o nome do dono da casa.
— Ah sim, é o jovem , mas não se preocupe vão se conhecer logo, mais alguma coisa?
— Não, é só isso mesmo, obrigada. — ele acenou e foi embora, eu fiquei pensando e falando comigo mesma até chegar a uma conclusão nada favorável — , eu estou nas suas mãos.
Capítulo 3
Eu não fazia ideia de por onde ia começar a minha saga, naquela noite fui para casa, vasculhei tudo e finalmente achei a cópia do contrato muito bem escondida no pote do chá preto que só ela tomava, li pagina por pagina e antes de tomar qualquer atitude, primeiro eu tinha que conversar com tia Hye e esclarecer tudo. Esperei uns três dias para que já pudesse estar se sentindo melhor e fui direto ao ponto.
— Quando a senhora iria me contar sobre isso? — lhe mostrando o contrato.
— Eu achei que nunca iria precisar. Quando eu e seu pai éramos jovens, eu como a mais velha sempre cuidei de tudo, eu me acostumei a enfrentar as coisas sozinha por nós dois, ele sempre brigava comigo por isso – ela engrossou mais a voz e o imitou dizendo — Você precisa dividir os problemas comigo, não faça eu me sentir um inútil.
— A senhora fez o mesmo comigo.
— Me desculpe, não foi intencional, você tinha acabado de perder seu pai não queria preocupa-la ainda mais.
— Ainda assim tia Hye, eu podia ter feito alguma coisa, economizado mais, arrumado outro emprego.
— De jeito nenhum eu iria permitir isto.
— Então me diz para que todo esse dinheiro.
— Ah, isso já passou foi uma bobagem.
— Uma bobagem que custou uma fortuna, tia Hye Soo me fala, a verdade.
— Eu precisei do dinheiro para... — ela respirou fundo tentando reunir forças.
— Tia Hye, por favor, eu não vou conseguir ajudar se não souber o que realmente aconteceu.
— Tudo bem, foi para trazer você pra cá. – eu me senti horrível ao ouvir aquilo.
— Mas e o dinheiro da loja do meu pai.
— Seu pai tinha muitas dívidas e havia vendido a casa, vocês estavam morando lá só que de aluguel, o dinheiro da venda da loja não foi suficiente para pagar as despesas medicas e quitar tudo. Foi por isso que fiz o empréstimo.
— Ele não me disse nada. — fiquei atordoada, aquilo não fazia sentido nenhum para mim.
— Pelo que vejo, não sou a única na família a esconder as coisas. Depois que paguei tudo e você veio ficar comigo as coisas ficaram mais difíceis, as despesas aumentaram e, eu precisei pegar mais dinheiro para sua faculdade e foi aí que o meu patrão me ajudou.
— Ajudou foi? – ajudaria mais se não tivesse feito esse contrato indecente.
— Ajudou sim, eu não tinha mais credito e então ele pagou o banco e me emprestou o valor que faltava para sua entrada na faculdade, foi aí que fizemos o acordo e eu passei a trabalhar para pagar a dívida.
— Tia eu não fazia ideia que as coisas estavam tão ruins e por minha causa.
— você não teve culpa de nada.
— Como não, se eu não tivesse enchido a senhora falando da faculdade o tempo todo isto não teria acontecido e teríamos que pagar somente o dinheiro que a senhora pagou as dívidas do meu pai, ou melhor nossas dívidas.
— Me desculpe fazer você passar por isso, eu não quero que se sinta obrigada a cumprir as obrigações e pensando bem eu prefiro que ele fique com a casa.
— De jeito nenhum, eu não vou deixar ele ficar com a nossa casa.
— Nossa casa, que bom que pensa assim.
— Não se preocupe tia Hye, nem que eu fique 20 anos trabalhando naquela casa, eu vou pagar essa dívida. — até por que ela também é minha.
— Eu sei que vai, confio em você.
— Pode confiar. — eu a abracei forte e depois de um tempo sai da quarto e fui ao banheiro.
Chorei horrores, como eu cheguei naquela situação, meu pai precisou de mim e eu nem ao menos notei o que estava acontecendo e agora minha tia passava pelo mesmo, por minha causa, mas eu não iria abaixar a cabeça, se era para enfrentar seria com ela erguida.
O que estava me doendo mais, era ter que deixar a loja de utensílios e consequentemente o também. Se eu iria trabalhar naquelas circunstancias, nada poderia me atrapalhar, então fiz como o senhor Park falou, resolvi todas as minhas pendencias a começar pela faculdade. Eu não iria ter cabeça para estudar mesmo então resolvi trancar, se eu precisasse fazer hora extra para aquilo acabar rápido, a faculdade seria um empecilho e além do mais era outro gasto com o qual eu não poderia arcar. Depois disso fui à loja pedir demissão.
— Eu realmente sinto muito ter que fazer isto. Esse lugar foi minha segunda casa
— Se sente tanto, por que está se demitindo?
— Eu não tive muita escolha, com minha tia doente ela achou melhor eu ir ficar no lugar dela, pois o salário dela era maior que o meu e o patrão está sendo muito legal. – mentira — Pagando o tratamento dela, é o máximo que eu posso fazer para ajudar ela.
— Se é o que você quer fazer. — ele estava um pouco decepcionado, mas o que eu podia fazer.
— É o que eu preciso fazer. De qualquer jeito nós ainda seremos amigos, não é?
— É. — ele sorriu mais confiante. — Boa sorte.
— Obrigada! — nos despedimos e eu fiquei com a sensação de que ele não se afastaria tão fácil, o que eu achava ótimo até aquele momento.
A semana já estava acabando e meu prazo também, não quis esperar mais liguei para o senhor Park e confirmei a minha morte, quer dizer a minha decisão. Ele foi até em casa para eu assinar os documentos necessários assumindo o compromisso em questão e disse para eu me preparar pois viria no outro dia me buscar para me levar até a masmorra, perdão até a casa.
Aproveitei para ficar mais aquele dia com tia Hye, ela parecia melhor, apesar de ainda precisar de muitos cuidados, mais tarde fui para casa e deixei tudo arrumado, me deitei, mas não consegui nem dormir pensando em que tipo de patrão eu teria daqui em diante. Me levantei cedo no outro dia me arrumei tomei café e fiquei esperando até que o senhor Park chegou, sem mais peguei minha bolsa, respirei fundo e fui para meu destino.
— Quando a senhora iria me contar sobre isso? — lhe mostrando o contrato.
— Eu achei que nunca iria precisar. Quando eu e seu pai éramos jovens, eu como a mais velha sempre cuidei de tudo, eu me acostumei a enfrentar as coisas sozinha por nós dois, ele sempre brigava comigo por isso – ela engrossou mais a voz e o imitou dizendo — Você precisa dividir os problemas comigo, não faça eu me sentir um inútil.
— A senhora fez o mesmo comigo.
— Me desculpe, não foi intencional, você tinha acabado de perder seu pai não queria preocupa-la ainda mais.
— Ainda assim tia Hye, eu podia ter feito alguma coisa, economizado mais, arrumado outro emprego.
— De jeito nenhum eu iria permitir isto.
— Então me diz para que todo esse dinheiro.
— Ah, isso já passou foi uma bobagem.
— Uma bobagem que custou uma fortuna, tia Hye Soo me fala, a verdade.
— Eu precisei do dinheiro para... — ela respirou fundo tentando reunir forças.
— Tia Hye, por favor, eu não vou conseguir ajudar se não souber o que realmente aconteceu.
— Tudo bem, foi para trazer você pra cá. – eu me senti horrível ao ouvir aquilo.
— Mas e o dinheiro da loja do meu pai.
— Seu pai tinha muitas dívidas e havia vendido a casa, vocês estavam morando lá só que de aluguel, o dinheiro da venda da loja não foi suficiente para pagar as despesas medicas e quitar tudo. Foi por isso que fiz o empréstimo.
— Ele não me disse nada. — fiquei atordoada, aquilo não fazia sentido nenhum para mim.
— Pelo que vejo, não sou a única na família a esconder as coisas. Depois que paguei tudo e você veio ficar comigo as coisas ficaram mais difíceis, as despesas aumentaram e, eu precisei pegar mais dinheiro para sua faculdade e foi aí que o meu patrão me ajudou.
— Ajudou foi? – ajudaria mais se não tivesse feito esse contrato indecente.
— Ajudou sim, eu não tinha mais credito e então ele pagou o banco e me emprestou o valor que faltava para sua entrada na faculdade, foi aí que fizemos o acordo e eu passei a trabalhar para pagar a dívida.
— Tia eu não fazia ideia que as coisas estavam tão ruins e por minha causa.
— você não teve culpa de nada.
— Como não, se eu não tivesse enchido a senhora falando da faculdade o tempo todo isto não teria acontecido e teríamos que pagar somente o dinheiro que a senhora pagou as dívidas do meu pai, ou melhor nossas dívidas.
— Me desculpe fazer você passar por isso, eu não quero que se sinta obrigada a cumprir as obrigações e pensando bem eu prefiro que ele fique com a casa.
— De jeito nenhum, eu não vou deixar ele ficar com a nossa casa.
— Nossa casa, que bom que pensa assim.
— Não se preocupe tia Hye, nem que eu fique 20 anos trabalhando naquela casa, eu vou pagar essa dívida. — até por que ela também é minha.
— Eu sei que vai, confio em você.
— Pode confiar. — eu a abracei forte e depois de um tempo sai da quarto e fui ao banheiro.
Chorei horrores, como eu cheguei naquela situação, meu pai precisou de mim e eu nem ao menos notei o que estava acontecendo e agora minha tia passava pelo mesmo, por minha causa, mas eu não iria abaixar a cabeça, se era para enfrentar seria com ela erguida.
O que estava me doendo mais, era ter que deixar a loja de utensílios e consequentemente o também. Se eu iria trabalhar naquelas circunstancias, nada poderia me atrapalhar, então fiz como o senhor Park falou, resolvi todas as minhas pendencias a começar pela faculdade. Eu não iria ter cabeça para estudar mesmo então resolvi trancar, se eu precisasse fazer hora extra para aquilo acabar rápido, a faculdade seria um empecilho e além do mais era outro gasto com o qual eu não poderia arcar. Depois disso fui à loja pedir demissão.
— Eu realmente sinto muito ter que fazer isto. Esse lugar foi minha segunda casa
— Se sente tanto, por que está se demitindo?
— Eu não tive muita escolha, com minha tia doente ela achou melhor eu ir ficar no lugar dela, pois o salário dela era maior que o meu e o patrão está sendo muito legal. – mentira — Pagando o tratamento dela, é o máximo que eu posso fazer para ajudar ela.
— Se é o que você quer fazer. — ele estava um pouco decepcionado, mas o que eu podia fazer.
— É o que eu preciso fazer. De qualquer jeito nós ainda seremos amigos, não é?
— É. — ele sorriu mais confiante. — Boa sorte.
— Obrigada! — nos despedimos e eu fiquei com a sensação de que ele não se afastaria tão fácil, o que eu achava ótimo até aquele momento.
A semana já estava acabando e meu prazo também, não quis esperar mais liguei para o senhor Park e confirmei a minha morte, quer dizer a minha decisão. Ele foi até em casa para eu assinar os documentos necessários assumindo o compromisso em questão e disse para eu me preparar pois viria no outro dia me buscar para me levar até a masmorra, perdão até a casa.
Aproveitei para ficar mais aquele dia com tia Hye, ela parecia melhor, apesar de ainda precisar de muitos cuidados, mais tarde fui para casa e deixei tudo arrumado, me deitei, mas não consegui nem dormir pensando em que tipo de patrão eu teria daqui em diante. Me levantei cedo no outro dia me arrumei tomei café e fiquei esperando até que o senhor Park chegou, sem mais peguei minha bolsa, respirei fundo e fui para meu destino.
Capítulo 4
Finalmente chegamos, eu desci do carro do senhor Park e não me cansava de admirar a fachada da casa, o jardim, as flores e até os insetos pareciam mais bonitos envolta dela, tinha janelas grandes de vidro e três andares até onde eu podia ver, a entrada tinha uma escada de pedra cinza e as colunas de mármore amarelo, não combinava muito, mas quem liga, era lindo. Fomos para a porta e ele tocou a campainha, imediatamente uma senhora que aparentava seus 40 anos veio abrir.
— Sejam bem-vindos senhor Park e senhorita, entrem por favor. – disse a senhora de uniforme e avental.
Entramos em uma espécie de antessala com duas poltronas e uma mesinha a direita, e a esquerda descendo dois degraus havia uma ampla sala com uma lareira dois sofás de três lugares em cinza claro um de frente para o outro e uma poltrona com uma massinha de centro e mesinhas laterais com abajures japoneses, havia uma escada vazada de madeira em L de frente para a porta e um corredor ao lado que dava acesso a sala de jantar e cozinha com uma porta para o lavabo.
— já desceu? — ele perguntou.
— Sim senhor, ele está no jardim e o aguarda.
— Tudo bem, ah que cabeça a minha esqueci alguns papeis no carro, bem está e Seo Young Hee, ela vai mostrar o caminho e você vai na frente eu já volto. — ele saiu rapidamente nos deixando sozinhas.
— Oi, meu nome é Lee , prazer em conhecê-la. – fiz referência.
— O prazer é meu, por favor venha comigo. — disse com simpatia indo em direção ao corredor e eu a segui.
Passamos pela extensa mesa com cadeiras almofadadas na sala de jantar e quando entramos na cozinha planejada toda em branco e preto o telefone tocou ao longe.
— Eu preciso atender, daqui não tem nenhum segredo, é só sair por esta porta. — me apontou uma porta de vidro esfumaçado no canto da cozinha — E seguir em frente ok. — ela sorriu e voltou em direção a sala, mais uma vez eu estava sozinha, retroceder jamais.
Sai pela porta e dei alguns passos olhando em volta para ver se achava alguém e nada, acabei me distraindo com a beleza do jardim atrás da casa. Mais à frente tinha um deque e piscina, mas o jardim era de conto de fadas, tão florido que eu conseguia sentir vida nele, de repente tomei um susto.
— Yah, você me assustou — um homem alto, muito bonito por sinal, vestido de jardineiro e sujo de terra me tocou no ombro enquanto eu estava abaixada cheirando as rosas.
— Me desculpe, não foi essa a intensão, o que faz aqui? — ele tinha uma voz doce e serena sem deixar de ser firme e másculo.
— Me mandaram vir procurar o dono da casa, mas pelo jeito ele não está, é você quem cuida do jardim?
— Sim. — ele era muito direto.
— Você deve gostar mesmo, está tão perfeito, trabalha aqui a muito tempo?
— Bastante.
— Deve conhecer bem o dono da casa.
— Um pouco, ele não é muito de conversa.
— O advogado Park não quis me falar dele, disse que era melhor eu tirar minhas conclusões, já faço ideia de como deve ser mimado e cheio de frescura. Minha tia também não quis falar, você deve conhecer é a Lee Hye Soo.
— Sim eu conheço, ela trabalha a muitos anos aqui, é uma boa pessoa.
— É sim, eu devo muito a ela. — eu sorri ingenuamente com a minha verdade sobre o assunto.
— Espero que ela esteja melhor.
— Ela está se recuperando bem, obrigada.
— Que bom! — ele não sorria, mas sua face era tão tranquila que me passava uma paz.
— Ai, onde estão meu modos nem me apresentei, meu nome é Lee — estendi a mão para ele que a segurou firme e delicadamente — e você é? – antes que ele pudesse responder, senhor Park apareceu e ele soltou minha mão.
— Ah, enfim encontrei vocês, me desculpe pela demora — quando ele disse o nome, meu coração gelo e eu nem conseguia encará-lo.
— Não tem problema, trouxe o que eu pedi? — fazia como se nada estivesse acontecendo.
— Sim, todos os documentos estão aqui, só falta você assinar.
— Vamos entrar então. — foi em direção a porta.
— Então já conheceu a sobrinha da Hye Soo.
— Sim.
— E o que achou?
— Fala demais, não é muito bonita, mas vai servir. — disse e entrou na casa. Aquilo me acordou do choque, tudo que eu pensava sobre ele: deleta.
— Ele está só brincando. — Park tentou amenizar — Não se preocupe, ele é uma pessoa agradável.
— Chul Min, venha logo. — ele chamou de lá de dentro.
— Estamos indo, vamos . – ele me chamou e eu nem conseguia falar de raiva, por que ele me enganou, e não disse que era ele, já começou mal.
Nós entramos e estava lavando as mãos na pia, senhor Park arrumou os papeis sobre a bancada no meio da cozinha, ele secou as mãos e deu uma lida rápida.
— Está tudo em ordem. — pegou a caneta e assinou devolvendo os papeis ao senhor Park.
— Com isso agora você , é oficialmente empregada desta casa sobe as condições citadas no contrato, está tudo bem? — ele me olhou e eu estava encarando de cara feia fazendo com que ele também me olhasse e então disfarcei fazendo cara de paisagem.
— Sim, esta. Então, eu começo hoje?
— Tem certeza ?
— Não vejo problema, Seo Young Hee não dava conta de cozinhar e limpar ao mesmo tempo, a casa está horrível pode começar agora se quiser. — disse se levantando e Young Hee acabava de entrar na cozinha.
— É melhor mesmo. — eu estava seria e poupei palavras também.
— Que bom que chegou, esta é a nova empregada, vai ficar no lugar da Lee Hye Soo, ensine o trabalho e tudo o que ela precisar saber.
— Sim senhor, seja bem-vinda mais uma vez.
— Obrigada — sorri para ela, mas quando vi que ele estava me analisando fiquei seria novamente.
— Você vai a empresa, quer que eu o espere? — perguntou Chul Min guardando os papeis na pasta.
— Vou, mas pode ir na frente tenho outras coisas para resolver. — Então até mais e , boa sorte no novo trabalho.
— Obrigada por tudo senhor Park.
— Não a de que, até breve.
— Eu o levo até a porta. — o acompanhou e eu fiquei sobe o comando da Young Hee.
Ela me mostrou onde ficava o material de limpeza e tudo mais na cozinha, se eu estava ali para substituir tia Hye teria que fazer exatamente o que ela fazia e o primeiro lugar que ela limpava era o quarto do . Recebi todas as recomendações da Young Hee do que podia e do que não deveria fazer e então depois de um tempo peguei o que eu iria precisar e fui para o terceiro andar.
O quarto dele era o único do andar e era enorme todo em tons claros, iluminado com a luz que entrava pelas largas janelas, a cama king com um criado de cada lado, uma estante suspensa com alguns livros e artigos de decoração, mais à frente uma mesa de vidro com cadeira tipo de escritório virada para a paisagem das montanhas ao longe, um grande tapete super macio no chão, próximo a porta estava a entrada do closet que também era grande, resumindo era do tamanho da casa da tia Hye.
Eu estava no céu por que o lugar era lindo, mas também estava no inferno por que eu teria que limpá-lo. Não vamos perder mais tempo, peguei um pano e o limpa vidros e comecei a limpar a mesa, sem querer deixei cair uma agenda e alguns papeis se soltaram me ajoelhei para recolher tudo e para minha surpresa.
— O que está fazendo? — ele saiu só de toalha do banheiro que fica dentro do closet, o vapor saia do corpo dele como se estivesse em erupção e as gotas de água escorriam fazendo o contorno de cada linha do corpo dele. Eu me levantei rapidamente e virei o rosto colocando a mão na frente tentando absorver a intensidade da imagem e manter a minha sanidade. — Eu fiz uma pergunta.
— O, a Young Hee, disse que eu tinha que começar a limpar o quarto.
— Você só vem aqui depois que eu saio, ela não disse. — ele não falava com tom de bravo, esse jeito dele falar me dava medo, assim eu nunca iria saber quando ele estivesse com raiva.
— Sim. Não, quero dizer, disse – estou confusa — eu não sabia que ainda estava aqui. — eu não queria olhar, mas estava difícil controlar meus olhos.
— Você precisa sair, a não ser que queira ver eu me trocar.
— Não! — eu praticamente gritei me virando pra ele automaticamente e então meus olhos encontraram tudo aquilo de novo, coloquei a mão sobre o rosto — Eu vou sair. — tentando não olhar mais, passei quase correndo ao lado dele e sai do quarto. Mas que perfume, que visão, que... está tudo errado, já vi que essa noite eu não durmo.
— Sejam bem-vindos senhor Park e senhorita, entrem por favor. – disse a senhora de uniforme e avental.
Entramos em uma espécie de antessala com duas poltronas e uma mesinha a direita, e a esquerda descendo dois degraus havia uma ampla sala com uma lareira dois sofás de três lugares em cinza claro um de frente para o outro e uma poltrona com uma massinha de centro e mesinhas laterais com abajures japoneses, havia uma escada vazada de madeira em L de frente para a porta e um corredor ao lado que dava acesso a sala de jantar e cozinha com uma porta para o lavabo.
— já desceu? — ele perguntou.
— Sim senhor, ele está no jardim e o aguarda.
— Tudo bem, ah que cabeça a minha esqueci alguns papeis no carro, bem está e Seo Young Hee, ela vai mostrar o caminho e você vai na frente eu já volto. — ele saiu rapidamente nos deixando sozinhas.
— Oi, meu nome é Lee , prazer em conhecê-la. – fiz referência.
— O prazer é meu, por favor venha comigo. — disse com simpatia indo em direção ao corredor e eu a segui.
Passamos pela extensa mesa com cadeiras almofadadas na sala de jantar e quando entramos na cozinha planejada toda em branco e preto o telefone tocou ao longe.
— Eu preciso atender, daqui não tem nenhum segredo, é só sair por esta porta. — me apontou uma porta de vidro esfumaçado no canto da cozinha — E seguir em frente ok. — ela sorriu e voltou em direção a sala, mais uma vez eu estava sozinha, retroceder jamais.
Sai pela porta e dei alguns passos olhando em volta para ver se achava alguém e nada, acabei me distraindo com a beleza do jardim atrás da casa. Mais à frente tinha um deque e piscina, mas o jardim era de conto de fadas, tão florido que eu conseguia sentir vida nele, de repente tomei um susto.
— Yah, você me assustou — um homem alto, muito bonito por sinal, vestido de jardineiro e sujo de terra me tocou no ombro enquanto eu estava abaixada cheirando as rosas.
— Me desculpe, não foi essa a intensão, o que faz aqui? — ele tinha uma voz doce e serena sem deixar de ser firme e másculo.
— Me mandaram vir procurar o dono da casa, mas pelo jeito ele não está, é você quem cuida do jardim?
— Sim. — ele era muito direto.
— Você deve gostar mesmo, está tão perfeito, trabalha aqui a muito tempo?
— Bastante.
— Deve conhecer bem o dono da casa.
— Um pouco, ele não é muito de conversa.
— O advogado Park não quis me falar dele, disse que era melhor eu tirar minhas conclusões, já faço ideia de como deve ser mimado e cheio de frescura. Minha tia também não quis falar, você deve conhecer é a Lee Hye Soo.
— Sim eu conheço, ela trabalha a muitos anos aqui, é uma boa pessoa.
— É sim, eu devo muito a ela. — eu sorri ingenuamente com a minha verdade sobre o assunto.
— Espero que ela esteja melhor.
— Ela está se recuperando bem, obrigada.
— Que bom! — ele não sorria, mas sua face era tão tranquila que me passava uma paz.
— Ai, onde estão meu modos nem me apresentei, meu nome é Lee — estendi a mão para ele que a segurou firme e delicadamente — e você é? – antes que ele pudesse responder, senhor Park apareceu e ele soltou minha mão.
— Ah, enfim encontrei vocês, me desculpe pela demora — quando ele disse o nome, meu coração gelo e eu nem conseguia encará-lo.
— Não tem problema, trouxe o que eu pedi? — fazia como se nada estivesse acontecendo.
— Sim, todos os documentos estão aqui, só falta você assinar.
— Vamos entrar então. — foi em direção a porta.
— Então já conheceu a sobrinha da Hye Soo.
— Sim.
— E o que achou?
— Fala demais, não é muito bonita, mas vai servir. — disse e entrou na casa. Aquilo me acordou do choque, tudo que eu pensava sobre ele: deleta.
— Ele está só brincando. — Park tentou amenizar — Não se preocupe, ele é uma pessoa agradável.
— Chul Min, venha logo. — ele chamou de lá de dentro.
— Estamos indo, vamos . – ele me chamou e eu nem conseguia falar de raiva, por que ele me enganou, e não disse que era ele, já começou mal.
Nós entramos e estava lavando as mãos na pia, senhor Park arrumou os papeis sobre a bancada no meio da cozinha, ele secou as mãos e deu uma lida rápida.
— Está tudo em ordem. — pegou a caneta e assinou devolvendo os papeis ao senhor Park.
— Com isso agora você , é oficialmente empregada desta casa sobe as condições citadas no contrato, está tudo bem? — ele me olhou e eu estava encarando de cara feia fazendo com que ele também me olhasse e então disfarcei fazendo cara de paisagem.
— Sim, esta. Então, eu começo hoje?
— Tem certeza ?
— Não vejo problema, Seo Young Hee não dava conta de cozinhar e limpar ao mesmo tempo, a casa está horrível pode começar agora se quiser. — disse se levantando e Young Hee acabava de entrar na cozinha.
— É melhor mesmo. — eu estava seria e poupei palavras também.
— Que bom que chegou, esta é a nova empregada, vai ficar no lugar da Lee Hye Soo, ensine o trabalho e tudo o que ela precisar saber.
— Sim senhor, seja bem-vinda mais uma vez.
— Obrigada — sorri para ela, mas quando vi que ele estava me analisando fiquei seria novamente.
— Você vai a empresa, quer que eu o espere? — perguntou Chul Min guardando os papeis na pasta.
— Vou, mas pode ir na frente tenho outras coisas para resolver. — Então até mais e , boa sorte no novo trabalho.
— Obrigada por tudo senhor Park.
— Não a de que, até breve.
— Eu o levo até a porta. — o acompanhou e eu fiquei sobe o comando da Young Hee.
Ela me mostrou onde ficava o material de limpeza e tudo mais na cozinha, se eu estava ali para substituir tia Hye teria que fazer exatamente o que ela fazia e o primeiro lugar que ela limpava era o quarto do . Recebi todas as recomendações da Young Hee do que podia e do que não deveria fazer e então depois de um tempo peguei o que eu iria precisar e fui para o terceiro andar.
O quarto dele era o único do andar e era enorme todo em tons claros, iluminado com a luz que entrava pelas largas janelas, a cama king com um criado de cada lado, uma estante suspensa com alguns livros e artigos de decoração, mais à frente uma mesa de vidro com cadeira tipo de escritório virada para a paisagem das montanhas ao longe, um grande tapete super macio no chão, próximo a porta estava a entrada do closet que também era grande, resumindo era do tamanho da casa da tia Hye.
Eu estava no céu por que o lugar era lindo, mas também estava no inferno por que eu teria que limpá-lo. Não vamos perder mais tempo, peguei um pano e o limpa vidros e comecei a limpar a mesa, sem querer deixei cair uma agenda e alguns papeis se soltaram me ajoelhei para recolher tudo e para minha surpresa.
— O que está fazendo? — ele saiu só de toalha do banheiro que fica dentro do closet, o vapor saia do corpo dele como se estivesse em erupção e as gotas de água escorriam fazendo o contorno de cada linha do corpo dele. Eu me levantei rapidamente e virei o rosto colocando a mão na frente tentando absorver a intensidade da imagem e manter a minha sanidade. — Eu fiz uma pergunta.
— O, a Young Hee, disse que eu tinha que começar a limpar o quarto.
— Você só vem aqui depois que eu saio, ela não disse. — ele não falava com tom de bravo, esse jeito dele falar me dava medo, assim eu nunca iria saber quando ele estivesse com raiva.
— Sim. Não, quero dizer, disse – estou confusa — eu não sabia que ainda estava aqui. — eu não queria olhar, mas estava difícil controlar meus olhos.
— Você precisa sair, a não ser que queira ver eu me trocar.
— Não! — eu praticamente gritei me virando pra ele automaticamente e então meus olhos encontraram tudo aquilo de novo, coloquei a mão sobre o rosto — Eu vou sair. — tentando não olhar mais, passei quase correndo ao lado dele e sai do quarto. Mas que perfume, que visão, que... está tudo errado, já vi que essa noite eu não durmo.
Capítulo 5
Cheguei na cozinha sem ar, Young Hee até se assustou comigo e me deu um copo de agua.
— Parece que viu fantasma.
— Não, ainda está vivo.
— Não entendi.
— O morcego, eu vi um morcego enorme. — foi a única coisa que eu consegui pensar.
— Nossa, eu nunca vi morcegos por aqui.
— É mesmo? Descer ser época de imigração.
— Você já limpou o quarto?
— Não ele ainda está lá.
— O morcego? — ela perguntou desconfiada.
— Não o, sim. — quase me entrego.
— É melhor nós o tirarmos de lá.
— Não! — eu a assustei. — Ele sai sozinho.
— Tudo bem, pode ficar se quiser, eu vou até lá. — já ia saindo.
— Espera é melhor eu ir com você, caso precise de ajuda. — eu a acompanhei, subimos as escadas e entramos no quarto dele, estava vazio. — Ele estava aqui.
— Vou olhar no banheiro.
— Cuidado, ele pode estar escondido. — ela balançou a cabeça e entrou pelo closet e voltou no mesmo instante.
— Não está mais aqui, com certeza já saiu, agora você pode limpar antes que ele volte. — ela disse e foi saindo do quarto, será que ela sabia de quem eu estava falando?
Não importa, o susto passou e eu fiz o meu trabalho, juntei a roupa suja, limpei o quarto, o banheiro, os corredores, os outros quartos e banheiros, as salas de estar e de jantar, até chegar à cozinha que quem limpava era Young Hee, por fim estava exausta, não parei até terminar.
Já era tarde, Young Hee estava na cozinha preparando o jantar e eu só podia ir embora depois que ele chegasse conforme o contrato, de certa forma não foi de tudo ruim fiquei conversando com ela e picando legumes. Em um certo momento Young Hee me perguntou se eu tinha namorado.
— Não, e eu acho que trabalhando aqui vai ser mais difícil arrumar um. — eu não estava mentindo, mesmo que estivesse interessado em mim, a partir daquele momento não estaríamos mais próximos.
— É melhor assim, não gosto de funcionários distraídos. — de onde foi que ele saiu? Estava escondido ouvindo a conversa?
— Boa noite senhor. — Young Hee o comprimento com satisfação.
— Boa noite.
— Boa noite. — não dei muita ideia.
— O jantar está quase pronto, o senhor deseja algo?
— Não, assim que terminar mande ela levar para mim, vou comer no quarto. — quarto, de novo não.
— Sim senhor.
— Obrigado. — ele saiu sem dizer mais nada e continuava com aquela cara de paisagem indecifrável.
Não demorou nada Young Hee terminou, a bandeja estava pronta e ela colocou uma porção de Japchae e uma taça de água, ela disse que ele não gostava de bebida alcoólica. Pronto fui levar com o maior cuidado para não derrubar nada, cheguei na porta e dei duas batidas.
— Entra.
— Com licença. — eu empurrei a porta com o pé e entrei, ele estava sentado na cadeira lendo uns papeis.
— Pode colocar aqui. — ele afastou os enfeites e umas pastas que estavam sobre a mesa e eu coloquei lá.
— O senhor deseja mais alguma coisa? — eu evitava o máximo encará-lo.
— Massagem.
— O que? — ele está de brincadeira.
— O aparelho está no banheiro.
— Ah, eu vou pegar. — é claro que é o aparelho, no que é que eu estava pensando.
Fui buscar o aparelho e posicionei na beirada da cama, ele já havia começado a comer eu não queria interrompê-lo, então fui juntando e guardando o casaco e os sapatos, ele é muito organizado.
— É melhor eu voltar quando já tiver terminado. — eu ia me virar para sair.
— Eu ainda não dispensei você.
— Tudo bem. — fiz cara feia antes de me virar para ele novamente e me aproximei da mesa.
— Alguma ligação importante?
— Não.
— Mais alguma correspondência?
— Não.
— Tem algo te incomodando?
— Nããão. — sim, dei um sorriso forçado.
— Que bom, agora sim esta dispensada.
— Obrigada. — eu fui em direção a porta.
— Empregada.
— , o senhor pode me chamar de — deixei claro, já estava ficando com raiva — Pois não.
— Vá ver a sua tia amanhã e venha trabalhar depois, pode ir.
— Como desejar. — antes de eu sair o telefone do quarto dele tocou, automaticamente eu fui atender e assim que disse alô, como se fosse um gato ele saiu da cadeira e já estava perto de mim pegando o telefone da minha mão.
— Sai. — expressão facial 0, eu sai e ele fechou a porta no mesmo instante nas minhas costas.
Eu não sou do tipo curiosa, mas aquela atitude foi suspeita. Cheguei o ouvido na porta para tentar ouvir algo mas foi inútil ele estava falando muito baixo e parecia estar explicando algo para a pessoa do outro lado, mas enfim eu estava muito cansada e se eu queria ficar um tempo a mais com tia Hye, teria que acordar ainda mais cedo, fui trocar de roupa, me despedi da Young Hee e fui para casa, a única coisa que consegui fazer depois, foi dormir.
De manhã fui bem cedo para o Hospital e fiquei o máximo de tempo possível com tia Hye ela estava bem, parecia mais forte e bem disposta. Poucas horas depois fui para o trabalho, já havia saído então fui arrumar a casa, como eu caprichei no dia anterior estava tranquilo, terminei rápido e fui fazer compras para casa com Young Hee, aproveitei para saber mais sobre nosso distinto patrão quando paramos para tomar café em uma lanchonete.
— Ele é bem reservado, não é?
— É sim, não tem muitos amigos, gosta de ficar sozinho a maior parte do tempo.
— Não tem namorada.
— Se tem, eu pelo menos nunca vi.
— Ele também não tem os pais.
— O pai morreu a alguns anos em um acidente na fábrica da empresa, já a mãe senhora Yang Mi é crítica de moda e mora em Paris com a avó dele.
— Ele recebeu um telefonema ontem, nem me deixou atender.
— Então deve ser a mãe, ela sempre liga no mesmo horário, você disse algo para ela?
— Não, só deu tempo de dizer alô.
— Ah, então ela te ouviu, com certeza ele deve ter se virado do avesso para explicar a ela quem é você.
Eu achei aquilo muito estranho, eu só sou a empregada o que mais ele iria ter que dizer. Bem, nós voltamos para a mansão e eu ajudei a Young Hee a preparar o jantar, assim que ele chegou já foi me dispensando sem muita explicação, será que estava bravo por eu ter atendido o tal telefonema, isso se realmente era a mãe e não um suposto casinho escondido, de qualquer forma não era da minha conta.
Aproveitei que sai mais cedo e passei na loja de utensílios, me convidou para comer bibimbap, ele foi tão fofo que eu não consegui recusar, comemos e conversamos sobre o meu novo trabalho, ele me pareceu satisfeito quando eu disse que meu patrão era um mala. Depois fui para casa, a cama me chamava.
— Parece que viu fantasma.
— Não, ainda está vivo.
— Não entendi.
— O morcego, eu vi um morcego enorme. — foi a única coisa que eu consegui pensar.
— Nossa, eu nunca vi morcegos por aqui.
— É mesmo? Descer ser época de imigração.
— Você já limpou o quarto?
— Não ele ainda está lá.
— O morcego? — ela perguntou desconfiada.
— Não o, sim. — quase me entrego.
— É melhor nós o tirarmos de lá.
— Não! — eu a assustei. — Ele sai sozinho.
— Tudo bem, pode ficar se quiser, eu vou até lá. — já ia saindo.
— Espera é melhor eu ir com você, caso precise de ajuda. — eu a acompanhei, subimos as escadas e entramos no quarto dele, estava vazio. — Ele estava aqui.
— Vou olhar no banheiro.
— Cuidado, ele pode estar escondido. — ela balançou a cabeça e entrou pelo closet e voltou no mesmo instante.
— Não está mais aqui, com certeza já saiu, agora você pode limpar antes que ele volte. — ela disse e foi saindo do quarto, será que ela sabia de quem eu estava falando?
Não importa, o susto passou e eu fiz o meu trabalho, juntei a roupa suja, limpei o quarto, o banheiro, os corredores, os outros quartos e banheiros, as salas de estar e de jantar, até chegar à cozinha que quem limpava era Young Hee, por fim estava exausta, não parei até terminar.
Já era tarde, Young Hee estava na cozinha preparando o jantar e eu só podia ir embora depois que ele chegasse conforme o contrato, de certa forma não foi de tudo ruim fiquei conversando com ela e picando legumes. Em um certo momento Young Hee me perguntou se eu tinha namorado.
— Não, e eu acho que trabalhando aqui vai ser mais difícil arrumar um. — eu não estava mentindo, mesmo que estivesse interessado em mim, a partir daquele momento não estaríamos mais próximos.
— É melhor assim, não gosto de funcionários distraídos. — de onde foi que ele saiu? Estava escondido ouvindo a conversa?
— Boa noite senhor. — Young Hee o comprimento com satisfação.
— Boa noite.
— Boa noite. — não dei muita ideia.
— O jantar está quase pronto, o senhor deseja algo?
— Não, assim que terminar mande ela levar para mim, vou comer no quarto. — quarto, de novo não.
— Sim senhor.
— Obrigado. — ele saiu sem dizer mais nada e continuava com aquela cara de paisagem indecifrável.
Não demorou nada Young Hee terminou, a bandeja estava pronta e ela colocou uma porção de Japchae e uma taça de água, ela disse que ele não gostava de bebida alcoólica. Pronto fui levar com o maior cuidado para não derrubar nada, cheguei na porta e dei duas batidas.
— Entra.
— Com licença. — eu empurrei a porta com o pé e entrei, ele estava sentado na cadeira lendo uns papeis.
— Pode colocar aqui. — ele afastou os enfeites e umas pastas que estavam sobre a mesa e eu coloquei lá.
— O senhor deseja mais alguma coisa? — eu evitava o máximo encará-lo.
— Massagem.
— O que? — ele está de brincadeira.
— O aparelho está no banheiro.
— Ah, eu vou pegar. — é claro que é o aparelho, no que é que eu estava pensando.
Fui buscar o aparelho e posicionei na beirada da cama, ele já havia começado a comer eu não queria interrompê-lo, então fui juntando e guardando o casaco e os sapatos, ele é muito organizado.
— É melhor eu voltar quando já tiver terminado. — eu ia me virar para sair.
— Eu ainda não dispensei você.
— Tudo bem. — fiz cara feia antes de me virar para ele novamente e me aproximei da mesa.
— Alguma ligação importante?
— Não.
— Mais alguma correspondência?
— Não.
— Tem algo te incomodando?
— Nããão. — sim, dei um sorriso forçado.
— Que bom, agora sim esta dispensada.
— Obrigada. — eu fui em direção a porta.
— Empregada.
— , o senhor pode me chamar de — deixei claro, já estava ficando com raiva — Pois não.
— Vá ver a sua tia amanhã e venha trabalhar depois, pode ir.
— Como desejar. — antes de eu sair o telefone do quarto dele tocou, automaticamente eu fui atender e assim que disse alô, como se fosse um gato ele saiu da cadeira e já estava perto de mim pegando o telefone da minha mão.
— Sai. — expressão facial 0, eu sai e ele fechou a porta no mesmo instante nas minhas costas.
Eu não sou do tipo curiosa, mas aquela atitude foi suspeita. Cheguei o ouvido na porta para tentar ouvir algo mas foi inútil ele estava falando muito baixo e parecia estar explicando algo para a pessoa do outro lado, mas enfim eu estava muito cansada e se eu queria ficar um tempo a mais com tia Hye, teria que acordar ainda mais cedo, fui trocar de roupa, me despedi da Young Hee e fui para casa, a única coisa que consegui fazer depois, foi dormir.
De manhã fui bem cedo para o Hospital e fiquei o máximo de tempo possível com tia Hye ela estava bem, parecia mais forte e bem disposta. Poucas horas depois fui para o trabalho, já havia saído então fui arrumar a casa, como eu caprichei no dia anterior estava tranquilo, terminei rápido e fui fazer compras para casa com Young Hee, aproveitei para saber mais sobre nosso distinto patrão quando paramos para tomar café em uma lanchonete.
— Ele é bem reservado, não é?
— É sim, não tem muitos amigos, gosta de ficar sozinho a maior parte do tempo.
— Não tem namorada.
— Se tem, eu pelo menos nunca vi.
— Ele também não tem os pais.
— O pai morreu a alguns anos em um acidente na fábrica da empresa, já a mãe senhora Yang Mi é crítica de moda e mora em Paris com a avó dele.
— Ele recebeu um telefonema ontem, nem me deixou atender.
— Então deve ser a mãe, ela sempre liga no mesmo horário, você disse algo para ela?
— Não, só deu tempo de dizer alô.
— Ah, então ela te ouviu, com certeza ele deve ter se virado do avesso para explicar a ela quem é você.
Eu achei aquilo muito estranho, eu só sou a empregada o que mais ele iria ter que dizer. Bem, nós voltamos para a mansão e eu ajudei a Young Hee a preparar o jantar, assim que ele chegou já foi me dispensando sem muita explicação, será que estava bravo por eu ter atendido o tal telefonema, isso se realmente era a mãe e não um suposto casinho escondido, de qualquer forma não era da minha conta.
Aproveitei que sai mais cedo e passei na loja de utensílios, me convidou para comer bibimbap, ele foi tão fofo que eu não consegui recusar, comemos e conversamos sobre o meu novo trabalho, ele me pareceu satisfeito quando eu disse que meu patrão era um mala. Depois fui para casa, a cama me chamava.
Capítulo 6
Já estava me acostumando com a rotina, limpar, lavar, passar não era mais tão incomodo, apesar de não ser o que eu sonhei estava me saindo bem naquela primeira,
semana até o domingo. Não o encontrava muito, ia cedo para a empresa e voltava no fim do dia na hora do jantar,
o contato era mínimo mas as vezes impactante como no domingo, dia em que ele não trabalhava e eu não sabia.
— Está bem Young Hee, não vou esquecer de abrir as janelas — falei indo em direção a escada com os produtos de limpeza.
Ela me dava muitas recomendações, principalmente se eu esquecesse algo, mas o que ela nunca lembrava de me dizer era se ele estava em casa. Eu abri a porta do quarto dele meio distraída, pensando no verdadeiro primeiro encontro que teria mais tarde com , larguei o balde no chão e puxei com tudo o edredom e para minha surpresa, lá estava ele de short e sem camisa.
— Desculpa, eu não sabia que estava aqui. — me virei de costas rapidamente toda sem jeito e cadê o buraco para eu me enfiar.
— Estranho, não é isso que parece. — senti ele se levantando.
— Como assim?
— Já é a segunda vez que tenta me ver sem roupa.
— O que? Olha aqui — eu me virei para ele automaticamente quase gritando e ao encontra-lo tão próximo, me virei novamente morrendo de vergonha e falando mais baixo — Isso não é verdade.
— Tudo bem, fique à vontade eu vou me trocar.
— Aqui? — meu coração disparou.
— Não, no banheiro. — e assim ele fez, eu respirei fundo e fui arrumar a cama. Enquanto colocava os livros da mesa no lugar ele saiu de roupa de jardinagem e botas.
— Estarei no jardim, caso alguém ligue.
— Sim senhor. — ele saiu do quarto e eu finalmente pude terminar o meu trabalho, e deixei as janelas abertas. Limpei o resto da casa e fui para a cozinha.
— Muito obrigada Young Hee.
— Pelo o que. — ela estava preparando o almoço.
— Por me avisar que ele estava em casa.
— Achei que soubesse.
— E como eu iria saber, se ele sai todos os dias.
— Mas hoje é domingo.
— Hum — atrasado, mas a ficha caiu.
— Pode me fazer um favor? Eu preciso que pegue alecrim na horta para mim é a única coisa que falta.
— Tudo bem eu pego.
