Especial de Natal Our F.R.I.E.N.D.S
O Inimigo Agora é HOHOHOutro

Finalizada em: 23/12/2020

O subconsciente de Will nunca deixava de surpreender. Algumas noites atrás, ele tinha sonhado com uma cena estranha. Havia quatro pessoas: duas garotas e dois garotos – dois completamente anormais, dois um pouco menos anormais. Todos eles estavam num mesmo lugar, um lugar muito parecido com um açougue, e por algum motivo acharam que seria uma boa ideia jogar peteca com uma bola de boliche flamejante... Enquanto ele apitava o jogo usando nada além de uma canga com patinhos.
E um pato. Por algum motivo, tinha realmente um pato na parada.
E Choi também, seu companheiro de quarto ninja que quase ninguém conseguia ver...?
Rendeu um bom quadro, que agora estava em exposição no seu estúdio de tatuagem?
Sim.
Rendeu alguns prováveis problemas psicológicos?
Também.
Mas o sonho da noite passada tinha apresentado um novo nível de desastre. Por alguma desgraça do destino, as duplas de antes haviam voltado para assombrá-lo e dessa vez elas moravam de frente uma para a outra, num corredor de prédio… Mais do que isso, o corredor era extremamente familiar. Mais do que isso, o corredor era IGUAL àqueles do seu próprio prédio, o que significava que, de certa maneira, ele era vizinho dos indivíduos excêntricos criados por seu cérebro. E, quando ele desceu para aquele corredor (por quê? Oras, se tratando de sonho, acho que a pergunta verdadeira deveria ser POR QUE NÃO)...
Bem. Digamos que a bola de boliche de repente pareceu bastante agradável.
Um dos apartamentos, com a porta aberta e água vazando, tinha duas pessoas correndo dentro deles (ele CONHECIA aquelas pessoas, eram os dois indivíduos mais anormais. Deus). Eles tinham marretas na mão e punham as paredes abaixo cantando Wrecking Ball (ou seria o hino da Hungria? Por algum motivo eles soaram tão parecidos no seu sonho). No outro apê, a situação não era muito melhor. Por entre folgas de uma nuvem de poeira, lá estava Choi, seu companheiro de quarto, e aquele mesmo pato de antes travando uma batalha.
Pera, travando O QUÊ?
Enfim, o segundo apartamento também não conseguiu resistir com tamanha confusão. Vasos foram quebrados, móveis acabaram derrubados e armários terminaram destruídos. E aqueles dois outros indivíduos (os ligeiramente menos estranhos)... É, eles estavam lá também. A menina corria atrás do garoto, lá mais para o fim do corredor, berrando que ele havia arruinado a sua vida (em adendo: por que Will jurou que havia sentido cheiro de Gelol de repente?) (pera, a gente pode sentir cheiro em sonho?) (bom, não é como se esse fosse o fator mais crucial aqui, né?).
Ainda bem que essas coisas não acontecem na vida real, certo? Pessoas não destruíram seus apartamentos com marretadas, certo?
Certo.
Will abriu a porta de seu quarto e foi imediatamente acertado por um projétil de formato humano gritando "TIO WILL!".
Ah, é. Elas destruíram, sim.
E pior: AGORA MORAVAM DE FAVOR NA CASA DELE.
Após uma rápida prece silenciosa a toda e qualquer entidade que tivesse um pouquinho de pena dele (haha, boa sorte, Will. Já te adianto que algumas entidades estão rindo da tua cara e fazendo algumas apostas), ele conseguiu se desvencilhar do abraço apertado do projétil.
– Bom dia para você também, .
Como será que ele acreditou, POR UM MOMENTO QUE FOSSE, que isso tudo tinha sido um sonho? É “memória reprimida” que chama, meus amigos.
Ainda assim, a Mariah Carey cantando “All I Want For Christmas is You” no último volume devia tê-lo feito se tocar da realidade, mesmo antes de abrir a porta.
Ah, não, não é a Mariah Carey. É o . Rapaz, que belo alcance vocal.
, usando um gorro de Papai Noel um pouco mal posicionado e agora sem os braços em torno de Will, olhou para ele.
– Você sabe onde estão os seus pisca-piscas? A gente tá fazendo um de Natal! – e ela apontou para um inteiramente enrolado com luzes de Natal, vindas do que conseguiram encontrar no terreno baldio que era o apartamento da garota no momento, e pulando alegremente com uma estrela no alto da cabeça.
Will revirou os olhos.
– Eu gostaria tanto que vocês não tivessem entrado na minha loja aquela noite... – ele disse, ignorando e o de Natal, enquanto seguia para a cozinha para pegar uma caneca de café. Sim, ele passou por . Sim, continuava cantando a plenos pulmões.
– E eu gostaria de ter ganhado uma tatuagem do Jack Esqueleto na perna, mas você se recusou! – a menina rebateu, tentando encontrar a tomada das luzes de Natal para acender a criação.
– Desculpe, é um negócio pessoal. Eu não faço tatuagens permanentes enormes em pessoas completamente doidas que entram na minha loja e não tem a intenção de pagar – Will disse, puxando a tomada da mão de antes que ela conseguisse acender o de Natal (e provavelmente causar um curto-circuito no prédio).
– Quem disse que eu não ia pagar? – perguntou, indignada.
– Você ia?
soltou um grunhido que poderia significar literalmente qualquer coisa no intervalo entre Óbvio que eu ia pagar” e “Eu perdi minha carteira há três meses”.
– Que tal assim: ninguém destrói meu apartamento e eu faço a sua tatuagem. O que me diz? – ele segurava a tomada no alto, fora do alcance de que pulava para tentar roubar o fio de volta. também dava pulinhos, mas era só porque Will puxava o fio que estava, bom…
...Totalmente enrolado em .
– TIME, OLHA SÓ O QUE EU ACHEI! – escolheu esse momento para entrar no apartamento, trazendo um festão de Natal enorme. – Vai ficar ótimo no de Natal. Eu não sei quem jogou todas as nossas coisas de Natal na sala do terreno baldio que é o nosso apartamento, mas eu fiquei agradecida.
De repente, um post-it com motivos natalinos surgiu na parede: “De nada”. Bem se via que o hábito de Choi de se comunicar por post-its misteriosos ainda permanecia.
O quê? Quase ninguém conseguia ver ou ouvir o homem! De algum jeito ele tinha que avisar que está com fome, né?
