• Capítulo 1


  • TINDER

    Capítulo Único

    Certo. Eu provavelmente acabei de dar match no tinder com o cara mais gato que eu já vi na vida.

    Enquanto a água do café estava esquentando, me vi no dilema entre mandar uma mensagem ou não para um total desconhecido, em um aplicativo de relacionamento. ainda estava dormindo, então decidi que ia resolver essa questão quando ela acordasse, para me ajudar a pensar melhor.

    é minha melhor amiga e fomos vizinhas a vida toda em Nova York, até ela se mudar para Boston. Estudamos juntas na mesma escola, fizemos vários planos de morarmos juntas na época de faculdade e cursar medicina, então quando ela foi aceita em Harvard, uma das melhores faculdades do mundo – se não a melhor, nós não poderíamos ter ficado mais felizes. Ela é um ano mais velha do que eu e acabou indo primeiro, já que eu não tinha concluído o colegial e não podia ir para a faculdade ainda. Mas como amava aquela cidade e a companhia dela, em qualquer oportunidade de passar um final de semana ou alguns dias lá, eu estava topando. Então quando começaram as férias do meio do ano, a primeira coisa que eu fiz foi pegar um avião para ir passar esse tempo com ela, só curtindo.

    Eu não era muito de festas grandes, mas gostava muito de uma social em casa de amigos. Bebíamos pra caramba, ficávamos chapados e ninguém enchia nosso saco. Meu ex-namorado sempre ia comigo para as viagens e tudo ficava perfeito e completo. Então quando ele terminou nosso namoro de 2 anos, porque não se sentia mais conectado comigo, eu fiquei arrasada. Como foi no começo do semestre, eu ainda tive que olhar para a cara dele por uns bons 6 meses antes de vir para Boston e quando voltasse, iam ser só mais 6 meses para terminar o colegial e pronto! Faculdade.

    E por esse motivo estou aqui, com o tinder aberto, pensando se devo ou não fazer isso.

    Sexo? Já.

    Sexo casual? Nunca.

    Afinal, tinha acabado de fazer 18 anos e só tinha transado com um cara na vida. Meu namorado. Ex-namorado.

    Guardei o celular no bolso e decidi que por enquanto ia manter as coisas do jeito que estavam.

    Terminei de preparar o café e sentei no sofá da sala pra assistir Netflix. Já estava no terceiro episódio seguido de Suits quando decidi que não queria mais ficar sentada enquanto dormia. Coloquei a xicara em cima da mesinha de centro e subi as escadas direto para o quarto. A garota ainda estava dormindo que nem uma pedra. Joguei um travesseiro na cara dela e ela deu um pulo.

    – O que foi sua maluca? – ela sentou na cama, assustada.

    – Vamos fazer alguma coisa hoje, por favor! Nem que seja patinar no gelo ou ir no museu – sentei na ponta da cama e fiz biquinho.

    , por favor, museu é a coisa mais clichê do mundo, não acredito que você me acordou pra isso – ela falou escondendo o rosto no travesseiro.

    Bufei. Infelizmente ela está certa.

    - Dei match com um cara muito gato no tinder – falei descontraída e ela me olhou, levantando a sobrancelha.

    - Você? No tinder? – ela deu uma gargalhada – Isso só pode ser brincadeira.

    - Verdade! Besteira, não é? – me joguei na cama me sentindo estupida... Quer dizer? Quem usa tinder hoje em dia?

    - O que? Não! – ela gritou – É ótimo! Nunca mais vi você falando de homem depois do você sabe quem.

    E é verdade. Depois que você sabe quem terminou comigo eu fiquei um desastre e foi a pessoa que ficou do meu lado durante os últimos 6 meses, limpando minhas lágrimas por FaceTime. Foquei nas aulas e me distraia fumando um baseado. Essa era minha rotina. Não quis saber de homem até ontem à noite, quando decidi baixar o tinder só pra ver como funcionava. E não é que tinha muita gente gata? Dei match com várias pessoas, mas o que mais me chamou atenção foi ele. . Faz direito e tem 22 anos. O cara é o maior gato! Na bio dele só tinha a idade e o curso, então não sei a altura dele, mas se fosse chutar, diria 1,75 de pura beleza. Os cabelos pretos e olhos escuros só completavam a obra prima. Por que não, certo?

    - Pois é, ele é realmente um gato.

    - Deve ser! – ela falou animada – Deixa-me ver.

    Sentou ao meu lado, pegando meu celular e abrindo aplicativo. Vi sua feição ir de animada para chocada em 1 segundo e sua boca se abrir em um perfeito “o”.

    - Você vai sair com ele!

    - Quem disse? – falei dando um risinho.

    - EU! – Ela gritou – Não tem como perder essa oportunidade.

    Escutei um barulho de notificação e roubei o celular dela, abaixei o olhar para a tela e agora era eu que estava chocada. Ele tinha mandado mensagem.

    - Ele mandou uma mensagem – falei agora em voz alta, pra escutar.

    - O QUE? – ela gritou e pegou o celular da minha mão. Fiz uma careta, por que ela precisa gritar tanto?

    - Me devolve – puxei da mão dela de volta.

    - NÃO – ficamos nessa guerra de pegar o celular da mão da outra, até que eu peguei e levantei da cama indo pra longe dela.

    - Chata – ela me deu língua.

    - Quase você manda umas letras aleatórias pra ele, sua louca. – Dei língua de volta.

    “Oi linda”

    - Ele disse “oi linda” – falei em voz alta.

    “Tudo bem?”

    - E perguntou “tudo bem?”.

    - Eu já entendi que ele está falando com você maluca, agora vem aqui pra eu ver.

    Me aproximei da cama e sentei de novo.

    - O que eu respondo? Oi gato?

    - O que? Não. – Ela riu de mim e eu revirei os olhos.

    - Não tenho ideia do que falar, .

    - Aprende, !

    - Me ajuda? – ela deu de ombros e pensou um pouco.

    - Que tal responder só oi e perguntar se está tudo bem com ele também.

    - Pode ser – entreguei o celular pra ela – Tá, fala você.

    - Eu não vou flertar com um cara por você, !

    - Eu não sei flertar.

    - Eu sei – ela riu – Lembra quando a gente foi na casa do Joe semana passada e o amigo dele foi conversar com você sobre como seu brownie estava gostoso e você contou quando estava fazendo brigadeiro e passou...

