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There's a fire starting in my heart
(Há uma chama acendendo no meu coração)
Reaching a fever pitch, it's bringing me out the dark
(Chegando num ponto de febre, está me tirando da escuridão)
- Adele, Rolling In The Deep.


Parte um – You'll never know if you don't ever try again


Apartamento do , São Francisco, 12 de março de 2016

- Paredes pintadas de laranja me irritam, . – Disse, enquanto se esticava, em uma tentativa falha de roubar algumas batatas chips do pacote do amigo.
- Não começa – respondeu, bravo. – E não ouse a tentar pegar minhas batatas de novo, . Não é minha culpa que as suas tenham acabado.
De algum modo realmente estranho, paredes pintadas na cor laranja tiravam do sério para valer. Existia alguma coisa naquela mistura de vermelho e amarelo que a irritava. Já havia tentado falar com seu pai sobre o assunto, em busca de algum trauma na gravidez de sua mãe ou mesmo em sua infância. Nada que tenha dado um resultado produtivo! Quando procurou o homem, o mesmo lhe disse que ela estava ficando estressada demais com a faculdade e criando obsessões malucas.
Porém não era maluquice ou insanidade alguma, elas só a irritam profundamente.
- Elas me estressam, okay? Acho que é por causa desse tom forte – explicou novamente e, pode ter certeza de que, se proferisse outra palavra qualquer a respeito de paredes laranja, a jogaria pela janela de seu apartamento, preferiu mudar o tema do assunto. – , só uma? Por favor?
- Não – respondeu.
- Por favorzinho – suplicou novamente, fazendo uma voz fofa.
- Só se você disser “, melhor amigo de todos, mais gostoso que eu poderia ter, me dá uma batata?” – sorriu.
- Você está brincando com a minha cara, não está? – Ele levanta uma de suas sobrancelhas, encarando a amiga. – , melhor amigo te todos, mais gostoso que eu poderia ter, me dá uma batata? – repetiu, revirando os olhos.
- Toma – ele diz, entregado a batata, como combinado. Porém ela é minúscula, extremamente pequena. Não é exagero da parte de fazer um careta de desgosto quando ele lhe entrega o salgadinho. A batata é mesmo pequena.
- É sério? – resmungou. – Olha o tamanho dessa coisa que você me deu, !
- Ninguém especificou tamanhos.
- Mão de vaca – falou baixo, em um sussurro.
era com certeza a criatura mais egoísta com que já tinha cruzado na vida. Ela tinha certeza de que o amigo morreria sozinho um dia e provavelmente em um asilo, na companhia de milhares de gatos.
Com a exclusão de seu egoísmo material, era um amor de pessoa. Não havia uma pessoa sequer em seu circulo de amizades que discordava desta afirmação. Ele era simpático com todo mundo, sempre rodeado de amigos, conhecia todo mundo – literalmente, todo mundo – e era extremamente carinhoso, pelo menos com as pessoas com quem tinha mais intimidade, como . O que fazia uma grande confusão na mente da garota. e tinham certos momentos juntos, onde as coisas ficavam difíceis de serem separadas.
Sabe quando você está no começo do ensino fundamental e de repente a matemática surge na sua vida e então você fica se perguntando “que porra é aquela”? Bem, matemática era a relação de e , e eu não estou falando sobre matemática na quarta série, quando você aprende a tabuada e é a coisa mais feliz decorá-la. Não, nada disso. Eu estou falando de cálculo IV: uma coisa não muito agradável de ser exercitada.
Voltando à afirmação de que era um amor de pessoa. Ele realmente era. Sabe aquela parte “feminina” da história, a parte carinhosa e amiga? Bem, esse era . Não que não seguisse esse mesmo modelo, ela só era um pouco mais ranzinza. E, por isso, eles viviam em uma espécie de grude. O que fazia com que a garota perdesse a cabeça às vezes.
A verdade é que sempre fora apaixonada pelo rapaz e admitia que reprimia um puta tesão. Ele tinha um cheiro tão afrodisíaco que a garota se sentia quase molhada ao respirar perto de sua pele. O que era incrível, por um lado, e enlouquecedor, por outro, por isso sua situação com era complicada. Ele era extremante carinhoso com ela (e com todo mundo também, um detalhe importante), e isso somado ao fato de que gente apaixonada cria teorias malucas. tinha várias! Assim como inseguranças, já que quase nunca sabia quando o rapaz estava a fim ou até mesmo apaixonado por alguém, visto que ele nunca foi de ser mulherengo. Estava mais para um nerd reprimido na visão de . Um nerd a quem ela adoraria ensinar como as coisas funcionam no mundo adulto.
Devido a esse jeito levemente ingênuo, nunca sabia quais eram as segundas intenções de Bem, por atrás de todas as suas atitudes de abraços por trás, noites dormidas em uma mesma cama e palavras avulsas em noites de bebedeiras.
