Última atualização: 12/03/2018

Capítulo Único

Yo sé que soy la causa de su desvelo


suspirou quando o Uber saiu da Vinte e Três de Maio, indo na direção do Parque Ibirapuera. Mandou uma mensagem para , avisando que em breve estaria em casa e que ele não precisava se preocupar com a possibilidade de ser abandonado em uma sexta-feira a noite. Estava completamente exausta depois de uma semana infernal dentro do escritório, a dor de cabeça era tanta que mal conseguiu se concentrar para terminar uma planta que precisava ser entregue ainda naquela noite, o que a fez ficar além do expediente que terminava cinco da tarde, indo até as oito em ponto, quando deixou o projeto pronto em cima da mesa do chefe e foi a última a sair do escritório, deixando somente o segurança noturno por ali. Apesar da exaustão, aceitou tomar um chop antes de se dar por vencida e passar o final de semana na cama.

Em seus plenos vinte e oito anos, dividia um apartamento espaçoso ao lado do Parque Ibirapuera com , o melhor amigo gay desde os tempos da faculdade de arquitetura. Tinham passado a morar juntos quando e de divorciaram, no começo daquele mesmo ano, coincidindo com a volta de para o Brasil, depois de passar uma longa temporada na Itália com o ex-namorado europeu. Dois corações partidos ocupavam bem o espaço do apartamento e um consolou o outro, fosse nas noites no sofá vendo comédias românticas ou indo para as boates que se espalhavam no eixo Augusta-Paulista. Independente disso, já estava pronta para outra e vinha se correspondendo no Tinder com um advogado que morava na Vila Madalena, mas que só tinha chamado para sair naquela noite, motivo pelo o qual estaria sendo arrastada para o Genuíno Chopp em menos de duas horas, uma das choperias favoritas de por se localizar em um antigo casarão, com as mesas espalhadas pelo jardim charmoso e todo o ar rustico que ela tanto gostava.

Se distraiu em seus próprios pensamentos ao ponto de só se dar conta onde estavam quando o carro estacionou na frente do prédio. Sorriu para o motorista, agradecendo a viagem feita enquanto saia do carro, não fazendo a menor ideia de qual era o modelo. nunca tinha sido muito ligada em modelos de carro, estava plenamente feliz com o próprio que proporcionava tudo o que ela precisava e só não o tinha usado naquela semana por ele ter passado uns dias na oficina.

— Oi, Seu Jeziel. Como foi o movimento por aqui?

­ particularmente adorava o porteiro do prédio. Era um senhorzinho de idade, esposo da síndica, muito carismático e que sempre trazia balas de café para na segunda-feira. Apesar da conversa entre os dois se resumir em banalidades quase sempre, já que mal tinham tempo para parar e conversar, já o considerava um amigo.

— Boa noite, menina . Tudo muito que bem por aqui.

Trocaram poucas palavras e alguns sorrisos simpáticos enquanto esperava pelo elevador, o único em funcionamento enquanto os outros dois estavam em manutenção. Quando o elevador chegou, apertou o número do décimo andar, escutando a musiquinha irritante que fazia a sua cabeça latejar mais uma vez, provocando uma careta na mulher. Não demorou para chegar no apartamento, encontrando sentado no sofá em uma pose que poderia ser descrita como afetada.

Time goes by so slowly, i don’t know what to do... — cantarolava a música da Madonna enquanto o dedo indicador batia em cima do relógio dourado perfeitamente colocado no pulso direito.

­ riu, colocando a bolsa relativamente pesada em cima do sofá enquanto passava para a cozinha, indo diretamente para a geladeira em busca de uma garrafa de água gelada. veio logo atrás, encostando o ombro esquerdo no que poderia ser o batente de uma porta inexistente que separava a cozinha da sala de estar, os braços cruzados na frente do peito. Estava vestindo somente um roupão réplica da Victoria Secrets, chinelos com pelos e o cabelo loiro e longo caindo molhado até os ombros. Se não fosse completamente lésbica, e completamente gay, provavelmente até poderia se sentir atraída pelo ator.

— Não me olhe assim. Vou tomar um banho, me arrumar e podemos ir, prometo demorar o mínimo possível.
— Escuta aqui, chica... — disse zombeteiro, forçando um sotaque latino que não existia. gostava de brincar com as origens de , que tinha nascido na Espanha e por lá permanecido até os dez anos de idade, tendo lembranças bem vividas de seu país de origem.

O discurso que veio em seguida fez com que corresse para o banheiro o mais rápido que conseguiu, trancando a porta de suíte para impedir que o amigo furioso a arrancasse dali pelos cabelos. Separou a roupa que usaria na noite em cima da cama, os tons de branco, dourado e laranja entrando em perfeito contraste. Tomou o banho mais rápido de toda a sua vida, mas o bastante para fazer a musculatura das costas relaxar e dar tempo de massagear o couro cabeludo de forma relaxante. Voltou para o quarto e colocou Love On The Brain para trocar enquanto passava a lingerie rendada pelo corpo, sorrindo para o reflexo do próprio corpo na frente do espelho.

