Capítulo Único
Aquela quarta-feira estava tão tediosa quanto qualquer outra. Na verdade, estava até pior. Kate, a bartender do clube onde você trabalhava, havia te pedido para substitui-la por algumas horas, pois estava esperando a babá atrasada chegar. Você, como uma boa colega, aceitou, mas gostaria mesmo de estar em cima de um dos balcões dançando.
Você nunca se imaginou tendo como profissão ser dançarina de um clube noturno, porém, depois de um tempo, você não conseguia mais se ver fazendo outra coisa. As pessoas com quem você trabalhava eram divertidas, você sempre podia beber um drink ou outro durante o turno e ainda te sobrava tempo para fazer o que quisesse durante o dia.
A parte que talvez você cortaria da experiência certamente eram as propostas indesejadas para fazer programas. Sim, havia algumas garotas e garotos que ganhavam uma grana extra saindo com alguns clientes. Nem sempre o sexo era o foco, alguns queriam apenas companhia em um jantar, apresentar “a nova namorada” para a família ou, até mesmo, uma dança exclusiva. Mas você não fazia nenhuma dessas coisas.
Você dançava. Apenas isso.
Não naquela noite.
Naquela quarta, você só sentiu as coisas começarem a ficar animadas quando dois homens, bem asseados, em suas roupas sociais inteiramente pretas, sentarem-se em frente ao balcão, pedindo dois whiskys duplos. Assim que você pôs os copos em frente a eles, ambos sorriam agradecendo.
Enquanto você secava os copos, disfarçadamente, os olhava.
Boa parte dos clientes do clube eram homens, justamente pela possibilidade de sexo fácil em troca de uma quantia de dinheiro. Não havia uma faixa etária, entretanto, havia algo em comum entre eles: quase todos ― se não todos ― eram ricos e não moravam na cidade.
Analisando os homens à sua frente, diria que se encaixavam no grupo dos viajantes que estavam apenas de passagem pela cidade, em busca de um pouco de diversão para espairecer a cabeça.
― Noite agitada, querida? ― O homem de cabelos encaracolados, que caíam sobre a testa, questionou.
Você apontou para si mesma, tentando saber se estava falando com você e ele assentiu.
― Ah, não. Movimento normal para uma quarta, mas bem menor que aos fins de semana.
― Ambiente legal. ― O mais alto, cabelos amarrados e lisos continuou.
― Como ficaram sabendo daqui?
― Estávamos andando pela cidade, em busca de um lugar para beber ― respondeu o mais baixo antes de beber o conteúdo do copo em uma única virada.
― Bom ― Você sorriu. ―, vieram ao lugar certo.
― Você pode me dar mais uma dessas, querida? ― Empurrou o copo sobre o balcão na sua direção.
― Vocês estão de passagem pela cidade? ― você perguntou, despejando a bebida no copo.
― Sim, à trabalho. ― Foi a vez do mais robusto responder. ― Devemos ir embora amanhã à tarde.
― Ah, que pena. Nem vão ter tempo de conhecer nada.
― Quase nunca conhecemos os lugares para onde vamos ― completou.
― Mas, na maioria das vezes, conhecemos as pessoas dos lugares onde vamos e elas normalmente não nos decepcionam. ― Apesar do ar angelical que os cachos davam ao mais baixo, a piscadinha e o sorriso que o homem direcionou à você foram no rumo contrário.
Tentando ser profissional, você segurou o sorriso que quase se abriu. Parecendo ter percebido a força que estava fazendo para não lhe corresponder, o homem balançou a cabeça negativamente, sorrindo ainda mais e bebendo seu whisky.
Seu companheiro alternou o olhar entre vocês dois, abrindo um sorriso mais discreto. Fingindo que não estava percebendo nada ao redor, você continuou a trabalhar, secando e guardando copos sob o balcão.
Outros clientes foram fazendo pedidos e você os atendeu. No entanto, sentia parte do seu corpo queimar sob olhares observadores. Nenhum dos dois amigos parecia tirar os olhos de mim. Sem se abalar, seguiu com seu trabalho, até que o homem mais alto voltou a sinalizar para você com o copo vazio.
Servindo mais uma dose, ouviu seu leve pigarro.
― Que horas seu turno acaba? ― Arqueando as sobrancelhas levemente, você o encarou, parando de colocar bebida em seu copo.
― Por quê?
― Bem, nós queríamos dar mais uma volta pela cidade, mas não conhecemos nada. Seria interessante andar com alguém que conhece a redondeza, certo?
― No fim do meu expediente não há quase nada aberto.
― Nós podemos só… sentar em algum lugar e conversar. ― O outro intrometeu-se. ― Você parece uma pessoa legal para se conversar. ― Deu de ombros, dando um meio sorriso.
Entendendo aonde aquilo iria chegar, você quase riu.
A verdade era que, sim, você poderia recusar. Ainda mais envolvendo dinheiro. Mas não tinha certeza se queria recusar. Ambos eram atraentes. E discretos. Estavam sendo educados e tentando ao máximo não dar uma conotação muito sexual ao convite.
Inclinando-se sobre o balcão, chegou o mais próximo possível dos dois.
― Eu não faço por dinheiro ― praticamente cochichou.
― Quem falou em dinheiro? Por prazer, você faz? ― Foi a vez dele erguer as sobrancelhas.
Passou a língua pelos lábios, mais uma vez, segurando o sorriso.
― Não precisamos fazer algo, se você não quiser. Podemos realmente só sair, não é? ― O mais alto abaixou-se para entrar na conversa.
― O que você quiser, querida.
Pensativa se deveria ou não, seus olhos correram entre os dois, analisando cada uma de suas feições, porém sua boca te traiu assim que pronunciou:
― Meu turno acaba em duas horas.
Soando satisfeitos com a sua resposta, entreolharam-se e deram sorrisos discretos, ajeitando as posturas.
Afastando-se, você foi atender outros clientes.
Nos minutos seguintes, Kate chegou e assumiu o posto, enquanto você desabotoava o vestido pela parte frontal, revelando o body bordô sob uma saia de tule, que deixava muito pouco para a imaginação. Guardando o uniforme próximo aos aventais, saiu de trás do balcão, passando pelos dois homens, parando em meio a eles.
― Nos vemos em menos de duas horas. ― Deu tapinhas em seus ombros, caminhando até o seu real posto de trabalho.
Subindo no balcão, começou a dançar. Desta vez, com mais afinco que o normal. No fundo, você estava tentando impressionar os homens, mesmo que não houvesse um real motivo para tal. Eles já haviam lhe chamado para sair e você já havia aceitado, certo?
Talvez estivesse se preparando para o que seria aquela noite, afinal, por mais que tivessem lhe dito que podíamos fazer qualquer outra coisa, a possibilidade de estar com os dois, de senti-los te tocando fez com que ficasse excitada com a ideia.
Os dois pares de olhos não desgrudavam de você e, em determinado momento, você decidiu que era hora de corresponder: passou a dançar trocando olhares com os amigos. Vez ou outra, sussurravam algo um para o outro e você daria tudo para ser um mosquitinho para ouvir cada palavra.
Você não via a hora de sair dali, trocar de roupa e levá-los para algum lugar. Fazia algum tempo que não fazia algo diferente do comum. Todos os homens com quem saiu eram sempre muito burocráticos, pouco criativos, muito presos ao básico que nem era tão bem feito. Na maioria das noites, voltava para casa arrependida de ter se arrumado e saído.
Se tivesse pedido uma comida por delivery, assistido um filme enquanto jantava e se masturbasse antes de dormir teria sido mais feliz.
Todavia, algo te dizia que aquela noite seria diferente. Talvez fosse a forma como lhe abordaram, a maneira como falaram com você ou como deixaram explícito que poderia ser qualquer coisa que você quisesse.