Summer, melhor amiga de , dizia que ele não tinha certeza se ela queria as mesmas coisas que ele queria dela, já que ele sempre recuava ao invés de investir em alguma coisa. Na visão de garota, talvez Summer tivesse um pouco de razão.
- O que você disse, ?
- Que você é lindo e eu te amo – Reponde rapidamente
- Eu ouvi o que você disse.
- Então, por qual razão perguntou?
- Para ter certeza. Se desculpe agora mesmo, mocinha. – Diz.
- , você parece a minha avó, falando desse jeito.
- É uma boa velha – acrescentou, em tom de brincadeira.
- Não tem como eu discordar dessa afirmação. Ela é realmente uma boa velhinha – sorriu.
- Não tente me distrair com esse assunto, – resmungou. – Você me deve um pedido de desculpas.
- Não começa. Primeiro de tudo: você me deve uma batata – disse e, antes que fosse quase interrompida por , continuou. – Nem venha com essa de “eu te dei uma batata”! Eu quero uma decente. E em segundou lugar: eu apenas disse a verdade. Contente–se com isso.
- E suas tias ainda perguntam por que você não tem um namorado – revidou.
- Ah, cala a boca, vai. – Jogou uma almofada em seu rosto, fazendo com que levasse um susto e derramasse o saco de batatas no chão. – Ops – disse, em meio à gargalhada que teve, vendo tudo acontecer.
Levando uma encarada feia de , levantou-se e disparou a correr no pequeno apartamento do rapaz, uma tentativa que se tornou falha após dois minutos de pura correria.
- Certo – disse, um pouco cansado. – Eu desisto.
- Qual o sentido disso, ? – riu. – Você que estava tentando me pegar e agora desiste? – Inclinou-se para frente, para que pudesse ficar atrás do sofá e, portanto, por trás do garoto. – Preguiçoso.
- Eu só estou cansado. Você sabe, mexer o corpo cansa – usou uma desculpa esfarrapada. - , seja uma boa empregada e vá pegar uma água gelada para mim – ordenou, em tom de brincadeira.
- Levanta essa sua bunda gorda daí e vai – respondeu, ácida. – Não sou empregada
- Por favorzinho, linda do meu coração.
A garota se levantou, rolando os olhos e indo em direção à cozinha, voltando com dois copos de água, em seguida, para por fim sentar-se ao lado do amigo.
- Eu sabia que você ia buscá–lo para mim, de uma maneira ou de outra – disse, convencido de si mesmo.
- Eu mereço ao menos um “Obrigado”, não acha? – Com um sorriso sapeca, virou–se de lado e começou a dar vários beijos estalados no rosto de com alguns “obrigados “em forma de intervalo. – Que nojo, ! Deve ter baba sua em todo meu rosto agora – resmungou. – Basta disso.
- É demonstração de afeto.
- É baba na minha cara, isso sim – respondeu, no momento em que o rapaz se moveu para alcançar o controle remoto que estava na mesa de centro da casa.
- Então, o que você quer ver?
- Algum filme decente. Por falar nisso, faz tempo que eu não vou ao cinema – disse, sorrindo divertidamente como uma criança travessa.
- Aonde você quer chegar com isso, ?
- Lugar nenhum, oras. Estava apenas dizendo que eu não vou ao cinema há um bom tempo, e que meu amigo mais querido em toda a face da Terra poderia me levar para ver algum filme, e pagar o ingresso e a pipoca para mim.
- Achei que essa fosse a Summer – retrucou. – Não vou te levar a cinema nenhum, .
- Poderia ser você, se ao menos você saísse do sofá um pouco e me levasse ao cinema.
- Para que cinema? Daqui a pouco todos esses filmes que estão em cartaz agora, ficam disponíveis na internet – comentou, azedo. – É uma das graças da tecnologia.
- Espero que você vá preso por pirataria, ou quem sabe por de ser tão murrinha.
- Se você continuar jogando praga desse jeito, quem vai pagar a minha fiança vai ser você – disse . - Espero que esteja ciente disso.
- Você acha que eu gastaria meu dinheiro, que pode ser convertido em comida para a minha barriga, em uma fiança para você?
- Acho – respondeu. – E, aliás, olha só. Advinha quem acabou de ficar de “murrinhagem” com o melhor amigo?
- Não fui eu – mentiu. – Não seja tão iludido, . Comida vem antes de tudo.
- Comida vem antes de tudo – repetiu.
- Ah, por falar em comida, o aniversário da Rachel é sexta feira, preguiçoso – lembrou .
- Já? – perguntou, surpreso. – Vocês são velhas, absurdamente velhas.
- Fica quieto, Bem. Você é só um mês mais novo que eu e Rachel.
- Mesmo assim, é muito tempo.