    - No pau do meu namorado e queimei ele. Eu sei, eu sei – interrompi ela e cobri meu rosto com as duas mãos – Eu quase fui embora correndo de vergonha.

    - O garoto ficou assustado – ela continuava rindo de mim.

    - Por favorzinho, ! – aproveitei a deixa e implorei fazendo biquinho.

    Ela estreitou os olhos pra mim. – Te odeio, sabia?

    - Te amo – sorri e bati palminhas animadas. Ela pegou o celular e respondeu .

    - Agora a gente espera ele... – foi interrompida pelo barulho da notificação e olhou para o celular sorrindo animada – Responder – ela levantou o celular e mostrou que a notificação era dele. Digitou alguma coisa e jogou o celular pra mim.

    - Agora é com você. Não mande nada que eu não mandaria. – Falou e levantou indo em direção ao banheiro.

    :

    “Oi lindo”

    “Tô ótima e você?”

    :

    “Tô muito melhor agora! Hahaha 😉”

    :

    “Tão bem que não posso melhorar? :(”

    - SUA LOUCA! – gritei pra ela escutar – Agora ele vai pensar que sou atirada – choraminguei e vi sua cabecinha aparecer na porta do banheiro com uma escova de dentes enfiada na boca.

    - Ão é efi o obrretifo?

    - O que? Não entendi nada.

    - Não é esse o objetivo? – falou dessa vez, sem a escova na boca.

    - Não! – se eu me atirasse demais ele ia achar que eu quero transar, e eu não quero! Ou quero? Droga, maldita !

    Depois que saiu do banheiro, já devidamente banhada e com uma toalha envolta do corpo, decidimos que iriamos almoçar fora. Fui tomar um banho logo em seguida e me arrumar. Não pude deixar de notar que não tinha respondido minha mensagem.

    Depois que almoçamos, decidimos bater uma perna no shopping e fazer umas compras.

    - Não quer comprar uma lingerie pra usar com seu novo namorado? – falou quando estávamos passando na frente da Victoria Secrets.

    - Pode ser!

    - Sério mesmo?

    - Sim, estou precisando de umas calcinhas novas mesmo.

    Entramos na loja e foi só risada pra lá e pra cá, é uma das pessoas mais divertidas que eu conheço, não tem como conversar com ela e não dar umas boas risadas. Senti meu celular vibrar no bolso e quase de imediato peguei na esperança de ser . Droga, tô parecendo uma desesperada assim!

    Group Chat (Os melhores):

    [19/07/2019 16:34] Mamis

    “Oi filha, ainda lembra que tem mãe?”

    “Brincadeira, eu e papai estamos com saudade”

    “Te amamos”

    “Quinho ta mandando beijos”

    “*Foto*”

    [19/07/2019 16:36] Paps

    “Mentira da sua mãe”

    “Quinho não tá mandando beijos.”

    “Mas é verdade que te amamos!”

    Abri um sorriso de orelha a orelha com a foto do meu cachorro. Como amava minha família! Respondi a mensagem deles no grupo dizendo que amava eles também e mandando uma foto minha e da com as sacolas de compras.

    Group Chat (Os melhores):

    [19/07/2019 16:42] Paps

    “Cancelando o cartão nesse momento”

    Ri alto com comentário do meu pai e guardei o celular, o mesmo vibrou novamente indicando notificação, mas decidi responder eles depois. Provavelmente era mamãe fazendo mais alguma graça.

    O resto da tarde foi tranquilo, quando vimos que ia dar quase 20:00, decidimos ir pra casa e talvez sair para algum pub, mas a ideia foi por água abaixo quando chegamos em casa cansadas de ficar andando a tarde inteira. Chegamos em casa e fomos logo pedindo uma pizza e ficamos assistindo filme a noite toda.

    Sabe quando você acorda sem saber onde ta? Essa era eu acordando as 01:57 da manhã, de acordo com o relógio da sala. A TV ainda estava ligada, passando o segundo filme que colocamos, mas acabamos não assistindo. Virei para o lado e estava dormindo toda torta no sofá, cutuquei ela e chamei para o quarto.

    Peguei meu celular e vi que tinha uma notificação do tinder. Acabei nem olhando ele depois que cheguei em casa. Abri o aplicativo e vi que tinha mandado mesmo, um sorriso apareceu automaticamente no meu rosto.

    :

    “Com você tudo pode ficar melhor! 😉”

    :

    “Alguma ideia de como?”

    Coloquei o celular na cabeceira e deitei pra dormir, até que o mesmo tocou com uma notificação. Será se ele ta acordado essa hora?

    :

    “Tenho várias ideias hahahah”

    “Mas o que acha de começarmos com um jantar aqui em casa?”

    Quase levantei da cama e dei pulinhos de alegria. Ele me chamou pra jantaaaar!!!!

    :

    “Acordado essas horas?”

    :

    “Não consegui parar de pensar em você...”

    “Brincadeira. Estudando e você?”

    Meu coração quase para. Ele é bom!

    :

    “Hahhaha boa.”

    “Nada tão interessante quanto você kkkk”

    “Cai no sono no sofá da sala, acordei agora e vim para o quarto”

    :

    “Entendi.”

    “Mas você ainda não respondeu minha pergunta..”

    :

    “Topo”

    “Posso levar uma amiga?”

    :

    “Mas é claro”

    “Vamos nos divertir demais hahaha 😉”

    “Fica combinado pra amanhã as 20:00 na minha casa? Eu cozinho.”

    :

    “Perfeito! 😊”

    Olhei para o teto e sorri toda feliz. Eu tenho um encontroooo! Não é tão encontro assim porque vou levar a , mas já é um avanço. Nem a pau eu iria pra casa de um desconhecido sozinha. Vou arrastar a nem que seja pelos cabelos.

    - Jura? – Era a manhã seguinte e eu tinha acabado de contar pra ela que marquei um encontro com hoje, na casa dele.

    - Sim! – falei animada. – E você vai comigo.

    - O que? De jeito nenhum!

    - Eu já disse pra ele que a gente ia, ! O cara é um fofo, foi super de boa. Vai ver ele tem até um amigo pra te apresentar – dei de ombros e ela cerrou os olhos pra mim.

    - Já disse que te odeio hoje?

    - Yeees! Até que não foi tão difícil te convencer.

    Ela revirou os olhos e eu fui preparar algo pra gente comer. Eu geralmente cozinho por aqui, já é a rainha do delivery. A garota não sabe cozinhar nem um ovo, por Deus!