foi ao encontro de e, juntamente com a amiga, começou a enrolar o festão no de Natal. O pobre coitado, que já mal conseguia se mexer, agora estava totalmente embalado, pronto para ser vendido em qualquer liquidação de Natal do Walmart. , que havia dado uma pausa em seu show, veio observar.
– Essa é uma excelente ideia – o homem disse, uma xícara de chocolate quente na mão. – Só me pergunto como que o vai comer depois... – nisso, de Natal arregalou dois olhos abaixo do festão que cobria a maior parte de seu rosto.
Will esfregou um dos olhos, deixando cair a tomada que ainda segurava na mão, a caneca de café esquecida.
– Vocês são sempre animados assim no Natal...? – ele disse, largando-se no sofá ao lado dos preparativos.
– Ah, sim. Eu e a sempre enfeitamos o apartamento inteiro. A gente economiza durante o ano para poder pagar a conta de luz de dezembro – suspirou, encarando o vazio. parou ao seu lado, encarando o mesmo ponto e concordando com a cabeça. – É tão lindo.
– Ahn, certo... – Will olhou para o ponto que as meninas encaravam, meio esperando encontrar algo absurdo como um elfo de verdade pregado na parede (mas assim, um elfo de Natal, não o Legolas. Não que alguém fosse conseguir pregar o Legolas na parede. Mas perdão, eu me distraí). Graças às entidades mencionadas anteriormente, a parede estava normal. – E o de Natal é algum tipo de tradição?
– Na verdade, esse é o primeiro Natal que a gente passa junto. Normalmente eu canto Mariah Carey sozinha – disse, encarando com uma expressão meio besta. Ele mandou um beijo para a garota e iniciou uma nova música de Natal.
– ...Interessante – Will disse. Ele então se reacomodou no sofá, deixando-se relaxar enquanto os sons dos preparativos finais do de Natal eram feitos. O quê? É Natal! Pelo menos um dia do ano o homem tem que ter paz, né? Afinal, era só uma brincadeira boba com enfeites de Natal. O que poderia dar errad…
– ACHEI! – berrou antes de finalmente enfiar o plugue na tomada.
Pô, gente, mas vocês nem me deixam terminar.
acendeu e, por breves cinco segundos, foi uma cena realmente encantadora: luzes verdes, vermelhas e amarelas começaram a piscar, banhando todo o entorno do seu corpo e confundindo-se umas com as outras nos pontos em que estavam mais próximas, criando quase a visão de um arco-íris por um momento (o fato de a estrela acender também foi um toque e tanto).
Porém, havia festão demais… E luzes demais, perto uma das outras, então na verdade não deveria ter sido uma surpresa tão grande quando faíscas começaram a voar e, de repente, a luz não vinha mais dos pisca-piscas, mas do fogo.
O DE NATAL ESTAVA EM CHAMAS.
Um berro coletivo tomou conta do lugar, incluindo o de Will, que estava quase (meu Deus, QUASE) relaxando no sofá, e do próprio , abafado pelos quilos de festão em torno de seu rosto.
O homem começou a correr pelo apartamento, uma tocha ambulante e colorida que ainda tinha a estrela piscando normal. Então, num ato de desespero, ele correu para o banheiro e, antes que alguém pudesse dizer algo ou dar mais um grito, o barulho de água se espalhando e o cheiro de fumaça tomou conta do local.
Logo reapareceu na porta do banheiro, festão ensopado pendurado e lampadinhas cinzas e pifadas, uma expressão no rosto que na verdade combinava bem até demais com o silêncio que permaneceu no local.
– Não sei quem ia tomar banho de banheira... – ele disse, mexendo só a boca da qual ainda pingava água. – Mas obrigado.
E, de repente, uma toalha voou na cara dele (sim, aparentemente do nada) e nela mais um post-it de Natal se fazia presente: “ERA EU, PORRA”.
– Choi, sinceramente, a gente mora junto há tempo suficiente para eu saber que você teria conseguido impedir essa galera de botar fogo na casa. Você é um ninja treinado, cara! – tio Will reclamou com o teto, recebendo um post-it na testa: “EU TÔ CUIDANDO DO PATO”
Ah, é. Os doidos (aprendiz de Mariah e projeto de Natal) tinham um pato de estimação. Essa parte também não foi só um sonho. Falando nele, cadê o... NÃO, WILL, NÃO TERMINE ESSA PERGUNTA.
– Gente, na boa, eu respeito essa animação toda com o Natal, mas não confio em vocês nem para montar uma miniárvore sem dar um jeito de arrancar o lustre do meu apartamento. Ou algo igualmente bizarro. Então eu não quero nada extravagante, ok? Só... Um Natal com todo mundo sentado no sofá. Quietinho. Abraçadinhos, se vocês quiserem. Eu não ligo. Eu só quero um pouquinho de paz – essa última frase foi dita quase chorando.
Silêncio invadiu mais uma vez a sala, ainda de pé ao lado da porta do banheiro e o resto das pessoas, onde haviam paralisado mais cedo. e se entreolharam.
– Tio Will… – começou, mas Will a interrompeu.
– Eu vou voltar para a cama – o tatuador disse e se dirigiu diretamente para o seu quarto, trancando-se lá e deixando os pseudocompanheiros de quarto no outro cômodo. O barulho da tranca soou e logo Will estava trancado em seu recinto, provavelmente chorando abraçado a um travesseiro.
– Eu tenho uma ideia meio doida – disse, alguns instantes depois de tio Will fechar a porta. – E se a gente tentasse, veja bem, tentasse… Não destruir esse apartamento?
encarou a amiga com o olhar universal de “BITCH, SERIOUSLY?” misturado com “Quais as chances de isso dar certo?”, completo com um toque de loucura interior. Sabe, aquele olhar que todo amigo já trocou com o outro após ouvir “É só o nosso décimo shot de tequila, ‘bora mais um?” ou “E se a gente cozinhasse nosso próprio jantar?”.
– Ok, novo plano: e se a gente tentasse não destruir o apartamento… Hoje?
– Mas é Natal! – disse, tirando aos poucos os resquícios de pisca-pisca molhado e torrado do seu amigo. Não precisava de muito esforço. A coisa estava se decompondo. – Você realmente pretende ficar sentada no sofá sem fazer nada como ele falou?
– Eu nunca disse isso – disse com uma sobrancelha erguida e um sorriso no rosto.