- Claro que sim, – disse e, no momento seguinte, seu celular rompeu o clima descontraído do local, jorrando o refrão de “Believe” da cantora Cher. Atendeu a ligação rapidamente, já na espera de encontrar uma Summer um pouco estressada, devido ao fato de que havia esquecido que as duas tinham combinado de se encontrar, em uma cafeteria perto de onde Summer morava.
- Eu estou muito puta com você, . Dê-me uma boa razão para que você não esteja do meu lado nesse exato momento – respirou profundamente, como se aquele gesto fosse conseguir aliviar sua culpa por ter abandonado a amiga.
- Só um minuto, okay? – Respondeu, levantando-se do sofá que compartilhava com naquele momento, para que ficasse o mais longe possível do rapaz, podendo assim conversar tranquilamente com a amiga. – Pronto – disse, no momento em que chegou à varanda do apartamento. – Me desculpa, tá bem? Eu estava com o e acabei perdendo a noção do tempo...
- Gente apaixonada é foda – interrompeu a garota, com seu comentário contrariado.
- Eu já estou chegando aí, okay? Eu prometo.
- Se você não chegar em dez minutos, eu vou sair daqui e nunca mais olhar nessa sua cara de fuinha – dramatizou.
- Só me espera um pouco, tudo bem? Eu estou no apartamento do , não demoro tanto assim.
- Tá, tá, tá. Que seja, .
desligou o aparelho, colocando-o no bolso de trás de seu jeans azul escuro e andado até com uma expressão meio desapontada.
- Eu vou ter que ir.
- O que houve? – disse, sem tirar os olhos da televisão por nenhum instante de sua fala, e quando ele fez isso, o rapaz complementou. – Nossa, você está com uma cara péssima.
- Eu esqueci que eu tinha marcado com a Summer de tomar um café e agora, provavelmente, ela está planejando a minha morte – riu.
- E você está abatida por isso, ? – Ela acenou positivamente com a cabeça. – Essas coisas acontecem sempre. Relaxe.
- Você sabe que eu não gosto de desapontar as pessoas.
- Eu sei, eu sei – concordou. – Você é bem sensível, mocinha.
- Talvez eu esteja ficando de TMP ou é porque em Grey’s anatomy morre gente demais, e isso abala meus sentimentos frágeis.
- Ainda me pergunto por que você assiste a essa porcaria – respondeu. – House é incomparavelmente melhor.
- É porque eu sou uma masoquista em processo de formação – brincou. – E deixa de ser chato, .
- Só nascendo do novo, você sabe.
- De qualquer maneira, eu tenho que ir – disse, pegando sua bolsa de couro que jazia na mesa de jantar do rapaz. – Venha aqui e me dê um abraço!
- Me dê alguma boa razão para que eu levante daqui e vá até onde você está, que por sinal é muito longe deste sofá maravilhoso – disse, dando leves tapinhas no acolchoado do móvel – e vá te dar um abraço.
- Porque nós só vamos nos ver daqui a uma semana, no aniversário da Rachel.
- Não estou convencido. Arrume algo melhor.
- Porque você me ama, pronto e acabou!
- Agora, eu estou convencido – respondeu, levantando se do sofá e abraçando a menina.
No momento em que sentiu os braços de a envolverem fortemente, ela desejou estar ali para sempre. E a situação pirou em seguida, quando o perfume do rapaz invadiu suas narinas. Ela definitivamente queira estar naquela posição para sempre. Talvez, só em uma forma mais confortável que aquela, já que ambos estavam em pé. Eles poderiam muito bem ficar desta maneira no sofá ou até mesmo em uma cama, que não se incomodaria de maneira alguma, pelo contrário. Naquele instante, a única coisa que realmente importava era estar ali com ele, sentindo o aroma perfeito de seu perfume.
- Até semana que vem, . – Afastou-se da menina, dando-lhe, logo em seguida, um beijo em sua bochecha, que fez a garota desejar que alguma força mágica fizesse com que mudasse sua rota e beijasse sua boca. – Vamos, eu te levo até a porta.
- Não precisa. Pode voltar para o seu sofá, .
- Se você insiste – disse, indo diretamente fazer o que recomendou-lhe.
- Tchau, .
- Tchau, .
Com um sorriso doce nos lábios, ela fecha a porta, dando adeus ao seu melhor amigo. Após 25 minutos, chega à cafeteria e, por incrível que pareça, dá de cara com uma Summer toda sorridente, sentada na mesa à sua frente.
- Oi – disse, puxando a cadeira para que pudesse se sentar. – Olha, desculpa por ter te feito esperar.
- Por um lado, eu fiquei um pouco chateada – confessou. – Mas quando eu liguei para você e vi que você estava com o , eu voltei para casa e fui assistir Friends. O episodio acabou agora, e eu cheguei quase na mesma hora que você.
- Então, você não está brava?
