Fanfic finalizada em outubro de 2014

Surpreendentemente, meus pais tinham decidido não viajar naquele Natal. Meus avós estavam passando o feriado em Londres também, resolveram todos se juntar naquela ceia típica de família, onde cada um leva um prato e todos se reúnem à mesa perto da meia-noite. Eu adorava aquela época do ano por causa disso, a união de todos, apesar dos pesares. Mas embora todo aquele clima alegre estivesse me rodeando, eu ainda sentia um pequeno vazio por pensar em e Susan sozinhos em Cardiff.
Fazia quatro meses que eles haviam se mudado, e desde então eu e meu namorado – que engraçado dizer isso – vínhamos nos falando por telefone e Skype sempre que podíamos, o que, se levar em conta que estávamos no último ano do colégio, era pouco. Durante o recesso, combinamos de nos falar todos os dias, mas ele tinha desaparecido nos últimos dois. Nem mesmo as mensagens que eu mandava pelo celular eram respondidas, e meu coração ficava apertado cada vez que eu olhava o visor e não havia nada lá. Por Deus, onde ele tinha se enfiado e por que me ignorava? Eu sempre soube que aquela história de namoro à distância era furada, e agora recebia a comprovação.
! – ouvi minha mãe me chamar do outro lado da sala, levantando o rosto para procurá-la. – Vem tirar foto, filha!
– Ai, mãe... – choraminguei. Não queria aparecer em foto de família com aquela cara de bunda causada pelo sumiço de .
– Vem logo, chata! – disse Noel, entre a tia Margaret e Ruby, que segurava o pequeno Callum no colo. Logo surgiu o coro de “Vem, ” pela voz dos meus parentes, e não pude pensar em recusar. Deixei a bolsa sobre a cadeira e me uni a eles, sendo abraçada por Erin, a prima mais velha.
– Vê se sorri de verdade, porque essa cara de saco cheio tá me irritando – sugeriu ela, apesar do tom, sorrindo. Ri do seu comentário, aproveitando para posar daquela forma para a foto. Poucos segundos depois que os flashes da câmera sobre o tripé dispararam, Erin me pediu para tirar mais fotos, tornando-me a paparazzi do evento. Pelo lado positivo, as fotos no facebook ficariam melhores que se minha mãe as tirasse, e também eu não precisaria forçar alegria, já que seria a pessoa por trás das lentes.
– Vô, fica quieto, ou o senhor vai sair com careta na foto – chamei sua atenção, focando nele e Erin.
– Tá caindo neve do céu! – disse Callum, do alto do sofá. Em menos de um minuto, ele estava nos lugares mais impossíveis da casa. Eu me perguntava como a tia Ruby aguentava.
Bati a foto e fui para a janela rapidamente, para checar. Floquinhos pequenos caíam rapidamente, sobre a grama já branca no jardim.
– Vem colocar o casaco pra ir – ouvi minha tia dizer, e mesmo sem ser comigo, fui atrás de um agasalho. Após vestir o meu, peguei o de Noel para irmos juntos. Ele se vestiu rapidamente, tão ansioso quanto nosso primo mais novo.
– A neve tá leve – observou, com o nariz enrugado, quando atravessamos a porta da sala. Ri do seu comentário, caminhando mais à frente e parando no meio do gramado. – Ela tá branquinha ou tá como gelo?
– Branquinha, branquinha – respondi, fechando os olhos para sentir a neve como ele. As sensações eram melhores quando eu as sentia como meu irmão. O mundo parecia lúdico. E a neve era realmente leve, naquela noite. – Você já fez anjinho?
– Aquele de deitar na neve? – assenti à sua pergunta. – Já, mas vamos fazer mesmo assim!
Noel se jogou no tapete de gelo, meio desajeitado, fazendo-me escorregar e cair de bunda ao seu lado. Ele gargalhou com o som, e não tive outra escolha, senão acompanhá-lo, mesmo com a dor. Afastei-me um pouco, para dar espaço para fazermos os desenhos. Callum nos imitou pouco depois, Erin também. Meu pai tirou uma foto da última geração da família deitada no chão antes de tia Margaret nos chamar para abrir os presentes.
Era daquilo que eu precisava para esquecer , estar próxima de verdade da minha família. Estávamos todos reunidos ali para comemorar, e não para pensar nos problemas externos. Se o Natal fosse para preocupações, passaríamos sozinhos. Eu não ia me deixar levar e pensar que estava sozinha, abandonada pelo namorado desaparecido. Ele que se danasse, a noite de Natal era minha e da minha família.

