Mona Lisa

Finalizada

Capítulo Único

A notícia principal de toda Paris era:
“Evento exclusivo Louis Vuitton — lançamento da nova coleção + colaboração especial com a ilustre designer de jóias null null.”


E lá estava, um evento lotado de celebridades, designers e todas aquelas pessoas ricas e esnobes, com conversas vazias e risadas falsas.
A música ambiente soava elegante, mas para ele tudo parecia igual: flashes, sorrisos forçados, conversas vazias sobre marcas, contratos e eventos. null sorria para as câmeras, posava com um drink na mão, mas assim que teve a chance, escapou para um corredor lateral, longe do barulho e das luzes fortes. Ele soltou um suspiro longo, relaxando os ombros — só por alguns minutos longe daquele teatro.
Então, ouviu um leve tilintar.
Quando virou a cabeça, ela estava lá. Em um vestido preto minimalista, segurando uma pequena caixa de veludo na mão, franzindo a testa enquanto conferia cada detalhe de um colar exuberante. Concentração absoluta. Nenhuma pressa.
Ele ficou hipnotizado.
— E eu achando que só eu tinha fugido daquele circo — ele comentou, quebrando o silêncio.
— Eu não fugi de lugar nenhum. Estou trabalhando. — Ela levantou os olhos lentamente, o encarando sem expressão.
Ele riu, surpreso pela resposta direta.
— Duro, hein? — Estendeu a mão, confiante. — null, mas pode me chamar de null.
— Eu sei. — Ela olhou para a mão dele, depois para o rosto. E voltou a olhar o colar, como se ele não fosse nada além de um detalhe.
— Você não parece muito impressionada. — Ele piscou, sem reação.
— Deveria estar? — Ela levantou uma sobrancelha, levemente irônica.
Ele sorriu de lado. Estava acostumado a ser admirado, desejado, bajulado. Ela o ignorou.
Aquilo... foi novo.
— Você trabalha aqui? — ele perguntou, curioso.
— Colaborei com a coleção — respondeu, simples. E antes que ele perguntasse mais alguma coisa, ela fechou a caixa de veludo e começou a se afastar. — Boa noite, null.
Ele ficou parado no meio do corredor, sorrindo sozinho.
Definitivamente, a noite tinha acabado de ficar interessante.

💍💍💍


Era uma manhã tranquila no hotel, com a luz suave entrando pela janela do restaurante onde null e seu assessor estavam tomando café da manhã. O som de xícaras e talheres misturava-se com o burburinho baixo de outros hóspedes. null estava mais quieto do que o normal, um pouco pensativo enquanto mexia em seu café.
O assessor, sempre atento aos detalhes, percebeu a leveza na postura de null e o olhar distante dele. Decidiu então puxar conversa.
— Como está o café da manhã? — o assessor perguntou, tentando arrancar o rapaz de seus pensamentos.
— Muito bom, Hyung. — null respondeu distraído, sorrindo levemente, mas ainda com a mente em outro lugar.
Após um gole no café, ele olhou para o assessor, um brilho curioso nos olhos.
— Hyung, quem era aquela designer de joias do evento de ontem? A que estava colaborando com a Louis Vuitton? Eu... não consegui parar de pensar nela. — null disse, sem encarar diretamente o assessor, mas com a voz baixa e o olhar focado.
O assessor ergueu a sobrancelha, interessado. Ele sabia exatamente do que null estava falando, e a mudança no tom de voz dele não passava despercebida.
null null. Ela é uma das designers mais renomadas dessa nova geração. Franco-brasileira, uma mistura poderosa. Ela tem uma colaboração incrível com a Louis Vuitton para essa coleção, algo realmente... marcante. — O assessor respondeu com um toque de admiração na voz, como se soubesse que havia mais do que apenas uma colaboração de trabalho entre a marca e null.
null fez uma leve pausa, refletindo. Ele tinha sentido uma química no ar no evento, algo que parecia impossível de ignorar.
— Ela... tem uma presença, não tem? — ele comentou com um sorriso de canto, os olhos agora mais atentos, fixos no assessor. — Me dá a impressão de ser o tipo de pessoa difícil de se encontrar por aí.
O assessor riu discretamente, como se já soubesse onde isso estava indo.
— Ela é exatamente assim. Inteligente, independente, segura de si... Eu diria que "diferente" seria um bom termo. Mas acho que você tem mais interesse do que está demonstrando. — O assessor deixou escapar, com um sorriso travesso.
null deu um sorriso enigmático, deixando claro que ele estava mais curioso do que jamais imaginara.
— Talvez... mas vou dar tempo ao tempo. — null respondeu com um olhar pensativo, deixando claro que esse era apenas o começo.
O assessor, então, decidiu expandir o assunto, sabendo que null estava mais interessado do que queria admitir.
— A null vem de um lugar muito interessante. Ela nasceu em São Paulo, mas foi criada em Paris. A cidade de Paris a moldou, mas ela nunca perdeu o toque brasileiro, sabe? Atualmente divide a vida entre Paris, Nova York e Seul, onde tem os contratos mais importantes. — O assessor continuou, observando null, que parecia cada vez mais intrigado. — E além disso, ela tem um currículo impressionante. Já ganhou o Tiffany & Co. Design Award, uma das maiores premiações internacionais para designers de jóias. Ela também já fez colaborações com algumas das mais prestigiosas casas de moda do mundo. As coleções dela já foram expostas em galerias de arte e suas peças são muito procuradas por celebridades e colecionadores. Não sei como nunca ouviu falar dela. — O assessor finalizou com um toque de reverência, como se estivesse realmente impressionado com a trajetória de null.
null estava mais interessado do que nunca. Ele não sabia se era o talento dela, a maneira como se apresentava ou a combinação de tudo que fazia null parecer ainda mais fascinante. Ele estava definitivamente curioso para saber mais.
— Uau... impressionante. — murmurou, pensativo. — Eu sempre gostei de mulheres que têm um propósito, que são apaixonadas pelo que fazem. Ela... parece ser tudo isso e muito mais.
O assessor sorriu, sentindo que a conversa estava no caminho certo.
— Você percebeu o que eu falei? Ela é "diferente". E não é apenas a carreira ou o sucesso dela, é como ela encara a vida e como se coloca no mundo. null tem uma energia única. E, bom, posso dizer que ela não é do tipo que se impressiona fácil. — O assessor disse, provocando um sorriso discreto em null.
— Bom, vou precisar fazer uma visita a essa energia única. — null disse com um sorriso enigmático, deixando claro que ele estava mais interessado em null do que estava disposto a admitir, mas também sabia que esse tipo de mulher merecia ser abordado com cautela.
O assessor apenas riu, sabendo que ele estava se deixando envolver cada vez mais pela atração.

💍💍💍


Depois daquela conversa com o mais velho, null foi pesquisar mais sobre a mulher e descobriu que null estava finalizando uma nova coleção em Paris e, casualmente (ou não), apareceu em uma reunião da equipe.
Quando o viu passar pela porta, como “convidado especial” e futuro modelo para aquela nova coleção, null manteve o profissionalismo, mas a tensão pairou no ar.
Ele então a provocou:
— Sabe o que dizem sobre obras de arte, né? Todo mundo quer admirar, mas ninguém tem coragem de tocar. — Direcionou a fala a ela, mas com a “desculpa” de que era uma resposta depois de ver as joias que iria modelar.
— Talvez porque algumas obras mordam de volta. — Ela sorriu de canto. O resto da reunião foi só formalidades e alinhamento de alguns pontos entre a marca, a artista e a celebridade que daria cara ao trabalho.
Por sorte era outra marca que null era embaixador, então todos ficaram animados com o interesse do rapaz em fazer aquilo. Ele era o homem do momento e sua estadia em Paris poderia durar um pouco mais, já que tinha aberto sua agenda para dar atenção aquela parte de ser embaixador das marcas, que ajudava muito em sua carteira.
— Que tal um jantar amanhã à noite, para conversarmos mais sobre o projeto e a sua marca? — null perguntou, quando estava se despedindo de null. Assim que a reunião terminou.
— Ãn… Claro. — Ela aceitou para evitar climão com a equipe e as pessoas que olhavam atentas aquele convite.
— Aqui… — Entregou o aparelho celular para ela. — Anota seu número que eu te passo o endereço e o horário. — Ele sorria um sorriso enorme, enquanto null queria sair correndo, já não queria fazer aquilo e ele estava transformando em um circo.