Aprender a amar o próprio corpo gordo tinha sido um processo extremamente doloroso, mas que tinha trazido ganhos o bastante para que não se arrependesse um minuto se quer disso. Vestiu a calça branca com rasgos propositais, passando em seguida a regata na cor de um laranja quase terroso pelos ombros e colocando por cima um colar dourado que pendia até abaixo dos seios. Se apressou em secar o cabelo loiro ondulado e em fazer uma maquiagem que destacasse os olhos cor de mel, o perfume adocicado que usava se espalhando pelo quarto ao mesmo tempo que vestia os sapatos de salto.

Saiu do quarto logo depois de pegar a bolsa carteira, encontrando um boquiaberto na sala, perfeitamente vestido como de costume, os cabelos loiros escorridos caindo na frente dos ombros e dando a eterna aparência de surfista.

— Minha Nossa Senhora das sapatonas femininas… — riu alto da reação do amigo, batendo no peito dele com a bolsa em uma clara brincadeira.
— Vamos encontrar o seu príncipe encantado, ande.

Para a situação não ficar desconfortável, Pedro, o cara do Tinder, tinha prometido levar uma amiga para apresentar para . Sabia que o máximo que aconteceria seria um papo agradável entre as duas, mas era melhor do que ficar sozinha em uma vela eterna enquanto se entregava aos beijos que vinha esperando a quase um mês.

— Menina, te contei que a vizinha nova mudou? — perguntou em um tom de fofoca, que fez a mais baixa erguer uma sobrancelha perfeitamente delineada enquanto segurava a porta do elevador.
— É bonita?

Depois de todos aqueles meses de separação, já tinha se acostumado com o desespero de Pedro em arranjar uma nova pretendente para a amiga, que não beijava ou tinha qualquer contato sexual desde a dolorosa separação com . Afogava incansavelmente as emoções no trabalho, se sentindo cada vez mais próxima da posição de sócia que tanto desejava. Ao menos a mágoa e raiva que carregava no peito serviam para dar um gás no trabalho.

— Seu tipo. — disse com um sorrisinho malicioso, fazendo rir mais uma vez enquanto entravam no elevador.

Se despediram mais uma vez de Seu Jeziel, que deu as devidas recomendações, tratando os dois como se fossem duas crianças travessas. O Uber levou os dois para a choperia, que ficava um pouco para trás do endereço do apartamento, dando um bom caminho até lá, mas que valia totalmente a pena. A Joaquim Távora concentrava parte da animação que a Vila Mariana poderia oferecer em uma sexta, sempre com barzinhos lotados e tocando música alta. tinha passado bons momentos por ali ao lado de , quando ainda eram felizes e os olhares representavam uma troca de amor, desejo e ternura, não a frieza com a qual o relacionamento inevitavelmente acabou.

Quando chegaram na choperia, foi na frente, guiando o caminho até uma mesa no canto, relativamente perto do bar, que oferecia um banco de madeira que seguia por toda a parede, e consequentemente para as mesas alinhadas ali, além das duas costumeiras cadeiras. Kiss Me Thru The Phone tocava no bar, o que fez cantarolar um tanto quanto animada, rindo com nervoso ao se deparar com um bombadinho careca mas de barba longa, de camisa social e calças jeans. nunca entenderia a queda do amigo por homens carecas e com cara de que substitui refeições por whey protein.

— Menina... Mas é digno de todos os meus mais íntimos sonhos...

O sussurro do amigo fez gargalhar alto, imediatamente cobrindo a boca com uma das mãos enquanto tentava se controlar. sempre tinha sido mais sonhador, procurando por um romance que tirasse o ar e fosse digno das telas de cinema. buscava por estabilidade. Foi a primeira a cumprimentar Pedro com um beijo no rosto, se sentando no banco de madeira e deixando propositalmente com a cadeira para si, ficando o mais próximo possível de Pedro. Os dois pareciam velhos conhecidos, engatando em um papo animado e sem o mínimo de vergonha, sempre incluindo na conversa.

— Minha amiga se atrasou um pouco, desculpem. Ela acabou de se mudar para São Paulo e ainda está voltando a se acostumar depois de alguns anos longe, mas se recusa a usar o GPS. — o tom envergonhado de Pedro, como se estivesse em falta com , fez a loira balançar a cabeça em clara negação. Se divertiria da mesma forma se continuassem somente os três ali.

Vem garçom, sai garçom, a torre de chopp foi servida, assim como as porções pedidas. e Pedro conversavam intimamente enquanto dava um tempo somente para os dois, ocupada demais revezando a boca entre o copo e petiscos com limão, o dedo indicador deslizando pela tela do celular enquanto checava o feed do Instagram, vacilando ao ver uma foto de recém-postada ao lado de uma tal de Marta, até então completamente desconhecida por . Empurrou o celular na mesa, se servindo de mais um copo e mandando a gelada para dentro sem cerimonias.