    O resto do dia passou voando. me mandou uma mensagem com o endereço certinho por volta das 16:00 e falou que estava ansioso pra gente chegar. Quando deu umas 18:00, eu e começamos a nos arrumar. A casa dele era um pouco longe então tínhamos que sair cedo. Terminamos de nos arrumar e estava com um vestido de seda verde escuro, com o decote reto e alças finas, completou o look com uma rasteira preta com uma tira simples. Já eu optei por uma calça, de seda também, listrada, que era um pouco justa na região das pernas e da bunda, dando uma impressão de que era maior e ia ficando folgada no resto da perna, em cima um cropped branco decotado, com a barriga de fora e pra completar, uma rasteira branca.

    Saímos de casa às 19:30 e 20:03 estávamos chegando na frente da casa dele. Eu estava suando de ansiedade, enquanto parecia tranquila do meu lado.

    - Como você consegue ficar tranquila assim? E se ele for um sequestrador?

    - Você é paranoica, garota. – falou desligando o carro – Se ele for sequestrador, por que daria o endereço dele?

    - Sei lá, pode ser um lugar abandonado pra matar a gente e deixar lá apodrecendo por dias. Talvez ele seja um necrófilo e esteja planejando nos matar e depois nos estuprar. – Arregalei os olhos e considerei que aquilo poderia ser verdade – Pensando bem, vamos embora!

    - Primeiro, essa casa parece abandonada pra você? – ela apontou pra frente, olhei para a casa e neguei – Segundo, de jeito nenhum vamos embora agora, eu mandei nossa localização para o Joe, nada de ruim vai acontecer. Fica calma! – falou virando pra mim – Vai, inspira e expira! – falou e fez o movimento junto comigo e depois riu – Você é maluca e espero que tenha realmente um amigo dele aí, não quero ficar de vela!

    Ela desceu do carro e eu fiquei só olhando.

    - Não vem?

    - Não.

    - Cala a boca e vem logo – falou cruzando os braços.

    Desci a contragosto e fui em sua direção. Escutei o barulho do carro, indicando que ela trancou o mesmo e fomos em direção a casa. A casa era bem grande e bem bonita, pra falar a verdade. De abandonada não tinha nada, já que de fora dava pra ver várias luzes ligadas. Olhei pra e respirei fundo antes de tocar a campainha.

    Contei o tempo que levou pra alguém abrir a porta. 1, 2, 3, 4... abriu a porta e eu perdi as contas. Ele deu um sorrisão.

    - Oi!

    Não, não perdi as contas. Perdi a calcinha.

    Ele era muito gato. Ele com uma calça social, uma camisa de botão branca com os primeiros botões abertos e o cabelo bagunçado. Eu e não estávamos desarrumadas, mas perto dele parecia que íamos ficar só em casa assistindo TV a noite toda.

    - Oi! – falou super animada me tirando do transe – Sou !

    - Prazer, ! – ele se aproximou dela e deu um beijo na sua bochecha – E você deve ser ! – ele falou se virando pra mim. A próxima coisa que senti foi ele próximo demais, colocando a mão na minha cintura e me puxando para dar um beijo... Na bochecha também. Infelizmente!

    - Oi – falei com a voz fraca demais, pigarreei discretamente e falei de novo – Oi, sou eu mesmo!

    - Vamos, entrem! – deu espaço pra nós duas – Acabei de chegar do escritório e já fui direto fazendo a comida, pra vocês não ficarem esperando, por isso estou com essa roupa ainda. Vocês se incomodam?

    - Não, fica à vontade. Sinta-se em casa! – brincou com ele e vi um sorrisinho. sempre foi mais extrovertida e geralmente se dava bem melhor com os caras do que eu, não acharia estranho se ele se interessasse por ela. Na verdade, do jeito que estou nervosa, acho que até prefiro.

    - Venham, sentem aqui! – ele foi andando até a cozinha – Tá quase pronto!

    - Tá com o cheiro bom – falei, tentando entrar em uma conversa onde eu falava mais do que três palavras.

    - Minha mãe me ensinou. Ela é dona de um restaurante aqui em Boston, então é praticamente regra da casa saber cozinhar. – Ele comentou aparentando ser bem orgulhoso da profissão da mãe e com razão.

    - Jura? também ama cozinhar, não é ? – ela sorriu pra mim e eu entendi o que ela estava tentando fazer. Droga, por que eu tinha que travar essas horas?

    - Sim – consegui falar e tratei de prosseguir antes dele me achar uma retardada – Já a não sabe cozinhar nem um ovo, acredita? – apontei pra ela, que fez careta.

    - Você ta brincando, não é? Nem um ovo? Isso é mentira! – falou rindo.

    - Pior que é verdade – ela choramingou.

    - Juro, uma vez ela queimou água – falei e ele arregalou os olhos assustados e depois soltou uma gargalhada.

    - Como você conseguiu essa proeza?

    - Em minha defesa, eu só esqueci que tinha colocado a água no fogo – ela levantou as duas mãos em sinal de rendição e ele não parava de rir da gente.

    - E queimou a panela – revirei os olhos – A água toda evaporou e a panela ficou horas no fogo. Resultado? Queimou, ficou toda preta. – Ele estava gargalhando agora e eu me senti um pouco mais segura de continuar a conversa.

    - Eu não acredito! – falou rindo e foi mexer algo na panela.

    - Pois é, ainda bem que eu era vizinha dela e cheguei na casa e senti um cheiro estranho. Como conheço essa aqui, a primeira coisa que fiz foi ir na cozinha. Fiquei chocada quando ela me disse bem tranquila que tinha colocado lá na hora do almoço e já era quase 6 da tarde – dei de ombros sorrindo e revirou os olhos – Se fosse por ela a casa pegava fogo e ela não ia saber.

    A conversa fluiu tranquila, ele serviu a janta e continuamos conversando tranquilamente.

    - Hum, essa comida ta muito boa! – comentei.

    - É verdade. Qual o nome que você disse que era o restaurante da sua mãe? – perguntou.

    - Eu não disse – ele riu tímido – Outlook – falou baixinho, mas eu escutei e quase engasguei.

    - Cala a boca! – exclamei assustada – Eu amo esse restaurante! E a vista é tão incrível. – comentei toda feliz.

