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Capítulo Único


Escurecia. Não só o cair da noite, mas também o semblante daquela que assistia o amado sair pela porta sem data se retorno. Ao fechar da porta, pode sentir lágrimas escorrerem livremente pela extensão de seu rosto. Enrolada no lençol, primeiro deixou a raiva escorrer, seus olhos mancharem de um preto que costumava a ser aliado. Alcançou em sua gaveta um dos antidepressivos que costumavam a ajudar naquela ocasião. O encarou por alguns segundos, desistindo dele pouco tempo depois.
Seu corpo ainda doía, como se fosse corroído por dentro. Os olhos ardiam. E o coração se despedaçava cada vez mais em seu peito. O espelho não a mostrou um bom resultado, os cabelos desgrenhados, o lápis caído ao redor de seus olhos e o batom vermelho borrado. Tirou as roupas analisando os chupões que ele deixara em seu corpo. Sentiu mais uma vez seus ombros pesarem e desabou em choros e soluços. Cobria com suas mãos ao rosto que há pouco sorria. Se culpava por amá-lo tanto.
A água que tomava seu corpo, já não era mais suficiente para tirar o peso de seus atos. Ao mesmo tempo que entregar-se a ele era fácil, vinha com uma dose de culpa. Conforme esfregava cada centímetro de seu corpo e água escorria, sentia-se um pouco melhor. Algo que nenhum antidepressivo a traria.
Aos poucos se acalmou, jurava que poderia cair em um de seus melhores sonos ali, de pé, sob as águas térmicas. Suspirou alto sabendo que era mera ilusão, então girou a peça metálica até que a água se cessasse. A toalha cobriu seu corpo, só então pode voltar a seu estado normal.
Pegou uma garrafa de vodca e levou a boca enquanto foleava as revistas de moda em suas mãos. Podia ter tido uma carreira brilhante, mas preferiu abrir mão de tudo para viver ao lado daquele homem.
O mesmo que passava no noticiário, estava acompanhado de uma jovem tão bonita, se não mais, que . A diferença entre elas, é que o anel no dedo da outra reluzia, dando inveja até mesmo àquelas que eram casadas com homens milionários, mas aos olhos de ... Era quase como uma facada no meio de seu peito. . O nome de todos os problemas dela. Aquele em um terno preto que o deixava ainda mais sexy. Suspirou novamente, desligando o noticiário.
Abriu seu computador, tinha de controlar seus dedos para não buscar o nome do amado em um site de pesquisas e deixar-se torturar pela sensação de ser a outra. Porém o sentimento sádico foi aos poucos sendo deixado de lado com as notificações que chegavam de seu blog.
Comentários de apoio ao relacionamento que a ex-assistente apresentava ao melhor estilo 50 tons de cinza, sem os chicotes, ataduras e cordas. Apenas as atitudes de um homem que se assemelhava drasticamente ao protagonista. Outras a enchiam de críticas. Porém algo no mais intrínseco de seu peito dizia que nenhuma delas a entendia. estava longe de ser um Christian Grey. Os dois só tinham em comum a fortuna e a maneira como se impunham.
era doce, um perfeito cavalheiro, romântico. Fazia planos para o futuro e tinha bem decidida suas posições como homem. Ao mesmo tempo ele era tomado de chamas, era fogo. E andava com a fama a sua sombra. Raros eram os momentos em que ele conseguia se livrar de todas as câmeras, retirar todas as máscaras e ser por fim... o seu .
Mais um artigo. A descrição de uma noite perfeita e em seguida uma saída categórica. Assim terminavam todas as histórias do blog de endereço sadgirl.com.
