Capítulo Único
A sala de conferências estava cheia de jornalistas, flashes piscando, conversas paralelas acontecendo.
null null estava ali, no centro da sala, respondendo perguntas com aquele sorriso de astro. Não que ela se importasse muito com atores turcos, mas ele tinha um magnetismo que era impossível ignorar. Ele era a estrela da noite, mas ela... bem, ela estava ali pelo trabalho.
A entrevista deles, ao contrário da grande maioria ali, seria uma exclusiva que o site em que null trabalhava conseguiu com os assessores e a agência que cuidava da carreira do ator, bem como a parceria que o portal tinha com a plataforma que estava lançando a novela no Brasil.
A luz do estúdio improvisado brilhava sobre null enquanto ela ajustava o microfone e revisava mentalmente as perguntas. O grande quarto no hotel que a conferência aconteceu, foi adaptado com banners da novela e o logo da plataforma, bem como o da Glitz! News, o portal em que a mulher trabalhava, ao redor o cenário era moderno, sofisticado, e aconchegante.
Quando finalmente chegou sua vez de entrevistá-lo, ela não hesitou. Ela sentia o calor da atenção, mas não se importava. Para ela, entrevistas eram apenas mais uma parte do trabalho. O que ela não esperava era encontrar alguém como ele.
Quando null entrou, todas as cabeças se viraram. Alto, imponente, vestindo um terno escuro perfeitamente ajustado ao corpo, ele sorriu de forma irresistível. null manteve sua compostura, mas, internamente, admitia que ele era um espetáculo à parte.
– Prazer, eu sou a null Rodrigues e bem-vindo ao Glitz! News, null. – null sorriu, entregando a mão para um cumprimento firme. Ele segurou um pouco mais do que o necessário, mantendo o olhar fixo nela. — Como está? — ela disse em um português claro, mas com um sorriso sarcástico. Ele respondeu com um sorriso encantador, mas claramente sem entender a metade do que ela dizia.
— Olá, você... boa noite! Eu... — ele parou, buscando as palavras.
Ela riu discretamente, se divertindo com o momento descontraído.
— Não se preocupe, eu falo inglês — ela disse, mudando de idioma com facilidade.
Ele sorriu aliviado.
– Obrigado, null. – O sotaque carregado e o tom grave da voz dele fizeram a equipe trocar olhares cúmplices. — Ah, muito bom! Meu português não é bom.
Ela riu e foi seguida por ele.
– Vamos falar sobre sua nova novela. Você já esteve no Brasil antes? — Falou em um tom descontraído, porém bem profissional.
– Hmm… Primeira vez. – Ele sorriu, hesitando. – Mas… o Brasil é muito… Quente. — Havia um tom malicioso na voz dele, mas igualmente profissional.
null arqueou uma sobrancelha. O duplo sentido não passou despercebido.
– Sim, nosso clima é quente… e as pessoas também. – Ela provocou com um sorriso de canto.
null riu, ajeitando a gola do terno como se precisasse de ar. O inglês dele não era péssimo, mas tinha suas limitações, o que tornava tudo ainda mais divertido.
– Sua nova novela tem uma pegada diferente das anteriores. O que os fãs podem esperar dessa história?
– Mais ação. Mais… paixão. – Ele piscou, abrindo mais um sorrisinho encantador – E uma mulher forte.
– Você gosta de personagens femininas fortes?
– Sim. Muito. – Ele assentiu, inclinando-se levemente para ela. – Mulheres fortes são… ãaan… Interessantes.
– E você faz um papel romântico. Você acredita em amor à primeira vista?
– Talvez não à primeira vista. Mas… primeiro momento. Química? Muito importante. — null sorriu, pensativo.
null sustentou o olhar dele por um segundo a mais do que o necessário antes de continuar.
– Seus fãs não param de mandar essa pergunta, já que o Brasil é o país do futebol e seu tio foi um grande jogador e treinador, eles querem saber, você gosta de futebol? – Ela perguntou, e ele estava com um semblante lindo no rosto. null sorriu junto.
— Vou confessar que acompanho menos do que gostaria, mas adoraria conhecer mais, talvez o Maracanã. — O tom dele era muito paquerador, como se aquele fosse um convite que fazia a null.
— Quem sabe eu não vire sua guia turística, o Maraca é a minha segunda casa. — Ela deu uma piscadinha e sorriu animada.
— Ah, você gosta? — Ele estava curioso, seus olhos atentos, realmente interessado.
— Eu sou apaixonad…
– Ela é Camisa 10. — Um dos produtores, que era muito amigo de null, gritou do fundo.
– Você joga? — null franziu o cenho, confuso
– Não. — Ela negou com um aceno e riu novamente. — É uma expressão brasileira. Significa que eu… sei jogar no campo da vida. — Disse sem preocupações, sua fama não se limitava a sua roda de amigos, já tinha se espalhado pelos portais e redes sociais e ela não podia se preocupar menos.
null a observou por alguns segundos, os olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e interesse.
– Você pode me explicar melhor, mais tarde? – Ele sugeriu, o sorriso travesso escapando.
Ela riu mais um pouco, percebendo que isso poderia ser uma ótima oportunidade para testar os limites da sedução. Não que fosse a intenção, mas esse jogo sempre era mais interessante com um toque de mistério.
A entrevista fluiu entre piadas, alguns erros engraçados de tradução e muita troca de olhares. Quando ela menos esperava, já estava mais envolvida na conversa do que nas perguntas. Eles tinham uma química inegável, apesar da barreira do idioma.
No final da entrevista, ela apertou sua mão, ainda sorrindo.
— Obrigada pela paciência. Espero que tenha gostado da conversa. — ela disse, com um tom divertido.
Ele olhou para ela, um pouco confuso, mas o sorriso nunca saiu de seu rosto.
— Foi um prazer. Podemos fazer... outra entrevista algum dia? — Ele piscou e sorriu
Ela riu, entendendo que ele estava tentando ser galanteador, apesar das dificuldades linguísticas.
— Quem sabe — ela respondeu, com um brilho nos olhos. — Mande um recado para os seus fãs e não deixem de assistir a nova novela do null.
Enquanto a câmera focava nele e ele mandava aquele recado clichê que todos sempre mandavam, ela pegou seu celular e rapidamente mandou uma mensagem para um amigo:
“Esse null null é um bom jogo. Vou aproveitar o lance.”
A entrevista tinha acabado, mas a noite estava só começando. Ela não esperava que null fosse tão insistente quanto parecia ser quando lhe convidou para sair. Todos da equipe estavam com seus equipamentos e prontos para irem embora, enquanto null ficou indo atrás de null que ia de um lado para outro, ajudando a desmontar as coisas e arrumar o que precisasse.
— Café? — ele disse, com o inglês meio capenga, mas aquele sorriso irresistível que fazia qualquer pessoa, até as mais desapegadas, considerarem uma segunda chance.
Ela olhou ao redor, inclusive nos corredores. O hotel estava cheio, e a noite carioca ainda tinha muito a oferecer. Não era como se ela tivesse planos para ir para casa e dormir. Nada demais em sair, certo?
— Café... sério? Você é estrela da TV, null null, e está me chamando para um café? — Ela deu uma risada, seus olhos desafiadores. Ele não parecia nem um pouco intimidado.
— Café... ou... qualquer coisa. — Ele deu de ombros, o que só fez ela rir mais ainda. Ele era adorável, e isso não podia ser negado.
Em poucos minutos, estavam em um bar próximo. Eles trocaram piadas, falaram sobre o Brasil e a Turquia, e o álcool, combinado com a conexão que já estava evidente, tornou tudo ainda mais descontraído. null não se importava com os erros no inglês, e ela, com as falas turcas tortas dele, retribuía com gargalhadas e trocadilhos.