    - A vista daqui também – falou como olhar em mim e depois em . Pera! Na ? Isso me deixou um pouco confusa. Tá que eu tinha percebido uns flertes pra mim e pra na conversa, mas abstrai, vai que o cara é legal assim com todo mundo e eu só estou ficando louca. Vai entender!

    Terminamos o jantar e ele falou pra gente ir para a sala, que só ia colocar a louça na máquina de lavar e aparecia lá. Até insisti pra ajudar, mas ele não quis. Peguei um copo de água e fomos para a sala.

    - , o cara está jogando indireta pra você o tempo inteiro e só tem a gente aqui. Não quero ficar de vela – falou bem baixinho do meu lado.

    - Fica jogando pra você também.

    - Você percebeu? – sussurrou com os olhos arregalados.

    Foi quando escutamos uma batida bem forte na porta e a voz de um homem. Eu e tomamos um susto, mas depois sorri animada.

    - Viu, ? Ele chamou um amigo, eu te falei – ela sorriu animada e piscou pra mim.

    veio da cozinha e foi em direção a porta. Quando ele abriu, um cara muito bonito entrou e olhou pra gente no sofá. Eu cutuquei com o cotovelo e sorri, levando o copo de água até a boca.

    - Droga, cara! Foi mal, estraguei sua noite de sexo a três! – Quando ele falou isso eu me engasguei com a água que estava tomando e comecei a tossir muito forte. Senti as mãos de nas minhas costas dando tapas, pra eu desengasgar. Depois que melhorei, levantei o rosto assustada e encontrei dois olhares preocupados. Sexo a três?

    - SEXO A TRÊS? – escolheu a mesma hora que eu para gritar indignada. Sobre o que diabos ele estava falando?

    nos olhou confuso.

    - Não foi pra isso que vocês vieram? – ele apontou pra nós duas e eu fiquei mais assustada ainda. me olhou com raiva.

    - Como assim? – ela alternou o olhar entrei eu e .

    - falou que ia trazer mais uma amiga e eu falei que íamos nos divertir bastante, não quis falar que era sexo pra não parecer grosso, mas achei que ela tinha entendido – deu de ombros como se aquilo tudo fosse normal. Eu tenho certeza que eu estava muuuito vermelha. O cara gato, totalmente desconhecido, começou a gargalhar e eu enterrei meu rosto nas duas mãos, me escondendo.

    - Eu entendi tudo errado – choraminguei.

    - Jura, ? – me fitou com raiva – É isso então, vamos embora!

    Ela levantou do sofá e eu estava indo junto quando o cara do lado do parou de rir um pouco. Mas só um pouco.

    - Pera! – ele se apoiou no joelho respirando fundo, até conseguir parar de rir – Vocês não precisam ir! - me assustei com a ideia de ele estar sugerindo sexo a quatro e já estava interrompendo, quando ele continuou – A gente pode só sentar, beber uma cerveja e conversar. Sem segundas intenções. Prometo!

    , que estava calado até agora se pronunciou.

    - Eu topo!

    Olhei pra pra saber se ela ainda estava zangada comigo, mas seu olhar estava mais suave e ela deu de ombros.

    - Por mim tudo bem – ela falou para os meninos.

    - Então tudo bem pra mim também – continuei.

    Depois da situação constrangedora que eu passei na sala, decidimos começar a beber e conversar um pouco. Eu estava sentada no sofá ainda, com as pernas cruzadas – sem sapatos, e o amigo gato do , que descobri se chamar , estava do meu lado. estava sentada em um banquinho bebericando a cerveja e , sentado no chão com as costas encostada no sofá.

    Depois que os nervos se acalmaram, consegui reparar melhor em . Se eu achei gato, era a própria personificação dos Deuses, o garoto exalava sensualidade. Desde como ele mexia no cabelo, até o jeito de sentar. Eu estava hiperventilando do lado dele e posso estar ficando louca, mas juro que senti que ele estava dando em cima de mim uma hora.

    - Como vocês se conheceram? – perguntou para me tirando do transe.

    - A gente é amigo de infância, estudamos juntos praticamente a vida toda. Só nos separamos na faculdade.

    - É, ele faz Engenharia aeroespacial e eu faço Direito. O cara é um gênio, já fez até artigo pra NASA – olhei pra chocada e ele só deu de ombros.

    - E vocês? – ele perguntou pra tirar o assunto dele

    - Nós fomos vizinhas a vida inteira, só que ela é um ano mais velha, então sempre foi um ano na frente em tudo. Ela veio esse ano para Boston cursar Medicina - comecei falando.

    - E ela vem ano que vem, já passou no SAT e está com a documentação toda pronta. Mal posso esperar – falou animada e eu sorri feliz também.

    - Então existe a chance da gente se esbarrar por aí ano que vem – falei rindo para os meninos.

    - Mas com toda certeza, não vou deixar você sair daqui sem me passar seu número – sorriu pra mim e pigarreou.

    - Então, ! Por que entrou no tinder? – mudou de assunto.

    - Queria ver se isso funcionava mesmo.

    - Parece que funciona, né? – ele piscou pra mim e levou a cerveja até a boa.

    - E você? Por que entrou? – se direcionou a – Você não parece o tipo de garoto que usa tinder.

    - Ei! – protestei – Eu pareço, é? – serrei os olhos pra , que me deu língua.

    - E não uso – ele riu – Perdi uma aposta pra ele – indicou o amigo com um aceno de cabeça – E tive que baixar e me inscrever – deu de ombros e riu baixinho do meu lado.

    - Ele me mandou uma mensagem muito feliz, dizendo que o aplicativo tinha dado certo e que ia sair não só com uma, mas com duas garotas – soltou uma gargalhada – Você é muito burro, cara.

    - Culpa da , que me iludiu – ele fez biquinho.

    - É verdade – concordou – Quem diz que vai levar a amiga para um encontro no tinder e ainda concorda quando cara fala que vão se divertir demais? Você achou o que? Que íamos jogar uno, nós três?

    - Não – falei fingindo indignação – Achei que era banco imobiliário – e todos riram do meu comentário.

    Beberiquei minha cerveja, enquanto e engataram em uma conversa sobre Harvard.

    - Poxa, bem que poderia ter me avisado que você era linda desse jeito, eu teria chegado mais cedo! – escutei a voz de ao meu lado e virei em sua direção, vendo um sorriso fofo e embriagado se formar nos seus lábios.