As leitoras eram de certa forma as únicas amigas que possuía. Solitária, fugiu de casa para tentar a vida nas passarelas. Os primeiros anos não foram fáceis e o cachê que recebia pelos trabalhos como modelo deixaram de ser suficiente, então vendeu o que tinha de melhor. Sua virgindade. Tamanho foi o encanto do homem que a teve pela primeira vez, que passou a dar mesadas para a moça. O mesmo ainda a colocou em uma mesa de escritório, com um salário regular era uma das assistentes pessoais do governador. Grant se dedicava a ajudar um homem cujo rosto era a seus olhos desconhecido e quando podia posava para revistas. Assim que colocou os olhos na bela garota, se encantou. As singelas caronas tornaram-se beijos intensos. Sua carreira como modelo ascendia, mais fotos, menos tempo... Acabou deixando o posto de assistente, mas foi promovida a namorada de . Uma new face badalada e um político reconhecido. Porém, a maldade da imprensa não deixaria isso em vão. Os boatos de que fora uma prostituta fez com que tudo mudasse.
Um sumiço repentino. Ainda mais clientes. Mais eventos. Fotos para revistas importantes. E um telefonema que podia mudar tudo.
Ela se lembrava perfeitamente deste dia:
chorava ao telefone, beirava os soluços. Lavínia faria o que fosse para acalmar seu coração naquele momento. Mordeu seu lábio inferior.
- , não posso mais te ver. – Sussurrou.
- E por que não? – Perguntou, não compreendia.
- Você não entenderia. – Sua voz soava ainda mais fraca.
- Então me explique.
- Sou um político ascendente, . Defendo modos conservadores e você...
- Sou uma prostituta. – Falou o que ele precisava ouvir.
Um silêncio estagnou a conversa, tudo o que se podia ouvir eram os soluços dele, suspiros tristonhos do rosto dela.
- Eu queria estar com você, querida. – Soltou um suspiro mais alto.
- E por que não está? – Perguntou indignada.
- É meu fado, . – Permaneceu em silêncio. Sabia que não ligaria apenas para avisar o que a garota constatara sem ajuda. – Eu pensei em um jeito... Para ficarmos juntos.

Se estivesse no melhor de sua consciência, se fosse um pouco mais sã, talvez tivesse evitado o que viria a seguir. Aquela frase mudou sua vida. Todavia, a simples possibilidade de alguém se interessar verdadeiramente por ela foi tão tentadora, que abriu mão de seus sonhos para estar ao lado dele.
Em suas pequenas histórias compartilhadas em seu blog, não compartilhava o sofrimento anterior. Os dias que passou trancafiada no quarto pensando se tudo teria sido em vão. E o que acalmava seu coração. Era que nos três anos que permaneceram juntos, várias mulheres passaram por sua vida publicamente, mas nenhuma tinha nos dedos, o que Grant não conseguiu. O título de Sra. .
Mas aquela jovem da televisão roubou dela o que nenhuma jamais conseguiu. As palavras de amor, provavelmente eram jogadas em vão a todas elas. As promessas quebravam-se com vidro estilhaçado. As roupas iam ao chão. E agora ela não poderia ser - ou ter a esperança de - a única.
Acabou por adormecer em meio a seus pensamentos, a garrafa ao seu lado, sua melhor companheira restava ao seu lado, derramando no tapete seu precioso líquido. Em pouco tempo a toalha que cobria seu corpo já não estava mais lá, e suas curvas se misturavam ao branco do lençol, ainda pode-se ver a garrafa estilhaçar-se ao chão.
Os dias de passavam, sempre com a esperança de palpitar uma nova vez, de sentir o cheiro que faria com que todos os seus pensamentos se afastassem e provocaria o mais infame e mais delicioso de seu corpo. Nada aconteceu.
A porta se manteve trancada pelo tempo que se seguiu. Ventos sopraram folhas que caíram, no pequeno espaço de contato entre e o mundo exterior. Seus pés tocavam o piso gélido, com resquícios da noite anterior. Observava o cair das folhas e admirava os formatos que tomavam o céu, as pinceladas que o compunham.