A horta ficava do outro lado do jardim mais atrás da casa, toda vez que eu saia e olhava aquela paisagem eu literalmente viajava, quando me aproximei do jardim, eu o vi ajoelhado e totalmente distraído mexendo em alfaces.
Tão bonito, o sol refletia no rosto dele através da água que estava no balde ao lado, não sei por que fiquei ali parada admirando aquela pessoa sozinha, calada e que tinha mais intimidade com as flores do jardim do que com as pessoas com quem convivia, por um segundo pensei em como seria namora-lo, mas voltei a realidade quando Young Hee me chamou da porta, e sem querer atraiu a tenção dele para mim.
— Não me lembro de ter plantado gente.
— Há há... Eu só vim pegar um pouco de alecrim. — me abaixei para arrancar umas ervas que estavam perto.
— Isso não é alecrim — ele se levantou e caminhou até mim, se agachou do meu lado e apanhou uns ramos se levantou novamente me entregando olhando firme nos meus olhos, eu estava hipnotizada. — Ela está esperando você.
— Eu, eu já vou, obrigada. — engoli seco e corri para dentro sem olhar para traz, mas sabia que estava sendo observada. Entreguei as ervas para Young Hee tomei um copo de água meio ofegante.
— Teve alguma dificuldade? — ela perguntou com ironia.
— Não, só estava um pouco quente lá fora, mas agora estou bem, eu vou pôr a mesa. — senti o olhar dela desconfiado, mas devia ser coisa da minha cabeça. Ele entrou logo depois de mim.
— Vou me lavar e já desço — disse a Young Hee e se virando para mim — Por favor, não vá até o quarto, não quero que me veja nu de novo. — e então saiu.
Eu queria ficar invisível de tanta vergonha e para completar Young Hee me olhou como se eu fosse uma pervertida.
— Young Hee eu juro, eu não vi nada.
— Tudo bem, eu acredito em você.
— Acredita? — surpresa.
— Sim, sua tia e eu também passamos por isso nos primeiros dias, só que na época ele tinha uns 6 anos.
— Ah. — eu sorri muito sem graça e fui pôr a mesa a pedido dela para três pessoas.
Assim que eu terminei ela levou as tigelas e travessas para a mesa, não demorou nada e apareceu todo limpinho e perfumado e já foi se sentando a mesa. Achei que iria chegar alguém para almoçar com ele, para minha surpresa Young Hee se sentou e começou a servi-lo.
— Não vai se sentar? — ele perguntou ao me ver de pé.
— Hum? — não entendi.
— Me desculpe, se não quiser almoçar, não é obrigada. — ele começou a comer sem dar mais confiança.
— Não, eu quero sim. — me sentei e Young Hee me serviu também dando um sorriso de canto.
— Me desculpe eu devia ter dito a você que aos domingos almoçamos juntos. — Young Hee esclareceu.
— Eu não imaginei isto, está tudo bem. Agora entendo por que minha tia nunca almoçava comigo aos domingos, ela não me dizia o porquê.
— Há muitas coisas que ela não te diz, mas deveria. — ele foi um tanto enigmático e eu preferi não render se eu tinha que perguntar algo a alguém, seria a tia Hye Soo.
Assim que terminamos o almoço e a sobremesa, Young Hee passou o café e o serviu na sala, depois eu a ajudei a arrumar a cozinha e ela deixou um lanche preparado para no forno. Pronto estávamos dispensadas, fomos nos trocar e Young Hee saiu antes de mim, eu como sempre simples estava de blusa, jeans, casaco e tênis ao aparecer na sala ele parou de ler o livro que estava nas mãos, deu uma olhada em mim de cima a baixo e sua expressão era de desaprovação, e então voltou para seu livro.
— Eu estou indo, vou visitar tia Hye, é estranho o senhor a conhece a tanto tempo e não pergunta por ela.
— Talvez não seja necessário. Quero ficar sozinho, apenas vá. — não me deu mais atenção.
— Estarei de volta amanhã. — não dei importância e fui embora.
Fui ao Hospital ver tia Hye, mas não pude falar com ela, o médico me disse que ela teve uma febre altíssima durante a noite e devido aos analgésicos ela iria dormir por um bom tempo, parece que a pneumonia estava resistindo no organismo dela, o que fazia com que seus pulmões ficassem ainda mais fracos.
Aquilo me preocupava e entristecia, às vezes a única coisa que me deixava um pouco mais tranquila era o apoio e o carinho que tinha comigo, me fazia ter cada vez mais certeza que era a pessoa ideal, mas será?
— Está bem Young Hee, não vou esquecer de abrir as janelas — falei indo em direção a escada com os produtos de limpeza.
Ela me dava muitas recomendações, principalmente se eu esquecesse algo, mas o que ela nunca lembrava de me dizer era se ele estava em casa. Eu abri a porta do quarto dele meio distraída, pensando no verdadeiro primeiro encontro que teria mais tarde com , larguei o balde no chão e puxei com tudo o edredom e para minha surpresa, lá estava ele de short e sem camisa.
— Desculpa, eu não sabia que estava aqui. — me virei de costas rapidamente toda sem jeito e cadê o buraco para eu me enfiar.
— Estranho, não é isso que parece. — senti ele se levantando.
— Como assim?
— Já é a segunda vez que tenta me ver sem roupa.
— O que? Olha aqui — eu me virei para ele automaticamente quase gritando e ao encontra-lo tão próximo, me virei novamente morrendo de vergonha e falando mais baixo — Isso não é verdade.
— Tudo bem, fique à vontade eu vou me trocar.
— Aqui? — meu coração disparou.
— Não, no banheiro. — e assim ele fez, eu respirei fundo e fui arrumar a cama. Enquanto colocava os livros da mesa no lugar ele saiu de roupa de jardinagem e botas.
— Estarei no jardim, caso alguém ligue.
— Sim senhor. — ele saiu do quarto e eu finalmente pude terminar o meu trabalho, e deixei as janelas abertas. Limpei o resto da casa e fui para a cozinha.
— Muito obrigada Young Hee.
— Pelo o que. — ela estava preparando o almoço.
— Por me avisar que ele estava em casa.
— Achei que soubesse.
— E como eu iria saber, se ele sai todos os dias.
— Mas hoje é domingo.
— Hum — atrasado, mas a ficha caiu.
— Pode me fazer um favor? Eu preciso que pegue alecrim na horta para mim é a única coisa que falta.
— Tudo bem eu pego.
A horta ficava do outro lado do jardim mais atrás da casa, toda vez que eu saia e olhava aquela paisagem eu literalmente viajava, quando me aproximei do jardim, eu o vi ajoelhado e totalmente distraído mexendo em alfaces.
Tão bonito, o sol refletia no rosto dele através da água que estava no balde ao lado, não sei por que fiquei ali parada admirando aquela pessoa sozinha, calada e que tinha mais intimidade com as flores do jardim do que com as pessoas com quem convivia, por um segundo pensei em como seria namora-lo, mas voltei a realidade quando Young Hee me chamou da porta, e sem querer atraiu a tenção dele para mim.
— Não me lembro de ter plantado gente.
— Há há... Eu só vim pegar um pouco de alecrim. — me abaixei para arrancar umas ervas que estavam perto.
— Isso não é alecrim — ele se levantou e caminhou até mim, se agachou do meu lado e apanhou uns ramos se levantou novamente me entregando olhando firme nos meus olhos, eu estava hipnotizada. — Ela está esperando você.
— Eu, eu já vou, obrigada. — engoli seco e corri para dentro sem olhar para traz, mas sabia que estava sendo observada. Entreguei as ervas para Young Hee tomei um copo de água meio ofegante.
— Teve alguma dificuldade? — ela perguntou com ironia.
— Não, só estava um pouco quente lá fora, mas agora estou bem, eu vou pôr a mesa. — senti o olhar dela desconfiado, mas devia ser coisa da minha cabeça. Ele entrou logo depois de mim.
— Vou me lavar e já desço — disse a Young Hee e se virando para mim — Por favor, não vá até o quarto, não quero que me veja nu de novo. — e então saiu.
Eu queria ficar invisível de tanta vergonha e para completar Young Hee me olhou como se eu fosse uma pervertida.
— Young Hee eu juro, eu não vi nada.
— Tudo bem, eu acredito em você.
— Acredita? — surpresa.
— Sim, sua tia e eu também passamos por isso nos primeiros dias, só que na época ele tinha uns 6 anos.
— Ah. — eu sorri muito sem graça e fui pôr a mesa a pedido dela para três pessoas.
Assim que eu terminei ela levou as tigelas e travessas para a mesa, não demorou nada e apareceu todo limpinho e perfumado e já foi se sentando a mesa. Achei que iria chegar alguém para almoçar com ele, para minha surpresa Young Hee se sentou e começou a servi-lo.
— Não vai se sentar? — ele perguntou ao me ver de pé.
— Hum? — não entendi.
— Me desculpe, se não quiser almoçar, não é obrigada. — ele começou a comer sem dar mais confiança.
— Não, eu quero sim. — me sentei e Young Hee me serviu também dando um sorriso de canto.
— Me desculpe eu devia ter dito a você que aos domingos almoçamos juntos. — Young Hee esclareceu.
— Eu não imaginei isto, está tudo bem. Agora entendo por que minha tia nunca almoçava comigo aos domingos, ela não me dizia o porquê.
— Há muitas coisas que ela não te diz, mas deveria. — ele foi um tanto enigmático e eu preferi não render se eu tinha que perguntar algo a alguém, seria a tia Hye Soo.
Assim que terminamos o almoço e a sobremesa, Young Hee passou o café e o serviu na sala, depois eu a ajudei a arrumar a cozinha e ela deixou um lanche preparado para no forno. Pronto estávamos dispensadas, fomos nos trocar e Young Hee saiu antes de mim, eu como sempre simples estava de blusa, jeans, casaco e tênis ao aparecer na sala ele parou de ler o livro que estava nas mãos, deu uma olhada em mim de cima a baixo e sua expressão era de desaprovação, e então voltou para seu livro.
— Eu estou indo, vou visitar tia Hye, é estranho o senhor a conhece a tanto tempo e não pergunta por ela.
— Talvez não seja necessário. Quero ficar sozinho, apenas vá. — não me deu mais atenção.
— Estarei de volta amanhã. — não dei importância e fui embora.
Fui ao Hospital ver tia Hye, mas não pude falar com ela, o médico me disse que ela teve uma febre altíssima durante a noite e devido aos analgésicos ela iria dormir por um bom tempo, parece que a pneumonia estava resistindo no organismo dela, o que fazia com que seus pulmões ficassem ainda mais fracos.
Aquilo me preocupava e entristecia, às vezes a única coisa que me deixava um pouco mais tranquila era o apoio e o carinho que tinha comigo, me fazia ter cada vez mais certeza que era a pessoa ideal, mas será?
Capítulo 7
Segunda-feira, quando cheguei para trabalhar, estava de malas prontas para viajar. Young Hee me disse que era uma viajem de emergência para a fábrica em Ansan-si, as últimas palavras dele foram:
— Cuidem da casa, eu volto em dois ou três dias, estou indo agora.
— Faça uma boa viajem. — disse Young Hee.
— Fique bem. — eu disse e ele acenou com a cabeça entrando no carro e foi embora.
Éramos só eu e Young Hee, aproveitando que ele não estava colocamos o papo em dia depois do trabalho, saímos mais cedo e ela até visitou tia Hye comigo. No outro dia enquanto limpava o quarto dele sem querer derrubei umas caixas no closet e havia muitas fotos, uma me chamou a atenção era de uma menina de colegial muito bonita, no verso estava escrito: “Com carinho e saudades, Jung Min Ha!”
Será que era alguma namorada? Isso despertou a minha curiosidade, afinal o que tinha de mais eu saber mais sobre ele? Já que Young Hee estava bem mais falante, aproveitei para perguntar algumas coisas enquanto descascava batatas na cozinha.
— Ele não parece ter muitos amigos, já que é tão calado.
— é assim desde criança, e depois da morte do pai é difícil ter mais do que cinco minutos de conversa com ele.
— E como é o relacionamento dele com a mãe?
— Apesar da distância, ela é muito cuidadosa com ele e está sempre querendo conhecer uma namorada dele.
— Mas você disse que ele não tinha nenhuma.
— Eu não disse que não tinha, disse que nunca vi ele com alguém.
— Eu achei uma coisa — minha oportunidade, mostrei a foto a ela — Você conhece essa garota?
— Onde achou isso? — Young Hee pegou das minhas mãos olhando atenta a foto.
— Eu derrubei umas caixas sem querer e tinha essa, e outras também.
— Hum. — ela me olhou como se soubesse do meu interesse pela foto — Essa é Jung Min Ha, é filha de um dos amigos do pai de , eles cresceram juntos e ela sempre dizia que iria se casar com ele, mas ele nunca a levou a sério.
— E onde ela está agora?
— Se formou aqui e foi fazer faculdade de moda em Paris, seguindo os passos da senhora Kim Yang Mi é claro.
— Ela ainda deve ter esperanças então.
— Mesmo se tiver, não acho que ele tenha mudado de ideia em todo esse tempo.
— As pessoas são imprevisíveis.
— Falando nisso, a Hye Soo sempre falava alguma coisa sobre você.
— Sobre mim? O que ela falava?
— Bom, o que as tias sempre dizem, que você era bonita, inteligente, esforçada, que trouxe alegria para a vida dela. Como ela não teve filhos e perdeu o marido cedo se sentia muito sozinha, mas então você veio e tudo teve sentido de novo.
— Tia Hye Soo também deu outro sentido a minha vida.
— Eu sei ela nos contava tudo.
— Nos contava? — fiquei confusa.
— Sim, para mim e para também.
— Então ele deve saber muito a meu respeito. — estou ferrada.
— Não se preocupe, Hye Soo nunca disse nada que pudesse compromete-la. — ela sorriu e eu devolvi o sorriso.
Passaram algumas horas e já estávamos prontas para ir embora quando Young Hee coçou a cabeça e parecia ter esquecido algo.
— pode me fazer um favor e desligar o telefone do quarto principal? Eu vou fechar as janelas da cozinha.
— Tudo bem.
Fui até o quarto de , assim que eu entrei o telefone tocou. E agora, atendo ou não atendo? Ah, quer saber.
— Alô.
— Alô, está? — disse a mulher do outro lado.
— Não, ele precisou viajar a negócios, quer deixar recado?
— Não precisa, é você que está cuidando da casa?
— Sim, mas ele deve voltar amanhã.
— Tudo bem eu ligarei amanhã, vou desligar.
— Está bem. — ela desligou e eu esqueci de perguntar quem era, mas pela voz era a mesma mulher da última vez, a mãe dele.
No outro dia deixamos a casa toda arrumada, ligou para avisar que já estava a caminho e Young Hee preparou uma refeição especial, como se fosse para um filho que voltava para casa depois de vários anos. Assim que ele chegou ela o recebeu na porta com um abraço sorrindo, foi a primeira vez que eu vi os dois com tanta intimidade.
— Como foi de viajem? — ela perguntou tirando a bolsa de suas mãos
— Bem, tudo voltou a funcionar direito.
— Bem-vindo de volta. — tentei ser cordial.
— Obrigado. Young Hee deixe as malas aqui, depois eu as levo para cima.
— Deve estar com fome, venha fiz tudo o que você gosta. — ela o puxou pelo braço e ao passar por mim ele me olhou profundamente.
Me senti estranha com aquele olhar, parecia que queria me dizer alguma coisa, estranha, mas agradável. Ele perguntou a Young Hee sobre o jardim e a horta e ela disse que eu reguei e limpei as folhas caídas enquanto ele estava fora, ela contou de um jeito que o fez dar um leve sorriso de canto e quando ele olhou para mim meu rosto se aqueceu de vergonha, evitei olhar para ele.
— Obrigado. — é a segunda vez que ele me agradece no mesmo dia.
— Eu só fiz minha obrigação, se não for pedir demais poderia me dispensar mais cedo hoje?
— Eu não vejo problema. Você tem um encontro? — ele é direto mesmo.
— Ah, não, eu só gostaria de ficar um tempo a mais com a tia Hye Soo no Hospital. — espera ai, por que eu estou me explicando para ele?
— Tudo bem, está dispensada por hoje.
— Obrigada — eu fiquei em silêncio até o lanche terminar e então sai e fui até o Hospital.
Tia Hye Soo estava um pouco melhor, mas o médico não tinha previsão de quando ela iria poder ter alta, o jeito era continuar esperando.
— Cuidem da casa, eu volto em dois ou três dias, estou indo agora.
— Faça uma boa viajem. — disse Young Hee.
— Fique bem. — eu disse e ele acenou com a cabeça entrando no carro e foi embora.
Éramos só eu e Young Hee, aproveitando que ele não estava colocamos o papo em dia depois do trabalho, saímos mais cedo e ela até visitou tia Hye comigo. No outro dia enquanto limpava o quarto dele sem querer derrubei umas caixas no closet e havia muitas fotos, uma me chamou a atenção era de uma menina de colegial muito bonita, no verso estava escrito: “Com carinho e saudades, Jung Min Ha!”
Será que era alguma namorada? Isso despertou a minha curiosidade, afinal o que tinha de mais eu saber mais sobre ele? Já que Young Hee estava bem mais falante, aproveitei para perguntar algumas coisas enquanto descascava batatas na cozinha.
— Ele não parece ter muitos amigos, já que é tão calado.
— é assim desde criança, e depois da morte do pai é difícil ter mais do que cinco minutos de conversa com ele.
— E como é o relacionamento dele com a mãe?
— Apesar da distância, ela é muito cuidadosa com ele e está sempre querendo conhecer uma namorada dele.
— Mas você disse que ele não tinha nenhuma.
— Eu não disse que não tinha, disse que nunca vi ele com alguém.
— Eu achei uma coisa — minha oportunidade, mostrei a foto a ela — Você conhece essa garota?
— Onde achou isso? — Young Hee pegou das minhas mãos olhando atenta a foto.
— Eu derrubei umas caixas sem querer e tinha essa, e outras também.
— Hum. — ela me olhou como se soubesse do meu interesse pela foto — Essa é Jung Min Ha, é filha de um dos amigos do pai de , eles cresceram juntos e ela sempre dizia que iria se casar com ele, mas ele nunca a levou a sério.
— E onde ela está agora?
— Se formou aqui e foi fazer faculdade de moda em Paris, seguindo os passos da senhora Kim Yang Mi é claro.
— Ela ainda deve ter esperanças então.
— Mesmo se tiver, não acho que ele tenha mudado de ideia em todo esse tempo.
— As pessoas são imprevisíveis.
— Falando nisso, a Hye Soo sempre falava alguma coisa sobre você.
— Sobre mim? O que ela falava?
— Bom, o que as tias sempre dizem, que você era bonita, inteligente, esforçada, que trouxe alegria para a vida dela. Como ela não teve filhos e perdeu o marido cedo se sentia muito sozinha, mas então você veio e tudo teve sentido de novo.
— Tia Hye Soo também deu outro sentido a minha vida.
— Eu sei ela nos contava tudo.
— Nos contava? — fiquei confusa.
— Sim, para mim e para também.
— Então ele deve saber muito a meu respeito. — estou ferrada.
— Não se preocupe, Hye Soo nunca disse nada que pudesse compromete-la. — ela sorriu e eu devolvi o sorriso.
Passaram algumas horas e já estávamos prontas para ir embora quando Young Hee coçou a cabeça e parecia ter esquecido algo.
— pode me fazer um favor e desligar o telefone do quarto principal? Eu vou fechar as janelas da cozinha.
— Tudo bem.
Fui até o quarto de , assim que eu entrei o telefone tocou. E agora, atendo ou não atendo? Ah, quer saber.
— Alô.
— Alô, está? — disse a mulher do outro lado.
— Não, ele precisou viajar a negócios, quer deixar recado?
— Não precisa, é você que está cuidando da casa?
— Sim, mas ele deve voltar amanhã.
— Tudo bem eu ligarei amanhã, vou desligar.
— Está bem. — ela desligou e eu esqueci de perguntar quem era, mas pela voz era a mesma mulher da última vez, a mãe dele.
No outro dia deixamos a casa toda arrumada, ligou para avisar que já estava a caminho e Young Hee preparou uma refeição especial, como se fosse para um filho que voltava para casa depois de vários anos. Assim que ele chegou ela o recebeu na porta com um abraço sorrindo, foi a primeira vez que eu vi os dois com tanta intimidade.
— Como foi de viajem? — ela perguntou tirando a bolsa de suas mãos
— Bem, tudo voltou a funcionar direito.
— Bem-vindo de volta. — tentei ser cordial.
— Obrigado. Young Hee deixe as malas aqui, depois eu as levo para cima.
— Deve estar com fome, venha fiz tudo o que você gosta. — ela o puxou pelo braço e ao passar por mim ele me olhou profundamente.
Me senti estranha com aquele olhar, parecia que queria me dizer alguma coisa, estranha, mas agradável. Ele perguntou a Young Hee sobre o jardim e a horta e ela disse que eu reguei e limpei as folhas caídas enquanto ele estava fora, ela contou de um jeito que o fez dar um leve sorriso de canto e quando ele olhou para mim meu rosto se aqueceu de vergonha, evitei olhar para ele.
— Obrigado. — é a segunda vez que ele me agradece no mesmo dia.
— Eu só fiz minha obrigação, se não for pedir demais poderia me dispensar mais cedo hoje?
— Eu não vejo problema. Você tem um encontro? — ele é direto mesmo.
— Ah, não, eu só gostaria de ficar um tempo a mais com a tia Hye Soo no Hospital. — espera ai, por que eu estou me explicando para ele?
— Tudo bem, está dispensada por hoje.
— Obrigada — eu fiquei em silêncio até o lanche terminar e então sai e fui até o Hospital.
Tia Hye Soo estava um pouco melhor, mas o médico não tinha previsão de quando ela iria poder ter alta, o jeito era continuar esperando.
Capítulo 8
O resto da semana foi tranquilo, nos deu folga no domingo e aconteceu uma coisa mágica. me convidou para sair, nós almoçamos, fomos ao parque e enquanto passeávamos ele segurou minha mão e me beijou, eu não estava esperando, mentira, eu estava muito ansiosa por esse momento e enfim ele chegou. A partir da li começamos a namorar, eu devo confessar que apesar de gostar muito dele, ainda não me sentia apaixonada, empolgada sim, mas apaixonada não. Ele é tão gentil e está sempre tentando me agradar, fico pensando se tem algo errado comigo e se algum dia vou corresponder aos sentimentos dele.
Se passaram duas semanas, durante este tempo nada mudou, a não ser o olhar de que me intrigava, comecei a notar que as vezes ele ficava aéreo durante as refeições e outro dia quando Young Hee me mandou levar um chá para ele ouvi uma conversa estranha antes de entrar no quarto, não costumo ouvir atrás da porta, mas desta vez não pude me segurar.
— Eu sei mãe, a senhora não tem com o que se preocupar, vai conhecê-la na hora certa... eu já disse... ela é bonita, simpática e muito discreta... é claro que eu gosto dela ou não pensaria em me casar, a senhora também vai gostar eu garanto... tudo bem, manda um abraço para vovó, nos falamos depois.
Então ele está namorando e já vai até se casar, como ele é rápido. Assim que eu o ouvi desligar entrei e coloquei a bandeja sobre a mesa e quando eu ia sair.
— Espera.
— Algum problema? — engoli seco, será que ele me viu?
— Ouvi você e a Young Hee conversando outro dia, sobre seu namorado e gostaria de perguntar uma coisa.
— Pergunte. — ele anda ouvindo a gente escondido hein.
— O que vocês dois fazem quando estão juntos.
— O que fazemos? — que constrangedor, de onde ele tirou essa pergunta?
— Sim! — ele estava bem natural, como se fosse uma questão matemática do primeiro grau.
— Bem, nós — o que eu vou dizer — passeamos, comemos fora, vamos ao cinema, o que todos os namorados geralmente fazem, não é?
— Deve ser, obrigado era só isso.
— Então eu estou indo, até amanhã.
— Sim. — ele começou a tomar o chá e eu sai.
Troquei de roupa pensando na nossa breve e esquisita conversa, será que ele não sabe mesmo o que os namorados fazem, deve ser por isso que ele namora escondido, nem sabe o que está fazendo, eu acho que poderia ajudar, afinal também estava aprendendo pela primeira vez. Comecei a observá-lo depois daquilo, talvez ele tivesse alguma outra dúvida, então resolvi sondar. Era sábado e ele havia voltado cedo do trabalho e estava lendo jornal na sala, arrumei o pretexto de espanar o pó para ficar próxima.
— O senhor deve perguntar de que cor ela gosta.
— O que disse? — confuso.
— Me perguntou sobre namoro outro dia lembra?
— Ah sim.
— Então, é importante saber de que cor ela gosta, se gosta de flores e qual ela preferi, os lugares que ela gosta de ir. Tente prestar atenção nos detalhes, o perfume que ela usa, o estilo das roupas, se ela bate os pés ou se roe as unhas quando está nervosa, se começa a balançar a cabeça quando uma certa musica toca...
— Ei, vai com calma. — ele me interrompeu.
— Me desculpa, eu estou indo rápido demais, você não vai aprender tudo de uma vez, não é?
— Seu namorado faz tudo isso?
— Eu tenho motivos para acreditar que sim, outro dia eu tinha acabado de fazer as unhas e assim que nos encontramos ele não só notou mas disse que a cor ficava bem mim. Por isso você deve observá-la bem todas as vezes que se encontrarem, sempre procure algo diferente e não se esqueça de elogiar, isso é essencial.
— Tudo bem, agora você pode respirar. — ele brincou.
— Tem razão — eu sorri, pela primeira vez desde que nos conhecemos — eu exagero as vezes. — ele estava me olhando como se estivesse procurando algo até que percebi que já estava a vontade sentada no sofá. — Ah me desculpe, eu nem reparei.
— Não por favor, eu quero saber mais, você se incomoda? — o rosto dele era sério, mas sereno e tão tranquilo, não esboçava nenhuma emoção, mas eu conseguia sentir seu entusiasmo e interesse.
— Não, claro que não. — me sentei novamente e continuei — Vejamos, se tem muito tempo que estão juntos pode ser mais difícil por que vocês acabam se acostumando um ao outro, mas se tem pouco tempo a probabilidade de você ver qualquer mudança é maior, seus olhos ainda estão se adaptando a ela. O que ela está tentando dizer quando pinta o cabelo, se prende ou usa solto num encontro. — não sei por que, mas estava tão animada em conversar com ele e ensiná-lo aquelas coisas, os problemas pareciam não existir naquele momento. — Os gestos e expressões quando você faz algo ou dá um presente que ela não gosta, você está me entendendo?
— Sim, eu não sabia que poderia ser tão complicado.
— Na verdade é só uma questão de interesse e pratica. — eu acho.
— Mas como eu posso saber se ela está interessada também?
— Ah, as mulheres demonstram mais claramente do que os homens.
— Como?
— Nós retribuímos.
— Ainda não entendi.
— É simples, se você faz algo bom e agradável, vai receber algo bom e agradável de volta.
— Agora sim, obrigado pelas dicas — ele se levantou e caminhou em direção a escada.
— De nada, mas ainda tem muita coisa para você aprender. — ao me ouvir ele se virou.
— Não se preocupe, vamos continuar outra hora, agora eu devo sair. — ele continuou e foi para seu quarto, será que ele vai sair com ela, já vai colocar em pratica o que eu ensinei?
Bom, se fizer exatamente como eu disse com certeza será um ótimo namorado, que não me ouça, mas agora eu penso: como seria tê-lo como namorado?
Se passaram duas semanas, durante este tempo nada mudou, a não ser o olhar de que me intrigava, comecei a notar que as vezes ele ficava aéreo durante as refeições e outro dia quando Young Hee me mandou levar um chá para ele ouvi uma conversa estranha antes de entrar no quarto, não costumo ouvir atrás da porta, mas desta vez não pude me segurar.
— Eu sei mãe, a senhora não tem com o que se preocupar, vai conhecê-la na hora certa... eu já disse... ela é bonita, simpática e muito discreta... é claro que eu gosto dela ou não pensaria em me casar, a senhora também vai gostar eu garanto... tudo bem, manda um abraço para vovó, nos falamos depois.
Então ele está namorando e já vai até se casar, como ele é rápido. Assim que eu o ouvi desligar entrei e coloquei a bandeja sobre a mesa e quando eu ia sair.
— Espera.
— Algum problema? — engoli seco, será que ele me viu?
— Ouvi você e a Young Hee conversando outro dia, sobre seu namorado e gostaria de perguntar uma coisa.
— Pergunte. — ele anda ouvindo a gente escondido hein.
— O que vocês dois fazem quando estão juntos.
— O que fazemos? — que constrangedor, de onde ele tirou essa pergunta?
— Sim! — ele estava bem natural, como se fosse uma questão matemática do primeiro grau.
— Bem, nós — o que eu vou dizer — passeamos, comemos fora, vamos ao cinema, o que todos os namorados geralmente fazem, não é?
— Deve ser, obrigado era só isso.
— Então eu estou indo, até amanhã.
— Sim. — ele começou a tomar o chá e eu sai.
Troquei de roupa pensando na nossa breve e esquisita conversa, será que ele não sabe mesmo o que os namorados fazem, deve ser por isso que ele namora escondido, nem sabe o que está fazendo, eu acho que poderia ajudar, afinal também estava aprendendo pela primeira vez. Comecei a observá-lo depois daquilo, talvez ele tivesse alguma outra dúvida, então resolvi sondar. Era sábado e ele havia voltado cedo do trabalho e estava lendo jornal na sala, arrumei o pretexto de espanar o pó para ficar próxima.
— O senhor deve perguntar de que cor ela gosta.
— O que disse? — confuso.
— Me perguntou sobre namoro outro dia lembra?
— Ah sim.
— Então, é importante saber de que cor ela gosta, se gosta de flores e qual ela preferi, os lugares que ela gosta de ir. Tente prestar atenção nos detalhes, o perfume que ela usa, o estilo das roupas, se ela bate os pés ou se roe as unhas quando está nervosa, se começa a balançar a cabeça quando uma certa musica toca...
— Ei, vai com calma. — ele me interrompeu.
— Me desculpa, eu estou indo rápido demais, você não vai aprender tudo de uma vez, não é?
— Seu namorado faz tudo isso?
— Eu tenho motivos para acreditar que sim, outro dia eu tinha acabado de fazer as unhas e assim que nos encontramos ele não só notou mas disse que a cor ficava bem mim. Por isso você deve observá-la bem todas as vezes que se encontrarem, sempre procure algo diferente e não se esqueça de elogiar, isso é essencial.
— Tudo bem, agora você pode respirar. — ele brincou.
— Tem razão — eu sorri, pela primeira vez desde que nos conhecemos — eu exagero as vezes. — ele estava me olhando como se estivesse procurando algo até que percebi que já estava a vontade sentada no sofá. — Ah me desculpe, eu nem reparei.
— Não por favor, eu quero saber mais, você se incomoda? — o rosto dele era sério, mas sereno e tão tranquilo, não esboçava nenhuma emoção, mas eu conseguia sentir seu entusiasmo e interesse.
— Não, claro que não. — me sentei novamente e continuei — Vejamos, se tem muito tempo que estão juntos pode ser mais difícil por que vocês acabam se acostumando um ao outro, mas se tem pouco tempo a probabilidade de você ver qualquer mudança é maior, seus olhos ainda estão se adaptando a ela. O que ela está tentando dizer quando pinta o cabelo, se prende ou usa solto num encontro. — não sei por que, mas estava tão animada em conversar com ele e ensiná-lo aquelas coisas, os problemas pareciam não existir naquele momento. — Os gestos e expressões quando você faz algo ou dá um presente que ela não gosta, você está me entendendo?
— Sim, eu não sabia que poderia ser tão complicado.
— Na verdade é só uma questão de interesse e pratica. — eu acho.
— Mas como eu posso saber se ela está interessada também?
— Ah, as mulheres demonstram mais claramente do que os homens.
— Como?
— Nós retribuímos.
— Ainda não entendi.
— É simples, se você faz algo bom e agradável, vai receber algo bom e agradável de volta.
— Agora sim, obrigado pelas dicas — ele se levantou e caminhou em direção a escada.
— De nada, mas ainda tem muita coisa para você aprender. — ao me ouvir ele se virou.
— Não se preocupe, vamos continuar outra hora, agora eu devo sair. — ele continuou e foi para seu quarto, será que ele vai sair com ela, já vai colocar em pratica o que eu ensinei?
Bom, se fizer exatamente como eu disse com certeza será um ótimo namorado, que não me ouça, mas agora eu penso: como seria tê-lo como namorado?
Passados alguns dias, tia Hye Soo apresentou uma melhora significativa e se continuasse assim com certeza iria receber alta em breve. Como eu e estávamos mais comunicativos, se assim posso dizer, aproveitei para pedir um dia de folga que ele não negou, pois Heechul queria me apresentar a seus pais. O dia foi ótimo, a mãe dele senhora Hyun-Joo é bonita e um amor de pessoa, me tratou como uma filha e o pai senhor Jung-ho um poço de gentileza, pude ver de onde herdou a beleza e a simpatia, tive vontade de não sair mais dali, finalmente me senti em uma família completa. Ele me levou até a estação, enquanto esperava o metrô nós conversamos sobre meu trabalho.
— Estou indo bem, é possível que não demore para pagar a dívida, sempre dou um jeito de fazer hora extra. — eu ri.
— Não se preocupe, mesmo que não termine de pagar trabalhando para ele, assim que nos casarmos você arruma outro emprego e eu vou te ajudar a pagar e você vai poder voltar a faculdade. — disse segurando minhas mãos.
— Casar? — essa parte me assustou.
— Sim, estou indo rápido demais?
— Não, é que eu não tinha pensado nisso. — nem mesmo considerei a hipótese dessa conversa até o momento.
— Mas agora vai pensar. — ele me puxou me abraçando forte e confortavelmente por alguns minutos, o metrô chegou nos despedimos e fui para casa.
Aquela conversa me deixou em alerta, não que eu não quisesse me casar, mas aquilo não se encaixava na minha situação atual, por mais que a proposta seja tentadora não me sentia feliz o suficiente para tomar aquela decisão. Passados mais uns dias, o médico decidiu dar alta a tia Hye e ela poderia continuar o tratamento em casa, senhor Park soube e se dispôs a buscá-la comigo, como a empresa ficou responsável pelas contas do Hospital, ele acertou tudo na administração e nos levou para casa. Enquanto fazia o café na cozinha observei os dois conversarem, pensei até que eles poderiam ser um casal, seria ótimo para tia Hye que era tão sozinha desde o falecimento do marido. Eu os servi e algo que senhor Park disse me deixou confusa.
— Foi um grande susto para todos nós, assim que ligou do Hospital avisando sobre você, ficamos muito preocupados.
— ? Então foi ele quem levou a senhora para o Hospital e também me avisou no trabalho?
— Sim, eu achei que você já soubesse, ele é um rapaz muito dedicado e sempre saia mais cedo da empresa para visitar sua tia. — tia Hye Soo o olhou com desaprovação e então ele parou de falar.
— A senhora não me disse isso tia, eu cheguei a pensar que ele não ligasse para sua saúde, já que nunca me perguntava da senhora.
— Eu devo ter me esquecido de mencionar, afinal eu estava doente não é mesmo. — senti um tom de desculpa, muito fajuta.
— É verdade, mas vamos esquecer este mau momento, agora você está em casa e bem.
— Sim, isto é que é importante. — ela pode se preparar, pois tem muito o que me explicar. Deixei ela sossegada no primeiro dia, mas assim que voltei do trabalho no dia seguinte, enquanto jantávamos...
— Tia Hye — fui bem direta — por que nunca me falou do ?
— Bem — ela quase engasgou, mas fiquei firme esperando a resposta — ele é meu patrão, o que eu poderia dizer.
— Eu é que pergunto, você o conhece e praticamente o criou desde os 6 anos.
— Está bem, você me pegou, eu nunca falei dele para você por que nós já tínhamos tão pouco tempo juntas que eu não considerei ele como um assunto.
— Mesmo tendo a possibilidade de eu ter que trabalhar para ele a senhora preferiu me deixar no escuro, sem saber algo que me envolvia diretamente.
— Eu sei e já disse que sinto muito por isso, não estava nos meu planos ficar doente. — ela conseguiu me fazer sentir mal.
— Desculpe tia Hye, não foi isso que eu quis dizer. Eu só fiquei chateada por que eu tive que aprender da forma mais difícil e veio tudo de uma vez, com certeza teria sido menos estranho se eu já soubesse.
— Mas agora você já teve tempo de se acostumar e conhecê-lo, então me diz o que achou.
— Bom tia, eu não tenho que achar nada, é um trabalho e ele é meu patrão.
— Só isso? — não acreditando muito no que eu dizia.
— É claro. — mas que coisa, era para eu estar pressionando ela, tenho que voltar ao comando dessa conversa — Mas agora que teremos muito tempo, a senhora pode me contar mais sobre ele.
— Tudo bem, por onde você quer começar?
— Vejamos — tenho que escolher bem as palavras — Como ele se comporta com os empregados, geralmente?
— Ele é justo, educado e respeitoso com todos, próxima pergunta. — Ah não tia, isso é muito vago, me fala da convivência de vocês, já que praticamente o criou.
— Como queira. Quando comecei a trabalhar na casa junto com Young Hee, ele era um garoto muito quieto, tímido, o pai não tinha tempo para ele, pois trabalhava muito para o crescimento da empresa que na época começava a dar lucro de verdade, a mãe também trabalhava e acabara de voltar a faculdade de moda, sem irmãos nós duas éramos as únicas companhias dele.
— Mas e a Jung Min Ha, eles não cresceram juntos?
— Você quer que eu conte ou prefere tirar suas conclusões?
— Me desculpe, pode continuar.
— Apesar da falta que sentia dos pais, ele achou em nós duas amigas e começou a se abrir mais, Min Há se mudou para Seoul com o pai três anos depois para trabalhar na empresa do amigo, pai do . Eles cresceram juntos, frequentaram o mesmo colégio, iam as mesmas festas até o senhor falecer. Não foi nada fácil ver aquela criança alegre voltando a ser aquele garoto sério e calado, e por mais que tentasse a senhora Yang Mi não conseguia alcançá-lo e como não tinha muita paciência o deixava conosco. Com a ausência do patrão, a empresa ficou nas mãos dos sócios e foi estudar no exterior para aprender a administrar o negócio da família, ele voltou um ano depois e tomou as rédeas da empresa, quando a senhora Yang Mi foi para Paris, Min Ha foi com ela com a autorização do pai, mas prometendo voltar para se casar com .
— Young Hee também me disse sobre as esperanças de Min Ha, mas parece que ele não está convencido disso. — ainda não consegui me decidir se acho bom ou não a esse respeito.
— É verdade, mas em uma coisa você pode ter certeza quando ele se decidir eu e Young Hee seremos as primeiras a saber e nossa opinião vale muito pra ele.
— Nossa, então isso explica por que ele faz questão de almoçar com vocês no domingo, ele considera muito você e Young Hee.
— Isso mesmo.
— Eu fico feliz por ele ter achado alguém além de vocês pra dividir tudo.
— Está falando de você?
— Não, ele tem uma namorada.
— O que? — ela não reagiu muito bem a notícia. — Como assim?
— É isso mesmo, ele está saindo com alguém, ouvi até ele falar em casamento com a mãe no telefone.
— Isso não é possível. — ela ficou contrariada e eu não entendi por que.
— Claro que sim tia ele é jovem, é bonito, pensando bem agora entendo por que ele não consegui se expressar, estou até ensinando a ele como deve ser um namoro.
— Eu não consigo imaginar como é isto, mas ele já levou ela em casa, a Young Hee a conheceu.
— Não que eu saiba, ele só avisa que vai sair e pronto.
— Entendi, bem acho que já esclareci tudo a você por hoje, não?
— Ah sim tia Hye, já é tarde é melhor se deitar, eu vou arrumar tudo aqui e vou em seguida, mas nós voltaremos a falar nisso outro dia. — , boa noite. — ela sorriu para mim e foi para o quarto.
— Descanse bem.
Eu arrumei a cozinha pensando na informação adquirida, me peguei sorrindo pensando nele quando criança, apesar de ter os pais também tinha minha tia, Young Hee e Min Ha por perto, ele teve sorte e eu só tive meu pai por algum tempo e agora tia Hye e , mas será o bastante?
— Estou indo bem, é possível que não demore para pagar a dívida, sempre dou um jeito de fazer hora extra. — eu ri.
— Não se preocupe, mesmo que não termine de pagar trabalhando para ele, assim que nos casarmos você arruma outro emprego e eu vou te ajudar a pagar e você vai poder voltar a faculdade. — disse segurando minhas mãos.
— Casar? — essa parte me assustou.
— Sim, estou indo rápido demais?
— Não, é que eu não tinha pensado nisso. — nem mesmo considerei a hipótese dessa conversa até o momento.
— Mas agora vai pensar. — ele me puxou me abraçando forte e confortavelmente por alguns minutos, o metrô chegou nos despedimos e fui para casa.
Aquela conversa me deixou em alerta, não que eu não quisesse me casar, mas aquilo não se encaixava na minha situação atual, por mais que a proposta seja tentadora não me sentia feliz o suficiente para tomar aquela decisão. Passados mais uns dias, o médico decidiu dar alta a tia Hye e ela poderia continuar o tratamento em casa, senhor Park soube e se dispôs a buscá-la comigo, como a empresa ficou responsável pelas contas do Hospital, ele acertou tudo na administração e nos levou para casa. Enquanto fazia o café na cozinha observei os dois conversarem, pensei até que eles poderiam ser um casal, seria ótimo para tia Hye que era tão sozinha desde o falecimento do marido. Eu os servi e algo que senhor Park disse me deixou confusa.
— Foi um grande susto para todos nós, assim que ligou do Hospital avisando sobre você, ficamos muito preocupados.
— ? Então foi ele quem levou a senhora para o Hospital e também me avisou no trabalho?
— Sim, eu achei que você já soubesse, ele é um rapaz muito dedicado e sempre saia mais cedo da empresa para visitar sua tia. — tia Hye Soo o olhou com desaprovação e então ele parou de falar.
— A senhora não me disse isso tia, eu cheguei a pensar que ele não ligasse para sua saúde, já que nunca me perguntava da senhora.
— Eu devo ter me esquecido de mencionar, afinal eu estava doente não é mesmo. — senti um tom de desculpa, muito fajuta.
— É verdade, mas vamos esquecer este mau momento, agora você está em casa e bem.
— Sim, isto é que é importante. — ela pode se preparar, pois tem muito o que me explicar. Deixei ela sossegada no primeiro dia, mas assim que voltei do trabalho no dia seguinte, enquanto jantávamos...
— Tia Hye — fui bem direta — por que nunca me falou do ?
— Bem — ela quase engasgou, mas fiquei firme esperando a resposta — ele é meu patrão, o que eu poderia dizer.
— Eu é que pergunto, você o conhece e praticamente o criou desde os 6 anos.
— Está bem, você me pegou, eu nunca falei dele para você por que nós já tínhamos tão pouco tempo juntas que eu não considerei ele como um assunto.
— Mesmo tendo a possibilidade de eu ter que trabalhar para ele a senhora preferiu me deixar no escuro, sem saber algo que me envolvia diretamente.
— Eu sei e já disse que sinto muito por isso, não estava nos meu planos ficar doente. — ela conseguiu me fazer sentir mal.
— Desculpe tia Hye, não foi isso que eu quis dizer. Eu só fiquei chateada por que eu tive que aprender da forma mais difícil e veio tudo de uma vez, com certeza teria sido menos estranho se eu já soubesse.
— Mas agora você já teve tempo de se acostumar e conhecê-lo, então me diz o que achou.
— Bom tia, eu não tenho que achar nada, é um trabalho e ele é meu patrão.
— Só isso? — não acreditando muito no que eu dizia.