    Minha garganta ficou meio seca e meus lábios também, foi inevitável não passar a língua entre eles. Eu precisava de água. Urgente!

    - Não faz isso, me deixa com mais vontade! – ele falou e jogou a cabeça para trás, no sofá e fechou os olhos – Estou tentando me segurar pra não te beijar desde que vi essas suas bochechas vermelhas de vergonha – e quase que automaticamente senti minhas bochechas queimarem e ele sorriu de lado – Desse jeito.

    - É? – perguntei quase sem voz. Tudo nele gritava sexo e eu gostava.

    - É! – concordou e eu resolvi mudar de assunto.

    - Então, você vai me dizer por que apareceu aqui do nada? – perguntei e ele fez careta.

    - Eu estava em um bar e acabei vendo minha ex-namorada com um cara – ele deu de ombros – Não que eu me importe, de verdade, já vai fazer uns 3 meses. Mas nunca é fácil, principalmente se for o cara que você viu na cama com ela.

    - Caramba, essa deve ter sido difícil!

    - É, um pouco!

    - Meu namorado me largou – senti o olhar dele em mim – Foi há 6 meses, o motivo não foi tão ruim quanto o seu.

    - Nenhuma dor é igual, cada pessoa sente dor de forma diferente! – ele bebeu um pouco da cerveja e continuou – Vai me falar o motivo ou vai me matar de curiosidade aqui?

    - Ele só disse que não se sentia mais conectado comigo – dei de ombros e bebi o resto da minha terceira cerveja... Ou era quarta? – Mais alguma pergunta, senhor curioso?

    - Na verdade, tenho sim – ele se aproximou um pouco mais de mim e lambeu o lábio inferior. Droga, ele é muito gostoso! – Qual a cor da sua calcinha? – engoli em seco, não esperava aquela pergunta – Você parece ser bem certinha, então não usaria vermelho, mas também não tem cara de que usaria uma calcinha bege para um encontro. Eu chuto preta, vai! – concluiu.

    - Pra ser sincera, vim sem calcinha. Marca na calça! – dei de ombros e levantei do sofá sem esperar a reação dele, e só então percebi que e não estavam mais na sala. Fui direto pra cozinha buscar outra cerveja, sem realmente acreditar que tinha dito aqui. Meu Deus! Eu sou uma pervertida.

    Quando passo pela porta vejo uma em cima da bancada, com entre suas pernas e os dois se beijando loucamente.

    - Com licença, casal. Só vim buscar uma cerveja! – peguei duas cervejas rapidamente na geladeira e quase sai correndo dali. Mas antes escutei perguntar pra se eu me importava e ela respondeu que não. E estava certíssima. A única coisa que eu me importava agora, era o gostoso sentado do sofá.

    - Quer uma cerveja? – ele concordou e pegou uma das cervejas da minha mão. Ele não falou mais nada por uns 5 minutos e eu já estava começando a achar que tinha o assustado, então resolvi falar a primeira coisa que passou na minha cabeça.

    – Uma vez eu estava fazendo brigadeiro e geralmente tem que botar no congelador depois, pra esfriar um pouco. Nesse intervalo, eu e meu ex-namorado começamos a nos beijar e o clima começou a ficar bem quente, então eu tive essa ideia maluca de colocar o brigadeiro no pau dele pra... – pigarreei e continuei – Você sabe. Só que aconteceu que não tinha esfriado ainda e eu acabei o queimando.

    Primeiro ele ficou calado e achei que ele pudesse sair correndo, igual ao amigo do Joe, mas depois simplesmente começou a gargalhar.

    - Você está falando sério?

    - Em minha defesa, achei que estivesse frio – dei de ombros.

    - Eu gostaria de ver você fazer isso em mim. Sem a parte da dor que ele provavelmente sentiu, obvio! – de repente ele estava bem próximo e sussurrou as próximas palavras no meu ouvido – Só a parte dessa boquinha linda, chupando meu pau.

    Eu senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. E se eu já não estivesse completamente encharcada só com a presença dele, estava agora, depois que ele falou aquilo. A ideia de chupar ele aqui nesse sofá não era tão ruim. Eu até gostava! E foi com esse pensamento que eu passei uma das pernas por cima dele e sentei em seu colo. Não precisou de muito pra ele agarrar a parte de trás dos meus cabelos e puxar minha boca pra perto da dele. Que não perdeu a oportunidade de me provocar, encostando os lábios nos meus e mordiscando meu lábio inferior, até que eu não consegui mais me segurar e colei nossas bocas. Quase gemi com a sensação gostosa que era ter sua boca contra minha.

    O beijo era eufórico, animado e cheio de tesão. Enquanto uma de suas mãos ainda estava segurando a parte de trás dos meus cabelos e me guiando durante o beijo, a outra alternava entre apertar minha bunda e acariciar minha coxa, ao mesmo tempo que minhas duas mãos se encontravam no seu peitoral, por cima da camiseta. Até que eu decidi que queria mais. Mais contato. Mais pele. Mais calor.

    Desci as mãos até a barra da camiseta e puxei para cima. Ele entendeu o recado e separou nossos lábios, levantando os braços pra tirar a mesma. Me aproximei um pouco ofegante e encostei a testa na dele, fechando os olhos.

    - Seu beijo é muito bom – ele falou um pouco baixo, com a voz ofegante – A gente precisa fazer mais disso.

    - Ou mais do que isso! – falei, ainda com os olhos fechados e fazendo um carinho com as unhas, na nuca dele.

    - ! – ele advertiu. Desceu as mãos até minha bunda e me puxou de encontro a ele, quando senti sua ereção completamente em contato com minha intimidade através da calça, não consegui não gemer – Porra, quero escutar você gemendo meu nome a noite inteira – soltei um riso fraco, rebolando devagar contra sua ereção. Senti sua mão sair da minha bunda e passear devagar até minha coxa, raspando levemente o dedo na minha virilha, me fazendo morder o lábio inferior pra evitar outro gemido. Mas não demorou muito até sentir sua mão ir em direção ao meu ponto mais sensível, encontrando a umidade através da calça fina de seda.

    - Você está realmente sem calcinha! Consigo sentir sua boceta pingando pra mim – sussurrou no meu ouvido e fez movimentos circulares com no meu clítoris e eu gemi baixinho no seu ouvido, deixando uma mordida de leve no seu ombro. Ele tirou os dedos da minha intimidade e levou até minha boca. Segurei sua mão chupando e lambendo seus dedos molhados, olhando diretamente em olhos, em uma insinuação do que poderia estar fazendo e vi seu olhar soltar faísca.

