Leitora do mês - Setembro

Lizandra Antunes



Nome: Lizandra Antunes
Apelido: Liz
Aniversário: 19 de Junho
Contato: Twitter
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1. Living Backwards
2. Raining
3. Unleashed
4. Pequeno Infinito
5. Diga Que Não Quer
6. Je m'appelle Clair Laboité
7. La Nuit Dernière
8. Passe Adiante
9. Last First Kiss
10. 500 Days in London



Fanfic Obsession: Como você conheceu a Mare-ana? Qual foi a primeira fic dela que você leu?
Leitora: Eu conheci a Mare porque fui ler Diga Que Não Quer. Não me lembro nem sequer como encontrei a fic, mas achei o nome legal e fui atrás de ler (tenho dessas, vou muito atrás de livros/histórias por causa dos seus títulos). Quando li, fiquei completamente apaixonada e senti que precisava falar com aquela autora super divertida e original que conseguia escrever em POV masculino sem que o cara parecesse uma perfeita patricinha detalhista - e, mesmo quando o Ryan ficou próximo de ser detalhista como uma mulher, isso foi explicado pelo trabalho dele, achei genial (risos)! Então, fui falar com ela pelo facebook (se não estou loucamente enganada) e descobri que ela era realmente uma pessoa maravilhosamente incrível. Fiquei surtando feito louca quando ela começou a me tratar como amiga dela, sem brincadeira nenhuma! (Risos) E, no fim, hoje a Mare é uma das amigas que eu mais amo, apesar de a gente conversar mais por grupo do que por mensagem privada. Ainda espero que a gente possa se conhecer pessoalmente numa dessas idas e vindas da vida num meio termo entre a cidade dela e a minha (que nem tão distantes são).

FFOBS: Para você, o que tem que ter numa fanfic?
L: Acho que é importante que cada história seja única. Não creio que haja um padrão fixo para todas elas, mas que tudo deve ser escrito com paixão. Você deve pesquisar, enriquecer, detalhar, buscar aproximar o leitor ao máximo daquilo que quer passar a ele. Então, creio que veracidade e entrega sejam palavras que definam bem a essência de qualquer boa história. É isso que tem que ter numa fanfic: uma autora entregue ao mundo que ela própria criou, buscando compreendê-lo e incorporá-lo, pesquisando tudo o que for possível sobre cenários, personalidades, sentimentos e tudo o que for possível, tentando deixá-la o mais próxima possível da realidade à qual essa história pertence. O que faz uma história mágica é o quanto o leitor se vê nela. Se você escreve algo e vê que consegue que pelo menos uma pessoa se identifica com isso, acho que seu trabalho foi cumprido; sua história tem tudo o que ela precisa!

FFOBS: Quais temáticas, gêneros e seções que mais te agradam?
L: Eu amo clichês bem escritos, aquelas histórias onde você já sabe até com quem a personagem principal vai ficar, mas que, mesmo assim, não deixa de torcer por ela, porque é uma personagem cativante. Também amo histórias com temáticas diferentes, que fujam bastante do normal. Curto muito os dois extremos. Quanto ao gênero, serei uma eterna amante das comédias românticas, sem exagero algum. Eu curto enredos dramáticos, mas acabo me sentindo mal em acompanhar histórias onde só tem tragédia. A vida já é um drama por si só, acho que não preciso piorar tudo lendo sobre mais coisas ruins. Creio que tudo tem que ter o equilíbrio, senão acabamos mergulhando em ideias doidas e distorcidas do mundo. Por isso que amo as comédias românticas, elas têm sempre aquela pitada de amor meloso, mas que sempre acaba tropeçando de forma engraçada e deixando tudo leve e divertido. Sei lá como explicar (risos). E, bem, eu costumava ler muito fanfics das bandas que eu gostava, mas atualmente eu prefiro muito mais ler as originais. E um pequenino detalhe (pasmem): eu não sou fã de restritas!