— É claro. — mas que coisa, era para eu estar pressionando ela, tenho que voltar ao comando dessa conversa — Mas agora que teremos muito tempo, a senhora pode me contar mais sobre ele.
— Tudo bem, por onde você quer começar?
— Vejamos — tenho que escolher bem as palavras — Como ele se comporta com os empregados, geralmente?
— Ele é justo, educado e respeitoso com todos, próxima pergunta. — Ah não tia, isso é muito vago, me fala da convivência de vocês, já que praticamente o criou.
— Como queira. Quando comecei a trabalhar na casa junto com Young Hee, ele era um garoto muito quieto, tímido, o pai não tinha tempo para ele, pois trabalhava muito para o crescimento da empresa que na época começava a dar lucro de verdade, a mãe também trabalhava e acabara de voltar a faculdade de moda, sem irmãos nós duas éramos as únicas companhias dele.
— Mas e a Jung Min Ha, eles não cresceram juntos?
— Você quer que eu conte ou prefere tirar suas conclusões?
— Me desculpe, pode continuar.
— Apesar da falta que sentia dos pais, ele achou em nós duas amigas e começou a se abrir mais, Min Há se mudou para Seoul com o pai três anos depois para trabalhar na empresa do amigo, pai do . Eles cresceram juntos, frequentaram o mesmo colégio, iam as mesmas festas até o senhor falecer. Não foi nada fácil ver aquela criança alegre voltando a ser aquele garoto sério e calado, e por mais que tentasse a senhora Yang Mi não conseguia alcançá-lo e como não tinha muita paciência o deixava conosco. Com a ausência do patrão, a empresa ficou nas mãos dos sócios e foi estudar no exterior para aprender a administrar o negócio da família, ele voltou um ano depois e tomou as rédeas da empresa, quando a senhora Yang Mi foi para Paris, Min Ha foi com ela com a autorização do pai, mas prometendo voltar para se casar com .
— Young Hee também me disse sobre as esperanças de Min Ha, mas parece que ele não está convencido disso. — ainda não consegui me decidir se acho bom ou não a esse respeito.
— É verdade, mas em uma coisa você pode ter certeza quando ele se decidir eu e Young Hee seremos as primeiras a saber e nossa opinião vale muito pra ele.
— Nossa, então isso explica por que ele faz questão de almoçar com vocês no domingo, ele considera muito você e Young Hee.
— Isso mesmo.
— Eu fico feliz por ele ter achado alguém além de vocês pra dividir tudo.
— Está falando de você?
— Não, ele tem uma namorada.
— O que? — ela não reagiu muito bem a notícia. — Como assim?
— É isso mesmo, ele está saindo com alguém, ouvi até ele falar em casamento com a mãe no telefone.
— Isso não é possível. — ela ficou contrariada e eu não entendi por que.
— Claro que sim tia ele é jovem, é bonito, pensando bem agora entendo por que ele não consegui se expressar, estou até ensinando a ele como deve ser um namoro.
— Eu não consigo imaginar como é isto, mas ele já levou ela em casa, a Young Hee a conheceu.
— Não que eu saiba, ele só avisa que vai sair e pronto.
— Entendi, bem acho que já esclareci tudo a você por hoje, não?
— Ah sim tia Hye, já é tarde é melhor se deitar, eu vou arrumar tudo aqui e vou em seguida, mas nós voltaremos a falar nisso outro dia. — , boa noite. — ela sorriu para mim e foi para o quarto.
— Descanse bem.
Eu arrumei a cozinha pensando na informação adquirida, me peguei sorrindo pensando nele quando criança, apesar de ter os pais também tinha minha tia, Young Hee e Min Ha por perto, ele teve sorte e eu só tive meu pai por algum tempo e agora tia Hye e , mas será o bastante?
Capítulo 10
Prometi a tia Hye Soo, que mesmo ela estando melhor de saúde eu iria continuar trabalhando no lugar dela. Finalmente entendi que ela não se esforçava só por ela, mas também por , que precisou muito dela e por mim. Mais um dia de trabalho, cheguei cedo como de costume, demorei para subir e limpar os quartos por que fui levar o lixo acumulado para fora, quando voltei ao falar com Young Hee percebi seu semblante triste e preocupado.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não é nada, por acaso você viu o carro do lá fora?
— Desculpe, eu não reparei, mas posso ir olhar.
— Não precisa, é que eu ainda não o vi, ele não veio tomar café, deve ter saído apressado. Eu não vou segurá-la mais, pode ir para seus afazeres.
— Tudo bem. — muito estranho, mas preferi não incomoda—la peguei minhas ferramentas de trabalho e fui para o quarto principal, ainda estava escuro com as cortinas fechadas, quando fui abri—las a luz entrou com toda força e ai o susto.
— O que você acha que está fazendo? — ele berrou, muito agressivo enrolado nos lençóis em cima da cama e seus olhos estavam vermelhos.
— Eu não sabia. — eu paralisei.
— Sai daqui agora, eu não quero ver ninguém.
— Me desculpe, aconteceu alguma coisa?
— Você é surda, eu te mandei sair, apenas saia — ele jogou uma das almofadas perto de mim, eu fiquei apavorada e sai correndo e ele só gritava — Me deixem em paz.
Desci a escada com o coração na mão, Young Hee veio correndo até mim assustada com a gritaria.
— O que aconteceu, que berros eram aqueles.
— Eu só abri a cortina, não sabia que ele estava lá, ele não precisava me tratar assim. — eu comecei a chorar de até soluçar de tão nervosa que eu fiquei e Young Hee me abraçou e me levou para a cozinha tentando me acalmar.
Por motivo nenhum ele tinha o direito de fazer aquilo comigo, minha vontade foi de pegar minhas coisas, ir embora e não voltar nunca mais, mas ela não deixou, me deu agua com açúcar e assim que eu me acalmei um pouco ela pediu que eu esperasse ali e foi em direção a sala. Eu consegui conter minhas lágrimas, mas não meu coração, que palpitava dentro do peito e formulava questões sobre o porquê daquela reação, o que o levou a ficar assim de uma hora para outra, eu não esperava por aquela situação, nem imaginava que ele tivesse esse lado agressivo, de qualquer forma não queria chegar perto dele de novo. Depois de alguns minutos, Young Hee voltou e se sentou à minha frente.
— Eu sinto muito por ter passado por isso, estou envergonhada. — ela disse pesarosa.
— Foi ele que agiu assim, ele é quem tem de se envergonhar.
— Por favor não o culpe.
— Eu entendo que você e minha tia o criaram, mas não é justificado passarem a mão na cabeça dele, aposto que fizeram isso todas as vezes em que agiu assim.
— Essa é a primeira vez, mas ao contrário do que diz há sim uma justificativa convincente e é importante que saiba que ele só agiu assim por que você está aqui.
— Agora a culpa é minha? — indignada.
— Não foi isso que eu disse, mas o fato de você não saber algumas coisas inclusive a respeito disto é que pode ter ocasionar a situação.
— Tudo bem. — por que será que não estou surpresa — Pode me dizer mais uma coisa que eu deveria saber, mas não me contaram. — olhei para ela seria mostrando que aquilo estava me deixando no limite.
— Hoje é o aniversário da morte do senhor .
— Hum. — meu coração acabou de quebrar e eu não conseguia falar nada depois disso.
— É o dia em que ele se culpa um pouco mais do que geralmente faz, se fecha no quarto, não fala com ninguém, não quer ver ninguém. No dia em que o pai morreu, eles tiveram uma severa discursão, senhor saiu nervoso e logo depois veio a notícia. Eu sinceramente achei que ele estava mais tranquilo, mas agora vejo que não, me desculpe não deveria ter deixado você subir sem checar primeiro.
— Mas por que ele se sente culpado, foi um acidente na fábrica.
— Acontece que, era para eles terem ido a um jogo juntos, mas com a briga senhor voltou para a fábrica, quando soube do problema no maquinário e os riscos tentou tirar todos de lá, mas antes que saísse houve uma explosão, e é por isso que se culpa.
— Eu, nunca poderia imaginar que ele se sentia assim, perdi meu pai a pouco mais de dois anos, confesso que ainda não sei lidar com isso também, mas a reação dele eu não esperava. — foi exagerada.
— Eu entendo que você fique brava com ele, afinal foi um susto e tanto, até para mim, mas digo com sinceridade que ele não fez por mal, só não conseguiu controlar a raiva que tem de si mesmo e que tem sido alimentada pela culpa por todo esse tempo. Olha, por que você não tira o resto do dia de folga e vem amanhã mais tranquila, com certeza ele também estará.
— Tudo bem, eu irei.
— Obrigada.
Eu assenti, troquei de roupa e fui para casa, quando cheguei tia Hye já me aguardava e me abraçou forte.
— Eu já sei, Young Hee acabou de me ligar. Você vai ficar bem?
— Sim.
— Vá se deitar um pouco, vou fazer ramen pra você. — ela sorriu.
— Obrigada.
Eu estava um pouco mais tranquila, me deitei na cama e fiquei pensando no meu pai, será que eu fui um tanto insensível com os sentimentos de ? O julgando daquela forma? Afinal meu pai trabalhou tanto para me criar, será que no fim eu também tive culpa por meu pai ter ficado tão doente?
— Aconteceu alguma coisa?
— Não é nada, por acaso você viu o carro do lá fora?
— Desculpe, eu não reparei, mas posso ir olhar.
— Não precisa, é que eu ainda não o vi, ele não veio tomar café, deve ter saído apressado. Eu não vou segurá-la mais, pode ir para seus afazeres.
— Tudo bem. — muito estranho, mas preferi não incomoda—la peguei minhas ferramentas de trabalho e fui para o quarto principal, ainda estava escuro com as cortinas fechadas, quando fui abri—las a luz entrou com toda força e ai o susto.
— O que você acha que está fazendo? — ele berrou, muito agressivo enrolado nos lençóis em cima da cama e seus olhos estavam vermelhos.
— Eu não sabia. — eu paralisei.
— Sai daqui agora, eu não quero ver ninguém.
— Me desculpe, aconteceu alguma coisa?
— Você é surda, eu te mandei sair, apenas saia — ele jogou uma das almofadas perto de mim, eu fiquei apavorada e sai correndo e ele só gritava — Me deixem em paz.
Desci a escada com o coração na mão, Young Hee veio correndo até mim assustada com a gritaria.
— O que aconteceu, que berros eram aqueles.
— Eu só abri a cortina, não sabia que ele estava lá, ele não precisava me tratar assim. — eu comecei a chorar de até soluçar de tão nervosa que eu fiquei e Young Hee me abraçou e me levou para a cozinha tentando me acalmar.
Por motivo nenhum ele tinha o direito de fazer aquilo comigo, minha vontade foi de pegar minhas coisas, ir embora e não voltar nunca mais, mas ela não deixou, me deu agua com açúcar e assim que eu me acalmei um pouco ela pediu que eu esperasse ali e foi em direção a sala. Eu consegui conter minhas lágrimas, mas não meu coração, que palpitava dentro do peito e formulava questões sobre o porquê daquela reação, o que o levou a ficar assim de uma hora para outra, eu não esperava por aquela situação, nem imaginava que ele tivesse esse lado agressivo, de qualquer forma não queria chegar perto dele de novo. Depois de alguns minutos, Young Hee voltou e se sentou à minha frente.
— Eu sinto muito por ter passado por isso, estou envergonhada. — ela disse pesarosa.
— Foi ele que agiu assim, ele é quem tem de se envergonhar.
— Por favor não o culpe.
— Eu entendo que você e minha tia o criaram, mas não é justificado passarem a mão na cabeça dele, aposto que fizeram isso todas as vezes em que agiu assim.
— Essa é a primeira vez, mas ao contrário do que diz há sim uma justificativa convincente e é importante que saiba que ele só agiu assim por que você está aqui.
— Agora a culpa é minha? — indignada.
— Não foi isso que eu disse, mas o fato de você não saber algumas coisas inclusive a respeito disto é que pode ter ocasionar a situação.
— Tudo bem. — por que será que não estou surpresa — Pode me dizer mais uma coisa que eu deveria saber, mas não me contaram. — olhei para ela seria mostrando que aquilo estava me deixando no limite.
— Hoje é o aniversário da morte do senhor .
— Hum. — meu coração acabou de quebrar e eu não conseguia falar nada depois disso.
— É o dia em que ele se culpa um pouco mais do que geralmente faz, se fecha no quarto, não fala com ninguém, não quer ver ninguém. No dia em que o pai morreu, eles tiveram uma severa discursão, senhor saiu nervoso e logo depois veio a notícia. Eu sinceramente achei que ele estava mais tranquilo, mas agora vejo que não, me desculpe não deveria ter deixado você subir sem checar primeiro.
— Mas por que ele se sente culpado, foi um acidente na fábrica.
— Acontece que, era para eles terem ido a um jogo juntos, mas com a briga senhor voltou para a fábrica, quando soube do problema no maquinário e os riscos tentou tirar todos de lá, mas antes que saísse houve uma explosão, e é por isso que se culpa.
— Eu, nunca poderia imaginar que ele se sentia assim, perdi meu pai a pouco mais de dois anos, confesso que ainda não sei lidar com isso também, mas a reação dele eu não esperava. — foi exagerada.
— Eu entendo que você fique brava com ele, afinal foi um susto e tanto, até para mim, mas digo com sinceridade que ele não fez por mal, só não conseguiu controlar a raiva que tem de si mesmo e que tem sido alimentada pela culpa por todo esse tempo. Olha, por que você não tira o resto do dia de folga e vem amanhã mais tranquila, com certeza ele também estará.
— Tudo bem, eu irei.
— Obrigada.
Eu assenti, troquei de roupa e fui para casa, quando cheguei tia Hye já me aguardava e me abraçou forte.
— Eu já sei, Young Hee acabou de me ligar. Você vai ficar bem?
— Sim.
— Vá se deitar um pouco, vou fazer ramen pra você. — ela sorriu.
— Obrigada.
Eu estava um pouco mais tranquila, me deitei na cama e fiquei pensando no meu pai, será que eu fui um tanto insensível com os sentimentos de ? O julgando daquela forma? Afinal meu pai trabalhou tanto para me criar, será que no fim eu também tive culpa por meu pai ter ficado tão doente?
Capítulo 11
Fui trabalhar no outro dia, não sei se foi o susto ou outra coisa, mas mantive distância ao máximo dele enquanto estava em casa, ele parecia me evitar também, devia estar realmente envergonhado da cena anterior, eu não contei nada a , pois poderia causar algum problema. Nos mantivemos assim por uns três dias, até que sábado eu não pude mais fugir, ele chegou mais cedo e acabamos nos esbarando na porta da sala enquanto eu arrumava os vasos de flores.
— Boa tarde! — estava com medo, assumo.
— Boa tarde. — ele estava totalmente sem jeito, eu achei que eu iria sair correndo, mas quando ele me olhou nos olhos eu me senti tão mal por ele. se desviou sem saber o que dizer e já ia subindo a escada, quando eu peguei em sua mão ele parou de costas.
— Está tudo bem. — olha eu cheia de coragem de novo — Eu não estou mais com raiva ou medo, então se quiser pedir desculpas ou me mandar fazer alguma coisa, por favor se sinta confortável para dizer. — enfim ele se virou e eu me toquei e soltei sua mão quente e macia, seus olhos pareciam mais tranquilos e eu tive segurança.
— Me perdoe pelo meu comportamento. — foi direto como sempre e eu assenti que sim — Por favor, leve chá para mim no quarto. — ele fez exatamente como eu disse.
— Sim senhor. — ai que alivio.
Ele subiu para seu quarto e eu fui para cozinha, me aproximei de Young Hee sorrindo e fui enchendo a chaleira para esquentar a água. Ela estranhou e não deixou de perguntar já que nos dias anteriores eu não estava com uma expressão muito animadora.
— Que carinha mais alegre, aconteceu alguma coisa? — misturando uma panela no fogão.
— Não, nada demais. Ah, o chegou e pediu chá, mas pode deixar que eu faço.
— Foi só isso? — disse ironicamente.
— Está bem, ele se desculpou pela atitude dele. — nos meu termos.
— Agora sim, isso é muito bom, seria péssimo vocês continuarem de cara virada um para outro, se evitando o tempo todo. Me sinto mais tranquila.
— Eu também — eu sorri para ela.
— Vou fazer um lanche para você levar também.
— Ok.
Enquanto preparava o chá ela preparou um sanduiche, e assim que tudo ficou pronto levei a bandeja para seu quarto, ele estava sentado na cadeira olhando para a paisagem e quando me notou se aprumou.
— Com licença. — eu me aproximei colocando a bandeja sobre a mesa — a Young Hee mandou um lanche, disse que poderia estar com fome também, então por favor coma.
— Obrigado.
— Eu volto depois para pegar tudo. — ele consentiu e eu me virei para sair, mas não sei o que me deu que simplesmente me virei pra ele atraindo sua atenção e disse. — Olha, eu também perdi meu pai e o amava muito, faria qualquer coisa para estar com ele nem que fosse por mais um minuto. Eu não sei por que vocês brigaram aquele dia, mas eu tenho certeza que ele não culpa você e seja lá onde estiver, seu pai deve estar muito orgulhoso de você, então só não se culpe mais. — quando percebi o que tinha feito eu sai rapidamente sem deixar que ele me respondesse.
Ele já tinha se desculpado eu não precisava fazer mais nada, agora é que ele não vai mesmo querer olhar na minha cara de novo. Eu desci desolada e Young Hee estranhou novamente a mudança repentina no meu rosto.
— O que houve desta vez? — me acompanhou até a cozinha.
— Eu acho que falei besteira, só isso. — e já foi o suficiente.
— Como assim?
— Eu falei sobre o pai dele, mas não era para irritá-lo, eu só queria ajudar.
— A sua intenção foi boa, e é isso que conta, se ele ficar chateado e só fazer o certo, peça desculpas. Agora muda essa cara e me ajuda com o jantar.
Ela tinha razão, mas de qualquer jeito eu me preocupei e pedia a Deus nos meus pensamentos para que ele ficasse bem e não me odiasse. Depois de duas horas e meia, resolvi enfrentar e subi com o pretexto de buscar a bandeja, eu não o vi no quarto, pensei: melhor que não esteja, posso fazer isso depois. Assim que fui pegar a bandeja ele apareceu na porta do closet, tinha tomado banho e vestia uma blusa vermelha e uma calça jeans, seu perfume era inebriante, o cabelo molhado e meio desarrumado, sua expressão era de serenidade e seu olhar era terno, ele voltou a ser o cara que eu conheci no jardim como jardineiro no primeiro dia.
— Eu só vim buscar a bandeja, a Young Hee precisa de mim para preparar o jantar. — antes que eu pudesse me mover.
— Espera. — sua voz estava mansa, como canção de ninar. — Pode sentar um minuto?
— Sim. — eu estava assustada, mas também confortável com ele, como é que pode isso? Ele puxou a cadeira e eu sentei meio sem saber o que fazer e ele se sentou aos pés da cama de frente para mim, respirou fundo e começou a falar.
— Ele queria que eu comandasse a empresa, dizia que era meu patrimônio, minha herança, mas não era o que eu queria, não era o meu sonho e sim o dele. Eu disse que ele amava mais o trabalho que a família, que nunca se importou comigo de verdade e só queria me levar ao jogo por que iriam algumas pessoas importantes que queriam investir na empresa. Ele disse que tudo o que fez, foi por nós, que não queria que passássemos o que ele passou quando era criança e seus pais não tinham nada. Ele não era um cara que só pensava em trabalho, nós brincávamos, saiamos juntos para caminhar e falamos sobre os animais. Depois que ele abriu a empresa tudo isso acabou, nos mudamos para cá para ficar mais perto do escritório e da fábrica e ficamos cada vez mais longe um do outro. E olha onde estou hoje, ironicamente fazendo exatamente o que causou a discussão. Você deve estar certa, é possível que ele esteja orgulhoso já que eu fiz o que ele queria.
— Não, não é por isso. — eu não consegui mais ficar calada então me manifestei e ele me olhou confuso — Você se tornou um homem forte e responsável e não pensou só em você e na sua dor, mas em todos que dependiam do seu pai, e amparou todos eles. Você se esforçou mesmo sendo em algo que não gostava e é isso que dá orgulho a quem amamos, são os sacrifícios que fazemos para que outros fiquem bem. Seu pai sacrificou os bons momentos para que você e sua mãe ficassem bem, e você sacrificou o que gosta para que sua mãe e todas as pessoas que trabalham na empresa não fossem desamparadas, se tornando um líder e é isso que realmente importa para seu pai.
— Eu não tinha visto assim, mas ouvindo você eu posso o compreender um pouco mais.
— Que bom que eu pude ajudar nisso.
— Seu pai também deve ter muito orgulho de você, nada do que a Hye Soo disse sobre você era exagero. — eu sorri um pouco tímida e tentei descontrair.
— Bom, para quem fala pouco, você lavou a alma não é? — fiz ele sorrir. — Brincadeira.
— É melhor eu não te atrapalhar mais, Young Hee pode achar que eu matei você e estou enterrando no jardim. — ele se levantou.
— O que é isso, não atrapalha em nada, então foi bom conversar com você — me levantei e peguei a bandeja — se precisar e alguma coisa é só me chamar. — quando eu ia passa por ele, ele segurou levemente meu braço e eu me virei conectando totalmente nossos olhos um no outro, fazendo meu coração acelerar.
— Obrigado.
— Imagina, é pra isso que estou aqui, eu já vou — eu sorri um pouco sem jeito e sai.
Só consegui respirar quando cheguei lá em baixo e tentei acalmar meus batimentos cárdicos, se eu chegasse daquele jeito perto da Young Hee, ela iria perceber e me encher de pergunta, não que fosse uma coisa muito séria, mas não era nada demais e tudo já estava resolvido, respirei fundo e fui. Para minha surpresa ela só me olhou e balançou a cabeça meio que sorrindo, eu devo ser mais transparente do que pensava, mas estava contente em ter aquele breve momento de intimidade com ele.
— Boa tarde! — estava com medo, assumo.
— Boa tarde. — ele estava totalmente sem jeito, eu achei que eu iria sair correndo, mas quando ele me olhou nos olhos eu me senti tão mal por ele. se desviou sem saber o que dizer e já ia subindo a escada, quando eu peguei em sua mão ele parou de costas.
— Está tudo bem. — olha eu cheia de coragem de novo — Eu não estou mais com raiva ou medo, então se quiser pedir desculpas ou me mandar fazer alguma coisa, por favor se sinta confortável para dizer. — enfim ele se virou e eu me toquei e soltei sua mão quente e macia, seus olhos pareciam mais tranquilos e eu tive segurança.
— Me perdoe pelo meu comportamento. — foi direto como sempre e eu assenti que sim — Por favor, leve chá para mim no quarto. — ele fez exatamente como eu disse.
— Sim senhor. — ai que alivio.
Ele subiu para seu quarto e eu fui para cozinha, me aproximei de Young Hee sorrindo e fui enchendo a chaleira para esquentar a água. Ela estranhou e não deixou de perguntar já que nos dias anteriores eu não estava com uma expressão muito animadora.
— Que carinha mais alegre, aconteceu alguma coisa? — misturando uma panela no fogão.
— Não, nada demais. Ah, o chegou e pediu chá, mas pode deixar que eu faço.
— Foi só isso? — disse ironicamente.
— Está bem, ele se desculpou pela atitude dele. — nos meu termos.
— Agora sim, isso é muito bom, seria péssimo vocês continuarem de cara virada um para outro, se evitando o tempo todo. Me sinto mais tranquila.
— Eu também — eu sorri para ela.
— Vou fazer um lanche para você levar também.
— Ok.
Enquanto preparava o chá ela preparou um sanduiche, e assim que tudo ficou pronto levei a bandeja para seu quarto, ele estava sentado na cadeira olhando para a paisagem e quando me notou se aprumou.
— Com licença. — eu me aproximei colocando a bandeja sobre a mesa — a Young Hee mandou um lanche, disse que poderia estar com fome também, então por favor coma.
— Obrigado.
— Eu volto depois para pegar tudo. — ele consentiu e eu me virei para sair, mas não sei o que me deu que simplesmente me virei pra ele atraindo sua atenção e disse. — Olha, eu também perdi meu pai e o amava muito, faria qualquer coisa para estar com ele nem que fosse por mais um minuto. Eu não sei por que vocês brigaram aquele dia, mas eu tenho certeza que ele não culpa você e seja lá onde estiver, seu pai deve estar muito orgulhoso de você, então só não se culpe mais. — quando percebi o que tinha feito eu sai rapidamente sem deixar que ele me respondesse.
Ele já tinha se desculpado eu não precisava fazer mais nada, agora é que ele não vai mesmo querer olhar na minha cara de novo. Eu desci desolada e Young Hee estranhou novamente a mudança repentina no meu rosto.
— O que houve desta vez? — me acompanhou até a cozinha.
— Eu acho que falei besteira, só isso. — e já foi o suficiente.
— Como assim?
— Eu falei sobre o pai dele, mas não era para irritá-lo, eu só queria ajudar.
— A sua intenção foi boa, e é isso que conta, se ele ficar chateado e só fazer o certo, peça desculpas. Agora muda essa cara e me ajuda com o jantar.
Ela tinha razão, mas de qualquer jeito eu me preocupei e pedia a Deus nos meus pensamentos para que ele ficasse bem e não me odiasse. Depois de duas horas e meia, resolvi enfrentar e subi com o pretexto de buscar a bandeja, eu não o vi no quarto, pensei: melhor que não esteja, posso fazer isso depois. Assim que fui pegar a bandeja ele apareceu na porta do closet, tinha tomado banho e vestia uma blusa vermelha e uma calça jeans, seu perfume era inebriante, o cabelo molhado e meio desarrumado, sua expressão era de serenidade e seu olhar era terno, ele voltou a ser o cara que eu conheci no jardim como jardineiro no primeiro dia.
— Eu só vim buscar a bandeja, a Young Hee precisa de mim para preparar o jantar. — antes que eu pudesse me mover.
— Espera. — sua voz estava mansa, como canção de ninar. — Pode sentar um minuto?
— Sim. — eu estava assustada, mas também confortável com ele, como é que pode isso? Ele puxou a cadeira e eu sentei meio sem saber o que fazer e ele se sentou aos pés da cama de frente para mim, respirou fundo e começou a falar.
— Ele queria que eu comandasse a empresa, dizia que era meu patrimônio, minha herança, mas não era o que eu queria, não era o meu sonho e sim o dele. Eu disse que ele amava mais o trabalho que a família, que nunca se importou comigo de verdade e só queria me levar ao jogo por que iriam algumas pessoas importantes que queriam investir na empresa. Ele disse que tudo o que fez, foi por nós, que não queria que passássemos o que ele passou quando era criança e seus pais não tinham nada. Ele não era um cara que só pensava em trabalho, nós brincávamos, saiamos juntos para caminhar e falamos sobre os animais. Depois que ele abriu a empresa tudo isso acabou, nos mudamos para cá para ficar mais perto do escritório e da fábrica e ficamos cada vez mais longe um do outro. E olha onde estou hoje, ironicamente fazendo exatamente o que causou a discussão. Você deve estar certa, é possível que ele esteja orgulhoso já que eu fiz o que ele queria.
— Não, não é por isso. — eu não consegui mais ficar calada então me manifestei e ele me olhou confuso — Você se tornou um homem forte e responsável e não pensou só em você e na sua dor, mas em todos que dependiam do seu pai, e amparou todos eles. Você se esforçou mesmo sendo em algo que não gostava e é isso que dá orgulho a quem amamos, são os sacrifícios que fazemos para que outros fiquem bem. Seu pai sacrificou os bons momentos para que você e sua mãe ficassem bem, e você sacrificou o que gosta para que sua mãe e todas as pessoas que trabalham na empresa não fossem desamparadas, se tornando um líder e é isso que realmente importa para seu pai.
— Eu não tinha visto assim, mas ouvindo você eu posso o compreender um pouco mais.
— Que bom que eu pude ajudar nisso.
— Seu pai também deve ter muito orgulho de você, nada do que a Hye Soo disse sobre você era exagero. — eu sorri um pouco tímida e tentei descontrair.
— Bom, para quem fala pouco, você lavou a alma não é? — fiz ele sorrir. — Brincadeira.
— É melhor eu não te atrapalhar mais, Young Hee pode achar que eu matei você e estou enterrando no jardim. — ele se levantou.
— O que é isso, não atrapalha em nada, então foi bom conversar com você — me levantei e peguei a bandeja — se precisar e alguma coisa é só me chamar. — quando eu ia passa por ele, ele segurou levemente meu braço e eu me virei conectando totalmente nossos olhos um no outro, fazendo meu coração acelerar.
— Obrigado.
— Imagina, é pra isso que estou aqui, eu já vou — eu sorri um pouco sem jeito e sai.
Só consegui respirar quando cheguei lá em baixo e tentei acalmar meus batimentos cárdicos, se eu chegasse daquele jeito perto da Young Hee, ela iria perceber e me encher de pergunta, não que fosse uma coisa muito séria, mas não era nada demais e tudo já estava resolvido, respirei fundo e fui. Para minha surpresa ela só me olhou e balançou a cabeça meio que sorrindo, eu devo ser mais transparente do que pensava, mas estava contente em ter aquele breve momento de intimidade com ele.
Capítulo 12
Tudo voltou ao normal, estávamos nos falando normalmente, só que eu o sentia diferente, seu olhar era gentil e sempre que me pedia algo agradecia com um leve sorriso, aquilo fazia meu coração sambar em ritmo de carnaval, o que me deixava nervosa. Os dias passavam devagar e pela primeira vez me senti confiante que tudo iria dar certo e ficaria bem, meu namoro, meu emprego, a tia Hye Soo, aquela amizade interessante com . Mas eu falei cedo demais, a vida resolveu me dar outra rasteira. Era uma sexta feira e eu tinha acabado de me trocar para ir embora, peguei a bolsa e assim que cheguei na sala ele estava lá me esperando.
— Está precisando de algo?
— Não, na verdade estou devendo uma visita a Hye Soo, eu posso levar você e ir vê-la? — providência divina.
— Claro. — nossa — Ela vai gostar de ver você.
— Então você está pronta, podemos ir?
— Sim, podemos.
De metro era uma distância considerável, mas de carro, eu não sei se é por que estávamos sozinhos, mas parecia que não ia chegar nunca. Quando finalmente chegamos fiquei mais aliviada, nós dois entramos e eu estranhei o fato dela não estar na sala ou na cozinha como de costume, eu chamei mas ela não respondeu.
— Que estranho, ela não dome enquanto eu não chego, vou dar uma olhada no quarto.
— Tudo bem.
Eu o deixei e fui até lá, acendi a luz e a encontrei no chão escorada na cama desacordada.
— Tia Hye, acorda — eu gritei indo socorre-la e ao me ouvir veio correndo ver o que era. — Me ajuda, ela deve ter se sentido mal e desmaiado. Tia Hye Soo. — eu chamava mas não tinha resposta.
— Me ajude a leva-la até o carro, vou leva-la para o Hospital. — ele a segurou nos braços e eu ajudei segurando sua cabeça para não bater na porta.
Dali fomos para o Hospital, no carro eu liguei para avisar que estávamos a caminho e assim que chegamos a equipe já estava preparada para atende-la e a levaram para a sala de emergência. O médico de plantão disse que precisavam acorda-la e fazer alguns exames para saber o que havia acontecido, pelo histórico médico dela poderia ser algo nos pulmões devido a pneumonia, mas ainda era cedo para dizer. Tentei manter a calma e repetia para mim mesma que era só um susto e que em breve voltaríamos para casa. não saiu de perto de mim, foi cuidadoso e atencioso, tentando obter mais informações sobre tia Hye a todo instante. Esperamos por duas horas, até que o médico veio falar conosco.
— E então o que houve com minha tia?
— Nós conseguimos acorda-la e ela disse que estava sentindo muitas dores no peito e falta de ar, o que acredito ocasionou o desmaio.
— Mas agora ela está bem não é, já podemos ir embora? — eu olhava para o médico e por mais que eu soubesse o que ele queria dizer, não aceitava outra resposta que não fosse “sim, ela está liberada”.
— Por favor doutor, diga logo o que tem que dizer. — entendeu o que eu estava passando e que seria melhor eu saber de tudo de uma vez para não ter falsas esperanças.
— Nós fizemos os exames e através uma Radiografia torácica foi detectado um tumor maligno no pulmão que não havíamos visto anteriormente, pois estava encoberto pela pneumonia. A evolução dele foi muito rápida e agora será necessária uma cirurgia de emergência para tentar retira-lo antes que se espalhe e cause alguma falha nos outros órgãos. É um pouco arriscado, nós teremos de esperar a reação do corpo dela após a cirurgia e então avaliar o tratamento e a necessidade de quimioterapia. Eu sinto muito, é importante que vocês sejam fortes e mantenham a fé. — eu ouvia e as palavras pareciam socos no meu estomago. — Eu volto assim que tiver alguma novidade. — assentiu agradecendo e ele se afastou.
Minhas pernas bambearam e quando eu achei que fosse cair me segurou me apoiando em seu peito, e ao olhar para ele eu não consegui mais me conter e chorei muito, ele me abraçou forte como se tentasse me proteger, mas a dor era maior e me consumia de uma forma devastadora. Eu simplesmente não conseguia falar, como se minha garganta estivesse fechada, e sempre que eu tentava o choro vinha de imediato.
Perdi a conta de quanto tempo ficamos ali, ligou para o senhor Park e Young Hee para avisar e eles vieram assim que amanheceu. Na hora eu nem me lembrei de avisar ao , como estava lá, eu me senti amparada por ele e se eu ligasse não conseguiria falar nada mesmo e ainda o deixaria preocupado sem saber o que estava acontecendo, eu não poderia atrapalha-lo. Young Hee ficou comigo um pouco enquanto e senhor Park foram pegar café, ela tentava me confortar e animar, afinal o caso era grave, mas ainda havia esperança. Passado mais um tempo o médico finalmente veio falar conosco, eu estava apreensiva e sinceramente não sei se eu conseguiria aguentar mais notícias ruins.
— A cirurgia foi bem sucedida, ela está na UTI recebendo os cuidados pós cirúrgicos. Devemos esperar, as próximas horas são cruciais para sabermos qual será o diagnóstico para sua recuperação.
— Eu posso vê-la?
— Por enquanto ainda não, ela irá dormir por um bom tempo por causa da anestesia e está em isolamento para evitar infecções, eu aconselho que vão para casa descansar e aguardem. Se houver alguma mudança no quadro da senhora Lee nós os avisaremos.
— Faremos isso doutor. — confirmou a recomendação.
— Não se preocupe, sua tia está em boas mãos. — o doutor me olhou com confiança. Eu sorri levemente e assenti agradecendo, todos o cumprimentaram e ele se retirou da sala de espera.
— Você ficou acordada a noite toda, é melhor ir para casa, comer algo forte e dormir um pouco.
— Eu não quero deixar ela aqui sozinha.
— Hye Soo não está sozinha, tem uma equipe de médicos cuidando dela, e você tem que se cuidar direito ou quer ficar doente também causando mais preocupação em nós?
— Não é isso que eu quero.
— Então está decidido, Young Hee ficará com você para não fazer nenhuma bobagem. — ele é perfeito para dar ordens.
— Eu não preciso de babá. — olha ai meu senso de discordância.
— Sou seu patrão, não discuta comigo. — disse sério e eu fiz cara feia, mas aceitei pois ele estava cuidando de mim, era para meu bem e com certeza se eu ficasse sozinha voltaria para o hospital no mesmo instante que me deixassem. — Chul Min por favor leve-as para a casa da Hye Soo.
— Sim. O senhor também vai para sua casa?
— Sim, mas antes passarei na empresa para ver se tudo está em ordem.
— Então eu irei depois, nos vemos lá. Vamos garotas?
— Sim.
Young Hee e senhor Park foram andando e conversando na frente e ao meu lado nos acompanhou até a saída. Passamos toda aquela noite juntos e se ele não estivesse me apoiando e sendo tão atencioso comigo não sei como poderia ter suportado, o mínimo que eu podia fazer era agradecer, segurei o braço dele fazendo-o parar e deixando que Young Hee e senhor Park se afastassem um pouco.
— O que foi? Está sentindo alguma coisa? — me olhou intensamente.
— Não, eu estou bem, na verdade eu só quero dizer obrigada, por me ajudar com a tia Hye Soo, por ter ficado aqui a noite toda e ainda ter que se preocupar comigo, obrigada por tudo.
— Não precisa agradecer, só se lembre disso e me ajude quando eu precisar. — direto, já pensando no amanhã.
— Me lembrarei. — eu o soltei e ele foi na frente.
Ao chegarmos lá fora ele se despediu e partiu, senhor Park nos levou para minha casa e como havia combinado foi para a empresa dar algum auxílio a . Tomei um banho demorado e Young Hee preparou uma boa refeição para nós, após comermos ela praticamente me mandou ir deitar disse que eu precisava dormir e eu não contestei.
Ao entrar no quarto, foi como se eu estivesse vivendo aquele momento de novo, e sem querer então pensei: e se ela tivesse conseguido se deitar corretamente na cama, eu provavelmente não teria a chamado e ela poderia estar morta. Fechei meus olhos em lagrimas me forçando a esquecer aquele pensamento horrível, me deitei na cama evitando pensar no que fosse e deixei o cansaço e o sono tomarem conta até finalmente dormir.
— Está precisando de algo?
— Não, na verdade estou devendo uma visita a Hye Soo, eu posso levar você e ir vê-la? — providência divina.
— Claro. — nossa — Ela vai gostar de ver você.
— Então você está pronta, podemos ir?
— Sim, podemos.
De metro era uma distância considerável, mas de carro, eu não sei se é por que estávamos sozinhos, mas parecia que não ia chegar nunca. Quando finalmente chegamos fiquei mais aliviada, nós dois entramos e eu estranhei o fato dela não estar na sala ou na cozinha como de costume, eu chamei mas ela não respondeu.
— Que estranho, ela não dome enquanto eu não chego, vou dar uma olhada no quarto.
— Tudo bem.
Eu o deixei e fui até lá, acendi a luz e a encontrei no chão escorada na cama desacordada.
— Tia Hye, acorda — eu gritei indo socorre-la e ao me ouvir veio correndo ver o que era. — Me ajuda, ela deve ter se sentido mal e desmaiado. Tia Hye Soo. — eu chamava mas não tinha resposta.
— Me ajude a leva-la até o carro, vou leva-la para o Hospital. — ele a segurou nos braços e eu ajudei segurando sua cabeça para não bater na porta.
Dali fomos para o Hospital, no carro eu liguei para avisar que estávamos a caminho e assim que chegamos a equipe já estava preparada para atende-la e a levaram para a sala de emergência. O médico de plantão disse que precisavam acorda-la e fazer alguns exames para saber o que havia acontecido, pelo histórico médico dela poderia ser algo nos pulmões devido a pneumonia, mas ainda era cedo para dizer. Tentei manter a calma e repetia para mim mesma que era só um susto e que em breve voltaríamos para casa. não saiu de perto de mim, foi cuidadoso e atencioso, tentando obter mais informações sobre tia Hye a todo instante. Esperamos por duas horas, até que o médico veio falar conosco.
— E então o que houve com minha tia?
— Nós conseguimos acorda-la e ela disse que estava sentindo muitas dores no peito e falta de ar, o que acredito ocasionou o desmaio.
— Mas agora ela está bem não é, já podemos ir embora? — eu olhava para o médico e por mais que eu soubesse o que ele queria dizer, não aceitava outra resposta que não fosse “sim, ela está liberada”.
— Por favor doutor, diga logo o que tem que dizer. — entendeu o que eu estava passando e que seria melhor eu saber de tudo de uma vez para não ter falsas esperanças.
— Nós fizemos os exames e através uma Radiografia torácica foi detectado um tumor maligno no pulmão que não havíamos visto anteriormente, pois estava encoberto pela pneumonia. A evolução dele foi muito rápida e agora será necessária uma cirurgia de emergência para tentar retira-lo antes que se espalhe e cause alguma falha nos outros órgãos. É um pouco arriscado, nós teremos de esperar a reação do corpo dela após a cirurgia e então avaliar o tratamento e a necessidade de quimioterapia. Eu sinto muito, é importante que vocês sejam fortes e mantenham a fé. — eu ouvia e as palavras pareciam socos no meu estomago. — Eu volto assim que tiver alguma novidade. — assentiu agradecendo e ele se afastou.
Minhas pernas bambearam e quando eu achei que fosse cair me segurou me apoiando em seu peito, e ao olhar para ele eu não consegui mais me conter e chorei muito, ele me abraçou forte como se tentasse me proteger, mas a dor era maior e me consumia de uma forma devastadora. Eu simplesmente não conseguia falar, como se minha garganta estivesse fechada, e sempre que eu tentava o choro vinha de imediato.
Perdi a conta de quanto tempo ficamos ali, ligou para o senhor Park e Young Hee para avisar e eles vieram assim que amanheceu. Na hora eu nem me lembrei de avisar ao , como estava lá, eu me senti amparada por ele e se eu ligasse não conseguiria falar nada mesmo e ainda o deixaria preocupado sem saber o que estava acontecendo, eu não poderia atrapalha-lo. Young Hee ficou comigo um pouco enquanto e senhor Park foram pegar café, ela tentava me confortar e animar, afinal o caso era grave, mas ainda havia esperança. Passado mais um tempo o médico finalmente veio falar conosco, eu estava apreensiva e sinceramente não sei se eu conseguiria aguentar mais notícias ruins.
— A cirurgia foi bem sucedida, ela está na UTI recebendo os cuidados pós cirúrgicos. Devemos esperar, as próximas horas são cruciais para sabermos qual será o diagnóstico para sua recuperação.
— Eu posso vê-la?
— Por enquanto ainda não, ela irá dormir por um bom tempo por causa da anestesia e está em isolamento para evitar infecções, eu aconselho que vão para casa descansar e aguardem. Se houver alguma mudança no quadro da senhora Lee nós os avisaremos.
— Faremos isso doutor. — confirmou a recomendação.
— Não se preocupe, sua tia está em boas mãos. — o doutor me olhou com confiança. Eu sorri levemente e assenti agradecendo, todos o cumprimentaram e ele se retirou da sala de espera.
— Você ficou acordada a noite toda, é melhor ir para casa, comer algo forte e dormir um pouco.
— Eu não quero deixar ela aqui sozinha.
— Hye Soo não está sozinha, tem uma equipe de médicos cuidando dela, e você tem que se cuidar direito ou quer ficar doente também causando mais preocupação em nós?
— Não é isso que eu quero.
— Então está decidido, Young Hee ficará com você para não fazer nenhuma bobagem. — ele é perfeito para dar ordens.
— Eu não preciso de babá. — olha ai meu senso de discordância.
— Sou seu patrão, não discuta comigo. — disse sério e eu fiz cara feia, mas aceitei pois ele estava cuidando de mim, era para meu bem e com certeza se eu ficasse sozinha voltaria para o hospital no mesmo instante que me deixassem. — Chul Min por favor leve-as para a casa da Hye Soo.
— Sim. O senhor também vai para sua casa?
— Sim, mas antes passarei na empresa para ver se tudo está em ordem.
— Então eu irei depois, nos vemos lá. Vamos garotas?
— Sim.
Young Hee e senhor Park foram andando e conversando na frente e ao meu lado nos acompanhou até a saída. Passamos toda aquela noite juntos e se ele não estivesse me apoiando e sendo tão atencioso comigo não sei como poderia ter suportado, o mínimo que eu podia fazer era agradecer, segurei o braço dele fazendo-o parar e deixando que Young Hee e senhor Park se afastassem um pouco.
— O que foi? Está sentindo alguma coisa? — me olhou intensamente.
— Não, eu estou bem, na verdade eu só quero dizer obrigada, por me ajudar com a tia Hye Soo, por ter ficado aqui a noite toda e ainda ter que se preocupar comigo, obrigada por tudo.