Quando sua hora de partir apareceu no relógio, meio afobada, desceu do balcão, passou pelos homens para ir trocar de roupa e pegar suas coisas. Meio às pressas, você substituiu a saia transparente por um short, colocou o casaco de pelos e a bolsa sobre os ombros, andando para fora do vestiário.
De volta ao salão principal, você não precisou dizer nada, os homens já estavam de pé, à sua espera, tanto que, ao passar por eles, ambos a seguiram sem que você proferisse uma única palavra.
Sua casa ficava a duas quadras dali e, para aproveitar o trajeto, você tirou de dentro do bolso do casaco o maço de cigarros e o isqueiro. De dentro da caixa, pegou a metade de um cigarro já queimado e o acendeu.
Antes que pudesse oferecer a qualquer um deles, ambos já estavam com seus devidos tabacos acesos entre os lábios, deixando a fumaça escapar aos poucos.
Eles até tentaram puxar um assunto qualquer com você sobre as luzes, o bairro, mas você estava perdida demais em seus pensamentos sobre as coisas que viriam a seguir. Você dificilmente levava homens desconhecidos para a sua casa, somente os ficantes de longa data tinham esse privilégio.
À porta de casa, você a destrancou e os deixou entrar, acendendo as luzes em seguida. Largando a bolsa sobre o sofá, você gesticulou para questionar se queriam bebidas e, juntos, recusaram.
― Eu preciso beber uma cerveja. ― Encaminhou-se para a geladeira, pegando uma lata e voltando para a sala.
― Sabe o que eu percebi? Não dissemos nossos nomes. . ― Estendeu a mão para te cumprimentar.
Rindo, você aceitou o cumprimento, achando no mínimo cômico.
― ― pronunciou com uma voz grossa, repetindo o gesto do amigo.
O aperto de mão firme de a fez estremecer por inteiro e, sem querer, seu primeiro pensamento foi a respeito de como deveria ser o conteúdo dentro das calças dele. Independente da realidade, você definitivamente o classificou com “energia de pau grande”.
Homens com energia de pau grande jamais decepcionavam. Nem sempre tinham o pau grande ou extremamente grosso, alguns eram apenas medianos, mas sabiam o que faziam. Com força, devagar, com as mãos, com a boca, com o olhar… homens com energia de pau grande nunca deixariam uma mulher insatisfeita. Para eles, a propaganda positiva era a alma do negócio. Servir bem, para servir sempre, mas nem sempre na mesma freguesia.
Com olhos fixos na figura daquele homem grande e sorridente, você colocou a boca na lata para beber e disfarçar o sorriso que iria aparecer nos seus lábios.
― E o seu nome? ― questionou, tirando-a de seu transe.
― Ninguém usa meu nome. ― A feição de estranhamento tomou conta de ambos.
― E as pessoas se referem a você como?
― .
― Devo perguntar por quê?
― É melhor você não saber. ― Riu.
Deixando a lata de cerveja de lado, você tirou o casaco, pondo-o sobre o cabideiro atrás de si.
― Faz muito tempo que você trabalha no clube?
― Uns bons anos. Comecei quando me mudei de cidade e, sinceramente, paga muito melhor que qualquer outro emprego “comum”. ― Fez aspas com os dedos. ― E, se você está se perguntando se eu me prostituo, não. Eu falei sério quando disse que não faço por dinheiro.
― Mas fico feliz que você faz por prazer ― rebateu em um tom brincalhão em que você conseguia identificar o fundo de verdade.
― Vocês costumam contratar garotas de programa?
― Na verdade, não. Aconteceu uma vez, ? ― O mais baixo assentiu.
― Devo ficar surpresa com essa revelação? Ou melhor, se eu fosse garota de programa, vocês não me contratariam?
― Estávamos pensando a respeito quando te chamamos ― respondeu.
― Devo me sentir especial?
― Sim. Nós pagaríamos para você se precisasse. E eu não aceito dividir qualquer garota com ele. ― apontou na direção do amigo e você sorriu.
― Ah, então, vocês realmente estão pensando em… divisão? ― Deu alguns passos na direção deles. ― Meio a meio, igualitária? Comunismo? ― Ambos riram.
― Nesse quesito, somos completamente comunistas. Nós temos sido amigos nos últimos 20 anos e, honestamente, tudo de bom que eu quero ou consigo, gosto de dividir com meus amigos. ― também se aproximou de você, porém, antes que ele tivesse mais alguma resposta, você o segurou pelo colarinho engomado, puxando-o para baixo o suficiente para beijá-lo.
Normalmente, você gostava de começar as coisas devagar, apreciar sabores, cheiros, as primeiras sensações. Não desta vez. Você queria mostrar a ele que haviam escolhido certo, que estava tão disposta quanto os dois.
Depois de alguns segundos, você se afastou com um sorriso safado no rosto, virando-se para , começando a beijá-lo do mesmo jeito. Você conseguia sentir a diferença entre ambos. Enquanto parecia levar a sério o que fazia, pondo empenho, quase que como para impressioná-la, era mais do tipo inventivo. Ele não te segurou com a mesma firmeza de , mas pressionou o próprio corpo contra o seu, fazendo-a senti-lo por inteiro. Os lábios macios, o hálito meio ácido do álcool e da nicotina, o peito definido, os braços fortes, o volume entre as pernas… a sensação era tão familiar que, por um segundo, você até se perguntou quais partes te pertenciam e quais eram dele.
Sem se separar de , você sentiu lábios sobre a vértebra no início do seu pescoço. Os beijos suaves de logo se transformaram em beijos molhados, que se espalhavam pelo máximo de pele exposta possível. Ao sentir a língua dele se arrastando devagar, você descolou da boca de para suspirar. Seus braços estavam totalmente arrepiados e aquelas eram somente as primeiras sensações.
Aproveitando a oportunidade, também resolveu se apossar de seu pescoço, concentrando-se na parte frontal e em seu colo.
Não era a sua primeira vez transando com outras duas pessoas ao mesmo tempo, todavia, certamente, era a primeira vez em que os dois te mostravam que haviam muitas formas de usar a boca. Em todas elas, sua calcinha molhava em poucos minutos.
Os dedos calosos de se arrastaram pelos seus braços acima e, ao chegarem em seus ombros, arrastaram as alças finas para baixo. , então, abaixou a parte da frente de seu body, a fim de deixar seu peito à mostra. Você se encheu de expectativa para o momento em que ele levaria a boca para algum de seus seios. O que não aconteceu. Ao invés disso, o homem voltou a lhe beijar tranquilamente, afastando seu cabelo do seu rosto.
Às suas costas, continuava a distribuir seus rastros de beijos molhados e bem trabalhados, puxando o tecido da parte superior da roupa mais para baixo, abrindo espaço para suas carícias.
Abruptamente, sentiu seu corpo sendo girado. Com as mãos em seu quadril, viu de joelhos, sorrindo para você pouco antes do olhar rapidamente se voltar para seu short enquanto o abria. Ao deslizar as peças de roupa pelas suas pernas, novamente, foi arrastando a boca e a língua por uma das suas coxas. Involuntariamente, seus dedos entraram em meio aos cabelos dele, bagunçando-os brevemente, quase arrancando-os do elástico que os prendia. Tudo que você almejava era que aqueles beijos estivessem sendo dados na sua boceta. Você com certeza gemeria o nome dele com gosto, como se estivesse dizendo uma palavra mágica.
Assim que seus pés eram o único obstáculo para retirar por completo sua roupa, você os tirou um por um, chutando os tecidos na direção contrária.
Dando alguns passos para longe dos homens, você acenou com a cabeça para que ambos a seguissem para o seu quarto. Chegando no cômodo, você sentou-se na cama e esperou até que os dois estivessem de pé à sua frente. Apoiando-se com as mãos sobre o colchão, você os observou, quase que sincronizados, abrindo os botões de suas camisas.
Embora tivesse sentido seus corpos por cima dos tecidos, você estava ansiosa para vê-los desnudos. Por isso, apenas esperou pelo resultado daquilo.