    - Sobe comigo, a gente vai se divertir muito mais lá em cima – ele falou tirando os fios de cabelo que estavam grudados no pescoço devido ao suor, pra deixar beijos molhados e chupadas deliciosas no local. Inclinei a cabeça pra trás e gemi em aprovação, não tinha outra resposta para aquela pergunta, a não ser sim.

    - Mas espera, e a e o ? – levantei do seu colo, estiquei a mão em sua direção e ele agarrou a mesma, se levantando e rindo de mim – O que?

    - Parece que você estava bem distraída – ele me abraçou por trás e fomos andando em direção a escada – Eles subiram tem mais de 30 minutos. Não escutou? – neguei.

    Quando chegamos no quarto eu não esperei nenhuma ação dele, só joguei os braços ao redor do seu pescoço e comecei a beija-lo ferozmente. Esfreguei uma coxa na outra, procurando aliviar um pouco a sensação entre minhas pernas, já não aguentava mais de tesão.

    - – falei me afastando dele um pouco ofegante.

    - Hum – murmurou descendo os beijos pelo meu colo e com uma das mãos acariciou meio seio e eu gemi.

    Ele desceu uma das alças do cropped que eu vestia e expos meu seio direito. Quando sua boca encostou no meu mamilo, agarrei seu cabelo dando um incentivo a mais. Ele fez a mesma coisa do outro lado, sugando e chupando. Quando tentou tirar minha blusa foi um fracasso total, acabou se enrolando um pouco e eu ri.

    - ...

    Meu sorriso morreu na hora e abri a boca em descrença, o desgraçado rasgou meu cropped. Ele segurou a parte da peça entre meus seios e puxou as duas para lados contrários e rasgou. Rasgou de verdade.

    - Você é louco!

    Me empurrou em direção a cama, senti a parte detrás dos joelhos batendo na mesma e me deitei. Ele continuava em pé na minha frente, com aquele ar de quem era o Deus do sexo, e eu tava começando a acreditar. Suas mãos foram direto para o zíper lateral da minha calça, sua boca foi acompanhando o cós da mesma enquanto ele descia pelas minhas pernas. Agradeci mentalmente por ele não rasgar essa peça.

    Ele subiu até meu colo e colocou a boca no meu mamilo, rodeando o mesmo com a língua. Peguei uma de suas mãos e levei em direção ao meio das pernas.

    - Apressada – ele riu com a boa no meu mamilo, enviando sensações pra minha região mais sensível.

    - Por favor, ! Me toca – implorei.

    Senti seu dedo me provocar. Queria ele tocando meu clitóris, mas ele estava apenas circulando o dedo ao redor do meu ponto mais inchado, enquanto descia os beijos pela minha barriga, até chegar na minha pélvis.

    Quando sua língua substituiu seu dedo, eu quase gozei ali mesmo. Ele alternada entre movimentos leves, pra cima e pra baixo, se uma pressão gostosa, me levando a loucura. Logo ele se distanciou e eu gemi em desaprovação.

    - Calma – ele riu – Você vai gozar, mas precisa ficar de quatro pra mim, quero ver essa bunda.

    Demorei um pouco pra processar o que ele tinha falado. Eu posso até ser tímida, mas sempre gostei de uns comandos na cama.

    - Agora! – ele rosnou, agarrando minha cintura e me virando, fazendo com que eu ficasse de barriga pra baixo – Empina essa bunda pra mim.

    Na mesma hora eu apoiei os joelhos na cama e empinei a bunda em sua direção.

    - Gostosa – senti um dos seus dedos entrando na minha boceta. Meus joelhos falharam e quase cai de volta na cama – Você vai ficar quieta ou eu vou ter que dar uns tapas nessa bunda pra me obedecer?

    Engoli em seco. Nunca tinha levado tapa na hora do sexo, mas o modo que ele falou fez a ideia ser interessante e eu inclinei mais a bunda em sua direção, esfregando a mesma contra seu abdômen. Como ele estava de pé diante da cama e eu de quatro na beirada, a posição era perfeita.

    - Droga, ! Você gosta, não é? – enfiou um dedo na minha entrada novamente e fez movimentos de vai e vem lentamente – Gosta da ideia de sentir minha mão nessa tua bunda.

    Solucei de prazer querendo mais contato. E então eu senti uma ardência na minha bunda e depois um aperto gostoso. Eu queria aquilo de novo. Droga, aquela tensão, aquele ardor fraco só deixava tudo mais excitante.

    - Responde! Você gosta não gosta?

    - Sim! – murmurei baixinho, mordendo o lábio inferior sentindo-o acelerar os movimentos.

    Quase grito quando sinto ele tirar os dedos de dentro de mim, mas logo a pontinha de sua língua substituiu os movimentos. Seu dedo que antes estava me fodendo, agora estava no meu clitóris, fazendo movimentos circulares enquanto sua língua me fodia. A sensação da sua língua entrando e saindo do meu buraquinho, enquanto seu dedo no meu clitóris me torturava, estava me deixando louca!

    - – gemi alto.

    Seu dedo fez uma pressão maior no meu ponto de prazer e eu senti o orgasmo chegando. Como um balde de água fria, ele parou com os movimentos bruscamente. Quase choro de frustação.

    - Por que você parou? – perguntei indignada, me sentando na cama. A cena que eu vi era excitante demais. A calça dele e a cueca estavam emboladas no meio da coxa, e sua mão estava acariciando seu pau. Eu queria chupar ele ali, queria chupar até gritar meu nome pra todo mundo ouvir.

    - Não me olha com essa cara ou eu te jogo no chão e te fodo até você não conseguir mais andar, de tão forte que vai ser.

    - Por favor! – implorei e ele riu. Sua mão segurou meu cabelo delicadamente por trás e eu quis morrer quando ele pronunciou as próximas palavras. – Me chupa!

    Desci da cama e me ajoelhei na sua frente. Sua mão soltou meu cabelo e fez um carinho cuidadoso no ombro, pra me deixar mais à vontade. Talvez ele tenha achado que não gosto daquele jeito autoritário, mas aquilo só me deixava mais excitada.

    - Eu gosto quando você manda eu fazer as coisas – seu olhar escureceu diante da minha fala e eu quase me arrependi, mas quando ele abriu a boca o arrependimento foi embora.