— Não precisa agradecer, só se lembre disso e me ajude quando eu precisar. — direto, já pensando no amanhã.
— Me lembrarei. — eu o soltei e ele foi na frente.
Ao chegarmos lá fora ele se despediu e partiu, senhor Park nos levou para minha casa e como havia combinado foi para a empresa dar algum auxílio a . Tomei um banho demorado e Young Hee preparou uma boa refeição para nós, após comermos ela praticamente me mandou ir deitar disse que eu precisava dormir e eu não contestei.
Ao entrar no quarto, foi como se eu estivesse vivendo aquele momento de novo, e sem querer então pensei: e se ela tivesse conseguido se deitar corretamente na cama, eu provavelmente não teria a chamado e ela poderia estar morta. Fechei meus olhos em lagrimas me forçando a esquecer aquele pensamento horrível, me deitei na cama evitando pensar no que fosse e deixei o cansaço e o sono tomarem conta até finalmente dormir.
Capítulo 13
Eu devia estar mesmo muito cansada, pois só acordei no outro dia de manhã. Young Hee passou a noite comigo e tentou me deixar o mais confortável possível, já havia ligado para o hospital para saber da tia Hye Soo e disse que tinha ligado umas três vezes para saber como eu estava. Achei tão fofo, ai ela disse que também havia ligado e que estava muito preocupado pois estava ligando desde ontem de manhã, então me lembrei que deixei o celular em casa quando sai às pressas com e tia Hye Soo para o hospital.
Que displicente eu fui com meu namorado, mas eu tenho certeza que ele vai entender a situação. Não perdi mais tempo e liguei para , contei tudo o que aconteceu e ele como sempre tão compreensivo até me pediu desculpas por não ter estado ao meu lado (e olha que a culpa foi minha que não o avisei e ainda o deixei preocupado sem saber o que estava acontecendo), ele pediu para que eu o avisasse quando fosse novamente ao hospital e que não importava como, mas dessa vez ele iria me acompanhar. Mesmo com tudo isto acontecendo eu sou grata por tê-lo em minha vida, e pensar que eu simplesmente o deixei de fora, agora é torcer para que tudo fique bem e eu creio em Deus que vai.
Eu estava tranquila por hora, não adiantaria eu me descabelar por causa da doença da tia Hye Soo, não faria ela melhorar. deu folga para mim e Young Hee, ela ficou um pouco preocupada em deixa-lo se virar e decidiu ir até lá para cozinhar algo para ele, disse que depois passaria em casa para ver como estavam as coisas, mas voltaria para ficar comigo. Eu disse para ela ficar tranquila que não sairia de casa e então ela saiu. Mesmo que quisesse sair não tinha para onde ir e acabaria parando no hospital, onde todos não queriam que eu fosse. Fazer o que, fiquei em casa mesmo, liguei mais umas quatro vezes para o hospital só para ouvir a atendente me dar a mesma informação, que minha tia estava estável e que eu aguardasse que qualquer mudança iriam entrar em contato. A tarde passou, Young Hee voltou e eu decide que iriamos trabalhar normalmente na semana seguinte, não aguentaria ficar em casa sem fazer nada enquanto tia Hye Soo estava no hospital, até por que eu ainda tinha uma dívida a pagar e eu dei minha palavra que iria até o fim. Young Hee me apoiou e disse que eu era mais forte do que ela pensava.
A segunda-feira chegou e lá estávamos nós, prontas para o trabalho, levou um susto ao nos ver na cozinha preparando o café.
— Eu não esperava vocês aqui, ainda mais tão cedo.
— Foi ela que quis vir. — Young Hee me entregou de bandeja e ele me olhou desaprovando.
— Ficar trancada em casa só estava me deixando mais apreensiva, aqui eu posso ocupar minha cabeça com trabalho, afinal também tenho contas a pagar. — deixei claro que não me esqueci do meu compromisso.
— Está certo. — ele fez cara de satisfação, caramba achei que ele não ia concordar — Só vou tomar o café, tenho reunião agora cedo.
— Não vá deixar de comer. — Young Hee recomendou.
— Não vou. — e olhando para mim disse — Tenham um bom dia. — e saiu. Eu sorri sem entender o que foi aquele bom dia e não vi que Young Hee estava me observando com aquela cara de “já sei de tudo”. Desfiz meu sorriso encantado e lhe dei um sem graça no lugar.
— É melhor eu ir limpar o quarto já que ele saiu.
— Humrum — irônica.
Peguei minhas coisas na velocidade da luz e fui para meu serviço, a feição dela já estava me assustando. Foi como eu pensei, o dia passou rápido e me distrai completamente até ele chegar, era fim de tarde bem antes de começarmos a preparar o jantar.
— Estava pensando em ir ver Hye Soo, vocês querem ir?
— Claro, eu só preciso trocar de roupa e podemos ir.
— Eu não poderei, vou deixar o jantar pronto e vou para casa resolver algumas coisas, se puderem falar com ela digam que mandei um abraço e estimo melhoras.
— Tudo bem, eu volto em cinco minutos — fui me trocar e mandei uma mensagem para avisando que estava indo para o hospital e que poderíamos nos encontrar lá.
Nos despedimos de Young Hee e saímos, chegamos ao hospital com poucos minutos e assim que entramos na sala de espera já me aguardava e veio até mim me abraçando. Não sei por que, mas me senti um pouco desconfortável e percebi que também ficou, tentei quebrar o gelo e apresenta—los.
— Ah, esse é , meu patrão. E este é .
— Sou namorado dela. — me interrompeu com a voz grave lhe estendendo a mão como se estivesse o intimidando (não sei quanto a ele, mas a mim intimidou bastante, não soou como namorado e sim como dono).
— Prazer em conhecê-lo. — não se retraiu, apertou a mão dele firme lhe olhando nos olhos e sua afeição continuou a mesma, ou seja de quem não está nem ai.
— O prazer e meu. — já não me passou muita tranquilidade e fez questão de ficar de mão dada comigo.
— Você já sabe como ela está? — tentei tirar o foco, ele estavam me assustando.
— Não, eu também acabei de chegar, assim que recebi sua mensagem larguei tudo, só avisei ao senhor Han que precisava sair e vim o mais rápido que pude.
— Eu vou ver se ela já pode receber visitas. — se afastou indo para a recepção e eu fiquei um pouco mais aliviada.
— Você está bem?
— Estou sim. Preocupada, mas vou viver. E então o que achou do meu patrão?
— Quer que eu seja sincero?
— Por favor. — lá vem bomba.
— Não fui com a cara dele, me parece metido e arrogante. — imaginei que ele diria isso.
— É não é? Mas não se preocupe, quando você o conhecer melhor vai tirar essa impressão ruim.
— Acho difícil, já não tinha uma boa impressão antes, agora então é mais um motivo para nos casarmos rápido e você poder deixar esse emprego. — de novo essa conversa, minha tia está num hospital, pelo amor de Deus.
— Por que a gente não fala disso outra hora, não tenho cabeça para isso agora eu só quero saber como a tia Hye Soo está.
— Me desculpe, você está certa este não é o momento. — essa foi por pouco, mas já vejo a hora em que ele vai tocar no assunto de novo. Bom, não demorou a voltar com notícias e para minha alegria eram boas.
— Sua tia não teve nenhuma complicação e está se recuperando bem da cirurgia, eu insisti com o médico e ele disse que ela pode receber uma visita contanto que seja uma pessoa da família e não pode demorar mais que cinco minutos, para ela não se esforçar muito.
— Mas só cinco minutos, é muito pouco tempo.
— É melhor você ir, o horário de visitas está terminando. — me recomendou.
— Melhor cinco minutos do que nada, se apresse e vá vê-la logo, ela deve estar sentindo sua falta também. — também deu sua opinião.
— Está certo, eu já vou e já volto — não muito satisfeita com meu prazo eu fui, mas deixar os dois sozinhos me deixou ainda mais nervosa, principalmente sabendo da opinião de .
Que displicente eu fui com meu namorado, mas eu tenho certeza que ele vai entender a situação. Não perdi mais tempo e liguei para , contei tudo o que aconteceu e ele como sempre tão compreensivo até me pediu desculpas por não ter estado ao meu lado (e olha que a culpa foi minha que não o avisei e ainda o deixei preocupado sem saber o que estava acontecendo), ele pediu para que eu o avisasse quando fosse novamente ao hospital e que não importava como, mas dessa vez ele iria me acompanhar. Mesmo com tudo isto acontecendo eu sou grata por tê-lo em minha vida, e pensar que eu simplesmente o deixei de fora, agora é torcer para que tudo fique bem e eu creio em Deus que vai.
Eu estava tranquila por hora, não adiantaria eu me descabelar por causa da doença da tia Hye Soo, não faria ela melhorar. deu folga para mim e Young Hee, ela ficou um pouco preocupada em deixa-lo se virar e decidiu ir até lá para cozinhar algo para ele, disse que depois passaria em casa para ver como estavam as coisas, mas voltaria para ficar comigo. Eu disse para ela ficar tranquila que não sairia de casa e então ela saiu. Mesmo que quisesse sair não tinha para onde ir e acabaria parando no hospital, onde todos não queriam que eu fosse. Fazer o que, fiquei em casa mesmo, liguei mais umas quatro vezes para o hospital só para ouvir a atendente me dar a mesma informação, que minha tia estava estável e que eu aguardasse que qualquer mudança iriam entrar em contato. A tarde passou, Young Hee voltou e eu decide que iriamos trabalhar normalmente na semana seguinte, não aguentaria ficar em casa sem fazer nada enquanto tia Hye Soo estava no hospital, até por que eu ainda tinha uma dívida a pagar e eu dei minha palavra que iria até o fim. Young Hee me apoiou e disse que eu era mais forte do que ela pensava.
A segunda-feira chegou e lá estávamos nós, prontas para o trabalho, levou um susto ao nos ver na cozinha preparando o café.
— Eu não esperava vocês aqui, ainda mais tão cedo.
— Foi ela que quis vir. — Young Hee me entregou de bandeja e ele me olhou desaprovando.
— Ficar trancada em casa só estava me deixando mais apreensiva, aqui eu posso ocupar minha cabeça com trabalho, afinal também tenho contas a pagar. — deixei claro que não me esqueci do meu compromisso.
— Está certo. — ele fez cara de satisfação, caramba achei que ele não ia concordar — Só vou tomar o café, tenho reunião agora cedo.
— Não vá deixar de comer. — Young Hee recomendou.
— Não vou. — e olhando para mim disse — Tenham um bom dia. — e saiu. Eu sorri sem entender o que foi aquele bom dia e não vi que Young Hee estava me observando com aquela cara de “já sei de tudo”. Desfiz meu sorriso encantado e lhe dei um sem graça no lugar.
— É melhor eu ir limpar o quarto já que ele saiu.
— Humrum — irônica.
Peguei minhas coisas na velocidade da luz e fui para meu serviço, a feição dela já estava me assustando. Foi como eu pensei, o dia passou rápido e me distrai completamente até ele chegar, era fim de tarde bem antes de começarmos a preparar o jantar.
— Estava pensando em ir ver Hye Soo, vocês querem ir?
— Claro, eu só preciso trocar de roupa e podemos ir.
— Eu não poderei, vou deixar o jantar pronto e vou para casa resolver algumas coisas, se puderem falar com ela digam que mandei um abraço e estimo melhoras.
— Tudo bem, eu volto em cinco minutos — fui me trocar e mandei uma mensagem para avisando que estava indo para o hospital e que poderíamos nos encontrar lá.
Nos despedimos de Young Hee e saímos, chegamos ao hospital com poucos minutos e assim que entramos na sala de espera já me aguardava e veio até mim me abraçando. Não sei por que, mas me senti um pouco desconfortável e percebi que também ficou, tentei quebrar o gelo e apresenta—los.
— Ah, esse é , meu patrão. E este é .
— Sou namorado dela. — me interrompeu com a voz grave lhe estendendo a mão como se estivesse o intimidando (não sei quanto a ele, mas a mim intimidou bastante, não soou como namorado e sim como dono).
— Prazer em conhecê-lo. — não se retraiu, apertou a mão dele firme lhe olhando nos olhos e sua afeição continuou a mesma, ou seja de quem não está nem ai.
— O prazer e meu. — já não me passou muita tranquilidade e fez questão de ficar de mão dada comigo.
— Você já sabe como ela está? — tentei tirar o foco, ele estavam me assustando.
— Não, eu também acabei de chegar, assim que recebi sua mensagem larguei tudo, só avisei ao senhor Han que precisava sair e vim o mais rápido que pude.
— Eu vou ver se ela já pode receber visitas. — se afastou indo para a recepção e eu fiquei um pouco mais aliviada.
— Você está bem?
— Estou sim. Preocupada, mas vou viver. E então o que achou do meu patrão?
— Quer que eu seja sincero?
— Por favor. — lá vem bomba.
— Não fui com a cara dele, me parece metido e arrogante. — imaginei que ele diria isso.
— É não é? Mas não se preocupe, quando você o conhecer melhor vai tirar essa impressão ruim.
— Acho difícil, já não tinha uma boa impressão antes, agora então é mais um motivo para nos casarmos rápido e você poder deixar esse emprego. — de novo essa conversa, minha tia está num hospital, pelo amor de Deus.
— Por que a gente não fala disso outra hora, não tenho cabeça para isso agora eu só quero saber como a tia Hye Soo está.
— Me desculpe, você está certa este não é o momento. — essa foi por pouco, mas já vejo a hora em que ele vai tocar no assunto de novo. Bom, não demorou a voltar com notícias e para minha alegria eram boas.
— Sua tia não teve nenhuma complicação e está se recuperando bem da cirurgia, eu insisti com o médico e ele disse que ela pode receber uma visita contanto que seja uma pessoa da família e não pode demorar mais que cinco minutos, para ela não se esforçar muito.
— Mas só cinco minutos, é muito pouco tempo.
— É melhor você ir, o horário de visitas está terminando. — me recomendou.
— Melhor cinco minutos do que nada, se apresse e vá vê-la logo, ela deve estar sentindo sua falta também. — também deu sua opinião.
— Está certo, eu já vou e já volto — não muito satisfeita com meu prazo eu fui, mas deixar os dois sozinhos me deixou ainda mais nervosa, principalmente sabendo da opinião de .
Capítulo 14
Me levaram para uma sala e me colocaram uma roupa especial com touca, máscara e até luvas para evitar que ela tivesse qualquer contato com germes e então entrei na UTI. Tia Hye Soo estava entubada, respirando com ajuda de um aparelho enorme que estava ao lado da cama, um monte de fios que saia dela conectados a outras maquinas próximas e recebendo remédio através do soro direto na veia. Foi uma visão ainda mais triste que a anterior, eu me aproximei dela e ela abriu os olhos de vagar, mesmo fraca tentou falar meu nome, mas eu não deixei, segurei suas mãos frias e disse a ela que não precisava dizer nada, que estava tudo bem, que eu estava bem, que estava lá e também e que Young Hee e senhor Park haviam mandado um abraço e estavam torcendo por ela.
Segurei minhas lagrimas até o fim dos cinco minutos, foi devastador vê-la naquele estado, assim que eu sai foi como um rio escorrendo pelo meu rosto e parecia que não ia sessar. Tirei aquela roupa e os acessórios e ao sair na porta da sala de espera olhei para os dois como se pedisse socorro e um colo para chorar. Ambos se levantaram, mas antes que desse um passo em minha direção, saiu em disparado para me abraçar o fazendo parar e perceber que eu não estava mais sozinha e que era a vez dele de ser meu consolador. Mesmo assim, se fez presente e queria ser útil.
— Eu vou buscar água para ela.
— Não, eu não que me deem nada, eu só quero sair daqui, por favor me levem embora. — falei no plural para não gerar discórdia.
— Tudo bem, eu levo você, só preciso chamar um taxi e assim que chegar nós vamos.
— Não precisa, eu estou de carro, posso leva-la e será bem mais rápido. — ele praticamente começou uma disputa.
— Eu agradeço, mas não quero que tenha mais este trabalho comigo. — tentei remediar e foi essencial para o resultado final.
— Sua namorada mesmo em dificuldade nega ajuda, o que você vai fazer? — disse olhando para e eu quase cai dura no chão com ambas situações.
— Ele tem razão — respirou fundo e preferiu dar o braço a torcer — Chegará em casa mais rápido se for de carro, com ele. — engoliu seco.
— Sábia decisão. — por que ele resolveu falar muito logo hoje?
— Tem certeza, não te incomoda?
— Não! — se virou para mim limpando meu rosto — Eu só estou pensando no seu bem, a esta hora é bem mais difícil arrumar um taxi devido ao transito e também é mais perigoso. Por favor vá com ele, nós nos vemos amanhã.
— Tudo bem. — ele me abraçou forte novamente e me deu um beijo na testa me soltando em seguida com uma cara de nada satisfeito, e então eu fui para junto de .
— Boa noite. — disse e segurou em meu braço como se estivesse me amparando, me levou para fora e me colocou no carro.
Eu sei que deve ter sido muito difícil para me deixar ir com , mas eu me senti melhor com a decisão deles e não pude deixar de falar com ele sobre isso no caminho.
— Será que ele vai ficar bem?
— Não se preocupe, ele escolheu a opção mais sensata, já que você não conseguiu fazer isso.
— Ele é meu namorado, não queria deixá-lo mal já que ele só foi lá por minha causa, é como eu te disse ele é muito atencioso comigo. Agora que você o conheceu, o que achou dele?
— Sinceramente, não fui com a cara dele, machista e autoritário. — nossa, nossa, nossa...nada a declarar.
— Ele disse quase a mesma coisa de você.
— Estamos quites então. — melhor não provocar.
Não falamos mais nada o resto do caminho, chegamos realmente rápido em minha casa, ele entrou comigo para se certificar que eu estaria bem. Assim que olhei para a porta do quarto, aquele choro incessante veio de novo com a imagem dela no hospital. Eu tentava me controlar para não preocupa-lo ainda mais, ele se aproximou ficando em minha frente.
— Eu estou bem. — eu respirava fundo várias vezes para conter o choro, ele ficou parado me olhando como se quisesse fazer algo, mas estivesse com as mãos totalmente atadas e eu só conseguia repetir a respiração e dizer — Eu estou bem.
— , quer que eu vá embora? — eu repeti tanto que estava bem que acho que ele acreditou.
— Não! Eu sou uma mentirosa, eu não estou bem coisa nenhuma. — chorei mais e ele me abraçou forte. Assim que eu me acalmei um pouco ele me sentou no sofá.
— Fique aqui.
— A onde você vai? — segurei a manga da camisa dele.
— Até a cozinha, vou te fazer um chá. Pode me soltar agora? — então eu o soltei e ele foi fazer o que disse.
Ele voltou depois de alguns minutos com duas xícaras na mão, me deu uma e se sentou do meu lado tomando a outra.
— Obrigada. — aquele gesto foi tão confortante que as lagrimas vieram de novo um pouco mais amenas enquanto eu tomava o chá.
— É melhor parar de chorar ou vai ficar desidratada. — ele pegou um lenço do bolço e secou meu rosto suavemente, parecia uma reprovação, mas ele estava se esforçando para ser forte por nós dois.
— Você acha... acha que ela vai melhorar?
— Os médicos estão fazendo de tudo para isso, temos que esperar.
— Não foi isso que eu perguntei, mas entendi o que quis dizer. — ele ficou em silencio — Você pode ficar comigo? Eu não quero ficar aqui sozinha. — eu o olhei nos olhos e ele assentiu que sim sem pensar duas vezes, então eu deixei a xícara sobre a mesinha de centro e deitei minha cabeça no colo dele no automático.
No primeiro momento ele não soube bem o que fazer, parecia sem jeito de me tocar, mas perdeu o medo e começou a afagar meu cabelo. Minhas lagrimas estavam molhando sua roupa, mas definitivamente ele não parecia se importar, ficamos em silencio um sentindo a dor do outro até dormirmos.
Segurei minhas lagrimas até o fim dos cinco minutos, foi devastador vê-la naquele estado, assim que eu sai foi como um rio escorrendo pelo meu rosto e parecia que não ia sessar. Tirei aquela roupa e os acessórios e ao sair na porta da sala de espera olhei para os dois como se pedisse socorro e um colo para chorar. Ambos se levantaram, mas antes que desse um passo em minha direção, saiu em disparado para me abraçar o fazendo parar e perceber que eu não estava mais sozinha e que era a vez dele de ser meu consolador. Mesmo assim, se fez presente e queria ser útil.
— Eu vou buscar água para ela.
— Não, eu não que me deem nada, eu só quero sair daqui, por favor me levem embora. — falei no plural para não gerar discórdia.
— Tudo bem, eu levo você, só preciso chamar um taxi e assim que chegar nós vamos.
— Não precisa, eu estou de carro, posso leva-la e será bem mais rápido. — ele praticamente começou uma disputa.
— Eu agradeço, mas não quero que tenha mais este trabalho comigo. — tentei remediar e foi essencial para o resultado final.
— Sua namorada mesmo em dificuldade nega ajuda, o que você vai fazer? — disse olhando para e eu quase cai dura no chão com ambas situações.
— Ele tem razão — respirou fundo e preferiu dar o braço a torcer — Chegará em casa mais rápido se for de carro, com ele. — engoliu seco.
— Sábia decisão. — por que ele resolveu falar muito logo hoje?
— Tem certeza, não te incomoda?
— Não! — se virou para mim limpando meu rosto — Eu só estou pensando no seu bem, a esta hora é bem mais difícil arrumar um taxi devido ao transito e também é mais perigoso. Por favor vá com ele, nós nos vemos amanhã.
— Tudo bem. — ele me abraçou forte novamente e me deu um beijo na testa me soltando em seguida com uma cara de nada satisfeito, e então eu fui para junto de .
— Boa noite. — disse e segurou em meu braço como se estivesse me amparando, me levou para fora e me colocou no carro.
Eu sei que deve ter sido muito difícil para me deixar ir com , mas eu me senti melhor com a decisão deles e não pude deixar de falar com ele sobre isso no caminho.
— Será que ele vai ficar bem?
— Não se preocupe, ele escolheu a opção mais sensata, já que você não conseguiu fazer isso.
— Ele é meu namorado, não queria deixá-lo mal já que ele só foi lá por minha causa, é como eu te disse ele é muito atencioso comigo. Agora que você o conheceu, o que achou dele?
— Sinceramente, não fui com a cara dele, machista e autoritário. — nossa, nossa, nossa...nada a declarar.
— Ele disse quase a mesma coisa de você.
— Estamos quites então. — melhor não provocar.
Não falamos mais nada o resto do caminho, chegamos realmente rápido em minha casa, ele entrou comigo para se certificar que eu estaria bem. Assim que olhei para a porta do quarto, aquele choro incessante veio de novo com a imagem dela no hospital. Eu tentava me controlar para não preocupa-lo ainda mais, ele se aproximou ficando em minha frente.
— Eu estou bem. — eu respirava fundo várias vezes para conter o choro, ele ficou parado me olhando como se quisesse fazer algo, mas estivesse com as mãos totalmente atadas e eu só conseguia repetir a respiração e dizer — Eu estou bem.
— , quer que eu vá embora? — eu repeti tanto que estava bem que acho que ele acreditou.
— Não! Eu sou uma mentirosa, eu não estou bem coisa nenhuma. — chorei mais e ele me abraçou forte. Assim que eu me acalmei um pouco ele me sentou no sofá.
— Fique aqui.
— A onde você vai? — segurei a manga da camisa dele.
— Até a cozinha, vou te fazer um chá. Pode me soltar agora? — então eu o soltei e ele foi fazer o que disse.
Ele voltou depois de alguns minutos com duas xícaras na mão, me deu uma e se sentou do meu lado tomando a outra.
— Obrigada. — aquele gesto foi tão confortante que as lagrimas vieram de novo um pouco mais amenas enquanto eu tomava o chá.
— É melhor parar de chorar ou vai ficar desidratada. — ele pegou um lenço do bolço e secou meu rosto suavemente, parecia uma reprovação, mas ele estava se esforçando para ser forte por nós dois.
— Você acha... acha que ela vai melhorar?
— Os médicos estão fazendo de tudo para isso, temos que esperar.
— Não foi isso que eu perguntei, mas entendi o que quis dizer. — ele ficou em silencio — Você pode ficar comigo? Eu não quero ficar aqui sozinha. — eu o olhei nos olhos e ele assentiu que sim sem pensar duas vezes, então eu deixei a xícara sobre a mesinha de centro e deitei minha cabeça no colo dele no automático.
No primeiro momento ele não soube bem o que fazer, parecia sem jeito de me tocar, mas perdeu o medo e começou a afagar meu cabelo. Minhas lagrimas estavam molhando sua roupa, mas definitivamente ele não parecia se importar, ficamos em silencio um sentindo a dor do outro até dormirmos.
Capítulo 15
Eu acordei antes dele, o observei por alguns minutos e pensei em chama-lo pois dormiu sentado e desconfortável com minha cabeça no colo dele, mas pensando melhor eu preferi não acorda-lo, ele devia estar tão cansado quanto eu com essa maratona casa, empresa e hospital. Me levantei com cautela, preparei o café e fui tomar banho, assim que sai de roupa trocada e ainda secando os cabelos o vi sentado à mesa me esperando.
— Devia ter me chamado, passaram mil coisas na minha cabeça quando acordei e não te vi.
— Me desculpa se fiz mal, com certeza você deve estar dormindo pouco também. Eu só queria que descansasse um pouco mais.
— Está tudo bem — reconsiderou — não se desculpe, você já comeu?
— Ainda não, queria tomar um banho primeiro. — me aproximei e me sentei a mesa, ele nos serviu e então comemos.
— Vou pedir a Young Hee para ficar com você, preciso passar em casa, me trocar e ir para a empresa.
— Não precisa, eu vou trabalhar.
— Não, não vai.
— Sim, eu vou, e a não ser que me demita, não pode me impedir. — eu estava me impondo e ele fez uma cara de contrariado.
— Como quiser. — ele se levantou e foi até o banheiro, para ele não ter dúvidas de que estava falando sério, peguei minha bolsa e o que iria precisar e fiquei esperando pronta em frente a porta da sala.
Assim que ele me viu não teve como dialogar mais, pegou as chaves e a carteira e nos saímos. Quando chegamos a casa dele, Young Hee já nos aguardava, parecia já saber, me deu um longo abraço e sorriu, aquilo fez com que eu me senti se mais forte e segura. Ele passou por nós duas balançando a cabeça negativamente para ela que não deu confiança e então subiu as escadas, Young Hee me pegou pela mão, me levou para a cozinha e simplesmente me deu batatas e cenouras para descascar. Sem dizer uma palavra, ela fez eu me sentir bem e útil de novo, antes de sair foi até a cozinha se despedir, me olhou com estranheza como se não conseguisse entender o meu jeito e então foi embora.
Eu e Young Hee ficamos praticamente em silencio o dia todo e entre um serviço e outro ela ria de mim me fazendo rir também e eu nem sabia por que, mas foi bom. me ligou me convidando para jantar, eu adoro a companhia dele, mas só aceitei por que não tinha mais o que fazer e ocupar a minha mente era minha meta. Assim que desliguei o telefone liguei para o hospital, ainda não tinham nenhuma novidade então me conformei. Ajudei Young Hee com o jantar e sai antes que voltasse, me encontrei com em um restaurante no centro pois era caminho para casa de ambos, ele foi muito gentil tentando me animar e me distrair, acho que ele conseguiu pois eu não estava prestando atenção em nada.
Ao fim, ele queria me levar em casa, mas eu não deixei disse que queria ficar sozinha que estava cansada e iria dormir e que ele deveria fazer o mesmo, ele aceitou um tanto relutante e me esperou pegar o metro para depois ir embora, quando cheguei em casa fiz exatamente isso, me deitei e dormi. Pelos próximos dias a minha rotina era casa, trabalho e em alguns momentos hospital para tentar ver tia Hye Soo, eu estava mais concentrada e contida, ainda triste e preocupada, mas me sentindo capaz de me levantar toda manhã e continuar.
Eu estava varrendo o jardim dos fundos, quando chegou no meio do dia de uma terça-feira. Eu o vi conversado com Young Hee na cozinha um pouco nervoso, ela o deu água, não dava para ouvir sobre o que falavam, mas assim que ele apontou e olhou para o jardim e me viu parou de falar e então entendi que era sobre mim. Entrei no mesmo instante, eles ficaram quietos e não conseguia me encarar.
— Aconteceu alguma coisa? — eles se olharam mas não disseram nada — Eu não sou adivinha e nem boba a ponto de não perceber que estão escondendo algo, a questão é quem vai falar primeiro?
— Eu vim te buscar, nos chamaram no hospital. — não estava no normal, estava abatido e por mais que tentasse esconder seus olhos estavam vermelhos como o de quem chora, e muito.
— O que aconteceu, é a tia Hye Soo, por favor me digam. — estava começando a me desesperar.
— Você precisa ficar calma, não é bom que vá lá nervosa assim. — Young Hee se aproximou e ficou ao meu lado tentando me acalmar mas não estava adiantando muito.
— Não quero me acalmar, quero a verdade.
— Ela piorou. — as palavras saíram como farpas da boca dele — Pediram para que fossemos para falar com ela, não sabem quanto tempo ela vai aguentar, é isso. — os olhos dele estavam lacrimejando. Eu gelei e senti meu corpo desfalecer, estava caindo e Young Hee me segurou para eu não ir ao chão e eu só consegui ver ele correndo em minha direção.
Alguns minutos depois...
Eu abri os olhos, estava deitada no sofá com Young Hee me abanando e chamando ele dizendo que eu havia acordado, e então eu me dei conta do que estava acontecendo, eu quis me levantar, mas ela não deixou.
— , você desmaiou e sua pressão está baixa, fique quieta.
— Eu quero ir vê-la, não podem me segurar aqui.
— Iremos quando estiver melhor. — ele estava sentado no sofá em frente me olhando.
— Eu já estou bem. — eu me levantei fazendo com que ele se levantasse também.
— ? — Young Hee tentou intervir.
— Deixa, se ela quer ir, nós vamos. Vão se trocar, estou esperando no carro. — ele saiu e mesmo contrariada Young Hee me acompanhou, nós nos trocamos indo em seguida.
Ficamos em silencio por todo o trajeto, eu sabia exatamente o que ele estava sentindo e acho que não era diferente com ele em relação a mim. Nós dois perdemos alguém importante e a possibilidade daquela sensação de perda se repetir nos deixava fora do normal. Eu não pude me despedir do meu pai então, por mais que doesse, se eu tinha a oportunidade de fazê-lo com tia Hye Soo eu não poderia desperdiçar. No caminho mandei uma mensagem para , sabendo o quanto ele gosta de mim, quis que ele estivesse comigo, se algo realmente acontecesse. Chegamos e fomos diretamente falar com o médico responsável por ela, ainda não estava lá.
— O senhor pode nos dizer o que realmente aconteceu? — tentava não demonstrar mas estava abalado, mesmo assim era capaz de manter uma calma e serenidade que eu nunca conseguiria e por isso preferi ficar quieta a maior parte do tempo.
— A princípio ela estava respondendo bem ao tratamento, mas durante a noite ela teve uma parada respiratória repentina. Fizemos o procedimento de emergência e ela voltou a respirar, outros exames foram providenciados e constatamos que o tumor além de causar obstrução das estruturar respiratórias também atingiu o coração atrapalhando sua funcionalidade. Como a família tem no histórico casos de problemas cardíacos, nós tememos que a qualquer momento ela poça ter outra parada respiratória e desta vez com uma parada cardíaca. Ela está muito vulnerável e seu quadro é imprevisível, por este motivo a equipe medica em comum acordo com a direção do hospital, decidiu chama-los aqui para que pudessem...
— Nos despedir, não é isso o que o senhor ia dizer? — eu o interrompi com um tom agressivo, estava com muita raiva.
— — tentou me segurar, mas eu me desviei e o olhei como se dissesse: não me toca.
— Senhorita Lee, o motivo real desta visita é para que a paciente receba o apoio da família e dos amigos, em muitos casos esse contato é crucial para o paciente continuar lutando pela própria vida e ter uma melhora súbita.
— Tudo bem, me desculpe. — fiquei com vergonha das minhas palavras, mas mesmo ele me oferecendo uma ponta de esperança eu não conseguia absorver suas explicações.
— Nós entendemos doutor, quando poderemos vê-la? — só queria que tivéssemos aquele momento, não importava para que fim.
— Eu quis explicar a situação a vocês primeiramente, já que estão de acordo eu vou pedir que a preparem e assim que estiver tudo pronto eu lhes chamarei. Com licença. — ele se afastou e nós fomos para a sala de espera.
chegou junto com senhor Park alguns minutos depois e não saiu do meu lado, senti alguns olhares de para mim, mas não quis confronta-lo. Todos estavam calados, pensativos no que iriam dizer a ela eu acho. Queria estar mais otimista, mas não era possível, algo me dizia que não seria como o médico disse e eu precisava estar preparada para tudo.
— Devia ter me chamado, passaram mil coisas na minha cabeça quando acordei e não te vi.
— Me desculpa se fiz mal, com certeza você deve estar dormindo pouco também. Eu só queria que descansasse um pouco mais.
— Está tudo bem — reconsiderou — não se desculpe, você já comeu?
— Ainda não, queria tomar um banho primeiro. — me aproximei e me sentei a mesa, ele nos serviu e então comemos.
— Vou pedir a Young Hee para ficar com você, preciso passar em casa, me trocar e ir para a empresa.
— Não precisa, eu vou trabalhar.
— Não, não vai.
— Sim, eu vou, e a não ser que me demita, não pode me impedir. — eu estava me impondo e ele fez uma cara de contrariado.
— Como quiser. — ele se levantou e foi até o banheiro, para ele não ter dúvidas de que estava falando sério, peguei minha bolsa e o que iria precisar e fiquei esperando pronta em frente a porta da sala.
Assim que ele me viu não teve como dialogar mais, pegou as chaves e a carteira e nos saímos. Quando chegamos a casa dele, Young Hee já nos aguardava, parecia já saber, me deu um longo abraço e sorriu, aquilo fez com que eu me senti se mais forte e segura. Ele passou por nós duas balançando a cabeça negativamente para ela que não deu confiança e então subiu as escadas, Young Hee me pegou pela mão, me levou para a cozinha e simplesmente me deu batatas e cenouras para descascar. Sem dizer uma palavra, ela fez eu me sentir bem e útil de novo, antes de sair foi até a cozinha se despedir, me olhou com estranheza como se não conseguisse entender o meu jeito e então foi embora.
Eu e Young Hee ficamos praticamente em silencio o dia todo e entre um serviço e outro ela ria de mim me fazendo rir também e eu nem sabia por que, mas foi bom. me ligou me convidando para jantar, eu adoro a companhia dele, mas só aceitei por que não tinha mais o que fazer e ocupar a minha mente era minha meta. Assim que desliguei o telefone liguei para o hospital, ainda não tinham nenhuma novidade então me conformei. Ajudei Young Hee com o jantar e sai antes que voltasse, me encontrei com em um restaurante no centro pois era caminho para casa de ambos, ele foi muito gentil tentando me animar e me distrair, acho que ele conseguiu pois eu não estava prestando atenção em nada.
Ao fim, ele queria me levar em casa, mas eu não deixei disse que queria ficar sozinha que estava cansada e iria dormir e que ele deveria fazer o mesmo, ele aceitou um tanto relutante e me esperou pegar o metro para depois ir embora, quando cheguei em casa fiz exatamente isso, me deitei e dormi. Pelos próximos dias a minha rotina era casa, trabalho e em alguns momentos hospital para tentar ver tia Hye Soo, eu estava mais concentrada e contida, ainda triste e preocupada, mas me sentindo capaz de me levantar toda manhã e continuar.
Eu estava varrendo o jardim dos fundos, quando chegou no meio do dia de uma terça-feira. Eu o vi conversado com Young Hee na cozinha um pouco nervoso, ela o deu água, não dava para ouvir sobre o que falavam, mas assim que ele apontou e olhou para o jardim e me viu parou de falar e então entendi que era sobre mim. Entrei no mesmo instante, eles ficaram quietos e não conseguia me encarar.
— Aconteceu alguma coisa? — eles se olharam mas não disseram nada — Eu não sou adivinha e nem boba a ponto de não perceber que estão escondendo algo, a questão é quem vai falar primeiro?
— Eu vim te buscar, nos chamaram no hospital. — não estava no normal, estava abatido e por mais que tentasse esconder seus olhos estavam vermelhos como o de quem chora, e muito.
— O que aconteceu, é a tia Hye Soo, por favor me digam. — estava começando a me desesperar.
— Você precisa ficar calma, não é bom que vá lá nervosa assim. — Young Hee se aproximou e ficou ao meu lado tentando me acalmar mas não estava adiantando muito.
— Não quero me acalmar, quero a verdade.
— Ela piorou. — as palavras saíram como farpas da boca dele — Pediram para que fossemos para falar com ela, não sabem quanto tempo ela vai aguentar, é isso. — os olhos dele estavam lacrimejando. Eu gelei e senti meu corpo desfalecer, estava caindo e Young Hee me segurou para eu não ir ao chão e eu só consegui ver ele correndo em minha direção.
Alguns minutos depois...
Eu abri os olhos, estava deitada no sofá com Young Hee me abanando e chamando ele dizendo que eu havia acordado, e então eu me dei conta do que estava acontecendo, eu quis me levantar, mas ela não deixou.
— , você desmaiou e sua pressão está baixa, fique quieta.
— Eu quero ir vê-la, não podem me segurar aqui.
— Iremos quando estiver melhor. — ele estava sentado no sofá em frente me olhando.
— Eu já estou bem. — eu me levantei fazendo com que ele se levantasse também.
— ? — Young Hee tentou intervir.
— Deixa, se ela quer ir, nós vamos. Vão se trocar, estou esperando no carro. — ele saiu e mesmo contrariada Young Hee me acompanhou, nós nos trocamos indo em seguida.
Ficamos em silencio por todo o trajeto, eu sabia exatamente o que ele estava sentindo e acho que não era diferente com ele em relação a mim. Nós dois perdemos alguém importante e a possibilidade daquela sensação de perda se repetir nos deixava fora do normal. Eu não pude me despedir do meu pai então, por mais que doesse, se eu tinha a oportunidade de fazê-lo com tia Hye Soo eu não poderia desperdiçar. No caminho mandei uma mensagem para , sabendo o quanto ele gosta de mim, quis que ele estivesse comigo, se algo realmente acontecesse. Chegamos e fomos diretamente falar com o médico responsável por ela, ainda não estava lá.
— O senhor pode nos dizer o que realmente aconteceu? — tentava não demonstrar mas estava abalado, mesmo assim era capaz de manter uma calma e serenidade que eu nunca conseguiria e por isso preferi ficar quieta a maior parte do tempo.
— A princípio ela estava respondendo bem ao tratamento, mas durante a noite ela teve uma parada respiratória repentina. Fizemos o procedimento de emergência e ela voltou a respirar, outros exames foram providenciados e constatamos que o tumor além de causar obstrução das estruturar respiratórias também atingiu o coração atrapalhando sua funcionalidade. Como a família tem no histórico casos de problemas cardíacos, nós tememos que a qualquer momento ela poça ter outra parada respiratória e desta vez com uma parada cardíaca. Ela está muito vulnerável e seu quadro é imprevisível, por este motivo a equipe medica em comum acordo com a direção do hospital, decidiu chama-los aqui para que pudessem...
— Nos despedir, não é isso o que o senhor ia dizer? — eu o interrompi com um tom agressivo, estava com muita raiva.
— — tentou me segurar, mas eu me desviei e o olhei como se dissesse: não me toca.
— Senhorita Lee, o motivo real desta visita é para que a paciente receba o apoio da família e dos amigos, em muitos casos esse contato é crucial para o paciente continuar lutando pela própria vida e ter uma melhora súbita.
— Tudo bem, me desculpe. — fiquei com vergonha das minhas palavras, mas mesmo ele me oferecendo uma ponta de esperança eu não conseguia absorver suas explicações.
— Nós entendemos doutor, quando poderemos vê-la? — só queria que tivéssemos aquele momento, não importava para que fim.
— Eu quis explicar a situação a vocês primeiramente, já que estão de acordo eu vou pedir que a preparem e assim que estiver tudo pronto eu lhes chamarei. Com licença. — ele se afastou e nós fomos para a sala de espera.
chegou junto com senhor Park alguns minutos depois e não saiu do meu lado, senti alguns olhares de para mim, mas não quis confronta-lo. Todos estavam calados, pensativos no que iriam dizer a ela eu acho. Queria estar mais otimista, mas não era possível, algo me dizia que não seria como o médico disse e eu precisava estar preparada para tudo.
Capítulo 16
O médico finalmente veio falar conosco novamente, ao vê-lo a ansiedade aumentou, com certeza era a hora.
— Vocês terão que me acompanhar até outra ala, mas não poderão entrar juntos no quarto, serão chamados um de cada vez, tudo bem?
Todos concordamos e o seguimos até um corredor dois andares a cima, colocaram tia Hye Soo em um quarto com meia parede de vidro e conseguimos vê-la com uma enfermeira ao passar, nós ficamos em outra sala próxima e aberta com cadeiras um pouco mais confortáveis, também era uma sala de espera, só que mais reservada e confortável, o doutor pediu que aguardássemos mais um momento e voltou até o quarto dela. Tínhamos uma visão clara da extensão do corredor e da porta do quarto dela, vi o doutor e a enfermeira saírem, ele parecia lhe dar algumas recomendações e então ele se afastou e ela veio em nossa direção.
— Boa tarde, eu sou a enfermeira Kang e estarei acompanhando vocês e monitorando a paciente Lee durante a visita.
— Já podemos entrar? — eu já não estava me aguentando.
— O doutor deve tê-los avisado que só poderá entrar um de cada vez.
— Sim. — eu seria a primeira com certeza.
— Pois bem, eu tenho aqui o nome de quem ela pediu para ver primeiro e ela dirá os que deverão entrar em seguida. — eu estava certa de que iria me chamar, ela deu uma olhada na prancheta e — Senhor . — nós dois nós olhamos surpresos, como ela queria ver ele primeiro e não eu?
— Você deve ter entendido errado. — ele viu como eu fiquei chateada e quis remediar.
— Não senhor, ela me fez confirmar o nome três vezes. — ela lhe mostrou o nome na prancheta.
— Se ela quer falar com você é melhor não contraria-la, eu posso ir depois. — tentando ser madura, não era hora de infantilidades.
— Então vamos, com licença. — ela saiu e ele um tanto preocupado com a escolha a seguiu, fiquei observando até que entrassem no quarto. me envolveu com o braço e me perguntou se eu estava bem com aquilo, na verdade não estava, mas disse que não tinha problema.
Pude ver pela cara de todos que ninguém entendeu a escolha da tia Hye Soo, mas mesmo assim tínhamos que respeitar, estávamos ali para ajudá-la e não para competir sobre quem ela gostava mais. Passou um bom tempo, eu estava ficando agoniada, o que ela poderia ter de tão importante para falar com ele que demoraria tanto, será que ela havia se sentido mal?
Não, se fosse o caso teriam chamado o médico, comecei a roer as unhas e mantive meus olhos na porta. resolveu buscar algo para eu beber e me acalmar, Young Hee e senhor Park conversavam sobre a estrutura do hospital para passar o tempo e nem notaram quando ele saiu do quarto. Ele cobria o rosto com o antebraço, mas o choro era perceptível e quando ele me viu se virou de costa para limpar o rosto e então se virou mais contido e veio em nossa direção, eu me levantei e então eles também o viram, Young Hee foi de encontro a ele e passou as mãos no seu rosto com um gesto de carrinho. balançou a cabeça sinalizando que estava bem e parecia reunir forças para falar, eu nunca o vi daquele jeito e se ele saiu de lá assim imagino como eu vou sair.