- Não, nós estamos tipo acertadas agora – respondeu, aliviando um grande peso da consciência de .
-Ótimo.
- Então, me diga como foi com seu futuro marido hoje.
- Foi normal – deu de ombros. – A mesma coisa de sempre, sabe?
- Olha! Nem me corrigiu quando eu o chamei de seu futuro marido. Temos um progresso aqui! – brincou Summer. – E então, não aconteceu nada demais?
- Não, nunca acontece – disse e em seguida chamou um dos garçons do estabelecimento que passou ao seu lado. – Moço, um suco de laranja, por favor.
- E para a senhorita? – dirigiu a palavra a Summer.
- Eu quero uma água com gás, por favor.
- Então – disse , quando o homem se foi – como eu estava falando, nunca acontece nada entre mim e o . As coisas sempre são as mesmas, sabe? - falou, desapontada. – Ele é sempre carinhoso demais, um pouco chato demais e eu nunca sei se tem alguma coisa por trás de todas essas ações malucas e um pouco sem nexo.
- Nunca acontece nada entre vocês porque você não quer, .
- Você sabe que o é a coisa que eu mais quero no mundo, Summer. Eu sou completamente apaixonada por ele.
- Você não entendeu o que eu quis dizer, gênia – riu. – Nunca aconteceu nada porque você nunca tentou nada.
- Tipo mandar indireta no facebook?
- Claro que não, !
- Então, explica direito – reivindicou.
- Você já tentou deixar as suas intenções subentendidas?
- Claro que já, Summer – respondeu, como se estivesse declarando o óbvio.
- Então?
- Ele me respondeu de uma maneira normal. Talvez não tenha percebido o que eu quis dizer.
- Pode ser. é meio lerdo mesmo – deu de ombros. – Então, por que você não tenta de novo? Só que, dessa vez, com um pouco mais de transparência.
Pensando de uma maneira melhor, gostou da ideia proposta por Summer. Afinal o que ela teria a perder? Tinha certeza de que nunca perderia o elo que os unia. Na pior das hipóteses, eles deixariam de manter contato por um tempo, o que com certeza deixaria o coração de em pedaços, mas ela superaria tudo aquilo. Era um tiro no escuro, mas mesmo assim valeria a pena. era tudo o que mais queria. Ele era o fogo que a atraía constantemente e a queimava por dentro. Eram os beijos dele que ela passava quase todas as noites desejando: sua língua em conjunto perfeito com a dele, o calor de sua pele junto ao calor da dela.
Ela poderia estar arriscando demais, mas valia tudo que ela pudesse estar pondo em jogo.
- Sabe, essa é uma boa ideia.
- Eu sou cheia de boas ideias, babe! – riu – Mas e aí? Quando vocês vão se ver de novo?
- Aniversário da Rachel.
- Então nós vamos saber se rola algo mesmo entre vocês daqui a uma semana? – perguntou.
- Acho que sim, Summer – disse . – Eu estou realmente disposta a tentar. Cara, olha só esse tempo todo que eu perdi! E o pior: eu nunca vou poder recuperá-lo. É melhor que eu tente, de uma vez por todas. Não existe nenhuma chance a não ser que você a pegue. Está na hora de pegar a minha chance, amiga – sorriu. – Se não der certo no final, levanto e supero essa merda toda.
- Já estava na hora, amiga! – comemorou.


Parte dois - Kiss me like you wanna be loved


Casa da avó de , São Francisco, 16 de março de 2016.
não estava tendo um bom dia. Vamos começar pela manhã: ela quebrou a sua caneca preferida e agora não tinha mais lugar para tomar café, com exceção daquelas xícaras minúsculas que vem no jogo de pratos, copos e essas coisas. E agora, como complemento perfeito para a sua situação caótica, ela estava presa na casa de sua avó.
estava em um almoço de família que, por alguma razão, acabou se tornado muito mais do que um almoço propriamente dito, e sim uma reunião à tarde.
Ela daria tudo para sair daquele lugar o mais rápido que pudesse e, se estivesse com o seu carro, já teria feito isso há décadas. Porém achou que fosse uma boa ideia pegar uma carona com sua tia, Beth, que morava em um bairro próximo ao seu.
Estava cogitando se jogar naquela piscina – que aparamente ninguém estava usando por falta de inteligência – com um piano amarrado em algum dos seus pés, no momento em que seu telefone tocou. Sorriu automaticamente quando leu o nome de na tela.
- Eu estava me perguntando se você queira ir ao cinema comigo hoje – disse o rapaz.
- Qualquer coisa para sair desse inferno – respondeu, aliviada.
- Até sair comigo?
- Especialmente sair com você – riu. – Tô na casa da minha avó. Eu fiz a merda de inventar de vir com a tia Beth e agora ela não quer ir embora – explicou. – Me tira daqui, !