Fui a primeira da casa a acordar, de manhã, pois também tinha sido a primeira a me deitar. Com um mundo de pessoas deitadas sobre colchões na sala, caminhei na ponta do pé para chegar ao outro lado, onde estava a bolsa abandonada ao lado do pinheiro de Natal. Meu celular, que estava sobre a bolsa, não tinha nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Que merda, ! Abri a bolsa para jogá-lo de volta ali, de onde não devia ter tirado desde a noite anterior, e notei que o aparelho não cabia mais. Remexi meus pertences, encontrando uma caixinha de veludo. Olhei ao redor, para checar se era mesmo a única acordada, sem precisar de muito esforço para confirmar.
Sentei-me na cadeira e abri a caixinha, havia uma única aliança prateada, que desencaixei do suporte, notando algo talhado no interior. “Meu , 29.08.2011” Soltei um guincho, tapando a boca em seguida, para não acordar a casa inteira.
– Babaca! – murmurei, rindo e me segurando por conta das lágrimas que pareciam querer saltar. Ele não tinha me esquecido, tinha me sabotado.
Procurei minha mãe pela casa, implorando para voltarmos para casa quando a encontrei e acordei, no quarto de hóspedes.
– Nós só vamos depois do almoço – disse ela, sonolenta.
– Mas, mãe, preciso voltar agora – resmunguei, nervosa pela enrolação. Era algo tão rápido, por que não podíamos ir para casa e voltar? – Posso ir sozinha? Eu volto pro almoço.
– Sossega, .
– Mãe! – soltei em um fio de voz, mas ela não respondeu mais. Respirei fundo, não conseguindo controlar a frustração. Eu queria bater o pé e choramingar como Callum faria, até conseguir o que pedia, porém, na atual situação, só conseguiria um esporro. Então me dei conta de que a caixinha não aparecera na minha bolsa por mágica, alguém a tinha colocado ali enquanto eu estava distraída. – Foi você, né?
– Eu o quê? – de costas, minha mãe somente virou o rosto o suficiente para me encarar. Ergui minha mão esquerda, um pouco trêmula, mostrando a ela a aliança. Pude reparar que meu pai também estava acordado, mas não falava nada; ao ver meu presente de Natal, ele sorriu de leve.
– Por que vocês não me deram ontem à noite? – indaguei, me controlando para não chorar de felicidade pela joia, de saudade por não estar ali.
mandou pelo correio no começo da semana, ele pediu na carta pra que você abrisse só quando estivesse sozinha. – ela se ergueu, ficando sentada à minha frente. – Como aqui não ia ter um segundo em que você ficaria sozinha, achei melhor pôr na sua bolsa quando você foi dormir.
Por isso esse idiota estava fugindo de mim, pensei comigo mesma. E na verdade, a idiota era eu por pensar que ele havia simplesmente me deixado de lado. Depois de tanto tempo fazendo nossa relação dar certo, não jogaria tudo para o alto de um dia para o outro, principalmente no Natal. Do jeito que ele era, provavelmente estava me evitando para que sua ansiedade não acabasse estragando toda a surpresa. Eu apostava – e ganharia – que, no exato momento, ele estava ansioso por qualquer sinal de que eu recebera o presente, para só então me responder.
– Eu preciso falar com ele – disse à minha mãe, decidida a ir para casa mesmo que ficasse de castigo depois. Dei um passo para trás, pronta para fugir antes que alguém pensasse em me impedir. – Eu juro que volto depois, mas... Tchau!
Com uma velocidade impressionante até mesmo para mim, juntei minhas coisas e escapei da casa da minha avó, andando em passos rápidos pela rua para não parecer uma maluca correndo em pleno dia de Natal. A principal via do bairro estava interditada pela neve, que havia quebrado um galho enorme pelo peso sobre as árvores já antigas da vizinhança. Respirei fundo, lembrando que, além do tempo fechado e da possibilidade de neve a qualquer momento, era feriado e os ônibus demoravam mais que o normal.
Parabéns, ótima ideia, .
Fucei minha bolsa atrás da minha carteira; tinha somente o fim da minha mesada, pouco mais que dez libras. Ironicamente, havia gastado mais que devia com os presentes de e , um colar simples, de prata, e uma camiseta oficial do Chelsea – que eu o entregaria assim que nos encontrássemos novamente. Nem mesmo para o táxi serviam os meus trocados, ou eu esperava, ou eu esperava.