Ela e tinham começado a namorar quando as duas começaram um estágio em uma empresa renomada de São Paulo, trabalhando no mesmo turno, mas sempre batendo cabeça no trabalho. tinha sido sua grande paixão estável, diferente dos romances tórridos, mas extremamente rápidos, com os quais estava acostumada. Não que esses casos fossem ruins, pelo contrário, sempre tinham animado seus sábados a noite, quando o desejo falava mais forte do que a própria razão. Um, inclusive, nunca tinha saído de sua mente mesmo depois de todos aqueles anos, como se a lembrança dos momentos íntimos ainda estivessem marcados em sua mente como os melhores orgasmo que já tinha tido... Não que isso importasse agora, quando via já em outro relacionamento, seguindo completamente em frente, enquanto não sabia por onde começar a voltar a ter uma vida sexual ou amorosa.

Estava ocupada demais tentando resgatar em sua memória quem poderia ser aquela Marta, a Marta com um braço enlaçando o corpo de sua ex-mulher como se já fossem amigas íntimas, quando levou um susto com o som do copo de vidro se espatifando no chão, dando de cara com um boquiaberto encarando algo a sua frente. Pedro se adiantava, chamando o garçom para cuidar da bagunça e trocar o copo do companheiro, estranhando a reação de , que gaguejava sem parar, olhando agora com os olhos arregalados para . Ela não entendeu nada daquela confusão até virar o corpo para o lado, encarando a mulher com quem tinha tido as melhores noites de sexo durante todos os seus vinte e tantos anos.

Foi só então que ela notou a ruiva entrando na choperia, o terninho azul-escuro indicando que vinha diretamente do trabalho, como muitos que estavam ali. Os olhos esverdeados passaram pela mesa, a sobrancelha ruiva se levantando ao dar de cara com e a expressão sumindo ao ver ali. Os cabelos ruivos cortados na altura dos ombros e a ausência de maquiagem ou qualquer algo que remetesse mais a feminilidade continuavam presentes, assim como a expressão série e de superioridade no rosto repleto de sardas. As pernas de vacilaram ao encarar o rosto sério, se lembrando dos memoráveis momentos em que a tinha visto enfurecida, o que só endurecia mais a sua expressão. O desejo antigo voltando a atingir como uma avalanche, provocando um arrepio na espinha só de pensar em como aquela mulher continuava mexendo com sua imaginação e só bastava olhar para ela ali, parada na sua frente, para saber disso.

Tinha tido um tórrido romance extremamente erótico com durante os primeiros anos de faculdade. A relação entre as duas se resumia única e exclusivamente a sexo violento em todos os lugares possíveis durante um bom tempo... Até começarem a deixar a brutalidade de lado, passando a fazer amor. E continuaram fazendo amor em todos os lugares possíveis, descobrindo prazeres e posições que nunca tinha pensado em arriscar, sendo levada a novos e desconhecidos níveis de prazer que faziam suas pernas tremerem e o corpo convulsionar em orgasmos intensos. tinha pedido por espaço, tinha dado e quatro meses depois, após o ano novo na casa de em Itaipava, fugindo da muvuca do Rio de Janeiro, foi deixada com um bilhete em cima da cama que só dizia que estava partindo para a Alemanha em uma transferência da empresa.

tinha ficado desolada. Sua autoestima foi por água a baixo, passou meses choramingando até esquecer completamente, a única coisa que ficava eram as noites incríveis de sexo que tinham tido ao longo daqueles dois anos. A atração entre as duas era algo inegável, sentia como se possuísse fogo liquido nas veias sempre que os corpos se encostavam, os beijos de a fazendo se arrepiar sempre que se permitia lembrar do gosto dos lábios, as pontas dos dedos correndo pela parte interna das coxas e o som dos gemidos quando a tocava exatamente como ela desejava...

— O que está acontecendo aqui? , você conhece ?
, amiga, eu juro que não sabia...
— Pedro, acho que é melhor eu ir para casa...

Foi desperta de suas lembranças eróticas com as três pessoas confusas e quase exaltadas a sua frente, o tom de voz alto, mas não o bastante para virarem a atração principal do estabelecimento. A confusão de vozes fez com que soltasse o ar de forma exasperada, precisando sair dali para que pudesse conter o desejo despertado dentro de si. Ergueu o corpo, pegando a bolsa em punho e virando o restante do copo cheio de chop. Foi encarada por três rostos agora surpresos, a confusão de vozes parando por um instante.

— Cállate! — disse, o sotaque espanhol forte em cada sílaba. Sempre que ficava nervosa acabava misturando os idiomas. — Preciso ir ao banheiro, prometo que volto logo... Não me sigam. — disse, apontando a bolsa para , que mantinha a expressão surpresa no rosto enquanto tentava se levantar para seguir .