💍💍💍


null chegou pontualmente ao restaurante, o ambiente sofisticado e minimalista em que null havia reservado a mesa para ambos. As luzes baixas e a música suave criavam a atmosfera perfeita para um jantar mais intimista. Ela usava um vestido simples, mas imponente, que refletia seu estilo inconfundível: elegante, mas sem ostentação. Ela era a mistura perfeita de força e mistério.
null se levantou quando ela se aproximou da mesa, sorrindo de maneira educada. Ele sabia que a conversa não seria fácil. Quando ela se sentou à sua frente, o olhar dele a observou por um momento, tentando entender o que se passava por trás daquele rosto sereno e impenetrável.
— Fico feliz que tenha aceitado o convite — ele começou, inclinando-se levemente para frente, curioso. — Queria aproveitar a oportunidade para conversar sobre a nossa nova colaboração. Acredito que pode ser uma parceria muito interessante.
null apenas acenou com a cabeça, mantendo a postura calma e controlada.
— Claro, inclusive, achei que viria com seu assessor ou seu marqueteiro, já que esse é um jantar de negócios — respondeu ela, sua voz tranquila, mas cheia de subentendidos. — Já falei com a equipe do projeto sobre isso. Estamos ajustando os detalhes. Será um grande lançamento.
Ele deu um pequeno sorriso, reconhecendo a autossuficiência dela, mas não poderia deixar de tentar ir mais fundo.
— Eu preferi um encontro mais intimista, afinal, dessa vez sua marca terá o maior destaque no projeto e eu quero absorver toda a sua essência. — Levantou suavemente a mão para que um garçom viesse anotar seus pedidos. — Tenho acompanhado seu trabalho. É impressionante como você conseguiu se destacar, especialmente por ser... tão reservada. Não é algo comum nesse mundo, especialmente para uma mulher tão jovem, com uma marca tão poderosa. Qual é o seu segredo, null?
Ela o observou por um momento, avaliando suas palavras, como se ele fosse um enigma a ser resolvido. Ela sabia muito bem o que ele tentava fazer: decifrá-la. E ela se divertia com isso.
— O segredo? — ela repetiu, com um sorriso enigmático. — Talvez seja o fato de que eu não preciso ser como os outros. Não estou aqui para agradar ninguém, muito menos para me encaixar nos padrões. Não sou como as mulheres da moda, que se deixam definir pelo que a sociedade espera delas.
null inclinou a cabeça, ciente de que ela estava, de alguma forma, provocando-o.
— Ah, então você prefere quebrar os padrões, é isso? — Ele disse, sorrindo de leve. — Eu diria que você é uma mulher difícil de entender. As pessoas costumam ser previsíveis. Você, no entanto, é um enigma.
Ela deu um pequeno gole no vinho que tinha chegado há pouco na mesa, junto com os pratos que tinham pedido do cardápio e, sem pressa, soltou as palavras com um tom de desafio.
— O problema, null, é que não é bom quando a presa confunde o caçador, não é? — Ela deixou a frase no ar, com os olhos fixos nos dele, de forma provocativa. — O caçador, no caso, sendo você.
Ele se divertiu com a provocação, embora também sentisse um certo desconforto. Ela era implacável.
— Talvez você esteja errada, null. Às vezes, o caçador também precisa ser caçado. Talvez você tenha subestimado o que eu sou capaz de fazer — ele disse, o tom agora mais assertivo.
Ela sorriu, um sorriso de quem estava controlando a situação, como se fosse a dona do jogo.
— Oh, eu não subestimei nada. Só não acho que você vai me decifrar tão facilmente. A única coisa que você pode tentar é... me acompanhar. Mas lembre-se, nem todo caçador é tão habilidoso quanto pensa ser.
Ele sorriu de volta, apreciando a troca de palavras, o jogo que se desenrolava entre os dois. null era um homem curioso e intrigado, mas a autossuficiência e o mistério de null o deixavam em uma posição desconfortável. Ela sabia exatamente como brincar com ele, desafiando-o sem nem ao menos tentar.
— Então você está me dizendo que está no controle? — Ele provocou de volta, levantando uma sobrancelha.
null não hesitou.
— Em parte, sim. Mas eu não costumo me importar com quem está no controle, desde que o jogo seja interessante.
Ele a olhou com um sorriso curioso, interessado. Ele sabia que essa noite ainda era apenas o começo do que prometia ser um jogo interminável.
Enquanto o jantar seguia, os dois continuavam a se desafiar com palavras e olhares, cada um tentando entender o outro, mas, ao mesmo tempo, se divertindo com o mistério e o poder que compartilhavam, sem admitir totalmente o quanto estavam conectados.

💍💍💍


O estúdio estava lotado. Fotógrafos, stylists, assistentes correndo de um lado para o outro, flashes disparando. No centro de tudo, null sorria para a câmera, confortável sob todos os holofotes. O projeto tinha enfim começado e eles estavam trabalhando duro.
null estava de longe, com o tablet em mãos, observando cada detalhe da produção. As joias da coleção precisavam estar perfeitas — e não estavam.
Ela franziu o cenho. O colar estava mal ajustado. Um erro imperdoável para um editorial de peso.
— Está tudo bem aí, Monalisa?
Antes que pudesse pedir ajustes, a voz dele ecoou.
— O colar está desalinhado. E você está forçando o sorriso. — Ela respirou fundo odiava aquele apelido que ele insistia em chamar ela e caminhou com passos firmes até o set.
— Forçando? Eu sou o carisma em pessoa. — Ele arqueou uma sobrancelha.
— Não para mim. — Ela se aproximou. Suas mãos frias tocaram o pescoço dele para arrumar o colar, e o toque fez null prender a respiração por um segundo.
— Você está tentando parecer no controle. Mas, às vezes, ceder o controle é o que traz naturalidade. — Ela falou baixo, só para ele.
— Está me dizendo para me entregar? — Ele olhou para ela de lado, com aquele brilho provocativo nos olhos.
— Exatamente. — Ela sorriu, suave, mas o olhar era afiado.
null se afastou e olhou para o fotógrafo.
— Vamos novamente. E desta vez, deixe ele improvisar.
O fotógrafo assentiu.
As câmeras começaram a disparar outra vez, e null, sem perceber, seguiu cada pequeno gesto dela. Se ela levantava a mão, ele mudava a postura. Se ela inclinava a cabeça, ele ajustava o olhar.
Por alguns minutos, ele não era o astro mundial. Era apenas um homem obedecendo silenciosamente à presença dominante daquela mulher.
Quando as luzes apagaram e o ensaio terminou, ele se aproximou.
— Eu deveria estar incomodado.
— E está? — Ela perguntou, ainda concentrada nas imagens.
— Não. — Ele sorriu de lado. — Acho que nunca me diverti tanto em um set.
Ela o olhou pela primeira vez de verdade.
— Cuidado, null. O controle é viciante... e difícil de largar depois que você prova.
— Talvez eu goste de vícios perigosos.
null sorriu, fechando o tablet.
— Vamos ver até onde você aguenta.
E saiu, deixando o perfume e a tensão no ar.

