That Night in the Egg Club

Última atualização: 01/06/2017

Capítulo Único

null olhou calmamente para seu reflexo. Estava bonita e se achava bonita, isso até ver entrar em seu quarto uma das pessoas que ela mais amava no mundo, sua melhor amiga.
- Tem certeza que vai com essa roupa? – perguntou null olhando criticamente para as roupas da amiga.
- Absoluta. Por quê? – começou a ficar insegura. – O que tem de errado nela?
- Nada. – comentou, fitando as unhas. – Só acho que se você trocasse essa sua roupa por uma mais... sexy... ficaria melhor.
- null... – null deu um suspiro cansado. – Nós não estamos indo para a boate para pegarmos todos.
- Ah não null. Você não vai estragar a minha noite reclamando que sente saudades dele.
Elas tinham um trato: Não iriam citar o nome do ex-namorado de null que havia simplesmente sumido do mapa sem dar satisfações para a garota e após 3 semanas enviara um postal do Hawaii dizendo ter se mudado para lá a trabalho. “Trabalho, sei.” Pensou null, lembrando-se de uma foto no facebook dele com a nova namorada.
- Eu sei que ele não presta... mas eu ainda o amo.
- null. Esquece aquele paspalho. – foi até o guarda-roupa da amiga e separou algumas peças, que depositou em cima da cama da amiga, esperando que ela se trocasse. – Você vai ficar linda e glamourosa nessa roupa e vai esquecer ele nem que seja por uma noite. PeloamordeDeus mulher! É seu aniversário e eu não vou te deixar ficar se lamuriando com quem seguiu em frente sem você.
- Sabe null... – começou null, enquanto se trocava. - ...você é péssima em apoiar as amigas.
- Mas pelo menos eu falo umas verdades que devem ser ditas. – retrucou, mostrando a língua para a amiga e indo ajeitar a saia.
- Só uma pergunta, amora.
- Diga. – null se virou com um sorriso.
- Quantos você quer pegar hoje? Porque amiga, vestida assim, você está gostosa demais.
- Nós estamos gostosas! – a outra retrucou rindo, abraçando a amiga. – Vamos? null e null estão nos esperando na boate.
As duas saíram da casa e foram até a estação de metrô mais próxima. Conversavam animadamente, null tentando distrair a amiga de qualquer pensamento referente a ele. Mesmo que 4 meses já houvessem se passado, sabia que a dor para a amiga ainda era recente.
Assim que o trem chegou à estação Kings Cross, desembarcaram e foram andando por uns 15 minutos até alcançarem o número 200 na York Way. Era o endereço da Egg Club, uma das melhores boates da cidade. A fila já estava gigantesca, como sempre, mas era para isso que suas amigas haviam ido mais cedo, para garantir seus lugares. As viram próximas a entrada e se apressaram para alcançá-las antes que fosse a vez delas entrarem.
Sorriram umas para as outras enquanto corriam para a pista de dança. null dançava empolgada, já que com a roupa que vestia, não corria riscos de mostrar partes indevidas do corpo. Já null, apesar da empolgação, se controlava nos movimentos para que sua saia não revelasse muito, já que optara por uma roupa mais básica. null não ficou muito tempo na pista, logo correu para o bar, pegar bebidas para todas.
null e null trocaram olhares, rolando os olhos. Sabiam que a amiga iria fazer isso. Ela sempre insistia em fazê-las beber... muito.

