CAPÍTULOS: [Final Alternativo] [Epílogo]





OU


Final Alternativo de UNH






Última atualização: 31/07/2016

Final Alternativo


[...]

Os quatro desciam as escadas de acesso ao escritório de Dumbledore, Harry desistira da Varinha das Varinha, ela não valia a confusão que causava.
Ao passarem enfrente ao Salão Principal, no qual ainda podia-se ver o grande número de colegas caídos, mortos ou feridos, Mione e Rony separaram-se de e Harry, seguindo de mãos dadas para perto dos Weasley.
Harry reparou quando Gina acenou para ele, sorridente. Devolveu o cumprimento com um leve aceno de cabeça, antes de virar-se para e, juntos, começarem a subir as escadas em direção a Torre da Grifinória, queria aproveitar a calmaria para conversarem.
Sentaram-se na sala, a qual encontrava-se vazia e intacta, como se nada tivesse acontecido e os dois, mais uma vez, estivessem acordados até mais tarde, fosse para quebrarem as regras com algum plano maluco, ou apenas para conversarem durante horas.
- Você não parece muito feliz, considerando que tudo isso acabou… sorriu de lado, sem olhá-lo.
- Você também não está com o ar de herói por ter derrotado o Lorde das Trevas!
Harry concordou rindo baixo.
- Como você está?
A garota deu de ombros, tornando a mesma pergunta como resposta e recebendo o mesmo balançar de ombros.
- Imagino que ninguém iria nos julgar se descansássemos pelos próximo três meses, não é? Acho que preciso de, no mínimo, uma semana de sono…
concordou veementemente, sentia-se exausta física e emocionalmente com tudo aquilo.
- O que você acha que vai acontecer agora?
Harry a olhou em dúvida, então virou-se para ele, o olhar perdido.
- Quer dizer… Olha em volta… Tudo o que aconteceu…
- Vamos começar de novo, todo mundo vai. Com o tempo vai ser tudo apenas uma história que as pessoas contarão as crianças… Coisas desse tipo…
Ela concordou com um suspiro alto, ainda parecendo extremamente pensativa.
- Você sabe que não foi… Sabe?
- Minha culpa? - ela sorriu triste - Eu gostaria que as pessoas parassem de dizer isso. - Mas não foi, você não sabia o que estava fazendo!
- No fundo não faz diferença, não é? - a garota tornou a olhá-lo nos olhos. - Quer dizer, eu ainda sou uma Black e, você os escutou tão bem quanto eu, Harry… Todo mundo sabe o que isso significa e quem são meus pais e...
- Isso foi antes, eles viram o que você fez. Eles sabem que você não era uma Comensal, não de verdade!
- Ainda não justifica minhas ações, e não trará nenhum deles de volta…
Potter abriu a boca, tornando a fechá-la ao notar que nada do que dissesse no momento a faria mudar de opinião.
Harry se considerava responsável, mesmo que indiretamente, pela morte de muitas pessoas queridas; sua própria família e várias pessoas que, durante os anos, colocaram-se a sua frente, protegendo-o ou o ajudando de alguma forma.
Mas nem mesmo conseguia imaginar como a garota deveria estar, ela torturara e matara bruxos e bruxas, apenas porque deveria. Mesmo que estivesse sob efeitos da Maldição Imperius, Harry entendia o motivo dela culpar-se; fora ela que apontara a varinha, fora ela quem machucara e matara.
Não sabia se algum dia a garota perdoaria a si mesmo por tudo aquilo que acontecera, no fundo Harry desejava que ela pudesse se esquecer, apagar aquelas memórias, fingir que nada aconteceu. Não eram lembranças que ela deveria carregar consigo. Ninguém deveria, nunca. - Acho que nossos pais estariam orgulhosos, acabamos seguindo seus passos não foi? Se pensarmos bem, fizemos exatamente o que eles fizeram.
A garota passou a língua pelos lábios secos, pensando sobre aquilo.
- Meus pais se colocaram na frente de Voldemort para me proteger, eu tentei fazer isso hoje. Você se infiltrou, e mesmo com todos duvidando de você, se manteve fiel aos amigos, assim como seus pais fizeram…
- Bem, eu não me infiltrei por vontade própria, não é? - arqueou a sobrancelha, Harry deu de ombros. - Mas você não precisava ter voltado hoje, e você o fez. Foi até a Floresta e ficou ao lado de Voldemort até a hora certa…
franziu o cenho, pensando sobre o assunto.
Quando pequena quisera tanto ser diferente dos pais, e no final era a cópia exata de ambos.
era filha de Victoria Lestrange e Sirius Black, o sangue dos dois corria por suas veias, seu sobrenome, que antes tanto odiava, agora era a melhor parte de si.
Fazia sentir-se mais próxima deles.
Mas ao mesmo tempo tudo parecia mais distante e estranho, confuso.
Passara anos imaginando que Sirius era um assassino, que estava em Azkaban por ser um Comensal, e no final ele era inocente.
Então teve sua mãe, que parecia tê-la abandonado, assim como a seu pai, mas no fim descobrira que ela realmente errara, mas apenas porque tentava proteger sua família.
No fundo ainda não entendia o aperto no coração e a grande vontade de chorar, nunca foram próximas, mas era sua mãe no final, e ela morrera para salvar a filha…
Crescera imaginando que seus pais não a amavam, que preferiram deixá-la de lado para juntar-se a Voldemort, precisara de tanto tempo para descobrir a verdade, e agora, novamente, não tinha nenhum deles ao seu lado.
Novamente estava sozinha.