Ela nunca imaginou que passaria a noite com ele, mas ali estava, sentindo-se mais à vontade do que jamais imaginou. A conversa entre eles era uma mistura de risos e olhares que duravam mais tempo do que o necessário.
null se inclinou na mesa, suas mãos perto das dela, e ela notou o movimento de seus lábios, como se estivesse hesitando em dizer algo. Ou talvez ele estivesse apenas se preparando para mais uma de suas piadas típicas de astro, que ela sabia que ele tinha.
— Você... talvez... queira... continuar? — Ele tentou em inglês, mas a dúvida estava visível em seu rosto. O idioma não era muito o problema, mas aquela tensão ali, entre eles, era palpável e ele ficou com dificuldades desde colocou os olhos nela.
Ela segurou seu copo, o sorriso malicioso não saindo do rosto.
— O que você acha de irmos a algum lugar mais privado? — Ela disse, os olhos brincando com a situação, sabendo exatamente onde aquilo poderia levar. Ele levantou a sobrancelha, a expressão dele se tornando mais intensa.
— Privado... como assim? — Ele perguntou, com uma expressão de quem estava tentando entender, mas ao mesmo tempo, claramente não precisando de explicações.
Ela riu, pegou a comanda e o puxou pela jaqueta para se levantar, dando o primeiro passo para o desconhecido.
— Vamos ver onde isso nos leva.
O táxi os deixou na entrada do hotel, e ela podia sentir os olhos do recepcionista se levantando para observá-la quando ela atravessou o saguão com null ao seu lado. Ela não ligava para os olhares. Afinal, ela já estava acostumada a ser observada, mas não era isso que a excitava. O que a fazia se sentir poderosa era o fato de que ela sabia como fazer todos ao seu redor desejarem o que ela quisesse. E null null estava prestes a descobrir isso da maneira mais intensa possível.
Ela pegou a chave do quarto sem nem dar uma olhada na recepcionista, apenas jogando um sorriso provocante na direção de null.
— Vamos, estrela, — ela disse, a voz baixa, mas cheia de confiança. Ele a seguiu, o rosto agora um pouco mais sério, mas o brilho nos olhos dele não passava despercebido.
No corredor do hotel, ela sentia a tensão entre os dois aumentar, mas ao invés de afastar-se, ela se sentia ainda mais empoderada. Ela sabia o que ele pensava. Sabia o que ele queria. E ela estava prestes a dar a ele tudo o que ele desejava, sem rodeios.
Quando chegaram ao quarto, ela não fez questão de fechar a porta suavemente. Deu um passo à frente e, sem aviso, se virou para ele, a expressão atrevida.
— Eu não sou do tipo que fica esperando. — Ela falou de forma clara, com um sorriso sutil, mas que deixava claro o que estava por vir.
null a olhou, um pouco surpreso com a audácia dela, mas logo seu olhar se intensificou. Ela podia ver a luta interna dele, tentando controlar a vontade de a puxar para si. Mas ela sabia exatamente como deixá-lo sem reação.
Com um movimento rápido, ela o empurrou levemente contra a parede. null parecia mais um brinquedo em suas mãos, mas ela sabia que ele era forte e imponente. Mesmo assim, ele a observava como se fosse ele quem estivesse prestes a perder o controle.
Ela se aproximou dele, tocando seu peito com a ponta dos dedos, descendo suavemente até o botão da camisa dele. Ele não disse nada. Ela sabia que ele queria que as coisas acontecessem rápido, mas ela não estava apressada.
— Você tem ideia no que se meteu, null? — ela sussurrou, se aproximando do ouvido dele, seu hálito quente invadindo a pele dele. Ela podia ver a reação dele, os músculos tensos, a respiração mais rápida e os pelos na nuca se arrepiando. Ele estava completamente à mercê dela.
Sem esperar uma resposta, ela o beijou. Mas não era um beijo qualquer. Era quente, intenso, cheio de domínio. Ela mordeu o lábio dele de forma feroz e depois, de forma quase instantânea, puxou para si. Ela não tinha pressa. Não precisava disso. Estava no controle e sabia disso. Enfiou uma das mãos nos longos fios de cabelo dele e deu um puxão de leve, porém firme, para poder ter acesso ao pescoço e começar a distribuir beijos, lambidas e mordidinhas no local.
null, agora sem nenhuma resistência, a beijou de volta, mas ela logo o interrompeu, afastando-se um pouco, observando-o com os olhos meio fechados, desafiadora.
— Vai ter que me acompanhar. Eu não jogo no time dos perdedores. — Ela não disse isso como uma ameaça. Ela disse como uma promessa.
null sorriu, um sorriso sincero, cheio de desejo, e a puxou de volta para seus lábios. Mas dessa vez, ele sabia que a partida estava apenas começando, e ela era a única jogadora no campo.
Ela o empurrou novamente, mas dessa vez o fez se sentar na poltrona que fazia parte da decoração. Quando ela o olhou, sabia que ele a desejava. E ela sabia exatamente como fazer ele querer mais.
Com um olhar audacioso, ela se aproximou , subindo no colo dele, uma perna de cada lado e os corpos muito grudados, deu algumas reboladinhas, por cima de suas roupas mesmo e ficou feliz em sentir que ele a desejava da mesma forma que ela. Sem perder o ritmo, ela o beijou novamente, mais intenso, mais quente. Quando separaram os lábios a procura de ar, ela enfiou os dedos nos longos fios dos cabelos dele, deu uma puxadinha de leve, porém firme guiando a cabeça para o lado para que ela tivesse acesso ao pescoço dele, para beijar, mordiscar e dar algumas lambidinhas no local. null apertava a cintura dela à medida que a boca brincava em seu pescoço e os dedos apertavam mais em seus cabelos. null subiu a boca com os beijos, do pescoço para o maxilar, passando pelo queixo, bochechas, para finalmente voltar os lábios aos dele, ajeitando a cabeça dele para o lugar e se perdendo novamente naquele beijo.
Ele não era mais o homem que estava em controle da situação. Ela estava. E null sabia, naquele momento, que nunca havia conhecido uma mulher como ela.
A manhã seguinte chegou de forma inesperada. Ela acordou com o som distante do mar, o sol filtrando-se pelas cortinas do quarto de hotel, aquecendo a pele. Ela estava deitada na cama, sozinha, com a cama ainda quente onde null null estivera momentos antes. Mas, ao contrário do que ela esperava, não havia aquela sensação de arrependimento ou de ter feito algo impensado. Pelo contrário. Ela sorriu para si mesma, satisfeita.
Não era só a diversão de uma noite. Havia algo ali. Algo mais intenso. Algo que, pela primeira vez, parecia um pouco mais difícil de deixar para trás.
O quarto estava silencioso, e ela não se apressou para sair da cama. Seu celular estava em cima da mesa de cabeceira, e ao pegá-lo, ela encontrou várias mensagens não respondidas de seus amigos, mas também algumas novas de null.
Ela sorriu ao ver uma foto que ele tinha enviado para ela, uma selfie com um sorriso torto, com a legenda: "Bom dia, jornalista. Eu ainda não sei se estou sonhando ou não."
Ela olhou para a tela por um momento, e antes de pensar muito, digitou rapidamente: "Você está vivo, então... acho que não é sonho." E apertou enviar.
Os minutos se arrastaram enquanto ela aguardava uma resposta. Ela sabia que ele estava longe, provavelmente em algum evento, entrevista ou sessão de fotos, ele tinha comentado com ela, mas a cabeça de peixe não se lembrava. A sensação de querer conversar com ele era mais forte do que ela imaginava. Depois de alguns minutos, a resposta chegou.
“Então... você vai topar a ser minha guia turística no Maracanã? Ou posso já planejar minha próxima visita para conhecer melhor, como dizem… a cidade maravilhosa?”