FFOBS: Quando você começou a ler? Lembra como e qual foi a primeira fanfic que leu?
L: Ai, eu amo contar sobre isso! Foi tão de repente que chegou a ser engraçado. Era meados de 2012, eu estava no twitter, fuçando em algum fã clube de One Direction, quando me deparei com um tweet que era algo parecido com "@fulana você tem que ver isso é o máximo" e um link logo a seguir. Eu fiquei curiosa (como sempre) e fui abrir o link. Antes que a página carregasse, apareceu um aviso dizendo: "Olá, directioner! Qual é o seu nome?" e uma caixa em branco abaixo. Eu só soube o que responder porque estava escrito directioner lá, senão teria ficado perdida. Então as perguntas seguintes eram algo como: "E qual é o seu apelido? Seu sobrenome? Qual é o seu 1D preferido?". Só por causa dessas perguntas bem "objetivas" que eu soube o que fazer. Então, logo no início da página, apareceu algo assim: "Prezada senhora Lizzandra Antunes, sua inscrição na Escola de Artes de Londres foi aceita" e eu entrei em pânico. "O que? Como assim? Quer dizer que essas perguntas eram pra isso? Mas, não, não é assim que se inscreve pra nada... Mas como eles sabem meu nome???" Hoje em dia eu me divirto com isso (risos). A fic era 500 Days In London e eu fiquei deslumbrada quando comecei a ler tudo aquilo (que, na realidade, só me dei conta de que o papo era comigo mesmo quando a mãe da personagem chama pelo nome dela na despedida do aeroporto). Foi mágico e, ao mesmo tempo, assustador. Depois daquele dia, posso afirmar com certeza que minha vida nunca mais foi a mesma. Eu descobri um jeito novo de ler e interagir com uma história e, melhor que isso, descobri que queria fazer parte daquele mundo também.

FFOBS: Na sua opinião, qual a importância da leitora para uma autora?
L: Nossa, toda! Os leitores são o gás que uma autora precisa pra saber que sua história é valorizada. É uma delícia você escrever pra si mesma, desabafar tudo o que pensa no papel (ou, sendo mais moderna, no computador ou celular), mas saber que isso é bom e legal pra alguém traz uma sensação única de dever cumprido. Quando aparece um comentário novo na fic, quando chegam emails de pessoas desconhecidas dizendo pra continuar a escrever, quando brotam recados no ask, tumblr, facebook e o escambau a quatro, é maravilhoso! E isso tudo porque nós, leitores, deixamos um simples "SUA HISTÓRIA É PERFEITA, CONTINUA, MINHA VIDA DEPENDE DISSO"! É tão rápido, só colocar no caps lock, divitar algumas poucas palavras de incentivo, apoio e carinho e, BINGO, haverá mais uma autora feliz e motivada no mundo! Por isso é tão importante que sejam deixados comentários nas fanfics. Já temos tantos exemplos atualmente de várias escritoras, inicialmente de fanfics, que conseguiram publicar seus livros. E não me refiro nem às famosas. Um comentário, por mais simples que seja, denota importância e isso, com certeza, faz toda a diferença do mundo.

FFOBS: Você também é autora ou se prende apenas à leitura? Se sim, quais são suas fanfics?
L: Sou autora sim, acho que deu pra perceber um pouquinho que eu entendo dos dois lados (risos). Atualmente eu uso o pseudônimo de Lily Evans, mas, bem no comecinho, foi Skye Campbell e, em seguida, Liz A. (sempre gostei da ideia de outro nome, apesar de amar o meu). Eu passei a escrever logo depois de começar a ler fanfics, mas acabei excluindo a minha fanfic original do site. A segunda que escrevi foi para o especial de música, eu tinha 14 anos e uma péssima noção de um relacionamento amor e ódio, em resumo (risos). Essa foi Apenas Negócios. Depois, escrevi Sol da Meia-Noite para uma amiga. Então, de 2013 pra cá, escrevi também I'll Miss You, Virada Radical, Ainda espero... Resposta, além de algumas outras shorts e longs, que pretendo enviar pro site em breve.