As quatro amigas se divertiam muito. null recebia cantadas da maior parte da ala masculina presente, enquanto null estava grudada em um garoto, em um canto da boate, null havia sumido e null estava no bar, conversando com o garçom gente fina.
Foi com incrível surpresa que null notou que null havia retornado, afoita.
- O que aconteceu, quer tirar o pai da forca?
- Não... mas quero dar um presente de aniversário decente para a minha melhor amiga. Vem comigo.
- Para onde você tá me levando? – Perguntou enquanto sentia sua mão ser segurada com força pela outra e estava sendo levada por algum caminho entre a grande quantidade de pessoas. – E as meninas?
- Só cala a boca e me segue.
null deu de ombros. Não podia fazer nada quando null ficava empolgada desse jeito. Prestou atenção ao caminho que fazia, então olhou interrogativamente para a amiga.
- Você está me levando até o Loft?
- Já que descobriu para onde estamos indo, só fica quieta e vem. – null retrucou com um sorriso.
- COMO você conseguiu que te liberassem entrada no Loft?
- Simplesmente porque eu sou foda.
- O que você fez? – tornou a perguntar enquanto via que a entrada era liberada. – Aqui é tipo... a área VIP do Egg Club.
- Sou amiga do segurança... apresentei a namorada dele para ele.
- Você tem uns contatos desse e nem me avisa?
- Não seja boba. – rolou os olhos enquanto andava até uma das poltronas brancas. Sentou-se e bateu a mão ao lado, para que a amiga sentasse ao seu lado.
- Que tal apenas curtir a noite?
- Tudo bem null. Vou curtir a noite.
- Ótimo! – null se levantou e correu para o bar. Pediu duas bebidas e logo voltou com dois copos na mão, um para ela e outro para a amiga. – Hoje é seu dia null. E já que você não quer conhecer ninguém interessante... vamos para Nárnia juntas.
Ir para Nárnia, no vocabulário das amigas, significava ficar realmente muito bêbada, ficar alta. Elas começaram a usar o termo depois de ouvir alguns amigos usando o mesmo termo quando combinavam de ingerir LSD. Como não usavam drogas, passaram a usar entre elas como um termo para beber.
- Aslan que nos aguarde!
Brindaram antes de virarem seus copos e beberem o líquido do interior em grandes goles.
Não demorou muito para começarem a ficar bêbadas. null ria de qualquer coisa, enquanto null elogiava qualquer pessoa que passasse em sua frente. Decidiram então que deveriam ir embora e esconder o Um Anel, antes que Voldemort viesse atrás delas. Conversa de bêbadas.
Foram andando de passos trocados pela rua, o ar frio da noite trazendo um pouco de sobriedade para elas. Foi quando se lembraram que esqueceram de avisar null e null que estavam indo embora. Voltaram um pouco no caminho, mas tiveram que parar quando null começou a passar mal, sentando-se no chão.
Foi nesse estado que foram encontradas quando um carro parou ao lado delas.
- Precisam de ajuda?
A voz era grave, masculina.
- É minha amiga, ela...
O homem olhou para o fim da rua, onde podia visualizar a boate. Deu um sorriso torto.
- Estavam na boate, certo? Isso é bebedeira mal resolvida. Vamos. Nós te levamos até a casa de vocês.
null finalmente levantou o rosto para ver quem falava. Um moreno e um loiro estavam no carro, olhando para elas. Seus olhos se abriram levemente em reconhecimento, afinal, desde sua adolescência os via constantemente na televisão e nos canais de fofocas.
- Er... Obrigada... Vamos null. – Ajudou a amiga a se levantar. Lentamente abriu a porta do banco do carona. Entrou com ela e finalmente tornou a olhar para o caronista. – Muito obrigada Sr. Judd. Somos null null e null Oliveira.
- Ok. Senhoritas null e Oliveira. Me chamem de Harry e me digam onde devo deixá-las.
null passou o endereço enquanto conversava com null, tentando deixá-la consciente.
- Olha null! Parece o Harry Judd e o Dougie Poynter. – ela disse, rindo escandalosamente, sendo logo acompanhada por Dougie.
- Ela está incrivelmente bêbada. Por que você não está como sua amiga?
- Eu estava pior... O vento me deixou melhor. – deu de ombros. Virou-se para a amiga. – null, são eles.
- Nossa! O Judd é mais gostoso pessoalmente do que pela televisão!
- null... Fica quieta!
- Por quê? Não é você quem diz que a verdade tem que ser dita, doa a quem doer? Se ele é gostoso, eu tenho que falar que ele é gostoso.
null ficou incrivelmente vermelha ao ouvir as risadas na frente. null Sincera... um dos efeitos colaterais de quando ela bebia.
- Você também deveria falar a verdade. Você vive falando que queria pegar o Poynter de jeito. Por que não tá pegando ele de jeito?
- ! Só... Cala.A.Boca.
Os risos na frente aumentaram. null ficou mais vermelha do que estava. Logo viu que a amiga finalmente atendera o seu pedido e ficara quieta. Um rápido olhar para ela e concluiu que a amiga capotara. Ótimo! Teria que arrastá-la até o quarto dela.
- Chegamos! – anunciou Harry ao entrar em sua rua. – Qual a casa?
- Aquela com o portão amarelo.
Harry manobrou agilmente o carro até parar lá na frente.
- Entregues senhoritas.
- Obrigada! – null falou, dando pequenos tapas na cara de null, para fazê-la acordar.
Judd rapidamente desceu do carro e abriu a porta do lado de null, logo a pegando no colo.
- Mas o quê...?
Dougie deu um sorriso, pegou a chave do carro e chamou por null.
- Vamos?
A garota estava estupefata. Os dois realmente estavam esperando na porta de sua casa, com null desmaiada?
Correu para abrir a porta da casa para que eles pudessem descarregar a amiga.
- A coloca no sofá, para ela aprender a não desmaiar de bêbada no carro dos outros.
Harry riu e fez o que ela pediu.
- Aceitam alguma coisa? Água, cerveja, suco?
- Não obrigado.
- Teria panquecas? – Dougie perguntou com um sorriso.
- Não. Panquecas nessa casa é só no café da manhã... e feitas pela null.
- Ótimo, podemos voltar no café da manhã?
- Dougie! – Harry falou, rolando os olhos, exasperado, enquanto null dava uma risadinha incrédula.
- Harry! Você está interessado na null desde que botou os olhos nela, dentro da boate. Só estou arrumando uma desculpa para vê-la novamente, gostoso.
- Se é assim, podem voltar de manhã. – null comentou, ainda incrédula que eles fossem realmente voltar.
- Pronto Dougie! Vamos embora. – Harry falou, puxando o amigo pelo colarinho da camisa. – Boa noite null.
- Boa noite, e desculpe o incômodo.
- Tchau null! Até o café da manhã.
Ela fechou a porta de sua casa e trancou, dando um sorriso incrédulo. Sua viagem para Nárnia tinha sido mais estranha do que o comum. Pelo menos, da última vez, Draco Malfoy era quem aparecia para salvá-las. Fantasioso. Dessa vez estava muito... real... Subiu para seu quarto e deitou-se em sua cama como estava.