Os outros três não responderam de imediato. Eles apenas encararam de onde estavam, com a testa franzida, embrulhado em fio e festão queimado e segurando estes mesmos fios, como se a união das frases “vamos fazer algo” e “sem destruir nada” fosse inteiramente impossível, senão inexistente na compreensão deles. revirou os olhos.
– Olha, o Will foi superlegal e acolheu a gente quando… Bom, quando nós demos fim em nossas próprias residências.
– Na verdade, foram o Choi e o Pafúncio que deram fim no nosso apartamento – apontou, os braços cruzados e o gorrinho ainda em sua cabeça. E, sim, eu sei o que você está pensando: sim, Pafúncio é o pato. Ele é um pouco intenso.
– E o Pafúncio que estourou o nosso encanamento – também observou.
– É, mas depois você e a marretaram o que havia restado dele – vez de .
– Disseram que era para a gente abrir buraco!
– A gente disse BURACO, e não CRATERA! Era para a gente poder ver o que estava acontecendo, não todo mundo do prédio ao lado!
– Enfim! – interrompeu a discussão. – O que eu quero dizer é...
– E foi ideia sua! – acrescentou, diretamente para .
– Quieto ou eu ligo você de novo! – a garota ameaçou, catando a tomada desplugada do chão e a erguendo como se fosse um punhal. se calou. – Bom… Como eu estava dizendo, o Will fez muito por nós. Sem contar que… Bem, ele aguenta a gente – um coro afirmativo de “sim”, “realmente”, “um santo” acompanhou o adendo. – Então, assim… Acho que é apenas justo a gente não destruir a casa dele – também, ou vocês não vão ter onde morar, né, queridos. – Mas também não acho justo ele não ter um Natal legal por causa da gente. Tipo… É Natal!
– Certo, mas aí nós caímos de novo no problema de que isso não é possível com nós quatro envolvidos – disse.
– Gente, pelo amor, nós sobrevivemos x anos das nossas vidas sem nenhum grande desastre. A gente consegue fazer uma festa de Natal normal – insistiu.
– Mas, para ser justa, desde que a gente conheceu os meninos, nós conseguimos destruir dois apartamentos, ser expulsos e banidos de vários locais… Ah, é. Teve a vez que a gente foi “preso” – enumerou todos os problemas.
– Por que as aspas?
– A gente foi solto rapidão, nem conta. Foi mais uma advertência e um passeio de viatura.
massageou as têmporas, tentando apagar a retrospectiva de desastres narrados pela amiga. Talvez eles realmente fossem um caso perdido.
– Pensando bem, a vida foi ladeira abaixo depois que a gente se juntou. Será que a gente devia… Parar de andar junto?
Os quatro se encararam por alguns segundos, antes de mandarem um coletivo “Naaaaaaaaaaah”.
– Enfim, , qual o plano? – perguntou.
– E quem disse que eu tenho um plano? Além de “Não destruir o apartamento. Hoje”. Talvez eu pudesse cozinhar alguma coisa? Choi, seu colega de quarto é alérgico a alguma coisa? – essa última parte foi gritada para o além. Um post-it escrito “Não, mas ele odeia uva passa” surgiu na bancada da cozinha.
– Ah, isso me lembrou… – foi atrás de uma bolsa que tinha sido abandonada no canto da sala e pegou um pacote de post-its com um lacinho colado. – Choi, feliz Natal!
O pacote sumiu da mão de e seu braço foi coberto por post-its com coraçõezinhos.
Como? Sei lá. Parei de questionar.
– Ok – disse, começando a realmente considerar o que havia dito. – Considerando que a gente de fato consiga fazer isso sem quebrar nada… Ou ninguém. Ou ser preso, como a mencionou – ele coçou a cabeça. – O que vamos fazer e como? Já são quase seis da tarde, não temos muito tempo – e então, depois de finalmente puxar o último pedaço do que um dia compôs um de Natal, ele adicionou olhando para . – Você acha que consegue preparar uma ceia a tempo?
– Meu querido, não sou chef de restaurante à toa – estralou os dedos. – Seguinte, galera: , você vem comigo ao supermercado. , Pinheirão de Natal, vocês saem para arrumar uma árvore de verdade – no momento que ela viu abrir a boca, emendou: – NÃO, , NÓS NÃO VAMOS FAZER OUTRO DE NATAL – e mais uma vez a boca dele ia se abrir. – TAMBÉM NÃO VAMOS FAZER UM DE NATAL.
– O QUÊ?
– Choi, você consegue manter o Will no quarto sem saber de nada? – disse e logo sentiu um post-it em suas costas. O ninja dissera que sim. – Ótimo! Atenção, pessoas, conseguimos nos encontrar aqui em quarenta minutos?
– Acho que a gente precisa de pelo menos uma hora – respondeu, tentando calcular.
estreitou os olhos.
– Vocês tem meia hora e nem um minuto a mais. Se reclamar, eu diminuo para vinte.
– É o QUÊ?
– Você me ouviu – se aproximou de com uma expressão séria e sussurrou um “Corra” que fez agarrar e sair correndo do apartamento. A estrela do de Natal pode ou não ter permanecido colada na cabeça de .
Nisso, apareceu pronta para a viagem ao supermercado. Ainda usando o chapéu de Papai Noel. E, sim, ele ainda estava um pouco mal posicionado.
As duas seguiram para o supermercado mais próximo, deixando Choi, Will e Pafúncio para trás. Pouco depois, exatamente por ter percebido que havia silêncio até demais, Will se levantou da sua cama, colocou o travesseiro de agarrar de lado e foi em direção à porta para tomar um banho. Talvez aqueles malucos realmente tenham ouvido sua súplica…?
Porém, quando ele agarrou a maçaneta para girá-la, algo não pareceu certo. Estava emperrada. Ele forçou um pouco mais a entrada, empurrou seu corpo contra a folha da porta, mas não adiantou. Ela não estava emperrada, estava trancada.
– EI! – Will berrou, batendo com o punho fechado na porta. – ALGUÉM ME TIRA DAQUI!
Nisso, Choi esfregou o queixo pensativamente, pegando em seguida uma carta do seu baralho e a jogando na frente de Pafúncio, que tinha o seu próprio baralho aberto e apoiado por um sapato largado. O pato empurrou outra carta com o bico.
– Truco – o ninja disse e, após mais alguns socos de Will e uma grasnada de Pafúncio, ele olhou para o último. – O quê? Eles disseram que era para mantê-lo no quarto.