Olhou ao chão. A queda não lhe parecia tão ruim. Daria a ela liberdade, uma que não conhecia há tanto. Imaginava os noticiários, estampando que a modelo que sumiu por anos estava agora morta, talvez apenas um artigo contando sua história no escritório de . Então ele passou por sua mente. Derrubaria lágrimas de luto? Se perguntava se ele se arrependeria. E quem sabe a dissesse que a amava. Como não dizia há anos.
Soltou a fumaça que prendia na garganta, desistindo da ideia. Mais um suspiro. Seu celular tocou. Correu para atender.
- Passarei aí mais tarde. – A voz rouca soprou.
Essa simples frase foi capaz de encher seu coração de felicidade. Um banho prolongado, esfregava cada centímetro como se em uma tentativa de rasgar-se, os cabelos foram devidamente lavados.
Segurava a toalha a frente de seu corpo, deixando suas nádegas e dorso expostos, a mão livre percorria a gaveta em busca de uma lingerie que pudesse o agradar. Secou seus cabelos, maquiou-se e pôs-se em um vestido justo, negro. Conferiu se o zíper deslizava com facilidade. E se colocou deitada. Ligou a televisão e a qualquer barulho estranho, mudava-se para uma posição sexy.
O som do bater de chaves fez se ouvir, ela colocou-se na posição deitada de lado, apoiando a cabeça com uma das mãos, mantinha a outra na cintura. A porta abriu lentamente, dando forma a . Estampou em seu rosto um sorriso sacana.
Não demorou para que a levantasse, prensasse contra a parede e começassem um beijo voraz, suas línguas roçavam de uma maneira deliciosa. O hálito de menta da boca do homem o tornavam ainda mais irresistíveis. A maneira como ele a empurrava contra a parede fundindo seus corpos, ou como sua ereção parecia disposta a rasgar todo o tecido entre os dois corpos para se fazerem tocar, era ainda mais excitante. Suas mãos percorriam o corpo da mulher.
- Vire-se. – Ordenou de maneira quase sombria.
Prontamente foi obedecido. Os cabelos dela colocados de lado, de uma maneira gentil. O colar que contornava seu pescoço, era o mesmo que ele comprou após a primeira vez dos dois em um dos carros do governo. Riu com essa lembrança, mas não de maneira grotesca o suficiente para fazê-la perder o tesão, sua risada era alta, beirava o maléfico, tinha tesão em cada tom. Fez com que as pernas de , ainda que presas pelo contato intenso dos corpos, bambeassem. Girou a cabeça levemente em uma tentativa, expressou o quanto o desejava.
- É um belo colar, Grant. – Sussurrou sacana. O hálito quente tocava e contornava o lóbulo de sua orelha.
O acessório foi ao chão. Suas mãos se encaixaram ao quadril. O corpo foi puxado para o seu. Ela rebolava, queria mais contato. Suas nádegas tateavam o pau duro ainda escondido por uma calça social e a uma cueca, que ela não poderia decifrar sequer a cor. Em um movimento brusco ele a girou. Usando os braços de laços, contornou o pescoço do homem. Este a suspendeu. Ela se manteve prendeu as pernas ao redor do corpo do homem. Os beijos conheciam o caminho um do outro, não solicitavam passagem. Apertava as nádegas fartas da mulher enquanto a pressionava ainda mais contra a parede, facilitando mantê-la na posição por ainda mais tempo.
Logo apoiar em apenas uma de suas mãos não era boa ideia, porém o deslizar do zíper que deixava seu dorso livre, o encantava o suficiente para esquecer-se de detalhes. O vestido veio ao chão em uma velocidade surpreendente para quem ficou horas a escolher. O conjunto em um tom de vermelho o fizeram sorrir sacana. Os saltos negros já não mais a elevavam e nem precisariam mais. O terno caía, roupas pelo chão. fez questão de ajuda-lo com a calça. Retirou o cinto e ficou brincando de chicote com ele em mãos. Mordia seu lábio inferior levada, distribuindo chicotas ardidas pelas costas de . Ele tomou o brinquedo de sua mão, mas em vez de se vingar arremessou-o para longe. Empurrou-a contra a cama. E passou a mais um beijo com seu corpo movimentando-se sobre o dela. Suas unhas deslizavam pelas costas do mais velho, deixando marcas avermelhadas, com as quais sabia que ele não se importava.