— Bom, agora é minha vez, não é? — a não ser que aja outra pessoa com quem ela queira falar mais do que comigo.
— Ela pediu para você entrar, Young Hee. — que frustrante ouvi-lo dizer aquilo. Ela me olhou como se precisasse de aprovação.
— Está tudo bem, vai lá. — dei um sorriso de decepção, ela assentiu para mim e seguiu para o quarto então nós nos sentamos novamente.
estava calado e pensativo as vezes me olhava e então desviava o olhar como se quisesse me dizer alguma coisa, mas não fosse permitido. chegou com um copo descartável com chá e se sentando ao meu lado comentou.
— Achei que ela iria chamar você.
— A Young Hee é a melhor amiga dela e elas criaram é natural que ela quisesse falar com eles primeiro. — tentei ver com sensatez e sensibilidade.
— Mas você é a sobrinha, tem o mesmo sangue que ela e mesmo assim não teve consideração com você. — as palavras dele foram duras e dolorosas de ouvir.
— Hrum. — resmungou e me pareceu indignado com o que ouviu, atraindo a atenção de .
— Algum problema? — o perguntou. Já não iam um com a cara do outro e pelo visto a coisa tendia a piorar.
— Sim, você. — não disse.
se preparou para se levantar e eu o segurei, o mesmo senhor Park fez com .
— Parem, o que pensão que estão fazendo?
— Com licença. — se levantou — Não consigo ficar ouvindo idiotas. — queria avançar nele enquanto se afastava e eu o contive.
— !? — eu o repreendi.
— Ele é um cretino. — nervoso
— Ele é meu patrão.
— Por pouco tempo. — não acredito que ouvi isso, mas preferi fingir que não para não render.
— Por favor, se acalme e ignore, não vê que eu estou mal.
— Me desculpe, eu não devia ter cedido a provocação, eu vou me conter prometo. — fez cara de arrependido e eu aceitei, não sei por que, mas tenho a sensação de que isso ainda vai render. Ficamos ali aguardando e após um tempo um pouco mais curto do que o de , Young Hee saiu e veio falar conosco então ele se aproximou novamente.
— Apesar de tudo, ela parece bem. — ela também havia chorado lá dentro, mas estava com o rosto em expressão de alivio — Seu rosto está sereno e tranquilo. Senhor Park, posso lhe falar um segundo?
— Sim, claro. — ele se prontificou. Eu fiquei quieta esperando para ver quem seria chamado agora.
— , é agora, ela está ansiosa para falar com você. — então por que não me chamou antes?
— Eu estou indo. — senti um frio na barriga, respirei fundo e fui para o quarto.
Quando entrei ela tirou a máscara de oxigênio e sorriu para mim, tranquila e serena como Young Hee disse, me aproximei e me sentei na cadeira que estava ao lado da cama segurando a mão dela.
— A senhora parece muito melhor que da última vez.
— Que bom que você acha isso. Ficou brava comigo?
— Brava, por que eu ficaria brava?
— Por que eu chamei os outros antes de você.
— Não, de jeito nenhum.
— Você é uma péssima mentirosa. — ela riu me fazendo rir também, mas começou a tossir e colocou a máscara novamente respirando fundo puxando o máximo de ar para dentro. A enfermeira Kang se aproximou para ver se estava bem e então ela retirou a máscara. — Eu estou bem.
— Tem certeza que quer continuar? — ela perguntou com preocupação.
— Sim, eu aviso se sentir alguma coisa. — a enfermeira assentiu e se afastou novamente. — Parece que rir não é algo tão simples agora.
— Por favor tia, não se canse muito, eu posso vir outra hora se quiser.
— Não, eu pedi a eles que me deixassem falar com vocês e não quero ser desobedecida ok?
— Sim.
— Bem, em que parte nós estávamos?
— Na parte em que eu sou uma mentirosa.
— Ah sim! Eu confesso fiz de proposito, queria ver como reagiria e pelo que Young Hee disse você se comportou bem. Não imaginei que em tão pouco tempo você amadureceria assim, agora realmente estou tranquila pois em minha frente não tem mais uma menina frágil, mas uma mulher forte e corajosa.
— Não sei se sou tão forte quanto pareço tia Hye Soo, ainda tenho muitos medos e duvidas que eu só vou conseguir superar com sua ajuda. Então é bom que melhore logo para me dar bons conselhos de tia. — eu me esforcei ao máximo para não chorar perto dela e ela sorria naturalmente.
— Eu posso te pedir uma coisa?
— O que quiser, qualquer coisa.
— Me prometa que aconteça o que acontecer, você vai seguir em frente.
— Tia Hye...
— Me escute não temos muito tempo, você é inteligente e vai fazer escolhas inteligentes, então não deixe de ouvir seu coração quando ele lhe apontar o caminho dos seus sonhos. Vamos me prometa.
— Eu prometo. — eu estava receando que ela me fizesse prometer alguma coisa, pelo menos ela não falou em morte.
— Mais uma coisa, se sentir que o fardo está muito pesado, quero que desista e pare de trabalhar para .
— Mas tia ele vai ficar com a casa.
— Não importa, se for o caso tente um acordo através de Park Chul Min, mas não deixe que essa dívida seja maior que seus planos, você me entendeu? — ela segurou firme minhas mãos.
— Entendi.
— é um bom rapaz, independente da quitação da dívida, se ele precisar de você, seja para o que for, não hesite em ajuda-lo, por favor diga que fará isso.
— Eu farei.
— Obrigada, é muito bom saber que posso contar com você.
— Mas tia, bem que a senhora podia aproveitar esta situação e pedir a ele para desistir disto não é? — não custa nada tentar.
— Eu nunca me aproveitaria de uma situação dessa para coisa alguma, você me conhece e sabe bem disso.
— É verdade, me perdoe falei sem pensar. — mas que podia, podia.
— Tudo bem. Me lembro do dia em que você nasceu, seu pai estava nitidamente radiante. Foi você que o deu forças para continuar depois que a Debora se foi. Ele dizia que tudo que estava passando por pior que fosse, no fim valia a pena quando ele chegava em casa e olhava para você, a princesa dele. — agora ela me quebrou e quando as lagrimas vieram tentei descontrair.
— Ai tia, o doutor disse que essa visita era para animar a senhora e não para ser um mar de lagrimas. — eu ri um pouco forçada.
— Eu sei, mas eu não resisti, tinha que te dizer isso enquanto posso, ou melhor enquanto estou acordada. — ela suspirou profundamente como se estivesse tentando disfarçar algo e sorriu logo depois — eu acho que agora estou me sentindo cansada, é melhor você ir e descansar também. — a enfermeira Kang se aproximou novamente.
— A senhora está bem?
— Sim, não se preocupe. Querida me faça o favor de dizer a Chul Min que eu o considero muito e peça desculpas pois não poderei recebe-lo hoje.
— Eu digo pode deixar.
— Ela tem que receber algumas medicações e irá dormir, você realmente precisa ir agora.
— Eu vou, mas eu volto.
— Não se preocupe, eu vou ficar bem, e você também vai. — ela disse com convicção e sorriu. Eu sorri de volta, soltei suas mãos e sai, acenei para ela do lado de fora do vidro e ela correspondeu, senti naquela hora que era a última vez que a veria sorrindo.
— Vocês terão que me acompanhar até outra ala, mas não poderão entrar juntos no quarto, serão chamados um de cada vez, tudo bem?
Todos concordamos e o seguimos até um corredor dois andares a cima, colocaram tia Hye Soo em um quarto com meia parede de vidro e conseguimos vê-la com uma enfermeira ao passar, nós ficamos em outra sala próxima e aberta com cadeiras um pouco mais confortáveis, também era uma sala de espera, só que mais reservada e confortável, o doutor pediu que aguardássemos mais um momento e voltou até o quarto dela. Tínhamos uma visão clara da extensão do corredor e da porta do quarto dela, vi o doutor e a enfermeira saírem, ele parecia lhe dar algumas recomendações e então ele se afastou e ela veio em nossa direção.
— Boa tarde, eu sou a enfermeira Kang e estarei acompanhando vocês e monitorando a paciente Lee durante a visita.
— Já podemos entrar? — eu já não estava me aguentando.
— O doutor deve tê-los avisado que só poderá entrar um de cada vez.
— Sim. — eu seria a primeira com certeza.
— Pois bem, eu tenho aqui o nome de quem ela pediu para ver primeiro e ela dirá os que deverão entrar em seguida. — eu estava certa de que iria me chamar, ela deu uma olhada na prancheta e — Senhor . — nós dois nós olhamos surpresos, como ela queria ver ele primeiro e não eu?
— Você deve ter entendido errado. — ele viu como eu fiquei chateada e quis remediar.
— Não senhor, ela me fez confirmar o nome três vezes. — ela lhe mostrou o nome na prancheta.
— Se ela quer falar com você é melhor não contraria-la, eu posso ir depois. — tentando ser madura, não era hora de infantilidades.
— Então vamos, com licença. — ela saiu e ele um tanto preocupado com a escolha a seguiu, fiquei observando até que entrassem no quarto. me envolveu com o braço e me perguntou se eu estava bem com aquilo, na verdade não estava, mas disse que não tinha problema.
Pude ver pela cara de todos que ninguém entendeu a escolha da tia Hye Soo, mas mesmo assim tínhamos que respeitar, estávamos ali para ajudá-la e não para competir sobre quem ela gostava mais. Passou um bom tempo, eu estava ficando agoniada, o que ela poderia ter de tão importante para falar com ele que demoraria tanto, será que ela havia se sentido mal?
Não, se fosse o caso teriam chamado o médico, comecei a roer as unhas e mantive meus olhos na porta. resolveu buscar algo para eu beber e me acalmar, Young Hee e senhor Park conversavam sobre a estrutura do hospital para passar o tempo e nem notaram quando ele saiu do quarto. Ele cobria o rosto com o antebraço, mas o choro era perceptível e quando ele me viu se virou de costa para limpar o rosto e então se virou mais contido e veio em nossa direção, eu me levantei e então eles também o viram, Young Hee foi de encontro a ele e passou as mãos no seu rosto com um gesto de carrinho. balançou a cabeça sinalizando que estava bem e parecia reunir forças para falar, eu nunca o vi daquele jeito e se ele saiu de lá assim imagino como eu vou sair.
— Bom, agora é minha vez, não é? — a não ser que aja outra pessoa com quem ela queira falar mais do que comigo.
— Ela pediu para você entrar, Young Hee. — que frustrante ouvi-lo dizer aquilo. Ela me olhou como se precisasse de aprovação.
— Está tudo bem, vai lá. — dei um sorriso de decepção, ela assentiu para mim e seguiu para o quarto então nós nos sentamos novamente.
estava calado e pensativo as vezes me olhava e então desviava o olhar como se quisesse me dizer alguma coisa, mas não fosse permitido. chegou com um copo descartável com chá e se sentando ao meu lado comentou.
— Achei que ela iria chamar você.
— A Young Hee é a melhor amiga dela e elas criaram é natural que ela quisesse falar com eles primeiro. — tentei ver com sensatez e sensibilidade.
— Mas você é a sobrinha, tem o mesmo sangue que ela e mesmo assim não teve consideração com você. — as palavras dele foram duras e dolorosas de ouvir.
— Hrum. — resmungou e me pareceu indignado com o que ouviu, atraindo a atenção de .
— Algum problema? — o perguntou. Já não iam um com a cara do outro e pelo visto a coisa tendia a piorar.
— Sim, você. — não disse.
se preparou para se levantar e eu o segurei, o mesmo senhor Park fez com .
— Parem, o que pensão que estão fazendo?
— Com licença. — se levantou — Não consigo ficar ouvindo idiotas. — queria avançar nele enquanto se afastava e eu o contive.
— !? — eu o repreendi.
— Ele é um cretino. — nervoso
— Ele é meu patrão.
— Por pouco tempo. — não acredito que ouvi isso, mas preferi fingir que não para não render.
— Por favor, se acalme e ignore, não vê que eu estou mal.
— Me desculpe, eu não devia ter cedido a provocação, eu vou me conter prometo. — fez cara de arrependido e eu aceitei, não sei por que, mas tenho a sensação de que isso ainda vai render. Ficamos ali aguardando e após um tempo um pouco mais curto do que o de , Young Hee saiu e veio falar conosco então ele se aproximou novamente.
— Apesar de tudo, ela parece bem. — ela também havia chorado lá dentro, mas estava com o rosto em expressão de alivio — Seu rosto está sereno e tranquilo. Senhor Park, posso lhe falar um segundo?
— Sim, claro. — ele se prontificou. Eu fiquei quieta esperando para ver quem seria chamado agora.
— , é agora, ela está ansiosa para falar com você. — então por que não me chamou antes?
— Eu estou indo. — senti um frio na barriga, respirei fundo e fui para o quarto.
Quando entrei ela tirou a máscara de oxigênio e sorriu para mim, tranquila e serena como Young Hee disse, me aproximei e me sentei na cadeira que estava ao lado da cama segurando a mão dela.
— A senhora parece muito melhor que da última vez.
— Que bom que você acha isso. Ficou brava comigo?
— Brava, por que eu ficaria brava?
— Por que eu chamei os outros antes de você.
— Não, de jeito nenhum.
— Você é uma péssima mentirosa. — ela riu me fazendo rir também, mas começou a tossir e colocou a máscara novamente respirando fundo puxando o máximo de ar para dentro. A enfermeira Kang se aproximou para ver se estava bem e então ela retirou a máscara. — Eu estou bem.
— Tem certeza que quer continuar? — ela perguntou com preocupação.
— Sim, eu aviso se sentir alguma coisa. — a enfermeira assentiu e se afastou novamente. — Parece que rir não é algo tão simples agora.
— Por favor tia, não se canse muito, eu posso vir outra hora se quiser.
— Não, eu pedi a eles que me deixassem falar com vocês e não quero ser desobedecida ok?
— Sim.
— Bem, em que parte nós estávamos?
— Na parte em que eu sou uma mentirosa.
— Ah sim! Eu confesso fiz de proposito, queria ver como reagiria e pelo que Young Hee disse você se comportou bem. Não imaginei que em tão pouco tempo você amadureceria assim, agora realmente estou tranquila pois em minha frente não tem mais uma menina frágil, mas uma mulher forte e corajosa.
— Não sei se sou tão forte quanto pareço tia Hye Soo, ainda tenho muitos medos e duvidas que eu só vou conseguir superar com sua ajuda. Então é bom que melhore logo para me dar bons conselhos de tia. — eu me esforcei ao máximo para não chorar perto dela e ela sorria naturalmente.
— Eu posso te pedir uma coisa?
— O que quiser, qualquer coisa.
— Me prometa que aconteça o que acontecer, você vai seguir em frente.
— Tia Hye...
— Me escute não temos muito tempo, você é inteligente e vai fazer escolhas inteligentes, então não deixe de ouvir seu coração quando ele lhe apontar o caminho dos seus sonhos. Vamos me prometa.
— Eu prometo. — eu estava receando que ela me fizesse prometer alguma coisa, pelo menos ela não falou em morte.
— Mais uma coisa, se sentir que o fardo está muito pesado, quero que desista e pare de trabalhar para .
— Mas tia ele vai ficar com a casa.
— Não importa, se for o caso tente um acordo através de Park Chul Min, mas não deixe que essa dívida seja maior que seus planos, você me entendeu? — ela segurou firme minhas mãos.
— Entendi.
— é um bom rapaz, independente da quitação da dívida, se ele precisar de você, seja para o que for, não hesite em ajuda-lo, por favor diga que fará isso.
— Eu farei.
— Obrigada, é muito bom saber que posso contar com você.
— Mas tia, bem que a senhora podia aproveitar esta situação e pedir a ele para desistir disto não é? — não custa nada tentar.
— Eu nunca me aproveitaria de uma situação dessa para coisa alguma, você me conhece e sabe bem disso.
— É verdade, me perdoe falei sem pensar. — mas que podia, podia.
— Tudo bem. Me lembro do dia em que você nasceu, seu pai estava nitidamente radiante. Foi você que o deu forças para continuar depois que a Debora se foi. Ele dizia que tudo que estava passando por pior que fosse, no fim valia a pena quando ele chegava em casa e olhava para você, a princesa dele. — agora ela me quebrou e quando as lagrimas vieram tentei descontrair.
— Ai tia, o doutor disse que essa visita era para animar a senhora e não para ser um mar de lagrimas. — eu ri um pouco forçada.
— Eu sei, mas eu não resisti, tinha que te dizer isso enquanto posso, ou melhor enquanto estou acordada. — ela suspirou profundamente como se estivesse tentando disfarçar algo e sorriu logo depois — eu acho que agora estou me sentindo cansada, é melhor você ir e descansar também. — a enfermeira Kang se aproximou novamente.
— A senhora está bem?
— Sim, não se preocupe. Querida me faça o favor de dizer a Chul Min que eu o considero muito e peça desculpas pois não poderei recebe-lo hoje.
— Eu digo pode deixar.
— Ela tem que receber algumas medicações e irá dormir, você realmente precisa ir agora.
— Eu vou, mas eu volto.
— Não se preocupe, eu vou ficar bem, e você também vai. — ela disse com convicção e sorriu. Eu sorri de volta, soltei suas mãos e sai, acenei para ela do lado de fora do vidro e ela correspondeu, senti naquela hora que era a última vez que a veria sorrindo.
Capítulo 17
Todos me esperavam de pé e pareciam prontos para me consolar, não entendo por que, mas eu estava tranquila. Me aproximei deles secando as lagrimas e apenas sorri, me abraçou e novamente perguntou se eu estava bem, eu confirmei e dei o recado ao senhor Park, no fundo todos nós sabíamos o que realmente estava acontecendo e a partir daquele momento tínhamos que nos conformar e esperar que chegasse a hora. Acho que tia Hye Soo só queria ter certeza que eu iria ficar bem, dois dias depois ela teve uma nova parada respiratória e junto a parada cardíaca, os médicos não conseguiram faze-la voltar dessa vez.
Eu estava com Young Hee no refeitório do hospital quando me chamaram, por mais que eu já esperasse, a dor não foi menor, não achei que iria suportar aquilo. O choro era mudo e incontrolável, Young Hee não sabia se chorava também ou me acalmava então ligou para pedindo que viesse, mas foi cautelosa e não quis dar a notícia pelo telefone. Depois de meia hora ele chegou, assim que me viu soube e como eu ficou totalmente sem rumo, me aproximei dele e o abracei. Não dava pra saber qual de nós dois chorava mais, o sofrimento parecia infindável. Senhor Park chegou logo depois, pois estava estacionando o carro, ficou arrasado quando Young Hee lhe contou e ele disse para não nos preocupar que iria tomar todas a providencias. Depois de um tempo nós nos recompomos, eu liguei para para avisa-lo, ele queria ir até lá, mas eu não deixei, disse que senhor Park estava resolvendo tudo e que por favor não deixasse o trabalho. Foi difícil convence-lo, mas ele aceitou e iria depois do trabalho ficar comigo. Senhor Park alugou um salão no hospital para o velório, como eu nunca havia participado de um velório coreano, ele e Young Hee me explicaram tudo e eu fiz de acordo com a tradição, queria me ajudar, mas com por perto preferiu ficar distante.
Passados os três dias do velório e o enterro.
me deu mais alguns dias de luto, que fui obrigada a cumprir, pois se dependesse de mim já voltaria ao trabalho para não ter tempo de pensar na tia Hye Soo e na falta que ela já fazia. Young Hee e senhor Park vinham me visitar com frequência, ela me pedia desculpas pela ausência de , depois de tudo eu o entendia e era grata então, não poderia cobrar nada dele. fez questão de ir me ver todos os dias depois do trabalho, os pais dele também chegaram a ir e me reconfortaram muito. Estava tudo bem, até eu ficar sozinha no meu quarto, as vezes falava sozinha, outras eu chorava, foi cessando aos poucos, mas não foi nada fácil e apesar de serem diferentes, eu posso dizer que perder tia Hye Soo foi ainda mais duro do que quando perdi meu pai, mas vou sobreviver.
As “férias” acabaram e voltei ao trabalho no dia combinado com . Quando cheguei a casa dele Young Hee me recebeu de braços abertos.
— Finalmente você voltou. — ela brincou.
— Esta casa não fica em ordem sem mim.
— Então vamos o balde e o esfregão estão com saudades. — me fez rir pegando minha mão e antes que pudesse ir com ela descia a escada todo arrumado com um terno impecável e sapato lustrado.
— Vocês se viraram bem sem mim, é melhor eu ir embora já que nem fiz falta. — brinquei.
— Ai não diga isso, estávamos ansiosos para você voltar. — Young Hee disse com carinho.
— Se você acha que não é útil aqui pode voltar para casa. — disse sério.
— Eu só estava brincando. — que mal humor — eu queria muito voltar ao trabalho, me ocupar com algo útil.
— Me desculpe, seja bem vinda de volta. — ficou meio sem graça, fica fofo quando faz essa cara.
— Obrigada.
— Olha só, até hoje não sabe arrumar uma gravata, você pode fazer isso ?
— Sim — fui até ele automaticamente — eu costumava a fazer o nó nas do meu pai — ao ajeitar sua gravata percebi seus olhos focados em mim e sua respiração mais forte, ele desviou assim que o encarei, meu coração acelerou, que estranho.
— Obrigado, eu já vou até mais tarde. — saiu rapidamente um tanto envergonhado, apesar de estar sério isso era notável.
— Bem, chega de moleza e mãos à obra. — dei o braço para Young Hee e fomos para nossos afazeres.
Aqueles dias senti que as coisas voltavam para seu lugar, estava mais segura de mim e do que eu queria, e estar trabalhando ali para com certeza era uma delas. Meu namoro também ia bem, se tocou e disse que só voltaria a falar de casamento quando eu quisesse, o que era muito bom. Agora tudo estava caminhando para o lugar certo, só que nunca contamos com surpresas do destino não é?
Eu estava com Young Hee no refeitório do hospital quando me chamaram, por mais que eu já esperasse, a dor não foi menor, não achei que iria suportar aquilo. O choro era mudo e incontrolável, Young Hee não sabia se chorava também ou me acalmava então ligou para pedindo que viesse, mas foi cautelosa e não quis dar a notícia pelo telefone. Depois de meia hora ele chegou, assim que me viu soube e como eu ficou totalmente sem rumo, me aproximei dele e o abracei. Não dava pra saber qual de nós dois chorava mais, o sofrimento parecia infindável. Senhor Park chegou logo depois, pois estava estacionando o carro, ficou arrasado quando Young Hee lhe contou e ele disse para não nos preocupar que iria tomar todas a providencias. Depois de um tempo nós nos recompomos, eu liguei para para avisa-lo, ele queria ir até lá, mas eu não deixei, disse que senhor Park estava resolvendo tudo e que por favor não deixasse o trabalho. Foi difícil convence-lo, mas ele aceitou e iria depois do trabalho ficar comigo. Senhor Park alugou um salão no hospital para o velório, como eu nunca havia participado de um velório coreano, ele e Young Hee me explicaram tudo e eu fiz de acordo com a tradição, queria me ajudar, mas com por perto preferiu ficar distante.
Passados os três dias do velório e o enterro.
me deu mais alguns dias de luto, que fui obrigada a cumprir, pois se dependesse de mim já voltaria ao trabalho para não ter tempo de pensar na tia Hye Soo e na falta que ela já fazia. Young Hee e senhor Park vinham me visitar com frequência, ela me pedia desculpas pela ausência de , depois de tudo eu o entendia e era grata então, não poderia cobrar nada dele. fez questão de ir me ver todos os dias depois do trabalho, os pais dele também chegaram a ir e me reconfortaram muito. Estava tudo bem, até eu ficar sozinha no meu quarto, as vezes falava sozinha, outras eu chorava, foi cessando aos poucos, mas não foi nada fácil e apesar de serem diferentes, eu posso dizer que perder tia Hye Soo foi ainda mais duro do que quando perdi meu pai, mas vou sobreviver.
As “férias” acabaram e voltei ao trabalho no dia combinado com . Quando cheguei a casa dele Young Hee me recebeu de braços abertos.
— Finalmente você voltou. — ela brincou.
— Esta casa não fica em ordem sem mim.
— Então vamos o balde e o esfregão estão com saudades. — me fez rir pegando minha mão e antes que pudesse ir com ela descia a escada todo arrumado com um terno impecável e sapato lustrado.
— Vocês se viraram bem sem mim, é melhor eu ir embora já que nem fiz falta. — brinquei.
— Ai não diga isso, estávamos ansiosos para você voltar. — Young Hee disse com carinho.
— Se você acha que não é útil aqui pode voltar para casa. — disse sério.
— Eu só estava brincando. — que mal humor — eu queria muito voltar ao trabalho, me ocupar com algo útil.
— Me desculpe, seja bem vinda de volta. — ficou meio sem graça, fica fofo quando faz essa cara.
— Obrigada.
— Olha só, até hoje não sabe arrumar uma gravata, você pode fazer isso ?
— Sim — fui até ele automaticamente — eu costumava a fazer o nó nas do meu pai — ao ajeitar sua gravata percebi seus olhos focados em mim e sua respiração mais forte, ele desviou assim que o encarei, meu coração acelerou, que estranho.
— Obrigado, eu já vou até mais tarde. — saiu rapidamente um tanto envergonhado, apesar de estar sério isso era notável.
— Bem, chega de moleza e mãos à obra. — dei o braço para Young Hee e fomos para nossos afazeres.
Aqueles dias senti que as coisas voltavam para seu lugar, estava mais segura de mim e do que eu queria, e estar trabalhando ali para com certeza era uma delas. Meu namoro também ia bem, se tocou e disse que só voltaria a falar de casamento quando eu quisesse, o que era muito bom. Agora tudo estava caminhando para o lugar certo, só que nunca contamos com surpresas do destino não é?
Capítulo 18
Dois meses se passaram desde o falecimento de tia Hye Soo, eu e estávamos voltando a aquela amizade, as vezes eu até brincava com ele sobre namoro e a namorada misteriosa. O que me intrigava era o fato dele estar mais receptivo para mim, a princípio achei que fosse por causa das semelhança das nossas histórias e a perda a tia Hye, mas sempre tenho a impressão de que está escondendo algo e a momentos em que sinto que ele quer me dizer o que é, mas desconversa e acaba não falando.
Era sábado e nos dispensou mais cedo, Young Hee foi na frente pois ia se encontrar com seu marido, eu me troquei, estava de jeans, camiseta e All-star. Estava arrumando minha bolsa na cozinha quando ouvi a campainha e disse que atenderia fiquei de esquina e vi quando ele abriu a porta. Eram três mulheres, uma senhora mais idosa, uma senhora um pouco mais nova e uma moça muito bonita e todas com bagagem. Eu peguei minha bolsa e ainda procurando o celular dentro, fui caminhando até a sala e ouvi uma parte do assunto meio distraída sendo pega de surpresa.
— A senhora não avisou que viria. — realmente surpreso.
— Não posso mais fazer uma surpresa a meu filho? — disse a senhora mais nova. — é a sua namorada?
Assim que me aproximei e me viu, me puxou para perto e foi me apresentando.
— Chegou bem na hora, mãe, avó e Min Ha está é Lee — eu as olhei sem entender por que tanta formalidade se eu era só a empregada, mas deixa quieto — esta é minha mãe Kim Yang Mi — a mulher me analisou de cima a baixo e pareceu reprovar minhas roupas. — minha avó Kim In-sook — a senhora tinha expressão simpática e sorria, parece que gostou de mim — e Jung Min Ha amiga da família. — me analisou também com um sorriso falso e desdém, um “nojinho”.
— Prazer em conhece-las — sorri e as cumprimentei cordialmente.
— O prazer é meu de finalmente conhecer a namorada do meu filho — disse senhora Yang Mi.
— Hum? — namorada? Eu olhei para ele e nada dele negar.
— Estava curiosa para conhece-la também, do jeito que falava fiquei preocupada, mas te vendo agora não tenho por que motivo. — disse Min Ha com um sorriso sínico, o que ela quis dizer com isso?
— Que bom. — por que eu disse isso? — elas acham...
— Vocês podem nós dar um minuto? — ele me interrompeu me abraçando — Preciso te mostrar algo , com licença. — eu dei um sorriso forçado e ele praticamente me arrastou até a cozinha e começamos a cochichar.
— Por que mentiu e deixou elas acharem que eu era sua namorada?
— Eu não esperava elas aqui, minha mãe perguntou eu não sabia o que fazer então você apareceu.
— Então vai lá e diga a verdade, que se enganou, teve um delírio e que namora outra garota.
— Não posso.
— Por que?
— Não tenho namorada.
— O que? — quase gritei com a revelação.
— Fala baixo. — me repreendeu.
— Como assim não tem namorada? — fiquei indignada, e eu dando conselhos para ele.
— Não tenho e pronto. — simples assim.
— Por que ficou mentindo todo esse tempo para sua mãe então?
— Por que ela vivia me cobrando e com certeza por causa da Min Há também.
— Está com medo de uma garota, por favor é só dizer que não quer ela.
— não é tão simples assim e não quero decepcionar minha mãe depois de tudo que ela passou. Você precisa me ajudar. — falando da mãe, ele pega pesado.
— Nem pensar, não vou fingir que sou sua namorada. — ele é louco.
— Se lembra daquele dia no hospital, você disse que me devolveria a ajuda.
— Era uma boa causa e você quer gastar minha ajuda preciosa com isso? Estou fora.
— Espera. — ele pensou por um segundo — A dívida da Hye Soo.
— Nem vem, não tinha nada disso no contrato.
— Mas lá diz que você está à minha disposição até que o valor seja totalmente pago ou que haja suspensão da dívida por minha parte.
— É, mas também diz que qualquer coisa que eu fizer além dos meus deveres o obrigam a abater a dívida de acordo com a dificuldade do que me pedir. — não tinha percebido, mas havia acabado de dar a ideia para ele.
— Você tem toda razão. — ele fez uma cara de “te peguei” falando mansamente e com astucia fez o que eu não esperava — E se em troca dessa ajuda eu abater metade da dívida? — metade, agora ele apelou.
— Metade? Você faria isso? Mesmo? — ele não deve estar passando bem.
— Metade, você decide. — ele sabia que era meu ponto fraco — Mas é bom ser rápida. — olhando na direção da sala.
— Você deve estar desesperado, para me fazer essa proposta.
— É, desesperado se encaixa na situação atual, então aceita ou não? — me pressionou.
— Eu não sei, é complicado e eu tenho um namorado sabia?
— Não que ele mereça alguma consideração minha, mas não vai precisar saber, você só vai precisar fingir aqui para minha mãe, minha vó e principalmente para Min Ha.
— E a Young Hee, o que eu digo para ela?
— Eu explico essa parte para ela. Agora aceita ou não?
— Está bem, eu aceito, mas eu quero isso no papel.
— Falo com o Chul Min amanhã. — me olhou apreensivo.
— Então... me acompanhe até a porta... namorado.
— Obrigado. — disse mais aliviado e antes que pudéssemos voltar a sala Min Ha apareceu.
— Algum problema?
— Não, nós estamos bem. — eu tentei ser o mais natural possível.
— Que bom, espero que o fato de nós dois termos crescido juntos e nossos pais esperarem nosso casamento não lhe traga nenhum desconforto . — ela sorriu me provocando.
— De jeito nenhum, acho até saudável um homem ter uma amiga de infância — me olhou sem entender nada — assim ela pode ser a madrinha e ajudar com o casamento, como você. — segurei no braço dele sorrindo ao máximo e ela tentou não desfazer seu sorriso e não conseguindo me dar resposta mudou de assunto.
— Oppa, é melhor irmos sua mãe está chamando, estamos cansadas da viagem e queremos repousar um pouco. — ela se virou e foi na frente.
Quando me toquei, soltei o braço dele e me desculpei, ele riu levemente, deve ter achado aquilo engraçado, fomos logo atrás dela. Tia Hye disse que eu faço escolhas inteligentes, não sei não, mas tenho a impressão de que vou me arrepender dessa.
Era sábado e nos dispensou mais cedo, Young Hee foi na frente pois ia se encontrar com seu marido, eu me troquei, estava de jeans, camiseta e All-star. Estava arrumando minha bolsa na cozinha quando ouvi a campainha e disse que atenderia fiquei de esquina e vi quando ele abriu a porta. Eram três mulheres, uma senhora mais idosa, uma senhora um pouco mais nova e uma moça muito bonita e todas com bagagem. Eu peguei minha bolsa e ainda procurando o celular dentro, fui caminhando até a sala e ouvi uma parte do assunto meio distraída sendo pega de surpresa.
— A senhora não avisou que viria. — realmente surpreso.
— Não posso mais fazer uma surpresa a meu filho? — disse a senhora mais nova. — é a sua namorada?
Assim que me aproximei e me viu, me puxou para perto e foi me apresentando.
— Chegou bem na hora, mãe, avó e Min Ha está é Lee — eu as olhei sem entender por que tanta formalidade se eu era só a empregada, mas deixa quieto — esta é minha mãe Kim Yang Mi — a mulher me analisou de cima a baixo e pareceu reprovar minhas roupas. — minha avó Kim In-sook — a senhora tinha expressão simpática e sorria, parece que gostou de mim — e Jung Min Ha amiga da família. — me analisou também com um sorriso falso e desdém, um “nojinho”.
— Prazer em conhece-las — sorri e as cumprimentei cordialmente.
— O prazer é meu de finalmente conhecer a namorada do meu filho — disse senhora Yang Mi.
— Hum? — namorada? Eu olhei para ele e nada dele negar.
— Estava curiosa para conhece-la também, do jeito que falava fiquei preocupada, mas te vendo agora não tenho por que motivo. — disse Min Ha com um sorriso sínico, o que ela quis dizer com isso?
— Que bom. — por que eu disse isso? — elas acham...
— Vocês podem nós dar um minuto? — ele me interrompeu me abraçando — Preciso te mostrar algo , com licença. — eu dei um sorriso forçado e ele praticamente me arrastou até a cozinha e começamos a cochichar.
— Por que mentiu e deixou elas acharem que eu era sua namorada?
— Eu não esperava elas aqui, minha mãe perguntou eu não sabia o que fazer então você apareceu.
— Então vai lá e diga a verdade, que se enganou, teve um delírio e que namora outra garota.
— Não posso.
— Por que?
— Não tenho namorada.
— O que? — quase gritei com a revelação.
— Fala baixo. — me repreendeu.
— Como assim não tem namorada? — fiquei indignada, e eu dando conselhos para ele.
— Não tenho e pronto. — simples assim.
— Por que ficou mentindo todo esse tempo para sua mãe então?
— Por que ela vivia me cobrando e com certeza por causa da Min Há também.
— Está com medo de uma garota, por favor é só dizer que não quer ela.
— não é tão simples assim e não quero decepcionar minha mãe depois de tudo que ela passou. Você precisa me ajudar. — falando da mãe, ele pega pesado.
— Nem pensar, não vou fingir que sou sua namorada. — ele é louco.
— Se lembra daquele dia no hospital, você disse que me devolveria a ajuda.
— Era uma boa causa e você quer gastar minha ajuda preciosa com isso? Estou fora.
— Espera. — ele pensou por um segundo — A dívida da Hye Soo.
— Nem vem, não tinha nada disso no contrato.
— Mas lá diz que você está à minha disposição até que o valor seja totalmente pago ou que haja suspensão da dívida por minha parte.
— É, mas também diz que qualquer coisa que eu fizer além dos meus deveres o obrigam a abater a dívida de acordo com a dificuldade do que me pedir. — não tinha percebido, mas havia acabado de dar a ideia para ele.
— Você tem toda razão. — ele fez uma cara de “te peguei” falando mansamente e com astucia fez o que eu não esperava — E se em troca dessa ajuda eu abater metade da dívida? — metade, agora ele apelou.
— Metade? Você faria isso? Mesmo? — ele não deve estar passando bem.
— Metade, você decide. — ele sabia que era meu ponto fraco — Mas é bom ser rápida. — olhando na direção da sala.
— Você deve estar desesperado, para me fazer essa proposta.
— É, desesperado se encaixa na situação atual, então aceita ou não? — me pressionou.
— Eu não sei, é complicado e eu tenho um namorado sabia?
— Não que ele mereça alguma consideração minha, mas não vai precisar saber, você só vai precisar fingir aqui para minha mãe, minha vó e principalmente para Min Ha.
— E a Young Hee, o que eu digo para ela?
— Eu explico essa parte para ela. Agora aceita ou não?
— Está bem, eu aceito, mas eu quero isso no papel.
— Falo com o Chul Min amanhã. — me olhou apreensivo.
— Então... me acompanhe até a porta... namorado.
— Obrigado. — disse mais aliviado e antes que pudéssemos voltar a sala Min Ha apareceu.
— Algum problema?
— Não, nós estamos bem. — eu tentei ser o mais natural possível.
— Que bom, espero que o fato de nós dois termos crescido juntos e nossos pais esperarem nosso casamento não lhe traga nenhum desconforto . — ela sorriu me provocando.
— De jeito nenhum, acho até saudável um homem ter uma amiga de infância — me olhou sem entender nada — assim ela pode ser a madrinha e ajudar com o casamento, como você. — segurei no braço dele sorrindo ao máximo e ela tentou não desfazer seu sorriso e não conseguindo me dar resposta mudou de assunto.
— Oppa, é melhor irmos sua mãe está chamando, estamos cansadas da viagem e queremos repousar um pouco. — ela se virou e foi na frente.
Quando me toquei, soltei o braço dele e me desculpei, ele riu levemente, deve ter achado aquilo engraçado, fomos logo atrás dela. Tia Hye disse que eu faço escolhas inteligentes, não sei não, mas tenho a impressão de que vou me arrepender dessa.
Capítulo 19
Nós voltamos para a sala e ele sentou ao meu lado de frente para as três, nem sabia por onde começar e então ele falou.
— Quanto tempo pretendem ficar?
— Mal chegamos e já quer que vamos embora? — senhora Yang Mi questiona.
— Me desculpe, não foi o que eu quis dizer. — ele me olhou como se esperasse que eu dissesse algo, então agora é no improviso.
— Ele não perguntou por mal, é que ele está sem empregada e Young Hee não dará conta de tantas pessoas sozinha. — essa foi boa.
— Oh é mesmo, havia me esquecido que Lee Hye Soo faleceu, me disse pelo telefone, realmente uma tragédia. — ao ouvi-la senti uma ponta de tristeza, não sei se percebeu, mas ele segurou minha mão na hora. — Mas ainda assim já deveriam ter arrumado alguém para cuidar da casa.
— Não quero colocar qualquer pessoa na minha casa.
— Não importa, de qualquer maneira teremos que arrumar os quartos se quisermos descansar, aquilo deve estar um lixo. — Min Ha reclamou.
— Ah, quanto a isso não se preocupe, eu os limpo todo dia. — ai, falei demais. Elas me olharam sem entender e meio desconfiadas. — Quero dizer, como oppa não confia em mais ninguém, eu venho de vez em quando e ajudo com a casa.
— Como assim vem, oppa achei que tinha dito que estavam morando juntos. — Min Ha de novo com aquele sorriso sonso.
— Confesso que também não entendi, afinal vocês estão ou não morando juntos? — Yang Mi pressionou.
— Oppa é melhor você explicar. — passei a bola para ele, não fazia ideia do que dizer.
— Nós, estamos sim. — olhei para ele com os olhos quase lacrimejando de nervoso, ele quer morrer — acontece que ela teve de resolver uns problemas familiares e vinha de tempos em tempos, mas agora tudo está no seu lugar e ela não vai mais a lugar algum. — apertei a mão dele mostrando que estava discordando, mas não podia fazer mais nada, depois com certeza iriamos acertar isto.
— Espero que não demorem com o casamento, não quero netos antes disso.
— Hum? — eu ouvi bem?
— Não se preocupe, vamos marcar a data para breve. — ele se desviou do assunto antes que eu tivesse um ataque — Mas a senhora ainda não disse até quando ficaram.
— Bem, nós não vamos demorar muito, apenas dois ou três — dias? — semanas. — eu engasguei com meu próprio ar no susto — Sua namorada está bem? — senhora Yang Mi me encarava como se eu fosse um brinquedo com defeito.
— Eu estou bem, só esqueci de respirar — sorri sem graça e acabei notando que a avó só nos olhava e sorria sem dizer nada. — A avó deve estar muito cansada, não disse uma palavra até agora. — todas me olharam como se eu tivesse dito algo errado.
— Isso é alguma brincadeira menina? — senhora Yang Mi disse me repreendendo.
— O que eu disse? — estou confusa agora.
— A minha avó não fala devido a um trauma depois da morte do avô.
— Me desculpe, eu não sabia. — devo ter ficado vermelha até a alma de tanta vergonha.
— Que relacionamento estranho, estão até morando juntos e você não contou a ela algo tão importante sobre sua família. — Min Há aproveitava da situação para debochar e rir da minha cara.
— Min Ha já chega. — senhora Yang Mi a repreendeu também.
— Me desculpe eomma, saiu sem querer. — disse toda inocente, que cobra.
— Para mim é suficiente. — ela se levantou e também.
— Eomeoni!
— por favor, foi uma longa viagem e tanto sua avó e eu quanto Min Ha estamos cansadas, precisando de um banho e um chá. Falando nisso onde está Young Hee que não veio nos receber?
— Eu a dispensei mais cedo, se eu soubesse que viriam.
— Não tem problema.
— Eu posso preparar o chá, por favor descansem e apenas deixem comigo, eu cuidarei disso e também do jantar. — eu tinha que me redimir, já que estava dando tudo errado nas contas do .
— Que seja, nós vamos subir. — ela ajudou a avó se levantar e foram para a escada.
— Eu te ajudo com as malas. — Min Há pegou no braço dele o puxando e então levaram a bagagem para cima aos quartos de hospedes.
Enquanto isso, eu fui para a cozinha contrariada com aquela situação preparar o chá e ver o que poderia fazer para o jantar, havia um livro de culinária com um monte de receitas, mas não cansei de repetir que falta me fazia Young Hee naquele momento, tanto para me acalmar quanto para cozinhar. Logo apareceu para buscar o tal chá, me perguntou do que era e eu disse que era camomila e gengibre. Para minha surpresa ele disse que era o que a mãe mais gostava, pelo menos nisso eu acertei. Lembrei da mãe do e em quanto ela gostou de mim, apenas me conhecendo naquele único dia de folga e eu nem precisei fazer força. Em que a senhora Yang Mi poderia ser tão diferente? Ai , por que fui aceitar isso? E o pior é que estou tentando impressionar a mãe e nem tenho um relacionamento de verdade com o filho, olha em que confusão eu me enfiei.
— Quanto tempo pretendem ficar?
— Mal chegamos e já quer que vamos embora? — senhora Yang Mi questiona.
— Me desculpe, não foi o que eu quis dizer. — ele me olhou como se esperasse que eu dissesse algo, então agora é no improviso.
— Ele não perguntou por mal, é que ele está sem empregada e Young Hee não dará conta de tantas pessoas sozinha. — essa foi boa.
— Oh é mesmo, havia me esquecido que Lee Hye Soo faleceu, me disse pelo telefone, realmente uma tragédia. — ao ouvi-la senti uma ponta de tristeza, não sei se percebeu, mas ele segurou minha mão na hora. — Mas ainda assim já deveriam ter arrumado alguém para cuidar da casa.
— Não quero colocar qualquer pessoa na minha casa.
— Não importa, de qualquer maneira teremos que arrumar os quartos se quisermos descansar, aquilo deve estar um lixo. — Min Ha reclamou.
— Ah, quanto a isso não se preocupe, eu os limpo todo dia. — ai, falei demais. Elas me olharam sem entender e meio desconfiadas. — Quero dizer, como oppa não confia em mais ninguém, eu venho de vez em quando e ajudo com a casa.
— Como assim vem, oppa achei que tinha dito que estavam morando juntos. — Min Ha de novo com aquele sorriso sonso.
— Confesso que também não entendi, afinal vocês estão ou não morando juntos? — Yang Mi pressionou.
