Agosto 13, 2003.
juntava as coisas dela rapidamente do chão, era desastrada, isso não era segredo, mas não tímida. Se abaixou, pegou tudo e gritou um palavrão para a senhora que a tinha feito derramar os livros.
Saiu da escola desacompanhada e pegou o caminho de casa, sua rua. Eram 6 quarteirões até lá e ela fazia muita questão de descer sozinha todo o percurso com apenas seu fone de ouvido, escutando à tão amada playlist.
Admirava o movimento das ruas. Um cachorro sentado na frente de uma caixa de correio na casa de alguma senhora rica latiu quando ela passou, o dono do mercadinho da esquina, um grande amigo de , disse “Oi” ao vê-la passar por lá. De resto eram casas arrumadas de grandes empresários e pessoas de famílias importantes morando no bairro. também vivia nesses padrões, mas adorava a simplicidade de um copo de café e um livro pela manhã na cafeteira em frente à sua casa. Também havia a doceria que ficava a um quarteirão de sua casa, onde gastava boa parte de sua mesada e apostava que sabia diferenciar cada um dos doces de olhos fechados.
Enquanto sua música preferida tocava no celular um rapaz se aproximou dela. Era alto, bonito, com olhos intensos e um sorriso charmoso, como se quisesse ser desvendado e adestrado.
O rapaz falou algo que não conseguiu escutar e tirou os fones imediatamente.
- Desculpe, não ouvi o que disse.
Bem, a história do garoto: viveu muito, muito mesmo. Passava pela rua por coincidência, mas ele não negava um desafio. Sabe aqueles desafios que você faz consigo mesmo? “Se eu não atravessar a rua antes daquele carro desaparecer na esquina, eu morro”, então, ele fez o mesmo desafio só que mudando algumas coisinhas. Desafiou a si mesmo que se não conseguisse a atenção da garota passando dançando silenciosamente e com áurea desatenta ele morreria... e como morreria.
Ela corou pelo sorriso que ele deu, devastador. E no meio da rua ele repetiu a apresentação. Agora imagine a cena, telespectador, uma garota de altura mediana e cabelos sedosos corando e se sentindo pequena ao lado de um ser meio bagunçado que estendia a mão como quem contava um segredo. Além disso ser no meio da tarde e de ela encarar ele olhos nos olhos; a cena era bastante romântica.
- Eu disse que meu nome é , mas pode me chamar de .
- Prazer em conhecê-lo, .
Ela sorriu e se afastou determinada a seguir seu caminho. Passou direto por ele que ficou com a mão estendida e com uma cara inexpressiva até entender que estava perdendo a garota. Do ponto de vista dela, o encanto estava próximo.
“Seja inatingível, misteriosa e nem um pouco você mesma. ” Ela repetia e ria da frase que mantinha como mantra.
- Espere! Você não se apresentou. – Falou apressando o passo até ela.
- Sei disso.
- Mas...? Não vai dizer seu nome?
- Não. – Virou o rosto delicadamente, piscou de maneira suspeita e continuou.
- Por quê? – Sua carinha de cachorro abandonado a fez parar e rir discretamente. O garoto abriu um sorriso quando viu o que tinha feito. – Viu! Eu fiz você rir, diga seu nome, por favor, quero conversar apropriadamente com você, ...senhorita.
- Tudo bem, . Meu nome é e eu conheço seu tipo, não quero mais contato do que “isso”. – Ela parou no meio do caminho e fez movimentos com as mãos que mostrava que falava da relação deles recém feita.
- Meu tipo? - Falou gargalhando.
- Sim! Esse tipo encantador, necessitando de atenção e carinho, não vai me ganhar assim.
- Então o que eu tenho que fazer para te agradar, milady?
- Tenho que ser pega de surpresa e uma surpresa boa, por favor. Tem que me fazer rir e fazer valer a pena eu ter me exposto assim. – O tom agudo na última palavra e os gestos que fez, o fizeram perceber que ela estava brincando de donzela inocente.
- Ah, . Gostei desse nome, lindo como a portadora dele. Você é uma romântica.
- Eu sou realista. Não gosto de perder tempo, faça valer a pena.
Então, ela virou em uma casa grande e entrou.
“Faça valer a pena.” tinha mexido com . Afinal essa era sua especialidade, na arte da sedução era formada, havia lido livros e livros, sua experiência era teórica, mas majestosa. Já tinha namorado inúmeras garotas, conhecida cada uma delas. Nesses segundos de conversa ela sabia o efeito que tinha provocado e ele sabia que tinha provocado um grande feito.
com seus 15 anos e com seus 17. Ela pisando firme “nisso” e ele tropeçando sem ao menos conhecê-la.
- Vou vê-la de novo. – Disse em voz alta e foi para casa.
Agosto 14, 2003.
- Oi! ! - corria estendendo o braço para a garota que já fazia seu caminho diário.
- Está atrasado. - Ela riu.
- Eu sei, amanhã eu apareço antes de você sair da escola.
- Amanhã?
- Sim, românticas gostam de cavalheiros, vou lhe acompanhar todos os dias até em casa.
- Sou realista.