- Fala para a sua vó que eu mandei um beijo – disse, brincalhão. - Só saio da minha casa linda e maravilhosa, se você pagar a minha pipoca e o refrigerante.
- , eu não sou uma mina de dinheiro ambulante! – resmungou, indignada.
- Então, fica aí, . Simples assim – respondeu. – Você é quem está na situação desfavorável aqui.
- Tudo bem – conformou-se. – Só aparece logo, okay?
- Claro – respondeu, em tom de ironia.
Após 45 longos minutos de espera, depois que a ligação se encerrou, tocou a campainha da casa, indo ao encontro de uma um pouco frustrada.
- Quarenta e cinco minutos, ! – já abriu a porta da casa reclamando e, no momento seguinte, notou a roupa que o melhor amigo trajava de um jeito desleixado, mas incrivelmente sexy. Ele vestia um xadrez grosso, de cores azul e verde, que cobria o seu jeans azul fortemente escuro e, para complementar, um gorro de tricô claro, escondendo seus cachos castanhos. Um dia, ainda mataria do coração.
- Digamos que eu estava ocupado.
- Ocupado? – riu. – Eu vou bater na sua cara!
- Onde sua avó está? – perguntou, ignorando o que a garota havia dito anteriormente. - Faz tempo que não a vejo.
- , ela e minhas tias estão bêbadas – respondeu, raivosa. – Agora, pelo amor de Deus, me leva embora.
- Tudo bem.
- Elas nem vão sentir a minha falta – disse, fechando a porta atrás de si e saindo da casa. - Vovó e as meninas tem a bebida para lhes fazer companhia.
Sorrindo para , abriu a porta do carro e entrou rapidamente no veículo. Após jogar sua bolsa no banco de trás – e também dar um leve tapa na testa de – começou uma procura de algum Cd que ela considerasse descente. Entre álbuns de rock antigo e algumas cantoras do mundo pop escolheu um Cd da Demi Lovato já que havia o comprado especialmente para que quando ela estivesse no carro com , pudesse ouvir algo que gostasse. Não era novidade para nenhum dos dois ali presentes que escolheria aquele Cd.
E quando os acordes de “In real life” se iniciaram os amigos já tinham chegado ao seu destino. Como já havia checado o horário da sessão que ele planeja ir com e eles estavam atrasados devido a sua demora inoportuna, ele teve que correu um pouco para que pegasse a fila de ingressos pela internet enquanto comprava a pipoca e refrigerante. Momentos depois, encontram-se após dez minutos na frente da sala que iriam assistir.
- Pelo menos, me ajude a segurar isso aqui, seu porco ingrato – Resmungou
- Calma, linda do meu coração. – Pegou o grande saco de pipocas da mão da garota, ajudando, e em seguida entregou os ingressos para a pessoa que fiscalizava a entrada nas salas de cinema.
- Tenham um bom filme – disse a mulher, monotonamente.
- Então – falou – você não me disse o filme que nós vamos ver, só pediu para que eu entregasse o meu dinheiro.
- Ataque Zumbi 4 – respondeu, contente.
- Você tá brincando com a minha cara, não está? - Disse e no momento seguinte, abriu a grande porta de entrada da sala para que entrasse no local em um gesto de cavalheirismos como se aquilo anulasse a sua ação de ter escolhido um filme horrível, para que então fizesse o mesmo depois.
- Não. Nossos lugares são na fileira E, números três e quatro- Falou – Anda logo que estamos perdendo o começo do filme, ninguém mandou você atrasar – Brincou
- Vai para o inferno, .
Acharam seus assentos sentando – se no mesmo. Ao desenrolar do filme, estava imaginado catástrofes naturais que fossem capazes de tirá-la dali. A garota guardara um ódio eterno de Zumbis, eterno mesmo. Tanto que algumas vezes que chegava à casa de , o garoto estava assistindo The Walking Dead de proposito e fazia com que a amiga o acompanhasse, mas não pense que as ações do rapaz não tinham reações. fazia com que ele assistisse quantas comédias românticas ela quisesse. Para que não seja dito o contrário, era uma bela troca.
Pensando no que havia conversado com Summer alguns dias atrás, ela olhou para totalmente concentrado naquele filme besta e teve certeza que ela ira mesmo tentar ter algo com aquele cara. Com um riso no rosto, ela tentou olhar para tela, mas esteve tão distraída no inicio do filme que não fazia do que estava acontecendo ali e por isso preferiu voltar seu olhos para o seu melhor amigo, como estava relativamente perto da tela a claridade fazia com que o rosto de todos ao redor ficassem iluminados e para a alegria da garota, o de estava incluído na lista.