Nenhum dos dois tirou os olhos de você nem por um segundo sequer e isso só fez com que você se sentisse desejada. Você sentia falta desse sentimento.
Deslizando as peças pelos pares de braços, também aproveitaram para tirar os sapatos e os cintos. E, então, dividiram-se, cada um caminhando e subindo em um lado diferente da cama. De joelhos sobre o colchão, te fizeram deitar, ajeitando-a.
Com o indicador e o dedão, a fez virar o rosto para ele, começando a beijá-la, enquanto que você também sentiu uma boca quente em um dos seus mamilos. Um suspiro produzido no fundo dos seus pulmões escapou, fazendo sorrir em meio ao beijo.
Quando fez menção de levantar a cabeça, parou de beijá-la, alternando com o amigo. assumia sua boca e descia para o mamilo que seguia desassistido.
Brevemente, você pressionou seu quadril contra o colchão em uma resposta aos estímulos. Sem nem olhar, você sabia que sua boceta estava molhada, esperando por quem quisesse tocá-la.
Ansiosa, como sempre, você levou uma das mãos em meio às pernas, porém, antes que pudesse encostar naquela região tão convidativa, dedos fecharam-se ao redor do seu pulso.
― Nem pense nisso ― a voz rouca e grave de soou no pé do seu ouvido. ― A hora vai chegar, mas não é agora.
Só de ouvi-lo, você sentiu uma efervescência dentro de si, o que a fez desviar a boca de . O homem beijou o canto de seus lábios, sua bochecha e seu maxilar.
― O que você quer que eu faça com você, hã? ― sussurrou.
De olhos fechados, você tentou racionalizar por um segundo, apenas para dizer:
― Me chupa.
Levando o pedido ao pé da letra, o homem desceu chupando seu corpo por inteiro, arrastando a língua quente em cada pequeno pedaço de pele que pudesse encontrar pelo caminho. Você quase agradeceu aos céus por aquilo, pois nunca imaginou que algo tão simples te faria soltar um gemido esganiçado.
, por sua vez, sentou-se acima da sua cabeça na cama, abaixando o tronco para beijá-la de cabeça para baixo. Carinhosamente, a língua dele chegava em locais pelos quais ainda não havia passado. Entretanto, o beijo em si durou pouco. Em questão de segundos, o homem arrumou a postura de novo, ajeitando-se ao lado de sua cabeça e, então, você entendeu por quê. abriu as calças e estava com o pênis para fora.
Sem que precisasse lhe pedir, você o colocou na boca. E, ao fechar seus lábios ao redor dele, o ouviu gemer baixinho e grave. E, quase como se tivessem combinado, também cobriu sua boceta com a boca, fazendo-a gemer de boca cheia.
Durante alguns segundos aquela foi a dinâmica de vocês: te chupava, você gemia com a boca sem firmeza alguma ao redor do pau de , fazendo-o gemer ao roçar em sua língua de leve.
, inclusive, passou a movimentar o quadril para frente e para trás, fazendo com que seu pênis se esfregasse em várias partes diferentes da sua boca.
Seu corpo começava a formigar e esquentar, em seu peito, o coração acelerava de pouco em pouco e, na sua mente, você só queria voltar a ter o mínimo de controle nas mãos e na boca. Conforme isso foi acontecendo, você se preocupou em chupar .
No entanto, a surpreendeu novamente, enfiando um dos dedos em sua boceta sem parar de chupar seu clitóris. Sem compreender como, você quase gritou. Nem um minuto depois, ele inseriu mais um, mexendo, principalmente, as pontas dos dedos exatamente onde ficava o seu ponto G. O único pensamento fixo em sua cabeça era como ele podia saber onde ficava.
Todas as sensações do seu corpo pareciam colidir umas contra as outras, como acidentes de carro, tão bagunçados que nem era possível identificar quais peças eram de qual veículo. Se tivesse que descrever tudo o que estava sentindo, você tinha certeza que o que sairia de sua boca seria um ruído indistinto, sem contornos, sem palavras inteligíveis.
Suas pernas e seu ventre tremiam involuntariamente. Você sabia que não conseguiria se segurar por muito mais tempo de continuasse tão focado nos pontos mais sensíveis que você tinha, mas também não conseguiu disfarçar sua decepção assim que ele saiu do meio das suas pernas. saiu de onde estava para fazer algo que te pegou desprevenida: inclinou-se na direção do amigo, beijando-o.
E não era um simples beijo rápido. Era lento, sensual, tinha química. Os pares de mão iam do rosto para a nuca, para as costas e vice-versa. Você chegou a se apoiar nos seus cotovelos para erguer o tronco e admirar aquela visão.
As mãos de desceram até as calças de , abrindo-as devagar. Tão logo quanto foi possível, sem o menor pudor, abaixou o elástico da cueca do amigo o suficiente para tirar seu pau para fora, passando a masturbá-lo meio desajeitado.
desviou a boca, olhando-a com um sorriso lascivo.
― Você pode se tocar se quiser, querida. ― Seu tom de voz estava meia oitava mais baixo, ganhando nuances mais aveludadas e ofegantes.
Mesmo que, em uma reação automática, sua mão tenha ido parar sobre sua boceta, você sabia que ainda não era aquele tipo de estímulo que você queria.
e voltaram a se beijar de novo, desta vez, mais rapidamente. Soltaram-se um do outro para se livrarem do resto das roupas que ainda mantinham no corpo. Você finalmente estava vendo-os por completo e levou isso como um incentivo a mais para se masturbar.
Por um ligeiro instante, você agradeceu a sua versão do passado ― de horas atrás ― por ter sustentado a conversa a ponto de levá-los para a sua casa em seguida.
Tateando os bolsos das roupas jogadas no chão, encontrou uma camisinha, não. Como era algo que nunca faltava na sua casa, você abriu a gaveta do armário de cabeceira, tirando uma embalagem de lá e entregando a ele.
Devidamente protegido, puxou-a pela parte traseira dos joelhos para mais próximo da beira da cama. Não te dando tempo para raciocinar o que viria em seguida, penetrou-a de uma vez, passando a se movimentar.
Um gemido longo que soou como um choramingo saiu por entre seus lábios e resolveu abafá-lo com mais um beijo. Estava difícil respirar, de pensar em qualquer coisa ou de reagir de forma que não fosse instintiva. Você mal conseguia corresponder ao beijo de , fazendo-o rir.
― Você está tentando me dizer algo? ― disse contra os seus lábios.
E, antes que você pudesse fazer menção de dizer algo, pôs uma mão sobre seu clitóris, desenhando pequenos círculos. Um sorriso de satisfação se abriu no seu rosto e, assim que conseguiu abrir suas pálpebras, encontrou o olhar de . Cheio de luxúria, fixo e intenso, como se tivesse sido forjado a ferro.
, vendo os espasmos em seus braços se transformando em movimentos que poderiam atrapalhar ou machucá-los, segurou-os pelos pulsos, um de cada lado de seu corpo.
― Se você não ficar quietinha, nós não vamos conseguir cuidar de você.
Ouvi-lo dizer aquilo em um tom de voz tão convidativo, a fez ficar ainda mais excitada, como se isso fosse possível.
Os dois homens trabalhavam em uma sintonia tão perfeita que pareciam saber os exatos momentos para aumentar ou diminuir a velocidade, a pressão ou como te provocarem do jeito certo. Em resposta, você gemia, cada vez mais alto e sem nenhuma noção de como a sua voz soaria fora da sua boca.
Aliás, eles estavam tão sincronizados que, faltando pouquíssimo para você desfalecer, ambos resolveram trocar de posição de novo. Você queria choramingar de novo, de um jeito penoso, que os fizesse se sentirem culpados por estarem te submetendo àquilo.
Porém, não havia tempo para lamentações. Cada fração de segundo estava sendo muito bem aproveitada. Tanto que sem que você visse, estava pronto para entrar em você.