Conformada, caminhei por mais ou menos quinze minutos até chegar em outro ponto de ônibus que não tinha sido prejudicado por nenhum imprevisto da natureza. Bendito dia que meus avós decidiram morar longe do metrô, minha vida seria mais fácil agora se eles não andassem só de carro. Sentei-me no banco úmido depois de passar a mão sobre ele, já não ligando mais para pequenos infortúnios. Não conseguia passar um minuto completo sem olhar para os lados, em busca de qualquer sinal de um ônibus, e para o celular, imaginando em que instante daria o ar da graça.
Peguei os fones de ouvido, já que o tempo não passaria mais rápido só porque eu queria. Tinha parado no meio de uma música no dia anterior, e não tinha sido por culpa do shuffle que era uma do James Morrison, o narrador de toda a minha vida amorosa sem mesmo me conhecer. Somado ao fato de eu estar sozinha e morta de saudades do meu namorado, o resultado foi inevitável: comecei a deixar as lágrimas descerem, pouco a pouco encharcando meu rosto. Estar longe de doía tanto quanto antes, quanto a primeira vez que me vi sem ele. A dor era igual, porém a razão era completamente diferente, uma vez que eu sabia, agora, que ele estava em segurança.
Com a visão turva, comecei a digitar uma sequência de palavras que, sinceramente, não faziam o menor sentido, tamanho meu nervosismo e ansiedade por falar. Meus dedos não acompanhavam meus pensamentos, e por muitas vezes acabei me perdendo no que parecia ser quatro frases, mais ou menos resumidas em “Tá difícil ficar tanto tempo sem você”. Por fim, enviei em seguida uma foto da minha mão pálida de frio, com a aliança fina de prata muito bem colocada no anelar.
Confirmando minhas suspeitas, ele estava, sim, esperando o momento certo para aparecer. Quando apareceu nossa foto do baile de julho no visor, demorei até me recompor para atendê-lo.
Oi, – seu tom de voz era tranquilo, talvez ele tivesse confundido meu desabafo um tanto desesperado com surpresa e felicidade. Fiquei alguns segundos em silêncio, embora tivesse aberto a boca para tentar falar. – ? Tá tudo bem?
– Não, ... – foi impossível mentir, dizer que eu estava bem com aquela situação. – Não tá tudo bem. Também não tá tudo uma merda, mas parece que chegou bem perto disso.
O que houve? – preocupado, ele perguntou rapidamente. – Onde você tá?
– Tô na rua, esperando o ônibus pra voltar pra casa – expliquei, fungando e secando os olhos com as mãos, meio desajeitada. – Eu queria voltar logo pra falar com você, mas tudo que podia dar errado, deu. Agora eu tô no ponto de ônibus, sozinha, chorando igual a uma retardada.
Eu tô aqui, calma.
– Não, não tá. – Apertei minhas unhas contra as palmas das mãos, dentro dos bolsos. – Não tá e nem tão cedo vai estar. Eu nem sei quando a gente vai se ver de novo, e já fazem quatro meses desde que nos despedimos. Eu só tenho sido cobrada de todos os lados por causa da universidade, e com a única pessoa que eu poderia me abrir, mal consigo ter uma conversa longa. Sei que a sua vida não tá um mar de rosas também, mas tá cada dia mais difícil ter que me contentar com só uma horinha ou duas pela internet... – respirei fundo mais uma vez, minha voz afinando a cada frase. – Eu queria você aqui de verdade, .
Ele não soube o que dizer, pois certamente concordava comigo. Talvez soasse como egoísmo eu despejar minhas frustrações e cobrar dele algo que ele não poderia me oferecer, mas eu não queria ser egoísta. Eu só precisava descarregar, esvaziar meu peito, para que aguentasse mais um pouco.
– Não quero que você pense que quero terminar – voltei a dizer, ainda oscilando junto à minha respiração. – Eu não quero ficar sem você, apesar de só ter um pouquinho. É melhor que não ter nada.
Eu vou ficar maluco desse jeito, sabia? – sua voz nasalada pareceu estranha para mim. – Não queria que a gente estivesse como está agora, com você a quilômetros de distância, mas você mesma disse, é melhor que não ter nada. Eu não tenho mais tanta coisa pra me apegar, você é uma das poucas que eu faço questão de ter. Mas nem tudo tem sido as mil maravilhas, tá complicado pra mim. Tô tentando fazer o meu máximo, mas em plena véspera de feriado minha mãe bateu o carro e teve que ir pro hospital.