- Que seja. Então, eu não sei nada sobre você e parece que você já conhece, abra aspas, meu tipo, fecha aspas. Pode dizer algo mais?
- Claro, - Ela riu - sou realista, como já sabe. – Ele rolou os olhos teatralmente e ela lhe deu um tapa de leve. - Amo filmes de super-heróis e coisas totalmente fictícias. O mundo real é muito chato.
- Uma romântica sonhadora, então.
- Realista criativa. Também gosto de cachorros, não daqueles pequenos e fofos, sim daqueles grandes – Abriu os braços em um gesto abrangente. - E bagunceiros. – Juntou as mãos perto do rosto como um coelhinho. – Que entram em casa e sujam tudo de lama enquanto dão um jeito de quebrar a vidraria.
- Tem um desses – Ele imitou o coelhinho. – Em casa?
- Quem dera, em casa meu xodó é minha caixa de som.
- Cor preferida?
- Azul marinho, claro.
- Essa cor não existe. – Falou levantando uma sobrancelha.
- Existe na minha cabeça e ela é linda.
- Música preferida?
- Você não conhece.
- Teste.
- Come on Eileen.
- Tem razão, não conheço.
- Quer ouvir? – Estendeu os fones e os olhos brilharam quando ele pegou um e ela colocou a música para tocar.
- Gostei.
passou a cantar junto e fez uma coreografia que havia inventado.
- Você parece uma cabra tendo um ataque de cócegas quando dança.
- Pareço é? E se eu dançar assim? – Ela fez alguns movimentos estranhos mais exagerados que o fizeram rir. – Eu sei que você quer dançar também. – Gargalhou.
E ele a acompanhou, balançando as mãos no ar e pulando amarelinha no nada.
Eles passaram a se ver todos os dias. Os sorrisos se tornavam mais únicos, as brincadeiras mais “mágicas”, se assim pode dizer. Assuntos variados e conversas infinitas.
Trocaram o número de telefone, então as conversas não ficavam só na rua. Durava horas, madrugadas inteiras e eles amavam.
Setembro 21, 2003.
Baile da primeira. Não era a época que mais amava no ano, mas com certeza ela adorava a preparação e o frio na barriga. Foi combinado que podia se levar qualquer acompanhante, então ela resolveu levar , seu mais novo melhor amigo e pelo qual ela tinha uma queda, mas isso ela não admitia para si mesma nem sobre pressão.
Todas as suas amigas o viam com ela todo dia e viviam dizendo que ela estava apaixonada e ele também. só dizia “Besteira, somos só amigos”. Por mais que ela amasse os beijos na bochecha demorados que vez ou outra levavam a silêncios com os rostos aproximados, os abraços infinitos com direito a rodadas no ar e os olhares profundos que eles trocavam, ela ainda assim dizia que era natural e coisa de amigos.
Porém, já sabia que ele estava apaixonado, sabia que tudo que ele fazia era algo a mais e sabia que ela estava retribuindo mesmo que sem saber.
Ele a levaria para o baile, na verdade o contrário, mas ele que a pegaria em casa então ele a “levaria”. Chegou vestido em uma camisa social que marcava seus músculos que estava para fora da calça social de forma sexy. estava com um vestido amarelo e saltos pretos que faziam ela ficar quase da altura do maior.
- Arrasou no salto, baixinha.
- E você na camisa, dá até vontade de tirar. - Deu um sorriso sexy que fez ficar sem palavras por alguns segundos, provocando risos na garota.
- Vamos logo, safada.
Ele então deu um tapa de leve na bunda dela e a mesma colocou a mão na boca expressando surpresa e depois rindo com ele.
Chegaram um pouco atrasados, mas não teve aquela cena de “vamos todos olhar para a garota bonita”, é um baile normal, telespectador, não um filme cliché, Jesus. Continuando: na hora que entraram, foi dar oi para suas amigas e disse para esperá-la na mesa do ponche. Sim, tinha ponche, retiro o que eu disse sobre clichés.
- Você trouxe seu namorado? - Uma das amigas de disse procurando em todo o salão.
- Quem, o Inexistente? Trouxe, deixa eu apresentar para vocês.
- Não, abestada. O .
- não é meu namorado.
- Tem certeza? – Falou sorrindo descaradamente.
- Absoluta.
- Sinal verde?
- Verdíssimo, esmeralda até.
- Então eu vou a caça.
- Ok, vá lá... espera, o quê?
Quando percebeu a mancada que tinha feito a “amiga” já havia sumido.
estava esperando em pé com dois ponches na mão, olhando para o relógio periodicamente se perguntando quando ela ia voltar. Porém em vez de sua garota aparecer, veio uma outra garota, vestido longo, decote compensando o tamanho do vestido.
- Hey, .
- Oi, garota desconhecida.
Ele continuou a procurar sua amiga enquanto Wendy, a garota desconhecida pegou o copo da mão dele e sorria.
- Obrigada, então não quer saber meu nome?
- Não, eu estou procurando uma pessoa, na verdade. - Ele passou a procurar , mas não a encontrava.
- Quem se importa? Ela disse para eu te encontrar aqui. Faz semanas que ela me fala de você, - A Wendy se aproximou e colocou os braços em volta do pescoço dele - Acho que eu me apaixonei sabe?