Ela riu sozinha. Não sabia o que pensar daquilo. Ele estava tentando manter o clima casual, mas havia algo de diferente ali. Algo que ela não podia negar, nem mesmo para si.
Se levantou da cama, vestiu uma camiseta dele, que achou milimetricamente dobrada no armário e foi até a sacada, era enorme, um espaço com mesas e cadeiras, de frente para o mar. Olhou para o Rio de Janeiro, a cidade vibrante e cheia de vida, e sentiu a falta do calor da noite anterior. Algo estava mudando, e ela não sabia se queria lutar contra isso ou deixar-se levar.
Ela foi embora, porque a vida tinha um fluxo a ser seguido, tinha algumas reuniões naquela tarde, para acompanhar o conteúdo que seria postado sobre a entrevista e novos trabalhos a serem feitos.
Nos dias que se seguiram, ela e null começaram a trocar mensagens mais frequentes. Mas o que começou como uma troca casual, se tornou algo mais envolvente. Ele viajava de um país para outro, e ela estava sempre em movimento, seu trabalho com viagens e entretenimento a levando para lugares exóticos, sempre com novos desafios pela frente. Mesmo assim, as conversas entre eles continuavam.
Ela sabia o que queria e não tinha problema algum em demonstrar isso. null, por outro lado, estava cada vez mais intrigado, tentando encontrar uma forma de lidar com a intensidade dela. Ela sentia que ele queria mais, mas ao mesmo tempo, se divertia com o fato de que ele tentava manter o ritmo.
Quando o assunto era diversão e sedução, ela dominava a arte. Seu jogo era rápido, leve e sem compromisso. A vantagem dela? Ela não se apegava, nem precisava disso. Por anos, aprendeu a ser indiferente, a deixar os homens atrás dela, sem que isso a afetasse. null null, entretanto, parecia ser a exceção. Ele estava começando a mexer com algo dentro dela que ela não esperava. E isso a deixava mais intrigada do que qualquer coisa.
As mensagens entre eles ficaram cada vez mais descontraídas. null começava a se abrir mais sobre sua vida e seus medos, e ela, com seu jeito descomplicado, ouvia tudo com atenção, sempre mantendo o controle da situação.
Em uma dessas conversas, ele, que estava em meio a compromissos de trabalho, perguntou, com um toque de provocação:
“Você vai deixar eu te conquistar à distância ou vai fazer de tudo para me manter intrigado?” Ela riu ao ler a mensagem. Ele definitivamente não entendia a dinâmica, mas ela sabia que ele gostava de jogar. Então, decidiu provocá-lo um pouco.
“Eu não sou de ser conquistada, null. Mas se você quiser tentar, eu até posso te deixar no jogo por mais um tempo.”
O jogo estava se tornando interessante, e ela sabia disso. Ela estava no controle de tudo, mas ao mesmo tempo, se pegava curiosa sobre até onde ele seria capaz de ir para acompanhá-la nesse jogo.
As amigas, que sempre apoiaram sua postura de manter as coisas casuais, estavam sempre ali para dar risadas e provocar, mas também estavam começando a notar a mudança. Ela falava muito dele. Mais do que de outros caras com quem teve momentos. Era engraçado, porque ela sempre fora tão desapegada. Mas agora, o assunto null estava começando a tomar mais espaço do que ela gostaria de admitir.
Uma amiga, que não conseguia deixar passar a chance de provocá-la, perguntou:
“E aí seu astro?
Deu uma gargalhada alta no meio do escritório, não pode ser contar, era muito engraçado quando elas se referiam a ele daquela maneira.
Outra amiga no mesmo tom de provocação também mandou mensagem no grupo:
”Vai ser mais uma conquista sua ou esse cara realmente tem algo que te mexe?”
Ela piscou para o celular, antes de responder com outra risada: “Eu? A Chico Moedas do grupo? Eu só me distraio no meu tempo livre. E, para ser sincera, ele é divertido. Mas é só isso. Vocês me conhecem.”
Ela sabia que estava mentindo um pouco para si mesma. Algo sobre null a fazia querer mais, mas ela não estava disposta a admitir isso. Não ainda. Ela gostava de manter as coisas no controle, e null não a abalaria tão facilmente.
Mas ele começava a se tornar um desafio. E quando havia algo tão intenso e desafiador, ela sentia o impulso de ir até o fim com ele.
A cada nova mensagem, null parecia mais determinado a entender como ela funcionava. E ela, por sua vez, se divertia com a tentativa dele de decifrá-la. Para ela, ele ainda era apenas mais um homem tentando acompanhar o ritmo dela, mas o fato de ele ainda insistir após tantas trocas casuais começava a mexer com sua cabeça.
Ela estava em São Paulo para mais um evento Geek quando, enquanto se preparava para sair, pegou o celular e leu uma mensagem de null que lhe chamou a atenção. Ele simplesmente escreveu:
“Você está lá em cima do palco, sendo a estrela da noite, mas será que está pensando em mim?”
Ela riu consigo mesma. Era ousado, e ela adorava isso. Em vez de responder imediatamente, fez algo mais típico dela. Deixou o celular de lado e foi curtir o after que era feito pela produção do evento para as atrações principais do evento e alguns convidados.
Era sua noite, e a pista era dela. As luzes brilhavam sobre ela enquanto ela se misturava com os convidados, tirava fotos, ria e dançava. Mas, no fundo, a presença de null estava ali, a sombra silenciosa sobre os pensamentos dela. Ele estava começando a fazer parte de um jogo que ela costumava dominar sozinha. E isso, de alguma forma, a fazia querer mais.
Mais tarde naquela noite, já cansada e ao voltar para o hotel, ela não resistiu. Pegou o celular e respondeu à mensagem de null.
“Eu estou aqui me divertindo com a galera. Mas vou te dar uma pista... a única coisa que estou pensando agora... é em como te fazer tentar me conquistar mais uma vez.”
O que ela não esperava era a resposta rápida de null, tão rápida quanto ousada:
“Então me diga o que fazer para ganhar essa sua atenção, sua boca e seu corpo mais uma vez.”
Ela sorriu. Ele estava cada vez mais entrando no jogo dela. Mas ele ainda não tinha ideia do quão intensa ela poderia ser.
No dia seguinte, ela acordou com uma sensação diferente. Durante a noite, ela tinha se divertido, mas null estava em seus pensamentos, e isso não acontecia com frequência. Ela se vestiu, colocou o celular na bolsa e saiu para o evento seguinte. Estava em uma reunião importante, então não teve tempo para se concentrar em mensagens.
Mas, ao final do evento, quando entrou no carro e se preparou para ir para o aeroporto, ela viu uma notificação no celular. Era de null. Desta vez, ele havia enviado algo simples, mas com um toque de provocação:
“Quando vou te ver de novo? Ou melhor, quando vou te ter de novo? Você não me respondeu noite passada.”
O coração dela acelerou um pouco, e algo pulsou no meio de suas pernas. Ela sabia que estava brincando com fogo, mas estava se tornando mais interessante do que ela imaginava. O que começou como algo casual, uma noite sem compromisso, estava evoluindo para algo mais intenso. E ela estava começando a gostar disso.
“Eu sou boa no que eu faço, null. Se você quer me conquistar de verdade, tem que ser mais ousado.”
Ela sabia que estava deixando a provocação no ar. Ele precisava dar o próximo passo. Ou ele se afastaria, como outros, ou ele insistiria e aí ela estaria um pouco ferrada .
Ela estava preparada para qualquer uma das opções. Mas, no fundo, algo lhe dizia que null não era qualquer um.