.+**+.


e caminhavam pelas calçadas cheias de neve, meio tremendo, meio afobados dentro de seus casacos acolchoados. Os dois tentavam conversar, não só uma maneira de descobrir o que fazer como também de se distrair do frio e do vento cortante... E tentando fazer tudo o mais rápido possível.
– A gente chega lá, pega o primeiro pinheiro decente que encontrar, paga, e corre.
– Certo. Primeiro pinheiro, paga, corre. Ei, , não era aqui que eles vendiam as árvores de Natal? – parou na frente de um terreno praticamente vazio, com um trailer no meio. A grade na frente estava fechada.
– Puxa, eu não sei, . Normalmente um lugar que vende árvores costuma ter… ÁRVORES? – seguiu, rindo da sua própria piada incrível (parabéns, campeão) até ver a placa na grade indicando que ali era, de fato, o lugar que vendia árvores de Natal. – Ah. Bom, alguma ideia?
já tinha andado um pouco mais e estava ajoelhado do lado de uma árvore enorme que crescia na calçada, segurando um canivete.
– Até tenho uma, mas você não vai gostar.
– Nem pense nisso – respondeu, apontando para . Para o terreno, gritou um “Ô DE CASA!” que não surtiu efeito nenhum.
guardou o canivete e decidiu se juntar ao amigo no coral. Eventualmente, um senhor abriu a porta do trailer e colocou a cabeça para fora.
– Pois não?
– Boa noite, senhor! A gente queria uma árvore.
O senhor fez uma expressão confusa e saiu do trailer, indo em direção à grade.
– Perdão?
– A gente queria uma árvore. De Natal. Para enfeitar e tal, sabe?
– É, para enfeitar no lugar de uma pessoa – achou importante adicionar. Com certeza ajudou a acabar com a confusão do pobre homem, não é mesmo?
– Vocês querem comprar uma árvore? – Os dois concordaram com empolgação. – Hoje? – ainda concordando. – Dia 25 de dezembro? De noite? – os dois pulavam no lugar enquanto faziam que sim com a cabeça.
O homem perdeu a expressão de confusão e abriu um sorriso. Que virou uma risada. Que virou uma gargalhada misturada com alguns sons que fizeram e se preocuparem com a saúde do homem.
– É noite do dia 25! – mais risadas. – As pessoas arrumam as árvores logo depois do Ação de Graças, mas vocês... – risadas e sons estranhos. – Tudo esgotado dia 20 e vocês me aparecem hoje e… – sério, olha a risada desse cara. Ninguém mais tá preocupado?
Os dois moços se entreolharam. deu de ombros, pegou o canivete e foi em direção à árvore antes de puxá-lo pelo casaco. Quando o homem finalmente conseguiu parar de rir (agora que eles não iam mesmo chegar ao apartamento na hora combinada com ), criou coragem para perguntar:
– Então… Não tem nenhum pinheirinho?
Após um novo ataque de riso que durou mais alguns minutos, o senhor respondeu que não, não tinha nenhum pinheirinho.
– Nenhuma arvorezinha?
– Nenhuma… Digo, quão desesperados vocês estão?
– Bastante, meu senhor – apontou para que estava, mais uma vez, ajoelhado ao lado da árvore.
– Eu posso ter algo para vocês – disse, voltando para dentro do trailer. Ele retornou pouco depois, trazendo uma árvore meio… Estranha?
– Isso não é um pinheiro.
– E aquilo é? – o homem apontou para a árvore ao lado de (que entendeu o recado e guardou o canivete).
– Um bom ponto. O que é isso? É… Estranho.
– Bem da verdade, nem eu sei. É estranha e de plástico, mas é melhor que nada, não é mesmo?
estava prestes a dizer que não, não era mesmo, quando soltou um gritinho.
– ELE É LINDO!
– Ahn, ?
– É A ÁRVORE MAIS LINDA QUE EU JÁ VI! EU QUERO!
olhou para cima e suspirou, sabendo que era uma batalha perdida.
– Ok. Quanto é a árvore estranha?
– Podem levar. É meu presente de Natal – deu mais um gritinho e abraçou a árvore assim que o senhor abriu a grade.
– Muito obrigado, senhor! Ano que vem a gente volta mais cedo. Certo, ?
– Eu vou chamar você de Bob – sussurrou para a árvore.
– É, parece normal – disse, já andando de volta para o apartamento.