- Eu não te conheço. Com licença. – Tirou ela de perto de si e passou a se retirar.
- Ar! - Ela bufou de raiva, precisaria fazer mais que isso para tê-lo. - Olha, ela deve estar por aí agora com o Samuel, se pegando pelos cantos. A gente fez uma troca justa aqui, quer realmente desperdiçar o que ganhou?
E então ele ficou com raiva de ter perdido todo aquele tempo, se iludido e achando que ela retribuía tudo que ele sentia. Sua cabeça explodiu e ele parou de pensar, só fez.
Depois de dez minutos achou os dois, só que não queria ter achado. Ficou um tempo parada olhando os dois até a ver e ela sumir na multidão.
Wendy perguntou o que foi.
- Você disse que ela queria isso, então por que quando ela nos achou saiu com raiva? – Perguntou olhando para a de vestido longo com batom borrado.
- Bem, talvez seja porque eu inventei isso. – Ela sorriu e se aproximou para beijá-lo de novo.
- Você é louca.
- Opa! Calado, garoto, você que me agarrou.
Ele a empurrou e foi atrás de , virando-se só para dirigir a última mensagem para a garota a qual nem sabia o nome.
- Isso importa?
estava sentada em um dos bancos do salão, dispensando qualquer chance de contato “bocal”. Até começar a ouvir a batida de sua música preferida, por cinco segundos ela pensou que o DJ poderia tocá-la voluntariamente, mas depois se tocou que todo mundo no recinto se olhava com cara de confusão. Ninguém sabe que música é essa e nem como se dança essa coisa. Foi .
- Oi, milady. – Ele se aproximou “Brotou das sombras”, como pensou.
- Então... Wendy? – perguntou olhando para o chão e levantando o olhar só para ver a reação do garoto.
- Quem? A garota que eu nem sei o nome? Uma das vantagens de ser mais velho. Garotinhas como vocês esperam um discurso de apresentação de amor eterno, nós chegamos na lata. - Se sentou do lado dela e colocou os braços ao redor dela. - Pegar ou largar.
- É mesmo? Pois eu largo. - Ela riu e começou a se arrumar para levantar. – Por que se sentou? – se levantou, limpou as lágrimas na velocidade da luz e disse: - Vamos dançar, querido.
Estendeu as duas mãos para sorrindo, ele apontou para si mesmo, levantando uma sobrancelha em seguida e ela riu.
- Vamos logo, sua besta. Você sabe até a coreografia.
Os dois se levantaram, foram para o centro da pista e fizeram os passos combinados e revisados pelos dois. As mexidas com o cabelo, as encenações e até o grande final quando ele a passava por debaixo das pernas, ele se virava e ela pulava em seus braços.
- Isso foi divertido. - Falou gargalhando. - Mas agora todos os meus dedos do pé choram. Me carregue, servo.
- Você está... – Arfando – fora... – Arfando - de forma. – Terminou essa frase sentado no chão.
- Haha! Olha quem fala, você está aí morrendo.
se contorcia de tanto rir, por isso não percebeu quando se levantou do chão, se aproximou dela e passou os braços pela sua cintura.
- , o que infernos você está fazendo?
- Eu não sei. - Fechou os olhos e aproximou o rosto do dela.
- ...
Deu um selinho longo em seus lábios, mas antes de qualquer coisa a mais acontecer o empurrou.
Ele ficou parado, olhando com os olhos cerrados e cara de dúvida.
- O que você pensou que estava fazendo? Nós somos amigos, não... sei lá.
- Desculpa, princesa. Eu pensei que fosse o momento certo ou algo assim.
permaneceu parada e calada, estupefata. percebeu a besteira que fez e se retirou. Dobrou no corredor e antes de sair completamente ouviu vozes. Eram de .
- Que merda eu fiz? Por que eu o parei? Eu gosto dele! Como eu sou idiota.
sorriu e viu que sua pequena só estava confusa, não era um “não”, era um “eu não sei”. A partir desse momento resolveu que ia lutar por ela. E percebeu que gostava dele, ia dar uma chance aos dois.
- , por que está sozinha? Cadê o seu namoradinho patético?
entrou em casa com sua chave e viu a mãe sentada no sofá esperando-a. Ninguém em sua casa apoiava a amizade com , diziam que ele era um patife e irresponsável, além de ser um perigo para a pureza de sua querida filha.
- Aconteceram algumas coisas, não quero falar sobre isso. Vou para o meu quarto. – Ela ainda se culpava pelo que aconteceu, ou melhor não aconteceu.
- Ainda bem que terminaram. Nunca gostei dele, eu ia até lhe proibir de vê-lo, mas vejo que não foi necessário.
Quando ouviu isso explodiu. Sua mãe sempre brigava com ela por seu relacionamento com , era preconceituosa, não sabia como ele era bom e o julgava por besteira. Ela não tolerou mais essa repressão e fez algo que se arrependeu depois, bem depois.
- Me proibir? Acha que pode me proibir de ver alguém? Sabe, mãe, esse seu senso de proteção é muito inútil. A senhora que é patética! Agora com licença que eu tenho coisas para fazer.