💍💍💍


null chegou pontualmente às 20h. O maître a conduziu até a mesa reservada. Lá estava ele — impecável, charmoso, com um sorriso que parecia fácil demais.
— Achei que você fosse inventar uma desculpa — disse ele, levantando-se educadamente, naquela manhã, ele tinha mandado uma mensagem a convidando novamente para um jantar, mas dessa vez mais informal.
— Eu quase inventei — ela respondeu, sentando-se sem cerimônias.
— Gosto da sua honestidade. — Ele riu baixo.
O garçom trouxe o vinho, e a conversa começou leve, entre comentários sobre a campanha e como tudo se encaminhava bem para a entrega do resultado final aos acionistas. Mas null não queria falar de joias. Queria falar dela.
— Você sempre foi assim? — ele perguntou de repente.
— Assim como? — Ela ergueu uma sobrancelha.
— Intimidadora. Impecável. Um mistério ambulante.
— Eu sou apenas prática. Objetiva. Isso assusta algumas pessoas. — null girou a taça de vinho entre os dedos.
— Não a mim — ele rebateu, sem hesitar.
— Ainda. — Ela sorriu, mas o olhar carregava ironia.
— Então você admite que tem esse efeito nas pessoas.
— Eu admito que poucos sabem lidar com uma mulher que sabe o que quer.
— E você... o que quer, null? — Ele se um pouco, apoiando os cotovelos na mesa.
Ela o encarou por alguns segundos longos demais. O restaurante parecia ficar em silêncio.
— Paz. Silêncio. Controle.
— Controle até na mesa do jantar? — Ele riu, mas sem sarcasmo.
— Especialmente na mesa do jantar. — Ela inclinou o corpo para frente, o olhar cravado no dele.
Por um segundo, ele não soube o que responder. Só sentiu o estômago apertar ‐ não de nervoso, mas de pura adrenalina.
— E você, null? O que procura? — Ela se recostou novamente, calma.
— Talvez alguém que saiba me desafiar. — Ele sorriu de canto.
null levantou a taça, brindando no ar.
— Então cuidado com o que deseja.
Eles brindaram. E o clima entre os dois ficou perigosamente leve.
Quando o jantar terminou, ele ofereceu carona.
— Eu dirijo — ele disse.
— E eu não gosto de perder o controle do trajeto — ela respondeu, educadamente recusando.
— Você é fascinante. — Ele soltou uma risada baixa.
— E você não faz ideia do que está pedindo. — Ela se aproximou, seus olhos presos aos dele. — Parece que meu uber chegou, você devia pedir um motorista também, afinal, nós bebemos e isso é perigoso. Boa noite docinho. — null deu um beijo longo na bochecha dele, antes de entrar no carro, deixando-o sozinho na calçada, olhando o veículo sumir.

💍💍💍


A noite estava avançada, e a maioria das luzes da cidade já estavam apagadas. Mas no ateliê dela, em uma rua discreta de Paris, tudo ainda estava aceso.
null trabalhava em silêncio. As mãos firmes moldando uma nova peça, mas o olhar distante. Na bancada, rabiscos amassados. Na mente, um turbilhão que ela não sabia organizar. A matéria de mais cedo martelava em sua mente.

EX-NAMORADO DE null null FAZ DECLARAÇÕES POLÊMICAS: "ELA NÃO É TUDO ISSO!"



A renomada designer de joias franco-brasileira null null, conhecida mundialmente por suas criações ousadas e minimalistas, virou alvo de polêmica nesta semana. Em entrevista exclusiva à revista Luxe & Gossip, o empresário italiano Lorenzo Bianchi, ex-namorado da designer, resolveu quebrar o silêncio e não poupou críticas.
"Ela tem talento, mas é arrogante. Nunca aceita opiniões, não sabe trabalhar em equipe. Acha que está sempre certa. E sinceramente? Muitas das peças dela são superestimadas", disparou Bianchi, visivelmente ressentido.
O ex ainda afirmou que o sucesso de null seria mais fruto de marketing do que de genialidade. "Ela sabe vender a imagem de mulher forte e misteriosa, mas nos bastidores, é controladora e difícil. Eu vi de perto. Trabalhar com ela ou estar ao lado dela é sufocante."
Questionado sobre o relacionamento dos dois, Lorenzo não economizou: "Ela não deixa ninguém se aproximar de verdade. Sempre mantém uma distância, como se tivesse medo de ser humana. Até no relacionamento, ela queria ter o controle de tudo."
O comentário mais ácido veio ao final da entrevista: "Ela usa essa imagem de 'enigma intocável' para esconder suas inseguranças. Por trás do brilho das joias, tem alguém que não sabe lidar com vulnerabilidade."
null null, que atualmente está em colaboração com a Louis Vuitton para a nova coleção de alta-joalheria, e um projeto exclusivo de sua marca, foi procurada, mas não se pronunciou oficialmente sobre as declarações. Seus assessores disseram apenas: "Não comentamos sobre a vida pessoal da Sra. null."
Enquanto isso, o público e o mundo da moda se dividem entre apoiá-la ou questionar o impacto da reportagem.

Por Clarisse Moreau — para Luxe & Gossip.


Ela sempre foi a dona do jogo.
Sempre soube como afastar homens que não suportavam sua intensidade, sua necessidade de controle, seu desejo de domínio... inclusive entre quatro paredes. Todos eles, sem exceção, a achavam intrigante no começo, e assustadora no final. Mas não esperava que seu ex, aquele que um dia pensou em se casar, faria uma coisa dessas com ela, ela tentou mudar para atender as necessidades dele, mas resolveu romper o relacionamento para que ambos não sofressem mais.
E de bônus agora null também não saia de sua cabeça, achou que iria enlouquecer.
Aquele homem.
Com seu sorriso fácil, seu carisma ensolarado e olhos que pareciam não ter medo de nada.
Ele não recuava.
Ele não desviava.
Ele olhava para ela como se estivesse pronto para ser desafiado.
Ela pegou o anel de ouro ainda quente da bancada e o jogou no recipiente de água, o chiado cortando o silêncio da sala.
— Droga... — sussurrou.

***


Nas redes sociais:

> @fashionloverparis: “Homens inseguros sempre tentando diminuir mulheres brilhantes. #Teamnull”

@trendwatcher: “Ok, Lorenzo… alguém está com recalque porque perdeu uma mulher que não se dobra. Eu admiro mais ainda agora!”

@luxuryinsider: “Será que null null é realmente tudo isso ou só mais uma imagem bem vendida? Aguardando próximos capítulos…”

@gossipbabe: “Ele não superou. E ficou feio.”