.+**+.


No outro lado do bairro, e já haviam chegado ao supermercado. Foi um pouco difícil de entrar (aquele cadeado com corrente na entrada não ajudou. Ainda bem que anda com uma tesoura de poda na bolsa) (ué, de que outro jeito vocês esperam que ela abra os saquinhos de ketchup?), e também não entenderam por que as luzes estavam apagadas lá dentro, mas pelo menos o lugar não estava lotado! As maravilhas de se comprar uma ceia atrasada e quando todo mundo já arranjou a sua, não?
Em posse do carrinho, as garotas rodaram o lugar e foram colocando nele tudo de que precisavam: carne, batatas, temperos e, sob os pedidos insistentes de , um pacote de minhocas de goma. Prioridades, gente.
Depois de um tempo, as duas seguiram para o caixa com o carrinho lotado, mas… Quem disse que tinha atendente? Ainda bem que tinha a ilha de autoatendimento (com voz de Papai Noel, diga-se de passagem) e logo as duas estavam de novo na rua, andando para o apartamento de Will. No meio do caminho, se virou para :
… Você também achou estranho que aquele lugar estava tão vazio? – parou e pensou, as sacolas na mão.
– ...Naah – e as duas voltaram a andar, sem notar que sirenes de viaturas soavam no fundo e iam direto para o supermercado de onde saíram.