- . ! Isso é influência dele. Vou contar para seu pai. Se nos lhe vermos com ele de novo, vai saber as consequências! – A última parte foi em gritos porque a garota já estava longe.
Setembro 22, 2003.
Segunda feira. Dia de aula. mal podia esperar para ver e esclarecer tudo. Esperava que ele aparecesse e que pudesse se desculpar.
O sinal tocou e todos saíram das salas. Uma pessoa específica saiu correndo, mas isto são detalhes.
Chegou arfando no portão e viu o garoto esperando-a no ponto de sempre. Quando a viu ele deu um sorriso envergonhado, colocando as duas mãos no bolso.
- , , , desculpa. Eu não queria te ofender nem nada, eu não sei o que deu em mim. Mil desculpas.
- Claro, princesa. Desculpa também, não quero estragar nossa amizade. – Ele estendeu a mão para ela e disse: - Amigos?
Ela ficou alguns segundos parada, confusa. Sabia que gostava dele, pensava que ele retribuía, mas depois dessa ação viu que estava enganada. Foi só um erro, um desvio, não ia acontecer de novo.
Seus olhos se encheram de lágrimas que ela expulsou e apertou a mão do garoto que aguardava. Ele viu as lágrimas em seus olhos, sabia o que estava fazendo. Mas tinha um plano, tinha que seguir com ele.
Apesar de ser muito bom saber que ela sentia o mesmo por ele, ele devia ser paciente.
Setembro 30, 2003.
Chegando na porta, ele passou todos os livros de volta e ela sorriu. Não estava com a farda, no último dia de setembro na sua escola havia uma feira, era tarde e ela estava morta de cansada, mas a ajudou a carregar os livros.
- Obrigada. – Sua maquiagem estava borrada, os cabelos uma bagunça e ele só conseguia pensar em como ela estava perfeita naquele dia.
- De nada. Não vai entrar? Seus pais devem estar preocupados.
- Eles me deram a chave hoje, já devem estar dormindo a muito tempo. Que horas são?
- Duas da manhã.
- Ah.
Ele se aproximou e ela fechou os olhos, ela colocou a cabeça no seu ombro e sussurrou novamente obrigada.
Os dois sentaram na frente do jardim da casa de .
- .
- Diga, princesa.
- As estrelas estão lindas hoje.
- Você também, .
Ela apontou para uma estrela no céu.
- O nome daquela vai ser Tom.
- Tom? Quem é Tom?
Ela se levantou do ombro dele e sorriu.
- Ciúmes, ?
- Nem um pouco. – Fazendo uma pose presunçosa ele deitou no chão e ela o acompanhou. Colocou as mãos em volta do corpo quentinho dele e voltou a olhar para o céu.
- O nome daquela é .
- E daquela?
- , - Ele apontou para outra, - , – E outra. –.
- Por que todas se chamam assim? – Ela olhou nos olhos dele, retribuiu.
- Porque é o nome mais lindo que eu conheço.
Os dois fecharam os olhos e se aproximaram, mas nessa hora as luzes da casa de ligaram e ela sussurrou com os lábios próximos do dele.
- Tenho que ir.
- Tudo bem.
Ele se levantou e eles se abraçaram por longos segundos como uma despedida.
*Cena com base em Once Upon A Time in Wonderland.*
Outubro 15, 2003.
- .
- Oi, .
- Tenho uma surpresa para você. – Ele tremia por dentro. Tinha feito a revisão mental de tudo que podia dar errado.
1° ela dar um fora nele de novo por medo.
2° ela dar um fora nele de novo por raiva.
Ele estava muito otimista (sarcasmo, querido leitor).
- Fala. – Ela passou todos os livros para ele, como sempre, enquanto ele colocou uma faixa ao redor dos olhos dela. tomou um susto, mas já estava acostumada a ser guiada por seu toque.
a guiou por todo o caminho, até chegar na loja de doces.
- O que é?
- Não vou dizer, . – Ele falou deixando escapar um riso.
- Diz. - Ela prolongou o “i” como aquelas crianças mimadas e para honrar o título ainda bateu o pé no chão. – ! Por favorzinho, eu adoro surpresas, se você me matar do coração com um susto eu te dou um chute naquele bendito lug...
- Chegamos.
- Onde estamos? Posso tirar a venda? O que vai acontecer? Por que eu tenho o pressentimento que só descemos a rua?
Ele riu da ansiedade da pequena.
- Na sua loja de doces preferida, não pode ainda... esqueci qual era essa pergunta e nós realmente só descemos a rua.
- O que vamos fazer aqui? – Bateu palmas com animação.
- Você vai descobrir.
Segundos depois ele voltou com um saco cheio de doces.
- Vou brincar de uma coisinha com você, vou pôr na sua boca um doce e você tem que acertar qual é, ok?
- Ok, então. – Ela abriu um sorriso já sabendo que ia ganhar.
Ele pôs o primeiro.
- É marshmallow. Fácil demais, próximo.
Ele colocou em sua boca o próximo.
- Beijinho, um dos meus preferidos. Próximo. Se esforce mais, ! Pensei que você fosse pegar doces que eu nunca vi na vida ou que tem aqueles gostos horríveis.
- Que nada, princesa, só o melhor para você.