Já faziam dias desde a última troca de mensagens mais ousadas. Ela estava em uma cidade nova, trabalhando em uma série de compromissos e se mantendo ocupada, mas não conseguia tirar null de seus pensamentos. Ele estava ali, à sombra, sempre presente em sua mente, e embora ela tentasse desviar a atenção com seus outros compromissos, algo nela começava a se perguntar o que aconteceria se ela se entregasse completamente aquilo.
null, por outro lado, estava se desafiando cada vez mais. Não era mais apenas sobre seduzir. Era sobre conquistá-la. Ele sabia que ela era uma mulher difícil, mas não gostava de perder e também não conseguia tirá-la de sua mente. Ela o intrigava de maneiras que ele não esperava. Ele queria mais, e isso era um problema para ele, porque, até aquele momento, ele nunca havia desejado alguém daquela forma. Mas com ela, tudo parecia diferente.
Quando a oportunidade finalmente surgiu, ela não pensou duas vezes. Um evento em Roma seria o próximo compromisso dela, e ele estava por lá também, no meio de folga das entrevistas. Ela sabia que seria a chance de finalmente ver até onde aquele jogo entre eles poderia chegar.
No entanto, ela sabia exatamente como fazer isso. Era sua especialidade: fazer com que ele fosse atrás dela, mas sempre com a promessa de algo mais. Não dar tudo de uma vez, mas deixar pistas o suficiente para que ele quisesse seguir em frente.
Após o evento, enquanto ela se preparava para sair do hotel, recebeu uma mensagem de null.
“Fiquei sabendo que está aqui na Itália. Eu posso te ver? Ou você vai me deixar esperando mais uma vez?”
Ela sorriu ao ler a mensagem. Claro que ele estava impaciente. Ela sabia exatamente como mantê-lo assim. Mas, desta vez, ela queria mais também. Queria ver até onde ele iria para conseguir algo que ela havia reservado apenas para ela mesma.
“infelizmente vim a trabalho e estou meio ocupada. Vou te deixar esperando um pouco mais. Quem sabe, se você for persistente o suficiente, eu te faço um favor e abra um espaço na minha agenda.”
Ela o provocava, mas havia uma energia crescente dentro dela. Não sabia se queria manter o controle ou finalmente se entregar ao desejo. O simples fato de que ele estava tão ansioso por ela a fazia sentir-se poderosa.
Menos de uma hora depois, ele respondeu:
“Eu não vou esperar mais. Onde você está? Eu vou até você.”
Ela podia quase sentir a tensão em suas palavras, e isso a excitava, ela conseguia sentir o sangue correndo quente em suas feias e seu corpo todo ficar em alerta. Ela já sabia como tudo isso acabaria, mas adorava o poder que tinha sobre ele.
Quando eles se encontraram no lobby do hotel, a atmosfera era elétrica. Ele estava mais perto dela do que nunca, e o jogo de palavras que ela estava tão acostumada a controlar, agora parecia estar fora de seu alcance. null estava mais à vontade do que ela imaginava, mas, ao mesmo tempo, ainda tinha algo em sua postura que a fazia pensar que ele também sabia o que estava fazendo.
“Agora não tem mais volta”, pensou ela, enquanto o observava se aproximar. null estava bem mais perto do que o normal, seu olhar fixo no dela, tentando ler suas intenções.
Ele estava determinado, mas ela não deixaria ele dominar tão fácil. Era ela quem mandava nas regras do jogo.
— Eu disse que te faria esperar, null. Você sabia o que estava fazendo ao me procurar, não é? — ela disse com um sorriso provocante.
Ele deu um passo mais perto e, sem perder a compostura, respondeu com uma voz suave, mas cheia de desejo:
— Eu gosto de um desafio, e você está me deixando cada vez mais curioso. Não vou esperar mais, não quero saber de jogos, eu quero você.
Ela sentiu o calor se espalhar por seu corpo. Ele estava ali, à sua frente, tão determinado, tão certo de si. E, pela primeira vez, ela estava começando a questionar: E se ele realmente conseguiria quebrar essa barreira?
Mas, antes que qualquer coisa fosse dita, ele a puxou para si, envolvendo-a em um beijo intenso, rápido e inesperado. Ela podia sentir o desejo dele, mas também a sua urgência, algo que ela não via com frequência. Ele estava tão imerso no momento, que isso a fez perder um pouco o controle e esquecer que estavam fazendo aquilo em público e ali.
A princípio, ela se manteve firme, tentando manter a postura, mas não resistiu ao beijo. Ela sabia como fazer isso funcionar, sabia que ele estava começando a se perder nesse jogo, mas ao mesmo tempo, algo estava mudando. Ela estava começando a querer mais também.
Quando se afastaram, ofegantes, ela disse:
— Você pode até ser bom em conquistar, null, mas eu sou a rainha do jogo. E você só está começando a entender as regras.
Ele sorriu de volta, um sorriso cheio de confiança e algo mais. Algo que ela não poderia ignorar.
— Eu vou aprender rapidamente, prometo.
E ali, no lobby do hotel, as regras tinham mudado. Ele não estava mais apenas atrás dela para a sedução. Ele queria algo mais. E ela sabia que, talvez, ele fosse o primeiro homem a desafiar seu controle de verdade.
— Vamos subir. — Ela pegou firme na mão dele e foram para o quarto em que ela estava hospedada.
O tempo foi passando, e cada vez mais, ela via se envolvendo. Os encontros, as conversas, a forma como ele a fazia se sentir especial... Ela sabia que estava ficando vulnerável. Não era algo que ela procurava, mas ali estava, batendo em sua porta. Ela sabia que estava se apaixonando, e isso a deixava assustada.
Ela tinha a vida dela, a carreira dela, a liberdade que sempre prezou. Ele estava do outro lado do mundo, e um relacionamento à distância não era fácil. Ela pensava em todas as vezes que poderia ter voltado atrás, dado menos espaço para ele, mas o que sentia por ele agora era real. E ela não conseguia mais ignorar isso.
No entanto, ela não sabia se estava pronta para mudar o rumo da sua vida por causa disso. Não era só a distância que a preocupava, mas a ideia de depender emocionalmente de alguém, de ter que dividir sua vida com outro ser humano de uma forma que ela nunca tinha feito antes.
Um dia, enquanto estava em uma reunião de trabalho, ela recebeu uma mensagem dele.
“Estou indo para o Brasil em duas semanas. Vamos nos ver?”
Ela parou tudo o que estava fazendo. Ele vinha até ela. A ideia de vê-lo ao vivo novamente a fez sentir uma mistura de ansiedade e excitação. Ela nunca foi de se entregar fácil, mas ele estava deixando tudo mais difícil. Ela sabia que, quando o visse, não seria mais só um jogo. Ela teria que decidir o que fazer com os sentimentos que estavam tomando conta de si.
Ao se encontrar com ele novamente, no Brasil, ela sentiu um nó na garganta. O desejo, a tensão, tudo estava ali, mais forte do que nunca. Mas o que ela não esperava era que, ao olhá-lo nos olhos, soubesse que havia mais ali do que um simples caso de amor à distância. Ela estava apaixonada por null null. E, pela primeira vez, ela não sabia se isso a assustava mais ou a excitava. O jogo, que parecia ser dela desde o início, havia virado um jogo de dois. E ela estava pronta para viver esse novo desafio, mesmo que isso significasse perder parte de sua liberdade para viver uma história de amor com um homem que morava do outro lado do mundo.
null, com seu olhar sério e sorriso leve, se aproximou, como se soubesse o que estava passando pela cabeça dela. Ele a beijou de forma intensa, como se soubesse que, a partir daquele momento, nada mais seria o mesmo. E, assim, o jogo terminou... mas, ao contrário do que ela imaginava, o amor estava apenas começando.
null null estava ali, no centro da sala, respondendo perguntas com aquele sorriso de astro. Não que ela se importasse muito com atores turcos, mas ele tinha um magnetismo que era impossível ignorar. Ele era a estrela da noite, mas ela... bem, ela estava ali pelo trabalho.