O assessor de null entrou apressado no quarto dele, observando a janta intocada na mesa de refeições e um null, lendo o celular com uma expressão preocupada.
null... você viu isso? — ele perguntou, mostrando a manchete online.
null arqueia uma sobrancelha, pega o celular e lê em silêncio. Dá um sorriso torto.
— É sempre mais fácil falar mal de quem você não consegue controlar — comentou, calmo, estava lendo naquele exato momento tanto a matéria, quanto o que o público comentava nas redes.
— Mas isso pode pegar mal para a coleção. A imprensa adora distorcer tudo... estão comentando que talvez ela seja “difícil” de lidar.
null apoiava o cotovelo na mesa, olhando para o assessor com um brilho de diversão nos olhos.
— E desde quando gênio criativo é fácil de lidar? — ele deu um pequeno riso. — Isso só me deixa ainda mais curioso.
— Vai querer que eu emita algum comunicado oficial? — O assessor hesitou.
null balançou a cabeça negativamente.
— Não. Isso só vai alimentar a fogueira. Ela sabe se defender... e, francamente, eu gosto de gente que não precisa que alguém vá à luta por ela.
Ele devolveu o celular para o assessor, inclinando-se na cadeira e murmurando para si mesmo, com um sorriso cheio de expectativa:
— Agora eu realmente quero decifrar esse enigma.
Se levantou, pegou um casaco, um boné, máscara e as chaves do carro e passou pelo assessor como um raio, não dando chance do outro protestar.

***


null pegou o celular e começou a ler alguns comentários e menções negativas, mesmo sendo orientada por todos que trabalhavam com ela, a não fazer aquilo. Leu algumas coisas boas, mas muita coisa ruim também e antes que pudesse respirar fundo, ou chorar, já que seu olho tinha enchido de água, ouviu o som da porta do ateliê sendo aberta.
— Você sempre trabalha de madrugada? — a voz dele soou baixa e inesperada.
— Como você me encontrou, como sabia que eu trabalhava aqui? — null virou-se devagar.
— Eu perguntei para o assistente da campanha onde era seu ateliê. E dei um palpite de que ainda estaria aqui. — Ele sorriu, entrando sem cerimônia. — Não sabia que gênio criativo também tinha olheiras.
— Eu gosto do silêncio. — Ela bufou, tentando esconder o incômodo.
— Paz e controle… eu sei.
— O que você está fazendo aqui, null? — Ela o encarou.
— Talvez... me deixando ser guiado. — Ele deu de ombros.
— Você não entende o que isso significa, e no que isso pode implicar? — Ela franziu o cenho.
— Me explica, então.
null ficou em silêncio.
Por um longo momento, o peso da confissão quase escapou dos lábios dela. Que, na verdade, sua intensidade não parava no profissional.
Que ela era exigente demais, dominante demais, forte demais para a maioria dos homens.
E eles partiam. Sempre partiam.
Ela desviou o olhar, pegando o anel resfriado da água e o observando.
— Você não está pronto para lidar com quem eu realmente sou.
— E se eu quiser descobrir? — Ele se aproximou, sem invadir, mas perto o suficiente para que ela sentisse o calor.
— Você vai correr. Todos correm. — Ela riu, mas foi um riso amargo.
— E se eu prometer que fico? — Ele a olhou nos olhos, sério.
— Não faça promessas assim, null. Algumas promessas viram contratos difíceis de quebrar. — null ergueu o olhar devagar, e por um segundo, a muralha que ela mantinha começou a rachar.
— Talvez eu goste de contratos perigosos. — Ele deu um passo a mais.
Eles ficaram em silêncio. A tensão, densa e elétrica, quase palpável.
— Você não sabe o que está pedindo — ela sussurrou.
— Então me ensina — ele pediu.
Ela prendeu a respiração. Por um segundo, pensou em recuar. Mas apenas sorriu de canto.
— Cuidado, null. Você pode não querer mais sair.
— Eu gosto de ficar. — Ele apenas sorriu.

💍💍💍


Ele não esperava encontrá-la ali. null entrou na boutique da Louis Vuitton para uma reunião breve com a equipe de marketing... mas, ao virar o corredor, lá estava ela.
null, sentada em uma poltrona exclusiva, com uma taça de espumante na mão e um tablet no colo, revisando detalhes das peças de joias que fariam parte da próxima vitrine.
Calma, elegante, e completamente no controle de tudo outra vez.
Ela o viu primeiro.
Mas esperou ele se aproximar.
— Não sabia que você vinha hoje — ele comentou, parando ao lado dela.
— Você não perguntou — ela respondeu, sem desviar o olhar do tablet.
Ele sorriu.
— Você sempre age como se tudo girasse no seu ritmo, não é?
— Não é uma questão de “agir”, null — ela disse, finalmente erguendo o olhar. — Eu gosto das coisas no meu tempo, da minha maneira. Se isso incomoda, a porta está ali.
— Você afasta muitos homens assim? — Ele riu, mais encantado do que intimidado.
— A maioria. — Ela largou o tablet na mesa, cruzando as pernas lentamente. — E você, quantas mulheres afastou por não saber quando ceder?
— Eu costumo conduzir o ritmo. — Ele mordeu o lábio inferior, divertido.
— Não comigo. — Ela inclinou o corpo para frente.
O olhar dele ardia de curiosidade e desejo contido.
null então se levantou devagar, pegou uma das joias recém-finalizadas — um colar poderoso, pesado, feito para mulheres que não pedem permissão para brilhar — e colocou-o ao redor do pescoço dele, sem pedir.
— Está me vestindo? — null arregalou os olhos, surpreso.
— Apenas mostrando como é estar do outro lado. — Ela ajustou o fecho com delicadeza. — deu um passo para trás, observando-o com aprovação. — Combina com você. Poder. Presença. Um lembrete de que, às vezes, é bom não ter o controle.
Ele engoliu em seco, sentindo o peso da corrente e o significado dela.
— Você está me desafiando — ele murmurou.
— Sempre. — Ela sorriu de canto. Antes que ele pudesse responder, null tirou o colar, com movimentos suaves, quase sensuais, e o devolveu à vitrine. — Preciso voltar ao trabalho. Nos vemos no evento.
Ela passou por ele com a confiança de quem domina qualquer ambiente, deixando null ali, parado, com o coração batendo mais rápido e um pensamento fixo:
Ela não era só misteriosa.
Ela era perigosa.
E ele não via a hora de se jogar.