    - Me lambe da base até a cabeça. – fiz o que ele falou – Agora molha bem ele e coloca na boca. Suga quando chegar na ponta. Isso, caralho! – ele jogou a cabeça pra trás e eu comecei a movimentar mais rápido. Chupava seu pau até onde conseguia, agarrei suas bolas e olhei para cima, vendo seu olhar nublado em cima de mim. Dava pra ver sua boca semiaberta e sua respiração falha. Deslizei uma mão por ele e segurei a base do seu pau, fazendo movimentos de vai e vem.

    - Chega! – ele me puxou pra cima e agarrou meu pescoço beijando minha boca ferozmente – Quero ver você sentando em mim, agora!

    Terminou de tirar a calça e a cueca, pegou uma camisinha no bolso e sentou na beirada da cama.

    - Vem, senta no meu pau, que eu quero ver você gozando gostoso e gritando meu nome.

    - Com prazer – sorri e caminhei em sua direção, colocando as pernas uma de cada lado da sua. Segurei a base do seu pau e o guiei em direção a minha boceta. No começo fiquei só provocando, encaixei minha entrada na ponta do seu pau e fiquei subindo e descendo só naquela região. Sua mão na minha cintura colocava pressão para baixo pra eu sentar logo, mas quis provocar um pouco. Quando vi que ele tinha desistido, sentei de uma vez. O choque e o prazer ao mesmo tempo, me levaram para as nuvens. Nosso gemido com certeza foi escutado até pelos vizinhos.

    - Puta que pariu, vai!

    Dei impulso com os joelhos, pra cima e pra baixo, sentando no seu pau e ele me ajudava com os movimentos, segurando minha cintura e me impulsionando pra cima. Ele encostou a testa na minha e apertou minha cintura forte. Levou uma das mãos até o meu ponto inchado e apertou de leve, fazendo movimentos circulares e eu gritei.

    - Porra, . Isso!

    De repente ele agarrou minha bunda e ficou em pé no pé da cama e me jogou deitada de costa. Enfiou seu pau na minha entrada, que deslizou facilmente, considerando o quão molhada eu estava. Segurou minha cintura e subiu um pouco, fazendo com que eu só ficasse com as costas colada no colchão e aquela nova posição fez seu pau ir mais fundo ainda. E eu tive certeza que ia gozar.

    - Você ta perto? – concordei – Me avisa quando for gozar, quero ouvir você dizendo – ofegou.

    De repente senti seu dedo novamente no meu ponto de prazer e vi estrelas. Aquela sensação gostosa se formando no pé da barriga e acho que essa altura do campeonato eu só sabia implorar.

    - Fala! – acelerou o movimento dos dedos e as estocadas – Diz pra mim, !

    - Vai. Isso! Vou gozar – gemi o nome dele bem alto. O nó se desfez da maneira certa e eu me deixei vencer pelo prazer. Minhas pernas tremeram e meus batimentos aceleraram mais ainda, senti o clímax me atingir de um jeito que nunca tinha atingido antes. Escutei o gemido do logo em seguida, indicando que tinha gozado também.

    Ele se deitou em cima de mim sem botar muito peso e depois rolou para o lado, tirando a camisinha.

    - Puta que pariu! – falei com a voz fraca tentando recuperar o fôlego.

    - Puta que pariu! – repetiu o que eu falei, como se concordasse e nós rimos.

    - Eu queria muito ir me limpar, mas estou tão cansada - falei virando para o lado e deitando no seu peito. Ele virou o rosto na minha direção e encostou os lábios na minha testa.

    - Peguei muito pesado?

    - Não, eu gostei - olhei pra ele sorrindo e ele me deu um selinho, antes de levantar e ir no banheiro, escutei o barulho da torneira e ele voltou de lá com uma toalha de rosto.

    - Posso? - indicou minhas pernas e eu corei, eu não sabia se achava fofo ou se morria de vergonha - Só se você quiser, claro - eu dei de ombros ainda meio envergonhada e senti ele passar delicadamente a toalha entre minhas pernas, me limpando.

    - Obrigada - falei sorrindo e bati a mão no espaço vazio ao meu lado - Agora vem aqui, que eu quero dormir agarradinha.

    Acordei na manhã seguinte meio atordoada. não estava do meu lado. Procurei meu celular em todos os lugares do quarto, mas infelizmente não encontrei. Fiquei andando de um lado para o outro sem saber o que fazer. Estava na casa de um desconhecido, nua, sem minha blusa, já que no calor do momento de ontem, o senhor resolveu rasgar ela e eu não tinha ideia de quem ia encontrar se descesse as escadas. Vasculhei o guarda-roupa do quarto, abri todas as gavetas, procurei no banheiro e nada de achar uma miséria peça de roupa.

    Pensei bem e só achei uma solução. Vesti minha calça, coloquei o cropped, que estava rasgado entre o vão dos seios e juntei as duas partes rasgadas, segurei junto com uma mão e com a outra peguei um travesseiro e abracei, tampando o estrago.

    Ia parecer uma retardada andando por aí com travesseiro? Sim!

    Tinha outra opção? Não!

    Abri a porta do quarto e fui andando na ponta dos pés no corredor, caso alguém ainda estivesse dormindo. Desci as escadas devagar, sempre segurando o travesseiro bem apertado, pra não correr o risco das duas partes do cropped se soltarem. Estava no final das escadas, quando escutei duas vozes conhecidas na cozinha. Fui naquela direção e respirei fundo antes de passar pela porta, morrendo de vergonha.

    - Bom dia! – falei para os meninos. , que estava sentado na cadeira, virou pra mim e olhou para o travesseiro confuso. Sua feição foi suavizando e se transformou em um sorriso malicioso, provavelmente lembrando que ele era o causador daquilo. , por outro lado, continuava confuso.

    - Por que diabos você está abraçada com um travesseiro?

    Ignorei sua pergunta e fui até , falando baixinho.

    - Pode me ajudar?

    Ele concordou e levantou da cadeira, segui seus passos e logo estávamos no banheiro do corredor. Quando terminei de fechar a porta, senti minhas costas contra a mesma e a boca de grudada na minha. Deixei o travesseiro cair no chão e levei minhas mãos até sua nuca. Uma de suas mãos fez o caminho até meu seio e fez um carinho gostoso, tirou meu cropped e jogou no chão. Puxou a camiseta pela cabeça e tirou, ficando só de moletom.