Abriu espaço entre as mesas, seguindo para o banheiro feminino de forma apressada. Não estava atordoada por qualquer suposto sentimento de paixão ou amor que voltara assim que estava diante dela, como costumava acontecer nos filmes e livros por aí, mas sim pelo desejo que continuava sentindo pela mulher. Mesmo depois de uma infinidade de anos continuava sentindo o corpo ferver ao encarar os olhos dela, os mesmos olhos que se transformavam em um olhar quase felino quando os corpos estavam se misturando em um roçar prazeroso e bagunçava os lençóis. sentia vontade de se atirar nos braços da mulher só de lembrar da sensação que era.

Seguiu afetada para a pia de mármore negro, pousando a bolsa ao lado do corpo enquanto abria a torneira da pia, deixando a água gelada molhar as mãos, que não tardou a levar para a nuca. Apertou ali com força, fechando os olhos e suspirando alto enquanto as lembranças voltavam como um turbilhão, assim como o arrepio ao lembrar como se entregava completamente aos toques de . Tinha tantos momentos guardados na memória, diferente do sexo sem sentimento por um prazer satisfatório que tinha tido ao longo da vida ou o mesmo sexo suave, suave demais e moderado demais, que tinha tido com . Com tinha vivido momentos que nunca cogitaria... E que só experimentara com ela.

Estava pensando em como voltar para a mesa e encarar o restante da noite ao lado daquela mulher que despertava nela um desejo incontrolável e que parecia ser infinito, quando sentiu o corpo sendo empurrado em direção de um dos box do banheiro. Gemeu surpresa ao sentir os lábios raivosos sobre os seus, abrindo os olhos em seguida para encarar uma já tão conhecida por ela. Surpresa, mas extremamente deliciada com aquela ação, que a fez sentir o coração batendo forte contra o peito, o corpo todo esquentando ao mínimo contato. Abriu passagem para a língua apressada que invadia sua boca, os lábios se movendo de maneira quase grosseira, sem se importar em machucar. A gostosa brutalidade já tão conhecida por ela. se entregou completamente àquele beijo, esquecendo de qualquer pensamento que tinha tido antes disso e que poderia demonstrar resistência.

Gemeu baixo ao sentir os dedos se enroscando por baixo do cabelo, apertando com força na região da nuca e dando um puxão forte que a fez deixar a cabeça pender para trás, os lábios cheios se afastando e sussurros excitantes saindo em um tom de voz baixo enquanto sentia os beijos raivosos seguindo para o pescoço, os cabelos loiros sendo puxados com violência sempre que decidia ao menos tentar erguer o rosto. Sentiu a língua alheia passando pela pele do pescoço, seguindo para a altura da orelha esquerda, onde lambeu, mordeu e chupou, fazendo um arrepio percorrer o corpo de .

... Eu... Para... — as palavras saiam de forma desconexa enquanto sentia o corpo magro da outra, que era visivelmente mais alta, a pressionando ainda mais contra a parede fria.
— Vou parar antes que você me faça rasgar isso aqui agora mesmo. — disse em um tom de reprovação, a ponta dos dedos traçando linhas imaginárias na barriga de antes de puxar o tecido do sutiã rendado para enfatizar o que tinha sido dito.

Foi então que pode se dar conta onde estavam, no reservado para deficientes, dando muito espaço para as duas. Olhou para com uma visível raiva, saindo do torpor causado pelo desejo e beijo eletrizante, que tinha despertado em as sensações adormecidas durante todos esses anos. Tinha sentido o corpo queimar, respondendo aos toques da mais velha quase sem folego, sem apresentar a menor resistência que fosse. Mas tinha que encarar o fato de que não podia, depois de todo aquele ponto, voltar para o ritmo de antes, como se nada tivesse acontecido, a raiva adormecida também voltando junto.

— Sua prepotência consegue ser tão grande quanto o desprezo que eu sinto por você. — disse em um tom de voz firme, empurrando a mulher pelos ombros para tentar se afastar. A resposta veio em um tapa certeiro na face direita do rosto, em seguida pela mão firme que a segurava pelo pescoço que não a apertava, apenas segurava como se quisesse ser firme.
— Desprezo foi a última coisa que eu senti aqui, ... — o tom de voz rouco espalhou um tremor pelo corpo da loira, a violência empregada mandando pontadas já conhecidas para o ventre dela.
, eu vou gritar.
— Sim, meu bem. Eu sei que você vai. — o sorriso malicioso preenchendo os lábios finos, fazendo amolecer por poucos segundos.

O tom de voz cafajeste veio ao mesmo tempo em que a ruiva cuidava de posicionar uma das pernas em meio as de , erguendo o suficiente para pressionar o joelho contra o meio das pernas da garota, friccionando a intimidade enquanto um sorriso se espalhava pelos lábios outra vez, de malicioso passando para satisfeito. O gemido de veio como uma confirmação para o que já sabia e naquele momento a loira desistiu de tentar lutar contra o antigo desejo, ignorando todas as possibilidades ruins que passavam por sua mente enquanto empurrava o quadril para frente e em seguida para trás, visivelmente se esfregando contra a coxa de .

— Quer continuar tentando resistir? — o tom de voz foi sussurrado em seu ouvido, seguido por uma mordida leve na orelha.