Ela corou e ele continuou.
Nesta brincadeira, os doces acabaram, mas ela não sabia disso.
E então fez o que ele havia planejado.
Chegou bem próximo do rosto dela, juntou seus lábios aos dela e sussurrou.
- E esse qual é?
Ficou um tempo só roçando os lábios e vendo ela arrepiar, provocando sensações na mais nova. Beijou-a em seguida, ela retribuiu, trocaram os sabores de todos os doces da loja e esse foi o beijo mais doce que eles já deram na vida.
- Você. – Falou de olhos fechados ainda com os lábios juntos e se beijaram novamente.
- Acertou. – Ele falou quando terminaram.
“Finalmente” pensaram juntos.
Dezembro 18, 2003.
Todo o bairro estava decorado para o natal, tudo brilhava, cantava e o clima frio castigava.
havia terminado de sair do coral que participava, ainda estava com sua roupa fofa. Um vestido vermelho e o cabelo feito cachos que caiam sobre suas costas. Mas ela estava com , então essa roupa não duraria muito tempo em seu corpo.
O zíper abriu e ela estremeceu de frio e depois sorriu da situação. Eles estavam em um armário do mercadinho da sua rua, os pais dela nem imaginavam e o dono da loja muito menos, mas os dois já estavam acostumados.
Os pais dela não aprovavam a relação entre a garota e um vagabundo qualquer, mas os dois se amavam, mesmo que não dissessem era possível ver. Eles se amavam e ela iria pedi-lo oficialmente em namoro no natal. Ela havia comprado até um presente e ele também.
comprou seu livro preferido para ele, Peter Pan. Um livro romântico sonhador. E ele comprou um colar com uma bengala doce de pingente. Tudo ia ser perfeito.
Ela ainda rindo e tremendo de frio dentro do armário e ele parando de beijá-la para abraçá-la e livrá-la do frio.
- Vamos sair, está tarde.
- Tudo bem.
Ele beijou sua testa e fechou o zíper tocando a pele quente da mais nova.
Os dois saíram e quando chegaram na frente da casa viram um caminhão de mudanças.
O pai de chegou pegando seu braço e lhe empurrando para longe do encontro do garoto.
- O que pensa que está fazendo?
- Não estava fazendo nada!
- E o que é isso no seu pescoço? Suba agora se não quiser que sobre para você.
No meio da rua os gritos ecoavam, se afastou do pai da garota que agora chegava balançando o dedo em sua direção. Ele já com raiva só se afastou e disse:
- Não sei quem o senhor pensa que é, mas não tem nenhuma autoridade sobre mim. Não pode me expulsar de onde quiser.
- Sei disso, garoto petulante. E é por isso que estamos nos mudando.
- O QUÊ? – gritou e se soltou do aperto da mãe, correndo para a rua novamente. – Não pode fazer isso, a gente não fez nada!
- Não adianta, garota. Suba para o seu quarto enquanto eu me livro desse imundo.
- Pode deixar, senhor. Eu vou para casa.
se virou e olhou para chorando antes de ir.
Dezembro 19, 2003.
As coisas já estavam empacotadas no caminhão da mudança. olhava para todos os lados e ligou para doze vezes. Segurava seu presente na mão e queria entregá-lo antes de ir embora. Estava no caminhão esperando-o.
Os pais dela estavam na casa pegando as últimas coisas. A garota se perguntava repetidas vezes como não percebeu tudo aquilo, mas aí se lembrou que na noite do dia 17 havia dormido na casa de “uma amiga”, que na verdade era , e os pais aproveitaram para juntarem tudo.
Ele veio correndo, descendo a rua em uma velocidade extraordinária, até ver o caminhão e se acalmar. Trazia junto às mãos o colar e cobriu a cabeça com o capuz. No outro lado da rua ele passou e abriu a porta contrária do carro. Ela tomou um susto, mas viu os olhos dele e sorriu.
Se abraçaram rapidamente e trocaram um beijo, provavelmente o último.
- É isso, então. Toda essa história para nada!
- Ei, não diga isso, . Não foi por nada. – Ele tirou o cabelo dos olhos dela e a beijou na testa. – Tenho que dar seu presente antes que seus pais cheguem.
- Eu também.
Ela entregou o livro e ele colocou o colar no pescoço dela.
- Adeus.
Ela o beijou e, por fim, sussurrou:
- Nunca diga adeus, porque dizer adeus significa ir embora e ir embora significa esquecer. Peter Pan.
Ela riu contra a bochecha dele e ele limpou a última lágrima que caiu do rosto dela.
- Até mais, então.
- Até mais.
E ele foi embora.
Outubro 24, 2015.
Arfando, depois de um começo de noite de vários prazeres, deita ao lado do seu amigo colorido, Brad.
- Nós devíamos sair, sei lá, é seu último dia aqui. – Disse Brad, e assentiu, levantando-se para vestir suas roupas.
- É, deveríamos, porém, prefiro ficar aqui, deitada e bem aconchegada. – Falou , se enrolando aos cobertores.
- Vamos lá, . – Falou Brad com uma voz manhosa. – Nós merecemos uma festinha. Há quanto tempo você não sai para dançar?