A entrevista deles, ao contrário da grande maioria ali, seria uma exclusiva que o site em que null trabalhava conseguiu com os assessores e a agência que cuidava da carreira do ator, bem como a parceria que o portal tinha com a plataforma que estava lançando a novela no Brasil.
A luz do estúdio improvisado brilhava sobre null enquanto ela ajustava o microfone e revisava mentalmente as perguntas. O grande quarto no hotel que a conferência aconteceu, foi adaptado com banners da novela e o logo da plataforma, bem como o da Glitz! News, o portal em que a mulher trabalhava, ao redor o cenário era moderno, sofisticado, e aconchegante.
Quando finalmente chegou sua vez de entrevistá-lo, ela não hesitou. Ela sentia o calor da atenção, mas não se importava. Para ela, entrevistas eram apenas mais uma parte do trabalho. O que ela não esperava era encontrar alguém como ele.
Quando null entrou, todas as cabeças se viraram. Alto, imponente, vestindo um terno escuro perfeitamente ajustado ao corpo, ele sorriu de forma irresistível. null manteve sua compostura, mas, internamente, admitia que ele era um espetáculo à parte.
– Prazer, eu sou a null Rodrigues e bem-vindo ao Glitz! News, null. – null sorriu, entregando a mão para um cumprimento firme. Ele segurou um pouco mais do que o necessário, mantendo o olhar fixo nela. — Como está? — ela disse em um português claro, mas com um sorriso sarcástico. Ele respondeu com um sorriso encantador, mas claramente sem entender a metade do que ela dizia.
— Olá, você... boa noite! Eu... — ele parou, buscando as palavras.
Ela riu discretamente, se divertindo com o momento descontraído.
— Não se preocupe, eu falo inglês — ela disse, mudando de idioma com facilidade.
Ele sorriu aliviado.
– Obrigado, null. – O sotaque carregado e o tom grave da voz dele fizeram a equipe trocar olhares cúmplices. — Ah, muito bom! Meu português não é bom.
Ela riu e foi seguida por ele.
– Vamos falar sobre sua nova novela. Você já esteve no Brasil antes? — Falou em um tom descontraído, porém bem profissional.
– Hmm… Primeira vez. – Ele sorriu, hesitando. – Mas… o Brasil é muito… Quente. — Havia um tom malicioso na voz dele, mas igualmente profissional.
null arqueou uma sobrancelha. O duplo sentido não passou despercebido.
– Sim, nosso clima é quente… e as pessoas também. – Ela provocou com um sorriso de canto.
null riu, ajeitando a gola do terno como se precisasse de ar. O inglês dele não era péssimo, mas tinha suas limitações, o que tornava tudo ainda mais divertido.
– Sua nova novela tem uma pegada diferente das anteriores. O que os fãs podem esperar dessa história?
– Mais ação. Mais… paixão. – Ele piscou, abrindo mais um sorrisinho encantador – E uma mulher forte.
– Você gosta de personagens femininas fortes?
– Sim. Muito. – Ele assentiu, inclinando-se levemente para ela. – Mulheres fortes são… ãaan… Interessantes.
– E você faz um papel romântico. Você acredita em amor à primeira vista?
– Talvez não à primeira vista. Mas… primeiro momento. Química? Muito importante. — null sorriu, pensativo.
null sustentou o olhar dele por um segundo a mais do que o necessário antes de continuar.
– Seus fãs não param de mandar essa pergunta, já que o Brasil é o país do futebol e seu tio foi um grande jogador e treinador, eles querem saber, você gosta de futebol? – Ela perguntou, e ele estava com um semblante lindo no rosto. null sorriu junto.
— Vou confessar que acompanho menos do que gostaria, mas adoraria conhecer mais, talvez o Maracanã. — O tom dele era muito paquerador, como se aquele fosse um convite que fazia a null.
— Quem sabe eu não vire sua guia turística, o Maraca é a minha segunda casa. — Ela deu uma piscadinha e sorriu animada.
— Ah, você gosta? — Ele estava curioso, seus olhos atentos, realmente interessado.
— Eu sou apaixonad…
– Ela é Camisa 10. — Um dos produtores, que era muito amigo de null, gritou do fundo.
– Você joga? — null franziu o cenho, confuso
– Não. — Ela negou com um aceno e riu novamente. — É uma expressão brasileira. Significa que eu… sei jogar no campo da vida. — Disse sem preocupações, sua fama não se limitava a sua roda de amigos, já tinha se espalhado pelos portais e redes sociais e ela não podia se preocupar menos.
null a observou por alguns segundos, os olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e interesse.
– Você pode me explicar melhor, mais tarde? – Ele sugeriu, o sorriso travesso escapando.
Ela riu mais um pouco, percebendo que isso poderia ser uma ótima oportunidade para testar os limites da sedução. Não que fosse a intenção, mas esse jogo sempre era mais interessante com um toque de mistério.
A entrevista fluiu entre piadas, alguns erros engraçados de tradução e muita troca de olhares. Quando ela menos esperava, já estava mais envolvida na conversa do que nas perguntas. Eles tinham uma química inegável, apesar da barreira do idioma.
No final da entrevista, ela apertou sua mão, ainda sorrindo.
— Obrigada pela paciência. Espero que tenha gostado da conversa. — ela disse, com um tom divertido.
Ele olhou para ela, um pouco confuso, mas o sorriso nunca saiu de seu rosto.
— Foi um prazer. Podemos fazer... outra entrevista algum dia? — Ele piscou e sorriu
Ela riu, entendendo que ele estava tentando ser galanteador, apesar das dificuldades linguísticas.
— Quem sabe — ela respondeu, com um brilho nos olhos. — Mande um recado para os seus fãs e não deixem de assistir a nova novela do null.
Enquanto a câmera focava nele e ele mandava aquele recado clichê que todos sempre mandavam, ela pegou seu celular e rapidamente mandou uma mensagem para um amigo:
“Esse null null é um bom jogo. Vou aproveitar o lance.”
A entrevista tinha acabado, mas a noite estava só começando. Ela não esperava que null fosse tão insistente quanto parecia ser quando lhe convidou para sair. Todos da equipe estavam com seus equipamentos e prontos para irem embora, enquanto null ficou indo atrás de null que ia de um lado para outro, ajudando a desmontar as coisas e arrumar o que precisasse.
— Café? — ele disse, com o inglês meio capenga, mas aquele sorriso irresistível que fazia qualquer pessoa, até as mais desapegadas, considerarem uma segunda chance.
Ela olhou ao redor, inclusive nos corredores. O hotel estava cheio, e a noite carioca ainda tinha muito a oferecer. Não era como se ela tivesse planos para ir para casa e dormir. Nada demais em sair, certo?
— Café... sério? Você é estrela da TV, null null, e está me chamando para um café? — Ela deu uma risada, seus olhos desafiadores. Ele não parecia nem um pouco intimidado.
— Café... ou... qualquer coisa. — Ele deu de ombros, o que só fez ela rir mais ainda. Ele era adorável, e isso não podia ser negado.
Em poucos minutos, estavam em um bar próximo. Eles trocaram piadas, falaram sobre o Brasil e a Turquia, e o álcool, combinado com a conexão que já estava evidente, tornou tudo ainda mais descontraído. null não se importava com os erros no inglês, e ela, com as falas turcas tortas dele, retribuía com gargalhadas e trocadilhos.