A mão de passeava por dentre as coxas fartas de , a calcinha dela pesava, devido ao líquido que se fazia escorrer de sua intimidade. Mais um sorriso. Um puta de um sorriso sacana, que a entorpecia. Seus dedos deslizaram entre o tecido fino e vagina de , massagearam um ponto ou dois, apenas divertindo-se um pouco. Quando ele finalmente enfiou sua mão pela abertura, prendeu o clitóris dela, brincando com ele e arrancando gemidos de prazer da boca da mulher.
- ! – Gemia entre dentes. O seu nome. Como aquilo o atiçava.
Sua vontade era enfiar de uma vez por todas o seu membro por inteiro no corpo dela e investir cada vez mais, cada vez mais rápido, apenas para poder ouvi-la sussurrar várias e várias vezes o seu nome.
Ela estava enlouquecida. Não sabia se concentrava-se em gemer, pelo ponto inchado que se desfazia aos poucos sobre as mãos de ou se mantinha sua boca na dele, em uma tentativa de evitar gemidos, dando mordidas quando a investida estava gostosa demais.
Subiu os olhos, estava pronta para gozar antes mesmo de ter o pau dele em sua vagina. Porém, teimoso como era. Afastou-se. Ela protestou, mas ao ver o rumo que aquela noite tomaria, permitiu-se sorrir. Seu corpo estava lubrificado o suficiente daquele líquido natural para que ele pudesse entregar o que ela queria. E mesmo que inconfesso ele também.
A menina ajudou a deslizar o que sobrava da calça social preta, e deslizava o tecido da cueca do homem por suas pernas, deixando à mostra, algo que ela desejou todas as noites que passaram com o espaço entre eles. Mordia seu lábio inferior e poderia gemer só contemplando o pênis do homem.
Poderia lambê-lo, enfiá-lo até o mais intrínseco de sua garganta. Isso só aumentaria a tensão que residia em seu próprio corpo. Terminou o que começara. Então pode contemplar desnudo aos seus pés.
Invadiu o corpo da mulher. Gemidos a cada centímetro. rebolava, tentando tornar mais prazeroso.
O sutiã de feixe frontal foi aberto e em poucos segundos escorregou pelo braço da mulher caindo sobre a cama. O seio exposto foi abocanhado por , que passou a chupá-lo lenta e gradativamente. Os braços da mais nova percorriam o corpo dele, os dedos entrelaçados aos fios da nuca. A respiração pesada e quente contra a pele barbada.
Ele apenas a girou sobre seu corpo. permitiu-se encostar a cabeça contra o peitoral definido do homem e assim que o fez, permitiu-se gozar. E após mais algumas estocadas. Soltou um gemido mais alto. Satisfeito.
- Grant! – Escapou de sua boca, mais sexy que todas as outras vezes.
Deixou seu corpo amolecer. Ela pensava se era o nome dela que ele gemia sempre quando chegava no ponto mais alto de seu prazer, algo que beirava o mais delicioso orgasmo.
Alguns segundos de êxtase, admirava o rosto dela. Não mudara nada. Nem mesmo adquirira marcas de expressão. Continuava tão linda, quanto da primeira vez que colocou os olhos nela. Em um conjunto rosa bebê. Sorriu, com o lábio inferior entre dentes. Ela devolveu o sorriso.
Linda como sempre.
Perfeita como sempre.
Apaixonada como sempre.
- Eu te amo, . – Tentou, mordendo as palavras com cuidado, ponderando se seria um bom momento.