No entanto, passou o pênis pela parte externa de sua boceta, para cima e para baixo sobre seu clitóris. Em reação, seus olhos se reviraram e seus dedos dos pés se comprimiram.
Sua boca estava seca, como se não tivesse se hidratado ao longo da semana inteira, mas você não seria capaz de parar o que estava rolando entre os três para o que quer que fosse. Você estava perdendo a cabeça, porém não queria que aquilo tivesse fim.
Como se tivessem combinado, te levantou pelas axilas e pela parte traseira das coxas.
― Cuidado com o rosto, amor ― Foi tudo o que lhe disse antes de lhe virarem de costas na cama.
― De quatro. ― , ao mesmo tempo que dava uma ordem, era tão delicado que você não teria como recusar absolutamente nada que viesse dele.
Obedecendo, sentiu-o entrando em você devagar, como quisesse lhe torturar. Você mordiscou e lambeu os próprios lábios ao senti-lo se arrastando para dentro de você.
Sua mente se encheu de palavrões curtos que poderiam facilmente pularem de sua língua, mas você não disse nenhum deles. Somente manteve-se firme em sua posição, esperando pelo momento em que ele começaria a se mover com mais afinco, fazendo você gemer em tom de clamor.
― Você é tão obediente. ― ergueu seu queixo para olhá-lo. ― Eu gosto disso. Acha que consegue me colocar inteiro na boca? ― Ajeitou seus cabelos em uma das mãos.
Apoiando-se em uma mão, você puxou a camisinha já usada de seu pau. Por mais que conhecesse os riscos de fazer algo assim com um desconhecido, você preferiu arriscar para não ter que sentir o gosto forte de látex misturado à sua lubrificação. Aquela combinação não costumava ser das melhores.
Abaixando a cabeça, deixou-o e guiar de volta para seu pau. Com a boca o mais aberta possível, permitiu que ele entrasse o quanto quisesse. Quando o sentiu no fundo da sua garganta, teve um ligeiro reflexo de gag. Seus olhos lacrimejaram, porém não o deixou que saísse por completo. Da maneira que dava, o incentivou a te usar do jeito que quisesse. E foi isso que ele fez.
Segurando-lhe firme pelos cabelos, era como se usasse sua boca para se masturbar. A visão era deliciosa e, combinada com entrando e saindo de você, lhe fez gemer cada vez mais alto contra o seu pau.
Vocês três, à nossa própria maneira, estávamos delirando. Os gemidos se misturavam quase como uma melodia. O ambiente estava tão quente que você sentia as mãos de grudadas no seu quadril, quase como se estivessem se tornando um só. estava com o rosto vermelho e o suor lhe escorria na linha do início dos cabelos.
Penetração não costumava ser a sua parte preferida no sexo, mas aqueles dois estavam tornando a experiência interessante. Ambos pareciam pegar tudo no ar: os locais onde você gostaria de ser tocada, como gostaria de ser tocada, a velocidade e a força que poderia usar com você.
Você tinha topado sair com eles porque achou que não tinha nada a perder. E não tinha mesmo. Tanto que estava ganhando e muito.
Quando, de novo, você sentiu que estava à beira do abismo, prestes a gozar, mal conseguindo manter na boca enquanto gemia, ambos saíram de suas posições.
Você queria gritar e espernear, dizer que precisava gozar. Todavia, lhe pareceu injusto por um instante, visto que eles também ainda não tinham gozado. Com as juntas dos membros um pouco doloridas, você deitou de barriga para cima, esperando pela próxima ordem.
Pedindo licença, e pegaram outras camisinhas em sua gaveta e botaram em si mesmos.
― Você se importa se formos ao mesmo tempo, querida? ― acariciou sua coxa, fazendo-a dar um meio sorriso, meneando a cabeça negativamente. ― Ótimo. ― Voltou rapidamente à sua gaveta, pegando o tubo de lubrificante que havia visto anteriormente.
― Como ela se comportou e eu sei que falta muito pouco, acho que ela merece antes de nós, certo? ― falava com o amigo, mas a mão deslizava pela sua outra coxa, em busca de um lugar específico.
Seu clitóris estava tão sensível que só de senti-lo passar os dedos rapidamente você soltou um gemido baixo, fazendo-os rirem.
Circulando algumas vezes o ponto sensível externo, arrastou um, dois e, finalmente, três dedos para dentro da sua vagina, começando a entrar e sair dela, ajustando a posição dos dedos lá.
No entanto, foi só quando pôs o dedão para trabalhar sobre seu clitóris inchado que você gemeu alto. Devagar, eles lhe torturavam a ponto de você fechar a própria mão em punho e morder as juntas dos dedos.
Com sua mão livre, você acariciava seus peitos, apertando-os, brincando com os mamilos, beliscando-os.
Tentando rebolar contra os dedos dos homens, ambos riram, mas aumentaram a velocidade com que trabalhavam em você.
Você não tinha mais muito tempo de sanidade até atingir o orgasmo, mas queria capturar cada momento daquele. Dois homens completamente dedicados a você. Eles também queriam gozar, porém o foco principal era você. Só você.
Seus olhos se reviravam, sua boca já nem fechava mais, seus músculos estavam duros e com reflexos comprometidos. Em segundos, você se desmanchou nas mãos de ambos, gemendo alto, ofegante e suando.
Quando isso aconteceu, deitou-se ao seu lado e te pediu para deitar sobre ele. Como a boa garota que era, você o atendeu e ainda permitiu que eles lhe colocassem na posição exata que queriam, como uma boneca de pano.
te penetrou pela vagina, devagar. Com um resquícios de orgasmo, sua boceta se contraiu sobre ele. Já , com cuidado, após passar uma quantidade generosa de lubrificante em você, penetrou seu ânus. Pela
Você quase nunca fazia anal, porque a maioria dos homens não sabia fazer do jeito certo, com o cuidado necessário.
― Tudo bem? ― pôs mechas dos seus cabelos atrás das suas orelhas.
― Quando vocês quiserem. ― Selou seus lábios nos dele.
Dando mais alguns segundos, lentamente passaram a se mexer dentro de você.
Antes de acontecer, você se perguntou se tinha como dar certo, se não iriam se chocar demais um contra o outro. Entretanto, novamente, ambos pareciam já ter feito aquilo muitas vezes juntos. E, todas as vezes que você pensava sobre, ficava contente de saber que não havia a ânsia da primeira vez rondando os amigos. Homens ansiosos eram egoístas, impulsivos e, principalmente, muito ruins de cama.
Você estava próxima o suficiente para ver cada milímetro do semblante de . Cada revirada de olho, cada suspiro, cada abertura de boca sem ruído algum. Você só lamentava não poder ver as de também. Apenas o ouvia gemer e xingar ofegante.
Não havia como aumentarem muito a velocidade pela falta de espaço, mas isso não os impediu de tirarem o máximo de proveito. Ainda mantendo a mesma sincronia, entravam e saíam de você sucessivas vezes, os gemidos cada vez mais altos, mais fortes, às vezes, meio parecidos com urros.
Aos poucos, você também já estava gemendo de novo, se perguntando se conseguiria gozar outra vez.
Sua resposta veio alguns minutos depois de uma série de movimentos repetidos, em uma intensidade muito menor. Os homens vinham logo atrás, cada um à sua maneira e em seu próprio momento.
Assim que saiu de dentro de você, também o fez e você pode cair ao seu lado, de costas no colchão. também se deitou, ombro a ombro com você.
Por alguns segundos, tudo que se ouvia era a respiração pesada dos três. Em seguida, vieram as risadinhas cúmplices. Você mal os conhecia, entretanto, após o acontecido, soava como se conhecessem de uma vida inteira.
― Achei que não tivessem tempo de conhecer nada pelas cidades que passavam ― brincou, encarando o teto.
― Mas pessoas, sim. Às vezes, nós fazemos funcionar ― Ross respondeu, olhando para você.
― E só quando vale a pena. ― Matty repetiu o gesto.