- A long time ago in a galaxy far far away. – citou a frase de Star Wars e Brad gargalhou.
Os dois concordaram em ir para o pub mais próximo, era sábado à noite, com toda certeza o pub estaria mais do que cheio, várias garotas e garotos estariam espalhados por todos os lugares, flertando, dançando ou até mesmo chorando por ter o coração partido por alguém.
A maquiagem de era constituída de rímel, delineador e um batom vermelho, simples, porém bonita. Ela vestiu um vestido vermelho e um salto preto, estava pronta.
Bateu na porta do quarto de Brad, ele abriu sorrindo.
- Pronto?
- Pronto.
Entraram no primeiro taxi vazio que passou e foram em direção ao pub, chegando lá mostraram as identidades e entraram.
E como previsto, o pub estava cheio. Brad pagou a primeira rodada de drinks para os dois, em seguida, ela pagou a segunda rodada.
Então, ela ouviu sua música favorita, Come On Eileen, em sua mais nova versão remixada, mas continuava sendo sua música favorita.
- Nós temos que dançar essa! – Gritou no ouvido de Brad, tentando fazer sua voz sobressaísse a música alta.
- Por que você quer dançar agora? Ainda não estamos no decimo drink. – Explicou, bebendo mais um pouco.
- Porque essa música que você está ouvindo é minha música favorita, vamos lá, por favor.
- Nem sabia que você tinha música favorita. – Disse, já sendo puxado de seu banco em frente ao bar.
- Existem muitas coisas que você não sabe sobre mim. – falou, balançando os quadris e piscando os olhos para Brad.
Brad colocou os braços ao redor do quadril de , mas ela logo as retirou.
Ela iria dançar do seu jeito, único e maluco, e para isso não iria precisar de mãos lhe atrapalhado.
Brad começou a se afastar, logo começando a flertar com uma loira.
Longe dali, mais especificamente do outro lado do bar, estava um cara com uma expressão confusa pensando naquela garota dançando solta no meio da pista.
Aquela seria sua ? Muito tempo havia passado desde a última vez que eles haviam se falado. Resolveu jogar a sorte e ir falar com a garota.
- ? – Chamou, e sua surpresa foi grande quando a garota virou sorrindo para ele.
já ouvira aquela voz. Sorria para o homem bonito tentando lembrar de onde o conhecia. E quando ele sorriu, ela teve as respostas para as suas dúvidas.
- Oh, ! – abraçou com saudades do seu aperto, sentiu falta dele.
analisou a imagem de quando eram apenas adolescentes e comparado com um totalmente diferente. Os olhos estavam mais vividos do que antes, sua expressão com algumas rugas. Espera, aquilo é um resquício de barba? sempre odiou.
- Então... você voltou.
- É, eu voltei. – Respondeu , passando uma das mãos por sua nuca.
- Um remix de sua música favorita tocando, difícil você não dançar. – Falou se aproximando do seu ouvido para que escutasse melhor.
- Você lembra? Faz muito tempo. – Perguntou voltando a se balançar ao som da música, ele fez o mesmo.
- Claro que lembro, o seu jeito único de dançar é engraçado.
E em meio a conversas sobre tudo e sobre nada, eles dançaram por mais três longas músicas antes que fizesse o que estava nos seus pensamentos a um bom tempo.
- Nós poderíamos sair daqui? Sei lá, ir para um lugar mais calmo. – Perguntou.
olhou para ele com uma expressão divertida e riu. E então falou:
- Essa sua cantada não vai funcionar comigo.
- Não é uma cantada, só queria conversar com você melhor. Não que eu não queira te cantar, porque eu quero.
- Esse seu humor cafajeste me fez falta. – Falou olhando para o chão. – Ok, vamos lá.
Saíram devagar daquela massa de corpos, procurou Brad em meio aquelas pessoas, mas não conseguiu encontra-lo, deveria estar em algum banheiro, com alguma garota. Riu imaginando, fazendo uma careta em seguida.
Quando conseguiram chegar a saída, ficaram um tempo parados esperando um táxi que levassem ao local que tinha em mente. sentiu uma leve brisa passar pelo seu corpo e olhou para o céu. Há muito tempo não prestava tanta atenção ao céu e seus componentes.
As estrelas. não gostava de olhar para elas, elas lembravam a última noite que tinha passado com o , e isso a machucava. Preferia não olhar para elas para o bem da sua saúde sentimental.
alertou que um táxi estava vindo e então ela deixou seu mundinho de pensamentos. Entrou no táxi e conferiu seu celular. Nenhuma chamada perdida ou mensagem não lida.
Jogou o celular dentro da bolsa, vendo que ele estava com sua bateria fraca. Quando voltou a sua atenção para o que realmente estava acontecendo ali, percebeu que estava tão distraída que não tinha nem ouvido falar para aonde estavam indo.
olhava pela janela, tinha alguns flashs de lembranças de alguns lugares por onde passavam, o motorista parou algumas quadras antes do bairro onde morava quando menor, e ela se perguntou por que eles estavam no meio da rua.
- Ok, isso é estranho. Por que você me trouxe para o meio da rua? – Perguntou confusa.
- Não sei, aqui a gente se conheceu. Você era muito chata, continua, só que agora está melhor.