Gemeu em resposta, a excitação crescente se espalhando pelo corpo. Os cabelos loiros bagunçados davam um ar quase selvagem ao rosto normalmente doce, o que sempre tinha deixado completamente excitada. Se ao menos soubesse do quanto tinha sentido falta dela durante aquele tempo, como nenhuma outra mulher parecia satisfazer da mesma forma... A mulher soltou em seguida, passando os dedos pelos próprios cabelos ruivos e habilidosamente os prendendo no alto da cabeça, encarando em seguida, que permanecia contra a parede, agora com o rosto coberto pelos cabelos loiros enquanto tentava organizar os próprios pensamentos.

— Baby, não... — a voz de assumiu um tom doce, puxando o rosto da menor pelo queixo, acariciando ali em um claro pedido para que os olhares se encontrassem. O uso do antigo apelido a fazendo quase desistir de tudo mais uma vez e se atirar nos braços dela.
— Não quero tudo de novo, .

O tom de voz visivelmente magoado fez a ruiva vacilar, sentindo um pesar no peito. Nunca se perdoaria por ter sido incrivelmente estúpida com uma mulher tão incrível e que nunca tinha deixado de desejar.

— Me deixa te amar como antes...

Aquilo foi o bastante para erguer novamente o rosto, se entregando ao beijo apaixonado que veio em seguida, a fazendo suspirar e enlaçar o pescoço alheio com os braços. Deixou que os lábios se envolvessem mais uma vez, as mãos passeando pelo corpo que tinha tanto sentido falta, apertando-a contra si, as línguas se envolvendo em um roçar lento, a mão esquerda de acariciando seus seios ainda por cima do tecido da blusa em um claro gesto possessivo enquanto se recusavam a afastar os lábios até que fossem obrigadas a recuperar o folego agora inexistente.

tentou se arrumar o máximo possível, voltando a colocar a parte da frente da regada dentro da calça jeans branca, passando as mãos pelos cabelos ondulados. Saiu do banheiro de mãos dadas com , passando na frente da mesa dos amigos, ocupados demais em um beijo tórrido, sem o menor pudor, ocupados demais para notar que as duas escapuliam dali o mais rápido possível. Seguiram para o carro de , sentindo a ansiedade tomar conta do corpo. A única coisa que desejava naquele momento era poder sentir novamente o corpo de contra o seu.

— Na sua casa ou na minha?
— Nenhum dos dois. — a frase fez virar surpresa para , com uma interrogação gritante no olhar. — Tem um motel novo aqui por perto... Eu te ensino o caminho.

O caminho até o Illusion Motel foi silencioso a não ser pela música que tocava na rádio. não costumava gostar de frequentar motéis, não gostava do clima do espaço, sempre se sentia envergonhada quando era atendida e frequentemente pensava se não era melhor andar com lençóis, travesseiros e cobertas na bolsa ao invés de usar o do estabelecimento, mas não conseguiu pensar em nada disso naquele momento, enquanto olhava para dirigindo e acariciava a coxa da mulher enquanto ela dirigia. Quando viu, já estava sendo agarrada no elevador por faminta, os lábios devorando a pele do pescoço da mais nova, que gemia em resposta, se entregando totalmente. Não se importaram com as câmeras quando a agarração mudou para o corredor, se arrastando entre beijos pela parede até chegar na suíte no mesmo instante que os respectivos celulares tocavam. Se afastaram para atender, ainda paradas no corredor. falava com , enquanto falava com Pedro, ambas explicando o que para elas parecia óbvio.

... Não, eu não sei... — sussurrava, sentindo um aperto em cima da bunda em seguida, indicando a pressa de . — Ai... Tchau, . — disse, desligando assim que, novamente, foi pega pelos cabelos.

sussurrava palavras que seriam inadmissíveis fora do contexto que se encontravam, fazendo se arrepiar por inteira enquanto abria a porta do quarto de forma atrapalhada. Choramingou ao sentir os cabelos sendo puxados com força, a cabeça pendendo para o lado enquanto os beijos molhados se espalhavam pela nuca livre, seguindo pelo pescoço enquanto se mantinha atrás dela, as mãos a tocando de maneira possessiva, passando por cada centímetro do corpo de , deixando claro o desejo ardente que sentia em cada marca avermelhada que deixava. estremecia nos braços da mulher, movendo o corpo em resposta, em um transe enquanto se mantinha entorpecida de desejo, sem conseguir pensar corretamente, envolvida pelas carícias da mulher. Não sabia se era certo, muito menos se era seguro, mas naquele momento só desejava continuar sendo tocada.

Arrancou o terninho de assim que se virou, as bocas novamente se envolvendo enquanto as mãos de passavam pelo corpo de com o mesmo fervor com o qual era tocada. As roupas se espalharam pelo chão, fazendo com que caísse sobre a cama ainda vestindo a calcinha rendada, mas já perfeitamente nua e o corpo encaixado em cima dela. O corpo da mais velha atraiu o olhar de inegável desejo da loira, que apertava o corpo alheio com força, as unhas curtas pintadas de branco cravadas contra a pele da mulher.