Mais tarde, naquela noite a sala estava cheia de pessoas importantes, todas vestindo suas melhores roupas, conversando e se encantando pelas novas coleções da Louis Vuitton. O tapete vermelho estava repleto de celebridades, influenciadores e embaixadores da marca, todos marcando presença na noite de gala.
null estava impecável. Seu vestido de veludo preto, com detalhes sutis em dourado, caía perfeitamente em seu corpo. As joias que ela mesma desenhou complementavam sua presença, com um brilho misterioso que fazia a luz refletir de maneira hipnotizante. Ela caminhava pela sala com a graça de uma predadora, seu olhar observando tudo e todos ao seu redor, mas sempre focado em um único ponto.
null.
Ele a viu assim que entrou no salão, com sua postura sempre relaxada, mas seus olhos nunca deixando de brilhar com a tensão entre eles. Ele estava elegante mesmo com aquelas roupas exageradas da marca, mas nada no seu traje parecia competir com a presença dela.
A cada passo, a tensão entre eles aumentava. Ele tentou se aproximar, mas ela se afastou, sempre com um sorriso no rosto, mas a distância física claramente estabelecida. null estava intrigado — ela estava brincando com ele, e ele não sabia até onde ela o levaria.
Quando os dois finalmente se encontraram, ele não conseguiu evitar o comentário:
— Achei que ia passar a noite te perseguindo.
— Não preciso ser perseguida, null. Eu sou quem lidera o jogo aqui. — null olhou para ele, um sorriso de diversão dançando nos lábios.
— E você acha que isso me intimida? — Ele se aproximou, quase desafiando.
— Não, mas é bom saber até onde você está disposto a ir para brincar de igual para igual. — Ela deu um passo para trás, olhando para ele de cima para baixo, avaliando-o.
— Eu sei até onde posso ir. E você vai descobrir logo. — Ele a encarou, com os olhos mais intensos.
O ambiente ao redor parecia desaparecer enquanto os dois se encaravam. A energia entre eles estava carregada, como se houvesse uma linha invisível que se esticava a cada segundo, prestes a se romper.
null olhou para o bar ao fundo, onde os coquetéis eram servidos. Ela pegou uma taça e se virou, começando a se afastar dele novamente.
— Se quer provar algo, null, vai precisar ser mais sutil. O jogo de força não é comigo.
null deu um sorriso de canto, sabendo que ela estava jogando com ele.
— Talvez eu goste do jogo, null. E mais, talvez eu goste de ser desafiado por você.— Ele a seguiu, os olhos fixos em sua figura imponente.
— Não está preparado para o que isso implica. — Ela parou, virando-se para ele com um olhar penetrante.
Ela entregou a taça de champanhe para ele, com o movimento tão gracioso quanto o de uma bailarina, mas com uma intensidade que fazia a atmosfera ao redor deles vibrar.
— Beba. E depois, me mostre que você sabe o que quer.
Ele pegou a taça, mas antes de dar um gole, olhou profundamente nos olhos dela.
— Você vai ver. Eu sempre sei o que quero.
null se afastou sem dizer mais nada, sabendo que o controle estava, por enquanto, nas suas mãos. Mas null estava mais perto do que ela imaginava de finalmente descobrir até onde aquele jogo os levaria.
A noite já estava se encaminhando para o final, e o evento da Louis Vuitton foi um sucesso. A maioria dos convidados já tinha deixado o salão, mas null e null ainda estavam ali, entre os últimos a sair. Eles estavam em um canto afastado do lobby do hotel, onde a música suave não disfarçava o som de suas conversas tensas.
Ele estava recostado na parede, observando null com um olhar intenso, como se estivesse esperando algo. Ele já sabia que ela estava jogando, mas a dúvida agora era: até onde ele poderia ir sem perder o controle?
null se afastou dele, com um sorriso sutil nos lábios, mas seus olhos denunciavam o quanto ela estava divertida com o que estava acontecendo, foi caminhando para uma área de corredores no fundo do grande hotel onde o evento acontecia e null a seguiu.
— O que você quer, null? — ela perguntou, com a voz baixa, controlada, mas cheia de uma expectativa silenciosa, quando seus olhos encontraram o rapaz, meio ofegante procurando por ela, olhando de um lado para o outro.
— Eu quero descobrir até onde você vai me levar. — Ele deu um passo à frente, sua respiração mais pesada.
— Você não sabe o que está pedindo. — null levantou uma sobrancelha, desafiadora.
— Então me mostre. Eu estou pronto. — Ele sorriu, se aproximando ainda mais, o espaço entre eles reduzido ao mínimo. Ele estava se permitindo, mais do que nunca, seguir o instinto.
Ela o olhou de forma penetrante, como se estivesse analisando todos os seus movimentos. Ela sabia o poder que tinha sobre ele, mas também sabia que ele não era alguém fácil de dominar. Ou talvez estivesse começando a gostar da ideia de ser desafiada por ele.
null pegou o colar que ainda estava no pescoço dele, puxando-o com delicadeza, o movimento suave e calculado. A ação de pegá-lo e dar-lhe um puxão sutil foi o suficiente para fazer null engolir em seco. Ele a observou, sem conseguir desviar os olhos dela.
— Você é boa no que faz, null — ele murmurou, quase num sussurro.
— Eu não faço nada sem ter o controle. E você... ainda está tentando entender como isso funciona. — Ela sorriu com uma pitada de ironia e prazer.
— Eu gosto da ideia de não ter o controle. Se isso é o que você quer, vou me entregar. — Ele se inclinou para frente, os corpos agora quase se tocando.
null o observou por um momento, avaliando a sinceridade em suas palavras. Ela sabia que ele estava disposto a se entregar, mas também sabia que, no fundo, ele não estava acostumado a se colocar nesse lugar.
Ela o puxou mais para perto, seus rostos tão próximos que ele podia sentir a respiração dela.
— Então me prove.
Com um movimento rápido e quase imperceptível, ela colocou uma mão em seu peito, pressionando-o contra uma parede, de uma forma que foi ao mesmo tempo suave e firme. null sentiu o coração bater mais forte, sem saber se era a força de null ou a tensão do momento que estava deixando-o tão vulnerável.
— Se você quer me seguir, precisa entender o que é realmente perder o controle, null. Só assim você vai entender até onde posso te levar. — Ela olhou nos seus olhos, desafiadora, provocante.
null, sem hesitar, puxou-a para mais perto, agora sem resistência. O jogo que estava jogando se tornou real. Ele não estava mais apenas tentando se manter no controle; ele queria viver o desafio. E, naquele momento, ele estava disposto a seguir null, onde quer que ela o levasse.
null não o deixou falar mais nada. Com um movimento preciso, ela o beijou — não de forma doce ou suave, mas intensa e cheia de possessividade. Era como se ela quisesse marcar seu território, mas ao mesmo tempo deixá-lo sentir que o poder estava com ela. Ele não recuou.
E nesse momento, ambos sabiam: o controle havia se perdido. A entrega era a única coisa que restava.
— Vamos subir para o meu quarto! — null disse firme, quando os lábios se separaram, gostava daquele clima ali naquele corredor, mas eram figuras públicas, não podiam ser pegos ali. null não disse nenhuma palavra, só balançou a cabeça de forma positiva. — Eu vou primeiro, estou na cobertura, pegue o elevador depois que eu pegar, suba até o ultimo andar, vou deixar a porta aberta, meu quarto é o andar todo, então não tem erro. — Ela o puxou para mais um selar demorado dos lábios e logo se afastou, não somente do corpo dele, mas do campo de visão, seguindo o corredor até o final.
O ambiente do quarto estava suave, iluminado por uma luz tênue que parecia envolver tudo em um véu de intimidade. null estava sentada na beirada da cama quando o homem chegou, os olhos fixos nele, que a observava com uma mistura de curiosidade e um certo receio. Estava vestida com uma lingerie super sensual. O corset preto marcava sua cintura de forma impecável, o tecido translúcido e estruturado desenhando cada curva com precisão provocante. As alças finas e o bojo perfeito valorizavam seu colo, enquanto as cintas-ligas, presas com elegância em suas coxas nuas, deixavam claro quem estava no controle. Luvas longas de cetim preto cobriam seus braços, conferindo um ar sofisticado e dominador. O toque final vinha da calcinha igualmente transparente, que casava visualmente com todo o resto. Seus cabelos longos e ondulados caiam livremente, completando o quadro perfeito de uma mulher que não pede permissão — apenas toma o que quer. Deu tempo de se arrumar daquela forma, pois só tirou o vestido, estava com aquela lingerie por baixo e as luvas eram as mesmas que usava combinando com o vestido no evento.
Ela havia sentido o momento de trazer à tona o que estava em sua mente há dias. Agora, com ele ali, estava decidida a ser clara, sem esconder nada. Não queria se entregar à alguém que provavelmente fugiria e não queria ser novamente ridicularizada em rede mundial.