Naquele momento, olha para e a garota por sua vez apoia seu cotovelo com a juntamente a mão que sustentava seu rosto no encosto de braço da cadeira fazendo uma careta mal humorada, Levando uma olha feia do rapaz, o mesmo repetiu o gesto da melhor amiga, porém o fazendo um pouco diferente; com um sorriso estampado em sua face.
Mudando de posição, a mão de que estava em seu rosto foi para o de , a puxando para si e em seguida colando seus lábios rapidamente. Com o susto, a garota não respondera aos seus movimentos prontamente, mas quando fez, se arrependeu não ter tido nenhuma iniciativa para beija – lo antes. Seus lábios tinham um encaixe ideal, movimentavam – se em sincronia no momento em que a língua de do rapaz invadiu a boca de . E os dois continuaram assim por um longo período de tempo.
O que tinha naquele beijo que o fazia tão doce e viciante? não sabia o que estava acontecendo em sua volta, o seu mundo girava em torno de e do seu incrível gosto que havia permanecido com a garota.
- – sussurrou, após desgrudarem-se um do outro. E então, era essa a hora. A hora que falaria que não deveria ter feito nada daquilo, a hora que faria com que chorasse no colo de Summer por um bom tempo. Ela não quis e nem precisou ouvir mais nada, já sabia o que tinha que fazer.
- Eu sei – Respondeu, e no momento seguinte levantou –se da cadeira do local, e inconsequentemente abandonado o filme do meio da sessão.
- Não vá – Disse baixo, tão baixo que uma relativamente distante de onde estava não pode ouvi – lo. – Eu não quero que você vá.
Com algumas lágrimas descendo pelo seu rosto, borrando seu rímel ela senta em um banquinho em frente ao cinema, atraindo alguns olhares curiosos para si.
Que porra tinha acabado de acontecer? Ela tinha beijado seu melhor amigo, a coisa que ela mais queira desde que se vira apaixonada por ele e agora, estava chorando. Provavelmente, porque concluíra por si própria que não havia nenhuma chance para ela ali, mas ela prometera a Summer que iria tentar e o mais importante disso tudo: Ela tinha prometido a si mesma que tentaria uma chance com . Então, ela tentaria.
Pegou seu celular no seu bolso da frente da calça jeans e engolindo seu choro, ligou para Summer.
- Eu beijei – Falou rápido – Na verdade, ele me beijou.
- Ai meu deus – Exclamou surpresa – A gente precisa conversar.
- Eu sei disso, mas primeiro de tudo – Sorriu, em meio as sua lágrimas – Vem me buscar?


Parte três – Fire


Apartamento da Summer, São Francisco, 18 de março de 2016.
Ela estava linda e, sabia disso. Agora, mais confiante do que nunca, iria dar um jeito na sua situação com naquela noite. Tudo fora resultado de mais uma de suas longas conversas com Summer, se houvesse algum prêmio para melhor amiga do ano, Summer com certeza o ganharia. Isso é claro, na visão de .
Foi tudo no dia em que beijara , como estava sem carro naquele momento, sobrou para que sua Melhor amiga fosse a buscar. E então, quando chegaram à casa da mesma, puderam enfim conversar sobre tal assunto. estava arrasada com medo de que aquilo arruinasse sua amizade de longa data com , porém Summer disse uma coisa em especifico que a fez despertar:
- , amor, Se ele não te quisesse, não teria te beijado.
Era isso afinal, desejava sua melhor amiga em segredo? desejava profundamente que sim. Era melhor que fosse essa a justificativa para que ele tivesse a beijado, caso o contrário tudo o que a garota havia preparado ira embora junto a sua confiança temporária.
Já estava de noite, mas o clima de São Francisco era relativamente quente nesta época do ano o que fez com que dispensasse o uso de um casaco naquela ocasião, caso sentisse frio roubaria o Summer, que com certeza traria o dela.
- – Gritou do outro cômodo da casa – Anda logo, eu não tenho a noite toda. - Já estou pronta, amor – Respondeu, saindo de onde estava imediatamente e indo para a porta da casa.
- Acho bom.
Quando Summer olhou pela primeira vez para arrumada daquele jeito, seus olhos arregraram – se e hoje sua reação não fora tão diferente assim. O corpo de era contemplado por vestido totalmente preto e de costas nuas, com um salto alto perfeito para o conjunto, sua maquiagem estava impecável, o que fazia com que Summer se perguntasse onde aquele mulher deslumbrante esteve escondida por tanto tempo.
- Amiga, você está linda!
- Eu sei. – Respondeu rindo.
Após cerca de 20 minutos de carro depois que fecharam a porta, as garotas chegaram à casa dos pais de Rachael, era possível ouvir o som alto da festa a algumas quadras de distancia, se não tivesse visitado aquele lugar tantas vezes em suas vidas, com certeza o achariam desta maneira.