— Minha latina... Quero te amar sem pressa... — sussurrou, tocando ainda por cima do tecido da calcinha, sentindo a umidade inegável que existia ali. — Mas você não me ajuda a manter o controle.
— Você não é tão forte quanto antes, então. — provocou, não se deixando afetar pelos dedos que corriam por cima do tecido úmido, quase arrancando gemidos da loira.

A resposta veio em forma da mordida forte que recebeu no ombro, fazendo com que um gemido manhoso escapasse pelos lábios inchados depois dos beijos violentos. Nunca tinha sido do tipo sadomasoquista ou coisa do tipo, mas com tinha descoberto que misturar um pouco de dor e prazer não era nada do qual devesse correr. beijou por cima da marca de mordida, a ponta da língua correndo por ali antes de voltar os beijos para o pescoço de , se demorando ali enquanto as mãos apertavam as coxas da mais nova, correndo os dedos pela pele dela.

­ sentia o corpo inteiro respondendo a cada mínimo toque que recebia, se movendo sobre a cama, as mãos correndo pelas costas de , arranhando e deixando listras avermelhadas para trás como se pudesse demonstrar a impaciência diante de tanta tortura. Perdeu o ar quando os lábios da mulher envolveram um dos seios enquanto a mão direita acariciava o outro, os dentes raspando pelo mamilo já endurecido, chupando com força e movimentando a língua ali repetidas vezes. só deixou os seios da loira de lado quando viu os mamilos tomando um tom avermelhado, visivelmente inchados pelos toques bruscos. Não se importaria de colocar o pé um pouco no freio, não deixar que a saudade falasse tão alto, mas gemia e se contorcia na cama de forma tão instigante que simplesmente não conseguia se controlar.

Os cabelos ruivos foram envolvidos pelos dedos da mais nova quando os lábios passaram a tocar o ventre dela, sendo empurrada para baixo em um pedido silencioso, mas exigente como só a dona dele sabia ser. A ruiva abriu um sorriso malicioso contra a pele da barriga de , onde beijou e mordeu cada centímetro, querendo deixar claro que adorava e desejava cada parte do corpo dela mesmo que soubesse o quanto a outra era segura com isso.

— Pede, baby. Quero te ouvir... — pediu em um tom de voz rouco pelo desejo, fazendo com que o corpo inteiro de se arrepiasse ao escutar a mulher.

­ odiava implorar, amava ouvir os gemidos manhosos, o tom de voz carregado de tesão e as palavras inapropriadas que acabavam escapando pelos lábios da loira em momentos como aquele. Os dedos da ruiva driblaram o tecido da calcinha, passando a acariciar o sexo de sem pressa alguma em uma massagem intensa que fez com que o corpo da mais nova se arqueasse na cama.

...
— Pede, baby. — repetiu, se mantendo calma enquanto puxava a calcinha para baixo com força, se livrando da última peça de roupa existente no corpo de .
— Me fode agora, por favor...

O tom de voz manhoso fez com que perdesse o restante de paciência que tinha, os dedos invadindo com uma lentidão quase dolorosa, gemendo ao sentir o quanto a mais nova estava completamente pronta depois das provocações anteriores e a gostosa massagem no clitóris. O quadril da loira se movia em reboladas rápidas, contrastando com os movimentos lentos que os dedos de seguiam, a tocando por dentro e afastando os dedos sempre que gemia mais alto e o corpo estremecia, alternando assim com os movimentos circulares no clitóris sensível.

, por favor... Assim é injusto demais.

O tom de voz de súplica fez com que envolvesse os lábios dela em um beijo bruto, mas apaixonado. A mão de apertou a nuca da ruiva com força, arranhando as costas dela ao sentir os movimentos dentro de si ganhado intensidade. ia com força como sabia que gostava, os gemidos altos e o estremecer do corpo quando a ponta dos dedos pressionavam mais seu ponto mais sensível deixando claro que não demoraria para gozar. desceu uma das mãos por entre o emaranhado dos corpos suados se roçando, passando a acariciar a intimidade de com a mesma intensidade com que era tocada. O gemido rouco em seu ouvido a fez se arrepiar por inteira, intensificando os movimentos dos dedos na mesma medida que sentia o próprio prazer crescendo dentro de si.

Não demorou para que as duas se entregassem juntas ao prazer, os corpos estremecendo, se abraçando enquanto gozavam juntas, se deixando levar pelas sensações de prazer que tanto tinham sentido falta. Quando abriu os olhos, se recuperando do prazer intenso que tinha sentido em um único orgasmo, estava atrás de si, a abraçando assim, os lábios tocando seu ombro em um arrastar de beijos lentos.

— Dios... — foi tudo o que conseguiu dizer, sem saber como expressar o que tinha sentido com aquilo tudo.
— Senti falta dos seus gemidos manhosos, de deixar esse corpo gostoso com as minhas marcas... — dizia, desferindo um tapa forte o bastante para sentir a mão ardendo.