— Oppa é melhor você explicar. — passei a bola para ele, não fazia ideia do que dizer.
— Nós, estamos sim. — olhei para ele com os olhos quase lacrimejando de nervoso, ele quer morrer — acontece que ela teve de resolver uns problemas familiares e vinha de tempos em tempos, mas agora tudo está no seu lugar e ela não vai mais a lugar algum. — apertei a mão dele mostrando que estava discordando, mas não podia fazer mais nada, depois com certeza iriamos acertar isto.
— Espero que não demorem com o casamento, não quero netos antes disso.
— Hum? — eu ouvi bem?
— Não se preocupe, vamos marcar a data para breve. — ele se desviou do assunto antes que eu tivesse um ataque — Mas a senhora ainda não disse até quando ficaram.
— Bem, nós não vamos demorar muito, apenas dois ou três — dias? — semanas. — eu engasguei com meu próprio ar no susto — Sua namorada está bem? — senhora Yang Mi me encarava como se eu fosse um brinquedo com defeito.
— Eu estou bem, só esqueci de respirar — sorri sem graça e acabei notando que a avó só nos olhava e sorria sem dizer nada. — A avó deve estar muito cansada, não disse uma palavra até agora. — todas me olharam como se eu tivesse dito algo errado.
— Isso é alguma brincadeira menina? — senhora Yang Mi disse me repreendendo.
— O que eu disse? — estou confusa agora.
— A minha avó não fala devido a um trauma depois da morte do avô.
— Me desculpe, eu não sabia. — devo ter ficado vermelha até a alma de tanta vergonha.
— Que relacionamento estranho, estão até morando juntos e você não contou a ela algo tão importante sobre sua família. — Min Há aproveitava da situação para debochar e rir da minha cara.
— Min Ha já chega. — senhora Yang Mi a repreendeu também.
— Me desculpe eomma, saiu sem querer. — disse toda inocente, que cobra.
— Para mim é suficiente. — ela se levantou e também.
— Eomeoni!
— por favor, foi uma longa viagem e tanto sua avó e eu quanto Min Ha estamos cansadas, precisando de um banho e um chá. Falando nisso onde está Young Hee que não veio nos receber?
— Eu a dispensei mais cedo, se eu soubesse que viriam.
— Não tem problema.
— Eu posso preparar o chá, por favor descansem e apenas deixem comigo, eu cuidarei disso e também do jantar. — eu tinha que me redimir, já que estava dando tudo errado nas contas do .
— Que seja, nós vamos subir. — ela ajudou a avó se levantar e foram para a escada.
— Eu te ajudo com as malas. — Min Há pegou no braço dele o puxando e então levaram a bagagem para cima aos quartos de hospedes.
Enquanto isso, eu fui para a cozinha contrariada com aquela situação preparar o chá e ver o que poderia fazer para o jantar, havia um livro de culinária com um monte de receitas, mas não cansei de repetir que falta me fazia Young Hee naquele momento, tanto para me acalmar quanto para cozinhar. Logo apareceu para buscar o tal chá, me perguntou do que era e eu disse que era camomila e gengibre. Para minha surpresa ele disse que era o que a mãe mais gostava, pelo menos nisso eu acertei. Lembrei da mãe do e em quanto ela gostou de mim, apenas me conhecendo naquele único dia de folga e eu nem precisei fazer força. Em que a senhora Yang Mi poderia ser tão diferente? Ai , por que fui aceitar isso? E o pior é que estou tentando impressionar a mãe e nem tenho um relacionamento de verdade com o filho, olha em que confusão eu me enfiei.
Capítulo 20
Depois de levar o chá, veio me ajudar na cozinha, estávamos meio sem o que dizer então soltei o verbo.
— Eu fiz papel de boba, você podia ter me contado. — mostrei que estava chateada.
— Como eu poderia saber que iria precisar te contar sobre algo assim.
— Ainda sim, você viu como a Min Ha ficou me provocando.
— Não se preocupe com ela, você se saiu bem. — ele estava muito tranquilo.
— Mas não o suficiente, ou você não percebeu que ela desconfia? De qualquer jeito, se tenho que fazer isso por você, vou fazer direito. E eu quero saber exatamente o que disse para sua mãe sobre mim, quero dizer sobre a namorada de mentira e que história é essa de que eu morro aqui com você, isso está fora de cogitação.
— Não se preocupe, falaremos disso depois. — tranquilo como uma criança brincando na neve, como é que pode?
Mais tarde durante o jantar, informava a mãe sobre o andamento da empresa e Min Ha ficava perguntado sobre os acontecimentos na cidade, eu não consegui prestar atenção em nada, a não ser na avó. Ela estava sentada de frente para mim e as vezes me olhava, fazia sinal para que eu a passasse algo da mesa e sorria com um semblante tão pacifico que me fazia sorrir também. O jantar ocorreu bem, a senhora Yang Mi agradeceu a comida e de certa forma elogiou (entre linhas claro), fomos para a sala e depois do café decidiu ir para o quarto.
— Eu peço que me perdoem, estou cansado e costumo dormir cedo então já vou me retirar. — eu fiquei quieta ouvindo.
— Nós também já vamos nos deitar. — senhora Yang Mi olhou para mim e depois para como se esperasse alguma atitude.
— , você não vem? — ele me perguntou com o rosto sério?
— Sim, vou, eu também estou bem cansada. — o que eu faço?
— Então vamos para o quarto. — ele me estendeu a mão e sua expressão mudou para sedução com direito a um sorriso no canto dos lábios, eu engoli seco e comecei a suar, como a senhora ainda estava olhando eu peguei na mão dele, demos boa noite, cada uma foi para seu quarto e eu fui com ele para o dele, morrendo de medo e para piorar ele trancou a porta.
— Para que está trancando a porta?
— Só estou evitando que nos ouçam ou entrem de repente, Min Há costuma fazer isso. Pode ficar tranquila, não te farei nada.
— Eu estou. — nem um pouco. Eu sentei na poltrona e ele na cama.
— Sempre que conversava com minha mãe, tentava ser o mais convincente possível, dizia o quanto estava apaixonado e que você, minha “namorada” era boa para mim e me fazia bem. Ela disse que havia conversado com você no telefone enquanto eu viajava, foi ai que eu disse que morávamos juntos.
— Mas ela não sabia que era eu.
— Minha mãe é do tipo que tira as próprias conclusões e é bem difícil convencer do contrário.
— Está bem, mas não tem como eu ficar, não tem espaço aqui pra nós dois. — desculpa esfarrapada.
— Minha cama é bem grande. — eu o olhei séria e discordante — Brincadeira, mas não se esqueça que temos um acordo, então é melhor se adaptar. — ele se levantou e começou a desabotoar a camisa.
— O que está fazendo?
— Vou tomar um banho antes de deitar, pode ir também se quiser. — oi? — Prometo que não demoro, vá depois. — sem mais ele foi e eu respirei fundo, só pode ser brincadeira mesmo. Fiquei andando de um lado para o outro até que ele finalmente terminou e saiu de pijama secando os cabelos — Já sabe onde estão as toalhas, pegue algo que lhe sirva no closet. — se sentou na cadeira e começou a escrever em uma agenda.
Como não tinha muita opção segui seu conselho peguei uma camiseta, uma calça de moletom e uma toalha do closet, me tranquei no banheiro e pensei: ele acabou de tomar banho aqui! Tentei não imaginar, seria suicídio. Como ele é mais alto que eu as roupas ficaram sobrando, quando sai ele estava esticando uma manta sobre uma colcha no chão aos pés da cama, olhou para mim naquelas roupas enormes e disse:
— Amanhã sairemos para comprar roupas novas, não pode ficar vestindo isso e menos ainda isto. — apontou para minhas roupas que eu carregava comigo.
— O que tem minhas roupas, são boas.
— Não para minha mãe, ela trabalha com moda e se não reparou ela não gostou do que viu, se fosse trabalhar para ela morreria de fome.
— Acontece que eu não trabalho para ela.
— Mas está namorando o filho dela.
— Namoro de mentira.
— Que seja, ainda sim precisa se vestir melhor se quiser agrada-la. Não se esqueça que foi você mesma quem disse que faria isso direito. — colocou um dos abajures próximo a ele.
— Ok, já entendi.
— Que bom. — ele se sentou sobre a colcha no chão.
— Vai dormir ai? — pergunta óbvia.
— Pensei em te deixar a cama, quer trocar? — toma!
— Não! Eu acho mesmo que mereço dormir confortavelmente hoje. Boa noite. — eu disse como se tivesse com a razão e ele me olhou fingindo concordar e abriu um livro recostado na cama.
Eu deitei na cama e apaguei o abajur que estava do meu lado, fiquei olhando para o teto e para a cabeça dele de costas. Estávamos os dois desconfortáveis, eu me remexi tanto na cama que acabei o incomodando.
— Está sem sono?
— Um pouco, não estou acostumada, acho que meu corpo está rejeitando a cama.
— É a primeira vez, com o tempo você vai acabar gostando.
— Tomara que não. — desci e me sentei ao lado dele no chão.
— Por que? — se assustou.
— Eu não tenho dinheiro para comprar uma cama assim, então é melhor eu não pegar gosto. — ele me olhou sem entender, eu estiquei o pescoço sobre o livro e ele se encolheu — o que está lendo?
— A Storm of Swords.
— É em Inglês não é?
— Sim. — continuou lendo.
— Eu ainda não sei falar, ia fazer o curso, mas meu pai morreu e eu vim para cá, precisava mais do coreano que do inglês, não tive escolha. — acabei tirando a concentração dele — Você poderia me contar, não?
— Quer que eu te conte o livro todo? Tem quase mil páginas e ainda vou ter que traduzir para você.
— Pensando bem é muita coisa. Tudo bem se não quiser. — Fiz uma cara triste e ele não conseguiu negar.
— Tudo bem, mas eu vou resumir.
— Pra mim está ótimo. — eu cheguei mais perto e ele começou a ler me contando o que estava entendendo.
Não demoro muito eu acabei dormindo no ombro dele, parecia até que ele já sabia que aquilo ia acontecer e por isso resolveu me contar, afinal eram quase mil páginas.
— Eu fiz papel de boba, você podia ter me contado. — mostrei que estava chateada.
— Como eu poderia saber que iria precisar te contar sobre algo assim.
— Ainda sim, você viu como a Min Ha ficou me provocando.
— Não se preocupe com ela, você se saiu bem. — ele estava muito tranquilo.
— Mas não o suficiente, ou você não percebeu que ela desconfia? De qualquer jeito, se tenho que fazer isso por você, vou fazer direito. E eu quero saber exatamente o que disse para sua mãe sobre mim, quero dizer sobre a namorada de mentira e que história é essa de que eu morro aqui com você, isso está fora de cogitação.
— Não se preocupe, falaremos disso depois. — tranquilo como uma criança brincando na neve, como é que pode?
Mais tarde durante o jantar, informava a mãe sobre o andamento da empresa e Min Ha ficava perguntado sobre os acontecimentos na cidade, eu não consegui prestar atenção em nada, a não ser na avó. Ela estava sentada de frente para mim e as vezes me olhava, fazia sinal para que eu a passasse algo da mesa e sorria com um semblante tão pacifico que me fazia sorrir também. O jantar ocorreu bem, a senhora Yang Mi agradeceu a comida e de certa forma elogiou (entre linhas claro), fomos para a sala e depois do café decidiu ir para o quarto.
— Eu peço que me perdoem, estou cansado e costumo dormir cedo então já vou me retirar. — eu fiquei quieta ouvindo.
— Nós também já vamos nos deitar. — senhora Yang Mi olhou para mim e depois para como se esperasse alguma atitude.
— , você não vem? — ele me perguntou com o rosto sério?
— Sim, vou, eu também estou bem cansada. — o que eu faço?
— Então vamos para o quarto. — ele me estendeu a mão e sua expressão mudou para sedução com direito a um sorriso no canto dos lábios, eu engoli seco e comecei a suar, como a senhora ainda estava olhando eu peguei na mão dele, demos boa noite, cada uma foi para seu quarto e eu fui com ele para o dele, morrendo de medo e para piorar ele trancou a porta.
— Para que está trancando a porta?
— Só estou evitando que nos ouçam ou entrem de repente, Min Há costuma fazer isso. Pode ficar tranquila, não te farei nada.
— Eu estou. — nem um pouco. Eu sentei na poltrona e ele na cama.
— Sempre que conversava com minha mãe, tentava ser o mais convincente possível, dizia o quanto estava apaixonado e que você, minha “namorada” era boa para mim e me fazia bem. Ela disse que havia conversado com você no telefone enquanto eu viajava, foi ai que eu disse que morávamos juntos.
— Mas ela não sabia que era eu.
— Minha mãe é do tipo que tira as próprias conclusões e é bem difícil convencer do contrário.
— Está bem, mas não tem como eu ficar, não tem espaço aqui pra nós dois. — desculpa esfarrapada.
— Minha cama é bem grande. — eu o olhei séria e discordante — Brincadeira, mas não se esqueça que temos um acordo, então é melhor se adaptar. — ele se levantou e começou a desabotoar a camisa.
— O que está fazendo?
— Vou tomar um banho antes de deitar, pode ir também se quiser. — oi? — Prometo que não demoro, vá depois. — sem mais ele foi e eu respirei fundo, só pode ser brincadeira mesmo. Fiquei andando de um lado para o outro até que ele finalmente terminou e saiu de pijama secando os cabelos — Já sabe onde estão as toalhas, pegue algo que lhe sirva no closet. — se sentou na cadeira e começou a escrever em uma agenda.
Como não tinha muita opção segui seu conselho peguei uma camiseta, uma calça de moletom e uma toalha do closet, me tranquei no banheiro e pensei: ele acabou de tomar banho aqui! Tentei não imaginar, seria suicídio. Como ele é mais alto que eu as roupas ficaram sobrando, quando sai ele estava esticando uma manta sobre uma colcha no chão aos pés da cama, olhou para mim naquelas roupas enormes e disse:
— Amanhã sairemos para comprar roupas novas, não pode ficar vestindo isso e menos ainda isto. — apontou para minhas roupas que eu carregava comigo.
— O que tem minhas roupas, são boas.
— Não para minha mãe, ela trabalha com moda e se não reparou ela não gostou do que viu, se fosse trabalhar para ela morreria de fome.
— Acontece que eu não trabalho para ela.
— Mas está namorando o filho dela.
— Namoro de mentira.
— Que seja, ainda sim precisa se vestir melhor se quiser agrada-la. Não se esqueça que foi você mesma quem disse que faria isso direito. — colocou um dos abajures próximo a ele.
— Ok, já entendi.
— Que bom. — ele se sentou sobre a colcha no chão.
— Vai dormir ai? — pergunta óbvia.
— Pensei em te deixar a cama, quer trocar? — toma!
— Não! Eu acho mesmo que mereço dormir confortavelmente hoje. Boa noite. — eu disse como se tivesse com a razão e ele me olhou fingindo concordar e abriu um livro recostado na cama.
Eu deitei na cama e apaguei o abajur que estava do meu lado, fiquei olhando para o teto e para a cabeça dele de costas. Estávamos os dois desconfortáveis, eu me remexi tanto na cama que acabei o incomodando.
— Está sem sono?
— Um pouco, não estou acostumada, acho que meu corpo está rejeitando a cama.
— É a primeira vez, com o tempo você vai acabar gostando.
— Tomara que não. — desci e me sentei ao lado dele no chão.
— Por que? — se assustou.
— Eu não tenho dinheiro para comprar uma cama assim, então é melhor eu não pegar gosto. — ele me olhou sem entender, eu estiquei o pescoço sobre o livro e ele se encolheu — o que está lendo?
— A Storm of Swords.
— É em Inglês não é?
— Sim. — continuou lendo.
— Eu ainda não sei falar, ia fazer o curso, mas meu pai morreu e eu vim para cá, precisava mais do coreano que do inglês, não tive escolha. — acabei tirando a concentração dele — Você poderia me contar, não?
— Quer que eu te conte o livro todo? Tem quase mil páginas e ainda vou ter que traduzir para você.
— Pensando bem é muita coisa. Tudo bem se não quiser. — Fiz uma cara triste e ele não conseguiu negar.
— Tudo bem, mas eu vou resumir.
— Pra mim está ótimo. — eu cheguei mais perto e ele começou a ler me contando o que estava entendendo.
Não demoro muito eu acabei dormindo no ombro dele, parecia até que ele já sabia que aquilo ia acontecer e por isso resolveu me contar, afinal eram quase mil páginas.
Capítulo 21
No outro dia, quando acordei eu estava na cama, ele não estava no quarto, me perguntei em que momento ele me colocou lá, eu devia estar desmaiada pois não senti nada. Me levantei, arrumei a cama e deixei o quarto em ordem como de costume, depois me troquei e desci, eles já estavam a mesa tomando café. na cabeceira, senhora Yang Mi de um lado com a avó e Min Ha do outro quase babando e pegando na mão dele.
— Bom dia! — eu os cumprimentei e responderam cordialmente, me olhou dando um breve sorriso. Tive que me sentar do lado de Min Ha, novamente recebendo o olhar desaprovador da mãe dele e o sorriso aconchegante da avó.
— Querida você só tem essa roupa o que aconteceu com as outras? — Min Há não perdeu tempo em me provocar e eu estava indefesa sem resposta.
— A lavanderia perdeu. — como ele é rápido pra inventar história — Mandaram para outro lugar e não conseguiram recuperar.
— Todas as roupas? — a mãe perguntou preocupada me olhando.
— Infelizmente sim. — eu afirmei.
— As roupas sujaram durante a mudança dela para cá, eu também perdi algumas, mas não se preocupe nos ressarciram e vamos comprar outras hoje antes do trabalho. — estou impressionada com o dom de convencimento que ele tem.
— É melhor mesmo. — só faltou a mãe dizer que não aguentava mais me ver com minhas roupas.
De repente Young Hee entra com uma bandeja de croissants levando para a senhora e me viu.
— , o que está fazendo ai? — agora ferrou.
— Eu? — olhei para que não demonstrou reação.
— Esse não é o seu lugar. — ela saiu de onde estava e veio para perto ficando do meu lado então abaixei a cabeça, ela ia nos entregar — E sim este. Min Há, se levante.
— Young Hee eu já comecei meu café. — disse com aquela voz melosa e mimada.
— Min Ha! — disse séria com braveza e então ela obedeceu contrariada e de cara amarada — Agora você. — disse para mim então eu troquei de cadeira ficando ao lado dele e assim que a outra se sentou ela trocou as xícaras, me serviu e disse mais brandamente como se nada tivesse acontecido — A senhorita deseja algo mais?
— Não, obrigada.
— Então estarei na cozinha, com licença. — ela se retirou.
Yang Mi só observou a tudo sem nem ao menos se indignar com nada. pegou na minha mão e ao olhar para ele vi que estava segurando o riso e tive que me esforçar para não cair na risada, a avó também, então me virei para Min Há e apenas sorri debochadamente da mesma forma que ela, olha o troco. Inesperadamente, a senhora nos tirou do foco.
— Eu e sua avó vamos visitar o tumulo de seu pai e seu avó agora pela manhã, Min Há também irá no de sua mãe e depois irá ver o pai, nós podemos almoçar juntos? — a seriedade dela nos contagiou e perdemos a graça.
— Sim, claro.
— Muito bem, sairemos após o café e nos encontramos mais tarde na empresa. Almoça conosco ?
— Ah, não, eu quero que tenham um momento só para vocês em família para matar a saudade.
— Em breve você também será da família, é bom que se acostume a acompanhar .
— Sim, a senhora está certa, é que eu também tenho um compromisso e realmente não poderei ir, mas me agradaria muito estar presente em outras oportunidades.
— Como quiser.
Ficamos mudos até o termino do café e assim que elas saíram aproveitei que foi pegar a carteira e fui até a cozinha falar com Young Hee.
— Você me deu um susto sabia? — ela ria da minha cara — Eu quase enfartei quando você disse que não era o meu lugar com aquela cara brava.
— Precisava ver a sua cara, você ficou pálida. — riu mais.
— É, muito engraçado. Então, ele te contou tudo?
— Contou e me fez prometer que ajudaria.
— Ele é louco, eu ainda não acho que isso vai dar certo.
— Pelo o que eu vi e conheço da senhora Yang Mi, ela não aposta muito em você, mas se até agora não soltou os cachorros em você é por que está te aceitando, então é possível que dê certo.
— Acho que te pedi para esperar na porta? — ele apareceu do nada.
— que susto, achei que fosse sua mãe. — coloquei até a mão no coração e Young Hee riu ainda mais.
— Vamos logo não tenho muito tempo, até breve Young Hee. — ele saiu e ela continuou rindo.
— Ai para de rir, tchau. — corri atrás dele.
tinha bom gosto, sempre o via bem alinhado e combinando tudo independentemente de cor. Ele me levou a várias lojas, a maioria era de grife e as roupas e sapatos eram caros, mas ele ia pegando as peças e nem olhava o preço. Tudo o que eu pegava ele fazia cara feia e me mandava devolver, acabei experimentando só o que ele escolheu, não nego era uma coisa mais linda que a outra. Ele só me perguntou se eu gostei, e como seria um pecado dizer que não, disse sim então ele comprou tudo.
A coisa se complicou na loja de peça intima, ele estava cercado de mulheres e ficou vermelho fazendo uma cara muito engraçada, por fim não aguentou e disse para eu escolher o que eu quisesse e chama-lo quando terminasse que estaria me esperando do lado de fora. Quando terminei, o chamei, ele pagou e fomos embora cheios de sacolas. Passando por uma joalheria, eu fiquei encantada ao ver um cordão de prata com um pingente de cristal rosa em forma de coração que a vendedora acabava de colocar na vitrine. Ele estava a uns passos na frente e voltou me perguntando.
— O que foi agora?
— Nada, eu só estou admirando e pensando?
— No que? — olhou também para a vitrine.
— Se algum dia me daria algo tão bonito assim. — eu ri — Estou sonhando alto não é, melhor irmos você ainda tem trabalho. — passei a frente e ele me seguiu. me colocou num taxi pois ficaria mais atrasado se me levasse e então foi para o trabalho.
Assim que cheguei na casa, Young Hee veio me ajudar, mas a dúvida era onde iria colocar tudo aquilo no closet cheio dele. Apertamos um pouco e acabou cabendo tudo, como eu não conseguiria ficar ali sem fazer nada aproveitei a ausência deles e fui limpar tudo o mais rápido que pude antes que alguém aparecesse e ajudar Young Hee na cozinha com o jantar. Para minha sorte só chegaram à noite todos juntos e para surpresa delas eu estava linda e radiante de salto alto, maquiagem e vestida com um dos vestidos novos.
Senhora Yang Mi me olhou com satisfação, parecia mais agradável, Min Ha não gostou muito, um caminhão de recalque pela cara dela, a avó meu deu um sinal positivo sorrindo e cutucou que fechou a boca e não tirava os olhos de mim. O jantar foi servido pouco tempo depois, tentei ser natural e ficar confortável sempre puxando assunto com a senhora e até a chamei de mãe, ela engasgou, mas não contrariou. Consegui até rebater as ironias da Min Ha, mas uma coisa ainda me incomodada e me deixava um pouco tensa, os olhares de e sua cara de bobo quando eu o encarava.
— Bom dia! — eu os cumprimentei e responderam cordialmente, me olhou dando um breve sorriso. Tive que me sentar do lado de Min Ha, novamente recebendo o olhar desaprovador da mãe dele e o sorriso aconchegante da avó.
— Querida você só tem essa roupa o que aconteceu com as outras? — Min Há não perdeu tempo em me provocar e eu estava indefesa sem resposta.
— A lavanderia perdeu. — como ele é rápido pra inventar história — Mandaram para outro lugar e não conseguiram recuperar.
— Todas as roupas? — a mãe perguntou preocupada me olhando.
— Infelizmente sim. — eu afirmei.
— As roupas sujaram durante a mudança dela para cá, eu também perdi algumas, mas não se preocupe nos ressarciram e vamos comprar outras hoje antes do trabalho. — estou impressionada com o dom de convencimento que ele tem.
— É melhor mesmo. — só faltou a mãe dizer que não aguentava mais me ver com minhas roupas.
De repente Young Hee entra com uma bandeja de croissants levando para a senhora e me viu.
— , o que está fazendo ai? — agora ferrou.
— Eu? — olhei para que não demonstrou reação.
— Esse não é o seu lugar. — ela saiu de onde estava e veio para perto ficando do meu lado então abaixei a cabeça, ela ia nos entregar — E sim este. Min Há, se levante.
— Young Hee eu já comecei meu café. — disse com aquela voz melosa e mimada.
— Min Ha! — disse séria com braveza e então ela obedeceu contrariada e de cara amarada — Agora você. — disse para mim então eu troquei de cadeira ficando ao lado dele e assim que a outra se sentou ela trocou as xícaras, me serviu e disse mais brandamente como se nada tivesse acontecido — A senhorita deseja algo mais?
— Não, obrigada.
— Então estarei na cozinha, com licença. — ela se retirou.
Yang Mi só observou a tudo sem nem ao menos se indignar com nada. pegou na minha mão e ao olhar para ele vi que estava segurando o riso e tive que me esforçar para não cair na risada, a avó também, então me virei para Min Há e apenas sorri debochadamente da mesma forma que ela, olha o troco. Inesperadamente, a senhora nos tirou do foco.
— Eu e sua avó vamos visitar o tumulo de seu pai e seu avó agora pela manhã, Min Há também irá no de sua mãe e depois irá ver o pai, nós podemos almoçar juntos? — a seriedade dela nos contagiou e perdemos a graça.
— Sim, claro.
— Muito bem, sairemos após o café e nos encontramos mais tarde na empresa. Almoça conosco ?
— Ah, não, eu quero que tenham um momento só para vocês em família para matar a saudade.
— Em breve você também será da família, é bom que se acostume a acompanhar .
— Sim, a senhora está certa, é que eu também tenho um compromisso e realmente não poderei ir, mas me agradaria muito estar presente em outras oportunidades.
— Como quiser.
Ficamos mudos até o termino do café e assim que elas saíram aproveitei que foi pegar a carteira e fui até a cozinha falar com Young Hee.
— Você me deu um susto sabia? — ela ria da minha cara — Eu quase enfartei quando você disse que não era o meu lugar com aquela cara brava.
— Precisava ver a sua cara, você ficou pálida. — riu mais.
— É, muito engraçado. Então, ele te contou tudo?
— Contou e me fez prometer que ajudaria.
— Ele é louco, eu ainda não acho que isso vai dar certo.
— Pelo o que eu vi e conheço da senhora Yang Mi, ela não aposta muito em você, mas se até agora não soltou os cachorros em você é por que está te aceitando, então é possível que dê certo.
— Acho que te pedi para esperar na porta? — ele apareceu do nada.
— que susto, achei que fosse sua mãe. — coloquei até a mão no coração e Young Hee riu ainda mais.
— Vamos logo não tenho muito tempo, até breve Young Hee. — ele saiu e ela continuou rindo.
— Ai para de rir, tchau. — corri atrás dele.
tinha bom gosto, sempre o via bem alinhado e combinando tudo independentemente de cor. Ele me levou a várias lojas, a maioria era de grife e as roupas e sapatos eram caros, mas ele ia pegando as peças e nem olhava o preço. Tudo o que eu pegava ele fazia cara feia e me mandava devolver, acabei experimentando só o que ele escolheu, não nego era uma coisa mais linda que a outra. Ele só me perguntou se eu gostei, e como seria um pecado dizer que não, disse sim então ele comprou tudo.
A coisa se complicou na loja de peça intima, ele estava cercado de mulheres e ficou vermelho fazendo uma cara muito engraçada, por fim não aguentou e disse para eu escolher o que eu quisesse e chama-lo quando terminasse que estaria me esperando do lado de fora. Quando terminei, o chamei, ele pagou e fomos embora cheios de sacolas. Passando por uma joalheria, eu fiquei encantada ao ver um cordão de prata com um pingente de cristal rosa em forma de coração que a vendedora acabava de colocar na vitrine. Ele estava a uns passos na frente e voltou me perguntando.
— O que foi agora?
— Nada, eu só estou admirando e pensando?
— No que? — olhou também para a vitrine.
— Se algum dia me daria algo tão bonito assim. — eu ri — Estou sonhando alto não é, melhor irmos você ainda tem trabalho. — passei a frente e ele me seguiu. me colocou num taxi pois ficaria mais atrasado se me levasse e então foi para o trabalho.
Assim que cheguei na casa, Young Hee veio me ajudar, mas a dúvida era onde iria colocar tudo aquilo no closet cheio dele. Apertamos um pouco e acabou cabendo tudo, como eu não conseguiria ficar ali sem fazer nada aproveitei a ausência deles e fui limpar tudo o mais rápido que pude antes que alguém aparecesse e ajudar Young Hee na cozinha com o jantar. Para minha sorte só chegaram à noite todos juntos e para surpresa delas eu estava linda e radiante de salto alto, maquiagem e vestida com um dos vestidos novos.
Senhora Yang Mi me olhou com satisfação, parecia mais agradável, Min Ha não gostou muito, um caminhão de recalque pela cara dela, a avó meu deu um sinal positivo sorrindo e cutucou que fechou a boca e não tirava os olhos de mim. O jantar foi servido pouco tempo depois, tentei ser natural e ficar confortável sempre puxando assunto com a senhora e até a chamei de mãe, ela engasgou, mas não contrariou. Consegui até rebater as ironias da Min Ha, mas uma coisa ainda me incomodada e me deixava um pouco tensa, os olhares de e sua cara de bobo quando eu o encarava.
Capítulo 22
Aos poucos, e eu íamos explicando as coisas para a mãe e para a avó, sempre combinávamos a noite o que iriamos dizer para não ficarmos em má situação. Para todos os efeitos nos conhecemos através do Chul Mim que já sabia de tudo. Ele era meu primo de terceiro grau e que como perdi meus pais cedo fui criada pela família dele. Nosso primeiro encontro foi na Galeria de Arte Lotte coincidentemente no mesmo dia em que vim trabalhar para ele, disse que seria mais fácil lembrar a data. Nosso primeiro beijo foi no parque, debaixo de uma cerejeira próximo a torre Namsan um meses depois, ele é realmente muito detalhista e com isso podemos nos conhecer melhor. Apesar de ser tudo fingimento eu me desliguei um pouco do que era real e no meio de um almoço me ligou, tentei disfarçar principalmente sobre os olhares indiscretos de Min Ha e pedi para me retirar e atende-lo com a desculpa de que era do dentista, então sai para o jardim dos fundos.
— Oi , que saudade. — eu sou muito cara de pau.
— O que está acontecendo? Você some, não responde as mensagens, quando e se atende o telefone mal pode falar, eu fui até sua casa e uma vizinha disse que você não aparece a dias. — ele realmente estava bravo.
— Me desculpe, é que a família do meu patrão está aqui e eu estou tendo muito trabalho tanto que acabo dormindo aqui, mas não se preocupe e por pouco tempo.
— Esse canalha está explorando você?
— Não, não é nada disso ele vai até me pagar para mais, está tudo bem, agora eu preciso ir estão me chamando — fingi responder alguém — Só um minuto, já estou indo.
— Eu quero ver você, quando estará livre?
— Eu não sei, mas assim que tiver um tempo eu te aviso, prometo, olha eu realmente preciso ir.
— Tudo bem, não quero te atrapalhar. — disse com a voz mais calma e controlado, parece que entendeu a situação.
— Te adoro, nos falamos depois. — eu desliguei cheia de culpa por mentir assim para ele, ai que vontade de chorar, mas engoli a vontade, respirei fundo e voltei para a mesa e para completar, lá vem piadinha de Min Ha.
— É melhor tomar cuidado oppa, da última vez que vi esse tipo de ligação um casamento terminou em traição. — eu estava com raiva no limite da paciência e para não quebrar aquela cara de sonsa dela preferi sair.
— Me desculpem, não estou me sentindo bem e por isso vou sair primeiro. — eomma assentiu concordando e eu me levantei indo para a porta.
— Viu é assim que começa. — a cachorra completou, eu respirei fundo e continuei, ouvi pedindo licença e então corri para o quarto. Ele chegou logo depois e me vendo sentada no chão se aproximou se abaixando.
— Está sentindo alguma coisa? — colocou a mão na minha testa calmamente.
— Não e sim, quero dizer não é nada físico. Era o .
— Eu imaginei.
— Eu tive que mentir para ele de novo e estou me sentindo péssima, ele sempre foi tão correto comigo, não merece isso.
— Tire um tempo e vá vê-lo.
— Não sei como se o tempo todo estou aqui bajulando a sua mãe que nunca está satisfeita, sendo motivo de diversão para sua vó se é que ao menos consigo diverti-la e como se isso não bastasse tenho que aguentar as provocações da “querida” Min Há.
— Me desculpe por te obrigar a passar por tanto desconforto. — senti que ele ficou chateado e triste com minhas palavras
— Não, eu que te peço desculpa, não devo falar assim da sua família. Para ser sincera, a eomma é um pouco difícil, mas se preocupa e ama você, avó é uma graça, mesmo sem falar me deixa super bem e a Min Há mesmo não sendo da família e me perturbando, faz parte da sua vida e gosta de você. Então, tenta me entender, eu só tenho o e esta situação está acabando comigo.
— Eu entendo, vá vê-lo amanhã, eu as levo para algum lugar e você pode ficar tranquila.
— Está falando sério, vai fazer isso por mim?
— Estou, se é o que quer, é o mínimo que posso fazer.
— , muito obrigada, não sei o que posso fazer para agradecer.
— Apenas aproveite bem. — disse se levantando rapidamente e saiu, senti que ele realmente estava estranho, parecia angustiado, fiquei dividida entre me preocupar com o que estava acontecendo com dele e estar contente em poder ter um tempo com , de qualquer forma eu tinha que aproveitar aquela folga.
Um tempo depois me avisou que horas eu poderia sair sem que elas soubessem, mandei uma mensagem para no mesmo instante para marcar o encontro. No outro dia assim que eles saíram me arrumei e sai para encontra-lo e assim que o vi fiquei mais tranquila, mas a recepção dele não foi a que eu estava esperando.
— Me desculpe o atraso, eu vim o mais rápido que pude, estava com saudades — fui abraça-lo e o senti frio, distante.
— Você está diferente. — me olhou sério e desconfortável, mal me tocou.
— São as roupas novas, você gostou ? — disse toda animada em vê-lo.
— Não sei, depende do contexto, eu posso saber o porquê ou para quem é o motivo da mudança, por que com certeza não é para mim.
— Assim você me ofende, eu simplesmente quis mudar um pouco, o que pode haver de mal nisso? Achei que fosse te agradar e que ficaria feliz em me ver. — murchei total.
— Me desculpe, eu estou feliz em te ver é que tem umas coisas me chateando, é só.
— Sou eu? — nem ouse dizer que sim.
— Não, não é nada com você , é o trabalho. — não convenceu.
— Então me conta, você sempre gostou de conversar comigo.
— Sim, mas de uns tempos para cá, você não tem andado muito disponível.
— Mas eu estou aqui agora, vamos aproveitar esse tempo só para nós dois. — segurei a mão dele e nos sentamos, ele me contou que o senhor Han estava abrindo mais duas lojas em pontos muito bons e estava o pressionando querendo que ele administrasse junto com a filha dele, ganharia melhor, mas teria que viver no trabalho viajando para cuidar das lojas.
Eu tentei aconselha-lo, mas não parecia muito interessado no que eu estava falando, realmente estava estranho parecia outra pessoa, será que ele pensou o mesmo de mim, que eu mudei tanto a ponto de não ser mais a mesma vendedora por quem ele se apaixonou. Nós éramos como dois estranhos, um falava e o outro respondia, sem compatibilidade. Eu preferi não aborrece-lo ainda mais e não reclamei, pensei que era algo passageiro e logo estaríamos bem de novo. Ao fim do encontro nos abraçamos, ele me beijou na testa e cada um seguiu seu caminho, eu estava tão esperançosa e sai frustrada ao máximo. Ainda não havia ninguém em casa quando eu cheguei fui para o quarto e acabei pegando no sono.
— Oi , que saudade. — eu sou muito cara de pau.
— O que está acontecendo? Você some, não responde as mensagens, quando e se atende o telefone mal pode falar, eu fui até sua casa e uma vizinha disse que você não aparece a dias. — ele realmente estava bravo.
— Me desculpe, é que a família do meu patrão está aqui e eu estou tendo muito trabalho tanto que acabo dormindo aqui, mas não se preocupe e por pouco tempo.
— Esse canalha está explorando você?
— Não, não é nada disso ele vai até me pagar para mais, está tudo bem, agora eu preciso ir estão me chamando — fingi responder alguém — Só um minuto, já estou indo.
— Eu quero ver você, quando estará livre?
— Eu não sei, mas assim que tiver um tempo eu te aviso, prometo, olha eu realmente preciso ir.
— Tudo bem, não quero te atrapalhar. — disse com a voz mais calma e controlado, parece que entendeu a situação.
— Te adoro, nos falamos depois. — eu desliguei cheia de culpa por mentir assim para ele, ai que vontade de chorar, mas engoli a vontade, respirei fundo e voltei para a mesa e para completar, lá vem piadinha de Min Ha.
— É melhor tomar cuidado oppa, da última vez que vi esse tipo de ligação um casamento terminou em traição. — eu estava com raiva no limite da paciência e para não quebrar aquela cara de sonsa dela preferi sair.
— Me desculpem, não estou me sentindo bem e por isso vou sair primeiro. — eomma assentiu concordando e eu me levantei indo para a porta.
— Viu é assim que começa. — a cachorra completou, eu respirei fundo e continuei, ouvi pedindo licença e então corri para o quarto. Ele chegou logo depois e me vendo sentada no chão se aproximou se abaixando.
— Está sentindo alguma coisa? — colocou a mão na minha testa calmamente.
— Não e sim, quero dizer não é nada físico. Era o .
— Eu imaginei.
— Eu tive que mentir para ele de novo e estou me sentindo péssima, ele sempre foi tão correto comigo, não merece isso.
— Tire um tempo e vá vê-lo.
— Não sei como se o tempo todo estou aqui bajulando a sua mãe que nunca está satisfeita, sendo motivo de diversão para sua vó se é que ao menos consigo diverti-la e como se isso não bastasse tenho que aguentar as provocações da “querida” Min Há.
— Me desculpe por te obrigar a passar por tanto desconforto. — senti que ele ficou chateado e triste com minhas palavras
— Não, eu que te peço desculpa, não devo falar assim da sua família. Para ser sincera, a eomma é um pouco difícil, mas se preocupa e ama você, avó é uma graça, mesmo sem falar me deixa super bem e a Min Há mesmo não sendo da família e me perturbando, faz parte da sua vida e gosta de você. Então, tenta me entender, eu só tenho o e esta situação está acabando comigo.
— Eu entendo, vá vê-lo amanhã, eu as levo para algum lugar e você pode ficar tranquila.
— Está falando sério, vai fazer isso por mim?
— Estou, se é o que quer, é o mínimo que posso fazer.
— , muito obrigada, não sei o que posso fazer para agradecer.
— Apenas aproveite bem. — disse se levantando rapidamente e saiu, senti que ele realmente estava estranho, parecia angustiado, fiquei dividida entre me preocupar com o que estava acontecendo com dele e estar contente em poder ter um tempo com , de qualquer forma eu tinha que aproveitar aquela folga.
Um tempo depois me avisou que horas eu poderia sair sem que elas soubessem, mandei uma mensagem para no mesmo instante para marcar o encontro. No outro dia assim que eles saíram me arrumei e sai para encontra-lo e assim que o vi fiquei mais tranquila, mas a recepção dele não foi a que eu estava esperando.
— Me desculpe o atraso, eu vim o mais rápido que pude, estava com saudades — fui abraça-lo e o senti frio, distante.
— Você está diferente. — me olhou sério e desconfortável, mal me tocou.
— São as roupas novas, você gostou ? — disse toda animada em vê-lo.
— Não sei, depende do contexto, eu posso saber o porquê ou para quem é o motivo da mudança, por que com certeza não é para mim.
— Assim você me ofende, eu simplesmente quis mudar um pouco, o que pode haver de mal nisso? Achei que fosse te agradar e que ficaria feliz em me ver. — murchei total.
— Me desculpe, eu estou feliz em te ver é que tem umas coisas me chateando, é só.
— Sou eu? — nem ouse dizer que sim.
— Não, não é nada com você , é o trabalho. — não convenceu.
— Então me conta, você sempre gostou de conversar comigo.
— Sim, mas de uns tempos para cá, você não tem andado muito disponível.
— Mas eu estou aqui agora, vamos aproveitar esse tempo só para nós dois. — segurei a mão dele e nos sentamos, ele me contou que o senhor Han estava abrindo mais duas lojas em pontos muito bons e estava o pressionando querendo que ele administrasse junto com a filha dele, ganharia melhor, mas teria que viver no trabalho viajando para cuidar das lojas.
Eu tentei aconselha-lo, mas não parecia muito interessado no que eu estava falando, realmente estava estranho parecia outra pessoa, será que ele pensou o mesmo de mim, que eu mudei tanto a ponto de não ser mais a mesma vendedora por quem ele se apaixonou. Nós éramos como dois estranhos, um falava e o outro respondia, sem compatibilidade. Eu preferi não aborrece-lo ainda mais e não reclamei, pensei que era algo passageiro e logo estaríamos bem de novo. Ao fim do encontro nos abraçamos, ele me beijou na testa e cada um seguiu seu caminho, eu estava tão esperançosa e sai frustrada ao máximo. Ainda não havia ninguém em casa quando eu cheguei fui para o quarto e acabei pegando no sono.
Capítulo 23
Mais tarde, senti uma mão quente me balançar, acordei com uma imensa dor de cabeça.
— , você está bem? — me olhou desconfiado.
— Sim, é só um pouco de dor de cabeça, acho que não me alimentei direito hoje.
— Como foi com o ? — perguntou meio sem jeito.
— Foi bem. — eu tive que mentir, ele se esforçou tanto em me ajudar, não podia dizer que foi tudo tempo perdido — ele ficou muito feliz em me ver.
— Estranho, sua cara não diz isso. — fiquei sem resposta — Mas deve ser a dor de cabeça não é, vou buscar um comprimido — disse irônico, eu assenti concordando e ele foi até o banheiro e voltou com o remédio e me deu a agua que estava em uma jarra sobre a mesa. — Vou pedir a Young Hee para trazer seu jantar aqui, descanse um pouco mais, vai se sentir melhor amanhã. — preferi acatar, ele saiu e um tempo depois Young Hee Trouxe uma bandeja com um caldo cremoso e que cheirava maravilhosamente. Depois de jantar, descansei mais um pouco, tomei um banho e fui dormir, nem vi quando foi para o quarto.
Dois dias depois, era sábado e eu acordei antes de todos e aproveitei para colocar algumas coisas em ordem, apesar de não me cobrar nada eu ainda era a empregada e mesmo as escondidas eu queria fazer o meu trabalho. Mas para minha má sorte enquanto tirava as cortinas para lavar, a mãe e a Min Ha desciam as escada e não deu para disfarçar.
— O que está fazendo? — a mãe perguntou.
— As cortinas estão muito empoeiradas, e como a Young Hee está ocupada eu decidi leva-las eu mesma para lavar.
— É um absurdo vocês ainda não terem uma empregada. — a mãe disse indignada.
— Deixe ela fazer o trabalho eomma, pensando bem esse papel lhe cai muito melhor do que o de noiva. — Min Ha me irritando.
— Não fale assim Min Ha. Por favor a perdoe, ela não disse por mal.
— Não precisa se desculpar, na verdade eu não me envergonho disso nem um pouco e penso que uma boa mulher precisa saber estas coisas se quiser ser um boa esposa e agradar o seu marido. — disse dando um sorriso sínico para ela e na mesma hora apareceu descendo a escada, parece que estava ouvindo escondido.