Como se fosse possível, senti meu interior mais gelado que qualquer lugar de Londres naquele segundo.
Ela tá bem, foi só um susto e um pé quebrado, a dor de cabeça maior foi fazer os exames e ter que passar o dia em função dela – enquanto ele me contava, não conseguia não me sentir o pior ser humano da Terra. – Eu juro que não sumi de propósito, , só acabei esquecendo por estar com tanta coisa na cabeça. Eu nunca vou te deixar sozinha, confia em mim.
– ... – mais uma pausa entre nossas falas, por vergonha minha. – Me desculpa.
Você não precisa se desculpar – o ouvi fungar também. – Eu não disse nada, não tinha como você adivinhar.
– Você tá chorando? – perguntei em um fio de voz, escondendo o rosto entre as mãos.
Não! – rapidamente ele tentou se recompor. – Quem disse que eu tô chorando?
– Sua voz mudou – observei, apesar de estar tampando um pouco a boca e dificultando o microfone de enviar qualquer coisa.
É um cisco que caiu no meu olho, e eu tô resfriado, aí...
– Uhum – ri baixo, abaixando novamente as mãos, girando a aliança no dedo. – ?
ele respondeu, fazendo-me rir de novo.
– Adorei o presente.
Eu te amo, – disse ele, sem mais nem menos, pegando-me de surpresa. Durante todos os meses em que estivemos juntos, suas demonstrações de afeto foram todas minuciosamente planejadas, uma vez que ele tinha medo de se entregar de uma vez e perder tudo. E acompanhando o medo dele, eu me continha para não o assustar, embora soubesse há muito mais tempo que eu o amava de verdade. Controlava-me, principalmente, por não saber o momento certo para lhe dizer. Ouvir aquelas três palavras conseguiu aquecer meu peito como nada poderia ter feito, naquela manhã de inverno.
– Eu também te amo – murmurei em resposta, ainda desacostumada com as palavras dentro do contexto. – Eu te amo tanto que dói.
Mas é uma dor ruim, que nem dor de gases?
– Não! – gargalhei, sem ligar para quem pudesse me ouvir. – Você é ridículo, !
Mas você me ama mesmo assim – ele contou vantagem, pelo tom de sua voz, sorrindo mais que o normal.
– Mas eu te amo mesmo assim – repeti, mais para mim mesma que para ele. – Feliz Natal, .
Feliz Natal, minha .
Ficamos assim, em silêncio, por mais um tempo, digerindo tudo que havia acontecido. A vontade de estar perto era tanta que saber que o outro estava do outro lado da linha era suficiente, não precisávamos forçar assuntos.
, e o meu presente?
– Você vai ter que vir buscar, fiquei pobre depois de comprar – apesar de ser verdade, falei como uma brincadeira. – Se bem que você também deve ter ficado, né...
Digamos que eu tive um patrocínio riu fraco, levando-me a fazer o mesmo. – Mas não desconversa, qual o meu presente?
– Já disse, você só vai saber quando vier buscar – mordi o lábio, as bochechas ficando avermelhadas mesmo que ele não pudesse me ver.
Que droga, hein... – ouvimos Susan chamá-lo ao fundo. – Preciso desligar. Fica bem, .
– Ok, você também – resmunguei, murchando no mesmo instante. – Até mais, .
Até semana que vem.
E desligou, deixando-me primeiramente confusa.
Depois de confusa, surpresa.
E por último, novamente aquecida de felicidade.

FIM


Nota da autora: (02/10/2014) Oie!
Faz um ano e um bocado que Theater finalizou, e teoricamente esse especial era pra ser do Natal passado, mas eu sou enrolada, vocês sabem. HAHAHA
Então, o que vocês acharam do primeiro "Eu te amo" deles? Não tinha como ser nada mirabolante, senão ia acabar ficando fora de contexto com relação ao fim da fic, mas só nesse pedacinho já deu pra ver a dificuldade que foi o namoro dos principais. O até ficou mais maduro, olha que milagre! HAHAHA
Enfim, vou ficando por aqui. Espero que tenham gostado e matado a saudade de Theater assim como eu ♥
Beijo, beijo,
Abby.





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