Você deitou-se sobre o peito de , agarrou-se à sua cintura e permaneceram todos aninhados,permitindo-se finalmente descansarem.
Você nunca se imaginou tendo como profissão ser dançarina de um clube noturno, porém, depois de um tempo, você não conseguia mais se ver fazendo outra coisa. As pessoas com quem você trabalhava eram divertidas, você sempre podia beber um drink ou outro durante o turno e ainda te sobrava tempo para fazer o que quisesse durante o dia.
A parte que talvez você cortaria da experiência certamente eram as propostas indesejadas para fazer programas. Sim, havia algumas garotas e garotos que ganhavam uma grana extra saindo com alguns clientes. Nem sempre o sexo era o foco, alguns queriam apenas companhia em um jantar, apresentar “a nova namorada” para a família ou, até mesmo, uma dança exclusiva. Mas você não fazia nenhuma dessas coisas.
Você dançava. Apenas isso.
Não naquela noite.
Naquela quarta, você só sentiu as coisas começarem a ficar animadas quando dois homens, bem asseados, em suas roupas sociais inteiramente pretas, sentarem-se em frente ao balcão, pedindo dois whiskys duplos. Assim que você pôs os copos em frente a eles, ambos sorriam agradecendo.
Enquanto você secava os copos, disfarçadamente, os olhava.
Boa parte dos clientes do clube eram homens, justamente pela possibilidade de sexo fácil em troca de uma quantia de dinheiro. Não havia uma faixa etária, entretanto, havia algo em comum entre eles: quase todos ― se não todos ― eram ricos e não moravam na cidade.
Analisando os homens à sua frente, diria que se encaixavam no grupo dos viajantes que estavam apenas de passagem pela cidade, em busca de um pouco de diversão para espairecer a cabeça.
― Noite agitada, querida? ― O homem de cabelos encaracolados, que caíam sobre a testa, questionou.
Você apontou para si mesma, tentando saber se estava falando com você e ele assentiu.
― Ah, não. Movimento normal para uma quarta, mas bem menor que aos fins de semana.
― Ambiente legal. ― O mais alto, cabelos amarrados e lisos continuou.
― Como ficaram sabendo daqui?
― Estávamos andando pela cidade, em busca de um lugar para beber ― respondeu o mais baixo antes de beber o conteúdo do copo em uma única virada.
― Bom ― Você sorriu. ―, vieram ao lugar certo.
― Você pode me dar mais uma dessas, querida? ― Empurrou o copo sobre o balcão na sua direção.
― Vocês estão de passagem pela cidade? ― você perguntou, despejando a bebida no copo.
― Sim, à trabalho. ― Foi a vez do mais robusto responder. ― Devemos ir embora amanhã à tarde.
― Ah, que pena. Nem vão ter tempo de conhecer nada.
― Quase nunca conhecemos os lugares para onde vamos ― completou.
― Mas, na maioria das vezes, conhecemos as pessoas dos lugares onde vamos e elas normalmente não nos decepcionam. ― Apesar do ar angelical que os cachos davam ao mais baixo, a piscadinha e o sorriso que o homem direcionou à você foram no rumo contrário.
Tentando ser profissional, você segurou o sorriso que quase se abriu. Parecendo ter percebido a força que estava fazendo para não lhe corresponder, o homem balançou a cabeça negativamente, sorrindo ainda mais e bebendo seu whisky.
Seu companheiro alternou o olhar entre vocês dois, abrindo um sorriso mais discreto. Fingindo que não estava percebendo nada ao redor, você continuou a trabalhar, secando e guardando copos sob o balcão.
Outros clientes foram fazendo pedidos e você os atendeu. No entanto, sentia parte do seu corpo queimar sob olhares observadores. Nenhum dos dois amigos parecia tirar os olhos de mim. Sem se abalar, seguiu com seu trabalho, até que o homem mais alto voltou a sinalizar para você com o copo vazio.
Servindo mais uma dose, ouviu seu leve pigarro.
― Que horas seu turno acaba? ― Arqueando as sobrancelhas levemente, você o encarou, parando de colocar bebida em seu copo.
― Por quê?
― Bem, nós queríamos dar mais uma volta pela cidade, mas não conhecemos nada. Seria interessante andar com alguém que conhece a redondeza, certo?
― No fim do meu expediente não há quase nada aberto.
― Nós podemos só… sentar em algum lugar e conversar. ― O outro intrometeu-se. ― Você parece uma pessoa legal para se conversar. ― Deu de ombros, dando um meio sorriso.
Entendendo aonde aquilo iria chegar, você quase riu.
A verdade era que, sim, você poderia recusar. Ainda mais envolvendo dinheiro. Mas não tinha certeza se queria recusar. Ambos eram atraentes. E discretos. Estavam sendo educados e tentando ao máximo não dar uma conotação muito sexual ao convite.
Inclinando-se sobre o balcão, chegou o mais próximo possível dos dois.
― Eu não faço por dinheiro ― praticamente cochichou.
― Quem falou em dinheiro? Por prazer, você faz? ― Foi a vez dele erguer as sobrancelhas.
Passou a língua pelos lábios, mais uma vez, segurando o sorriso.
― Não precisamos fazer algo, se você não quiser. Podemos realmente só sair, não é? ― O mais alto abaixou-se para entrar na conversa.
― O que você quiser, querida.
Pensativa se deveria ou não, seus olhos correram entre os dois, analisando cada uma de suas feições, porém sua boca te traiu assim que pronunciou:
― Meu turno acaba em duas horas.
Soando satisfeitos com a sua resposta, entreolharam-se e deram sorrisos discretos, ajeitando as posturas.
Afastando-se, você foi atender outros clientes.
Nos minutos seguintes, Kate chegou e assumiu o posto, enquanto você desabotoava o vestido pela parte frontal, revelando o body bordô sob uma saia de tule, que deixava muito pouco para a imaginação. Guardando o uniforme próximo aos aventais, saiu de trás do balcão, passando pelos dois homens, parando em meio a eles.
― Nos vemos em menos de duas horas. ― Deu tapinhas em seus ombros, caminhando até o seu real posto de trabalho.
Subindo no balcão, começou a dançar. Desta vez, com mais afinco que o normal. No fundo, você estava tentando impressionar os homens, mesmo que não houvesse um real motivo para tal. Eles já haviam lhe chamado para sair e você já havia aceitado, certo?
Talvez estivesse se preparando para o que seria aquela noite, afinal, por mais que tivessem lhe dito que podíamos fazer qualquer outra coisa, a possibilidade de estar com os dois, de senti-los te tocando fez com que ficasse excitada com a ideia.
Os dois pares de olhos não desgrudavam de você e, em determinado momento, você decidiu que era hora de corresponder: passou a dançar trocando olhares com os amigos. Vez ou outra, sussurravam algo um para o outro e você daria tudo para ser um mosquitinho para ouvir cada palavra.
Você não via a hora de sair dali, trocar de roupa e levá-los para algum lugar. Fazia algum tempo que não fazia algo diferente do comum. Todos os homens com quem saiu eram sempre muito burocráticos, pouco criativos, muito presos ao básico que nem era tão bem feito. Na maioria das noites, voltava para casa arrependida de ter se arrumado e saído.
Se tivesse pedido uma comida por delivery, assistido um filme enquanto jantava e se masturbasse antes de dormir teria sido mais feliz.
Todavia, algo te dizia que aquela noite seria diferente. Talvez fosse a forma como lhe abordaram, a maneira como falaram com você ou como deixaram explícito que poderia ser qualquer coisa que você quisesse.
Quando sua hora de partir apareceu no relógio, meio afobada, desceu do balcão, passou pelos homens para ir trocar de roupa e pegar suas coisas. Meio às pressas, você substituiu a saia transparente por um short, colocou o casaco de pelos e a bolsa sobre os ombros, andando para fora do vestiário.