Claridade e um barulho contínuo, era isso o que incomodava tanto null que a tirou do mundo dos sonhos.
Acordou tonta, com a cabeça doendo. Sentou-se lentamente, se perguntando como viera parar no sofá, sendo a última coisa que se lembrava da noite anterior era estar bebendo na Egg com null. O barulho que a incomodara tornou a se repetir. Era um celular tocando em cima do aparador, na entrada de casa. De quem era o aparelho? Sabia que null não iria levar nenhum cara para sua casa com ela estando daquele jeito, então...
Pegou o celular e viu um nome no visor: Harry Judd.
No mesmo instante a campainha tocou. Ainda surpresa, null foi andando lentamente até a porta, dando de cara com Dougie Poynter.
- Oi null! Acho que esqueci o meu celular aqui ontem. – Ela apenas esticou o aparelho para ele, muda. – Olha! Não é que estava aqui?!
Era cinismo na voz dele?
- Oi Harry, – ele atendeu a chamada com um sorriso. – tudo bem com você?
null abriu espaço para ele, como se o convidando a entrar, convite rapidamente aceito por Dougie que, se fazendo em casa, logo foi até o sofá e se sentou.
- Estou aqui na casa da null e da null. Esqueci meu celular aqui e vim buscar. Acho que vou aproveitar e comer aquelas panquecas que a null prometeu! Você poderia vir me buscar?
Sem dizer mais nada, null voou até o andar de cima e entrou no quarto de null, pulando em cima dela para acordar a amiga.
- O que Dougie Poynter está fazendo em nossa sala, falando de panquecas que você prometeu para ele?
- Ele veio mesmo?!
- Ele chamou o Harry JUDD para vir também!
- O que você está esperando para ir trocar de roupa?
Então um flash passou pela mente de null: “O Judd é mais gostoso pessoalmente do que pela televisão!
Gemeu ao se recordar de ter dito isso em voz alta. Arrumou-se rapidamente e logo estava descendo para encontrar null e Dougie conversando como velhos amigos.
- Então null? As nossas panquecas saem hoje ou o quê?
- Dougie! Deixe de ser abusado! – disse uma voz, vindo do lavabo. null se virou lentamente para encarar Harry Judd. – Bom dia!
- Olha só! Ela ficou corada! – null disse animada.
- Mas quando ela o chamou de gostoso ontem ela estava super de boa.
- null Sincera.
Os dois concordaram com as cabeças, vendo os dois amigos se encarando.
- Olá! Terra para null. Panquecas! Tenho fome e nossos convidados também! – null disse com um sorriso.
- Er... sim. Panquecas. Vou fazer, me deem alguns minutos. – e correu para a cozinha.
- E lá vai o Harry atrás dela... – comentou Dougie, recostando as costas no sofá e tornando a conversar com null.

null estava batendo os ingredientes quando sentiu dois braços fortes a abraçando por trás e alguns beijos sendo depositados em sua nuca. Sorriu ligeiramente enquanto ele repousava a cabeça em seu ombro e falou com a voz rouca.
- Por que você está tão concentrada?
- Estava pensando.
- No que?
Abandonando o que estava fazendo, se virou e o abraçou pelo pescoço.
- Naquela noite que você e o Dougie resgataram a mim e a null na Egg. E depois apareceram em nossa casa pela manhã, querendo panquecas. E em muitas manhãs seguintes.
- É porque as suas panquecas são as melhores da cidade.
- E só por causa disso que você me pediu em namoro?
- Isso e porque você fica realmente sincera quando bebe, é divertido. Mas voltando às panquecas... Acho bom voltar a fazê-las, antes que aqueles dois esfomeados que nos visitam todas as manhãs entrem por aquela porta, reclamando.
null riu ao ver que era verdade, quando Dougie abriu a porta da cozinha e gritou para a namorada:
- Tá vendo null! Eu falei que eles iam ficar se agarrando aqui e iam se esquecer de nós dois.
Rapidamente se desvencilhando dos braços de Harry, null voltou a fazer as panquecas para os amigos, agradecendo mentalmente por aquela noite.




Fim...?



Nota da autora: Essa fanfic foi escrita em 2012 para o aniversário de uma das minhas melhores amigas. Por motivos que eu não sei, ela não entrou no site antes. Então espero que aproveitem essa história escrita 5 anos atrás.
Kah Chaves





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