    - O tá aqui do lado, ele vai escutar tudo – falei sussurrando e ele jogou a cabeça pra trás gargalhando.

    - A gente não vai transar, sua pervertida! – ele esticou o braço com a camiseta na minha direção e me entregou – Isso é pra você. Ou não era esse tipo de ajuda que você queria?

    Com as bochechas fervendo de vergonha, concordei e vesti a camiseta, pondo a barra por dentro da calça.

    - Mas se você quiser, obvio que a gente pode se divertir um pouco aqui – ele foi em direção ao meu pescoço e deixou beijos molhados naquele local. Empurrei seu ombro de leve, o afastando.

    - Estou com fome – ele concordou e abriu a porta, me dando espaço pra passar.

    Quando chegamos na cozinha, já estava lá, sentada no lugar que antes era ocupada por . Ele me abraçou por trás quando entramos e me deu um beijo no pescoço.

    - Bom dia, casal! – olhou pra nós e piscou – Como foi a noite, amiga? Dormiu muito? – dei língua pra ela e escutei um risinho abafado vindo do gostoso que estava atrás de mim.

    - Vem, você tá com fome – sentou em uma cadeira e me puxou para o seu colo – Faz o café aí pra gente, !

    - Você é muito folgado – constatou e todos rimos.

    A manhã foi perfeita, mas infelizmente uma hora tem que acabar. e eu fomos embora quase 12:00. Os meninos chamaram a gente pra ficar pro almoço, mas honestamente? Precisava banhar e trocar de roupa, além de conversar com sobre os acontecimentos de ontem. No caminho de casa ela me disse que ela que beijou o e que foi muito bom, falou também que quando passaram na sala, pra subir pro quarto, me viram no colo do , e eu tive que cobrir meu rosto de vergonha.

    Concordamos que a noite foi ótima e que teríamos que sair com eles de novo. me mandou mensagem meia hora depois que saímos da casa do , perguntando se eu tinha chegado bem e falando que queria me ver de novo. Eu ainda ia ficar em Boston uns 8 dias, então falei que a gente poderia marcar algo daqui pra lá.

    Nos encontramos um dia pra tomar café e ele veio dormir um dia comigo na casa da , infelizmente não aconteceu nada, ele estava exausto e isso foi o máximo que conseguimos interagir pessoalmente. Acontece que o cara era muito inteligente e estava cheio de trabalhos e pesquisas pra finalizar e projetos para entregar, não culpo ele. O dia da minha viagem de volta para Nova York chegou mais rápido do que eu planejei e isso acabou me deixando um pouco triste. Mas eu entendia e acreditava genuinamente nele, Harvard é uma faculdade que requer muito do aluno e eu nem consigo imaginar como deve ser puxado pra ele, principalmente com o curso que faz.

    Tinha acabado de chegar no aeroporto com , quando vejo uma mensagem dele no meu celular.

    :

    “Me perdoa não ter conseguido me despedir direito de você, queria muito ter passado esse tempinho que você estava aqui coladinho no seu corpo. Desculpa também não estar te dando uma despedida apropriada. Vou sentir sua falta, vem logo de vez pra cá! E vê se não me esquece.”

    “Boa viagem”

    - É ele? – perguntou.

    - Aham – falei, guardando o celular no bolso.

    - Não vai responder?

    - Não sei!

    - Ele gosta de você – comentou e eu apendas dei de ombros.

    Não queria alimentar aquele sentimento, principalmente morando longe dele. Me despedi de com um abraço super apertado e fui em direção ao portão de embarque. É, essa viagem rendeu! Ri sozinha e coloquei os fones de ouvido.

    - 12 meses depois –

    Tinha 12 meses que não vinha para Boston, a última etapa do colegial estava me matando e eu não conseguia nem respirar. Então, quando recebi minha carta de aprovação de Harvard, em abril, quase morri de alegria. Finalmente meu sonho estava se tornando realidade e eu nem conseguia acreditar. Só agora, pisando pra fora do avião e respirando o ar gelado de Boston, consegui realmente acreditar naquilo. Caminhei animada em direção ao desembarque com minhas duas malas. As outras malas e o resto das coisas que preciso, meus pais vão mandar em um caminhão de mudança.

    Vi de longe, acenando animada pra mim e do seu lado, ninguém mais ninguém menos, do que . Não que isso seja surpresa, engatou em um relacionamento sério com ele logo depois do nosso primeiro encontro, eles se curtiram bastante desde aquele dia e nunca mais se desgrudaram. Enquanto isso, eu e trocamos várias mensagens nos primeiros dois meses, mas eu não queria prender o garoto e com o tempo acabamos nos distanciando bastante. Balancei a cabeça pra apagar essa história da mente. Corri e abracei minha melhor amiga, sorrindo animada e logo depois abracei o namorado dela. Mal tinha saído do abraço, quando escutei.

    - Não ganho um abraço também?

    Aquela voz. Aquela. Maldita. Voz. Não pude deixar de sorrir quando nossos olhos se encontraram. É, parece que não vai ser tão fácil apagar aquela história da minha mente.





    FIM



    Nota da autora: Eu não sei nem o que falar para expressar minha felicidade agora. Minha primeira fanfic postada no site, FINALMENTE!!!! Eu nunca achei que chegaria a postar, de fato, uma fanfic aqui. Sempre fui muito insegura e o medo da rejeição e das criticas sempre foram maiores e também, por mais que eu tivesse várias ideias, eu nunca conseguia colocar no papel. E dessa vez, com a ajuda do grupo do facebook, eu consegui. Essa fanfic é baseada em um post do grupo, onde as meninas pediram uma fanfic sobre um boy que chamou a garota para sair e até cozinhou pra ela, mas de repente o amigo de infância dele chegou e deu em cima dela. A história fluiu na minha cabeça perfeitamente e eu tive que escrever. Então, obrigada meninas!
    Espero que vocês tenham gostado e se quiserem falar comigo ou deixar um feedback aqui pra me ajudar ou me incentivar com futuras histórias, eu fico mais que feliz.. Beijooos!

    Ps: Eu avisei que nas notas eu ia dar uma dica de com quem a pp vai ficar, fiz isso porque queria fazer uma surpresa com o enredo da história, mas se você veio até aqui, é porque quer saber. O pp2 é o match no tinder, mas não necessariamente é com ele que você vai ficar.






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