De volta ao salão principal, você não precisou dizer nada, os homens já estavam de pé, à sua espera, tanto que, ao passar por eles, ambos a seguiram sem que você proferisse uma única palavra.
Sua casa ficava a duas quadras dali e, para aproveitar o trajeto, você tirou de dentro do bolso do casaco o maço de cigarros e o isqueiro. De dentro da caixa, pegou a metade de um cigarro já queimado e o acendeu.
Antes que pudesse oferecer a qualquer um deles, ambos já estavam com seus devidos tabacos acesos entre os lábios, deixando a fumaça escapar aos poucos.
Eles até tentaram puxar um assunto qualquer com você sobre as luzes, o bairro, mas você estava perdida demais em seus pensamentos sobre as coisas que viriam a seguir. Você dificilmente levava homens desconhecidos para a sua casa, somente os ficantes de longa data tinham esse privilégio.
À porta de casa, você a destrancou e os deixou entrar, acendendo as luzes em seguida. Largando a bolsa sobre o sofá, você gesticulou para questionar se queriam bebidas e, juntos, recusaram.
― Eu preciso beber uma cerveja. ― Encaminhou-se para a geladeira, pegando uma lata e voltando para a sala.
― Sabe o que eu percebi? Não dissemos nossos nomes. . ― Estendeu a mão para te cumprimentar.
Rindo, você aceitou o cumprimento, achando no mínimo cômico.
― ― pronunciou com uma voz grossa, repetindo o gesto do amigo.
O aperto de mão firme de a fez estremecer por inteiro e, sem querer, seu primeiro pensamento foi a respeito de como deveria ser o conteúdo dentro das calças dele. Independente da realidade, você definitivamente o classificou com “energia de pau grande”.
Homens com energia de pau grande jamais decepcionavam. Nem sempre tinham o pau grande ou extremamente grosso, alguns eram apenas medianos, mas sabiam o que faziam. Com força, devagar, com as mãos, com a boca, com o olhar… homens com energia de pau grande nunca deixariam uma mulher insatisfeita. Para eles, a propaganda positiva era a alma do negócio. Servir bem, para servir sempre, mas nem sempre na mesma freguesia.
Com olhos fixos na figura daquele homem grande e sorridente, você colocou a boca na lata para beber e disfarçar o sorriso que iria aparecer nos seus lábios.
― E o seu nome? ― questionou, tirando-a de seu transe.
― Ninguém usa meu nome. ― A feição de estranhamento tomou conta de ambos.
― E as pessoas se referem a você como?
― .
― Devo perguntar por quê?
― É melhor você não saber. ― Riu.
Deixando a lata de cerveja de lado, você tirou o casaco, pondo-o sobre o cabideiro atrás de si.
― Faz muito tempo que você trabalha no clube?
― Uns bons anos. Comecei quando me mudei de cidade e, sinceramente, paga muito melhor que qualquer outro emprego “comum”. ― Fez aspas com os dedos. ― E, se você está se perguntando se eu me prostituo, não. Eu falei sério quando disse que não faço por dinheiro.
― Mas fico feliz que você faz por prazer ― rebateu em um tom brincalhão em que você conseguia identificar o fundo de verdade.
― Vocês costumam contratar garotas de programa?
― Na verdade, não. Aconteceu uma vez, ? ― O mais baixo assentiu.
― Devo ficar surpresa com essa revelação? Ou melhor, se eu fosse garota de programa, vocês não me contratariam?
― Estávamos pensando a respeito quando te chamamos ― respondeu.
― Devo me sentir especial?
― Sim. Nós pagaríamos para você se precisasse. E eu não aceito dividir qualquer garota com ele. ― apontou na direção do amigo e você sorriu.
― Ah, então, vocês realmente estão pensando em… divisão? ― Deu alguns passos na direção deles. ― Meio a meio, igualitária? Comunismo? ― Ambos riram.
― Nesse quesito, somos completamente comunistas. Nós temos sido amigos nos últimos 20 anos e, honestamente, tudo de bom que eu quero ou consigo, gosto de dividir com meus amigos. ― também se aproximou de você, porém, antes que ele tivesse mais alguma resposta, você o segurou pelo colarinho engomado, puxando-o para baixo o suficiente para beijá-lo.
Normalmente, você gostava de começar as coisas devagar, apreciar sabores, cheiros, as primeiras sensações. Não desta vez. Você queria mostrar a ele que haviam escolhido certo, que estava tão disposta quanto os dois.
Depois de alguns segundos, você se afastou com um sorriso safado no rosto, virando-se para , começando a beijá-lo do mesmo jeito. Você conseguia sentir a diferença entre ambos. Enquanto parecia levar a sério o que fazia, pondo empenho, quase que como para impressioná-la, era mais do tipo inventivo. Ele não te segurou com a mesma firmeza de , mas pressionou o próprio corpo contra o seu, fazendo-a senti-lo por inteiro. Os lábios macios, o hálito meio ácido do álcool e da nicotina, o peito definido, os braços fortes, o volume entre as pernas… a sensação era tão familiar que, por um segundo, você até se perguntou quais partes te pertenciam e quais eram dele.
Sem se separar de , você sentiu lábios sobre a vértebra no início do seu pescoço. Os beijos suaves de logo se transformaram em beijos molhados, que se espalhavam pelo máximo de pele exposta possível. Ao sentir a língua dele se arrastando devagar, você descolou da boca de para suspirar. Seus braços estavam totalmente arrepiados e aquelas eram somente as primeiras sensações.
Aproveitando a oportunidade, também resolveu se apossar de seu pescoço, concentrando-se na parte frontal e em seu colo.
Não era a sua primeira vez transando com outras duas pessoas ao mesmo tempo, todavia, certamente, era a primeira vez em que os dois te mostravam que haviam muitas formas de usar a boca. Em todas elas, sua calcinha molhava em poucos minutos.
Os dedos calosos de se arrastaram pelos seus braços acima e, ao chegarem em seus ombros, arrastaram as alças finas para baixo. , então, abaixou a parte da frente de seu body, a fim de deixar seu peito à mostra. Você se encheu de expectativa para o momento em que ele levaria a boca para algum de seus seios. O que não aconteceu. Ao invés disso, o homem voltou a lhe beijar tranquilamente, afastando seu cabelo do seu rosto.
Às suas costas, continuava a distribuir seus rastros de beijos molhados e bem trabalhados, puxando o tecido da parte superior da roupa mais para baixo, abrindo espaço para suas carícias.
Abruptamente, sentiu seu corpo sendo girado. Com as mãos em seu quadril, viu de joelhos, sorrindo para você pouco antes do olhar rapidamente se voltar para seu short enquanto o abria. Ao deslizar as peças de roupa pelas suas pernas, novamente, foi arrastando a boca e a língua por uma das suas coxas. Involuntariamente, seus dedos entraram em meio aos cabelos dele, bagunçando-os brevemente, quase arrancando-os do elástico que os prendia. Tudo que você almejava era que aqueles beijos estivessem sendo dados na sua boceta. Você com certeza gemeria o nome dele com gosto, como se estivesse dizendo uma palavra mágica.
Assim que seus pés eram o único obstáculo para retirar por completo sua roupa, você os tirou um por um, chutando os tecidos na direção contrária.
Dando alguns passos para longe dos homens, você acenou com a cabeça para que ambos a seguissem para o seu quarto. Chegando no cômodo, você sentou-se na cama e esperou até que os dois estivessem de pé à sua frente. Apoiando-se com as mãos sobre o colchão, você os observou, quase que sincronizados, abrindo os botões de suas camisas.
Embora tivesse sentido seus corpos por cima dos tecidos, você estava ansiosa para vê-los desnudos. Por isso, apenas esperou pelo resultado daquilo.
Nenhum dos dois tirou os olhos de você nem por um segundo sequer e isso só fez com que você se sentisse desejada. Você sentia falta desse sentimento.