null... antes de continuarmos com isso... há algo que você precisa saber sobre mim. Algo que é uma parte importante do que eu sou e do que eu gosto, mas também algo que exige confiança. Muita confiança. — null disse com calma e deu um pequeno sorriso enigmático.
Ele a olhou atentamente, sentindo o peso das palavras dela. Havia algo na maneira como ela falou que o fez se concentrar ainda mais, como se estivesse prestes a revelar um segredo precioso.
— Eu gosto de controle... — ela começou, a voz suave, mas com uma firmeza que não passava despercebida. Se levantou e chegou mais pouca coisa mais perto dele. — Gosto de ter o controle, de liderar. No quarto, quando estou com alguém, eu sou... dominante. E, se você estiver disposto, podemos explorar isso juntos.
null engoliu em seco, mas não desviou o olhar. Ele havia ouvido falar sobre BDSM, mas nunca tinha se envolvido de verdade. Sentia o impulso de recuar, mas também havia algo em null que o atraía, algo que o fazia querer se entregar.
— E o que isso significa exatamente? — Ele perguntou, a curiosidade tomando conta dele.
null inclinou-se ligeiramente para frente, mantendo os olhos fixos nos dele, como se estivesse desafiando-o a entender a profundidade do que ela estava dizendo.
— Significa que eu vou guiar você. Eu vou ser quem dita os limites, as regras. E você... você vai aprender a se entregar, a deixar de lado o controle. Vai ser difícil, eu sei. Mas vai ser incrível também. O prazer... a liberdade, vem disso. —.Ela fez uma pausa, certificando-se de que ele estava ouvindo atentamente. — E isso... isso não significa que você não vai ter poder. Não se engane. O poder está em suas mãos também. Mas eu preciso que você me dê sua confiança total. Quando você me der isso, eu vou te mostrar como é libertador se entregar ao prazer de uma maneira que você nunca imaginou.
null respirou fundo, tentando processar as palavras dela.
— Eu... não sei, null. Não sei se consigo... — ele disse, a voz um pouco mais baixa, quase como se estivesse se revelando. — Mas quero tentar. Quero ver até onde isso pode ir. — Ele sentiu uma mistura de excitação e insegurança. Ele nunca havia feito algo assim antes, mas a ideia de confiar nela o atraía de uma maneira inexplicável.
— Eu não espero que você saiba tudo agora, null. A primeira coisa que precisamos é de uma palavra de segurança. Algo que, se você disser, tudo vai parar imediatamente. O que você escolher, será a nossa garantia de que estamos no controle, mas também de que estamos respeitando os limites um do outro. — null sorriu suavemente, mas com uma confiança implacável.
Ele pensou por um momento. A palavra precisava ser algo simples, algo fácil de lembrar, mas que também fosse simbólico. Algo que capturasse a essência de confiança mútua.
“Mona Lisa.” — Ele disse finalmente, com um olhar intenso e uma risadinha cúmplice — Se eu disser "Mona Lisa", isso significa que precisamos parar, certo?
null assentiu com um sorriso orgulhoso.
— Isso mesmo. Se você disser "Mona Lisa", tudo para. Sem perguntas, sem hesitação. E, se você realmente se sentir desconfortável, mesmo sem usar a palavra de segurança, podemos parar. Sempre. Mas a palavra é importante para que ambos saibamos quando estamos no limite. — Ela se aproximou lentamente, como se o ambiente inteiro estivesse tomando uma energia diferente. Quando estava bem perto dele, ela tocou suavemente seu braço, o que fez null se arrepiar de leve. — Agora... a parte mais importante... — ela murmurou, sua voz suave e sedutora. — Eu vou guiar você, null. E você vai me seguir. Se você confiar em mim, vai descobrir que... o prazer está em se perder. Em se deixar levar. Você está pronto para isso?
Ele olhou para ela, seus olhos ardendo com desejo, mas também com um certo medo do desconhecido. Mas, no fundo, sabia que queria se entregar àquela experiência, queria explorar essa nova dinâmica com ela.
— Sim... estou pronto. — Ele disse com uma confiança que, embora tímida, carregava um desejo imenso.
null sorriu e, então, com um gesto firme, foi até a gaveta da mesa de cabeceira. null acompanhou cada movimento dela com os olhos, sentindo um arrepio percorrer sua espinha. Ela retirou de lá uma venda de seda preta, e seus olhos brilharam ao vê-la segurando o acessório.
— A primeira coisa que vou fazer... é te tirar o controle. Eu quero que você confie completamente em mim. Então, vou vendar seus olhos. Você não vai ver mais nada, apenas sentir. Você vai se entregar ao toque, ao som da minha voz, à minha presença. — Ela se aproximava lentamente dele. — Tire as suas roupas e fique somente de cueca e enquanto faz isso, se aproxime mais da cama. — Seu tom era firme e seus olhos carregavam uma luxúria que ele teve a chance de vivenciar pouquíssimas vezes em sua vida.
Ele a obedeceu sem emitir nenhuma palavra e sentiu o coração acelerar enquanto ela se aproximava, prendendo a venda em seus olhos. A escuridão tomou conta, e ele ficou ali, completamente dependente dela, sem saber o que viria a seguir, mas confiando que tudo estava sendo cuidadosamente planejado.
null se abaixou, tocando suavemente seu peito, e sussurrou:
— Respire fundo, null. Relaxe... Deixe-se ir. Eu estou no comando agora, e você vai sentir coisas que nunca imaginou.
Ele respirou fundo, tentando se acalmar, mas a expectativa e o desejo o consumiam. Quando ela passou as mãos pelos seus ombros e pelo pescoço, o toque era suave e aveludado e gélido por conta da luva de cetim que ela ainda usava, ele não conseguiu mais resistir. Ele sentiu o toque suave dela contra sua pele, e a confiança que ele depositava nela, bem como o volume no meio de suas pernas crescia a cada movimento.
Ela desceu as mãos fazendo ele sentir seus dedos envelopados passeando pelo seu peitoral, e seu abdômen, ela ia desenhando cada detalhe de sua barriga, de forma suave e ele arfando de desejo a cada toque, seu corpo reagia muito bem, eram sensações que ele nunca tinha sentido antes. Ela continuou passando a mão sobre seu corpo, grudou seus corpos quando passou as mãos para as costas dele e sentir o pano da lingerie roçando em sua pele na frente e as luvas roçando em suas costas, estava aumentando a temperatura corporal que null, que soltava gemidinhos baixos e involuntários. Sem afastar os corpos, null desceu as mãos para as coxas dele, ainda com os corpos grudados e sentiu que o pau dele pulsava em sincronia com seus toques. Ele não viu, mas ela abriu um sorriso satisfeito.
— Quero que você sinta tudo… mais do que nunca. — sussurrou, pausando rapidamente a mão por cima da ereção dele e apalpando de leve.
Ele soltou o ar em um suspiro lento, seguido de um gemido um pouco mais alto.
E ela então se afastou, observando um semblante frustrado do homem vendado, adorou aquilo, aquela expressão sempre a deixava satisfeita e ainda mais excitada. Com um gesto suave, guiou-o para se deitar na cama. Ele achou que ela se deitaria com ele, mas mais uma vez, suas expectativas não foram alcançadas. null estava o desacostumando a prever o que aconteceria, e isso realmente o tirava do controle. Mas não era uma sensação ruim ela o fazia relaxar, permitia que ele se perdesse naquela sensação de confiança. Ele podia sentir seu corpo tenso, mas ela o ajudava a liberar todas as suas inseguranças, a cada nova sensação que o fazia sentir. null sentiu a presença de null novamente, mas dessa vez ela não o tocou, ele só sentiu o peso do corpo dela ao seu lado no colchão.
O silêncio preenchia o quarto, interrompido apenas pela respiração controlada de null. Vendado, ele sentia o coração bater um pouco mais rápido, como se seu próprio corpo antecipasse o que estava por vir, a expectativa por um novo contato era grande. Sem a visão, tudo parecia ampliado — o som do próprio fôlego, o calor do ambiente, o leve arrepio que já percorria sua pele em expectativa. Então veio o primeiro toque. Algo frio e efêmero roçou sua clavícula, e por um segundo ele não soube dizer se era real ou apenas fruto da sua imaginação. null sorria maliciosa e satisfeita a cada nova reação que o via ter.
Mas então o contato se repetiu, suave como um sopro de vento, seu rosto era uma incógnita e null se lembrou que aquela era a primeira vez dele tendo aquela experiência.
— Isso é uma pluma. — Ela sussurrou no ouvido dele. — Está tudo bem se eu continuar? Você está confortável até aqui? — Ela resolveu baixar um pouco a guarda, sabia como a primeira vez tendo aquela experiência podia ser traumatizante, e ela estava gostando tanto de ver ele naquela posição, que não queria espantar na primeira vez. E claro, o consentimento era a base de toda aquela experiência.
Ele não disse nada novamente, só concordou com um aceno de cabeça. null sorriu satisfeita e deslizou a pluma vagarosamente pelo centro do seu peito, descendo até o esterno antes de seguir para o lado esquerdo, traçando círculos preguiçosos sobre sua pele nua.
null prendeu a respiração quando sentiu a pluma contornar seus ombros, passando pela curva do pescoço, roçando a linha de sua mandíbula antes de descer pela lateral do rosto. O toque era sutil, provocador, fazendo com que cada arrepio parecesse se multiplicar.