— Você tem toda razão , — strike 1, apagando o sorriso dela — E devo dizer que estou cada vez mais satisfeito com minha noiva.
— Obrigada oppa! Me desculpem, mas ainda tenho muito a fazer, com licença. — sai sorrindo em direção a cozinha, faltei soltar fogos, encontrei Young Hee arrumando a bandeja de café e a contei fazendo com que risse também.
Depois que coloquei as cortinas na máquina, fui para a mesa tomar café com eles, tudo ocorreu tranquilamente, até recebi um convite inusitado da mãe para ir ao shopping fazer compras com ela, a vó e a Min Ha é claro, mas com certeza aquilo não iria me afetar. foi para o trabalho e nós fomos ao salão de beleza, depois almoçamos e fomos as compras. Andando pelos corredores e olhando vitrines de repente vejo do outro lado, com medo que ele me visse e resolvesse se aproximar dei a desculpa de que havia esquecido uma sacola na loja e que elas deveriam ir na frente, eu voltei disfarçando para que não me notassem até encontrar com ele.
— O que está fazendo aqui? — eu perguntei olhando ao redor um tanto apreensiva.
— Estou no meu horário de almoço, resolvi dar uma volta e você não devia estar no trabalho?
— Eu estou, é que tive que acompanhar a mãe e a avó do patrão para ajudar com as sacolas — balancei as mãos mostrando.
— Eu não posso demorar, então vamos marcar para nos ver outra hora.
— Sim, eu não quero te atrapalhar. — Ele me abraçou e nos separamos, ele estava mais carinhoso que da última vez, bom que não fomos vistos. Eu as encontrei logo depois em outra loja, notei que Min Ha estava estranha, não fez nenhuma piada e só ficava me olhando e rindo.
Quando fomos para casa, já havia chegado, então fui para o quarto guardar as compras, ele estava no banho então não me ouviu entrar, coloquei as sacolas no chão e me sentei na cadeira para tirar o sapato que estava me matando. Reparei em uma caixa de madeira pequena sobre a mesa e como a curiosidade falou mais alto eu abri para ver o que tinha dentro. Eram várias cartas e todas da tia Hye para ele no período que esteve estudando fora, ela devia tê-lo como um filho mesmo, pensei.
Uma das cartas caiu da minha mão, quando a peguei senti um volume maior e ao abri-la com a carta também havia uma foto, era minha. Por que ele tinha uma foto minha de quando era adolescente? Fui ler a carta e nela tia Hye Soo falava de mim e do meu pai, foi na época que ele faleceu, ela disse que precisava ir me buscar e que eu moraria com ela a partir dali. Mas eu ainda não tinha entendido o porquê dela ter mandado a foto junto, mexendo um pouco mais ao fundo achei outras fotos minhas bem mais nova, será que ele havia pedido para me conhecer, então ele saiu do banho e eu achei melhor perguntar.
— Eu não ouvi você chegar.
— Eu acabei de entrar, sem querer eu achei isso, por que minha tia te mandaria tantas fotos minhas? — me levantei mostrando as fotos a ele.
— Ela falava muito de você, eu fiquei curioso só isso.
— Sabe o que é estranho, é o fato de você ser tão importante para ela e ela nunca ter me dito nada sobre você. E já eu, ela te deixou muito bem informado sobre mim, o que me assusta bastante.
— Ela gostava de falar de você e do seu pai, o que é natural já que eram a família dela, pode perguntar a Young Hee, ela confirma.
— Eu sei que sim, tenho a impressão que a única que sabe de menos aqui sou eu. — a mais pura verdade.
— É melhor descermos o jantar deve estar quase pronto. — ele caminhou até a porta e então eu joguei verde.
— Qual minha cor favorita?
— Branco. — ele respondeu no automático sem nem pensar e então saiu rapidamente todo sem graça. Te peguei! De algum jeito eu iria descobrir que mistério era aquele.
Guardei as coisas que havia comprado e depois de um banho, eu fui escolher uma roupa no armário e me lembrei do dia em que fomos compra-las. Só hoje reparei que a maioria era branca ou tinha um detalhe em branco e todas foram escolhidas por ele, o mesmo aconteceu com os sapatos. Que tipo de interesse em saber sobre uma pessoa que se vê apenas em fotos, poderia ser aquele? Seja o que fosse eu descobriria. Nós jantamos e eu preferi me recolher mais cedo, mas acordei no meio da noite e desci até a cozinha para comer alguma coisa, parecia até encontro marcado, pois Min Ha apareceu logo depois.
— O que foi, não conseguiu dormir? — ela disse.
— É perdi o sono, não sei por que.
— Pobrezinha! Não poderia ser consciência pesada talvez? — sínica.
— Do que você está falando?
— De um certo rapaz alto e charmoso... ontem... no shopping. — ai caramba, ela me viu, sabia que tinha alguma coisa errada por traz daquele sorriso sarcástico.
— Eu não sei o que você pretende inventando essas histórias, mas garanto que não dará certo. — nego até o fim.
— Eu acho difícil ainda mais por que vocês estavam se beijando.
— Nós não nos beijamos, foi só um abraço. — o que foi que eu fiz?
— Parece que eu tenho uma confissão, tenha uma boa noite, pois pode ser a última nesta casa. — ela saiu e eu fiquei ardendo em ódio de mim mesma por ter me entregado daquele jeito.
Se ela contar para o não vai ter como levar a diante e ele vai me matar depois de todo sacrifício. E se contar para a mãe e a avó, que vergonha, eu vou ser expulsa daqui, ai por que isto está acontecendo?
— , você está bem? — me olhou desconfiado.
— Sim, é só um pouco de dor de cabeça, acho que não me alimentei direito hoje.
— Como foi com o ? — perguntou meio sem jeito.
— Foi bem. — eu tive que mentir, ele se esforçou tanto em me ajudar, não podia dizer que foi tudo tempo perdido — ele ficou muito feliz em me ver.
— Estranho, sua cara não diz isso. — fiquei sem resposta — Mas deve ser a dor de cabeça não é, vou buscar um comprimido — disse irônico, eu assenti concordando e ele foi até o banheiro e voltou com o remédio e me deu a agua que estava em uma jarra sobre a mesa. — Vou pedir a Young Hee para trazer seu jantar aqui, descanse um pouco mais, vai se sentir melhor amanhã. — preferi acatar, ele saiu e um tempo depois Young Hee Trouxe uma bandeja com um caldo cremoso e que cheirava maravilhosamente. Depois de jantar, descansei mais um pouco, tomei um banho e fui dormir, nem vi quando foi para o quarto.
Dois dias depois, era sábado e eu acordei antes de todos e aproveitei para colocar algumas coisas em ordem, apesar de não me cobrar nada eu ainda era a empregada e mesmo as escondidas eu queria fazer o meu trabalho. Mas para minha má sorte enquanto tirava as cortinas para lavar, a mãe e a Min Ha desciam as escada e não deu para disfarçar.
— O que está fazendo? — a mãe perguntou.
— As cortinas estão muito empoeiradas, e como a Young Hee está ocupada eu decidi leva-las eu mesma para lavar.
— É um absurdo vocês ainda não terem uma empregada. — a mãe disse indignada.
— Deixe ela fazer o trabalho eomma, pensando bem esse papel lhe cai muito melhor do que o de noiva. — Min Ha me irritando.
— Não fale assim Min Ha. Por favor a perdoe, ela não disse por mal.
— Não precisa se desculpar, na verdade eu não me envergonho disso nem um pouco e penso que uma boa mulher precisa saber estas coisas se quiser ser um boa esposa e agradar o seu marido. — disse dando um sorriso sínico para ela e na mesma hora apareceu descendo a escada, parece que estava ouvindo escondido.
— Você tem toda razão , — strike 1, apagando o sorriso dela — E devo dizer que estou cada vez mais satisfeito com minha noiva.
— Obrigada oppa! Me desculpem, mas ainda tenho muito a fazer, com licença. — sai sorrindo em direção a cozinha, faltei soltar fogos, encontrei Young Hee arrumando a bandeja de café e a contei fazendo com que risse também.
Depois que coloquei as cortinas na máquina, fui para a mesa tomar café com eles, tudo ocorreu tranquilamente, até recebi um convite inusitado da mãe para ir ao shopping fazer compras com ela, a vó e a Min Ha é claro, mas com certeza aquilo não iria me afetar. foi para o trabalho e nós fomos ao salão de beleza, depois almoçamos e fomos as compras. Andando pelos corredores e olhando vitrines de repente vejo do outro lado, com medo que ele me visse e resolvesse se aproximar dei a desculpa de que havia esquecido uma sacola na loja e que elas deveriam ir na frente, eu voltei disfarçando para que não me notassem até encontrar com ele.
— O que está fazendo aqui? — eu perguntei olhando ao redor um tanto apreensiva.
— Estou no meu horário de almoço, resolvi dar uma volta e você não devia estar no trabalho?
— Eu estou, é que tive que acompanhar a mãe e a avó do patrão para ajudar com as sacolas — balancei as mãos mostrando.
— Eu não posso demorar, então vamos marcar para nos ver outra hora.
— Sim, eu não quero te atrapalhar. — Ele me abraçou e nos separamos, ele estava mais carinhoso que da última vez, bom que não fomos vistos. Eu as encontrei logo depois em outra loja, notei que Min Ha estava estranha, não fez nenhuma piada e só ficava me olhando e rindo.
Quando fomos para casa, já havia chegado, então fui para o quarto guardar as compras, ele estava no banho então não me ouviu entrar, coloquei as sacolas no chão e me sentei na cadeira para tirar o sapato que estava me matando. Reparei em uma caixa de madeira pequena sobre a mesa e como a curiosidade falou mais alto eu abri para ver o que tinha dentro. Eram várias cartas e todas da tia Hye para ele no período que esteve estudando fora, ela devia tê-lo como um filho mesmo, pensei.
Uma das cartas caiu da minha mão, quando a peguei senti um volume maior e ao abri-la com a carta também havia uma foto, era minha. Por que ele tinha uma foto minha de quando era adolescente? Fui ler a carta e nela tia Hye Soo falava de mim e do meu pai, foi na época que ele faleceu, ela disse que precisava ir me buscar e que eu moraria com ela a partir dali. Mas eu ainda não tinha entendido o porquê dela ter mandado a foto junto, mexendo um pouco mais ao fundo achei outras fotos minhas bem mais nova, será que ele havia pedido para me conhecer, então ele saiu do banho e eu achei melhor perguntar.
— Eu não ouvi você chegar.
— Eu acabei de entrar, sem querer eu achei isso, por que minha tia te mandaria tantas fotos minhas? — me levantei mostrando as fotos a ele.
— Ela falava muito de você, eu fiquei curioso só isso.
— Sabe o que é estranho, é o fato de você ser tão importante para ela e ela nunca ter me dito nada sobre você. E já eu, ela te deixou muito bem informado sobre mim, o que me assusta bastante.
— Ela gostava de falar de você e do seu pai, o que é natural já que eram a família dela, pode perguntar a Young Hee, ela confirma.
— Eu sei que sim, tenho a impressão que a única que sabe de menos aqui sou eu. — a mais pura verdade.
— É melhor descermos o jantar deve estar quase pronto. — ele caminhou até a porta e então eu joguei verde.
— Qual minha cor favorita?
— Branco. — ele respondeu no automático sem nem pensar e então saiu rapidamente todo sem graça. Te peguei! De algum jeito eu iria descobrir que mistério era aquele.
Guardei as coisas que havia comprado e depois de um banho, eu fui escolher uma roupa no armário e me lembrei do dia em que fomos compra-las. Só hoje reparei que a maioria era branca ou tinha um detalhe em branco e todas foram escolhidas por ele, o mesmo aconteceu com os sapatos. Que tipo de interesse em saber sobre uma pessoa que se vê apenas em fotos, poderia ser aquele? Seja o que fosse eu descobriria. Nós jantamos e eu preferi me recolher mais cedo, mas acordei no meio da noite e desci até a cozinha para comer alguma coisa, parecia até encontro marcado, pois Min Ha apareceu logo depois.
— O que foi, não conseguiu dormir? — ela disse.
— É perdi o sono, não sei por que.
— Pobrezinha! Não poderia ser consciência pesada talvez? — sínica.
— Do que você está falando?
— De um certo rapaz alto e charmoso... ontem... no shopping. — ai caramba, ela me viu, sabia que tinha alguma coisa errada por traz daquele sorriso sarcástico.
— Eu não sei o que você pretende inventando essas histórias, mas garanto que não dará certo. — nego até o fim.
— Eu acho difícil ainda mais por que vocês estavam se beijando.
— Nós não nos beijamos, foi só um abraço. — o que foi que eu fiz?
— Parece que eu tenho uma confissão, tenha uma boa noite, pois pode ser a última nesta casa. — ela saiu e eu fiquei ardendo em ódio de mim mesma por ter me entregado daquele jeito.
Se ela contar para o não vai ter como levar a diante e ele vai me matar depois de todo sacrifício. E se contar para a mãe e a avó, que vergonha, eu vou ser expulsa daqui, ai por que isto está acontecendo?
Capítulo 24
Eu simplesmente estava morrendo de medo da Min Ha, eu não entendia o porquê, mas também estava preocupada com , para todos os efeitos estava traindo o namorado de mentira com o de verdade, que coisa louca. De todo modo, como não dava para monitorar ela o tempo todo dei preferência para não deixar sozinho com ela, já que ele era o alvo principal. Para minha surpresa ele pediu para que saíssemos e mais que depressa aceitei, mesmo se ela dissesse as senhoras, nós dois teríamos tempo de planejar algo para quando voltássemos. me levou a um parque, tomamos sorvete e ficamos andando por lá até que criei coragem para contar a ele o que ouve.
— Não foi de proposito, eu o vi e como não sabia se ele tinha me visto preferi ir falar com ele, foi ai que ele me abraçou e Min Ha nos viu, agora ela está praticamente me ameaçando. Me desculpe.
— Não tem problema, ele é o seu namorado eu não posso fazer nada.
— Então você não está chateado?
— Ao contrário, estou muito, você deveria ter prestado mais atenção, foi irresponsável. Deveria ter pensado em mim, em como eu iria ficar, agora eu estou nessa situação, o que você acha que devemos fazer? — ele disse irritado me repreendendo, falava como meu namorado de verdade, no fundo eu gostei, mas ai voltei a realidade.
— Eu sinto muito, olha eu faço o que você quiser, é só me dizer só não fica bravo comigo assim, eu estou me sentindo péssima, por favor? — fiz cara de piedade, estava sendo sincera, não queria ele chateado comigo.
— Tudo bem, vamos fazer o seguinte, nós chegamos em casa como se estivéssemos brigados, ela vai pensar que você me contou e que possivelmente nós vamos terminar.
— Mas não vamos não é? — fiquei preocupada.
— Não, mas não faria diferença, já que não é de verdade não é? — me olhou com ternura.
— É, claro. — por um segundo eu imaginei e quis que fosse, no que eu estou pensando?
— Então faremos isto, possivelmente ela irá atrás de nós para ver o que acontece, nesse momento você me pedi desculpas e diz que não foi nada demais. Eu vou te perdoar e ela não terá mais nada contra nós.
— E se ela contar a mãe e a avó?
— Nó diremos a elas que é outro primo do Chul Min, com certeza não vão se importar já que sabem do que Min Ha é capaz para ficar comigo.
— É você tem razão.
— Estamos combinados então. — ele disse e eu assenti, fiquei mais tranquila apesar da apreensão.
Nós ficamos ali mais um pouco admirando as luzes e então voltamos para casa e fizemos exatamente como ele disse. entrou primeiro com o rosto sério e bravo subindo as escadas correndo e eu fui com cara de choro logo atrás passando por Min Ha que descia as escadas indo para a sala. Assim que chegamos ao quarto, nó respiramos fundo e deixamos a porta entre aberta, ele me deu o sinal para eu começar a falar.
— Você não devia ter feito isso. — ele disse como se estivesse magoado.
— Eu sinto muito, por favor me perdoe, isso não vai acontecer de novo, eu não achei que abraçar o meu primo pudesse te deixar tão nervoso. você sabe que eu gosto de você, nunca faria nada para te magoar. — não era de tudo mentira.
— Eu sei, eu gosto muito de você, e só de pensar em te perder eu fico louco, eu não quero mais ninguém além de você. — ele foi se aproximando e eu não conseguia parar de olhar para ele, meu coração disparou e as palavras dele me tocavam com uma verdade profunda — Prometa que não vai me deixar por mais ninguém, que vai me amar para sempre? — ele ficou bem perto de mim me olhando com carinho e eu já não sabia mais se era encenação.
— Eu prometo. — que sensação estranha, eu me senti como se fosse realmente dele. Então ouvi um passo perto da porta e quando ia virar a cabeça para olhar, segurou meu rosto com leveza e carinho e me beijou de surpresa. Eu fiquei sem ação e aceitei o beijo como se estivesse em um conto de fadas, nada mais importava naquele momento era um sonho se realizando. Acredito que Min Ha nos viu, mas deve ter ficado constrangida e não teve coragem de atrapalhar. Ele foi soltando meu rosto devagar e para não deixá-lo constrangido eu levei na brincadeira — Ela já foi?
— Sim. — ele disse ao olhar para a porta e confirmar, estava sem jeito e nervoso — Me desculpe, eu achei que ela não iria acreditar e um beijo passaria mais verdade. Tenho certeza que agora ela deve ter entendido.
— Tudo bem, é que você me pegou de surpresa, eu não estava preparada.
— Eu peço desculpas mais uma vez. Eu vou ver como estão as coisas lá em baixo. — ele saiu.
Minhas pernas estavam bambas, me sentei na cama e aos poucos me dei conta do que tinha acontecido e pensei: “Eu estou apaixonada pelo meu patrão? Não, não pode ser eu tenho o , que me ama e eu não posso fazer isto com ele. Eu preciso me acalmar.” Eu estava totalmente perdida e suava frio, as mãos tremiam e só de lembrar dos lábios dele ficava apavorada, isso não estava certo e não podia se repetir, eu estaria traindo o e ele não merecia aquilo e além do mais não era o tipo de comportamento que meu pai e tia Hye me ensinaram e esperavam que eu tivesse. Fui ao banheiro, lavei o rosto, me acalmei e assim que me recompus desci ao encontro deles acabei encontrando no pé da escada.
— Eu já estava indo te chamar, Young Hee já vai servir o jantar. — ele me estendeu a mão e eu mal conseguia encara-lo, mas mesmo intranquila a segurei e o acompanhei até a sala de jantar. Tudo se passou bem e por incrível que pareça, Min Ha não fez nenhum comentário e o silencio reinou.
Foi difícil dividir o quarto com ele naquele momento, por mais que eu tentasse aquele beijo não saia da minha cabeça. Em algumas vezes o imaginava entrando no quarto, me segurando e me beijando novamente, meu corpo se aquecia como se fosse uma febre, depois eu me afogava em desespero e arrependimento por causa do , o que fazer?
Passaram se dois dias e na manhã seguinte começou a chover incessantemente, nós dois não conseguíamos ter mais que uns minutos de conversa, mas eu sempre sentia ele me observando e aquela sensação de que ele queria me dizer alguma coisa estava ali me incomodando novamente. Eu ficava tentando distrair minha mente entre conversas com a eomma e Young Hee ou jogando dama com a avó, mas era quando elas se afastavam que eu dava de cara com ele e então perdia o chão, logo inventava algo e me afastava e o remorso era maior quando recebia uma mensagem carinhosa de , ai que aflição!
Depois do jantar foi para o quarto, eu preferi passar mais tempo na sala com elas assistindo um filme, um tempo depois eomma e avó foram dormir e ai começou a tortura de Min Ha.
— É impressão minha ou a relação de vocês está meio estremecida? — disse bem irônica.
— Nós estamos muito bem Min Ha, não tem com o que se preocupar.
— Me preocupar? De jeito nenhum, acredito que apesar da cena de uns dias atrás o fato de você sempre dar uma desculpa para ficar longe dele e algo a meu favor.
— Não sei do que está falando. — ela andou nós vigiando, mais que bruxa.
— Ah querida, estava tão distraída que nem reparou que eu estou sempre por perto dando meu apoio e carinho. E eu devo ser franca e dizer o quanto ele tem sido receptivo e não tem recusado minha companhia.
— Min Ha, nada que disser pode me atingir, então não desperdice seu veneno comigo.
— , como eu me divirto com você. Não posso deixar de te agradecer a oportunidade, pois quando nós dois estivermos sozinhos de novo eu vou aproveitar a chance e eu duvido se depois disso, ele se quer lembrara seu nome. Boa noite querida. — ela se levantou e foi para seu quarto. O que ela quis dizer com isso, aproveitar a chance, que chance?
— Não foi de proposito, eu o vi e como não sabia se ele tinha me visto preferi ir falar com ele, foi ai que ele me abraçou e Min Ha nos viu, agora ela está praticamente me ameaçando. Me desculpe.
— Não tem problema, ele é o seu namorado eu não posso fazer nada.
— Então você não está chateado?
— Ao contrário, estou muito, você deveria ter prestado mais atenção, foi irresponsável. Deveria ter pensado em mim, em como eu iria ficar, agora eu estou nessa situação, o que você acha que devemos fazer? — ele disse irritado me repreendendo, falava como meu namorado de verdade, no fundo eu gostei, mas ai voltei a realidade.
— Eu sinto muito, olha eu faço o que você quiser, é só me dizer só não fica bravo comigo assim, eu estou me sentindo péssima, por favor? — fiz cara de piedade, estava sendo sincera, não queria ele chateado comigo.
— Tudo bem, vamos fazer o seguinte, nós chegamos em casa como se estivéssemos brigados, ela vai pensar que você me contou e que possivelmente nós vamos terminar.
— Mas não vamos não é? — fiquei preocupada.
— Não, mas não faria diferença, já que não é de verdade não é? — me olhou com ternura.
— É, claro. — por um segundo eu imaginei e quis que fosse, no que eu estou pensando?
— Então faremos isto, possivelmente ela irá atrás de nós para ver o que acontece, nesse momento você me pedi desculpas e diz que não foi nada demais. Eu vou te perdoar e ela não terá mais nada contra nós.
— E se ela contar a mãe e a avó?
— Nó diremos a elas que é outro primo do Chul Min, com certeza não vão se importar já que sabem do que Min Ha é capaz para ficar comigo.
— É você tem razão.
— Estamos combinados então. — ele disse e eu assenti, fiquei mais tranquila apesar da apreensão.
Nós ficamos ali mais um pouco admirando as luzes e então voltamos para casa e fizemos exatamente como ele disse. entrou primeiro com o rosto sério e bravo subindo as escadas correndo e eu fui com cara de choro logo atrás passando por Min Ha que descia as escadas indo para a sala. Assim que chegamos ao quarto, nó respiramos fundo e deixamos a porta entre aberta, ele me deu o sinal para eu começar a falar.
— Você não devia ter feito isso. — ele disse como se estivesse magoado.
— Eu sinto muito, por favor me perdoe, isso não vai acontecer de novo, eu não achei que abraçar o meu primo pudesse te deixar tão nervoso. você sabe que eu gosto de você, nunca faria nada para te magoar. — não era de tudo mentira.
— Eu sei, eu gosto muito de você, e só de pensar em te perder eu fico louco, eu não quero mais ninguém além de você. — ele foi se aproximando e eu não conseguia parar de olhar para ele, meu coração disparou e as palavras dele me tocavam com uma verdade profunda — Prometa que não vai me deixar por mais ninguém, que vai me amar para sempre? — ele ficou bem perto de mim me olhando com carinho e eu já não sabia mais se era encenação.
— Eu prometo. — que sensação estranha, eu me senti como se fosse realmente dele. Então ouvi um passo perto da porta e quando ia virar a cabeça para olhar, segurou meu rosto com leveza e carinho e me beijou de surpresa. Eu fiquei sem ação e aceitei o beijo como se estivesse em um conto de fadas, nada mais importava naquele momento era um sonho se realizando. Acredito que Min Ha nos viu, mas deve ter ficado constrangida e não teve coragem de atrapalhar. Ele foi soltando meu rosto devagar e para não deixá-lo constrangido eu levei na brincadeira — Ela já foi?
— Sim. — ele disse ao olhar para a porta e confirmar, estava sem jeito e nervoso — Me desculpe, eu achei que ela não iria acreditar e um beijo passaria mais verdade. Tenho certeza que agora ela deve ter entendido.
— Tudo bem, é que você me pegou de surpresa, eu não estava preparada.
— Eu peço desculpas mais uma vez. Eu vou ver como estão as coisas lá em baixo. — ele saiu.
Minhas pernas estavam bambas, me sentei na cama e aos poucos me dei conta do que tinha acontecido e pensei: “Eu estou apaixonada pelo meu patrão? Não, não pode ser eu tenho o , que me ama e eu não posso fazer isto com ele. Eu preciso me acalmar.” Eu estava totalmente perdida e suava frio, as mãos tremiam e só de lembrar dos lábios dele ficava apavorada, isso não estava certo e não podia se repetir, eu estaria traindo o e ele não merecia aquilo e além do mais não era o tipo de comportamento que meu pai e tia Hye me ensinaram e esperavam que eu tivesse. Fui ao banheiro, lavei o rosto, me acalmei e assim que me recompus desci ao encontro deles acabei encontrando no pé da escada.
— Eu já estava indo te chamar, Young Hee já vai servir o jantar. — ele me estendeu a mão e eu mal conseguia encara-lo, mas mesmo intranquila a segurei e o acompanhei até a sala de jantar. Tudo se passou bem e por incrível que pareça, Min Ha não fez nenhum comentário e o silencio reinou.
Foi difícil dividir o quarto com ele naquele momento, por mais que eu tentasse aquele beijo não saia da minha cabeça. Em algumas vezes o imaginava entrando no quarto, me segurando e me beijando novamente, meu corpo se aquecia como se fosse uma febre, depois eu me afogava em desespero e arrependimento por causa do , o que fazer?
Passaram se dois dias e na manhã seguinte começou a chover incessantemente, nós dois não conseguíamos ter mais que uns minutos de conversa, mas eu sempre sentia ele me observando e aquela sensação de que ele queria me dizer alguma coisa estava ali me incomodando novamente. Eu ficava tentando distrair minha mente entre conversas com a eomma e Young Hee ou jogando dama com a avó, mas era quando elas se afastavam que eu dava de cara com ele e então perdia o chão, logo inventava algo e me afastava e o remorso era maior quando recebia uma mensagem carinhosa de , ai que aflição!
Depois do jantar foi para o quarto, eu preferi passar mais tempo na sala com elas assistindo um filme, um tempo depois eomma e avó foram dormir e ai começou a tortura de Min Ha.
— É impressão minha ou a relação de vocês está meio estremecida? — disse bem irônica.
— Nós estamos muito bem Min Ha, não tem com o que se preocupar.
— Me preocupar? De jeito nenhum, acredito que apesar da cena de uns dias atrás o fato de você sempre dar uma desculpa para ficar longe dele e algo a meu favor.
— Não sei do que está falando. — ela andou nós vigiando, mais que bruxa.
— Ah querida, estava tão distraída que nem reparou que eu estou sempre por perto dando meu apoio e carinho. E eu devo ser franca e dizer o quanto ele tem sido receptivo e não tem recusado minha companhia.
— Min Ha, nada que disser pode me atingir, então não desperdice seu veneno comigo.
— , como eu me divirto com você. Não posso deixar de te agradecer a oportunidade, pois quando nós dois estivermos sozinhos de novo eu vou aproveitar a chance e eu duvido se depois disso, ele se quer lembrara seu nome. Boa noite querida. — ela se levantou e foi para seu quarto. O que ela quis dizer com isso, aproveitar a chance, que chance?
Capítulo 25
Enfim ela conseguiu o que queria, me deixar fora do eixo e saiu dando a última palavra, o que eu não entendia era por que eu estava tão perturbada com aquilo. E se ela tentasse algo e ele resolvesse ceder, eu não tinha nada a ver com aquilo se eu tinha namorado, o que eu e tínhamos era apenas um contrato, um jogo e nada mais. Mas por que eu me recusava a aceitar que ela poderia ficar com ele, pensando que eu era a melhor opção e que eu sim o faria feliz, o que está acontecendo comigo? Fui para o quarto, achei que já estivesse dormindo, mas quando entrei ele acabava de sair do banheiro massageando as costas.
— Eu não sabia que ainda estava acordado.
— Não tenho conseguido dormir direito, minhas costas estão doendo um pouco mais que de costume.
— Dorme comigo. — saiu naturalmente e ele me olhou com desentendimento e contentamento ao mesmo tempo e então eu achei melhor concertar a frase — Quero dizer, você pode dormir na cama, afinal não é justo que fique sentindo dor por minha causa eu posso muito bem dormir no chão. — quando eu ia passar por ele, segurou meu braço.
— Não precisamos escolher, só temos que dividir, a cama é grande e cabe nós dois. Eu prometo que não vou te tocar, por mais que esteja tentado, não o farei — ele me soltou, pegou o travesseiro e o edredom do chão e se deitou do outro lado da cama confortavelmente.
Eu fui para o banheiro e respirei fundo, por que ele disse aquilo? Que tormenta. Me troquei e rezei para que ele já estivesse dormindo quando eu saísse, mas não, que azar. O quarto estava quente, fui para a cama desviando do olhar dele, dei boa noite e me encolhi debaixo do edredom apagando o meu abajur, não demorou muito ele também apagou o dele. Não consegui fechar os olhos, ele estava ali tão perto que eu conseguia sentir o vapor de sua respiração, foi com certeza a noite mais longa da minha vida até que fui vencida pela cansaço e dormi.
Na manhã seguinte, o sol entrava pelo vão da cortina, me virei ainda me espreguiçando e quando abri os olhos ele estava de frente para mim bem próximo com seu lindos e penetrantes olhos me olhando. No susto eu me sentei na cama de costas para ele lhe dando bom dia, como sempre ele me respondeu com a voz mansa, então eu fui para o banheiro. Depois de me recompor, sai de roupa trocada e terminava de arrumar a cama. Sem mais eu disse que desceria na frente e então o deixei, Young Hee estava terminando de pôr a mesa do café, não demorou nada eomma, avó e Min Ha desceram com ele.
— Bom dia! — eu disse cordialmente e elas responderam e se sentaram cada um em seu lugar.
Min Ha introduziu uma conversa, a qual eu nem estava prestando atenção pois suas palavras da noite anterior ainda pairavam em minha cabeça. Estava angustiada, uma parte de mim queria derramar café quente nela e cair no braços de e a outra parte queria que tudo aquilo acabasse logo e que eles ficassem juntos se fosse o que realmente queriam. Não estava mais aguentando aquela confusão de sentimentos que sitiavam meu (possivelmente cardíaco) coração, e , o que estava pensando, com aqueles olhares e palavras que me deixavam no breu, afinal o que ele quer? Terminamos o café, ele foi para o trabalho, eomma e avó foram ao centro e Min Ha passou o dia me infernizando. Caia uma chuva forte e como era sábado chegou mais cedo, estava todo molhado pois o carro havia quebrado a dois quarteirões de casa e teve de vir o resto do caminho a pé. Eu estava na cozinha e quando cheguei na sala Min Ha já estava lá com a toalha secando os cabelos dele, aproveitando sua distração ela o beijou pois sabia que eu estava ali.
— Min Ha — ele disse segurando a mão dela — , nós podemos explicar, não é o que está pensando. — ela disse com um tom inocente e então ele me olhou, mas eu não deixei que ele dissesse nada e subi correndo para o quarto. Eu estava a ponto de explodir em fração de segundos ele entrou no quarto atrás de mim.
— Seja lá o que viu, não era de verdade.
— Não , a mentira está aqui dentro destas paredes, você não precisa me convencer de nada. Eu devo ser muito idiota para ter aceitado essa farsa e estou com tanto raiva de mim que cheguei a pensar por um segundo que...
— Que poderia ser verdade? E se eu te disser que é, que tudo que eu disse naquele dia antes de te beijar foi verdade, que eu estou apaixonado por você a muito tempo e já não consigo mais disfarçar.
— Não, por favor já chega dessa brincadeira, eu não aguento mais.
— Eu não brincaria com você, e se me deixar explicar.
— Para, eu não quero ouvir mais nada! A Min Ha sim é de verdade na sua vida, assim como é na minha então me deixa em paz — eu peguei minha bolsa e sai correndo ele tentou vir atrás de mim, mas eu peguei um taxi que havia acabado de parar mais à frente do portão da casa dele, desce uns minutos depois pois não teria dinheiro para pagar.
— Eu não sabia que ainda estava acordado.
— Não tenho conseguido dormir direito, minhas costas estão doendo um pouco mais que de costume.
— Dorme comigo. — saiu naturalmente e ele me olhou com desentendimento e contentamento ao mesmo tempo e então eu achei melhor concertar a frase — Quero dizer, você pode dormir na cama, afinal não é justo que fique sentindo dor por minha causa eu posso muito bem dormir no chão. — quando eu ia passar por ele, segurou meu braço.
— Não precisamos escolher, só temos que dividir, a cama é grande e cabe nós dois. Eu prometo que não vou te tocar, por mais que esteja tentado, não o farei — ele me soltou, pegou o travesseiro e o edredom do chão e se deitou do outro lado da cama confortavelmente.
Eu fui para o banheiro e respirei fundo, por que ele disse aquilo? Que tormenta. Me troquei e rezei para que ele já estivesse dormindo quando eu saísse, mas não, que azar. O quarto estava quente, fui para a cama desviando do olhar dele, dei boa noite e me encolhi debaixo do edredom apagando o meu abajur, não demorou muito ele também apagou o dele. Não consegui fechar os olhos, ele estava ali tão perto que eu conseguia sentir o vapor de sua respiração, foi com certeza a noite mais longa da minha vida até que fui vencida pela cansaço e dormi.
Na manhã seguinte, o sol entrava pelo vão da cortina, me virei ainda me espreguiçando e quando abri os olhos ele estava de frente para mim bem próximo com seu lindos e penetrantes olhos me olhando. No susto eu me sentei na cama de costas para ele lhe dando bom dia, como sempre ele me respondeu com a voz mansa, então eu fui para o banheiro. Depois de me recompor, sai de roupa trocada e terminava de arrumar a cama. Sem mais eu disse que desceria na frente e então o deixei, Young Hee estava terminando de pôr a mesa do café, não demorou nada eomma, avó e Min Ha desceram com ele.
— Bom dia! — eu disse cordialmente e elas responderam e se sentaram cada um em seu lugar.
Min Ha introduziu uma conversa, a qual eu nem estava prestando atenção pois suas palavras da noite anterior ainda pairavam em minha cabeça. Estava angustiada, uma parte de mim queria derramar café quente nela e cair no braços de e a outra parte queria que tudo aquilo acabasse logo e que eles ficassem juntos se fosse o que realmente queriam. Não estava mais aguentando aquela confusão de sentimentos que sitiavam meu (possivelmente cardíaco) coração, e , o que estava pensando, com aqueles olhares e palavras que me deixavam no breu, afinal o que ele quer? Terminamos o café, ele foi para o trabalho, eomma e avó foram ao centro e Min Ha passou o dia me infernizando. Caia uma chuva forte e como era sábado chegou mais cedo, estava todo molhado pois o carro havia quebrado a dois quarteirões de casa e teve de vir o resto do caminho a pé. Eu estava na cozinha e quando cheguei na sala Min Ha já estava lá com a toalha secando os cabelos dele, aproveitando sua distração ela o beijou pois sabia que eu estava ali.
— Min Ha — ele disse segurando a mão dela — , nós podemos explicar, não é o que está pensando. — ela disse com um tom inocente e então ele me olhou, mas eu não deixei que ele dissesse nada e subi correndo para o quarto. Eu estava a ponto de explodir em fração de segundos ele entrou no quarto atrás de mim.
— Seja lá o que viu, não era de verdade.
— Não , a mentira está aqui dentro destas paredes, você não precisa me convencer de nada. Eu devo ser muito idiota para ter aceitado essa farsa e estou com tanto raiva de mim que cheguei a pensar por um segundo que...
— Que poderia ser verdade? E se eu te disser que é, que tudo que eu disse naquele dia antes de te beijar foi verdade, que eu estou apaixonado por você a muito tempo e já não consigo mais disfarçar.
— Não, por favor já chega dessa brincadeira, eu não aguento mais.
— Eu não brincaria com você, e se me deixar explicar.
— Para, eu não quero ouvir mais nada! A Min Ha sim é de verdade na sua vida, assim como é na minha então me deixa em paz — eu peguei minha bolsa e sai correndo ele tentou vir atrás de mim, mas eu peguei um taxi que havia acabado de parar mais à frente do portão da casa dele, desce uns minutos depois pois não teria dinheiro para pagar.
Capítulo 26
Estava realmente chovendo muito, eu sai totalmente transtornada de lá. Sem rumo, a única pessoa com quem eu sabia que poderia contar era o , fui meio que no automático parar na frente da loja do outro lado da rua, ele não me viu, saiu com uma moça muito elegante e depois de trancar a porta eles se abraçaram e se beijaram como jovens apaixonados sob o mesmo guarda-chuva. Eu fiquei em choque, já estava sofrendo horrores, aquilo foi ainda pior.
— Isso é realmente bem inesperado. — eu disse me aproximando toda molhada, como nem dava para notar as lagrimas da cena anterior, me fiz de forte.
— , eu posso explicar, não é o que... — ele disse soltando-a, mas ficou na frente dela como se quisesse esconde-la ou protege-la de mim.
— Não! — o interrompi — Por favor me poupe de te ouvir tentando me convencer que eu não vi o que eu acabei de ver.
— Quem é ela? — a garota perguntou a ele e eu mesma respondi.
— Sou a ex-namorada dele.
— Me escuta, vamos conversar em outro lugar.
— Ei — chamei a atenção da mulher que me olhou sem entender nada — se realmente vai ficar com ele, desejo que sejam felizes, só quero que saiba que como pessoa ele é extraordinário, mas como homem acabei de ver que não vale nada também.
— espera. — tentou me segurar e eu recuei antes que ele me tocasse.
— Tenham uma boa noite. — eu me virei e andei rápido para longe ele tentou ir atrás de mim, mas eu me escondi e então depois que ele desistiu eu fui embora, quando cheguei em casa não consegui mais segurar e desabei a chorar, como ele pôde fazer isto comigo, eu acho que não merecia.
Todas as promessas, os cuidados dele comigo, me senti esfaqueada centenas de vezes pelas costas, eu ainda fiquei me perguntando o que eu fiz para ele ter feito isso? Será que não fui uma boa namorada ou só não fui o suficiente? Mais uma vez eu estava sofrendo e chorando sem saber o que era pior, se era ter brigado com por algo que não era real ou ter sido traída pelo que eu confiava e nunca pensei que me feriria desta maneira. Em todo caso, lá estava eu sozinha de novo, sem tia Hye, sem o , sem emprego, brigada com e podendo perder a casa a qualquer momento, o que eu ia fazer? Como dizem: desgraça pouca é bobagem, e quando vem não é a cavalo e sim de Ferrari.
Passei a noite em claro e todo aquele dia, tentando achar uma saída e quanto mais eu pensava, mais perdida eu ficava e por fim eu só via o rosto de na minha mente, como um imã. Eu mesma não entendia que sentimento era aquele, comecei a me sentir aliviada com a traição de , como se fosse a desculpa que eu precisava para acabar com aquela situação, até por que ele nunca foi o suficiente e eu estava sendo teimosa, mas traição é traição, não deixa de ser doloroso. me ligou várias vezes e também, por fim desliguei o telefone, precisava de um tempo e não atendi nem mesmo Young Hee. De qualquer maneira, eu tinha que tirar a limpo os meu sentimentos e os de , tudo o que ele disse e o que eu não o deixei dizer estava dando voltas na minha cabeça. No outro dia eu havia me decidido a enfrentar meus medos, eu me arrumei e fui para a casa dele, Young Hee abriu a porta para mim, mas não me anunciou, imaginei que ele com certeza tivesse contado a ela o que houve. Estavam tomando café quando entrei na sala de jantar seguida por Young Hee que foi direto para a cozinha.
— Bom dia. — eu os cumprimentei e me responderam, Min Há estava se sentindo a dona da situação passando a mão no rosto dele, parecia com vergonha e a eomma me olhou sem entender o que acontecia, antes que Min Há dissesse algo a avó a beliscou lhe fazendo sinal para ficar quieta. — Nós podemos conversar um minuto? — disse a ele com a voz calejada de choro e ele assentiu com a cabeça, ao se levantar Min Há ia tentar segura-lo, avó lhe deu outro beliscão mais forte a fazendo parar quase chorando e sorriu para mim como apoio. Ele pediu licença e fomos para o quarto.
— Eu sinto muito. — as lagrimas começaram a rolar no meu rosto totalmente involuntárias. — Nós temos um acordo e eu decidi que vou continuar fingindo até sua mãe ir embora, depois pode me mandar embora se quiser.
— Não vou fazer isso e não quero mais fingir sobre algo que é tão real para mim.
— Eu e terminamos, ele já tinha achado alguém que ocupasse melhor o meu lugar, só eu que ainda não tinha percebido isso.
— Eu fico feliz por você. — eu o olhei sem entender, como ele pode estar feliz com meu sofrimento — Finalmente ele te deixou livre para ocupar o lugar que sempre foi seu, que é ao meu lado. — eu chorei mais e ele me puxou me abraçando forte, estava quente e aquilo me fazia muito bem.
— Eu acabei de terminar meu namoro, seria muito errado se eu dissesse o quanto seu abraço é maior que qualquer dor que eu possa sentir? — sem pensar ele levantou meu rosto e me beijou intensamente por alguns segundos, depois eu olhei em seus olhos e sussurrei — Eu espero que não tenha ninguém na porta desta vez.
— Não tem. — ele me deu outro beijou ainda mais ardente, eu me desmanchei, meu coração estava explodindo e nós dividíamos o mesmo ar e o mesmo sentimento, por um momento eu estava no céu, até Min Ha aparecer e nos interromper.
— Espero não estar atrapalhando, achei que já tinham desistido dessa farsa, por que sim, eu já sei que tudo isso é mentira. — ela disse com cinismo, só que desta vez eu não ia engolir.
— É Min Ha, você tem toda razão. — eu o soltei e me aproximei dela olhando fixamente em seus olhos a intimidando, fazendo seu sorriso sumir aos poucos sem entender o que eu pretendia — Nós mentimos, sobre tudo, uma grande mentira, mas quer saber de uma coisa, eu não me arrependo — então olhei para ele que sorria satisfeito com minhas palavras — E faria tudo de novo. — voltando minha atenção a ela fazendo-a engolir seco, conclui — Então, agora que você sabe, é melhor nos dar licença, pois vou continuar beijando meu futuro marido. — me virei, me aproximei dele e o beijei novamente e ele retribuiu calorosamente me apertando contra seu corpo, quando percebermos que ela já havia ido embora, começamos a rir da cara dela e foi por um bom tempo, depois ficamos mais calmos.
— Você falou sério? — ele perguntou olhando nos meu olhos — Quer que eu seja seu futuro marido?
— Eu acabei de te beijar então é muito sério, se você me quiser.
— Eu te beijei duas vezes, achei que tinha deixado claro o que eu quero.
— É, deixou sim — concordei convencidíssima, de que também era o que eu queria e o abracei.
— Eu preciso te contar uma coisa. — ele disse sério — eu espero que isto não mude nada entre nós.
— Nossa, o que pode ser tão grave para você falar desse jeito?
— Senta. — eu me sentei na cama, ele buscou a caixa do outro dia com as fotos e se sentou na cadeira de frente para mim — você já sabe das cartas com as fotos que sua tia me mandava.
— Sim, você disse que tinha curiosidade sobre mim.
— Era meia verdade.
— Como assim?