Deslizando as peças pelos pares de braços, também aproveitaram para tirar os sapatos e os cintos. E, então, dividiram-se, cada um caminhando e subindo em um lado diferente da cama. De joelhos sobre o colchão, te fizeram deitar, ajeitando-a.
Com o indicador e o dedão, a fez virar o rosto para ele, começando a beijá-la, enquanto que você também sentiu uma boca quente em um dos seus mamilos. Um suspiro produzido no fundo dos seus pulmões escapou, fazendo sorrir em meio ao beijo.
Quando fez menção de levantar a cabeça, parou de beijá-la, alternando com o amigo. assumia sua boca e descia para o mamilo que seguia desassistido.
Brevemente, você pressionou seu quadril contra o colchão em uma resposta aos estímulos. Sem nem olhar, você sabia que sua boceta estava molhada, esperando por quem quisesse tocá-la.
Ansiosa, como sempre, você levou uma das mãos em meio às pernas, porém, antes que pudesse encostar naquela região tão convidativa, dedos fecharam-se ao redor do seu pulso.
― Nem pense nisso ― a voz rouca e grave de soou no pé do seu ouvido. ― A hora vai chegar, mas não é agora.
Só de ouvi-lo, você sentiu uma efervescência dentro de si, o que a fez desviar a boca de . O homem beijou o canto de seus lábios, sua bochecha e seu maxilar.
― O que você quer que eu faça com você, hã? ― sussurrou.
De olhos fechados, você tentou racionalizar por um segundo, apenas para dizer:
― Me chupa.
Levando o pedido ao pé da letra, o homem desceu chupando seu corpo por inteiro, arrastando a língua quente em cada pequeno pedaço de pele que pudesse encontrar pelo caminho. Você quase agradeceu aos céus por aquilo, pois nunca imaginou que algo tão simples te faria soltar um gemido esganiçado.
, por sua vez, sentou-se acima da sua cabeça na cama, abaixando o tronco para beijá-la de cabeça para baixo. Carinhosamente, a língua dele chegava em locais pelos quais ainda não havia passado. Entretanto, o beijo em si durou pouco. Em questão de segundos, o homem arrumou a postura de novo, ajeitando-se ao lado de sua cabeça e, então, você entendeu por quê. abriu as calças e estava com o pênis para fora.
Sem que precisasse lhe pedir, você o colocou na boca. E, ao fechar seus lábios ao redor dele, o ouviu gemer baixinho e grave. E, quase como se tivessem combinado, também cobriu sua boceta com a boca, fazendo-a gemer de boca cheia.
Durante alguns segundos aquela foi a dinâmica de vocês: te chupava, você gemia com a boca sem firmeza alguma ao redor do pau de , fazendo-o gemer ao roçar em sua língua de leve.
, inclusive, passou a movimentar o quadril para frente e para trás, fazendo com que seu pênis se esfregasse em várias partes diferentes da sua boca.
Seu corpo começava a formigar e esquentar, em seu peito, o coração acelerava de pouco em pouco e, na sua mente, você só queria voltar a ter o mínimo de controle nas mãos e na boca. Conforme isso foi acontecendo, você se preocupou em chupar .
No entanto, a surpreendeu novamente, enfiando um dos dedos em sua boceta sem parar de chupar seu clitóris. Sem compreender como, você quase gritou. Nem um minuto depois, ele inseriu mais um, mexendo, principalmente, as pontas dos dedos exatamente onde ficava o seu ponto G. O único pensamento fixo em sua cabeça era como ele podia saber onde ficava.
Todas as sensações do seu corpo pareciam colidir umas contra as outras, como acidentes de carro, tão bagunçados que nem era possível identificar quais peças eram de qual veículo. Se tivesse que descrever tudo o que estava sentindo, você tinha certeza que o que sairia de sua boca seria um ruído indistinto, sem contornos, sem palavras inteligíveis.
Suas pernas e seu ventre tremiam involuntariamente. Você sabia que não conseguiria se segurar por muito mais tempo de continuasse tão focado nos pontos mais sensíveis que você tinha, mas também não conseguiu disfarçar sua decepção assim que ele saiu do meio das suas pernas. saiu de onde estava para fazer algo que te pegou desprevenida: inclinou-se na direção do amigo, beijando-o.
E não era um simples beijo rápido. Era lento, sensual, tinha química. Os pares de mão iam do rosto para a nuca, para as costas e vice-versa. Você chegou a se apoiar nos seus cotovelos para erguer o tronco e admirar aquela visão.
As mãos de desceram até as calças de , abrindo-as devagar. Tão logo quanto foi possível, sem o menor pudor, abaixou o elástico da cueca do amigo o suficiente para tirar seu pau para fora, passando a masturbá-lo meio desajeitado.
desviou a boca, olhando-a com um sorriso lascivo.
― Você pode se tocar se quiser, querida. ― Seu tom de voz estava meia oitava mais baixo, ganhando nuances mais aveludadas e ofegantes.
Mesmo que, em uma reação automática, sua mão tenha ido parar sobre sua boceta, você sabia que ainda não era aquele tipo de estímulo que você queria.
e voltaram a se beijar de novo, desta vez, mais rapidamente. Soltaram-se um do outro para se livrarem do resto das roupas que ainda mantinham no corpo. Você finalmente estava vendo-os por completo e levou isso como um incentivo a mais para se masturbar.
Por um ligeiro instante, você agradeceu a sua versão do passado ― de horas atrás ― por ter sustentado a conversa a ponto de levá-los para a sua casa em seguida.
Tateando os bolsos das roupas jogadas no chão, encontrou uma camisinha, não. Como era algo que nunca faltava na sua casa, você abriu a gaveta do armário de cabeceira, tirando uma embalagem de lá e entregando a ele.
Devidamente protegido, puxou-a pela parte traseira dos joelhos para mais próximo da beira da cama. Não te dando tempo para raciocinar o que viria em seguida, penetrou-a de uma vez, passando a se movimentar.
Um gemido longo que soou como um choramingo saiu por entre seus lábios e resolveu abafá-lo com mais um beijo. Estava difícil respirar, de pensar em qualquer coisa ou de reagir de forma que não fosse instintiva. Você mal conseguia corresponder ao beijo de , fazendo-o rir.
― Você está tentando me dizer algo? ― disse contra os seus lábios.
E, antes que você pudesse fazer menção de dizer algo, pôs uma mão sobre seu clitóris, desenhando pequenos círculos. Um sorriso de satisfação se abriu no seu rosto e, assim que conseguiu abrir suas pálpebras, encontrou o olhar de . Cheio de luxúria, fixo e intenso, como se tivesse sido forjado a ferro.
, vendo os espasmos em seus braços se transformando em movimentos que poderiam atrapalhar ou machucá-los, segurou-os pelos pulsos, um de cada lado de seu corpo.
― Se você não ficar quietinha, nós não vamos conseguir cuidar de você.
Ouvi-lo dizer aquilo em um tom de voz tão convidativo, a fez ficar ainda mais excitada, como se isso fosse possível.
Os dois homens trabalhavam em uma sintonia tão perfeita que pareciam saber os exatos momentos para aumentar ou diminuir a velocidade, a pressão ou como te provocarem do jeito certo. Em resposta, você gemia, cada vez mais alto e sem nenhuma noção de como a sua voz soaria fora da sua boca.
Aliás, eles estavam tão sincronizados que, faltando pouquíssimo para você desfalecer, ambos resolveram trocar de posição de novo. Você queria choramingar de novo, de um jeito penoso, que os fizesse se sentirem culpados por estarem te submetendo àquilo.
Porém, não havia tempo para lamentações. Cada fração de segundo estava sendo muito bem aproveitada. Tanto que sem que você visse, estava pronto para entrar em você.
No entanto, passou o pênis pela parte externa de sua boceta, para cima e para baixo sobre seu clitóris. Em reação, seus olhos se reviraram e seus dedos dos pés se comprimiram.