- Não, eu sou uma realista criativa.
- Aham, vamos lá. – Falou, puxando por um dos seus braços.
- Você poderia parrar de correr? Não é nada fácil correr de saltos.
No momento seguinte, estava a segurando nos braços e correndo. notou que ele não só havia mudado um pouco sua aparência, sua musculatura também estava mais forte.
- Se você me derrubar, eu juro que te mato, nem que eu esteja com um braço quebrado! – Reclamou.
- Eu não vou, prometo.
aumentou a velocidade para chegarem na doceria da rua, chegando lá, desceu a garota e a colocou de pé, delicadamente.
- A única coisa que não mudou, porém melhorou, quando você se foi: A doceria agora é 24 horas! – “E minha queda por você”, essa parte ele preferiu guardar para si mesmo.
Entraram na pequena doceria, ouviu o sininho da porta, trazendo um barulhinho gostoso para o ambiente, o cheiro forte de doces e bolos também era uma marca do local.
Era madrugada, porém ali estavam umas três ou quatro pessoas, sentadas em uma mesa longe de onde escolhera sentar. Uma garotinha loira anotou os pedidos, que não eram poucos, deles dois e sumiu pela porta da cozinha. O chocolate quente dos dois chegou rápido, e até aquele momento eles estavam em um silencio perturbador.
- Então... a quantos dias você chegou? – quebrou o silencio com uma simples pergunta, assim seria melhor, ir com calma, na maioria das vezes, é a melhor opção.
- Faz uns dois dias hoje. – Respondeu , olhando para a xicara já na metade.
balançou a cabeça e se levantou indo em direção ao balcão, o observou, falou com a atendente e voltou para a mesa.
- Pedi os doces para a viagem, tudo bem?
- Sim, tudo bem. – Respondeu e deu um gole na xicara, ao invés de colocá-la na mesa, continuou segurando e balançando a xicara na frente dos seus olhos, fazendo com que sua boca ficasse escondida. – Você está namorando ou casado?
Falou rápido, tropeçando nas palavras. quase cuspiu todo o chocolate quente que estava em sua boca.
- Agora a realista criativa resolveu flertar? – Falou com um sorriso sacana nos lábios.
- Não estou flertando, só estou fazendo uma pergunta que amigos costumam fazer. – Contra-atacou.
- Se você diz. – disse, levantando as mãos e fazendo cara de bobo.
A garçonete chegou com os pedidos devidamente embalados, se levantaram e foram andando até o pequeno parque que tinham feito ao lado da doceria.
- É, mudou outra coisa por aqui também. – informou, sentando-se em um dos banquinhos de madeira espalhados pelo parque.
- Ficou bem bonito. – Elogiou. – Você ainda não respondeu a minha pergunta.
Insistiu, riu sabendo que ela não pararia até conseguir o que queria, seu jeito de ser não mudou nem um pouco.
- Ok, Ok. Respire, a resposta pode te assustar um pouco. – Fez uma pequena pausa e falou: - Estou casado.
- Sério?! – Colocou as mãos sobre a boca em sinal de surpresa. – Cadê o cara que falava que nunca se casaria?
- Eu estou brincando, sua boba. – Riu e bagunçou os cabelos da menor. – Não estou casado, também não estou namorando, eu estou caçando.
- Opa, desde quando mulheres viraram caças para você caçar? – Perguntou fazendo graça.
- Desde que eu nasci.
O assunto foi esquecido em meio a tantas risadas.
tateava seus bolsos com uma única mão enquanto a outra subia o vestido de aos poucos, com a chave em mãos o próximo desafio seria abrir a porta em meio aos beijos e arranhões que distribuía em cada misero centímetro de pele a mostra. Metade dos botões em sua camiseta ou tinham sido retirados de suas casas, ou eles já estavam pelo chão do corredor.
Com a porta aberta, seguiram para dentro da casa aconchegante. A Camiseta de já não estava mais em seu corpo, e o vestido de já estava praticamente fora de seu corpo.
Caíram no tapete da sala, e agradeceu por ter comprado um tapete tão espesso e fofo como aquele.
desceu seus lábios até o pescoço de , os dedos esguios de estavam entre os fios sedosos de , os lábios de estavam sendo maltratados por seus dentes. Aquele cara estava levando-a as alturas.
O telefone de tocou e ela ficou ajoelhada para poder pega-lo em sua bolsa, portanto curvou-se sobre ela para beijar seu pescoço no momento que ela pensara ter desligado a chamada, mas tinha feito o contrário. atendeu a chamada e se virou para dar atenção a boca de , fazendo assim seu cotovelo bater no botão de viva-voz, um gemido ecoou na sala, consequência dos chupões que espalhava por seus seios.
- ?! O que está acontecendo? – Os dois naquele cômodo assustaram-se com a voz que saiu do aparelho, era Brad.
- Cala a boca, ! – Sussurrou .
Os dois ficaram em silencio até que a ligação foi desligada, segundos depois. e gargalharam e começaram a afastar seus corpos, cada um ajeitando suas roupas, acabando encostados no sofá.
- Enfim, eu vou indo. – Avisou , pegando sua bolsa e ajeitando o cabelo. – Foi bom ver você novamente, .