Notou quando Harry tocou em sua mão, entrelaçando seus dedos enquanto desciam as escadas para encontrar o resto dos amigos. Olhou para suas mãos juntas e sorriu, Harry parou no instante seguinte, fazendo-a parar ao seu lado no meio do corredor.
Os olhos verdes focalizaram a garota a sua frente; os cabelos compridos sujos e bagunçados, o rosto com pequenos cortes e o sangue seco em sua testa, os olhos brilhantes de sempre, embora ainda um tanto tristes.
Tinha a expressão cansada, mas ainda assim sorria levemente.
Potter deu um passo a frente, colocando as mãos uma de cada lado do rosto dela.
- Vai me beijar, Cicatriz?
- Demorei tempo demais para começar, devo compensar o tempo perdido, não é?
Os dois riram baixo antes de Harry encostar suas testas, fechando os olhos por um instante.
Seu coração parecia bombar o sangue mais rápido, apenas por senti-la próxima, apenas por sentir a respiração da garota contra seu rosto. mordeu o lábio inferior, os olhos fechados, o coração batendo em expectativa, as mãos tremulas. Bufou com a demora de Potter, quando abriu os olhos, notou os verdes a encararem, o sorriso calmo nos lábios de Harry.
Arqueou a sobrancelha para ele, mas o garoto nada fez, então resolveu acabar com a espera; Inclinando-se para frente, juntou suas bocas, voltando a sentir todo aquele turbilhão de sensações, ainda mais intenções.
Passou os braços por seus ombros, puxando-o para mais perto, enquanto sentia as mãos de Harry descerem para sua cintura, não dando espaço para ela nem mesmo pensar em fugir dele, não que ela quisesse. Passaram intermináveis minutos aos beijos e abraços, rindo vez ou outra quando paravam para respirar, em alguns intervalos trocando algumas palavras, tentando expressar de alguma forma o que sentiam um pelo outro.
Harry achava que deveria falar, dizer com todas as letras o que guardara a tanto tempo dentro de si, prometera a si mesmo que faria isso se tudo acabasse bem, antes da batalha, enquanto ainda caminhava para encontrar Voldemort, e agora queria cumprir sua promessa. Queria dizer o quanto a amava, mas ao olhar os olhos e brilhantes, notou que isso não seria necessário.
sabia tudo o que ele sentia, ela conseguia ver, ele já demonstrara por diversas vezes, assim como ela, em cada pequena atitude, em cada momento que demonstrara preocupação para com ele, a cada momento que colocara-se ao seu lado.
Eles não precisavam de palavras para expressar o que sentiam, seus beijos e carícias eram o suficiente para ambos confirmarem o que sempre souberam, mas que guardaram por tanto tempo.
Escutaram passos vindos do corredor enfrente, mas não se importaram, assim como não ligaram para os gritinhos e risadas que logo chegaram aos seus ouvidos, vindos dos colegas. Também não se importaram quando McGonagall pigarreou próxima a eles, chamando sua atenção, ou quando Pirraça apareceu, cantando (ou melhor gritando) sua mais nova música;

POTTER E BLACK ESTÃO NO CORREDOR!
POTTER E BLACK ESTÃO SE BEIJANDO!
LOGO, LOGO OS FILHOTINHOS ESTÃO VINDO PRA GRIFINÓRIA, QUEBRAR AS REGRAS DA ESCOLA!

Harry riu como a muito não fazia, vendo-a rir da mesma forma, antes do garoto voltar a beijá-la.
Ainda teriam muitos problemas para resolver, muitas coisas para decidir e muitas histórias para contar, mas naquele momento, apenas naquele momento não queriam se importar.
Eram apenas os dois amigos que se conheceram no primeiro ano de escola, que quebraram as regras e arriscaram-se por algo muito maior do que eles.
Era apenas mais um casal aproveitando o momento, e deixando as dúvidas para depois, deixando os problemas para mais tarde.