Ela nunca imaginou que passaria a noite com ele, mas ali estava, sentindo-se mais à vontade do que jamais imaginou. A conversa entre eles era uma mistura de risos e olhares que duravam mais tempo do que o necessário.
null se inclinou na mesa, suas mãos perto das dela, e ela notou o movimento de seus lábios, como se estivesse hesitando em dizer algo. Ou talvez ele estivesse apenas se preparando para mais uma de suas piadas típicas de astro, que ela sabia que ele tinha.
— Você... talvez... queira... continuar? — Ele tentou em inglês, mas a dúvida estava visível em seu rosto. O idioma não era muito o problema, mas aquela tensão ali, entre eles, era palpável e ele ficou com dificuldades desde colocou os olhos nela.
Ela segurou seu copo, o sorriso malicioso não saindo do rosto.
— O que você acha de irmos a algum lugar mais privado? — Ela disse, os olhos brincando com a situação, sabendo exatamente onde aquilo poderia levar. Ele levantou a sobrancelha, a expressão dele se tornando mais intensa.
— Privado... como assim? — Ele perguntou, com uma expressão de quem estava tentando entender, mas ao mesmo tempo, claramente não precisando de explicações.
Ela riu, pegou a comanda e o puxou pela jaqueta para se levantar, dando o primeiro passo para o desconhecido.
— Vamos ver onde isso nos leva.
O táxi os deixou na entrada do hotel, e ela podia sentir os olhos do recepcionista se levantando para observá-la quando ela atravessou o saguão com null ao seu lado. Ela não ligava para os olhares. Afinal, ela já estava acostumada a ser observada, mas não era isso que a excitava. O que a fazia se sentir poderosa era o fato de que ela sabia como fazer todos ao seu redor desejarem o que ela quisesse. E null null estava prestes a descobrir isso da maneira mais intensa possível.
Ela pegou a chave do quarto sem nem dar uma olhada na recepcionista, apenas jogando um sorriso provocante na direção de null.
— Vamos, estrela, — ela disse, a voz baixa, mas cheia de confiança. Ele a seguiu, o rosto agora um pouco mais sério, mas o brilho nos olhos dele não passava despercebido.
No corredor do hotel, ela sentia a tensão entre os dois aumentar, mas ao invés de afastar-se, ela se sentia ainda mais empoderada. Ela sabia o que ele pensava. Sabia o que ele queria. E ela estava prestes a dar a ele tudo o que ele desejava, sem rodeios.
Quando chegaram ao quarto, ela não fez questão de fechar a porta suavemente. Deu um passo à frente e, sem aviso, se virou para ele, a expressão atrevida.
— Eu não sou do tipo que fica esperando. — Ela falou de forma clara, com um sorriso sutil, mas que deixava claro o que estava por vir.
null a olhou, um pouco surpreso com a audácia dela, mas logo seu olhar se intensificou. Ela podia ver a luta interna dele, tentando controlar a vontade de a puxar para si. Mas ela sabia exatamente como deixá-lo sem reação.
Com um movimento rápido, ela o empurrou levemente contra a parede. null parecia mais um brinquedo em suas mãos, mas ela sabia que ele era forte e imponente. Mesmo assim, ele a observava como se fosse ele quem estivesse prestes a perder o controle.
Ela se aproximou dele, tocando seu peito com a ponta dos dedos, descendo suavemente até o botão da camisa dele. Ele não disse nada. Ela sabia que ele queria que as coisas acontecessem rápido, mas ela não estava apressada.
— Você tem ideia no que se meteu, null? — ela sussurrou, se aproximando do ouvido dele, seu hálito quente invadindo a pele dele. Ela podia ver a reação dele, os músculos tensos, a respiração mais rápida e os pelos na nuca se arrepiando. Ele estava completamente à mercê dela.
Sem esperar uma resposta, ela o beijou. Mas não era um beijo qualquer. Era quente, intenso, cheio de domínio. Ela mordeu o lábio dele de forma feroz e depois, de forma quase instantânea, puxou para si. Ela não tinha pressa. Não precisava disso. Estava no controle e sabia disso. Enfiou uma das mãos nos longos fios de cabelo dele e deu um puxão de leve, porém firme, para poder ter acesso ao pescoço e começar a distribuir beijos, lambidas e mordidinhas no local.
null, agora sem nenhuma resistência, a beijou de volta, mas ela logo o interrompeu, afastando-se um pouco, observando-o com os olhos meio fechados, desafiadora.
— Vai ter que me acompanhar. Eu não jogo no time dos perdedores. — Ela não disse isso como uma ameaça. Ela disse como uma promessa.
null sorriu, um sorriso sincero, cheio de desejo, e a puxou de volta para seus lábios. Mas dessa vez, ele sabia que a partida estava apenas começando, e ela era a única jogadora no campo.
Ela o empurrou novamente, mas dessa vez o fez se sentar na poltrona que fazia parte da decoração. Quando ela o olhou, sabia que ele a desejava. E ela sabia exatamente como fazer ele querer mais.
Com um olhar audacioso, ela se aproximou , subindo no colo dele, uma perna de cada lado e os corpos muito grudados, deu algumas reboladinhas, por cima de suas roupas mesmo e ficou feliz em sentir que ele a desejava da mesma forma que ela. Sem perder o ritmo, ela o beijou novamente, mais intenso, mais quente. Quando separaram os lábios a procura de ar, ela enfiou os dedos nos longos fios dos cabelos dele, deu uma puxadinha de leve, porém firme guiando a cabeça para o lado para que ela tivesse acesso ao pescoço dele, para beijar, mordiscar e dar algumas lambidinhas no local. null apertava a cintura dela à medida que a boca brincava em seu pescoço e os dedos apertavam mais em seus cabelos. null subiu a boca com os beijos, do pescoço para o maxilar, passando pelo queixo, bochechas, para finalmente voltar os lábios aos dele, ajeitando a cabeça dele para o lugar e se perdendo novamente naquele beijo.
Ele não era mais o homem que estava em controle da situação. Ela estava. E null sabia, naquele momento, que nunca havia conhecido uma mulher como ela.
A manhã seguinte chegou de forma inesperada. Ela acordou com o som distante do mar, o sol filtrando-se pelas cortinas do quarto de hotel, aquecendo a pele. Ela estava deitada na cama, sozinha, com a cama ainda quente onde null null estivera momentos antes. Mas, ao contrário do que ela esperava, não havia aquela sensação de arrependimento ou de ter feito algo impensado. Pelo contrário. Ela sorriu para si mesma, satisfeita.
Não era só a diversão de uma noite. Havia algo ali. Algo mais intenso. Algo que, pela primeira vez, parecia um pouco mais difícil de deixar para trás.
O quarto estava silencioso, e ela não se apressou para sair da cama. Seu celular estava em cima da mesa de cabeceira, e ao pegá-lo, ela encontrou várias mensagens não respondidas de seus amigos, mas também algumas novas de null.
Ela sorriu ao ver uma foto que ele tinha enviado para ela, uma selfie com um sorriso torto, com a legenda: "Bom dia, jornalista. Eu ainda não sei se estou sonhando ou não."
Ela olhou para a tela por um momento, e antes de pensar muito, digitou rapidamente: "Você está vivo, então... acho que não é sonho." E apertou enviar.
Os minutos se arrastaram enquanto ela aguardava uma resposta. Ela sabia que ele estava longe, provavelmente em algum evento, entrevista ou sessão de fotos, ele tinha comentado com ela, mas a cabeça de peixe não se lembrava. A sensação de querer conversar com ele era mais forte do que ela imaginava. Depois de alguns minutos, a resposta chegou.
“Então... você vai topar a ser minha guia turística no Maracanã? Ou posso já planejar minha próxima visita para conhecer melhor, como dizem… a cidade maravilhosa?”
Ela riu sozinha. Não sabia o que pensar daquilo. Ele estava tentando manter o clima casual, mas havia algo de diferente ali. Algo que ela não podia negar, nem mesmo para si.