Seu apelido parecia a música mais doce sendo cantada pelos lábios da menor.
- Me dá seu número, sei lá, caso eu queira te ver de novo, ou você quiser me ver.... quem sabe o que pode acontecer?
sorriu e adicionou seu número na agenda telefônica de .
- Boa noite, .
Disse e saiu rebolando pelo corredor do prédio de , enquanto ele encostava-se a porta, ainda estava em êxtase por tê-la reencontrado tanto tempo depois. Outubro 25, 2015. Espero terminar aquilo que começamos ontem.
Era o que estava na sua caixa de mensagens na manhã do dia 25. Ela riu enquanto digitava uma resposta para o . Eu voltei para Paris. Hoje de madrugada. É estranho, eu sei. Imprevistos. A não ser que você queira vir para Paris, dá para terminarmos.
Logo depois que a mensagem foi enviada, o celular de tocou, ela atendeu vendo que era o .
- Como assim você voltou para Paris? Eu não acredito nisso. – falou, rápido demais, ele parecia estar atropelando as palavras.
- Simplesmente peguei o avião da empresa e voltei.
- Ok, cala a boca, chega de gracinhas, você vai ter que me ouvir agora. Ontem à noite eu reencontrei o amor da minha vida, que eu pensei que tinha me esquecido, eu também pensei que eu tinha esquecido do que eu sentia por você, mas olha só, eu estava completamente errado. Eu estou quase chorando agora, você sabe que eu sempre fui esse bobão, uma criança grande, como você dizia. Ontem à noite eu fiquei imaginando nós dois, quanta merda isso parece, não é? Você veio como um foguete no meu céu escuro, iluminou tudo com suas cores vividas, anos atrás essas luzes acabaram se apagando quando seu pai te arrancou de mim, e ontem... ontem foi como se tudo acontecesse novamente, você retornou para minha vida, trouxe as luzes novamente, aquele sentimento que eu tinha por você parecia estar em um pote, pote esse que eu acabei abrindo ontem. Você é, e sempre será minha romântica sonhadora, minha realista criativa, meu primeiro verdadeiro amor...
- ...
- Cala a boca e me ouve até o final, eu vou perder minha coragem se você me interromper mais uma vez. Enfim, eu sei que você ama clichés, se tivesse me avisado eu tinha ido até o aeroporto fazer aquela ceninha de filme. Mas isso é vida real e eu tenho medo de que eu nunca mais te veja. Eu posso não ser o cara perfeito, mas eu te amei com todas as minhas forças. Por você eu sou um romântico, um amigo, um vagabundo, um idiota, um humorista, um galanteador, um desaprovado pelos pais, um quebrador de regras, uma lembrança boa, um passado, um futuro, uma memória, uma recaída ou até mesmo um arrependimento, mas eu e todo o meu coração somos só seus e isso não muda nem em um milhão de anos. Então, o que você me diz?
estava aos prantos no sofá de casa. E entre lágrimas tomou a decisão que poderia mudar a sua vida, desligou a chamada com .
não saia de casa desde a hora que desligou o telefonema, ele estava triste, triste demais para trabalhar, para sair com os amigos e até mesmo para andar. Comia qualquer porcaria que estava em casa, bebia vários destilados e sentava perto do celular esperando algum sinal de vida da amada.
Leves batidas na porta o alertaram, pensara ele que fosse o entregador de nachos, levantou-se e pegou as cédulas que estavam sobre a mesa.
Quando abriu a porta e encarou a pessoa que estava ali ele não acreditou que ela era, simplesmente não conseguia acreditar, estava ali, na sua frente... com um buque de rosas?!
O coração do estava pior que escola de samba, e o da não estava tão diferente. Eles claramente se amavam.
- Por acaso, você não acha que isso está um pouco errado? – Perguntou , o sorriso nos seus lábios estava gigantesco, a felicidades irradiava do casal.
- Eu sou sua romântica sonhadora, lembra?
Fim.
Nota da autora: (30/12/2015) Lua: Olá, meus amores!!!! Nem tudo precisa ser aquele velho clichê, não é mesmo? Nem sempre é o cara que deve correr atrás, dica para a vida. #FeminismoWins. Quero agradecer a todos que leram a fanfic, esse é o primeiro trabalho que eu e a Mandy – sz, obrigada pela paciência comigo – terminamos e a minha segunda fanfic para ficstape, eu amo fanfics inspiradas em músicas!! Sinceramente? Eu chorei rios lendo essa fanfic, não a minha parte, mas a da Mandy. Enfim, eu quero saber se vocês se emocionaram ou não, eu estou nervosíssima para saber o que vocês acharam sobre essa fic, então se puderem, comentem o que acharam, eu e a Mandy adoraríamos saber! Até a próxima xx
Mandy: E com essa reviravolta eu anuncio o final de Come on Eileen. Agradeço a todas (e todos) que chegaram até aqui e que gostaram, qualquer coisa é só falar nos comentários. Eu particularmente estou muito feliz por ter escrito minha primeira fanfic e quero dizer também que Lua e Mandy não vão parar por aí. É isso meus príncipes e princesas, até a próxima. Beijinhos!