A pluma seguiu seu caminho, descendo lentamente pelo braço direito, parando na dobra do cotovelo antes de continuar até o dorso da mão. O trajeto se repetiu no braço esquerdo, mas dessa vez o toque era um pouco mais demorado, como se testasse sua paciência.
Um arrepio mais forte percorreu sua espinha quando o toque desceu pela lateral de suas costelas, roçando de leve sua cintura antes de seguir para a linha do abdômen. null soltou um suspiro baixo quando a pluma traçou um caminho até seu umbigo, percorrendo cada centímetro com uma precisão quase calculada.
Ele esperava que o próximo toque fosse previsível, mas foi pego de surpresa quando sentiu a pluma deslizar pela parte interna de seu antebraço, depois subindo pela lateral do pescoço outra vez, provocando um novo arrepio. Seu corpo estava completamente desperto agora, reagindo involuntariamente a cada novo movimento.
Quando a pluma deslizou vagarosamente pelas suas coxas, subindo pela parte interna delas outra vez, null soltou um longo gemido. Sem a visão, cada toque parecia mais intenso, mais profundo. Ele não sabia quando terminaria — e, naquele momento, não queria saber. Mais algum tempo com aquelas sensações que se assemelhavam com cócegas suaves e arrepios null colocou a pluma de lado e saiu da cama novamente.
Não demorou mais que um minuto, mas para null parecia uma eternidade, estava ansiando por aquela mulher e agradeceu mentalmente que ela tivesse parado com os estímulos da pluma, porque ele podia facilmente gozar só com aquela sensação, mas não queria fazer aquilo naquele momento.
— Eu vou te privar de mais uma sensação. — A voz de null surgiu e preencheu o lugar. — Coloque suas mãos para cima e una os pulsos.
Ele obedeceu sem hesitar. null retirou as luvas que iam até as dobras do cotovelo envolveu um dos pulsos primeiro, O toque do cetim contra sua pele era frio no início, mas rapidamente aquecia com o calor de seu próprio corpo. Ela foi enrolando a luva com precisão, o tecido deslizando suavemente ao redor da pele dele antes de ela dar um nó firme. Depois, pegou a outra luva e repetiu o processo no segundo pulso, conectando as duas com um laço cuidadoso.
null testou a leveza do amarre, sentindo a maciez do cetim segurá-lo sem machucar, apenas o suficiente para mantê-lo ali, entregue ao momento. null passou os dedos devagar sobre o nó que havia feito, como se conferisse a segurança do laço, mas null sabia que aquele gesto era mais do que isso.
— Está confortável? — ela perguntou, os lábios curvando-se em um sorriso sutil.
— Sim — Ele engoliu em seco e respondeu, a voz levemente rouca.
null se inclinou, os fios de cabelo roçando seu rosto quando ela sussurrou perto de seu ouvido:
— Então agora, só relaxe.
Ela pegou um cubo de gelo, deixando-o escorregar lentamente pela curva do pescoço dele. Ele não sabia que se tratava até sentir o contraste do frio na pele quente, que o fez soltar um gemido rouco. null traçou o gelo lentamente sobre o peito, contornando um mamilo e depois o outro, vendo-os endurecer ainda mais. Desceu pelo abdômen, seguindo a linha entre os músculos definidos, o cubo derretendo e deixando rastros molhados e frios.
Com a língua quente, ela seguiu o mesmo caminho, lambendo cada gota de água gelada, sentindo o sabor da pele dele e o tremor leve do seu corpo. null estava entregue, respirando fundo, os dedos apertando uns aos outros.
null estremeceu, quando ela puxou sua cueca para baixo, o calor espalhou-se quando ela voltou com o gelo em sua pele, desceu o cubo, fazendo quase o mesmo processo que anteriormente, só que dessa vez não parou em seu abdômen. Desceu a pedra por seu umbigo, para a parte baixa do abdômen, descendo pelo “v” natural que seu corpo tinha e delimitada a linha entre o abdômen e sua ereção, que agora pulsava livre. Mais uma vez ela afastou o gelo de seu corpo e subiu, para passar a língua quente por todo o trajeto molhado que havia deixado. Quando a boca parou lambendo a última gota de água, o gelo voltou, mas agora no pau de null, quando ela encostou a pedra gelada na cabeça pulsante, ele gemeu mais alto do que vinha gemendo todo aquele tempo. Sentiu deslizar por toda a extensão inclusive nas bolas, e quando terminou aquele trajeto, mais uma vez o gelo foi afastado de seu corpo. O corpo de null se retorcia levemente ansioso por onde a boca de null passaria dessa vez e ficou instantaneamente feliz por, pela primeira vez na noite, acertar o movimento que a mulher faria.
Ela começou com a língua quente, lamber todas as gotinhas que tinha deixado pingar propositadamente na glande dele. Brincava com a língua de um lado para o outro e depois de saborear um pouco daquela área, desceu a língua para lamber o resto do caminho feito pelo gelo. Lambia toda a extensão daquela excitação de cima a baixo repetidas vezes até direcionar a boca para as bolas, lambendo a região também. Quando se cansou de lamber, Afastou a boca do rapaz, e antes que null abrisse a boca para talvez protestar, sentiu ser engolido de uma só vez, sentiu a cabeça do seu pau tocar fundo a garganta de null e sentiu a cabeça girar, aquela escuridão de sua venda só fazia aquela sensação de prazer aumentar em 300% e sentiu que facilmente alcançaria o nirvana. null era habilidosa com a boca, não apenas para ditar ordens e manter o controle das coisas. Ela subia e descia de uma forma tão deliciosa, que null sentia a necessidade de entrelaçar os dedos em seus cabelos e a ajudar no ritmo, mas as mãos amarradas no alto de sua própria cabeça, fazia com que um misto de sentimentos e novos prazeres atingissem a parte do seu cérebro responsável a transmitir todas essas sensações ao seu corpo. null levou o pau dele mais uma vez até o fundo da garganta, antes de afastar mais uma vez a boca do corpo dele. Ele sentiu ela descer da cama e voltar, só que dessa vez passando uma perna de cada lado do seu corpo, sem se sentar ainda, apenas apoiada em seus joelhos.
Ela se inclinou, mordiscando suavemente o lóbulo da orelha dele, sussurrando:
— Você sente? Cada parte de você me respondendo sem palavras…
Novamente a única resposta dele foi com o aceno de cabeça.
Ela então desceu o corpo um pouco mais para baixo e antes de sentir alguma coisa. null sentiu o cheiro de cereja preencher seus sentidos. Sentiu quando ela envolveu seu pau com o preservativo e quando se encaixou nele, descendo de uma só vez. Os únicos barulhos ouvidos naquele quarto foram o gemido alto que estava preso na garganta de null e o impacto do corpo de null no dele. Ele sentia a mulher subir e descer em um ritmo moderado. Ouvia os suspiros e gemidos dela e absorvia toda aquela sensação, não vendo ou podendo tocar nela, enquanto dava prazer. Ele sabia que ela estava sentindo prazer pela forma com que gemia e pelo quanto, mesmo com o lubrificante da camisinha, estava sendo fácil para ela deslizar para cima e para baixo. As mãos dela apoiando em seu peitoral, também demonstravam o quão tudo estava sendo gostoso para ela também. null rebolava enquanto subia e descia e os gemidos dos dois se misturavam com o barulho dos corpos se chocando. Aquilo era música para o ouvido dos dois.
null queria poder segurar a cintura da mulher e a auxiliar nos movimentos, mas estava contente com o ritmo. Sentiu que a mulher estava celebrando e não sabia como se seguraria por mais muito tempo, ela sentava de forma tão lenta e precisa apertando a parte interna de sua intimidade na dele, que fazia sua cabeça girar de tanto prazer. Quando ela sentiu o corpo dele começar a tensionar, dando indícios de que seu orgasmo estava próximo, ela aumentou a velocidade, usando uma das mãos para se estimular também, queria fazer ele gozar primeiro, mas queria gozar também, então começou a ir mais rápido e mais fundo, sentindo o corpo dele estremecer embaixo do dela, o corpo tencionar em espasmos e o gemido sair rouco de sua garganta. null por sua vez, soltou um gritinho de animação, um misto de felicidade e vitória e continuou quicando em null para poder atingir seu próprio ápice. O ver tão entregue e satisfeito a deixava com muito prazer também, era super estimulante então não demorou tanto para que ela gozasse também. Seu corpo de arqueando para trás e ela segurando forte no peito dele, dando a última sentada, sentindo a eletricidade do orgasmo percorrer todas as suas veias e pulsar em sua intimidade. Saiu de cima dele, deitando ofegante ao seu lado, puxou o nó das luvas, soltando os pulsos dele e por fim, ela retirou lentamente a venda, deixando seus olhos escuros e intensos encontrarem os dele.
— Agora me diga, null... — ela provocou, com um sorriso perigoso nos lábios. — É bom quando a presa confunde o caçador?
Ele a encarou, ainda tentando recuperar o fôlego.
— Não… — respondeu com a voz rouca. — É perfeito.
E ainda assim, ele sabia: o jogo estava só começando.