­ respondeu em um gemido surpreso, empinando a bunda contra o corpo de , como se pedisse por mais. Ambas sabiam como se davam bem nesse aspecto. A sequência de tapas doloridos em cima da bunda e coxas grossas da loira foi acompanhada por uma sequência de gemidos altos de e o desejo de aumentando ao ver a mulher tão entregue e excitada assim. Era uma pena que o enroscar dos corpos estivesse delicioso demais para ter coragem de levantar em busca de um apetrecho para então dar o que sabia que desejava, mais do que os tapas ardidos que então tornava o atrito de peles no local dolorido.

Sentiu os dedos de envolvendo seus cabelos, os enrolando na palma da mão e puxando em um aperto forte e nada carinhoso. Voltaram a se amar em seguida, os dedos da ruiva invadindo o corpo de com força, sem se preocupar em machucar e se deixando levar pelos gemidos altos e o corpo que estremecia em seus braços. Ao mesmo tempo sentia uma das pernas de sendo jogada em cima de seu corpo, o rebolado atrás de si fazendo com que a intimidade da mais velha roçasse em cima da bunda surrada em reboladas rápidas, indo no mesmo ritmo que os movimentos dentro de , os gemidos roucos em seu ouvido fazendo com que a loira se derramasse em um novo orgasmo intenso que a tirou completamente do chão e a deixou sem folego.

Gemeu chorosa ao sentir as unhas curtas de em seu quadril, cravando ali com força enquanto continuava a roçar com força contra a bunda de , gemendo roucamente de prazer no ouvido da loira, que se deliciava completamente com a situação.

— Vem, ... Goza pra mim, me deixa sentir... — pediu, passando a rebolar para ajudar nos movimentos, o aperto em seus cabelos se intensificando em resposta.

­ não precisou ouvir o pedido delicioso uma segunda vez. Gemeu alto, o rosto contra os cabelos loiros, a mão agarrando o seio alheio com força enquanto não parava de rebolar em momento algum, estremecendo em um orgasmo intenso e derramando todo o prazer que sentia no corpo de .

­ perdeu a noção de tempo enquanto continuaram naquela cama, rolando de um lado para o outro na cama de casal, o sexo bruto e intenso deixando marcas nos corpos e os gemidos altos mais se parecendo com gritos de prazer quando a intensidade era tanta que fazia com que perdessem o ar. Dormiram exaustas quando já era quase dia, as rodadas de sexo fazendo com que não se preocupassem com mais nada, acabando por dormirem ali, abraçadas, com os corpos completamente colados como tinha sido durante toda aquela noite.

A loira despertou mais cedo, os raios de sol que entravam pela cortina fechada a fazendo acordar, se desvencilhando do abraço apertado de , que continuavam dormindo profundamente. Saiu enrolada em um lençol, abrindo a porta par adentrar a sacada do quarto, o celular em mãos para tentar se comunicar com , torcendo para conseguir se comunicar com o amigo que raramente acordava em um sábado antes do meio dia.

— Garota, onde você se enfiou? — o tom de voz de fez com que acreditasse que a noite também tinha sido boa para o amigo.
, como foi que isso aconteceu... — disse em um tom confuso, passando nervosamente a mão livre pelos cabelos loiros.
— Ah meu bem, quer que eu conte sobre o portal no qual você entrou quando foi para aquele banheiro e acabou passando a noite com a boca na botija?

­ não pode evitar o riso ao ouvir o amigo, que não demorou para contar sobre a noite incrível que tinha tido no apartamento de Pedro. Dizia estar apaixonado, só não sabia ainda se era pelo homem incrível que Pedro era ou pelo sexo maravilhoso. Continuaram conversando por mais alguns minutos antes de desligar, combinando de se encontrarem no apartamento para almoçar ao meio dia e descansarem antes de decidir o que fariam naquela noite.

Quando voltou para o quarto, notou a falta da ruiva na cama. O barulho no chuveiro indicava que ela estava no banho, dando tempo o bastante para pensar na noite anterior. Tinham feito sexo de forma apaixonada e nada doce, assim como sempre tinham gostado, os corpos estremecendo de prazer e o gozo intenso e delicioso. não se arrependia nem um pouco do que tinham feito, mesmo que não fossem mais se ver depois daquela noite. Sempre tinha sido sobre sexo, somente sexo, e agora não seria diferente disso. Decidiu se deixar levar completamente pelo desejo que sentia, entregando nas mãos do destino e aproveitando do prazer que conseguiam proporcionar uma para a outra de forma deliciosa como tinham feito na noite passada.

Sorriu ao ver a mulher ruiva saindo do banheiro enrolada em uma toalha, os cabelos avermelhados completamente molhados caindo em cima dos ombros cheios de sardas. Foi até a mulher, deixando o lençol cair no caminho e envolvendo o corpo dela com os braços, rindo baixo ao ver o sorriso lindo e surpreso no rosto de .