Saíram do pequeno carro que possuía contentes com suas próprias aparências e, já no momento seguinte estavam dentro da casa. Outside do Calvin Harris em parceira com a cantora Ellie Goulding tocava no local, o que fez com que Summer se animasse para começar a sua noite de bebedeira e é claro, não resistiu a tentação de se juntar a sua melhor amiga.
Quando retornaram com seus copos de álcool na mão, já estava puxando Summer para o aglomerado de pessoas que dançam ao redor da grande piscina da casa.
Dançaram contentes ao som de Avicci, enquanto reclamava constantemente que ainda não havia chegado, fazendo com que dessa vez Summer que estivesse planejando se jogar na piscina com um piano amarrado ao seu pé.
Ficaram naquele lugar por mais ainda três músicas e foi no momento em que encontram Becky, a única e ex – namorada de , e por mais irônico que parece juntamente a Summer haviam se tornando grandes amigas de Becky.
- Becky! – Exclamou – Há quanto tempo, amiga! – Disse, e em seguida as suas se abraçaram e em seguida Becky repetiu o gesto com Summer.
- Digo o mesmo – Riu – E aliás, quando você ficou tão bonita assim, ?
- Nasci assim, babe – Se gabou – Digamos que eu tenha grandes planos para essa noite – Trocou olhares travessos com Summer – E também, eu gosto de maquiagem roupas justas às vezes – Deu ombros. – É bom fazer uma troca de ares.
- Não posso concordar mais – Apontou com sua cabeça para o homem falando tranquilamente com o DJ que comandava a festa.
- Não me diga que vocês estão namorando! – Disse Summer
- Bem, namorando não, mas estamos juntos por certo tempo – Respondeu, não percebeu, mas o Brilho que estava no olhar de Becky ao falar do tal rapaz era o mesmo que havia no olhar dela quando a garota se referia a . – E você e o , ?
- Digamos que eu tenha grandes planos para hoje – Riu e no momento seguinte o rapaz que acompanhava Becky juntou – se as garotas naquela pequena roda de conversa.
- Gente, esse é o Lucas – Disse – Lucas, essas são e Summer. Minhas amigas de longa data.
- Um prazer conhecê – las – Respondeu, porém foi interrompido pelos acordes de uma nova música, não qualquer canção, mas sim a de Becky, literalmente.
Os sons tocavam alto Shower da cantora Becky G, o que fez Becky dar uma longa gargalhada.
- Vamos dançar, Lucas! Vejo vocês por aí, gente.
E assim era Becky, feliz, leve e contagiante, um amor de pessoa. Não era mistério nenhum que o rapaz tenha namorado com ela. E por falar em , lá pra o meio da canção começou a pensar atenção naquela letra. Céus, como ela definia o que sentia por !
E então, lá para o final da canção ela o viu. Seu jeito desleixado que fazia com que ela perdesse os seus sentidos vitais, seu sorriso encantador que fazia com que ela ficasse prestes a desmaiar e o conjunto de seu corpo do todo, que fazia com que seu coração batesse mais veloz do que nunca.
Ele provavelmente não tinha a visto, depois do tempo em que passaram sem se falar após o beijo aquela seria a primeira vez e queira que fosse marcante. Olhou para Summer que entendeu na mesma hora o que a garota pretendia fazer.
Começaram então a dançar provocantemente e em momentos seguintes já tinham atraído alguns olhares curiosos para si e foi uma questão de tempo para que um rapaz se juntasse a . Seus planos estavam prestes a começar.
Dançou e dançou com aquele rapaz que não sabia se quer o nome e nem se quer se perguntou se estava olhando para ela. Então, no final da quinta música ela começou a procura – lo, mas sem deixar de se movimentar. Olhou para perto do bar e nada do rapaz lá, nem ao menos na piscina ou na mesma dos petiscos. E então, ela o viu. Estava a mais ou menos a uns cinco metros de distancia dela, perto do chuveiro e, no próximo segundo ele estava olhando para ela.
Sorrindo, virou – se para o rapaz sem nome e continuou dançado. As duas músicas seguintes foram para , consequentemente os movimentos de foram mais ousados, porém elas já haviam acabado; era a sua hora com . A hora na qual era o mostraria do que era capaz de fazer com ele.
- Obrigada pela dança – Disse, um pouco alto demais para que pudesse ser escutada – Eu já vou indo, amiga – Despediu – se de Summer.
Saiu daquele local, com um sorriso safado no rosto e foi em direção a . Ela estava linda, saltos vermelhos, vestido preto colado ao seu corpo, um doce cheiro grudado à sua roupa misturado ao suor daquela dança; Ela era atraída por ele a cada passo, a cada movimento, a cada respiração, a cada toque.
E tinha certeza que o rapaz a sua frente, seu melhor amigo, de cabelos perfeitamente arrumados e sorriso doce, sentia o mesmo.