FFOBS: Se você tivesse o poder de dar vida a uma personagem que leu numa fanfic, qual seria? Por quê?
L: Uau, essa é difícil. Eu já estava quase dizendo que não tinha um personagem que eu gostasse muito, mas aí me lembrei de uma shortfic que li muuuuito tempo atrás e... Meu coração bateu forte. Last Kirst Kiss é uma fic simples, bem antiga, mas que eu amo e que recomendo que leiam, porque foi uma das primeiras que me trouxe lágrima aos olhos! Eu não sei o nome do pp, já que eu li com o Styles na época, mas amo forte. Queria muito que ele fosse meu melhor amigo que nem é o melhor amigo da pp. Ele é fofo, e gosta dela, e... Ai, não dá pra contar o final da história! Leiam e venham me contar se gostaram dele também, porque ele é um lindo. (PS. Eu não tinha lembrado dela até agora, por isso ela ficou lá embaixo no top.)

FFOBS: Se sua vida fosse uma fanfic, qual seria o nome? Por quê?
L: Ai, essa também é legal de contar! Porque eu poderia fazer uma lista de incontáveis nomes relacionados a desastre (risos)! Acho que "Novelo de Lã" seria legal, porque um novelo geralmente vem todo enrolado, com cuidado, mas, ainda assim, pode ser uma bagunça; e, se você deixar de ficar atento um pouquinho que seja, logo pode se tornar uma confusão interminável. Sou bem dessas... (E agora imaginem bochechas vermelhas.)

FFOBS: O que você acha que chama mais atenção nas fanfics em comparação com os livros?
L: As fanfics são muito leves e sem toda a preocupação de ter aquele "ar profissional", você pode escrever uma expressão em caps lock pra expressar a indignação da personagem que (apesar de as leitoras mais exigente se incomodarem) não tem problema! Eu gosto muito de ler e escrever fanfics por causa disso. Você pode escrever o que pensa e se aprimorar, pode deixar o pensamento correr livre, leve e solto, viajar por vários lugares, e tudo isso sem ter toda aquela pressão de precisar ter perfeição em tudo. É como uma escola para escritores (risos)! E agora que as fanfics têm sido mais valorizadas, ainda podemos ver coisas lindas e maravilhosas a venda, como os acessórios e até os próprios livretos vendidos aqui. Mais um ponto para as fanfiqueiras de plantão, minha gente! Não só os livros têm o poder da compra e venda (risos)! Enfim, acho que é esse o ponto forte. Você poder se expressar da maneira que mais te agrada, sem precisar se preocupar com o que os "críticos" acharão. Que se danem os críticos, a fanfic é sua e tem que ser do jeito que você quiser!

FFOBS: Bom, essa entrevista vai terminando por aqui. Caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
L: Primeiramente, queria dizer às/aos leitoras/es: DEIXEM UM RECADO PARA AS/OS AUTORAS/ES NAS FANFICS QUE VOCÊ LER! Não custa nada comentar algo, você pode ser sucinta e, pode ter certeza, só isso já fará quem escreveu aquela história que você gostou pra lá de feliz! É incrível saber que mais alguém além de você gosta daquela história (falando por experiência própria). Portanto, lembrem-se de retribuir o carinho que os autores têm ao compartilhar o mundo deles com vocês. Não cai a mão, não machuca e faz um bem tremendo para quem recebe aquilo, ok? (Ok.) E, segundo, queria dizer aos autores: sejam sempre amorosos com os seus leitores, são eles que estão ali te apoiando no seu trabalho. Jamais despreze isso! E, enfim, acho que era só isso de recado (risos). Queria agradecer à Mare, que me elegeu a leitora dela (estou em lágrimas com isso, gente), porque eu amo essa garota! Agradecer ao site pelo espaço e também por todo o trabalho já realizado aqui. Vocês foram os primeiros que eu encontrei e sempre terão esse lugar no meu coração. Abraços virtuais a todo mundo!