.+**+.


No meio do caminho para casa, enquanto abraçava Bob com todo carinho do mundo e seguia , seus olhos de repente encontraram algo. Eles se arregalaram.
– Ei, cara… – ele disse, a voz meio distante, enquanto ainda encarava o ponto à sua frente. veio ao seu lado e olhou para o que tanto encarava. Ele pensou de primeira que não ia entender do que se tratava, ou que era mais um dos momentos sinápticos incompreensíveis de , mas, para sua surpresa, ele entendeu e seus olhos se arregalaram.
À frente deles, meio coberta com flocos de neve e com as luzes de Natal colocadas pela prefeitura, lá estava a árvore que eles haviam cumprimentado como um ser humano quando estavam completamente chapados de energético (é, acontece).
ainda encarava a singela árvore quando, com a mão livre, ergueu o mesmo canivete de antes.
– Bob precisa de um irmão… – ele disse meio hipnotizado, os olhos ainda grandes, e o agarrou pela gola e o tirou dali antes que pudesse fazer alguma coisa.

.+**+.


e chegaram ao apartamento quando as meninas tiravam as compras da sacola.
– Ah, então vocês conseguiram encontrar um supermercado aberto? – perguntou, tirando o casaco.
piscou algumas vezes antes de responder.
– Quê? Sim, ele estava aberto… Não estava, ?
– Acho que sim. A gente nem teve grandes problemas para entrar – respondeu, usando a tesoura de poda para abrir o pacote de minhocas de goma. – Já cortei cadeados mais duros – ela esticou o pacote para os outros três, oferecendo as minhocas de goma.
– Viu? Estava aberto. E vocês conseguiram… – finalmente visualizou a coisa que trazia. – Isso pode ser chamado de árvore?
– PODE, SIM. Ou pode chamar de Bob. Eu chamo de Bob.– ainda abraçava a “árvore”.
parou de comer as minhocas de goma para abrir um sorriso.
– Oi, Bob! Ele é lindo, ! – poderia desmaiar de orgulho naquele momento.
– Não tinha nenhum pinheiro? – perguntou para , fazendo uma careta estranha.
– Não. E, inclusive, o cara que deu o Bob pra gente riu muito da ideia de que a gente queria comprar um pinheiro na noite do dia 25 – ele respondeu, dando de ombros.
– Espera, “deu”? – perguntou enquanto fazia carinho na árvore. – Vocês simplesmente pegaram a árvore?
– Não, é sério. ele deu a árvore pra gente. Disse que era um presente de Natal.
– E olha quem fala: pelo menos a gente não invadiu um supermercado que estava fechado – reclamou, esticando a mão para roubar uma minhoca de goma. , no entanto, tirou o pacote de perto dele e respondeu indignada:
– A gente não invadiu nada!
– Não! Ele estava aberto! – parecia cada vez menos convicta.
– Estava aberto! – para ser justa, também.
Após um tempo de silêncio, voltou a massagear as têmporas.
– Isso porque a gente ia tentar não ser preso, não é mesmo...?
– Bom, até agora deu certo. Choi, faz um favor e tranca a porta mais uma vez?
Eles ouviram o barulho da tranca e todos respiraram mais aliviados.
– Bem… E o que vocês compraram, afinal? – perguntou, depois de esfregar a própria testa e enquanto tentava dar uma minhoca de goma para Bob.
– Uuuh, vejamos… Carne, legumes, chocolate... E um monte de passas para jogar em cima de tudo – disse e, ao que percebeu o olhar arregalado de , não conseguiu se segurar e soltou um risinho. – Brincadeira. A gente lembrou que o Will odeia passas – ela disse e , com uma minhoquinha na boca, parou de fazer carinho em Bob e foi discretamente para perto das sacolas, pegando a água saborizada de passas antes de atirá-la pela janela aberta.
– Tá, e quando que você vai começar a cozinhar? Eu tô com fome! – disse, meio indignado. – ...E o Bob também! – apontou para o serzinho de folhas e plástico que, honestamente, partiu parar de chamar de árvore?
– Bom, eu só preciso acender o fogo… Você me ajuda? – e, pela segunda vez naquele dia, pegou o plugue dos antigos pisca-pisca e o mostrou, fazendo com corresse por sua vida para o banheiro.

.+**+.