— Bom dia, minha latina. Acordou de bom humor, foi?
— É que eu dormi ao lado de uma mulher maravilhosa, depois de uma noite mais maravilhosa ainda...
— Dormiu, foi? — o sorriso de a derretia inteira, e até poderia ter continuado com aquele momento cheio de ternura se não fosse pelos seios da ruiva roçando nos seus, ainda cobertos pela toalha.

Se beijaram apaixonadamente, com um carinho e calma que não tinham tido na noite anterior. Em algum momento a toalha de caiu no chão e o corpo nu e molhado da ruiva caiu na cama, as posições da noite anterior se invertendo ao acabar se encaixando por cima, os lábios passando pelo pescoço de , correndo pelos seios onde demorou de forma prazerosa, o próprio prazer aumentando ao ouvir os gemidos em resposta.

­ não era acostumada a ser tocada, gostava mais de dar prazer do que receber, mas a relatividade de a fazia sentir um prazer imenso que não se permitia sentir com outras mulheres. Em meio aos beijos deliciosos por todo o seu corpo e os lábios se envolvendo de forma apaixonada, acabou de joelhos no chão, a parte de cima do corpo deitada em cima da cama e o quadril empinado para cima, se oferecendo completamente para os lábios e mãos famintos de .

beijou inteiramente as costas da mulher, mordendo em pontos específicos e sorrindo contra a pele de ao ouvir os gemidos baixinhos e a excitação presente em seus dedos enquanto acariciava a ruiva no meio das pernas, se deliciando em como despertava prazer facilmente. As mãos de envolveram a bunda da mais velha, apertando com força e separando para que pudesse escorregar a boca, a língua tocando o anus em movimentos circulares que provocaram um prazer intenso em . A ruiva sentiu o corpo inteiro relaxando e estremecendo, gemendo alto e agarrando os lençóis enquanto o corpo era dominado pela sensação imensa de prazer.

A loira beijou e lambeu enquanto os dedos tocavam a intimidade de em um ritmo lento, entrando e saindo enquanto gemidos vacilantes e o tremor do corpo anunciando o orgasmo intenso que se seguiu, os gemidos altos da mulher fazendo o desejo de aumentar, que não parou de tocar a mulher em momento algum, se deliciando com o prazer da mulher e por pouco não se entregando novamente a um novo orgasmo sem se quer ter sido tocada.

As horas seguintes, assim como na noite anterior, foram de um prazer imenso e orgasmos avassaladores. Precisaram tomar banhos separadas quando se deram por momentaneamente satisfeitas, a dorzinha gostosa no corpo, e na própria intimidade, deixando claro para o quanto tinha sentido prazer nas últimas horas, provavelmente muito mais do que nos últimos anos. Foram embora perto das onze da manhã, insistindo em pagar a conta, bem como levar para casa, que não se recusou em momento algum, aproveitando para trocar beijos agora carinhosos com a mulher durante todo o caminho de volta até a Vila Mariana.

— Para onde agora?
— Moro no condomínio perto do Ibira. — disse, usando o apelido do parque conhecido entre os paulistanos.
— Não sabia que seriamos vizinhas de andar.

­ disse com uma tranquilidade que contrastava com a expressão chocada de , que só conseguia pensar em como o destino resolvia a sacanear repetidas vezes. Então ela era a vizinha bonita que tinha comentado na noite anterior... Mesmo que ele não reconhecesse a mulher, seja lá qual fosse o motivo disso, mostrava as artimanhas que a vida tinha para juntar duas pessoas, mesmo que fosse apenas para momentos deliciosamente carnais. Entraram pelo elevador no estacionamento, uma eternidade se passando até que conseguissem chegar no décimo andar por diversas vezes travarem o elevador para trocarem beijos e carícias por cima das roupas. Foi difícil para que as duas conseguissem se separar, mesmo que o espaço que agora separava as duas não fosse nada comparado a distância de anos entre Brasil e Alemanha.

— Quer jantar hoje?

O convite fez um sorriso surpreso se espalhar pelo rosto de , que mal conseguia acreditar no que andava acontecendo nas últimas horas.

— Claro... Onde?
— Aqui em casa. Cozinho para você... — a forma sacana com que disse isso, deixando claras suas segundas intenções, tornou o convite ainda mais irrecusável.
— Tudo bem. As oito?
— Nove. Tchau, vizinha.

Quase se despediram sem um novo beijo se não fosse por a agarrando na porta quanto já tinha começado a girar a chave e pegar na maçaneta, fazendo a loira se derreter completamente, entrando no apartamento vizinha com um sorriso abobado no rosto e uma sensação deliciosa percorrendo o corpo.

Depois de tanto tempo continuava sendo pega pelas surpresas que arranjava e pelas armações do próprio destino. E não poderia gostar mais disso do que naquele momento.


Fim



Nota da autora: Obrigada por ler até aqui, espero que tenha gostado. Até a próxima fanfic!





Outras Fanfics:
The One (Restritas/Finalizada)
(Un)Lost (Outros/Finalizada)


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