Sua boca estava seca, como se não tivesse se hidratado ao longo da semana inteira, mas você não seria capaz de parar o que estava rolando entre os três para o que quer que fosse. Você estava perdendo a cabeça, porém não queria que aquilo tivesse fim.
Como se tivessem combinado, te levantou pelas axilas e pela parte traseira das coxas.
― Cuidado com o rosto, amor ― Foi tudo o que lhe disse antes de lhe virarem de costas na cama.
― De quatro. ― , ao mesmo tempo que dava uma ordem, era tão delicado que você não teria como recusar absolutamente nada que viesse dele.
Obedecendo, sentiu-o entrando em você devagar, como quisesse lhe torturar. Você mordiscou e lambeu os próprios lábios ao senti-lo se arrastando para dentro de você.
Sua mente se encheu de palavrões curtos que poderiam facilmente pularem de sua língua, mas você não disse nenhum deles. Somente manteve-se firme em sua posição, esperando pelo momento em que ele começaria a se mover com mais afinco, fazendo você gemer em tom de clamor.
― Você é tão obediente. ― ergueu seu queixo para olhá-lo. ― Eu gosto disso. Acha que consegue me colocar inteiro na boca? ― Ajeitou seus cabelos em uma das mãos.
Apoiando-se em uma mão, você puxou a camisinha já usada de seu pau. Por mais que conhecesse os riscos de fazer algo assim com um desconhecido, você preferiu arriscar para não ter que sentir o gosto forte de látex misturado à sua lubrificação. Aquela combinação não costumava ser das melhores.
Abaixando a cabeça, deixou-o e guiar de volta para seu pau. Com a boca o mais aberta possível, permitiu que ele entrasse o quanto quisesse. Quando o sentiu no fundo da sua garganta, teve um ligeiro reflexo de gag. Seus olhos lacrimejaram, porém não o deixou que saísse por completo. Da maneira que dava, o incentivou a te usar do jeito que quisesse. E foi isso que ele fez.
Segurando-lhe firme pelos cabelos, era como se usasse sua boca para se masturbar. A visão era deliciosa e, combinada com entrando e saindo de você, lhe fez gemer cada vez mais alto contra o seu pau.
Vocês três, à nossa própria maneira, estávamos delirando. Os gemidos se misturavam quase como uma melodia. O ambiente estava tão quente que você sentia as mãos de grudadas no seu quadril, quase como se estivessem se tornando um só. estava com o rosto vermelho e o suor lhe escorria na linha do início dos cabelos.
Penetração não costumava ser a sua parte preferida no sexo, mas aqueles dois estavam tornando a experiência interessante. Ambos pareciam pegar tudo no ar: os locais onde você gostaria de ser tocada, como gostaria de ser tocada, a velocidade e a força que poderia usar com você.
Você tinha topado sair com eles porque achou que não tinha nada a perder. E não tinha mesmo. Tanto que estava ganhando e muito.
Quando, de novo, você sentiu que estava à beira do abismo, prestes a gozar, mal conseguindo manter na boca enquanto gemia, ambos saíram de suas posições.
Você queria gritar e espernear, dizer que precisava gozar. Todavia, lhe pareceu injusto por um instante, visto que eles também ainda não tinham gozado. Com as juntas dos membros um pouco doloridas, você deitou de barriga para cima, esperando pela próxima ordem.
Pedindo licença, e pegaram outras camisinhas em sua gaveta e botaram em si mesmos.
― Você se importa se formos ao mesmo tempo, querida? ― acariciou sua coxa, fazendo-a dar um meio sorriso, meneando a cabeça negativamente. ― Ótimo. ― Voltou rapidamente à sua gaveta, pegando o tubo de lubrificante que havia visto anteriormente.
― Como ela se comportou e eu sei que falta muito pouco, acho que ela merece antes de nós, certo? ― falava com o amigo, mas a mão deslizava pela sua outra coxa, em busca de um lugar específico.
Seu clitóris estava tão sensível que só de senti-lo passar os dedos rapidamente você soltou um gemido baixo, fazendo-os rirem.
Circulando algumas vezes o ponto sensível externo, arrastou um, dois e, finalmente, três dedos para dentro da sua vagina, começando a entrar e sair dela, ajustando a posição dos dedos lá.
No entanto, foi só quando pôs o dedão para trabalhar sobre seu clitóris inchado que você gemeu alto. Devagar, eles lhe torturavam a ponto de você fechar a própria mão em punho e morder as juntas dos dedos.
Com sua mão livre, você acariciava seus peitos, apertando-os, brincando com os mamilos, beliscando-os.
Tentando rebolar contra os dedos dos homens, ambos riram, mas aumentaram a velocidade com que trabalhavam em você.
Você não tinha mais muito tempo de sanidade até atingir o orgasmo, mas queria capturar cada momento daquele. Dois homens completamente dedicados a você. Eles também queriam gozar, porém o foco principal era você. Só você.
Seus olhos se reviravam, sua boca já nem fechava mais, seus músculos estavam duros e com reflexos comprometidos. Em segundos, você se desmanchou nas mãos de ambos, gemendo alto, ofegante e suando.
Quando isso aconteceu, deitou-se ao seu lado e te pediu para deitar sobre ele. Como a boa garota que era, você o atendeu e ainda permitiu que eles lhe colocassem na posição exata que queriam, como uma boneca de pano.
te penetrou pela vagina, devagar. Com um resquícios de orgasmo, sua boceta se contraiu sobre ele. Já , com cuidado, após passar uma quantidade generosa de lubrificante em você, penetrou seu ânus. Pela
Você quase nunca fazia anal, porque a maioria dos homens não sabia fazer do jeito certo, com o cuidado necessário.
― Tudo bem? ― pôs mechas dos seus cabelos atrás das suas orelhas.
― Quando vocês quiserem. ― Selou seus lábios nos dele.
Dando mais alguns segundos, lentamente passaram a se mexer dentro de você.
Antes de acontecer, você se perguntou se tinha como dar certo, se não iriam se chocar demais um contra o outro. Entretanto, novamente, ambos pareciam já ter feito aquilo muitas vezes juntos. E, todas as vezes que você pensava sobre, ficava contente de saber que não havia a ânsia da primeira vez rondando os amigos. Homens ansiosos eram egoístas, impulsivos e, principalmente, muito ruins de cama.
Você estava próxima o suficiente para ver cada milímetro do semblante de . Cada revirada de olho, cada suspiro, cada abertura de boca sem ruído algum. Você só lamentava não poder ver as de também. Apenas o ouvia gemer e xingar ofegante.
Não havia como aumentarem muito a velocidade pela falta de espaço, mas isso não os impediu de tirarem o máximo de proveito. Ainda mantendo a mesma sincronia, entravam e saíam de você sucessivas vezes, os gemidos cada vez mais altos, mais fortes, às vezes, meio parecidos com urros.
Aos poucos, você também já estava gemendo de novo, se perguntando se conseguiria gozar outra vez.
Sua resposta veio alguns minutos depois de uma série de movimentos repetidos, em uma intensidade muito menor. Os homens vinham logo atrás, cada um à sua maneira e em seu próprio momento.
Assim que saiu de dentro de você, também o fez e você pode cair ao seu lado, de costas no colchão. também se deitou, ombro a ombro com você.
Por alguns segundos, tudo que se ouvia era a respiração pesada dos três. Em seguida, vieram as risadinhas cúmplices. Você mal os conhecia, entretanto, após o acontecido, soava como se conhecessem de uma vida inteira.
― Achei que não tivessem tempo de conhecer nada pelas cidades que passavam ― brincou, encarando o teto.
― Mas pessoas, sim. Às vezes, nós fazemos funcionar ― Ross respondeu, olhando para você.
― E só quando vale a pena. ― Matty repetiu o gesto.
Você deitou-se sobre o peito de , agarrou-se à sua cintura e permaneceram todos aninhados,permitindo-se finalmente descansarem.
FIM.
Nota da autora: Sem nota.
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