E não foi.
Foi esse último detalhe que fez sumir o brilho dos olhos do mais velho. levantou-se concentrado em colocar sua roupa sem encarar o semblante triste que deixaria no rosto de . Caçou as peças pelo chão e se recompôs, mesmo com a dificuldade de um estado aceitável, causado pelas roupas amassadas. Verificou no espelho o resultado mais uma vez. Então sorriu. Ajeitou a gravata sem esforço. Andou lentamente para depositar um selinho na testa daquela, que já engolia o choro.
Aconteceu de novo.
Tentou não transparecer comoção. Abriu as portas ríspido saindo por elas. Deixando no ar uma única frase:
- Até breve, Grant.
Desapareceu por fim. E o silêncio intimidador deu lugar a novos soluços. Novas lágrimas. E mais uma matéria em seu blog.
Porém essa, não continha a esperança e a calma das outras. Tinha certo ressentimento. Foram suas palavras que surpreenderam não só as leitoras, mas também a si mesma.
Quando terminou de recitar sobre a noite, avisou que a história de amor chegava ao fim. Não porque desistiria de sua vida, ou porque ele não voltaria mais. Pelo simples fato de que ela havia cansado. Perdeu a esperança ao ver cintilar no dedo de outra o fado de esposa do homem que amava. E isso não podia suportar. Ser vencida.
Não queria se sentir assim. Uma garota triste.
Não esperou para ver como reagiriam aos comentários. Levou a boca seus antidepressivos. Que viriam recheados de uma boa dose de álcool, se seu efeito não fosse rápido o suficiente, para fazer com que antes mesmo que ela tivesse coragem de agarrar uma das garrafas restantes de uísque, seus olhos pesarem, seu corpo amolecer. E leva-la a um transe.
O tempo passou a mistura de álcool e antidepressivos não era uma boa combinação. Porém a sensação de ouvir os carros buzinando próximos a seu ouvido, a chuva. Há quanto tempo não a sentia? A sensação do vento contra seu rosto. Era tudo tão incrível.
Poderia se acostumar com a ausência de . Ao pensar nisso sentiu o vazio. Tinha novamente a sensação que percorria seu corpo, a liberdade, que perdeu assim que aceitou a proposta de . Mas não tinha o seu amor. Não se sentia bonita, ou amada.
Acreditava que as pessoas não eram felizes, viviam momentos de felicidade. E aceitava que a vida era uma vadia cruel. Iludiria você em seu ponto fraco, te ofereceria tudo o que nem em seus melhores sonhos desejou. Então tiraria de você tudo isso, tão rápido como trouxe. E as coisas, acredite sempre podem piorar.
Usava uma regata gasta e uma calça jeans surrada. A maquiagem borrada e os fios desalinhados não faziam mais diferença. Sentou-se na guia, com o vidro que continha um precioso líquido em mãos. O levava a boca, enquanto via os carros passarem, vez ou outra derrubando água das poças em seu corpo.
O movimento se seguiu, em dias secos, em dias úmidos, durante o sol e sem ele. Já podia ser considerada quase uma indigente. As estações passaram e continuou a perambular pelas ruas, tentando esconder suas lembranças. O incrível é que cada placa, anúncio ou pessoa o fazia ser lembrado.
Provavelmente, já teria notado sua ausência, mas nada fez. Talvez ele nunca a tivesse amado, como suas palavras disseram. Até mesmo o ciúme possessivo se fez ausente. Nenhuma preocupação. Os olhos de voltaram a deixar lágrimas escorrerem quando isso aconteceu. Encostou sua cabeça a parede gelada, de um dos muros pichados da cidade. A bebida conseguia controlar suas emoções. Mas nem mesmo ela, sua tão fiel companheira poderia curar a ressaca deixada por um grande amor.
Era isso. era um vício. Um vício que ela teria de aprender a controlar. Deixava resquícios, torturava, mas sempre teria alguém pedindo por mais.