Se levantou da cama, vestiu uma camiseta dele, que achou milimetricamente dobrada no armário e foi até a sacada, era enorme, um espaço com mesas e cadeiras, de frente para o mar. Olhou para o Rio de Janeiro, a cidade vibrante e cheia de vida, e sentiu a falta do calor da noite anterior. Algo estava mudando, e ela não sabia se queria lutar contra isso ou deixar-se levar.
Ela foi embora, porque a vida tinha um fluxo a ser seguido, tinha algumas reuniões naquela tarde, para acompanhar o conteúdo que seria postado sobre a entrevista e novos trabalhos a serem feitos.
Nos dias que se seguiram, ela e null começaram a trocar mensagens mais frequentes. Mas o que começou como uma troca casual, se tornou algo mais envolvente. Ele viajava de um país para outro, e ela estava sempre em movimento, seu trabalho com viagens e entretenimento a levando para lugares exóticos, sempre com novos desafios pela frente. Mesmo assim, as conversas entre eles continuavam.
Ela sabia o que queria e não tinha problema algum em demonstrar isso. null, por outro lado, estava cada vez mais intrigado, tentando encontrar uma forma de lidar com a intensidade dela. Ela sentia que ele queria mais, mas ao mesmo tempo, se divertia com o fato de que ele tentava manter o ritmo.
Quando o assunto era diversão e sedução, ela dominava a arte. Seu jogo era rápido, leve e sem compromisso. A vantagem dela? Ela não se apegava, nem precisava disso. Por anos, aprendeu a ser indiferente, a deixar os homens atrás dela, sem que isso a afetasse. null null, entretanto, parecia ser a exceção. Ele estava começando a mexer com algo dentro dela que ela não esperava. E isso a deixava mais intrigada do que qualquer coisa.
As mensagens entre eles ficaram cada vez mais descontraídas. null começava a se abrir mais sobre sua vida e seus medos, e ela, com seu jeito descomplicado, ouvia tudo com atenção, sempre mantendo o controle da situação.
Em uma dessas conversas, ele, que estava em meio a compromissos de trabalho, perguntou, com um toque de provocação:
“Você vai deixar eu te conquistar à distância ou vai fazer de tudo para me manter intrigado?” Ela riu ao ler a mensagem. Ele definitivamente não entendia a dinâmica, mas ela sabia que ele gostava de jogar. Então, decidiu provocá-lo um pouco.
“Eu não sou de ser conquistada, null. Mas se você quiser tentar, eu até posso te deixar no jogo por mais um tempo.”
O jogo estava se tornando interessante, e ela sabia disso. Ela estava no controle de tudo, mas ao mesmo tempo, se pegava curiosa sobre até onde ele seria capaz de ir para acompanhá-la nesse jogo.
As amigas, que sempre apoiaram sua postura de manter as coisas casuais, estavam sempre ali para dar risadas e provocar, mas também estavam começando a notar a mudança. Ela falava muito dele. Mais do que de outros caras com quem teve momentos. Era engraçado, porque ela sempre fora tão desapegada. Mas agora, o assunto null estava começando a tomar mais espaço do que ela gostaria de admitir.
Uma amiga, que não conseguia deixar passar a chance de provocá-la, perguntou:
“E aí seu astro?
Deu uma gargalhada alta no meio do escritório, não pode ser contar, era muito engraçado quando elas se referiam a ele daquela maneira.
Outra amiga no mesmo tom de provocação também mandou mensagem no grupo:
”Vai ser mais uma conquista sua ou esse cara realmente tem algo que te mexe?”
Ela piscou para o celular, antes de responder com outra risada: “Eu? A Chico Moedas do grupo? Eu só me distraio no meu tempo livre. E, para ser sincera, ele é divertido. Mas é só isso. Vocês me conhecem.”
Ela sabia que estava mentindo um pouco para si mesma. Algo sobre null a fazia querer mais, mas ela não estava disposta a admitir isso. Não ainda. Ela gostava de manter as coisas no controle, e null não a abalaria tão facilmente.
Mas ele começava a se tornar um desafio. E quando havia algo tão intenso e desafiador, ela sentia o impulso de ir até o fim com ele.
A cada nova mensagem, null parecia mais determinado a entender como ela funcionava. E ela, por sua vez, se divertia com a tentativa dele de decifrá-la. Para ela, ele ainda era apenas mais um homem tentando acompanhar o ritmo dela, mas o fato de ele ainda insistir após tantas trocas casuais começava a mexer com sua cabeça.
Ela estava em São Paulo para mais um evento Geek quando, enquanto se preparava para sair, pegou o celular e leu uma mensagem de null que lhe chamou a atenção. Ele simplesmente escreveu:
“Você está lá em cima do palco, sendo a estrela da noite, mas será que está pensando em mim?”
Ela riu consigo mesma. Era ousado, e ela adorava isso. Em vez de responder imediatamente, fez algo mais típico dela. Deixou o celular de lado e foi curtir o after que era feito pela produção do evento para as atrações principais do evento e alguns convidados.
Era sua noite, e a pista era dela. As luzes brilhavam sobre ela enquanto ela se misturava com os convidados, tirava fotos, ria e dançava. Mas, no fundo, a presença de null estava ali, a sombra silenciosa sobre os pensamentos dela. Ele estava começando a fazer parte de um jogo que ela costumava dominar sozinha. E isso, de alguma forma, a fazia querer mais.
Mais tarde naquela noite, já cansada e ao voltar para o hotel, ela não resistiu. Pegou o celular e respondeu à mensagem de null.
“Eu estou aqui me divertindo com a galera. Mas vou te dar uma pista... a única coisa que estou pensando agora... é em como te fazer tentar me conquistar mais uma vez.”
O que ela não esperava era a resposta rápida de null, tão rápida quanto ousada:
“Então me diga o que fazer para ganhar essa sua atenção, sua boca e seu corpo mais uma vez.”
Ela sorriu. Ele estava cada vez mais entrando no jogo dela. Mas ele ainda não tinha ideia do quão intensa ela poderia ser.
No dia seguinte, ela acordou com uma sensação diferente. Durante a noite, ela tinha se divertido, mas null estava em seus pensamentos, e isso não acontecia com frequência. Ela se vestiu, colocou o celular na bolsa e saiu para o evento seguinte. Estava em uma reunião importante, então não teve tempo para se concentrar em mensagens.
Mas, ao final do evento, quando entrou no carro e se preparou para ir para o aeroporto, ela viu uma notificação no celular. Era de null. Desta vez, ele havia enviado algo simples, mas com um toque de provocação:
“Quando vou te ver de novo? Ou melhor, quando vou te ter de novo? Você não me respondeu noite passada.”
O coração dela acelerou um pouco, e algo pulsou no meio de suas pernas. Ela sabia que estava brincando com fogo, mas estava se tornando mais interessante do que ela imaginava. O que começou como algo casual, uma noite sem compromisso, estava evoluindo para algo mais intenso. E ela estava começando a gostar disso.
“Eu sou boa no que eu faço, null. Se você quer me conquistar de verdade, tem que ser mais ousado.”
Ela sabia que estava deixando a provocação no ar. Ele precisava dar o próximo passo. Ou ele se afastaria, como outros, ou ele insistiria e aí ela estaria um pouco ferrada .
Ela estava preparada para qualquer uma das opções. Mas, no fundo, algo lhe dizia que null não era qualquer um.
