Bati desesperadamente na porta torcendo para que ele estivesse sozinho, sentia meu coração bater enlouquecidamente, não conseguia acreditar que isso estava acontecendo. Fui tirada abruptamente de meus devaneios com o som da chave sendo girada, a primeira coisa que pude ver assim que a porta se abriu foram seus olhos absurdamente , os mesmos olhos por quais eu sempre fui apaixonada.



- ? – perguntou confuso ao me ver parada em sua porta às duas horas da manhã.
- Por que não me contou? – perguntei sentindo meu peito doer. Seus doces olhos logo se encheram de compreensão e em instantes senti seus braços tão familiares tomando conta do meu corpo.
- Ela tá grávida – disse e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas.
- Vem, entra – disse ele me puxando para dentro e fazendo com que eu me sentasse ao seu lado no sofá. Me deixei desabar em seus braços, não perguntou ele simplesmente sabia o porque. A verdade é que mesmo fazendo dois anos e meio que não éramos mais um casal, eu ainda o amava, mas agora ele era de outra. E eu era apenas a sua melhor amiga. Desfiz o abraço e olhei no fundo dos seus olhos.
- Posso te pedir uma última coisa? – lhe perguntei.
- É claro – respondeu-me ele, vi em seus olhos que ele já sabia o que era. me conhecia melhor que qualquer outra pessoa.
- Se essa é a minha ultima noite com você, me beije como se fossemos mais que amigos, seja meu uma última vez – lhe pedi, com meu coração nas mãos.



Senti seu rosto se aproximar lentamente do meu e logo senti a tão conhecida sensação de ter seus lábios sobre os meus, passei meus braços em volta de seu pescoço e aprofundei o beijo, sentindo finalmente seu gosto, já tão familiar pra mim. Aquele beijo tinha gosto de saudade e ao mesmo tempo de despedida. Não era certo fazer aquilo com ela, eu não queria ser injusta muito menos cruel. Mas eu precisava disso, precisava de uma memória para me agarrar quando eu não pudesse mais tê-lo para mim. Tudo que eu conseguia pensar era, e se eu nunca mais conseguisse amar?


Senti me puxar para mais perto de seu corpo fazendo com que eu sentasse em seu colo e o nosso beijo ganhou intensidade. Levei minhas mãos até a barra da sua camiseta e a puxando para cima e quebrando o beijo para que pudesse retirá-la de seu corpo. Desci meus beijos para seu pescoço fazendo uma trilha pelo local. Senti suas mãos apertarem minha cintura com força e logo deslizarem para a barra da minha camiseta a tirando e jogando a mesma junto com a sua, em algum lugar atrás de nós. Voltamos a nos beijar intensamente e eu me senti ser erguida no ar, passei minhas pernas em torno da sua cintura e me deixei ser levada ate o seu quarto. Após chegarmos no mesmo, me prensou contra a porta, fechando a mesma e me beijou com mais intensidade. Levei minhas mãos até seus cabelos e os puxei levemente, quando senti uma de suas mãos descer até o botão da minha jeans, ele abriu o mesmo e me desencostou da porta indo em direção a cama, aonde me deitou delicadamente e quebrou o beijo. deslizou minha calça pelas minhas pernas retirando-as sem desviar seus olhos do meu em nenhum momento. Ele jogou a mesma em algum lugar do quarto deitando-se sobre mim e distribuindo beijos por meu pescoço logo antes de depositar um chupão no local, fazendo com que eu soltasse um gemido baixo. Desci minhas mãos por seu abdome até o botão de sua bermuda e empurrando a mesma para baixo. terminou de tirá-la e voltou a me beijar. Suas mãos espertas fizeram com que eu arqueasse levemente as costas dando assim liberdade para que ele procurasse o fecho do meu sutiã. Assim que o encontrou o tirou jogando-o longe. Quebrou o beijo e passou a trilhar beijinhos desde o meu rosto até meus seios aonde começou a acariciar um deles com sua língua. Fazendo com que eu soltasse um pequeno gemido. Passou a fazer o mesmo com o outro seio enquanto eu passava minhas mãos por suas costas. O empurrei até que estivesse sentado e levei minhas mãos até a barra de sua boxer preta, adentrando a mesma e acariciando seu membro já ereto. Senti estremecer com o contato de minhas mãos frias com sua pele quente. Fiz movimentos lentos de vai e vem, aumentando a velocidade conforme seus gemidos aumentavam. Fui parando gradualmente ao sentir que ele estava quase lá. me deitou na cama e tirou sua cueca, levando suas mãos ás laterais da minha calcinha e a puxando para baixo. Ele distribuía beijos á medida que ia descendo a peça de roupa, terminou de retirá-la e voltou a depositar o seu corpo sobre o meu. me beijou mais um pouco antes de levar suas mãos até a gaveta de seu criado mudo, pegando de dentro da mesma um preservativo. Já protegido se posicionou entre minhas pernas e me deu um último selinho antes de me penetrar. Gemi alto quando senti seu membro me preencher, sendo acompanhada por ele. movimentou-se lentamente por um tempo, até perder o controle e aumentar a velocidade dos movimentos. Gemi mais alto ao sentir meu orgasmo se aproximar, sabia que também estava perto. Joguei minha cabeça pra trás e soltei um longo gemido ao atingir o ápice. se movimentou mais algumas vezes ate chegar lá. Jogou-se ao meu lado enquanto recuperava-se do orgasmo. Ele se levantou e foi até o banheiro onde livrou-se do preservativo e voltou a deitar ao meu lado puxando me para deitar em seu peito. depositou um beijo em minha testa e acariciou meu cabelo até pegarmos no sono.



***



Acordei ainda abraçada a ele e virei meu corpo de maneira que eu pudesse observar seu rosto. Ele era tão lindo e eu o amava tanto. Era realmente uma pena que não pudéssemos ficar juntos, afinal não era eu que estava carregando um filho dele em meu ventre, assim como também não era eu que em breve me tornaria a senhora . Me levantei da cama com cuidado para não acordá-lo e juntei minhas roupas, vestindo as e deixando o quarto após olhá-lo uma ultima vez. Fui até a sala catando meu sutiã e minha blusa, peguei minhas chaves, saindo daquela casa e deixando meu coração para trás. Entrei em meu carro e dirigi até em casa já sentindo as lágrimas escorrerem por meu rosto. Tranquei a porta e joguei as chaves no sofá, subindo para meu quarto e retirando minha roupa jogando as mesmas pelo quarto. Fui até o banheiro, entrei no box e ligando chuveiro e deixando que minhas lágrimas se confundissem com a água quente. Tomei um banho rápido e voltei para meu quarto enrolada na toalha. Vesti uma camiseta qualquer e uma calcinha e me deitei em minha cama ainda chorando. Mas com a certeza de que pelo menos teria as memórias dessa noite para me apegar quando a saudade batesse.

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