Encolheu seu corpo, nos braços, não queria voltar para casa e correr o risco de encontrar com o homem. Era pura ilusão pensar que estaria lá. O frio que tomava seu corpo não foi suficiente para fazê-la mudar de ideia. Não demorou para que suas pálpebras pesarem. Sua visão embaçada escureceu. As gotas de água gelada não foram suficientes para vencer o cansaço.
Tremia. Sem mesmo perceber. Olhares penosos eram dirigidos a ela. Um carro preto foi estacionado bruscamente assim que passou por . Os vidros escuros. Não permitiam reconhecer rosto algum.
O homem lançou um olhar ao mesmo tempo aliviado e tenso. Em seu agasalho grosso desceu do automóvel. Mantendo fixo o olhar na mulher. Seus passos não tinham pressa. Eram lentos e frios. Abaixou-se, levantando o queixo dela com as mãos. Soltou um suspiro.
A tomou nos braços. Apoiando sua nuca em um dos braços e mantendo firme suas pernas em outra. Entrou no carro com ela em seu colo, deu as coordenadas para o motorista e se manteve ali, a encarando, com um desespero iminente percorrendo cada centímetro de seu corpo. Uma palidez fria. Era assim que descreveria seu corpo. Os cabelos molhados. Uma expressão triste. Os lábios que ele amava ter entredentes era pigmentado de um roxo que o assustava.
Suspirou aliviado ao sentir o pulsar do coração dela ainda presente. E sua respiração quente contra seu corpo frio. Aquela que batia apreensivo em seu peito, pode relaxar. Sua respiração foi voltando ao normal.
Chacoalhou o corpo dela, sem saber o que fazer. Em estapeou seu rosto, ela não abria os olhos. Seu casaco pesado já a cobria. Assim que o carro parou. Subiu as escadas da casa, cheia de fotógrafos sem dar explicações a ninguém. Sua noiva o encarava desentendida. Ele subiu as escadas desajeitado.
sentiu uma lágrima solitária escorrer pela extensão de seu rosto. Segurava as mãos dela.
Então sussurrou:
- Eu também te amo, . – Prosseguiu. – Me desculpe por tudo.
Olhou para a sua nova mulher parada no batente da porta. Em comparação aquela que estava em seus braços. Era gritante a diferença. A maneira como seu coração batia diferente ao ter por perto . A política pouco importava naquele momento e ele gostaria de dizer que seria assim para sempre. Mais um suspiro.
- Eu quero te fazer uma garota feliz. Casa comigo, Grant? – Sussurrou ainda sem saber se teria retorno.


Fim.



Nota da autora: (28/12/2015)
Oi, oi, amorinhas. Eu corri bastante com Sad Girl, por que apesar de ter a personalidade dos dois completamente montada em minha cabeça, não tinha uma história para contar. Mas espero que tenham gostado. E aí, vocês aceitariam o pedido? Vou deixar a critério de vocês, me contem se sim ou não nos comentários. Quero lembrar que a Gi Bandeira me deu uma super força com essa fanfic, agradeço a Ariel por fazer nosso trailer MA-RA-VI-LHO-SO. E a Duda por ter sido uma amigona e me ajudado muito também. Ah, volte aqui. Você também merece o meu MUITO OBRIGADA. Fico feliz que tenha chegado até aqui. Então... Seja uma pessoa boa e deixe uma mensagem para mim na caixinha aqui em baixo. Me faria tão feliz... E quero deixar claro que eu prefiro escrever personagens femininas mais mandonas e selvagens do que ela, mas... Achei que combinava com a música. Se você for uma pessoa legal e deixar um comentário, - olha a chantagem – te coloco na lista de contratação do nosso personagem principal. Amo vocês, lindas. Onde me encontrar? E-mail | Grupo no Facebook | Tumblr | Capas




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