Epílogo


O homem entrara em casa rapidamente, jogara suas coisas no sofá da sala e subira correndo as escadas para o segundo andar, abriu desesperadamente a porta de seu quarto, mas nada encontrou. Virou-se no corredor, abrindo de supetão a porta branca, á direita.
A mulher olhou assustada para a entrada, colocando a mão sobre o peito e deixando escapar um suspiro alto.
- Por Merlin, Potter. Quer me matar do coração?
- Não foi minha intenção, mas eu tinha que te contar antes que eu me esquecesse! - Harry sorriu de lado, aproximando-se da esposa. arqueou a sobrancelha apontando para o novo corte no rosto do marido, um grande e feio corte sobre sua bochecha - Dia difícil no trabalho - o auror deu de ombros, sem se importar - Mas eu estive pensando, decidi por um e acho que você vai gostar!
- Quaaal? - perguntou ansiosa, deixando o enfeite de corujas que colocava sobre o berço de lado, os olhos brilhando em expectativa.
Harry colocou as mãos nos bolsos da casa, olhando para o lado contrário, fazendo mistério.
- Harry Tiago Potter, não me faça pegar minha varinha! - a mulher ameaçou com uma mão na cintura, a outra com o dedo indicador apontado diretamente para o rosto do outro.
- Eu chego em casa, cansado, depois de um dia de trabalho, e ainda sou ameaçado? Ninguém falou que isso aconteceria no dia que casamos! - cruzou os braços, o sorriso brincando no canto dos lábios.
- Você provavelmente bebeu muito wisky de fogo e não se lembra, estava claro que isso aconteceria, agora vamos logo, para de enrolar e vai falando! Desembucha, Potter!
- Reparei que depois que soubemos da gravidez você ficou mais ansiosa que antes… - comentou coçando levemente a barba, olhando para a barriga de três meses da esposa. - Eu juro que vou pegar a minha varinha! - a mulher rolou os olhos, cruzando os braços.
- James Sirius! O que acha? - questionou empolgado, os olhos brilhando.
permaneceu incontáveis segundos em silêncio, Harry aguardava nervosamente por uma resposta, até que ela chegou, em forma de gargalhada. rira tanto que chegara a ter lágrimas nos olhos, e curvara-se levemente, com a mão na barriga.
- Você só pode estar brincando!
- O que? - perguntou ofendido, novamente cruzando os braços.
- Harry, meu amor, pensa comigo - a mulher parou de rir, embora mantivesse o sorriso no rosto, aproximando-se do marido - essa criança já vai ter o meu sobrenome e o seu sobrenome, ou seja já vai ter muito do seu pai e do meu pai e de nós dois também, - passou os braços pela cintura do homem, fazendo um leve carinho por baixo da camisa - não precisamos colocar um nome desses, concorda? Você já imaginou a cara da Minerva quando ele for pra Hogwarts? Vai ser o pesadelo dela se nosso filho for igual nossos pais, ou igual nós dois.
- James Sirius Black Potter… - murmurou pensativo, suspirou em seguida ao notar que talvez realmente fosse um nome exagerado. - Não estou dizendo que você tem razão! - avisou descruzando os braços e passando pelas costas da mulher a sua frente - Mas talvez seja um pouquinho grande…
- Só um pouquinho! - concordou com um aceno, segurando a risada.
- Então essa criança vai nascer sem nome! - comentou frustrado.
- Harry, ele já vai ter nossos sobrenomes, já é o suficiente para sabermos que estará bem encaminhado para a Grifinória! - piscou alegre - E provavelmente será o melhor artilheiro do time!
- Apanhador!
- Harry Potter, essa criança esta na minha barriga, eu estou dizendo que ele vai ser artilheiro!
O auror gargalhou ao ver a cara emburrada da esposa.
- Vamos deixar para pensar nisso em alguns anos, o que acha? Agora - ele sorriu malandro -, já que você está muito bem disposta para ficar me ameaçando - ela arqueou a sobrancelha, imaginando o que viria a seguir -, o que me diz de tomarmos um banho? Estou um pouco sujo… - fez careta, vendo-a rir, negando com a cabeça.
- Tente se comportar um pouco, Mione e Rony estão vindo para o jantar!
- Mas, amor, são só cinco horas, eles vão chegar ás sete, temos muito tempo! - sorriu tornando a aproximar-se da mulher, curvando-se para beijar-lhe o pescoço. - Eu posso te fazer massagem…
A mulher suspirou ao sentir o corpo arrepiar-se com os beijos do marido, mordeu o lábio inferior antes de virar-se para o lado, puxando-o pela mão em direção ao outro quarto.
- Temos uma hora e meia, Cicatriz!

FIM



Nota da autora:
Já imaginaram como foi a escolha dos nomes dos filhos do Harry? Eu já, e por isso achei justo alguém pará-lo antes que ele começasse! Porque nossa PP não é Ginevrinha que aceita nomes estranhos pra seus bebês!
Qual seria a ideia de nome de vocês?
XX
Reh






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