Graças ao talento de na cozinha, não demorou muito para que a ceia ficasse pronta.
Depois de temperar a carne e cortar as batatas, a garota fez um assado e, para acompanhar, pão de milho e uma caçarola. O cheiro estava delicioso, fazendo os outros três (e Bob, inclusive) salivarem. E falando no dito cujo, nesse meio tempo, e se encarregaram de decorar o objeto de plástico, adicionando bolinhas coloridas que ainda estavam no famoso terreno baldio (também conhecido como o apartamento de e , antigo campo de batalha de Choi e Pafúncio), pedaços do festão que não haviam queimado e, com muito cuidado, a estrela que havia sobrevivido à experiência do de Natal (vocês perceberam que ele só tirou essa estrela agora e tentou cortar todas aquelas árvores com uma estrelinha brilhante na cabeça, né?).
Bob era simples, mas ficou muito simpático. O tipo de árvore (ou coisa) que combinava com eles: esquisito, mas adorável. Eles não pararam com ele, no entanto: resgatando todo o resto da decoração das meninas e dos meninos (o que havia sobrevivido à enchente e ao episódio das marretas), assim como o pouco que Choi conseguiu localizar no depósito dele e de Will, o grupo decorou a casa toda: estrelas brilhavam por toda parte, Papais Noéis sorriam de vários ângulos e pequenas renas decoravam várias mesas e cantos da sala. O que antes havia sido iluminado apenas pelo incêndio de (alguém bem que podia ter comprado uma pomada pra queimaduras para o coitado, né? Já tem a tesoura de poda mesmo) agora brilhava com a purpurina, o reflexo das decorações. A casa estava linda, absolutamente incrível.
E, o mais importante, não destruída. Muito importante salientar isso.
De repente, a porta do quarto de Will foi abaixo e o pé dele se fez visível além do batente.
Ou quase. Mas dessa vez não foi culpa deles!
– Tio Will… – começou, mas Will passou correndo por eles gritando: “NÃO. URGÊNCIA” e se trancou no banheiro.
Os quatro se entreolharam. Depois, encararam a porta no chão.
– ...A gente não pode ser responsabilizado por isso – decidiu, recebendo a aprovação de todos.
Um tempo depois, Will finalmente saiu do banheiro, reclamando algo sobre “eu peço para vocês se comportarem e não destruírem nada, e vocês me TRANCAM NO MEU QUARTO”, quando finalmente percebeu a mudança no seu apartamento. E (GHASP!) era uma mudança boa! Pela primeira vez desde que os quatro se mudaram para o apartamento, Will pareceu sorrir de verdade.
– O que vocês fizeram aqui? Isso… Até que tá bem legal! – seu olhar finalmente encontrou Bob e o sorriso foi substituído por uma careta. – O que é essa coisa?
– É o Bob! – respondeu empolgada, enquanto pulava no lugar.
– Claro que é... Vocês arranjaram isso onde? Organizações Tabajara?
– ...Quê?
– Deixa pra lá, não é do seu tempo – Will respondeu, abanando uma das mãos. Ele encarou a coisa por alguns segundos antes de voltar a observar a decoração. – Como vocês conseguiram fazer tudo isso sem quebrar nada, nem ninguém, nem ser preso? – ele preferiu ignorar o olhar que trocou com depois dessa última frase.
– Eu diria que foi um milagre de Natal – respondeu, fazendo jazz hands. Will fez uma cara meio impressionada, meio de aprovação.
– Realmente, diria que é mesmo – ele disse e, após um instante, pareceu perceber algo. – Mas esperem... Por que vocês se deram esse trabalho todo? Eu teria realmente ficado feliz com o Natal no sofá, não precisavam ter feito tudo isso – ele disse e, depois de pensar um pouco, adicionou: – ...Ou terem corrido o risco de serem presos em plena noite de Natal.
– Porque você merece, tio Will! – disse, dando um pulinho e fazendo seu gorro saltar junto.
– É verdade – concordou, mãos no bolso. – Você abrigou a gente, cara… Não é todo mundo que faria isso – os outros concordaram silenciosamente com as cabeças, expressões solenes. – Além de que… Você é nosso amigo!
– Will não respondeu a princípio. Ele só ficou olhando para , para os outros que estavam atrás dele, e, de repente… Espera, aquilo eram lágrimas?
Arregalando os olhos, o grupo por um momento não soube o que fazer. quebrou o silêncio:
– ...M-mas a gente pode arrumar! Podemos tirar tudo, se você quiser, e jogar no terreno baldio e no piscinão! – ela disse. Ah, vocês não sabiam? Piscinão é o apartamento dos meninos. Porque ele virou uma piscina depois que o Pafúncio roeu os canos, sabe. Haha. É, não foi tão engraçado para eles. – ...O-ou num terreno baldio mesmo! Acho que tem um aqui do lado, não tem?
– Tem, sim! – concordou rapidamente, mas, para o desespero deles, Will só começou a chorar mais. Agora as lágrimas desciam, os sons aumentavam e… Ele estava rindo?
Meu Deus, é oficial. Ele ficou tempo demais perto deles.
Depois de alguns momentos confusos sob os sons das risadas meio chorosas de Will, resolveu dizer alguma coisa:
– ...Ok, acho que ninguém mais vai perguntar, então eu vou dizer: ...tá tudo bem com você, cara?
– Talvez ele precise do antialérgico de novo – disse.
– Ele nunca mais vai precisar de antialérgico de novo – rebateu, lembrando-se de quando uma crise alérgica de Will se transformou numa verdadeira aventura chapada, incluindo ele balançando no lustre, batendo neles com uma espátula e cantando “I’ll Make a Man Out of You”. Bons tempos.
Mas quem falou depois daquilo foi Will. Depois de alguns risos que ele não conseguiu segurar, o homem abriu um sorriso por entre as lágrimas.
– Vocês são tão ridículos... – ele disse e, em questão de uma passada larga, abraçou o grupo todo, encaixando cada um deles como podia no abraço. – Eu amo vocês.
Não vamos mentir, todo mundo meio que chorou naquele abraço. E disse que se amava. Foi um momento bem bonito para esse grupo de desastrados. Após alguns minutos, eles se separaram e perguntou:
– Será que a gente pode comer o jantar da ? Eu tô morrendo de fome.
– E o pacote de minhocas de goma? – perguntou, levantando uma sobrancelha.
– Minhocas de goma não contam. Meu médico diz que elas não têm nenhum valor nutricional.
Ninguém discute com essa lógica.
– Ok, vamos aproveitar enquanto tudo ainda está quente. Cada um pegue um prato e formem uma fila que eu vou servir vocês.
Enquanto todos formavam a fila, no entanto, algo aconteceu. A mesma garrafa de água saborizada com passas de antes, que erroneamente comprou e depois lançou pela janela, havia retornado. Quem quer que tenha achado lá embaixo também não gostava de passas, jogou de volta e dessa vez ela atravessou a outra janela, atingindo o vidro e o estilhaçando, enquanto voava sala adentro. A garrafa (de plástico, para sorte ou azar deles) caiu na mesa de centro com um baque, ao lado de um Papai Noel sorridente, e ficou ali rodeada de uma pequena maré de cacos, ao passo que um buraco enorme enfeitava a janela antes intacta.
Todos se viraram para encarar a janela em silêncio.
– ...Isso é um problema para o Will de amanhã. Junto com a porta – tio Will concluiu, voltando a focar na fila. Todos os outros concordaram que quaisquer problemas seriam resolvidos no dia seguinte. Por hoje, eles celebrariam o Natal com esse grupo completamente estranho que eles aprenderam a amar.
E com o Bob.