💍💍💍


O sol já havia se infiltrado pelas cortinas do quarto de hotel, anunciando o início de um novo dia, mas null e null estavam imersos na calma do momento seguinte. A noite de ontem parecia ter desafiado tudo o que eles conheciam sobre si mesmos, e agora, na quietude da manhã, ambos estavam distantes, imersos em pensamentos.
null estava deitada de lado, os olhos fechados, mas seu corpo ainda vibrando com a energia da noite anterior. Ela sabia que havia algo mais entre ela e null, algo que transcendia o simples jogo de controle. Mas a pergunta que martelava em sua mente era: ele está pronto para isso?
Ao seu lado, null estava em silêncio, olhando para o teto, com uma expressão pensativa. A noite tinha sido tudo o que ele jamais imaginara e muito mais. null não era como as outras mulheres que ele conhecia. Ela não precisava ser conquistada; ela era a conquistadora. E ele, ao se entregar, estava se arriscando de uma forma que nunca havia feito antes. A dúvida, que antes parecia tão distante, agora tomava conta dele. Será que eu posso ser mais do que um jogo para ela?
null, percebendo o silêncio tenso, se virou na cama, encarando null com um olhar que misturava curiosidade e uma certa insegurança.
— Você está pensando no que aconteceu ontem à noite? — perguntou com um sorriso suave, mas carregado daquela seriedade que ela costumava mostrar.
Ele a olhou, e por um momento, houve uma pausa. Ele queria dizer algo, mas as palavras pareciam difíceis de encontrar.
— Sim... — Ele finalmente disse, a voz mais baixa que o habitual. — Foi... diferente.
null sorriu, mas não foi um sorriso de vitória. Foi um sorriso de compreensão, como se ela soubesse exatamente o que ele estava sentindo.
— Você nunca esteve em um jogo como esse antes, null. Não é fácil perder o controle, ainda mais quando você está acostumado a tê-lo. — Ela se inclinou mais perto dele, estudando seu rosto. — Você ainda está tentando descobrir o que isso significa, não está?
null suspirou, relaxando na cama. A distância entre eles não era mais física, mas algo emocional. A forma como null o desafiava, como ela controlava a situação, havia mexido com ele de uma maneira que ele não estava preparado para lidar.
— Eu... não sei o que fazer com tudo isso. — Ele admitiu, sua voz agora cheia de vulnerabilidade. — Você me fez perder o controle, e... eu não sei se isso é bom ou ruim.
null olhou para ele, os olhos suavemente penetrantes. Ela entendeu o que ele estava dizendo, mas ela também sabia que ele precisava se entregar à sua própria vulnerabilidade se quisesse entender a profundidade do que estava acontecendo entre eles.
— Não precisa saber tudo agora, null. — Ela deu um breve selar em seus lábios e se levantou da cama começando a se vestir, sua postura ainda forte e decidida. — O que importa é que você se permitiu. Isso é o mais difícil de fazer, e você já fez. Agora, a única coisa que você precisa fazer é decidir se está pronto para viver com as consequências.
Ele a observou se levantar, uma mistura de admiração e insegurança estampada em seu rosto.
— E você? — Ele perguntou, a dúvida se transformando em uma curiosidade mais profunda. — O que você espera disso tudo?
null olhou para ele, sua expressão mais séria agora.
— Eu não estou esperando nada, null. Eu não preciso de nada de você. Eu sou a sua Monalisa, lembra? - a mulher enigmática, intocável, que você tenta entender, mas nunca consegue. Se você continuar comigo, será porque quer, não porque precisa. — Ela deu um pequeno sorriso, quase imperceptível, antes de se virar para sair. Mas, ao chegar na porta, ela se virou brevemente. — E, por favor, null... Se você decidir continuar, saiba que nada disso vai ser fácil. Eu não sou fácil, e você vai ter que se perder em mim para me entender. — Seus olhos brilharam com um misto de desafio e algo mais suave, quase vulnerável. — Mas se você se perder... talvez eu também me perca com você. Estou indo para meu Ateliê, pode ficar aqui o tempo que quiser, quando sair só bate a porta.
Com essas palavras, ela deixou o quarto, mas ao fechar a porta atrás de si, null sentiu uma certeza crescer dentro dele. Ele não sabia exatamente onde aquilo os levaria, mas, de alguma forma, ele sabia que estava pronto para seguir o caminho dela, mesmo com todos os desafios que ele representava. null era mais do que ele imaginava, e ele não conseguia mais se afastar. Eles iriam continuar, sim, e não havia volta.


Fim



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Sim, eu enlouqueci,o Hobi me deu munição e aqui estamos nós com uma histora de 28 paginas, escritas em praticamente um dia e meio e a vontade de ser quem tira o estresse e a Louis Vuitton dele. Espero que goste e não esquece de comentar, ok?

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AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.