— Desde que Hye Soo veio trabalhar aqui, ela sempre contava para mim e Young Hee sobre você e seu pai. E conforme o tempo foi passando eu comecei a gostar daquela garota inteligente, simpática, gentil e linda das fotos. — fiquei vermelha — Depois que meu pai morreu e eu fui estudar fora, Young Hee e Hye Soo continuaram a mandar cartas e falar de você, era nosso segredo, Min Ha nunca soube.
— Mas por que tia Hye não me disse nada e nem nunca mencionou nada sobre você?
— Por que eu pedi, não queria que se interessasse por mim por influência de outras pessoas. Eu queria que me conhecesse e tirasse suas próprias conclusões. Fiquei louco para voltar para casa quando ela disse que você viria morar com ela, mas depois tive medo e não consegui me aproximar.
— Mas eu só te conheci por que tia Hye ficou doente e eu tive que vir trabalhar aqui.
— Essa é outra questão complicada, na verdade sua tia descobriu que estava doente alguns dias antes e a ideia do contrato foi dela, ela disse que seria o único jeito de passarmos um tempo juntos e nos conhecermos sem que desconfiasse, que era minha oportunidade de te conquistar.
— Tia Hye Soo, por isso ela nunca me dava resposta completas, eram sempre pistas para eu desvendar o enigma. Então o contrato...
— É falso, mas não se preocupe todo o valor que descontei de você está no banco rendendo juros. Você está bem? — vendo que eu fiquei pasma.
— Sim, eu só não entendo, eu larguei o emprego que eu gostava, tive que deixar a faculdade que ela sabia que era meu sonho, me afastei um pouco do , fiquei desesperada vendo ela naquela situação e tudo isso por uma mentira.
— Por favor nos perdoe, eu sei o quanto foi difícil e a Hye Soo também sabia. É importante que saiba que nem tudo era mentira. Quando ela desmaiou da primeira vez eu quis desistir dessa loucura, mas ela não deixou e me fez prometer que eu só contaria para você quando começasse a gostar de mim ou se desistisse do contrato. Eu não acreditava que daria certo até seu primeiro dia, quando te conheci no jardim fiquei mais apaixonado com seu jeito simples e delicado.
— Mesmo eu tendo falado mal de você?
— Foi sincera, como eu esperava que fosse, você é exatamente como sua tia descrevia e a cada dia eu tinha mais certeza de que era você que eu queria para mim.
— Isso tudo é tão louco. A tia Hye, no dia em que ela se despediu me disse que se eu não aguentasse mais eu deveria desistir, me fez até prometer.
— Ela disse quase o mesmo para mim, me fez prometer que não desistiria de você, por que no fundo você já gostava de mim, só não tinha descoberto ainda. Parece que ela estava certa, não é?
— É, estava sim, acho que me apaixonei por você no momento em que te conheci — disse olhando nos olhos dele — e se não fosse esse plano louco da tia Hye nada disso seria possível. Então o que vamos fazer agora, sua família acha que eu sou uma pessoa e na verdade eu sou outra.
— Nós vamos contar tudo pra elas, minha mãe apesar de tudo é bastante compreensiva e sensata e minha avó parece estar tão apaixonada por você quanto eu — eu ri ao ouvir ele dizer aquilo — então não precisa ter medo. — ele se levantou pegando nas minhas mãos me levantando também — Só tem uma coisa que eu ainda não ouvi de você...
— Eu te amo, e sim eu perdoo você e a tia Hye.
— E a Young Hee?
— Ela também sabia de tudo como sempre, eu perdoo ela também.
— Eu te amo! — ele me beijou de novo, como eu queria que o tempo parasse para nós dois, aquela sensação era tão boa e eu realmente estava amando e sendo amada por ele.
— Isso é realmente bem inesperado. — eu disse me aproximando toda molhada, como nem dava para notar as lagrimas da cena anterior, me fiz de forte.
— , eu posso explicar, não é o que... — ele disse soltando-a, mas ficou na frente dela como se quisesse esconde-la ou protege-la de mim.
— Não! — o interrompi — Por favor me poupe de te ouvir tentando me convencer que eu não vi o que eu acabei de ver.
— Quem é ela? — a garota perguntou a ele e eu mesma respondi.
— Sou a ex-namorada dele.
— Me escuta, vamos conversar em outro lugar.
— Ei — chamei a atenção da mulher que me olhou sem entender nada — se realmente vai ficar com ele, desejo que sejam felizes, só quero que saiba que como pessoa ele é extraordinário, mas como homem acabei de ver que não vale nada também.
— espera. — tentou me segurar e eu recuei antes que ele me tocasse.
— Tenham uma boa noite. — eu me virei e andei rápido para longe ele tentou ir atrás de mim, mas eu me escondi e então depois que ele desistiu eu fui embora, quando cheguei em casa não consegui mais segurar e desabei a chorar, como ele pôde fazer isto comigo, eu acho que não merecia.
Todas as promessas, os cuidados dele comigo, me senti esfaqueada centenas de vezes pelas costas, eu ainda fiquei me perguntando o que eu fiz para ele ter feito isso? Será que não fui uma boa namorada ou só não fui o suficiente? Mais uma vez eu estava sofrendo e chorando sem saber o que era pior, se era ter brigado com por algo que não era real ou ter sido traída pelo que eu confiava e nunca pensei que me feriria desta maneira. Em todo caso, lá estava eu sozinha de novo, sem tia Hye, sem o , sem emprego, brigada com e podendo perder a casa a qualquer momento, o que eu ia fazer? Como dizem: desgraça pouca é bobagem, e quando vem não é a cavalo e sim de Ferrari.
Passei a noite em claro e todo aquele dia, tentando achar uma saída e quanto mais eu pensava, mais perdida eu ficava e por fim eu só via o rosto de na minha mente, como um imã. Eu mesma não entendia que sentimento era aquele, comecei a me sentir aliviada com a traição de , como se fosse a desculpa que eu precisava para acabar com aquela situação, até por que ele nunca foi o suficiente e eu estava sendo teimosa, mas traição é traição, não deixa de ser doloroso. me ligou várias vezes e também, por fim desliguei o telefone, precisava de um tempo e não atendi nem mesmo Young Hee. De qualquer maneira, eu tinha que tirar a limpo os meu sentimentos e os de , tudo o que ele disse e o que eu não o deixei dizer estava dando voltas na minha cabeça. No outro dia eu havia me decidido a enfrentar meus medos, eu me arrumei e fui para a casa dele, Young Hee abriu a porta para mim, mas não me anunciou, imaginei que ele com certeza tivesse contado a ela o que houve. Estavam tomando café quando entrei na sala de jantar seguida por Young Hee que foi direto para a cozinha.
— Bom dia. — eu os cumprimentei e me responderam, Min Há estava se sentindo a dona da situação passando a mão no rosto dele, parecia com vergonha e a eomma me olhou sem entender o que acontecia, antes que Min Há dissesse algo a avó a beliscou lhe fazendo sinal para ficar quieta. — Nós podemos conversar um minuto? — disse a ele com a voz calejada de choro e ele assentiu com a cabeça, ao se levantar Min Há ia tentar segura-lo, avó lhe deu outro beliscão mais forte a fazendo parar quase chorando e sorriu para mim como apoio. Ele pediu licença e fomos para o quarto.
— Eu sinto muito. — as lagrimas começaram a rolar no meu rosto totalmente involuntárias. — Nós temos um acordo e eu decidi que vou continuar fingindo até sua mãe ir embora, depois pode me mandar embora se quiser.
— Não vou fazer isso e não quero mais fingir sobre algo que é tão real para mim.
— Eu e terminamos, ele já tinha achado alguém que ocupasse melhor o meu lugar, só eu que ainda não tinha percebido isso.
— Eu fico feliz por você. — eu o olhei sem entender, como ele pode estar feliz com meu sofrimento — Finalmente ele te deixou livre para ocupar o lugar que sempre foi seu, que é ao meu lado. — eu chorei mais e ele me puxou me abraçando forte, estava quente e aquilo me fazia muito bem.
— Eu acabei de terminar meu namoro, seria muito errado se eu dissesse o quanto seu abraço é maior que qualquer dor que eu possa sentir? — sem pensar ele levantou meu rosto e me beijou intensamente por alguns segundos, depois eu olhei em seus olhos e sussurrei — Eu espero que não tenha ninguém na porta desta vez.
— Não tem. — ele me deu outro beijou ainda mais ardente, eu me desmanchei, meu coração estava explodindo e nós dividíamos o mesmo ar e o mesmo sentimento, por um momento eu estava no céu, até Min Ha aparecer e nos interromper.
— Espero não estar atrapalhando, achei que já tinham desistido dessa farsa, por que sim, eu já sei que tudo isso é mentira. — ela disse com cinismo, só que desta vez eu não ia engolir.
— É Min Ha, você tem toda razão. — eu o soltei e me aproximei dela olhando fixamente em seus olhos a intimidando, fazendo seu sorriso sumir aos poucos sem entender o que eu pretendia — Nós mentimos, sobre tudo, uma grande mentira, mas quer saber de uma coisa, eu não me arrependo — então olhei para ele que sorria satisfeito com minhas palavras — E faria tudo de novo. — voltando minha atenção a ela fazendo-a engolir seco, conclui — Então, agora que você sabe, é melhor nos dar licença, pois vou continuar beijando meu futuro marido. — me virei, me aproximei dele e o beijei novamente e ele retribuiu calorosamente me apertando contra seu corpo, quando percebermos que ela já havia ido embora, começamos a rir da cara dela e foi por um bom tempo, depois ficamos mais calmos.
— Você falou sério? — ele perguntou olhando nos meu olhos — Quer que eu seja seu futuro marido?
— Eu acabei de te beijar então é muito sério, se você me quiser.
— Eu te beijei duas vezes, achei que tinha deixado claro o que eu quero.
— É, deixou sim — concordei convencidíssima, de que também era o que eu queria e o abracei.
— Eu preciso te contar uma coisa. — ele disse sério — eu espero que isto não mude nada entre nós.
— Nossa, o que pode ser tão grave para você falar desse jeito?
— Senta. — eu me sentei na cama, ele buscou a caixa do outro dia com as fotos e se sentou na cadeira de frente para mim — você já sabe das cartas com as fotos que sua tia me mandava.
— Sim, você disse que tinha curiosidade sobre mim.
— Era meia verdade.
— Como assim?
— Desde que Hye Soo veio trabalhar aqui, ela sempre contava para mim e Young Hee sobre você e seu pai. E conforme o tempo foi passando eu comecei a gostar daquela garota inteligente, simpática, gentil e linda das fotos. — fiquei vermelha — Depois que meu pai morreu e eu fui estudar fora, Young Hee e Hye Soo continuaram a mandar cartas e falar de você, era nosso segredo, Min Ha nunca soube.
— Mas por que tia Hye não me disse nada e nem nunca mencionou nada sobre você?
— Por que eu pedi, não queria que se interessasse por mim por influência de outras pessoas. Eu queria que me conhecesse e tirasse suas próprias conclusões. Fiquei louco para voltar para casa quando ela disse que você viria morar com ela, mas depois tive medo e não consegui me aproximar.
— Mas eu só te conheci por que tia Hye ficou doente e eu tive que vir trabalhar aqui.
— Essa é outra questão complicada, na verdade sua tia descobriu que estava doente alguns dias antes e a ideia do contrato foi dela, ela disse que seria o único jeito de passarmos um tempo juntos e nos conhecermos sem que desconfiasse, que era minha oportunidade de te conquistar.
— Tia Hye Soo, por isso ela nunca me dava resposta completas, eram sempre pistas para eu desvendar o enigma. Então o contrato...
— É falso, mas não se preocupe todo o valor que descontei de você está no banco rendendo juros. Você está bem? — vendo que eu fiquei pasma.
— Sim, eu só não entendo, eu larguei o emprego que eu gostava, tive que deixar a faculdade que ela sabia que era meu sonho, me afastei um pouco do , fiquei desesperada vendo ela naquela situação e tudo isso por uma mentira.
— Por favor nos perdoe, eu sei o quanto foi difícil e a Hye Soo também sabia. É importante que saiba que nem tudo era mentira. Quando ela desmaiou da primeira vez eu quis desistir dessa loucura, mas ela não deixou e me fez prometer que eu só contaria para você quando começasse a gostar de mim ou se desistisse do contrato. Eu não acreditava que daria certo até seu primeiro dia, quando te conheci no jardim fiquei mais apaixonado com seu jeito simples e delicado.
— Mesmo eu tendo falado mal de você?
— Foi sincera, como eu esperava que fosse, você é exatamente como sua tia descrevia e a cada dia eu tinha mais certeza de que era você que eu queria para mim.
— Isso tudo é tão louco. A tia Hye, no dia em que ela se despediu me disse que se eu não aguentasse mais eu deveria desistir, me fez até prometer.
— Ela disse quase o mesmo para mim, me fez prometer que não desistiria de você, por que no fundo você já gostava de mim, só não tinha descoberto ainda. Parece que ela estava certa, não é?
— É, estava sim, acho que me apaixonei por você no momento em que te conheci — disse olhando nos olhos dele — e se não fosse esse plano louco da tia Hye nada disso seria possível. Então o que vamos fazer agora, sua família acha que eu sou uma pessoa e na verdade eu sou outra.
— Nós vamos contar tudo pra elas, minha mãe apesar de tudo é bastante compreensiva e sensata e minha avó parece estar tão apaixonada por você quanto eu — eu ri ao ouvir ele dizer aquilo — então não precisa ter medo. — ele se levantou pegando nas minhas mãos me levantando também — Só tem uma coisa que eu ainda não ouvi de você...
— Eu te amo, e sim eu perdoo você e a tia Hye.
— E a Young Hee?
— Ela também sabia de tudo como sempre, eu perdoo ela também.
— Eu te amo! — ele me beijou de novo, como eu queria que o tempo parasse para nós dois, aquela sensação era tão boa e eu realmente estava amando e sendo amada por ele.
Capítulo 27
Depois de um tempo criando coragem, nós dois descemos para falar com a eomma e a avó, elas já esperavam na sala, parecia que Min Há já havia falado o que queria, ele pegou a minha mão me mostrando que estava comigo, então eu não me senti mais sozinha.
— Eu já contei da sua farsa para elas, você não engana mais ninguém nessa casa. — Min Ha confirmou o que eu pensei.
— Quando não se sabe da verdadeira história, não se deve julgar nenhuma ação por pior que pareça. Olhando por este lado, eu quero ouvir o que vocês tem a dizer. — eomma com franqueza e sensatez como disse.
— Mas eomma, eles vão continuar mentindo para a senhora.
— Calada Min Ha, eu já ouvi você, agora quero que eles falem. — eomma foi ríspida com ela e se voltou para nós dois — Estou esperando, sentem-se. — ela se sentou e nós obedecemos, nos sentamos e contamos tudo a ela, desde a suposta dívida da tia Hye Soo até aquele momento. A eomma ficou nos olhando atenta e não disse nada enquanto nos ouvia e quando finalmente terminamos. — Eu não sei o que dizer, é muita loucura junta.
— Você não sabe, mas eu sei. — a avó falou nos deixando a todos surpresos — eu lhes dou a minha benção.
— Avó, a senhora voltou a falar? — eu disse bem contente.
— Na verdade eu nunca deixei de falar. — ela disse brincando.
— Mas e seu trauma? — Min Ha confusa.
— Eu não parei de falar por causa de trauma nenhum, parei por que não tinha nada útil para dizer e você deveria fazer o mesmo Min Ha. — ela a deixou sem graça e continuou — Mas agora eu quero muito dizer o que eu vejo, um casal apaixonado, que demorou muito para se acertar e que merece ser muito feliz.
— A senhora não ouviu o que eles acabaram de dizer, que mentiram, nos enganaram.
— Sim, eles mentiram Yang Mi, mas você vai sobreviver. — a avó ironizou — O tempo pode ter passado, mas se você se esqueceu, eu me lembro bem que também saia escondido dos seus pais para se encontrar com meu filho, quando ele não tinha onde cair morto. Então o que me diz? — a fez cair em si.
— Eu — ela pensou um pouco e continuou — eu entendo vocês, minha sogra está certa, eu teria que ser cega para não ter percebido desde o começo que estão apaixonados e por isso eu abençoo vocês também.
— Mas eomma isso não é justo. — a garota disse em lagrimas, até fiquei com dó, só que não.
— Min Ha para de choramingar e entenda de uma vez, eles se amam. Você perdeu, aceite e viva com dignidade. — eomma a aconselhou, se levantou e pegando nas minhas mãos eu me levantei e ela disse — Eu não consegui dizer isso antes, mas digo agora com certeza: bem vinda a família. — eu sorri e a abracei depois a avó, também as abraçou, pude ver nos olhos dele o quanto ele estava feliz e eu não estava menos. Depois enquanto eles conversavam fui a cozinha acertar as contas com Young Hee.
— E então vocês se acertaram? — disse como quem não quer nada.
— Eu já sei de tudo Young Hee, não precisa mais fingir. — tentei fingir braveza, não convenci muito.
— Eu não sei do que está falando. — se fez inocente.
— De tudo, do contrato falso, do plano da tia Hye para eu ficar e a sua participação nessa loucura toda. — então ela se virou para mim me olhando com cara de culpa.
— Eu confesso que ajudei um pouquinho.
— Você chama sonegar informação de ajudar um pouquinho?
— Suponho que ele também tenha contado que a ideia da namorada falsa foi minha.
— Não, mas eu devia ter imaginado. — eu segurava o riso com todas as minhas forças. — E eu devo te agradecer por isso.
— Então isto quer dizer?
— Quer dizer que nós nos acertamos e estamos muito bem. — disse sorrindo de canto a canto e ela me abraçou fazendo festa.
— Até que enfim, fiquei tão aflita quando saiu debaixo daquela chuva, achei que tudo estava perdido, não sabe o quanto fico feliz por vocês dois.
— Eu também estou muito feliz, como nunca imaginei estar um dia.
Nós ficamos ali comemorando mais um pouco. Alguns dias depois a eomma, a avó e a mala, digo, nossa querida amiga Min Ha voltaram para Paris, antes tive que prometer a eomma que nós dois só dormiríamos no mesmo quarto de novo depois de casados. Eu voltei para casa e me mantive com o dinheiro que ele me devolveu, ele é um bom investidor pois o valor havia triplicado durante aquele período. Eu e finalmente tivemos nosso primeiro encontro como namorados de verdade.
Ele me levou para um jantar romântico em um restaurante super elegante com uma vista linda para a cidade e me pediu formalmente em namoro, foi perfeito e para completar ele me deu o cordão prata com o pingente de cristal rosa em forma de coração, o mesmo que me encantou no dia em que saímos as compras, não tirei mais desde aquele dia. Eu não poderia imaginar tamanha mudança de vida, a morte do meu pai e depois da tia Hye, me apaixonar pelo meu patrão, que na verdade era o cara que gostava de mim desde criança, enquanto era traída pelo cara que eu achava que gostava de mim e não era quem eu realmente amava. Tudo foi uma grande surpresa para mim e a vida ainda tinha mais para me oferecer. Assim que completaram os 100 dias do falecimento da tia Hye Soo, fomos até o tumulo fazer as orações e homenagens como no costume coreano.
aproveitou para pedir minha mão em casamento diante da memória dela, prometendo cuidar de mim para toda a vida. Parecia meio fúnebre, mais foi lindo. Agora minha preocupação era com os preparativos do casamento, mandamos os convites para os amigos mais íntimos da família e os funcionários da empresa que eram mais próximos, queríamos algo mais reservado nada grandioso. Depois de quatro meses, Eomma e a avó vieram com duas semanas de antecedência me ajudar com o que faltava, em um dia nós saímos juntas para fazer os últimos ajustes no vestido, nos encontraria depois para almoçar. Enquanto as duas foram escolher uma mesa no restaurante do shopping eu estava ainda olhando uma vitrine até dar de cara com , eu não o via desde aquele fatídico dia.
— Oi. — ele disse meio sem jeito.
— Oi, quanto tempo, está tudo bem?
— É, estou levando, já você parece bem, feliz, está muito bonita.
— Obrigada, eu estou mesmo feliz, — desculpa a sinceridade, mas não consegui esconder — eu vou me casa daqui uma semana.
— Sério? — disse um tanto decepcionado com a notícia — Nossa, eu não imaginava isso.
— Na verdade nem eu, foi um presente e tanto do destino.
— E quem é o felizardo?
— Está bem aqui. — havia acabado de chegar e atraiu a nossa atenção para ele e se aproximou.
— Isso já não me surpreende tanto.
— Minha mãe está chamando, já fizeram os pedidos. — disse olhando para mim sem dar muita importância a .
— Sim já vamos. eu fico feliz que esteja bem e lhe desejo felicidades. Até mais. — nós nos viramos para ir embora, mas o preferiu não ficar calado.
— Vocês são patéticos, eu devia ter visto antes, aquele dia no hospital, toda aquela cena de patrão preocupado.
— por favor, o que está fazendo? — me virei para ele para que parasse.
— Dizendo a verdade que já estavam juntos não é, pois assim que terminou comigo não perdeu tempo em ficar com o cara rico. — ao ouvir aquilo se virou devagar sorrindo e de repente lhe deu um soco o fazendo cuspir sangue.
— Isso foi por você ser um mal caráter, se quiser mais é só dizer.
— ! — eu o segurei e me pus na frente dele vendo que se levantava e a briga poderia ficar pior. — Por favor parem com isso agora. você seguiu sua vida e eu tenho o direito de seguir a minha, mas não vou permitir que duvide da minha fidelidade no tempo em que estávamos juntos, até por que quem estava consciente de que estava traindo e foi pego foi você, sabe muito bem disso.
— Me desculpe, eu acho que só não queria ter perdido você para esse cara, eu admito que mereci. — disse mais contido e pareceu arrependido.
— Está tudo bem, não está .
— Está. — ele respondeu sério — É melhor ir cuidar disso.
— Irei, me desculpe mais uma vez e, parabéns pelo casamento. — sem mais ele foi embora rapidamente.
— Não devia ter batido nele. — eu o repreendi séria.
— Se você não ouviu, ele disse que mereceu, eu só fiz o favor. Agora vamos estou com fome. — me segurou de leve e me deu um beijo entre os olhos sobre o nariz sorrindo, fazendo com que eu também sorrisse e então fomos almoçar com as senhoras.
— Eu já contei da sua farsa para elas, você não engana mais ninguém nessa casa. — Min Ha confirmou o que eu pensei.
— Quando não se sabe da verdadeira história, não se deve julgar nenhuma ação por pior que pareça. Olhando por este lado, eu quero ouvir o que vocês tem a dizer. — eomma com franqueza e sensatez como disse.
— Mas eomma, eles vão continuar mentindo para a senhora.
— Calada Min Ha, eu já ouvi você, agora quero que eles falem. — eomma foi ríspida com ela e se voltou para nós dois — Estou esperando, sentem-se. — ela se sentou e nós obedecemos, nos sentamos e contamos tudo a ela, desde a suposta dívida da tia Hye Soo até aquele momento. A eomma ficou nos olhando atenta e não disse nada enquanto nos ouvia e quando finalmente terminamos. — Eu não sei o que dizer, é muita loucura junta.
— Você não sabe, mas eu sei. — a avó falou nos deixando a todos surpresos — eu lhes dou a minha benção.
— Avó, a senhora voltou a falar? — eu disse bem contente.
— Na verdade eu nunca deixei de falar. — ela disse brincando.
— Mas e seu trauma? — Min Ha confusa.
— Eu não parei de falar por causa de trauma nenhum, parei por que não tinha nada útil para dizer e você deveria fazer o mesmo Min Ha. — ela a deixou sem graça e continuou — Mas agora eu quero muito dizer o que eu vejo, um casal apaixonado, que demorou muito para se acertar e que merece ser muito feliz.
— A senhora não ouviu o que eles acabaram de dizer, que mentiram, nos enganaram.
— Sim, eles mentiram Yang Mi, mas você vai sobreviver. — a avó ironizou — O tempo pode ter passado, mas se você se esqueceu, eu me lembro bem que também saia escondido dos seus pais para se encontrar com meu filho, quando ele não tinha onde cair morto. Então o que me diz? — a fez cair em si.
— Eu — ela pensou um pouco e continuou — eu entendo vocês, minha sogra está certa, eu teria que ser cega para não ter percebido desde o começo que estão apaixonados e por isso eu abençoo vocês também.
— Mas eomma isso não é justo. — a garota disse em lagrimas, até fiquei com dó, só que não.
— Min Ha para de choramingar e entenda de uma vez, eles se amam. Você perdeu, aceite e viva com dignidade. — eomma a aconselhou, se levantou e pegando nas minhas mãos eu me levantei e ela disse — Eu não consegui dizer isso antes, mas digo agora com certeza: bem vinda a família. — eu sorri e a abracei depois a avó, também as abraçou, pude ver nos olhos dele o quanto ele estava feliz e eu não estava menos. Depois enquanto eles conversavam fui a cozinha acertar as contas com Young Hee.
— E então vocês se acertaram? — disse como quem não quer nada.
— Eu já sei de tudo Young Hee, não precisa mais fingir. — tentei fingir braveza, não convenci muito.
— Eu não sei do que está falando. — se fez inocente.
— De tudo, do contrato falso, do plano da tia Hye para eu ficar e a sua participação nessa loucura toda. — então ela se virou para mim me olhando com cara de culpa.
— Eu confesso que ajudei um pouquinho.
— Você chama sonegar informação de ajudar um pouquinho?
— Suponho que ele também tenha contado que a ideia da namorada falsa foi minha.
— Não, mas eu devia ter imaginado. — eu segurava o riso com todas as minhas forças. — E eu devo te agradecer por isso.
— Então isto quer dizer?
— Quer dizer que nós nos acertamos e estamos muito bem. — disse sorrindo de canto a canto e ela me abraçou fazendo festa.
— Até que enfim, fiquei tão aflita quando saiu debaixo daquela chuva, achei que tudo estava perdido, não sabe o quanto fico feliz por vocês dois.
— Eu também estou muito feliz, como nunca imaginei estar um dia.
Nós ficamos ali comemorando mais um pouco. Alguns dias depois a eomma, a avó e a mala, digo, nossa querida amiga Min Ha voltaram para Paris, antes tive que prometer a eomma que nós dois só dormiríamos no mesmo quarto de novo depois de casados. Eu voltei para casa e me mantive com o dinheiro que ele me devolveu, ele é um bom investidor pois o valor havia triplicado durante aquele período. Eu e finalmente tivemos nosso primeiro encontro como namorados de verdade.
Ele me levou para um jantar romântico em um restaurante super elegante com uma vista linda para a cidade e me pediu formalmente em namoro, foi perfeito e para completar ele me deu o cordão prata com o pingente de cristal rosa em forma de coração, o mesmo que me encantou no dia em que saímos as compras, não tirei mais desde aquele dia. Eu não poderia imaginar tamanha mudança de vida, a morte do meu pai e depois da tia Hye, me apaixonar pelo meu patrão, que na verdade era o cara que gostava de mim desde criança, enquanto era traída pelo cara que eu achava que gostava de mim e não era quem eu realmente amava. Tudo foi uma grande surpresa para mim e a vida ainda tinha mais para me oferecer. Assim que completaram os 100 dias do falecimento da tia Hye Soo, fomos até o tumulo fazer as orações e homenagens como no costume coreano.
aproveitou para pedir minha mão em casamento diante da memória dela, prometendo cuidar de mim para toda a vida. Parecia meio fúnebre, mais foi lindo. Agora minha preocupação era com os preparativos do casamento, mandamos os convites para os amigos mais íntimos da família e os funcionários da empresa que eram mais próximos, queríamos algo mais reservado nada grandioso. Depois de quatro meses, Eomma e a avó vieram com duas semanas de antecedência me ajudar com o que faltava, em um dia nós saímos juntas para fazer os últimos ajustes no vestido, nos encontraria depois para almoçar. Enquanto as duas foram escolher uma mesa no restaurante do shopping eu estava ainda olhando uma vitrine até dar de cara com , eu não o via desde aquele fatídico dia.
— Oi. — ele disse meio sem jeito.
— Oi, quanto tempo, está tudo bem?
— É, estou levando, já você parece bem, feliz, está muito bonita.
— Obrigada, eu estou mesmo feliz, — desculpa a sinceridade, mas não consegui esconder — eu vou me casa daqui uma semana.
— Sério? — disse um tanto decepcionado com a notícia — Nossa, eu não imaginava isso.
— Na verdade nem eu, foi um presente e tanto do destino.
— E quem é o felizardo?
— Está bem aqui. — havia acabado de chegar e atraiu a nossa atenção para ele e se aproximou.
— Isso já não me surpreende tanto.
— Minha mãe está chamando, já fizeram os pedidos. — disse olhando para mim sem dar muita importância a .
— Sim já vamos. eu fico feliz que esteja bem e lhe desejo felicidades. Até mais. — nós nos viramos para ir embora, mas o preferiu não ficar calado.
— Vocês são patéticos, eu devia ter visto antes, aquele dia no hospital, toda aquela cena de patrão preocupado.
— por favor, o que está fazendo? — me virei para ele para que parasse.
— Dizendo a verdade que já estavam juntos não é, pois assim que terminou comigo não perdeu tempo em ficar com o cara rico. — ao ouvir aquilo se virou devagar sorrindo e de repente lhe deu um soco o fazendo cuspir sangue.
— Isso foi por você ser um mal caráter, se quiser mais é só dizer.
— ! — eu o segurei e me pus na frente dele vendo que se levantava e a briga poderia ficar pior. — Por favor parem com isso agora. você seguiu sua vida e eu tenho o direito de seguir a minha, mas não vou permitir que duvide da minha fidelidade no tempo em que estávamos juntos, até por que quem estava consciente de que estava traindo e foi pego foi você, sabe muito bem disso.
— Me desculpe, eu acho que só não queria ter perdido você para esse cara, eu admito que mereci. — disse mais contido e pareceu arrependido.
— Está tudo bem, não está .
— Está. — ele respondeu sério — É melhor ir cuidar disso.
— Irei, me desculpe mais uma vez e, parabéns pelo casamento. — sem mais ele foi embora rapidamente.
— Não devia ter batido nele. — eu o repreendi séria.
— Se você não ouviu, ele disse que mereceu, eu só fiz o favor. Agora vamos estou com fome. — me segurou de leve e me deu um beijo entre os olhos sobre o nariz sorrindo, fazendo com que eu também sorrisse e então fomos almoçar com as senhoras.
Capítulo 28
Finalmente o grande dia chegou, era quase meio dia e nosso casamente estava a poucos minutos de se realizar. Foi montada uma tenda no campo de um clube de golfe, próximo ao prédio principal onde ficava o restaurante do lugar, tudo decorado em tons claros com lírios brancos e ornamentos dourado e verde. Luminárias japonesas em forma de globo por todo o lugar, mesas e cadeiras dos dois lados de um extenso tapete branco levando ao altar ornado também com lírios, como nos meus sonhos lembrava até o jardim da casa de e que a partir dali também seria minha casa. Os convidados estavam terminando de chegar, eu estava em uma das salas do clube, terminando de me arrumar, cabelo, unha, maquiagem, o vestido (e que vestido), eu estava linda a eomma e a avó saíram para ver se já estava tudo em ordem para a minha saída e enquanto eu me admirava no espelho recebi a visita da gracinha... da Min Ha.
— Vocês realmente levaram a mentira a diante, o circo está armado pelo que vejo.
— Min Ha, eu tinha uma imensa esperança de que não viesse.
— Eu não poderia perder esse show por nada, quem sabe o noivo não desiste na hora do sim ou a noiva resolve não aparecer.
— O que você quer hein? Me humilhar? Fazer suas piadas baratas e constrangedoras? Pois eu tenho uma péssima notícia para te dar, saiba que nenhuma porcaria que sai da sua boca me afeta mais — disse olhando nos olhos dela e fui contornando ela caminhando em direção a porta ficando atrás dela — Eu amo o , e olha só que estranho, ele também me ama — repudiei com sarcasmos — Agora com sua licença, eu vou me casar. — eu disse sob os ombros dela e sai sorrindo a deixando lá parada e sem resposta engolindo o recalque. Desta vez usei minha vasta sabedoria e a tranquei lá dentro dizendo bem baixinho — Me desculpe Min Ha, mas você não vai atrapalhar meu dia! — respirei fundo e fui andando pelo corredor até encontrar a eomma que estava indo me buscar.
Estava tudo pronto, nós duas saímos e eu fiquei esperando minha vez até que fizeram sinal, me posicionei e levantaram a cortina da tenda, de todas as pessoas ali, eu só conseguia olhar para ele lá na frente ao fim daquele caminho, me esperando e acho que tão nervoso quanto eu. Caminhei até ele, eu parecia flutuar e ao imaginar a Min Ha trancada aos berros naquela sala com abafador acústico me fazia sorrir ainda mais. Como eu fui má, fiquei arrependida depois, só que não. Optamos pelo casamento no estilo ocidental, a cerimônia foi linda a Young Hee não parava de chorar de tão emocionada, ela foi madrinha do junto com seu marido enquanto a avó e Chul Min foram os meus.
Dissemos o sim e fizemos nossos votos trocando as alianças, com tudo meu coração quis sair pela boca mesmo quando o padre nos declarou marido e esposa e disse que ele poderia me beijar. Foi nosso primeiro beijo de recém casados, a felicidade era tanta que já não cabia em nós dois. Demos início a festa, recebemos os cumprimentos e no meio da comemoração, meio que me sequestrou e me levou para um Hotel cinco estrelas. Me pegou no colo e entrou comigo no quarto especialmente arrumado para nós dois, com pétalas de rosas sobre a cama e no chão, velas perfumadas e champanhe, ainda era dia, o que fazia aquele momento ser ainda mais especial e diferente. Confesso estava morrendo de medo, mas ele passava tanta tranquilidade e confiança que logo foi passando.
— Eu achei que seria melhor se viesses para cá antes de viajar, assim não se cansaria muito indo direto da festa.
— Você pensou bem, mas tenho motivos para acreditar que este não é o único motivo.
— Acho que não consigo mais enganar você não é mesmo? Mas está certa, eu realmente tinha outra intenção — ai meu Deus — Esses dias nós estivemos um pouco distantes um do outro com os preparativos do casamento enfim, pensei que poderíamos comemorar só nós dois, sem plateia. — foi servindo o champanhe e me dando — Até por que a festa não é exatamente para os noivos e sim para os convidados.
— Eu não tinha visto assim, mas você está certo, eu estava mesmo sentindo falta de ficar sozinha com você. E esse lugar é fantástico — eu me vire de costas para ele observando a vista pela janela, era um prédio bem alto e estávamos em um dos últimos andares. Ele se aproximou colocando as mãos na minha cintura e beijou minha nuca, eu fiquei nervosa e revirei a taça de champanhe de uma vez.
— Vai devagar, vai ser melhor se estiver sóbria. — ele disse naturalmente me deixando ainda mais apreensiva, então tirou a taça da minha mão e tocou suavemente meus ombros. — Eu esperei muito tempo por este momento, eu me lembro como se fosse ontem de quando nós fingíamos o namoro e você começou a dormir no meu quarto. Tinha dias que eu achava que ia explodir, e a minha vontade era de te abraçar assim — ele me apertou mais contra seu corpo — e te beijar assim — foi beijando meu pescoço levemente me deixando zonza e sem ar — e ter você toda para mim. — ele me virou com carinho acariciou meu rosto e meus lábios e me beijou ardentemente.
A sensação era de estar em brasa quente e não queimar. Suas mãos deslizavam sobre meu corpo com suavidade e ao mesmo tempo com firmeza, seu desejo estava a todo vapor o que fazia o meu aumentar ainda mais. Soltou meu cabelo e foi desabotoando meu vestido com muita precisão e urgência. Pelo horário, só posso dizer que terminamos na cama horas depois como viemos ao mundo, e foi maravilhoso.
Ele havia levado umas peças de roupa para nos trocarmos no Hotel, como sempre já tinha combinado tudo com Young Hee e dali fomos direto para o aeroporto onde ela já nos aguardava com a nossa bagagem acompanhada da eomma e da avó. Nos despedimos delas e seguimos viagem para a ilha de Jeju, onde ficamos hospedados em um resort por uma semana. Nós dois primeiros dias só saímos do quarto para comer e olhe lá, foi o máximo. Pena que não podemos ficar mais tempo, tinha trabalho na empresa e eu começaria a trabalhar lá com ele em meio período, pois já estava com tudo organizado para voltar a faculdade. Combinamos de ter nosso primeiro filho depois que eu me formasse, o que aconteceu quatro anos depois, dei a notícia a hoje de manhã, ele ficou radiante e não para de me mandar mensagens com possíveis nomes para o bebê. Tantas perdas e tantas lagrimas, mas hoje eu vejo que realmente valeu a pena, só acho que o caminho poderia ter sido mais curto, mas fazer o que? Bom, acho que já contei tudo, eu me casei, estou gravida e muito feliz, ah não, já ia me esquecendo. A resposta é não, Min Ha não virou uma caveira esquecida na sala do clube, um simpático e caridoso zelador teve que abrir a porta para limpar, depois que a festa já havia terminado e ela já não tinha mais voz para gritar. Adoro!
Abraços, ...
— Vocês realmente levaram a mentira a diante, o circo está armado pelo que vejo.
— Min Ha, eu tinha uma imensa esperança de que não viesse.
— Eu não poderia perder esse show por nada, quem sabe o noivo não desiste na hora do sim ou a noiva resolve não aparecer.
— O que você quer hein? Me humilhar? Fazer suas piadas baratas e constrangedoras? Pois eu tenho uma péssima notícia para te dar, saiba que nenhuma porcaria que sai da sua boca me afeta mais — disse olhando nos olhos dela e fui contornando ela caminhando em direção a porta ficando atrás dela — Eu amo o , e olha só que estranho, ele também me ama — repudiei com sarcasmos — Agora com sua licença, eu vou me casar. — eu disse sob os ombros dela e sai sorrindo a deixando lá parada e sem resposta engolindo o recalque. Desta vez usei minha vasta sabedoria e a tranquei lá dentro dizendo bem baixinho — Me desculpe Min Ha, mas você não vai atrapalhar meu dia! — respirei fundo e fui andando pelo corredor até encontrar a eomma que estava indo me buscar.
Estava tudo pronto, nós duas saímos e eu fiquei esperando minha vez até que fizeram sinal, me posicionei e levantaram a cortina da tenda, de todas as pessoas ali, eu só conseguia olhar para ele lá na frente ao fim daquele caminho, me esperando e acho que tão nervoso quanto eu. Caminhei até ele, eu parecia flutuar e ao imaginar a Min Ha trancada aos berros naquela sala com abafador acústico me fazia sorrir ainda mais. Como eu fui má, fiquei arrependida depois, só que não. Optamos pelo casamento no estilo ocidental, a cerimônia foi linda a Young Hee não parava de chorar de tão emocionada, ela foi madrinha do junto com seu marido enquanto a avó e Chul Min foram os meus.
Dissemos o sim e fizemos nossos votos trocando as alianças, com tudo meu coração quis sair pela boca mesmo quando o padre nos declarou marido e esposa e disse que ele poderia me beijar. Foi nosso primeiro beijo de recém casados, a felicidade era tanta que já não cabia em nós dois. Demos início a festa, recebemos os cumprimentos e no meio da comemoração, meio que me sequestrou e me levou para um Hotel cinco estrelas. Me pegou no colo e entrou comigo no quarto especialmente arrumado para nós dois, com pétalas de rosas sobre a cama e no chão, velas perfumadas e champanhe, ainda era dia, o que fazia aquele momento ser ainda mais especial e diferente. Confesso estava morrendo de medo, mas ele passava tanta tranquilidade e confiança que logo foi passando.
— Eu achei que seria melhor se viesses para cá antes de viajar, assim não se cansaria muito indo direto da festa.
— Você pensou bem, mas tenho motivos para acreditar que este não é o único motivo.
— Acho que não consigo mais enganar você não é mesmo? Mas está certa, eu realmente tinha outra intenção — ai meu Deus — Esses dias nós estivemos um pouco distantes um do outro com os preparativos do casamento enfim, pensei que poderíamos comemorar só nós dois, sem plateia. — foi servindo o champanhe e me dando — Até por que a festa não é exatamente para os noivos e sim para os convidados.
— Eu não tinha visto assim, mas você está certo, eu estava mesmo sentindo falta de ficar sozinha com você. E esse lugar é fantástico — eu me vire de costas para ele observando a vista pela janela, era um prédio bem alto e estávamos em um dos últimos andares. Ele se aproximou colocando as mãos na minha cintura e beijou minha nuca, eu fiquei nervosa e revirei a taça de champanhe de uma vez.
— Vai devagar, vai ser melhor se estiver sóbria. — ele disse naturalmente me deixando ainda mais apreensiva, então tirou a taça da minha mão e tocou suavemente meus ombros. — Eu esperei muito tempo por este momento, eu me lembro como se fosse ontem de quando nós fingíamos o namoro e você começou a dormir no meu quarto. Tinha dias que eu achava que ia explodir, e a minha vontade era de te abraçar assim — ele me apertou mais contra seu corpo — e te beijar assim — foi beijando meu pescoço levemente me deixando zonza e sem ar — e ter você toda para mim. — ele me virou com carinho acariciou meu rosto e meus lábios e me beijou ardentemente.
A sensação era de estar em brasa quente e não queimar. Suas mãos deslizavam sobre meu corpo com suavidade e ao mesmo tempo com firmeza, seu desejo estava a todo vapor o que fazia o meu aumentar ainda mais. Soltou meu cabelo e foi desabotoando meu vestido com muita precisão e urgência. Pelo horário, só posso dizer que terminamos na cama horas depois como viemos ao mundo, e foi maravilhoso.
Ele havia levado umas peças de roupa para nos trocarmos no Hotel, como sempre já tinha combinado tudo com Young Hee e dali fomos direto para o aeroporto onde ela já nos aguardava com a nossa bagagem acompanhada da eomma e da avó. Nos despedimos delas e seguimos viagem para a ilha de Jeju, onde ficamos hospedados em um resort por uma semana. Nós dois primeiros dias só saímos do quarto para comer e olhe lá, foi o máximo. Pena que não podemos ficar mais tempo, tinha trabalho na empresa e eu começaria a trabalhar lá com ele em meio período, pois já estava com tudo organizado para voltar a faculdade. Combinamos de ter nosso primeiro filho depois que eu me formasse, o que aconteceu quatro anos depois, dei a notícia a hoje de manhã, ele ficou radiante e não para de me mandar mensagens com possíveis nomes para o bebê. Tantas perdas e tantas lagrimas, mas hoje eu vejo que realmente valeu a pena, só acho que o caminho poderia ter sido mais curto, mas fazer o que? Bom, acho que já contei tudo, eu me casei, estou gravida e muito feliz, ah não, já ia me esquecendo. A resposta é não, Min Ha não virou uma caveira esquecida na sala do clube, um simpático e caridoso zelador teve que abrir a porta para limpar, depois que a festa já havia terminado e ela já não tinha mais voz para gritar. Adoro!
Abraços, ...
The End.
Nota da autora:
Olá sou a Pri unnie, esta é a minha primeira fic, depois de muita insistência da Pâms, espero que gostem e acompanhem este romance. Fiquem à vontade para aproveitar dessa fic com seus bias/preferidos de outros grupos e para deixar seus comentários!!!
"Obrigada Deus, por me dar forças para sempre continuar, por mais difícil e espinhoso que seja o caminho,
sei que Estas comigo e não me desamparará na minha jornada!"
*-* By: Pri
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| 1908 | A Um Passo do Céu | Changing From Life | Independent Women Pt.I (Mixtape: Power Girl) | Islands |
*links se encontram na página da autora
Olá sou a Pri unnie, esta é a minha primeira fic, depois de muita insistência da Pâms, espero que gostem e acompanhem este romance. Fiquem à vontade para aproveitar dessa fic com seus bias/preferidos de outros grupos e para deixar seus comentários!!!
*-* By: Pri
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