E então, próxima a ele, começou a se movimentar. O álcool corria em seu sangue e consequentemente não lembraria nenhum passo de dança que fez no dia seguinte. Mas quem se importava? O foco daquilo tudo era e era melhor que voltasse para ele.
Conforme a batida da canção foi se intensificando, o movimento dos quadris de também. , trouxe a para mais perto se si o que fazia com que a bunda de roçasse inteiramente nele. Aquilo estava começando a ficar interessante, metade da canção se passou quando resolveu partir para o pescoço a garota, beijando a área delicadamente.
- , doce, – Falou ao pé de seu ouvido, fazendo que eu a menina pudesse sentir o cheiro de álcool que a boca do rapaz exalava. – Você tem noção de quanto tempo eu esperei para fazer isso com você?
A garota virou – se para e olhando no fundo de seus olhos, passou seus braços pelo pescoço do rapaz e em seguida tomou a atitude de beija – lo, como sempre quis.
Seus lábios movimentavam se rapidamente, muito mais do que na vez anterior. Talvez, fosse por causa do desejo enlouquecedor que sentiam ou por causa da bebida que corria no sangue de ambos. Provavelmente, era uma mistura dos dois.
- Eu quero estar com você a noite toda, .
- O que você quer dizer com isso, ?
- Você sabe exatamente o que eu quero dizer com isso.
Beijou o rapaz por uma ultima vez antes de se despedir de Summer de mão entrelaçadas com o rapaz, ficou tranquila já que Summer que estava com as chaves de seu carro então, a garota tinha uma maneira de ir embora.
Entre olhares maliciosos e amassos no meio da rua, chamou um táxi que em cerca de dez minutos já estava na frente do casal. abriu a porta, entrado rapidamente no veículo e antes que o rapaz estivesse ao seu lado, a garota já passava o endereço de para o taxista, devido ao fato de que a casa do melhor amigo ser a mais próxima de local onde a festa foi realizada.
Assim que terminou de falar com o taxista, arrumou outra ocupação para sua boca: estar colada na de .
Ele descia seus beijos vagarosamente pelo pescoço da garota, consequentemente fazia com que o corpo de ficasse em chamas. era a causa de tudo aquilo e sempre fora; ele a incendiava.
- – Disse em meio a sua respiração falha – Vamos com calma, babe, ainda estamos em um táxi.
- Tudo bem – Concordou, apesar de não ser o que desejava daquela situação.
Cerca de 15 minutos depois de sua partida, o carro já estava estacionado na frente do edifício cujo o rapaz morava. Com suas mãos entrelaçadas, apenas as soltando no momento em que adentraram o elevador.
Lábios grudados aos seus, a língua dele em extremo contato com a dela; era como gostaria de ficar daquele instante para sempre, é claro com certas pausas para uma nova tomada de folego. As mãos do garoto invadiram o tecido de seu vestido, entrando em contado com sua calcinha e em seguida voltou as posicionar pelas costas nuas de .
Retiram os lábios do outro no momento em que as portas do elevador foram abertas, dando livre acesso ao corredor do terceiro andar do edifico. Abrindo a porta rapidamente e puxando para que a garota entrasse logo, sorriu. Beijaram – se novamente e com todo desejo reprimido por anos de vergonha suas línguas entram em uma mais sincronia; a que a pressa e o desejo causavam e em uma longa parada para que o folego dos dois fosse recuperado, retira a blusa de Bem com uma rapidez surpreendente, consequentemente se livra do vestido depressa do vestido que sua melhor amiga trajava naquela noite; a deixando apenas com seu mais novo conjunto de Lingerie.
E então, beijando toda a extensão de seu corpo, a joga em sua cama, na qual passaram tantas noites em claro juntos e a amou como nunca havia feito antes.



Parte quatro – Don’t Go Breaking My Heart


Apartamento do , São Francisco, 19 de março de 2016.

Quando abriu seus olhos, na manhã seguinte, percebeu que não estava em sua casa, muito menos no apartamento de Summer. No instante em que se virou de lado, se surpreendeu vendo ao seu lado, respirando tranquilamente. Então lembrou-se de tudo o que havia ocorrido na noite anterior, de tudo que havia feito e, o vendo ali junto ao seu vestido jogado ao chão, a vergonha percorreu seu corpo.
Agora que estava prestes a prestar contas com a sua realidade, percebeu que tudo o que tinha dito para Summer era uma ilusão. Não superaria tão fácil como tinha tanta certeza na semana anterior. Porque ele era sua fixação, sua loucura, tudo o que ela precisava e sempre precisou, o cara que incendiava sua pele com apenas um olhar, a chama que a atraia e a queimava por dentro. tinha certeza de que o amava, porém ela não suportaria toda aquela dor.
Ela não deixaria que incendiassem seu coração, pelo menos não , seu melhor amigo.


Fim



Nota da autora: sem nota




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