Fim!



Nota das autoras:

Ana: Bem, isso com certeza vai entrar depois do Natal, MAS É A INTENÇÃO QUE VALE, CERTO?
Vih: Sinceramente, o fato que a gente CONSEGUIU ESCREVER UMA SHORT… E QUE VAI ENTRAR ANTES DA PÁSCOA…. Já tá melhor que o esperado.
Ana: Não vou negar, é um ponto muito bom. Mas enfim… OI, GENTE! <3
Vih: QUALÉÉÉÉÉ, TIME! Como passamos esse belo ano de 2020 (risos)? Aliás, como passaram esses belos anos de 2018, 2019… Enfim. Faz um tempo que a gente não conversa.
Ana: Espero que todo mundo esteja bem e com saúde. E, sim… Faz um tempo que a gente não se conversa. Então, alguém já casado e com filho, neto, bisneto… (um tataraneto, talvez)?
Vih: HAHAHAHA, chorei. Meu Deus. Ana, imagina que na última atualização a gente ainda nem tinha formado? O que é a vida, não é mesmo?
Ana: Realmente… Ela é uma coisa bem loka. Mas, voltando à história, esperamos que vocês tenham gostado! Escrevemos com muito amor, carinho e merda na cabeça. <3
Vih: Um pouco do caos que sempre vem acompanhado quando a gente se junta para escrever. <3 E, se você está chegando aqui sem ter lido OF, esperamos que tenha apreciado o HUMOR COMPLETAMENTE CAÓTICO E A LINHA SEM SENTIDO. É o que a gente faz de melhor.
Ana: Com certeza. Se você está encarando a tela do computador ou do celular com os olhos arregalados e pensando em que tipo de pessoa habita este planeta, esse era o ponto. Brinks, o ponto era que vocês rissem e curtissem. Mas é uma consequência comum.
Vih: Exatamente. Se qualquer uma dessas coisas aconteceu, nosso objetivo aqui está cumprido. Mas eu realmente espero que a gente tenha feito vocês rirem nessa época mais caótica que nossas fanfics!
Ana: Sim! Sempre bom rir de coisas que 2020 ainda não foi capaz de causar (tipo, batalhas entre ninjas e patos numa sala de apartamento).
Vih: Mas se isso aconteceu com vocês, favor deixar nos comentários. E, aliás, se não aconteceu, também comente. Comente nem que seja para mandar um “wtf”.
Ana: Por favor, comeeenteeeem! E façam duas crianças felizes!
Vih: Melhor presente de Natal possível. <3
Ana: Definitivamente. Bom… Partiu, Vih?
Vih: Partiu! AH, PERA: CRIANÇAS, NÃO FAÇAM UM DE NATAL EM CASA, OK?
Ana: EXATAMENTE! Não façam um , nem ninguém de Natal. E evitem aglomerações (especialmente se houver pessoas de Natal nelas).
Vih: Isso aí! Cuidem-se, fiquem saudáveis, comentem, fiquem bem e bom fim de ano para vocês!
Ana: Feliz Natal e excelente ano novo a todos vocês!





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