Já faziam dias desde a última troca de mensagens mais ousadas. Ela estava em uma cidade nova, trabalhando em uma série de compromissos e se mantendo ocupada, mas não conseguia tirar null de seus pensamentos. Ele estava ali, à sombra, sempre presente em sua mente, e embora ela tentasse desviar a atenção com seus outros compromissos, algo nela começava a se perguntar o que aconteceria se ela se entregasse completamente aquilo.
null, por outro lado, estava se desafiando cada vez mais. Não era mais apenas sobre seduzir. Era sobre conquistá-la. Ele sabia que ela era uma mulher difícil, mas não gostava de perder e também não conseguia tirá-la de sua mente. Ela o intrigava de maneiras que ele não esperava. Ele queria mais, e isso era um problema para ele, porque, até aquele momento, ele nunca havia desejado alguém daquela forma. Mas com ela, tudo parecia diferente.
Quando a oportunidade finalmente surgiu, ela não pensou duas vezes. Um evento em Roma seria o próximo compromisso dela, e ele estava por lá também, no meio de folga das entrevistas. Ela sabia que seria a chance de finalmente ver até onde aquele jogo entre eles poderia chegar.
No entanto, ela sabia exatamente como fazer isso. Era sua especialidade: fazer com que ele fosse atrás dela, mas sempre com a promessa de algo mais. Não dar tudo de uma vez, mas deixar pistas o suficiente para que ele quisesse seguir em frente.
Após o evento, enquanto ela se preparava para sair do hotel, recebeu uma mensagem de null.
“Fiquei sabendo que está aqui na Itália. Eu posso te ver? Ou você vai me deixar esperando mais uma vez?”
Ela sorriu ao ler a mensagem. Claro que ele estava impaciente. Ela sabia exatamente como mantê-lo assim. Mas, desta vez, ela queria mais também. Queria ver até onde ele iria para conseguir algo que ela havia reservado apenas para ela mesma.
“infelizmente vim a trabalho e estou meio ocupada. Vou te deixar esperando um pouco mais. Quem sabe, se você for persistente o suficiente, eu te faço um favor e abra um espaço na minha agenda.”
Ela o provocava, mas havia uma energia crescente dentro dela. Não sabia se queria manter o controle ou finalmente se entregar ao desejo. O simples fato de que ele estava tão ansioso por ela a fazia sentir-se poderosa.
Menos de uma hora depois, ele respondeu:
“Eu não vou esperar mais. Onde você está? Eu vou até você.”
Ela podia quase sentir a tensão em suas palavras, e isso a excitava, ela conseguia sentir o sangue correndo quente em suas feias e seu corpo todo ficar em alerta. Ela já sabia como tudo isso acabaria, mas adorava o poder que tinha sobre ele.
Quando eles se encontraram no lobby do hotel, a atmosfera era elétrica. Ele estava mais perto dela do que nunca, e o jogo de palavras que ela estava tão acostumada a controlar, agora parecia estar fora de seu alcance. null estava mais à vontade do que ela imaginava, mas, ao mesmo tempo, ainda tinha algo em sua postura que a fazia pensar que ele também sabia o que estava fazendo.
“Agora não tem mais volta”, pensou ela, enquanto o observava se aproximar. null estava bem mais perto do que o normal, seu olhar fixo no dela, tentando ler suas intenções.
Ele estava determinado, mas ela não deixaria ele dominar tão fácil. Era ela quem mandava nas regras do jogo.
— Eu disse que te faria esperar, null. Você sabia o que estava fazendo ao me procurar, não é? — ela disse com um sorriso provocante.
Ele deu um passo mais perto e, sem perder a compostura, respondeu com uma voz suave, mas cheia de desejo:
— Eu gosto de um desafio, e você está me deixando cada vez mais curioso. Não vou esperar mais, não quero saber de jogos, eu quero você.
Ela sentiu o calor se espalhar por seu corpo. Ele estava ali, à sua frente, tão determinado, tão certo de si. E, pela primeira vez, ela estava começando a questionar: E se ele realmente conseguiria quebrar essa barreira?
Mas, antes que qualquer coisa fosse dita, ele a puxou para si, envolvendo-a em um beijo intenso, rápido e inesperado. Ela podia sentir o desejo dele, mas também a sua urgência, algo que ela não via com frequência. Ele estava tão imerso no momento, que isso a fez perder um pouco o controle e esquecer que estavam fazendo aquilo em público e ali.
A princípio, ela se manteve firme, tentando manter a postura, mas não resistiu ao beijo. Ela sabia como fazer isso funcionar, sabia que ele estava começando a se perder nesse jogo, mas ao mesmo tempo, algo estava mudando. Ela estava começando a querer mais também.
Quando se afastaram, ofegantes, ela disse:
— Você pode até ser bom em conquistar, null, mas eu sou a rainha do jogo. E você só está começando a entender as regras.
Ele sorriu de volta, um sorriso cheio de confiança e algo mais. Algo que ela não poderia ignorar.
— Eu vou aprender rapidamente, prometo.
E ali, no lobby do hotel, as regras tinham mudado. Ele não estava mais apenas atrás dela para a sedução. Ele queria algo mais. E ela sabia que, talvez, ele fosse o primeiro homem a desafiar seu controle de verdade.
— Vamos subir. — Ela pegou firme na mão dele e foram para o quarto em que ela estava hospedada.
O tempo foi passando, e cada vez mais, ela via se envolvendo. Os encontros, as conversas, a forma como ele a fazia se sentir especial... Ela sabia que estava ficando vulnerável. Não era algo que ela procurava, mas ali estava, batendo em sua porta. Ela sabia que estava se apaixonando, e isso a deixava assustada.
Ela tinha a vida dela, a carreira dela, a liberdade que sempre prezou. Ele estava do outro lado do mundo, e um relacionamento à distância não era fácil. Ela pensava em todas as vezes que poderia ter voltado atrás, dado menos espaço para ele, mas o que sentia por ele agora era real. E ela não conseguia mais ignorar isso.
No entanto, ela não sabia se estava pronta para mudar o rumo da sua vida por causa disso. Não era só a distância que a preocupava, mas a ideia de depender emocionalmente de alguém, de ter que dividir sua vida com outro ser humano de uma forma que ela nunca tinha feito antes.
Um dia, enquanto estava em uma reunião de trabalho, ela recebeu uma mensagem dele.
“Estou indo para o Brasil em duas semanas. Vamos nos ver?”
Ela parou tudo o que estava fazendo. Ele vinha até ela. A ideia de vê-lo ao vivo novamente a fez sentir uma mistura de ansiedade e excitação. Ela nunca foi de se entregar fácil, mas ele estava deixando tudo mais difícil. Ela sabia que, quando o visse, não seria mais só um jogo. Ela teria que decidir o que fazer com os sentimentos que estavam tomando conta de si.
Ao se encontrar com ele novamente, no Brasil, ela sentiu um nó na garganta. O desejo, a tensão, tudo estava ali, mais forte do que nunca. Mas o que ela não esperava era que, ao olhá-lo nos olhos, soubesse que havia mais ali do que um simples caso de amor à distância. Ela estava apaixonada por null null. E, pela primeira vez, ela não sabia se isso a assustava mais ou a excitava. O jogo, que parecia ser dela desde o início, havia virado um jogo de dois. E ela estava pronta para viver esse novo desafio, mesmo que isso significasse perder parte de sua liberdade para viver uma história de amor com um homem que morava do outro lado do mundo.
null, com seu olhar sério e sorriso leve, se aproximou, como se soubesse o que estava passando pela cabeça dela. Ele a beijou de forma intensa, como se soubesse que, a partir daquele momento, nada mais seria o mesmo. E, assim, o jogo terminou... mas, ao contrário do que ela imaginava, o amor estava apenas começando.
Fim
Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Pois é, minha nova obsessão turca está entre nós!! se não conhecem Can Yaman, vão la ver as fotos dele, não vão se arrepender. kkkkkkk.Espero que goste e não esquece de comentar, ok?
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
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